Escrita por: That
Betada por: Teesh


Quarta-feira.

Olhei no relógio e vi que já eram quase seis horas da noite. Puxei a cadeira do computador, colocando-a perto da janela. Essa era a minha rotina, todos os dias, antes das seis, eu sentava perto da janela e ficava esperando que ela passasse lá no outro lado da rua. Seu prédio era bem em frente ao meu, mas nós nunca tivemos a chance de nos conhecer, até porque não tenho tanta coragem pra isso. Ou tenho muita timidez pra isso, ainda não me decidi. Mas o fato é que todos os dias eu aguardava por esse momento, porque era um dos poucos onde eu conseguia realmente vê-la. Às vezes eu consigo vê-la pela minha janela, quando ela está sentada em sua cama ou estudando alguma coisa em seu dormitório, mas sei que não é de muito bom tom ficar encarando a janela do quarto de uma garota, ainda mais quando ela não faz ideia de quem eu seja. Mas eu sei quem ela é. é apenas a garota mais linda do mundo pra mim. Aquela que eu largaria tudo, que eu faria o que pedisse. Ela poderia mudar o meu mundo se sorrisse. Que bom que ela sempre sorri.
Sem me fazer esperar muito, virou na esquina, caminhando calmamente pela rua, enquanto o vento fraco balançava seus cabelos. Ela estava envolvida pelo ritmo de alguma música, visto que ela cantarolava algumas partes da mesma. Sorriu e acenou para alguém que passou por ela, parando em frente ao seu apartamento. Não tirei os olhos dela até que passasse pela porta.

- Qualquer dia desses, eu te denuncio pra polícia do campus. – , meu colega de quarto, falou, entrando repentinamente no quarto e me assustando. – Sério, sua obsessão por essa menina está além dos limites aceitáveis.
- Não é obsessão, . Eu gosto dela... – murmurei, puxando a corda e fechando a persiana bruscamente.
- Ah, você gosta dela. E a melhor forma de fazer com que alguém goste de você de volta, é ficar na janela, esperando a menina aparecer, claro. O métodos antigos, como se apresentar e convidar para um café, não são mais eficazes. Pra que contato físico com a pessoa? Olhar de longe é maravilhoso.
- Acabou? – perguntei, já sem paciência. – O caso não é eu querer me manter longe dela, o problema é eu não saber como me aproximar. Não sou você, , não tenho facilidade de chegar nas meninas. Vou chegar nela e falar: “Então, , eu tenho te acompanhado todos os dias e o meu amigo insistiu que eu deveria falar com você, perguntar se você não gostaria de tomar um café ou algo do tipo comigo...”
- Primeiro, você nunca vai falar que ficava esperando ela passar, isso é prova de loucura e a menina vai sair correndo pela rua. Segundo, você pode começar se aproximando lentamente, não precisa perguntar assim na lata.
- Nós não temos nada em comum, não sei como me aproximar dela. Se tivesse uma oportunidade, eu já teria falado... – fui interrompido pelas gargalhadas de . Ele riu tanto, que caiu de costas na cama, com o corpo tremendo de forma que parecia que estava tendo um treco. – Desisto de falar com você. – falei, deslizando a cadeira na direção do computador.
- Tá bom, desculpa, não deveria ter rido. Só acho que você não teria falado com ela nem se tivesse tido oportunidade.
- , caso não tenha entendido, eu decidi te ignorar pelo restante do dia. – murmurei, abrindo o arquivo do trabalho de teoria social que deveria entregar no final da semana.
Pelo canto dos olhos vi levantando os braços, como quem desistia, em seguida ele saltou da cama, saindo pela porta. Bufei de raiva por saber que tudo o que ele me disse era verdade. Eu deveria levantar dessa cadeira e ir até ela, fazer as coisas acontecerem. Só que se isso parece difícil na minha mente, deve ser mil vezes pior na realidade. Eu nunca fui do tipo que tinha facilidade de se relacionar com as garotas, sempre sofri com isso. E tudo piora quando é relacionado a . Ela é linda, parece ser tão legal, que é difícil imaginar ela dando atenção pra mim. Levantei novamente a persiana, vendo que ela estava sentada na cama, lendo alguma coisa. Seu olhar compenetrado, suas feições marcadas, como se tivesse concentrada. Deus, ela era linda até estudando. Perdi completamente a linha de raciocínio e só voltei ao meu corpo quando vi que ela olhou para frente, mais exatamente em minha direção, e sorriu. Arregalei os olhos e sai rapidamente da janela, me escondendo da forma que conseguia. Fechei a persiana e deixei a minha cabeça cair contra a mesa. De todas as coisas que eu podia deixar acontecer, essa era, de longe, a pior. Ela não podia ter visto eu a observando. Agora eu serei considerado o louco do campus. Ótimo apelido. Quando eu posso me mudar?


