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Amo até o céu






Capítulo 1


Londres - Sábado, 3 de Janeiro de 2015.
"Faltam sete dias. - Harry".
Um sorriso nasceu em meus lábios assim que acordei naquela manhã de sábado e li aquela mensagem. Nunca estive tão feliz e tenho absoluta certeza de que em sete dias estarei mais feliz do que hoje, simplesmente porque no próximo sábado é meu casamento. Este será com a única pessoa que poderá me fazer realizada todos os dias quando eu acordar, a única pessoa que poderia ser o cara que amo.
Harry Styles é este cara, estamos juntos há mais de três anos e noivos há um, eu o amo mais que a minha própria vida e tenho certeza que sou correspondida na mesma intensidade. Vivemos um relacionamento onde a fidelidade, o respeito e a confiança são valorizados mais que qualquer outra coisa, mais até do que o próprio amor. Quando relembro toda nossa história, quase não consigo acreditar que estamos juntos, na verdade, não consigo acreditar que ficamos juntos. É incrível como um copo de suco de uva foi capaz de desencadear toda uma história de amor e ódio que se transformou na minha felicidade.
Encarei meu iPhone e me assustei quando vi que eram nove e quarenta da manhã, se não levantasse agora me atrasaria para a prova dos vestidos das minhas cinco madrinhas — mas apenas três irão hoje —, pode parecer exagero, mas elas são de extrema importância na minha vida.
Dei um pulo da cama e corri para o banheiro, irá me matar caso eu chegue atrasada DE NOVO no seu ateliê. Assim como eu, estudou moda na Universidade de Londres, mas ao contrário de mim, ela montou um ateliê. Não montei, não porque não quis, e sim porque depois que me formei há algumas semanas fiquei ainda mais ocupada com os assuntos do casamento, mas assim que eu voltar da minha lua de mel irei resolver os assuntos referentes a uma proposta de emprego que recebi de uma famosa estilista em Paris, e caso eu aceite, não será um problema já que o pai do Harry tem algumas empresas na França, inclusive em Paris.
Após sair do banho, entrei no meu closet e vesti minhas roupas: uma saia longa de cintura alta vermelha e uma cropped branca de mangas curtas justa ao corpo do Mickey Mouse; calcei uma rasteirinha e passei os dedos no cabelo para desembaraçar e deixá-los enrolados. Resolvi sai sem maquiagem, afinal era dia, e minha preguiça era maior que a vontade de me maquiar. Joguei minha carteira e celular dentro de uma bolsa, e sai do meu quarto. Desci as escadas e encontrei meus irmãos e as suas namoradas.
— Bom dia, família — lancei um sorriso para todos eles.
— 'Tá feliz, maninha? — Zac comentou após comer um pedaço de bolo. — Tudo isso é porque o casamento está chegando?
— Também — respondi dando de ombros.
— O que mais está fazendo você feliz, ? — foi a vez de Brendon perguntar.
— Nossos pais chegam hoje, lembra? — arqueei uma das sobrancelhas. — E a Julia vem também. — Ah, claro — Zac riu. — O quarteto fantástico vai estar completo.
— Sim, querido irmão, e você é o Coisa — zoei pegando uma maçã, fazendo Brendon e as meninas rirem.
— Bom dia — Harry surgiu na cozinha.
— Hey, tem campainha na porta viu — Brendon disse sorrindo, fazendo Harry revirar os olhos rindo.
— Meu noivo já é da família — abracei Harry pelo pescoço.
— Vocês ainda não casaram — Zac observou, enquanto eu dava um beijou no meu namorado/noivo. — Sem putaria na minha cozinha, pelo amor de Deus.
— Zac, cala boca — Katie, namorada de Zac o repreendeu. — 'Tá com ciúmes da sua irmã?
— Claro, nunca pensei que ela fosse casar antes de mim — explicou. Katie revirou os olhos. — Você ainda não está casado simplesmente porque ainda não me pediu em casamento.
— Isso é verdade — Brendon concordou, fazendo Zac revirar os olhos.
— Nós vamos indo, família — me despedi daquele povo após jogar as sobras da maçã no lixo. — Vamos, Harry.
Caminhamos de mãos dadas até o lado de fora onde estava estacionada a Mercedes do Harry, entramos no carro e em poucos minutos já passávamos pelo portão de casa.
— Quem irá morar na casa ao lado da sua? — Harry questionou ao ver um caminhão de mudança em frente a uma mansão que estava vazia desde que me mudei para Londres.
Dei de ombros enquanto encarava o portão da casa ao lado.
— Por quê?
Foi a vez de Harry dar de ombros.
— Alguém que conheço morou aí. O que você resolveu sobre a oferta de emprego em Paris? — mudou de assunto.
— Nada, a estilista disse que esperaria por uma resposta depois que expliquei que irei casar no próximo final de semana — respondi pegando meu iPhone.
— Já disse para você aceitar, não será problema ir morar em Paris — ele disse parando no sinal vermelho. — Meu pai disse que, se eu quiser, ele me entrega a administração da 'Limited Styles Paris'.
— Eu sei, Harry, mas não tenho certeza se quero morar na França — expliquei enquanto abria um jogo qualquer no celular. — Não contei, mas recebi uma proposta de emprego em Los Angeles.
— Los Angeles, ?
— É, Styles, Los Angeles — respondi sem fazer muito caso. — Ainda é um assunto a ser discutido, temos algum tempo antes de decidir.
— Que bom que você lembra que temos que decidir essas coisas juntos — debochou, revirei os olhos e ignorei seu comentário. Harry deu partida no carro novamente quando as buzinas atrás da gente ficaram insuportáveis. — Que tipo de trabalho seria esse?
— Numa agência de modelos que faz parceira com uma escola que não lembro o nome no momento — coloquei o celular na bolsa novamente. — Além do emprego, me ofereceram uma bolsa de estudos nessa escola.
— Parece tentador — comentou me olhando brevemente. — Mas você sabe que meu pai ainda não expandiu a empresa para outros continentes.
— Harry, eu não quero começar uma nova briga por causa deste assunto — comecei, Harry apertou ainda mais as mãos contra o volante. — Mas acho que preci...
— Eu já sei o que você irá dizer, — me interrompeu. — Não precisa dizer de novo.
— Eu sei, amor, mas acho que precisamos seguir nossa vida, já está na hora de sair do conforto que nossos pais nos proporcionam. Assim que sairmos da igreja no sábado, será o início de um novo ciclo em nossas vidas, e isso inclui o começo de nossa família, Harry, então eu não quero casar e continuar vivendo as custas de meus pais e tenho certeza que você não quer viver as custas dos seus — nem percebi que havíamos chegado ao ateliê. — Tenho certeza que administrar uma empresa de cosméticos não foi o que você sonhou pra si, estamos juntos há três anos e posso garantir que você não tem vocação para isso.
— E pra quê tenho vocação, ? — toda vez que estamos conversando seriamente, Harry esquece meu apelido, isso porque ele sabe que eu detesto ser chamada por ''. — Agora eu quero saber...
— O que você sempre quis pra sua vida? Vamos combinar que você não se formou em arquitetura para depois ir trabalhar com diretor financeiro na empresa de sua família — cruzei os braços. — Podemos não ser a Angelina Jolie e Brad Pitt, mas as pessoas sabem quem somos por causa de nossos pais, e eu li algumas daquelas cartas que estão em uma gaveta de seu closet, muitas delas são ofertas de emprego.
— São mesmo, , mas nenhuma delas são para Los...
— Cala a boca, ainda não terminei de falar — o censurei, fazendo ele me olhar com os olhos estreitos. — Essas ofertas podem não ser para Paris, nem para Los Angeles, mas são para algum lugar, Harry, e eu sou a mulher da relação, lembra? — ele sorriu. — E mesmo que você seja chamado para trabalhar no Iraque, eu vou junto com você, porque é isso que tenho que fazer.
Harry sorriu novamente e me abraçou após me dar um beijo no ombro. — O quê? Você vai vestir guerrilheiros no Iraque? — brincou deslizando as mãos pelas minhas costas. — Flórida — disse após alguns minutos, ainda estávamos abraçados.
— O que tem a Flórida? — questionei afundando minha cabeça no seu ombro.
— Tenho ofertas de emprego em várias partes da Flórida, inclusive Miami — respondeu desenhando linhas imaginárias na parte descoberta das minhas costas, fazendo eu me arrepiar completamente.
— Nada mal, enquanto eu não começo a trabalhar posso muito bem passar o dia na praia vendo alguns gatos... Ai — resmunguei desfazendo o abraço após Harry me beliscar. — Bruto! — dei uma tapa estalada no seu braço.
— Fala de macho de novo na minha frente e eu te mostro quem é o bruto — estremeci com suas palavras, Harry sorriu maliciosamente. Apenas fiz uma careta. — Vai logo, deve está pirando.
— 'Tá me expulsando, vagabundo? — o encarei indignada, Harry apenas riu.
Aproximei-me dele e lhe dei um beijo demorado, logo depois nos abraçamos novamente, mas antes de me afastar, dei uma mordida em seu ombro que eu tinha certeza que ficaria a marca por alguns dias.
— Mas o que... — Harry resmungou. Sorri amarelo. — Só pra você saber quem é a bruta da relação — lhe lancei uma piscadela.

[...]

