-, para de tirar foto.
-Por quê?
-Porque sim. Por favor – Ela sempre o convencia com o famoso “biquinho”. Se dando por vencido, guardou a câmera. Ela voltou a dançar, leve e solta, seus movimentos o fez questionar seu peso. Era tão linda e delicada. Seus braços dançavam sobre seu rosto, e seus pés acompanhavam o ritmo. Ela não precisava de musica alguma. Ele nunca parou para reparar nela dançando, sempre estava ocupado demais planejando a posição perfeita. Ele sempre que podia estava tirando fotos e mais fotos.
-Tá me olhando assim por quê? – se levantou passando as mãos na bunda para tirar alguma possível folha no local.
-Não tava te olhando, tava pensando.
-To morrendo de fome. – já tinha se trocado. Já tinha até trocado o sapato, inclusive. Ele nem havia percebido
-Você come demais.
-Vai se foder, - saiu na frente, deixando pegando para traz pegando suas coisas. já havia entrado no carro, ao ver se aproximar, furioso.
-Qual é? Eu me perdi! Meu Deus, eu me perdi!
-Eu percebi pela demora.
-Eu quase morri ali dentro, você tá me entendendo, ?
-Larga de ser dramático, eu hem. Entra logo nesse carro, , eu já disse que to com fome?
-Já, você só sabe comer. – fez cara de ofendida, logo após entrar no carro (recebido com uns bons tabefes) dirigiu para um fast food mais próximo da onde estavam. Ao chegarem se depararam com um grupo da escola na qual ignorou completamente.
-Vamos cumprimentar. São meus amigos.
-Vai você, vou fazendo nosso pedido. Quer o de sempre, né?
-Uhum. – desceu da caminhonete e seguiu para o grupo de adolescentes, ficou observando. Ele não gostava de alguns dos amigos de , era extremamente tímido. abraçou o capitão do time, ela sempre tinha uma queda por ele. Algo atingiu , era o monstrinho verde do ciúme. Logo depois de se despedir ela entrou no faz food. se deu conta que nem saído do carro havia saído. Ao fechar a porta da caminhonete seguiu rapidamente para dentro do restaurante onde reconheceu e seus longos cabelos negros caídos sobre seus ombros. a tocou no ombro.
-Puta merda, onde você estava?
-Desculpa... Tava... Quase quebrei minha maquina, o que vai querer? – Não foi um dos melhores cortes para outro assunto. Mas serviu
-, o que eu sempre como.
fez os pedidos. E levou até a mesa onde estava.
-Tá aqui. – Cada um pegou o próprio sanduiche.
-Posso te fazer uma pergunta?
-Pode. – pareceu não prestar muita atenção em , estava ocupada demais comendo.
-Para de comer um minuto e olha pra mim? – o encarou em seguida cruzando os braços.
-Fala.
-Seu pai... Ele melhorou?
-Sim, ele gosta bastante de você... Quer saber que dia ele vai te ver... – acabou de comer seu sanduiche e a observou atentamente em quanto comia. Acabou desvencilhando sua atenção - Vamos ? – pareceu estar em transe, mas se levantou e seguiu até o caixa para efetuar o pagamento, ambos lutaram para pagar a conta. acabou ganhando, por motivos de força. Ao estacionar na frente da casa de sorriu desligando o carro, como o de costume. a encarou.
-Sabe, com você, eu sou eu mesmo. Sem timidez. Sem solidão.
-Eu sei – sorriu encarando . Ambos se entreolharam, se aproximou rapidamente colocando os lábios nos dela.
-Obrigado. – desceu do carro puxando consigo sua bolsa onde ficava a câmera. estava incrédula o observando entrar dentro de casa, sua mão se ergueu até seus lábios os tocando delicadamente, um sorriso surgiu em seu lábios. seguiu para casa enquanto revelava as fotos de e as observava com cuidado não deixando passar nenhum detalhe. Seus dedos tocaram uma de suas fotos e a destacou do pregador que a segurava. Ela estava sorrindo, ele lembrava muito bem daquele dia. Foi um de seus favoritos.
Flashback on: -Fica quita. Bem ai. – estava com a câmera na mão, sempre gostava de tirar fotos de .
Seu sobretudo preto e sua meia calça extremamente grossas contrastava com cachecol e touca vermelha a destacava em meio aquele branco sem fim da neve. Os saltos de suas botas estavam quase todo afundado na neve. estava lá, tirando varias fotos. sorria e o vento soprava contra seu corpo fazendo com que seu cabelo ficasse em movimento. A neve caía e ele nunca tinha a visto tão bonita, ela sempre ficava fabulosa no inverno principalmente com aquela touca que destacava a cor escura do seu cabelo. Tudo de vermelho sempre faziam que seu cabelo ficasse melhor do que já era. Seu olho extremamente verde o observava.
-Não vai falar nada? Vai ficar me olhando?
-Queria fazer uma pergunta...