Quinta-feira

A porta da sala de aula se abriu e o professor de filosofia entrou pela mesma. Hoje a turma estava estranha, havia muito mais alunos que o costume. Algumas meninas sentaram mais ao fundo e cochichavam algo, uns rapazes sentaram bem nas primeiras carteiras e já estavam a postos para anotar tudo o que o professor falasse. Eu estava no meio da sala, mais inclinado a dormir do que anotar algo ou conversar.

- Bom dia, turma. – o professor Green falou, chamando um pouco minha atenção. – Os senhores devem ter notado que há pessoas novas na turma. O outro professor de filosofia, o sr. Stevens, teve um problema familiar e precisará se afastar da universidade pelo próximo mês. Por isso ele me pediu que eu conduzisse sua turma durante esse período e eu não pude recusar. Nós usaremos esse tempo para fazer um intercambio de conhecimento entre os alunos, como vocês possuem professores diferentes, o método, a abordagem e até mesmo o assunto acabam sendo outros. Dessa forma, nós faremos um trabalho em dupla que valerá metade da nota do semestre, tanto para a minha turma, como para a turma do sr. Stevens. Nessa dupla deverá ter, obrigatoriamente, um aluno de cada turma, salvo o caso de uma turma ter menos alunos que na outra. – respirei fundo quando ele acabou essa frase. Eu já tinha dificuldade de fazer amigos na minha própria turma, quanto mais em outra, onde eu nunca tinha visto a outra pessoa antes. Esse trabalho já estava fadado ao fracasso. Levantei a cabeça e vi que a configuração da sala havia mudado, as pessoas já estavam sentadas em dupla e não tinha ninguém sozinho. Ótimo..., pensei. Talvez fosse melhor eu fazer o trabalho individualmente mesmo.
- Com licença, essa é a aula de filosofia com o professor Green? – uma voz suave soou junto à porta e todos os rostos se viraram em sua direção, inclusive o meu. O rosto dela logo ficou vermelho e ela deu uma risada sem graça. – Posso entrar? – prendi a respiração por alguns segundos e perguntei aos céus qual era a graça daquilo acontecer exatamente nesse momento? Por que não um dia antes? Por que a tinha que aparecer na minha turma logo depois de ter me pego espiando o quarto dela?
- Claro, faremos um trabalho em dupla, onde cada aluno é de uma turma diferente, então sente-se ao lado daquele rapaz. – ele apontou em minha direção. Ela acenou com a cabeça e caminhou até onde eu estava. Ok, esse é o momento em que eu levanto e saio correndo? Ou devo fingir que nada aconteceu e...
- Oi. – murmurou, com um sorriso tímido nos lábios.
- Oi. – falei de volta, tentando não parecer nervoso. Ela parecia meio enrolada com diversos livros nas mãos, além da própria mochila. Me levantei rapidamente, pegando uma carteira para ela se sentar
- Obrigada, . – ela disse e eu fiquei paralisado, a encarando. – Sim, eu sei seu nome. – riu baixinho, sentando-se e antes que eu pudesse falar alguma coisa, o sr. Green começou a falar sobre mil coisas que eu não prestava atenção.