— Minha família chega hoje, , tenho que me virar para hospedar todo mundo — entrei em casa com em meu encalço.
— Seus pais tem o quarto deles, a sua irmã também, e até onde sei seus amigos brasileiros só chegam na quarta-feira — jogou-se no sofá da sala. — Vamos, , vai ser divertido.
— Guarda suas energias para minha despedida de solteira na quinta — me joguei na poltrona do lado.
— Por favor, , até os meninos irão — ela insistiu.
Fechei os olhos e respirei fundo, quer porque quer que eu vá com ela e com os rapazes — Harry, Louis, Niall e Liam — até um pub que abriu recentemente na cidade, até poderia ser legal, afinal é sábado e faz algum tempo que eu não saio junto com esse povo, é incrível que quando estávamos na universidade saíamos juntos todos os finais de semana, agora raramente nos vemos.
— Tudo bem, — me dei por vencida, eu preciso de uma noite com a galera. — Faça valer a pena.
— Vai valer, pode apostar — jogou- se sobre mim e me abraçou. — Temos que aproveitar, afinal não teremos você e o Harry aqui para sempre.

[...]

Era pouco mais de seis da tarde, meus pais e minha irmã, Julia estavam a caminho de casa, pelo menos foi isso que Zac e Brendon foram fazer na rua enquanto eu terminava de fazer o jantar, que sobrou pra mim quando meus queridos irmãos me largaram aqui em casa.
Coloquei a lasanha no micro-ondas para esquentar mais tarde e corri para as escadas, tomei um banho rápido para esperar minha família querida. Entrei no quarto e caminhei até o banheiro enquanto me despia e em seguida entrei debaixo do chuveiro após fechar o box do banheiro.
Sabe aquele momento em que você tem um pressentimento de que tudo na sua vida irá dar errado? Quando você sabe que algo vai desandar? Estou sentindo isso. Eu não sei por que, era para eu estar super animada, mas não, estou com um aperto no coração, como se algo ruim estivesse prestes a acontecer. Sinto que a minha vida vai desmoronar, e tenho quase certeza que vai ser quase impossível reconstrui-la novamente.
Balanço a cabeça na tentativa de afastar aqueles pensamentos, mesmo que eu ainda continue com essa sensação ruim. Tenho que pensar positivo, nada de ruim irá acontecer, é apenas paranoia minha.
Entrei no meu closet e vesti: uma blusa de mangas curtas branca, uma jardineira e calcei minhas havaianas.
— RÁ! — Harry gritou fazendo eu me assustar e uma pontada atingir meu ventre.
Cólica, te mereço.
— 'Tá doido, porra? — perguntei fuzilando-o com olhar enquanto apertava levemente o local que estava doendo. — Se eu tivesse problema de cora...
— Desculpa, amor — Harry me interrompeu puxando-me pelo braço até que eu estivesse com o corpo contra o seu. — Não vou fazer de novo.
— Até parece — resmunguei passando os braços em volta de sua cintura. — Quantas vezes você já não prometeu isso?
— Sei lá — ele riu me apertando contra si — Você está tensa, . O que houve?
Dei de ombros. Harry beijou minha testa.
— Vamos descer — desfiz o abraço e puxei Harry pela mão. — Meus pais devem está chegando.
— Ok — murmurou enquanto vinha atrás de mim. — Ah, amor.
— Quê? — parei e virei-me para encará-lo.
— Aceitei o emprego em Miami — disse fazendo-me sorrir satisfeita.
— Ótimo — pulei em seus braços e comecei a enchê-lo de beijos pelo rosto, até que finalmente chegou à boca. — Quando nos mudamos?
— Duas semanas após a volta de Cancun — assenti e lhe dei outro beijo. — Segunda temos que entrar em contato com um corretor, afinal, não vamos passar o resto da vida morando em um hotel.
— Eu sei — beijei sua bochecha e depois voltamos a caminhar em direção as escadas. — Temos cinco semanas para encontrar a casa perfeita.
— Três — Harry me corrigiu. — Ou você acha que quando estivermos em Cancun irei me preocupar com outras coisas a não ser você.
— Em uma semana, querido, você vai ter que se preocupar comigo pelo resto da vida — sorri enquanto entravamos na cozinha.
— Agora me ajuda a arrumar a mesa.
Caminhei até um dos armários, peguei alguns pratos e os entreguei para Harry.
— Zac é tão gay, que meu Deus — comentei fazendo Harry rir. — É sério, amor. Onde já se viu um marmanjo daquele tamanho comprar louça de porcelana. Se fosse presente para mamãe, tudo bem, mas ele comprou para si próprio.
— Deixa seu irmão ser feliz — Harry disse rindo, revirei os olhos e enquanto pegava os talheres. — Foi você que fez o jantar?
— Foi, você irá conhecer meus dotes culinários hoje — pisquei para ele.
— Desde que você não me mate envenenado — zoou, lhe mostrei meu dedo do meio.
Apesar de estarmos juntos há três anos, nunca cozinhei para meu noivo.
— Idiota — murmurei. — Vai logo levar os pratos para a mesa de jantar, por favor.
— 'Tô indo, 'tô indo — resmungou indo em direção à cozinha. — Ainda nem casamos e você já está mandando em mim.
— Como eu disse, sou a mulher da relação, — falei alto para que ele escutasse. — ou seja, quem manda na bagaça toda sou eu.
— Ainda bem que você me avisou — disse assim que cheguei à sala de jantar com os talheres. — Vamos cancelar o casamento.
— Vamos cancelar minha mão na sua cara — fuzilei com o olhar. — Vai logo pegar as taças, homem.
— 'Tô indo — falou saindo em direção à cozinha. — Que saco! — falou baixo, mas consegui ouvi.
— O que você disse? — cruzei os braços o encarando-o. Harry sorriu amarelo. — Nada, amor.
— Acho bom — nós rimos.
Terminamos de arrumar a mesa e voltamos para cozinha, coloquei quinze minutos no micro-ondas e me sentei no balcão. Harry pegou uma latinha de Coca-Cola na geladeira e serviu em dois copos.
disse que iremos ao pub novo hoje — Harry sentou ao meu lado após me entregar um dos copos. — Como ela conseguiu te convencer?
— Ela não insistiu tanto — dei de ombros. — Apenas lembrei que fazia muito tempo que não saíamos com a galera.
— Isso é verdade — tomou um gole de coca. — , não vejo a hora de casar com você.
Eu sorri verdadeiramente. — Eu também.
— Espero que a gente seja feliz em Miami — sorriu também.
— Se nós estivermos juntos, pode ter certeza que seremos felizes em qualquer lugar — Harry me deu um selinho. — Eu te amo, Harry.
— Eu te amo, — beijou meu nariz. — Mais que tudo.



Capítulo 2


Meus pais chegaram meia hora depois, o jantar foi extremamente divertido, graças a Deus meus pais e Harry possuem uma relação extraordinária e ainda existe o fato de que meus pais conhecem os pais de Harry desde que eles estudaram juntos.
No momento eu estava no meu quarto, ouvindo Julia e Candice — minha amiga que veio do Brasil para ser minha quinta madrinha — me contarem sobre tudo o que ocorreu no Brasil desde a última vez que fui para lá em julho do ano passado. As duas contaram coisas que nunca imaginei, começando pelo fato de que Julia está namorando Mateus, o garoto que ela é apaixonada há três anos, e finalmente estão juntos; dei uma zoada básica nela já que o garoto é cinco anos mais novo que ela, mas uma coisa tenho que assumir: que o garoto é lindo, ele já era quando era mais novo, agora está um pedaço de mal caminho. Candice, para não ficar por baixo, assumiu que está namorando Erik Borges, ou melhor, Kiko, um garoto que essa doida é apaixonada desde a época que a Julia ama o Mateus, parece que a vida das duas está dando certo, e é lógico que estou feliz por elas.
— Agora é sua vez — Candice deu um leve empurrão no meu braço. — Como você conheceu o seu príncipe encantado?
— Nunca contei essa história pra vocês? — arqueei as sobrancelhas. — Não creio.
— Nunca, — Julia sorriu. — A única coisa que você dizia era que amava muito seu namorado, que ele era o amor da sua vida.
— Ok, vou contar a história pra vocês — revirei os olhos e vasculhei minha mente até encontrar o dia que conheci Harry Styles.

Londres - Terça-feira, 01 de Março de 2011.