-Que pergunta? – finalmente pode sair de sua posição caminhando para perto de se sentando no banco atrás dele.
-Você, se relaciona com caras que não faz jus a você.
-Só estou esperando o cara certo finalmente me notar, ... Vamos ao Starbucks? Estou congelando aqui.
Flashback of.
suspirou, sentiu um aperto imenso no peito. Sabia que o que havia feito no carro poderia ter estragado sua amizade de anos com . No dia seguinte pegou o carro do pai que estava em viagem e seguiu até a clareira, ele sabia onde encontrá-la, mesmo que fosse apenas em suas lembranças. O outono deixava aquele lugar mais mágico do que já era. As folhas caídas formando um enorme tapete, as luzes do sol que clareava aquele lugar exato de toda a floresta onde havia um breu e uma escuridão. Era assim que ele se sentia, como se fosse a clareira dele, onde aquela escuridão toda apenas um lugar fosse claro e bonito, uma parte dele se odiava por ter desenvolvido aquilo por ela outra parte dizia que ela era a única pessoa que o faria feliz em qualquer situação. Ele não a viu se aproximando com suas famosas botas de cano curto e seu vestido florido. Ela adorava aquelas roupas.
-... – se conteve com apenas um sorriso.
-Oi... Sobre ontem, eu peço desculpas... Passei dos limites, sei que sou como um irmão para você.
- Sempre fui apaixonada por você, desde os meus 6 anos, lembra? No lago?
Flashback on: O verão era a época favorita de pois sempre podiam ir sozinhos ao lago para que se divertissem, a briga pelo pulo fabuloso era sempre constante
-Eu pulo mais alto. Quer ver? – A pequena garota que se mostrava com uma coragem imensa correu até a beira se preparando para um incrível pulo, mais uma pedra a impediu,ela havia ralado o joelho – , socorro, eu caí. – O amigo se juntou a ela, lavando o pequeno ferimento, seu olhar expressava preocupação, ela o observava cuidadosamente, seus grandes olhos agora estavam a encarando.
-Vou dar um beijinho, tenho certeza que vai passar, mamãe sempre faz isso comigo. – O menino aproximou os lábios do joelho da menininha que ainda estava o observando, ele beijou um pouco acima do machucado.
-Obrigada ...
Flashback of.
-Eu ganhei. – sorriu se aproximando de que estava a ponto de chorar.
-Nem começa... – abaixou a cabeça e limpou o rosto.
-Você nunca me falou nada...
-, precisava? Achei que era obvio. – Antes a tristeza nos olhos virou raiva – Você sempre nesse mundo paralelo, , por que acha me envolvi com caras tão babacas quanto o Jake? Eles eram pra te fazer ciúmes. E você nunca ligou, só falava que era errado. Nada mais, você nunca olhou pra mim. Não como eu sempre te olhei. – a obsevou se aproximar, não com carinho parecia que iria arrancar sua cabeça. – Você nunca achou que eu era boa o suficiente? É isso – a puxou pelo cotovelo fazendo o espaço que havia entre os dois se resumir a nada, suas mãos deslizaram até a nuca dela a puxando para um beijo intenso, ela cedeu a passagem fazendo que o beijo se intensificasse. Ao partir o beijo selou seus lábios com os delas, seus olhos se abriram em um arregalar.
-Você sempre foi a melhor. Eu sempre achei que você nunca notaria em um cara como eu, você é talentosa, popular, linda. Não sei o que dizer, você sempre foi demais para mim. Sempre me perguntei se você um dia se cansaria de mim, ou trocaria alguma de nossas tardes de sextas para ver filme com um jogador de futebol sarado.
-Eu nunca faria isso. – As mãos de passeavam pelos cabelos de , o cheiro de xampu e perfume a fez suspirar, ele sempre tinha um cheiro tão bom.
Ambos se afastaram. O vento soprou sempre andava com a câmera, era como “calças” para ele. A foto ficou absolutamente perfeita. O vento soprando seu vestido levando junto seu cabelo para o lado, seus lábios sempre avermelhados. Ela sorriu ao ouvir o barulho que a câmera fazia quando tirava foto. O dia acabou. pensou no quanto rápido havia passado. e foram cada um para seu canto. Alguns meses se passaram e ambos começaram a se intensificar. havia revelado a foto de que havia tirado naquele dia, aquela foto era a mais importante de todas. E estava na cômoda em seu quarto onde havia vários porta-retratos, de lugares de seus pais, dele e de e agora mais uma foto dela. decidiu visitar , já era à tarde, havia desenvolvido um ciúmes letal em relação a Jake a partir do dia em que ele foi morar na casa ao lado de . Ele sempre estava lá, jogando seu veneno. Ao chegar na casa de , Jake estava na porta, parecia estar esperando para que alguém abrisse a porta, sentiu algo borbulhar dentro dele, como se ele fosse explodir. Ele não havia decido do carro, estava observando, foi quem abriu a porta, Jake entrou o que fez lhe causar mais raiva. não sabia mais o que estava fazendo, de uma hora para outra já estava dentro da casa de .