Depois de quase duas horas intensamente nervosas, a aula estava no fim. Eu não consegui tirar os olhos do chão durante esse tempo, até porque acho que não conseguirei olhar nos olhos sem achar que ela está pensando que eu sou um tarado qualquer. Só que, por uma combinação bizarra de sorte e azar, ela era minha dupla nesse trabalho e, querendo ou não, precisaríamos nos encontrar para fazê-lo. Outra pessoa acharia isso a melhor coisa do mundo, pois teria um momento para se aproximar, iniciar uma conversa.

- Como vimos hoje, São Tomás de Aquino é um filósofo que trabalha muito a questão do amor, mas o amor de Deus. – professor Green falou, fazendo com que eu o olhasse. – Esse sentimento é tratado de diversas formas e por muitas pessoas, mas não se sabe realmente o surgimento do termo e do significado. Então eu lanço a pergunta para vocês e será a partir dela que vocês farão o trabalho: “Quem inventou o amor?” – ouvi algumas risadas dos meus colegas, mas eu me mantive sério. O destino era muito brincalhão mesmo. Eu teria que tratar de amor, tendo a como parceira. Eu poderia ser do tipo que sugeriria algo como uma pesquisa mais profunda do tema, ou um estudo de caso. Só que eu sou do tipo do cara que espia a menina pela janela, qualquer palavra que eu troque com ela já seria lucro. – A entrega é para a próxima semana. Por hoje é isso, vocês estão liberados.

- Como vamos fazer esse trabalho? – ouvi sua voz ao meu lado e levantei os olhos, encarando os seus. – Acho que não vamos ter problema de distância, porque podemos fazer isso pela janela. – riu baixinho mais uma vez, fazendo com que eu me apaixonasse novamente. Eu tinha perdido as contas, acho que já era a décima vez nessas últimas duas horas.
- Então. – falei, fazendo com que ela me olhasse. – Precisa de ajuda com livros? – me ofereci, sendo mais corajoso do que nunca na minha vida. - Nós podemos ir tomar um café e começar a conversar sobre o trabalho... – emendei de uma vez. Já que a porta da coragem tinha sido aberta, era melhor usar tudo o que conseguisse. Só antes que ela pudesse responder, ouvi uma voz masculina perto da porta.
- , vamos? – virei o corpo, vendo o rapaz alto parado debaixo do batente. Sua expressão parecia entediada, como se estivesse esperando há muito tempo. Ela pareceu hesitante e um pouco sem graça com a situação. Passou a mão no cabelo e colocou uma das alças da bolsa no ombro.
- Ok, entendi. – falei, pegando minha mochila e caminhando em direção à porta.
- Não, , não é isso. – ela falou, mas eu estava passando pelo “amigo” dela e seguindo para o meu dormitório. Depois dessa, a porta da coragem estava fechada e lacrada.

Eu estava deitado na cama, fazendo com que uma pequena bolinha batesse na parede e voltasse para a minha mão. Olhei no relógio e eram 17h57min. Se fosse em outros momentos, seria a hora que eu estaria de plantão na janela para vê-la passar. Só que depois de dois eventos quase catastróficos, não conseguiria tentar chamá-la para sair mais uma vez. Fora que com aquele cara no pé dela, ela nunca ia querer nada comigo. Foi um completo balde de água fria, daqueles bem gelados mesmo, que te paralisa e te faz desistir de tudo. Encarei a persiana fechada e resolvi que ela ficaria assim mesmo. entrou no quarto e ficou me encarando com uma expressão confusa.