Era o meu primeiro dia na universidade, eu não conhecia ninguém naquela universidade e isso estava me deixando completamente desconfortável, ainda bem que em Londres você pode andar toda descabelada na rua que ninguém te encara como se você fosse louca, isso é o lado bom de estudar na cidade grande. Meu pai apesar de ser inglês e natural de Londres, sempre preferiu a calmaria de uma cidade pequena e mesmo após abrir a sua rede de supermercados — que vende produtos exportados do Brasil —, ele preferiu construir sua vida em uma cidade pequena no interior paraense e foi assim que eu vivi durante dezessete anos, sendo observada por um bando de fofoqueiros que se achavam espiões e tinham que sair contando para o mundo tudo o que viam. Era por isso que eu não aprontava tanto quando morava no Brasil. Ao contrário de que algumas pessoas vão imaginar, eu não sou uma caipira — não na prática, porque na teoria sou sim —, o lugar onde morei era cheio de pessoas civilizadas, se posso chamar assim.
Caminhei pelos corredores, e encarei algumas pessoas (fui acostumada a agir a assim, onde morei todo mundo encara tudo mundo, fica difícil não fazer o mesmo) que pareciam fingir que eu não estava ali, e eu agradeci mentalmente por isso.
Eu me sentia perdida no meio daquelas pessoas. Tá bom! Eu estou perdida, literalmente, não sei onde tenho que ir. Até poderia perguntar a alguém, mas a vergonha é maior e isso me frustra, porque não sou uma pessoa vergonhosa — não o tempo todo — mas às vezes sou atingida por lapsos de timidez que irritam profundamente.
Tirei o celular do bolso da minha calça jeans e disquei o número do Brendon; eu precisava dar o fora dali, ainda não estava preparada para me enturmar, antes que eu pudesse se quer por o celular para chamar, fui atingida por algo gelado e lilás que estragou minha blusa branca e junto com ela, o meu celular.
— Mas que... — olhei chocada para frente e vi dois garotos me encarando de maneira assustada. —... Porra!
— Eu sinto muito — o garoto mais lindo que já vi aproximou-se de mim com um copo na mão. — Isso não era pra você, me desculpe.
— Idiota — resmunguei encarando meu iPhone que estava todo molhado. Acho que vou chorar. — Que ódio!
— O que houve aqui, Harry? — uma garota perguntou surgindo das cinzas.
— Eu molhei a garota com suco de uva — o garoto mais lindo do mundo disse, Harry é o nome dele.
A garota revirou os olhos. — Você e suas brincadeiras idiotas — ela aproximou-se de mim e deu um meio sorriso. — Vem comigo, vou te ajudar, a propósito, sou .
— murmurei sentindo meus olhos arderem. — Por que isso tinha que acontecer comigo?
— Calma, me puxou pela mão e me arrastou para algum lugar antes de fuzilar Harry com o olhar. — Harry e Louis são duas crianças. Sinto muito por isso.
— Acho que meu celular estragou — falei após entrar no banheiro. — Eu não acredito.
— Eles vão pagar um novo pra você, não se preocupe — sorriu me entregando uma blusa. — Veste isso, você me devolve depois.
— Obrigada, — deu um meio sorriso.
— De onde você é? — perguntou após eu vesti a blusa. — Seu sotaque é diferente.
— Brasil — respondi tentando ligar meu iPhone. — Me mudei há algumas semanas.
— Legal. Vai fazer que curso?
— Moda — dei de ombros e joguei o celular dentro da minha bolsa. — Só que estou perdida.
— Aí, , me abraça — aproximou-se de mim e me abraçou.
Retribui o abraço meio assustada. — 'Tá tudo bem?
— Ah, me desculpe — ela me soltou e riu meio sem graça. — Acho que vamos estudar juntas.
— Jura? — assentiu. — Que ótimo, estava me sentindo um nada aqui, sério.
— Agora vamos, temos cinco aulas pela frente — me puxou pelo braço e juntas saímos do banheiro.
Harry e o outro garoto estavam nos esperando do lado de fora do banheiro.
— 'Tá tudo bem? — Harry perguntou me encarando. Revirei os olhos. — Me descul...
— Poupa a garota, Harry — disse empurrando-o levemente. — Vocês devem um celular para ela. Agora tomem jeito, principalmente você: Louis Tomlinson.

[...]

— Através de um suco de uva? — Candice fez careta. — Meio clichê, não?
— A vida é um clichê, querida Candice — Julia fez graça e nós rimos. — Primeiro encontro, mana.
— É, como foi o convite, o encontro em si. Tu-do — Candice sorriu fazendo uma cara fofa.
— Primeiro encontro — disse para mim mesma enquanto novamente vasculhava a minha mente em busca de lembranças de um pouco mais de três anos atrás.

Londres - Segunda-feira, 27 de Junho de 2011.

Eu andava feito sonâmbula pelos corredores da universidade, o final de semana foi muito cansativo, é semana de provas antes das férias e quase não dormi, já que os professores sempre pegam pesado nessa época, hoje, por exemplo, fui dormir às cinco da manhã, isso porque Brendon me obrigou dizendo que não adiantaria de nada meu estudo se eu não descansasse.
Eu dormi e quase perdi a hora.
Acho que me sai bem na primeira prova do dia, me lembrei de oitenta por cento das questões e as que não lembrei inventei coisas completamente sem sentido para por lá.
Agora estou indo em direção ao pátio, é hora do almoço e eu necessito urgentemente de algo para por no estômago, já que não tomei café da manhã.
Durante o caminho cumprimentei algumas pessoas que eu conheci através de e dos meninos — Louis, Liam e Niall —, que são caras bem legais, nós nos damos super bem e eu os amo muito. E tem o Harry Styles, que também é amigo dos quatro que citei ali em cima, mas não é meu. Depois do incidente do suco, tivemos outros desentendimentos durante esses três meses que passaram, e isso impediu que tivéssemos pelo menos uma relação civilizada. Das cinco vezes que nos "encontramos" — entre aspas mesmo — durante o dia, oito nós brigamos. É isso mesmo, vivemos entre tapas e socos — nada de beijos porque nunca, repetindo nunca irei beijar esse garoto —, e se depender de mim iremos avançar um nível e ir para foice e metralhadora. 'Tá, parei.
Passei a mão no rosto tentando mandar o cansaço para a puta que pariu, mas um choque contra o meu corpo me levou de costas para o chão. Fiquei meio atordoada, mas logo me recuperei e passei a encarar o ser que além de ter me derrubado, estava em cima de mim. Era nada mais, nada menos que: Harry Styles.
O idiota me encarava meio assustado, só podia estar com medo de levar umas tapas, como da última vez quando me acertou uma bola de basquete na cara.
— Tinha que ser a criança — resmunguei empurrando-o de cima de mim com uma tapa no rosto. — Por que você não experimenta crescer?
— Seus argumentos continuam os mesmos — Harry debochou com um sorriso brincalhão. Revirei os olhos.
— E você continua o mesmo moleque — entrei no refeitório e Harry veio atrás de mim.
— Sai comigo que eu te mostro como sou homem — Styles me seguiu até a cantina.
— Não saio com moleque que finge que é homem — fiz uma cara cínica, fazendo Harry abri um sorriso lindo.
Foi aí que eu me toquei, Harry só fazia o que fazia porque me via como um desafio. E isso me irritou profundamente.
Comprei meu almoço com Harry enchendo o meu saco, juro que me segurei para não quebrar o nariz dele.
— Alguém aí tem uma 38, uma AR-15 ou até um canhão para que eu possa matar esse animal? — falei quando me aproximei de , Louis, Liam e Niall. — Eu não aguento mais ouvir a voz desse filho da mãe.
— 'Tô aqui, viu? — Harry resmungou, bufei mostrando a mão para ele.
— Fala com a minha mão.
e os meninos só riam.
— Isso vai dar namoro — Niall zoou.
— Não, vai dar noivado — foi a vez de Liam.
— É casamento — foi o Louis.
Fuzilei os três com o olhar.
— Vai dar é a cara de vocês de encontro com minha mão.
— Sem estresse, me puxou para sentar ao seu lado. — O que houve?
— Eu simplesmente a convidei para sair — Harry se explicou. — E ela resolveu dá piti.
— Resolvi dá piti — imitei fazendo careta. — Você me jogou no chão.
— Foi sem querer — ele se defendeu.
— Sem querer — imitei novamente.
— Sim, dá para parar de repeti o que eu falo? — Harry arqueou as sobrancelhas.
— Dá para você voltar para o útero da sua mãe — também arqueei as sobrancelhas. — Não, não é? Então me erra.
— Esse ódio de vocês só pode ser amor, não é possível, gente — comentou. A fuzilei com o olhar.
— Styles chamou minha atenção novamente. — Sai comigo.
— Não sou babá para cuidar de criança — fui sarcástica. Os quatro riram.
— Por favor, — fez uma carinha fofa.
— Eu nunca vou sair com você — fui firme e ele sorriu.
— Nunca diga nunca — piscou pra mim antes de levantar da cadeira.
Quando me dei conta, Harry estava em cima da mesa fazendo barulho para chamar a atenção dos outros alunos.
— Eu quero fazer um convite para uma garota que está aqui no refeitório — fiz careta quando vi o olhar de umas quatro garotas brilharem cheios de esperança. — Nós vivemos uma relação de ódio e... — foi a vez de ele fazer careta. — Ódio? — algumas pessoas riram. — Ela me chama de moleque, mas quero que ela saia comigo para que eu prove que posso ser o homem que ela procura. , deixa eu te provar que posso ser o homem da sua vida?
Senti o olhar de todo o refeitório me queimar, e tenho quase certeza que eu me encontrava mais vermelha que um tomate.
Olhei para Harry que estava com um sorriso presunçoso nos lábios, no mesmo instante levantei e o puxei pela manga da camisa. Ele quase caiu. Era para ter caído e quebrado a cara.
— Você é muito idiota — resmunguei irritada.
— Você aceita ou não? — Harry ignorou meu comentário. Revirei os olhos deitando a minha testa na mesa.
— ACEITA! ACEITA! ACEITA! ACEITA! — Niall, Louis, Liam e até mesmo gritaram.
Em poucos segundos todo o refeitório gritava.
Bati minha testa diversas vezes contra a madeira da mesa. Eu só posso ter jogado pedra na cruz.
Minha cabeça começou a doer, levantei meu olhar até Harry, que sorria lindamente. Filho da puta!
— 'TÁ BOM! 'TÁ BOM! 'TÁ BOM! — berrei levantando, em seguida dei o fora dali.

Londres – Sexta Feira, 01 de Julho de 2011.