-, o que tá fazendo aqui? – se levantou fechando o livro automaticamente que estava em seu colo.
-Eu devo ter atrapalhado a diversão, não é. Ia dizer para não começarem a brincar sem mim, mas eu lembrei que não fui convidado para uma suruba. – arregalou os olhos.
-O que você disse, ?
-Você ouviu, você não pensou no nosso amor quando convidou esse babaca pra se esfregar nele?
-Vai embora – estava praticamente berrando. – Você é um idiota. Nunca mais apareça aqui. – Seus olhos rolavam lágrimas, suas mãos estavam ocupadas demais empurrando para fora. saiu de casa acompanhado de que o enxotava com berros. Logo ele estava dentro do carro e em alta velocidade, sabia que não deveria dirigir daquele jeito, no cruzamento tudo ficou branco e um barulho o surdou momentaneamente, ele viu , dançando na clareira. Ela sempre graciosa rodopiando e saltando, seu movimentos suaves e delicados, ela era a bailarina mais bonita que ele já virá e depois disso ele não viu mais nada, seus olhos queimaram com a luz,, parecia um hospital, e novamente um vazio enorme. O telefone dela tocou avisando do acidente, ela correu para o hospital, as lagrimas escorriam pelo seu rosto, ela mal podia enxergar o caminho, como tudo foi tão rápido?
2 meses depois.
Ele podia lutava todos os dias para que seus olhos abrissem e ele pudesse a ver novamente, dançando novamente. E finalmente aconteceu, seus olhos se abriram, a claridade parecia queimar, ele não se importava, seu corpo não doía mais. Ele estava fraco, apesar de 2 meses essa era a primeira vez que ele acordou. Sua boca estava seca. Ele tentou olhar em volta, ao se mexer todo seu corpo doeu como se estivessem o esfaqueando. Seu gemido provocou alvoroço no quarto do hospital. Sua respiração estava ofegante.
-... Meu amor, você está bem? – Era a mãe de , ela seguiu rapidamente para chamar a enfermeira que logo apareceu e tirou o aparelho de sua boca. – Graças a Deus, só conseguia pensar no seu amor.
Flashback on: -, sabe de uma coisa, mamãe vive brigando com o papai e eles se amam. Quero ter um amor igual ao deles. Mas quero que seja apenas um, – aquela pequena criança desenhava corações em uma folha branca. – e esse amor será pra vida toda.
Flashback of.
-Pra vida toda. – repetiu. Ao finalmente conseguir se mexer olhou em volta procurando por .
-Ei, querido, você está bem?
-Mãe, cadê a ?
-Ela foi descansar, ela ficou aqui por 2 meses seguidos, só indo embora para dormir e tomar banho. Graças a ela que você está bem, ela doou sangue para você...
-Eu preciso falar com ela – Ao falar, sentia sua garganta cortar. – O que aconteceu? Eu não me lembro.
-Vocês brigaram, ela te mandou ir embora, e você bateu o carro. Vou ligar pra ela, querido. – A mãe de saiu do quarto. Depois de alguns minutos, já se sentia melhor. – Ela não vem, querido, sinto muito...
2 meses depois.
Ele evitava ir à clareira. Mas já era hora de encarar de frente, ele já estava totalmente recuperado e podia dirigir, e foi o que ele fez, dirigiu até a floresta seguindo até a clareira. Ela estava lá, observando em volta, ela estava tão linda, mesmo de costas podia notar-se que havia mudado o corte de cabelo, suas roupas estavam diferentes, ela usava calças jeans e botas de cano longo, suas blusas eram semi-larga. Ela pode ouvi-lo se aproximar. Seu corpo girou abruptamente para encara-lo, sua expressão era serena.
-...
-Há quanto tempo... Queria te agradecer.
-Pelo o quê?
-Pelo sangue, por tudo. Queria dizer também que te amo, eu naquela tarde não era eu.
-, não precisa. – deu um passo em direção a que o observou.
-Eu quero, eu só não queria te perder. Ele é um jogador, perfeito e popular. Tudo o que você sempre sonhou. E você? Você é linda, tem o corpo perfeito, você é linda, porque estaria com você.
-Porque você é tudo o que eu quero, , tudo. Eu só tenho um amor na minha vida.
-Pra vida toda – a puxou pela cintura a fazendo colidir com o seu próprio corpo. Seus lábios se encontraram e a veracidade do beijo, aquela precisão, o mundo inteiro a volta desapareceu, os dois se completavam. Pra vida toda, um único amor, ele sentia isso. Suas mãos deslizavam por todo seu corpo, a blusa dela foi ao chão, junto com o resto das roupas. Eles se completaram, cada toque foi inesquecível. Até o ultimo toque.
-Pra vida toda...
-Pra vida toda! – respondeu.
Fim
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