Era sexta, último dia de aula e provas.
Finalmente.
Depois que aceitei sair com o babaca do Harry, e os meninos começaram a me encher de perguntas do tipo: o que eu gosto de fazer.
Se eu prefiro cinema ou restaurante.
Um cara romântico ou engraçado.
Ignorei todas as perguntas, dizendo que não iria ajudá-los a ajudar o Styles, quero que esse encontro seja um fracasso. Os quatro me olharam feio, mas nem liguei.
Quando cheguei em casa, nem me preocupei muito em escolher o que vestir, não estava nada ansiosa com esse encontro e ainda eram três e quinze da tarde, Harry viria às oito.
Me joguei na cama e com o notebook no colo, fiquei um tempo nas minha redes sociais, depois fui comer e tomar banho, e ainda conversei um bom tempo com alguns de meus amigos brasileiros, quando me dei conta já eram sete da noite.
Dei um pulo da cama e corri para o banheiro. Após tomar banho, entrei no closet e vesti uma roupa qualquer, não sei para onde vamos mesmo: uma blusa listrada preta e branca de mangas compridas até os pulsos, um short preto e por último uma sapatilha preta. Fiz uma trança de lado e peguei minha bolsa, jogando dentro dela meu celular, documentos e dinheiro para táxi — de repente esse encontro dá errado, tenho que me prevenir. Peguei meu celular dentro da bolsa, que tinha tocado, mas era apenas uma mensagem.
"Estou te esperando. - Xx Harry"
Desci as escadas correndo e antes de passar pela porta, avisei meus irmãos que iria sair.
Harry encontrava-se encostado em uma Ferrari preta. Vestia uma camisa branca da Calvin Klein, uma calça preta e vans pretos. Os cabelos estavam perfeitos como sempre... Mas que porra estou falando?
— Você está linda — Styles abriu a porta do carro para mim.
Dei um meio sorriso, mas não respondi ao comentário.
Após dar a meia volta no carro e entrar no mesmo, Harry deu partida e saiu.
Durante o caminho nós conversamos assuntos aleatórios. Harry é um cara legal, tenho que confessar, se ele não fosse um idiota eu poderia até conhecer ele melhor. Ok, não vou exagerar. Ele é bonito, simpático, inteligente, carismático, mas é muito moleque. E isso é um problema? Lógico, já namorei muitos moleques durante a minha vida no Brasil, não pretendo cometer o mesmo erro aqui no Inglaterra. Apesar de Harry ter muitas qualidades, ele é um cara bem cobiçado e isso o torna um tanto quanto safado, afinal o cara é lindo e rico — apesar de caras que chamam mais atenção pela beleza e dinheiro do que pelo caráter, não fazerem muito meu estilo é meio impossível não reparar nele, afinal eu expliquei que acostumada a reparar nas pessoas.
— Chegamos — Harry chamou minha atenção desligando o carro.
— Onde estamos? — perguntei notando que estávamos em um estacionamento. Harry arqueou uma das sobrancelhas. — Desculpa, não prestei atenção ao caminho.
— Shopping — deu de ombros — Espero que você goste de X-men.
Eu sorri.
— Ótima escolha, Styles.
— Ponto para mim, — piscou o olho esquerdo para mim.
Harry saiu do carro às pressas e abriu porta para que eu pudesse descer.
Caminhamos juntos pelo shopping, ainda tínhamos meia hora até o início do filme, Styles foi bastante atencioso, o tempo todo perguntou se eu gostaria de alguma coisa, e eu respondia que estava bem, mas eu não fazia isso para ser chata, e sim porque estava bem.
Durante o filme, nós conversamos pouco, ambos gostaríamos de prestar atenção ao que estava acontecendo no filme e todas as vezes que falamos algo, era sobre o filme e nada mais.
Quando a seção acabou, fomos jantar em algum fast-food, mas já era quase meia-noite então tivemos que pedir no drive-thru e comemos dentro do carro mesmo.
— Meus planos não eram esses. Juro que não era para estarmos dentro do carro — Styles comentou me encarando. Eu apenas ri. — Você é sempre tão calada?
— Não sou uma pessoa muito sociável — dei de ombros olhando-o por um breve segundo.
— Por que você me odeia tanto? — Harry fez uma cara de confuso. Foi fofo. — Tudo bem que eu fiz algumas idiotices, mas todas as vezes eu pedi desculpas.
— Você quer listar quantas vezes agiu como um idiota? — arqueei uma das sobrancelhas. Harry riu assentindo. — Você me deu um banho gelado com suco de uva, puxou a cadeira que eu iria sentar e fez com que eu caísse no chão, bateu com a porta do seu armário na minha cara, me deu uma bolada...
— Ok, você tem motivos — Harry levantou os braços rindo. — Me desculpa por tudo.
— Me desculpa também, eu agi feito uma babaca com você — dei um meio sorriso. — Geralmente eu não sou assim com as pessoas.
— Então, amigos? — estendeu a mão para mim.
— Amigos — apertei sua mão com um sorriso no rosto.
Quando acabamos, Harry me levou para casa.
— Estás entregue — Harry sorriu desligando o carro. — Espero que tenha curtido a noite.
— Não foi tão ruim assim — fiz graça, Styles fez uma careta. — Estou brincando, eu adorei a noite. Foi... Melhor do que pensei.
— Que bom — ele riu.
Desceu do carro e abriu novamente a porta para mim. Cavalheiro, não é?
— Obrigada — desci do carro. — Tchau, Harry.
Virei as costas para ele e caminhei em direção ao portão da minha casa. Mas fui impedida por um puxão em meu braço, que me levou de encontro ao corpo de Styles.
— Você pode me odiar depois disso — fechou os olhos e franziu o cenho enquanto falava, tipo Edward Cullen quando a Bella fala sobre os olhos dele que mudaram de cor e ele disse que eram as luzes florescentes. — Mas, eu me odiaria se não fizesse isso.
E ele me beijou. E minhas pernas fraquejaram, um frio cortou meu corpo todo e foi assim que eu soube...
Harry Styles era o homem da minha vida.

[...]

— Foi lindo, — Candice comentou, eu sorri.
— Vamos continuar? — Julia bateu palmas animada. — Pedi...
— Amor? — Harry pôs a cabeça para dentro do quarto. — Vou em casa e volto para buscar vocês.
— Tudo bem — dei um pulo da cama e corri até Harry. — Não demore.
— Ok — me deu um beijo rápido. — Amo você.
— Te amo mais — respondi após dar um selinho nele.
Harry despediu-se das meninas e sumiu no corredor.
— Acho que precisamos nos arrumar — me joguei novamente na cama.
— Poxa, queria ouvir o resto das histórias — Julia fingiu-se de emburrada. — Você tem amigos gatos?
— Você não namora o Mateus? — arqueei uma das sobrancelhas. Julia revirou os olhos. — Vai tomar banho, vai.
— Vou ali falar com o Kiko — Candice saiu com o celular em mãos.
— Aproveita e liga para o Mateus, Julia — me levantei da cama e sorri para minha irmã. — Ele vai adorar saber que o avião não caiu.
— Não fala besteira, jumenta — Julia resmungou pegando o celular do bolso.
— Cavala! — gritei antes de fechar a porta do banheiro.



Capítulo 3


[...]

O pub em que estávamos não tinha tantas pessoas como imaginei que teriam, mas já era de se esperar, aquilo era um pub não uma boate.
Apresentei Candice e Julia aos meus quatro amigos ingleses, apesar do tempo que moro aqui, as duas ainda não conheciam os amigos que tenho aqui. Eu senti o clima que rolou entre Julia e Niall, minha irmã sente uma atração absurda por homens mais novos, tudo bem que Niall não era tão novo quanto ela, mas ainda assim era novo.
— Amor, vou ao banheiro — Harry me avisou antes de me dar um selinho e seguir em direção ao banheiro.
Candice interessou-se por Liam, eu me preocupei, nunca entendi o por quê dessa mulher ter um fetiche por homens galinhas, é como se ela gostasse de sofrer.
, sua irmã é louca — Niall comentou sorrindo. — Já perdi a conta de quantas vezes ela botou em mim.
— Niall. Por que você ainda não partiu para o ataque?
— Sei que ela é comprometida — deu de ombros. — E que o namorado dela vem para o casamento.
— Sensato você, Niall — apertei a bochecha esquerda de meu amigo. — Ela será seu par no altar.
— 'Tô sabendo — piscou para mim e saiu em direção à pista de dança.
— LIAM PAYNE E CANDICE COHEN! — berrei quando vi os dois se pegando ao meu lado. — Pelo amor de Deus, querem se comer vã...
Fiquei sem reação quando vi aquele homem. Os olhos brilhavam com um misto de diversão e malícia. Nos lábios um dos sorrisos mais lindos que já vi. Levantei-me e caminhei ainda meio perplexa com tanto beleza em uma única pessoa.
Uma música tocava ao fundo, Harry colou nossos corpos e começamos a dançar a nossa maneira, sem ritmo algum, apenas dançávamos tentando agradar um ao outro.
Quando estávamos ali, aquele clichê onde o tempo para e mundo some aconteceu com a gente. Eu não via nada mais do que aquele sorriso perfeito, que me encanta o todo momento, me conforta e mostra que nada no mundo será capaz de abalar ou destruir minha felicidade. E aqueles olhos que brilhavam intensamente, e eu só queria ser uma pessoa melhor a cada dia, para que aqueles olhos continuassem brilhando daquela maneira apenas por me verem.
Quando a música terminou, Harry juntou nossos lábios em um beijo nada decente, era como se ele estivesse esperando por aquele momento há bastante tempo, como se fosse primeira vez que tivéssemos nos beijado.
— Me leva para sua casa — sussurrei antes de beijá-lo novamente.
Londres - Segunda-feira, 04 de Janeiro de 2015.

"Faltam cinco dias - Harry".

Desde que faltavam apenas trinta dias para o nosso casamento, Harry me mandava essas mensagens diariamente, mesmo que tivéssemos passado a noite juntos, ele fazia questão de me lembrar todas as manhãs quando dias faltavam para os resto de nossas vidas.
Me espreguicei na cama, mas não vi Harry ali, lembrei-me que ele iria buscar os pais no aeroporto, meus sogros chegam hoje de uma viagem de férias. Enrolei-me ainda mais nos lençóis, a preguiça de levantar era enorme, mas tenho um jantar para organizar e preciso ir para casa.
Após tomar banho, vesti short e camiseta, ainda bem que o closet de Harry é cheio de roupas minhas, calcei um chinelo que tinha deixado ali há algum tempo. Desci as escadas e me sentei no sofá, mandei uma mensagem para .
"Migs, passa na casa do Styles antes de ir lá para casa. Preciso de carona - Xx ".
Menos de vinte minutos depois, já estávamos no caminho de casa.
— Niall ficou com a Julia ontem — comentou sem tirar os olhos do tráfego. — Liam e Candice dormiram juntos, tenho certeza.
— E você pegou o Louis? Tô certa? — perguntei rindo. revirou os olhos.
— Nem acredito que você e Harry irão casar antes de mim e Louis — fingiu estar chateada.
— Aproveitem o clima e comecem a planejar o casório — brinquei. — Não espere o Tomlinson te pedir em casamento, até onde sei você é contra o machismo, então tome as rédeas do seu relacionamento.
Ela fez uma careta. — Não pretendo casar com o Louis — a encarei chocada. — Não agora, pretendo me firmar no meu trabalho, não quero depender do Louis, ele não é como o Harry, sabe? Por isso, preciso ser independente.
— Entendo — sorri apertando de leve o ombro de minha amiga. — Espero que dê tudo certo. Nem acredito que irei me mudar.
— Nem eu — sorriu triste. — Vou senti sua falta.
— Também sentirei a sua — sorrimos uma para a outra.

[...]

Eu estava completamente destruída quando me joguei no sofá da sala, já deveria ser quase oito da noite e eu ainda nem tinha tomado banho. Estiquei minhas pernas apoiando-as sobre a mesa de centro. Eu estava suja e com fome.
Falei com Harry apenas por mensagem e uma única vez consegui atender uma de suas ligações.
Hoje era meu chá de lingerie, e como não contratei ninguém para me ajudar, mamãe, Julia, Candice e eu tivemos que nos virar para organizarmos tudo sozinhas.
Desviei minha atenção para mamãe que resmungava alguma coisa enquanto saía da cozinha toda suja de glacê com uma bandeja cheia de cupcakes nas mãos.
, o que você está fazendo sentada? — perguntou um pouco alto demais.
Fechei os olhos deitando a cabeça no sofá. — 'Tô cansada, mãe.
— Você quase não fez nada hoje — resmungou. — E tá cansada, me poupe, garota.
— Quase não fiz nada — resmunguei encarando-a. — Decorei essa sala sozinha e ainda ajudei a fazer os canapés.
— Cadê aquelas duas imprestáveis? — perguntou olhando de um lado para o outro. — Deviam está te ajudando.
— Foram comprar sabe lá o quê lá em Marte, porque da hora que elas saíram — dei de ombros.
— Mereço — bufou. — Vai tomar banho, .
— Por quê? Eu quero dormir — fiz uma cara indignada. Mamãe me fuzilou com o olhar. — Como se eu tivesse que me apressar, essa bagaça não vai começar sem mim.
— Cala a boca, garota. Faz o que estou mandando.
— Saco! — murmurei subindo as escadas. Joguei-me na minha cama e liguei para Harry.
— Oi, amor — ele disse meio alterado.
— 'Tá bebendo, Styles? — arqueei minhas sobrancelhas. — Sua despedida de solteiro é hoje?
— Nãããão! — ele riu. — Os meninos vieram pra cá, parece que o Louis brigou com a .
— E aí ele está afogando as mágoas — completei. — Como assim eles brigaram?
— Não entendi direito, amor — Harry suspirou. — Parece que Louis pediu em casamento e ela não aceitou.
— A O QUÊ? — berrei no telefone, Harry resmungou alguma coisa que não entendi. — Eu vou dar na cara daquela garota.
— Louis está arrasado — comentou — Fico imaginando o que eu faria se estivesse no lugar dele.
— Se mataria, meu caro — debochei. — Porque eu não diria só um 'não', faria um escândalo para você passar uma vergonha absurda.
— Vindo de você não duvido disso — disse sarcástico. — Você não vai sair assim, Louis...
VEM AQUI FILHO DA PUTA! — tenho certeza que ele não falava comigo. — Amor, vou ter que desligar.
— Tá ok. Amo você.
— Amo você — e ele desligou.
Deixei o celular de lado e fui para o banheiro antes que minha mãe invadisse meu quarto para me matar.

[...]

Eu estava vestida apenas de sutiã e calcinha, tocava 'Bang Bang da Jessie J", e eu tentava dançar. Todo mundo ali já tinha pagado algum tipo de mico, já tínhamos brincado de todo tipo de brincadeira existente e eu tinha pagado horrores de micos.
veio até mim com um sorriso sacana nos lábios e pôs uma venda em meus olhos. Em poucos minutos todas as mulheres naquela sala estavam gritando feitos loucas.
Senti mãos na minha cintura, me assustei primeiramente, mas logo passou quando um arrepio cortou minha espinha, o dono das mãos distribuiu beijos pelo meu pescoço. Pensei que minha despedida de solteira seria na quinta.
O ser humano — que eu realmente espero que seja um homem —, começou a deslizar as mãos todo o meu corpo. Em um ato desesperado, retirei a venda dos meus olhos e me virei de frente para a tal pessoa.
— HARRY STYLES! — berrei quase rindo. — PIROU, VEADO?
— Desculpa, amor — deu um beijo na minha testa — Mas, tudo isso foi ideia da .
— Vadia — mostrei meu dedo do meio para ela. — Quase tive um ataque do coração.
— Eu sei — riu, mostrei língua para ela. — Te amo.
— Babaca — me virei novamente para Harry e o beijei. — Te amo, Styles.
— Também me amo, — Harry disse rindo. Belisquei seu braço revirando os olhos. — Amo você, idiota.
Ele me beijou, todo mundo ali começou a gritar e aplaudir.

Londres - Sexta-feira, 9 de Janeiro de 2015.

"Falta um dia - Harry".

A semana passou bem rápido, e graças a Deus estava tudo pronto. Na segunda, Harry e eu fomos até um corretor, este garantiu que encontraria uma casa antes do casamento, o mesmo é amanhã e ainda não tivemos resposta alguma desse desgraçado, já pedi a Harry para que procurássemos outro corretor, mas meu noivo pediu para que eu não tivesse pressa.
Terça, foi o dia em que minhas madrinhas pegaram seus vestidos, todos eram verdes-bebê, e ainda tivemos o primeiro ensaio do casamento na igreja. Saiu tudo bem neste dia. Graças a Deus!
Quarta, tive que tirar mais uma prova do meu vestido. A coitada da teve que alarga-lo já que eu engordei nas últimas semanas, com esse estresse todo do casamento, eu passo a maior parte do tempo comendo.
Ontem, ou seja, quinta foi o último ensaio da dança dos noivos e a minha despedida de solteira e a do meu noivo, mas acho que a do Styles não estava nada boa, já que o imbecil invadiu a boate onde estava ocorrendo minha festa, vestido de bombeiro sexy, eu não sabia se ria ou ficava com ciúmes daquele idiota sensualizando no palco na frente daquele bando de mulher.
Hoje é meu chá de panela, mas diferente do que acontece no Brasil, homens e mulheres participam já que hoje é a noite das homenagens e outras coisas.
No momento estou estacionando meu carro em frente à casa de Harry, que tenho certeza que deve está dormindo, de ressaca.
Sai do carro com o presente de casamento de Harry em mãos.
A sala estava vazia, todo mundo está no salão de festas onde será o chá de panelas, menos meu noivo que é um vagabundo e não ajuda em nada.
— Harry? — chamei entrando no quarto, o idiota ainda estava deitado.
— Oi, vida — ele deu um meio sorriso ao me ver.
— Vim trazer seu presente de casamento — me sentei na cama.
Harry sentou ao meu lado e me deu um beijo no ombro.
— Deixa eu ver — tentou pegar a caixa, mas eu dei um beliscão em sua mão. — AI!
— Não mandei você abri — olhei feio para ele, Styles fez uma careta. — Você só vai abrir amanhã. Ok? Depois do casamento.
— Ok — ele sorriu. — Me dá uma dica?
— Bom — pensei por um momento. — É algo que você quer muito.
— Deixa eu abri, amor — fez uma cara de cachorro sem dono. Eu apenas ri enquanto balançava a cabeça negativamente. — Droga! — cruzei os braços emburrado.
— Não adianta ficar emburrado — ela fez uma careta, e eu ri. — Promete para mim que não vai olhar hoje?
— Prometo, amor — ele disse suspirando vencido.
Levantei-me da cama e caminhei até o closet com Harry em meu encalço.
— Vou deixar aqui — coloquei dentro de um dos armários do closet, e depois me virei para ele.
— É amanhã — ele sorriu tirando uma mini caixa de trás de si. — O seu presente, e ao contrário do meu, você pode abrir o seu agora.
Fiz uma careta pegando a caixinha de suas mãos.
— Espero que goste.
Desfiz o laço e abri a caixa, lá dentro havia uma chave com um chaveiro em formato de uma casa.
— Ai meu Deus — sussurrei encarando a chave. — Não acredito.
— A melhor parte nem é essa — comentou pegando minha mão direita. — Você se lembra da proposta de emprego daquela estilista inglês?
— Lembro, eu disse que não poderia aceitar já que estava de mudança para Miami — respondi meio confusa. — O que isso tem haver?
— Então, eu recebi uma proposta de trabalho aqui em Londres — um sorriso nasceu em meus lábios. — A casa ainda não é definitivamente nossa, mas caso você aceite o emprego aqui, quando voltarmos de viagem, nos mudamos.
— Mas, Harry, e o emprego em Miami? Você já aceitou não é? — questionei, eu estava preocupada lógico, se ele tinha aceitado a proposta de Miami, com certeza era porque esta era a melhor.
— Não escolhi a que mais me agradava — deu um sorriso. — Escolhi a que melhor pagava.
— Mas, Harry...
, a oferta daqui é de urbanismo, você sabe o quanto eu quero trabalhar com isso. Não quero que você pense que estou desistindo de algo, não que eu não fosse capaz de fazer isso por você — deu um meio sorriso. — Eu te conheço, e sei o quanto você seria infeliz se me visse desistindo de algo por você, mas você não sabe como eu me senti quando você desistiu de Paris e Los Angeles por minha causa, , eu pesquisei sobre a estilista inglês, o trabalho dela é completamente oposto do seu, e me lembro muito bem que você queria algo assim, um desafio, porque é disso que você gosta. Então, quando eu vi que a empresa de arquitetura queria meu trabalho na área de urbanismo, parece que tudo se encaixou. Claro que ainda não aceitei o emprego, porque quero uma resposta vinda de você, e caso você liga para a estilista agora, eu ligo para o corretor e garanto a compra da casa.
Algumas lágrimas escorriam de meu rosto, eu conheço o homem que amo e tenho certeza de que ele é capaz de tudo para me ver feliz, mas ele nunca mentiria para mim.
O abracei e afundei minha cabeça em seu pescoço, Harry me apertou forte e beijou o topo da minha cabeça.
Eu nunca na minha vida poderia encontrar um homem que pudesse me fazer mais feliz do que Harry Styles.

[...]

Liam, , Niall e Louis estavam no mini palco armado no salão, e naquele momento flashes de alguns momentos que passei do lado daqueles quatro idiotas me invadiram, o discurso deles emocionou a todos ali, inclusive a mim.
Em seguida foi Julia, meus irmãos, meus pais, os pais de Harry e agora é o meu lindo noivo.
— Quando eu conheci a — fiz uma careta. Harry riu. — Eu sei que você detesta ser chamada assim, por isso faço isso. Não vou dizer tantas coisas, porque tudo o que tenho a dizer a minha decifra apenas por um olhar. Bom, quando eu conheci a , ela me ódio, sabe? O início foi um clichê, onde nos odiávamos, ela me odiava na verdade — todos riram. — Tenho que assumir que ela era meu desafio, mas quando eu a conheci de verdade, percebi que era mais do que isso, percebi que ela era a mulher que eu amaria até o fim dos meus dias.
Harry veio até mim e me beijou.
— Agora é sua vez — sussurrou em meu ouvido.
Levantei-me e caminhei até o centro do palco.
— Bom, eu poderia começar o meu discurso dizendo que eu te amo, mas não... Harry, quando eu conheci você, não sentiu aquele frio na barriga, ou aquela sensação de que eu faria tudo para ter você ao meu lado. Se eu tivesse sentido isso, pode apostar que não estaríamos mais juntos hoje — vi Harry arregalar os olhos. — Porque isso seria paixão. Eu agradeço a Deus todos os dias por ele ter tido a bondade de te colocar ao meu lado, porque você foi uma das melhores coisas que me aconteceram durante esses anos aqui em Londres, a principal coisa você irá descobrir amanhã — pisquei para ele. — Quando eu olho para você, eu tento, apenas tento ser alguém melhor, porque eu vejo o quanto você se esforça para me fazer feliz. Eu não sou a pessoa mais perfeita do mundo, eu erro, tenho os momentos em que quero te matar, mas você continua ali, dizendo que por mais que eu te odeie, você sempre irá me amar. Nunca fui boa em escolher o cara certo, e dessa vez eu sei que você é o certo porque foi você quem me escolheu. Eu te amo, Harry Styles. E mesmo que o mundo acabe, o universo vire um nada ou que algo muito forte, ou melhor, mesmo que a morte nos separe um dia, eu sempre irei te amar. Mesmo que um de nós não esteja mais nessa dimensão ou nesse mundo, você sempre será o amor da minha existência.

[...]



Capítulo 4


Londres - Sábado, 10 de Janeiro de 2015.

"É hoje - Harry".
Eu acordei naquela manhã com a mesma sensação que senti há uma semana, mas dessa vez não era apenas uma impressão de algo daria errado.
Era uma certeza.
Quando me levantei, senti a presença de algo, não que eu acreditasse em seres sobrenaturais, mas senti algo perto de mim que estava ali, pronto para me fazer algum mal, me causar alguma dor.
Me destruir.
Eu nem percebi quando as lágrimas molharam meu rosto, eu poderia até estar com uma sensação ruim, mas nada acabaria com minha felicidade.
Nem o mal.
Nem a dor.
Nem mesmo a morte.
Ouvi passos apressados no corredor, deve ser minha mãe vindo avisar que está na hora de eu começar a me arrumar.
Enxuguei minhas lágrimas rapidamente, ninguém precisa saber do meu medo. Eu não preciso contagiar a todos com a tristeza que está me causando uma dor enorme, eu não posso deixar uma impressão idiota acabar com o que deve ser um dia feliz.
Mas eu não conseguido ignorar isso.
? — minha mãe me chamou do lado de fora. — Hora de se arrumar.
— Só um minuto — pedi pegando meu celular.
— Te espero lá embaixo.
Apenas uma coisa faria eu me sentir melhor, eu preciso falar com Harry, preciso ouvi sua voz e assim eu até poderia acreditar na mentira de que tudo ficará bem, mas nada ficará.
Existe algo fora do lugar, algo que irá mudar tudo.
Algo dará errado hoje.
Disso eu tenho certeza.
Hoje não será um dia bom, e muito menos feliz.
— Oi, amor — Harry disse animado do outro lado da linha.
Pensei que o som da sua voz faria eu me senti melhor, mas saber que ele está tão feliz faz com que aquela dor que eu já sinto apenas piore, é como se a felicidade fizesse eu ficar mais certa de que algo não está certo.
Nem percebi que tinha começado a chorar, e um soluço escapou da minha boca.
— O que houve? — Harry agora estava preocupado. Eu me amaldiçoei por ter deixado ele me ouvir chorar.
— Nada — minha voz saiu embargada. — Você está bem?
— Estou — respondeu meio em dúvida. — E você?
— Estou nervosa — respirei fundo tentando ignorar o choro. — Faltam três horas.
— Eu sei. Você já está se arrumando?
— Eu sou a noiva, lembra? — ele riu. — O casamento só começa quando eu chegar, por isso me espere.
— Se você prometer que irá chegar lá.
— Se você prometer que estará lá esperando por mim — e eu chorei, alto o suficiente para deixar Harry em pânico.
, o que está acontecendo — perguntou preocupado, mas não ouviu resposta, por isso ele perguntou novamente, dessa vez mais alto: — Aconteceu alguma coisa?
— Eu te amo, Harry — respirei fundo, levantei a cabeça na tentativa falha de controlar as lágrimas. — Mesmo que o mundo fique contra nós, e tudo queira dar errado, eu sempre irei te amar.
— O que está acontecendo? — voltou a perguntar.
— Apenas senti o dever de te lembrar disso — dei uma risada sem humor. — Obrigada por existir, Styles.
— Obrigado você, — ele riu. — Eu também amo você, mais que a minha vida, mais que o mundo. E eu continuarei te amando até o fim de tudo o que existe.

[...]

, você está linda — Candice comentou enquanto eu me olhava no espelho. — És a noiva mais linda do universo.
— Obrigada — olhei rapidamente para ela e lhe lancei um meio sorriso.
— Credo, mulher — Julia fez uma careta — Te anima.
— Estás nervosa, ? — Alana, namorada de Brendon e minha outra madrinha perguntou.
Assenti voltando a me olhar no espelho.
— Meninas, nós vamos na frente e a vai atrás com o pai dela — entrou no quarto com um tablet na mão. — Cadê a Katie?
— Foi ao banheiro — Candice respondeu. — Amiga, ainda temos uma hora e meia, então nos conte sobre o pedido de namoro.
— É verdade — Julia sentou-se no puff e me encarou pelo espelho.

Miami - Sábado, 9 de Julho de 2011.

Férias! Miami! Praia! Sol! Homens bonitos!
Estávamos em Miami há uma semana, nós — quando digo nós, me referiu há eu e minha família, mentira. Lua nova é tudo, mas voltando ao assunto, me refiro a: eu, Harry, , Liam, Niall e Louis — alugamos esta casa há uns dois meses porque todos queríamos conhecer essa cidade incrível, em apenas uma semana aqui, já participamos de festas muito loucas e acordamos na areia da praia apenas de roupas íntimas. Miami é muito louca!
Hoje ninguém quis ir se arriscar em mais uma festa onde ninguém é de ninguém, e onde se pode acordar pelado ou nunca mais acordar por causa de um coma alcoólico. Por isso, estamos todos sentados no carpete da sala, ouvindo música e tomando uísque.
? — Harry estava meio alterado.
— Fala, Styles — o encarei enquanto bebericava meu copo com uísque.
— Eu gosto de você — lhe lancei um sorriso sem mostrar os dentes.
— Eu também gosto de você — desviei o olhar para meu celular que tinha acabado de vibrar. — Somos amigos, não?
Sei que não éramos amigos, depois daquele dia, onde ele me beijou e eu correspondi, nós pulamos a etapa de amizade onde os amigos apenas são amigos, e fomos para a etapa amizade colorida.
— Não — ele balançou a cabeça negativamente. Eu enchi minha boca com uísque. — Eu te amo.
Todo mundo — menos Harry — cuspiu o uísque que tinha na boca.
Liam e Niall gargalhavam alto, Louis encarava Harry de olhos arregalados e torcia por ter se afogado com a bebida. E eu? Bom eu estava em estado de choque, não sabia de corria ou se respirava.
— Harry, você bebeu demais — Niall comentou rindo.
— Eu tenho certeza do que estou dizendo — Styles se defendeu. — Eu te amo, . E quero ser seu namorado.
? — me cutucou, ela já tinha se recuperado.
? — foi o Louis.
? — Niall passou a mão em frente aos meus olhos.
! — Liam berrou fazendo com que eu o encarasse. — Te controla, mulher. Ele 'tá bêbado.
— NÃO! — foi Harry quem berrou, e todos o encararam. — Sei o que estou dizendo, , amanhã quando eu acordar lembrarei de tudo.
— Então... — comecei a dizer, as palavras estavam me fugindo. — Amanhã... — bufei. — Amanhã nós conversamos. Isso não é um não, Styles, é um talvez. Quero ouvir o que você tem a dizer, porque falar que me ama não é o suficiente.
— Tudo bem — esboçou um meio sorriso.
Louis e Niall levaram Harry escada acima, fiquei observando-os até que os três sumissem.
— Você vai aceitar? — questionou ensaiando um sorriso.
— Eu não sei — suspirei, isso é coisa demais para minha cabeça. — Quero que ele diga essas coisas sóbrio, porque é muito fácil ele dizer que não se lembra ou se arrepender amanhã.
— A bebida entra, a verdade sai — Liam comentou meio baixo.
— Você sabe de algo, Payne? — arqueou as sobrancelhas.
— Só acho que é verdade — deu de ombros. — Te garanto que ele dirá as mesmas coisas amanhã.

[...]

Quando acordei naquela manhã de domingo era quase meio dia, mas parecia que todo mundo ali ainda estava dormindo. A casa estava silenciosa, não parecia que existiam seis jovens barulhentos.
Minha cabeça doía um pouco, mas não era nada que me impedisse de sair do quarto e fosse preparar o almoço.
Como em um passe de mágica, uma música começou a tocar. Era algo calma e romântica, o cantor era bastante conhecido e música também. Quando cheguei ao topo da escada sentir meu corpo inteiro estremecer. Nos dois lados do corrimão existiam balões vermelhos de coração, eram muitos, os degraus estavam cobertos por pétalas de rosas brancas. Isso vai dar um trabalho para limpar depois.
Balancei minha cabeça negativamente, não é hora de pensar nisso.
Segui o caminho das pétalas que me levaram até a varanda da casa, onde existiam mais balões e mais pétalas de rosas, mas ao contrário do lado de dentro, lá fora estava o Harry.
— Quando eu disse que te amava na noite anterior, só falei porque estava bêbado — fiz uma careta. — Mas isso não quer dizer que seja mentira, apenas tive a coragem de dizer o que eu já sentia há algum tempo — agora eu sorri, e ele sorriu de volta. — Não vou dizer que me apaixonei por você no momento em que tive, porque além de clichê, seria uma mentira absurda. Eu sei que te amo, não sei quando aconteceu e muito menos como, mas quero ser seu namorado e preciso que você queira ser minha namorada.
Enxuguei rapidamente uma lágrima que escorreu de me olho direito. Eu estava feliz, nunca nem em um milhão de anos imaginei Harry Styles dizendo essas coisas para mim.
— Então — Styles estava nervoso. — Quer namorar comigo?
— Eu seria a pessoa mais idiota do mundo se dissesse que não — pulei em seu pescoço. — Lógico que quero ser sua namorada.
Nos beijamos, mas desta vez era diferente. Não era um beijo de 'amigos coloridos', era um beijo de dois namorados.
E eu me sentia a pessoa mais feliz do mundo.

[...]

Eu chorava feito uma idiota, Julia estava ao meu lado brigando comigo por causa da maquiagem que estava ficando borrada, mas eu não conseguia parar de chorar.
— Agora vou contar sobre o pedido de casamento — solucei encarando Candice pelo espelho. — Droga!
— É a emoção, — Katie que já tinha voltado do banheiro, disse com um sorriso do rosto. — Como foi o pedido?

Havaí - Segunda-feira, 30 de dezembro de 2013.

? — Harry apareceu na porta do quarto.
— O que é? — perguntei brava, ele deu uma risada.
— 'Tá tudo bem? — questionou cruzando os braços.
— Onde você estava, filho da puta? — empurrei seu peitoral com a ponta dos meus dedos.
— Você sumiu a tarde inteira, se estivesse sozinho até poderia acreditar que não estava fazendo besteira, mas sumiram você e sua tropa de amigos sem vergonhas.
Ele gargalhou, revirei olhos.
— Amor, fica calma — tentou pegar minha mão mais afastei. — Você já tomou banho?
O encarei indignada. — Eu vou matar você — dei um soco em seu ombro. — Você some a tarde inteira, voltou todo sujo como se estivesse se esfregado na areia daquela maldita praia e ainda por cima pergunta se EU tomei banho? Vai para puta que pariu, Harry Styles.
O idiota gargalhou de novo. Eu vou cortar a cabeça de garoto com uma gilete.
— Só perguntei por que você está toda descabelada — ele disse rindo.
Comecei a distribui tapas nele, mas o idiota apenas ria. Até que eu dei um chute no que ele tem no meio das pernas.
— CARALHO! — berrou ajoelhando-se no chão. — Porra, , desse jeito não teremos filhos.
— Quem disse que quero ter filhos com você, seu canalha? — questionei entrando no quarto. — Vai para o raio que te parta.
— Quando eu me recuperar — ele fez uma careta. Até fiquei com pena dele, mas apenas por um segundo. — Vou tomar banho, quando voltar quero você pronta, vamos dar uma volta na praia.
— Convida o Liam, o Louis e o Niall — debochei. Harry riu de novo. — Se você ri mais uma vez, eu corto a sua língua.
— Você é brava, mulher — levantou e veio até. — Se arruma 'tá? Eu volto em vinte minutos.
Revirei os olhos. Harry pegou a toalha e foi tomar banho no banheiro do corredor, já que eu usaria o do quarto.
Trinta minutos depois estávamos caminhando na areia da praia, nada de mãos dadas já que estou emputecida com esse filho da mãe.
Após alguns minutos caminhando, avistei ao longe várias luzes em uma distância considerável do mar, pareciam velas e eram muitas.
Olhei para Harry confusa, ele estava segurando para não ri de mim, tenho certeza.
Continuamos caminhando, quando estávamos próximo o suficiente da praia, Harry em um rápido movimento pôs as duas mãos em meus olhos e me guiou durante o caminho. Até que finalmente paramos, era próximo das velas já que senti o um calor nas minhas pernas.
— Há algumas semanas atrás eu busquei um meio de te dizer isso, queria fazer algo diferente e que fosse inesquecível — deixou apenas uma das mãos cobrindo os meus olhos. — Esse foi o meio que achei... Não queria dizer que te amo, porque você já sabe e não quero transformar isso no clichê, mas eu te amo, , assim como o sol nasce todas as manhãs, como o céu é azul, como as estrelas brilham e eu te amo, todos os dias, todos os segundos e não posso mais, — ele tirou a outra mão de meu rosto e meus olhos foram diretos para o chão.
As velas estavam perfeitamente arrumadas e formavam duas palavras e um ponto de interrogação. Senti meus olhos arderem quando vi a pergunta que esperei por tanto tempo.
"Casa Comigo?"
— Eu não posso mais passar um só milésimo da minha vida sem chama-la de minha, sem chama-la de esposa — me virei para encara-lo.
Ele tinha na mão uma caixa lilás com um lindo anel de ouro com o símbolo do infinito.
— Casa comigo? — ele sorriu, os olhos cheios de lágrimas.
Minhas lágrimas também escorreram.
— Harry, Harry, Harry — enfiei a mão direita nos meus cabelos, eu estava nervosa. — Não sei como demorei tanto tempo para encontrar você. E assim como o mundo gira, eu te amo e seria a mulher mais infeliz do mundo se não te aceitasse como meu noivo e futuramente como meu marido.
Ele pôs o anel no meu dedo anelar direito, ambos estávamos emocionados e felizes.
Aquele sem dúvidas era um dia que nunca seria esquecido.

[...]

— Pronta, filha? — meu pai perguntou quando estávamos dentro do carro.
Eram onze horas em ponto, hora marcada para o casamento.
Eu queria dizer que estava pronta, mas não estava.
Não sei se estou preparada para ver meu mundo desabar.
Não que eu não ame o Harry, não que eu não queira casar com ele, mas tenho medo do que me espera.
É por isso que não tenho certeza se irei sair do jardim de casa.

[...]

Harry Styles Point Of View.

Quando você ama alguém, é como se você respirasse aquele amor e aquela pessoa todos os segundos de sua vida. Está longe dela é como cair de um penhasco, mas quando você a encontra parece que se está voando. Isso ficou meu confuso, não é? Mas isso é o amor, confuso.
Todo mundo estava ali, minhas mãos suavam e Liam apenas me deixava mais nervoso.
Eu nunca tive certeza alguma na minha vida, mas dessa vez eu tenho.
A é a mulher certa para mim.
Um barulho muito alto foi ouvido por todos que estavam na igreja, como uma coisa se chocando contra outra. Algumas pessoas ficaram assustadas, outras ignoraram, mas eu senti que tinha algo errado.
Claro que tinha algo errado.
— HARRY! — Niall gritou aparecendo na porta. — Foi um acidente, cara. Com o carro da .

[Play na música: Amo Até O Céu – Gabriel Gava].

Eu não sei onde e nem como arrumei forças e muito menos coragem, mas sai correndo daquela igreja, eu preciso saber se a estava bem.
Quando passei pela porta, avistei de longe.
Um aglomerado de pessoas, mas nenhuma delas era a .
Voltei a correr, ouvia Louis gritando atrás de mim, mas nada no mundo me importava, eu só queria ver como estava. Queria saber se ela estava bem.
Ela precisa ficar bem.
Quando cheguei ao meio da multidão puder ver o carro, o lado direito estava destruído.
Era quase impossível de que quem estivesse daquele lado estivesse vivo agora, mas a não estava lá.
Eu não poderia estar daquele maldito lado.
Comecei a empurrar todo mundo que me impedisse de passar, eu precisa vê-la.
E eu a vi.
Dentro do carro, do lado direito, desacordada.
E com o vestido branco manchado por sangue.
O desespero me consumiu. Tentei correr novamente, eu mesmo a tiraria dali, mas fui segurado com força.
— ME SOLTA, CARALHO! — berrei enquanto me debatia. — Eu não vou deixa-la morrer ali.
— Fica calmo, véi — Louis disse atrás de mim, até tentei ri, mas foi impossível. — Ela vai ficar bem.
— ELA PARECE BEM? — gritei a plenos pulmões. — Eu quero ter certeza de que ela está viva.
— Harry, se desesperar não vai ajudar — Liam disse. — Ela vai sair dessa.
Ouvi o barulho da sirene da ambulância e do corpo de bombeiros, mas parece que cada segundo que passava ela ficava ainda mais distante, e eu apenas acreditava que só estava ficando cada vez mais tarde.
Louis apertou ainda mais meus braços quando os bombeiros abriram o carro com uma espécie de serra. Eles tiraram do carro e puseram sobre a maca, em seguida a cobriram com uma manta térmica.
— Me solta, Louis — meus olhos já ardiam. — Eu preciso ir lá saber dela.
— Eu vou — que eu nem sabia que estava ali disse. — Eu volto com notícia.
— Ela tá bem, Styles — Niall passou a mão sobre o meu ombro.
Fechei meus olhos e pedi a Deus que tirasse dessa, ela não merece passar por algo assim, não merece sofrer assim.
Cada segundo era uma eternidade quando se espera por notícias, não voltava, nem um médico, ninguém. Estava quase pedindo para Niall lá quando apareceu.
Desesperada, desolada, me olhando como se o sei mundo estivesse desabado.
A angústia dentro de mim apenas cresceu, e quando ela abriu a boca e disse aquelas duas palavras eu senti meu chão sumir.
— Ela morreu — e assim ela caiu sentada no chão. Chorando compulsivamente. — Ela morreu — repetiu.
Um grito ensurdecedor escapou de minha garganta, Louis me soltou para que eu pudesse cair de joelhos no chão. Eu me sentia destruído. Meu coração estava despedaçado.
Minha vida estava acabada.
Eu não poderia e nem se quer conseguiria viver sem ao meu lado.
Em um ato desesperado me levantei do chão e corri até a ambulância, e ali estava ela.
Tão sem cor.
Sem vida.
Infelizmente aquela não era mais minha .
Sua pele estava fria e pálida, seus lábios tão brancos quanto à neve, seu rosto continuava sereno, mas não é como se ela fosse acordar amanhã.
Na verdade, ela nunca mais irá acordar.
Eu senti ódio do mundo, do universo.
De Deus.
Mas me lembrei das palavras de .
"Harry, você não pode odiar Deus caso algo esteja dano errado, lembre-se que tudo acontece com um porque, pode não ser do jeito que você queria, mas você tem que aceitar. Porque sentir ódio, não vai mudar nada."
Eu tenho que aceitar essa realidade maldita.
Pode doer, mas se dói e porque era importante e eu ainda a amo.
Durante o trajeto de volta para minha casa, já que minha mãe implorou para que eu fosse descansar, eu orei, implorei a Deus que me acordasse desse maldito pesadelo, eu só queria acordar amanhã e perceber que tudo foi um sonho.
Mas isso não é um sonho, apesar de cruel é real.
Parei o carro de qualquer jeito em frente de casa. Quando passei pela porta, flashes me invadiram, lembranças que ainda irão me causar muita dor.

Londres - Terça-feira, 30 de dezembro de 2014.

— Harry? — descia as escadas correndo, parecia um bebê. — Adivinha o que eu encontrei.
— O quê? — questionei me jogando no sofá da sala.
— Algo que vou espalhar em todas as redes sociais que existem no mundo — esfregou o álbum de fotos na minha cara. — Você era a coisa mais fofa quando era um bebê. Ai que dengo.
— Pare — impliquei, ela fez uma careta.
— Eu IA parar, mas como você me chamou de — ela virou a página e fez mais um de seus comentários desagradáveis.
— Você não vai parar? — perguntei me levantando do sofá.
balançou a cabeça negativamente. — Então, ok.
Corri até ela e lhe peguei pela cintura, a joguei no sofá e comecei a fazer cocegas.

[...]

COMO DÓI MEU DEUS!
Porque precisa doer tanto? Porque isso aconteceu com ela? Por que não comigo?
Isso não é justo, ela não merecia algo assim, nós não merecíamos acabar assim.
Entrei no meu quarto e mais lembranças invadiram minha mente.
"Vim trazer seu presente de casamento."
Lembrei-me de quando veio aqui ontem, ela tinha deixado à caixa no closet.
Corri até lá e abri a porta, peguei a caixa e desmanchei o laço lilás, tirando a tampa logo em seguida.
A dor do meu peito apenas aumentou, e naquele momento eu quis morrer.
E mais uma vez eu questionei o porquê da vida ser tão injusta.
Dentro da caixa tinha um sapatinho vermelho de bebê e um teste de gravidez de farmácia com os dizeres: Positivo.
Aquela dor apenas aumentava a cada segundo, a vida não precisava fazer isso com a gente. Ninguém merece sofrer assim.
Voltei para o quarto e vi meu celular piscava sobre a cama, avisando que existia uma notificação. Peguei o celular e vi que era uma mensagem de voz, no mesmo instante a ouvi.
— Oi, amor — era a voz da , fraca e embargada, mas mesmo assim a voz dela. — Caso estejamos indo para Cancun, ignore esta mensagem. Mas se algo tiver acontecido comigo, abra se e-mail. Te amo.
Perguntei-me diversas vezes o que poderia estar me esperando no meu e-mail, mas não hesitei em abri-lo. Lá tinha uma mensagem de de quase duas horas atrás.

“Oi, Harry.
Se você está lendo isso é porque realmente algo aconteceu, e se tiver acontecido, peço, por favor, que você não fique com ódio das circunstâncias que provavelmente destruíram nossas vidas.
Lembre-se que a sua ainda não acabou.
Estou sem tempo para escrever, afinal o casamento é daqui a pouco e mamãe está me apressando. Se algumas coisas estiverem confusas me desculpe, estou nervosa demais para escrever um texto coerente.
Só quero pedir para que você aceite tudo o que irá acontecer na sua vida deste dia em diante. A vida pode parecer injusta, mas ela sempre dar certo no final.
Algo aconteceu comigo, não sinta ódio, ok? Apenas não era o nosso destino terminar juntos e ter um final feliz.
Deus deve está preparando outra coisa para você, afinal eu disse que você era o homem certo para mim, mas isso não quer dizer que eu era a mulher certa para você.
O universo nos pregou uma peça, o mundo girou e eu me perdi, mas isso não quer dizer que o que sinto por você não é real ou se quer deixou de existir.
Como eu disse uma vez:
Eu te amo, Harry Styles. E mesmo que o mundo acabe, o universo vire um nada ou que algo muito forte, ou melhor, que a morte nos separe um dia, eu sempre irei te amar. Mesmo que um de nós não esteja mais nessa dimensão ou nesse mundo, você sempre será o amor da minha existência.
Lembre-se que em algum lugar do universo, existe alguém que te ama muito.
Por que pode até não existir vida além do amor, Harry, mas existe amor além da vida.
Seja feliz.
Com amor... Sua ."


Fim



Nota da autora: (09/08/2015) Oi, leitoras. A fiction foi escrita para o especial música brasileira, mas como eu sou toda enrolada deixei tudo para cima da hora e fui enviar no último dia, acabou que a internet caiu e não consegui enviar. Acho que perceberam que Zayn não está aqui (sorry), nada contra ele, ainda gosto do Malik, mesmo ele não estando mais na 1D, mas apenas quatro eram suficientes, e como foi ele quem saiu, acabou sendo excluído (sorry de novo). Eu particularmente amei escrever esta fic, quando comecei a escrevê-la a música que tinha em mente era "Sem radar - Ls Jack", mas no dia que eu a enviaria conheci "Amo até o céu - Gabriel Gava" que além de se encaixar na fiction, era uma bela homenagem ao Cristiano Araújo. Espero que tenham gostado, e me desculpem pelo final, mas eu adoro um drama e sou apaixonada por finais trágicos (sorry mais uma vez). Beijos."




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