- O que deu em você, por que a janela tá fechada? Já tá na hora.
- Não tô para brincadeiras, cara. – falei, jogando a bolinha na parede mais uma vez.
- O que aconteceu? – ele perguntou, parecendo que era mais preocupação do que brincadeira.
- Ontem a me pegou a olhando pela janela. – comecei e fez uma careta. – Calma, fica pior. – continuei. – E hoje, na minha aula de filosofia, fui surpreendido por vários alunos novos, porque um professor teve que se afastar e o sr. Green ficou com os alunos. E como o destino é um pé no meu saco, a é um desses alunos. – a careta de ficou maior e ele se preparou para falar alguma coisa, mas eu não deixei. – Calma, fica pior ainda. O professor passou um trabalho em dupla, sendo que cada um deveria ser de uma turma. Adivinha quem é a minha parceira? – deixei a pergunta no ar.
- Cara, que coincidência bizarra. Mas pensa pelo lado positivo, pelo menos assim você vai se aproximar dela. Vai que as coisas se desenrolam bem, ela pode até esquecer a parada da janela.
- Ela chegou na sala cheia de bolsas e livros, então eu me ofereci para ajudar a carregar, já que eu moro em frente ao prédio dela. E disse, como você sugeriu, que a gente podia tomar um café e usei o trabalho como desculpa. Só que antes dela poder responder, chegou um cara lá a chamando e ele, claramente, tava lá esperando ela. – bufei, jogando a bolinha do outro lado da sala. – Eu não tenho chances e agora terei que conviver com ela forçadamente.
- Eu nem sei o que falar, cara. – comentou. – Talvez ele nem fosse namorado dela, você viu os dois se beijando?
- Eu não fiquei lá pra assistir, né? Meu dia já estava ruim o bastante.
- Mesmo que eles tenham algo, pode não ser sério, ela pode preferir você.
- Na boa, , não sei se terei coragem de chamá-la pra sair mais uma vez. Acho que gastei toda a minha cota de coragem.
- Sério? Você vai desistir assim? – ele perguntou. Eu fiquei calado, sem saber o que responder. Ele deu de ombros e seguiu para a sua cama.


Sábado

Resolvi me dar um dia de folga de tudo, ficando enfurnado no quarto durante toda a sexta-feira. Tentei pensar alguma coisa sobre o trabalho de filosofia, para ter algo já adiantado para mostrar para a quando tivesse que discutir sobre isso, mas não consegui fazer nada. É difícil falar de amor e mais ainda tentar imaginar quem o inventou. Se é que ele foi inventado. Eu penso que ele apenas existiu e existe até hoje. Como aquela história que as coisas continuam existindo porque tem gente que acredita. Sei lá, tipo coelho da páscoa e Papai Noel. É até difícil pensar no amor, porque é um sentimento tão complexo. Às vezes é simples como respirar e outras é difícil também como respirar, só que debaixo d’água. Nesse momento eu me sentia assim, como se eu tentasse buscar o ar e ele não viesse. Tão poético, trágico e cômico, como toda minha vida tem sido. Desde o momento em que eu coloquei os olhos nela, eu sabia que estava completamente ferrado por um único motivo:
1. Minha vida tem a tendência de seguir para o lado mais cruel, sempre querendo o mais difícil, aquilo que eu nunca terei.

E tem algo mais cruel que gostar de uma pessoa, vê-la todos os dias e saber que ela nunca será sua? Nada além de um vizinho de janela. Nada mais do que aquele cara que, desconfortavelmente, fica te espionando.

Ouvi a porta bater, mas nem fiz menção de sair da cama. olhou em minha direção e xingou baixo antes de levantar. Empurrou minha cama ao passar, fazendo com que ela balançasse, assim como meu corpo. Tirei uma de minhas meias, fiz uma pequena bola e atirei na direção do seu rosto, mas resvalou no topo da sua cabeça. Ele riu, pegando algo no chão e jogando em mim também. ainda estava rindo quando abriu a porta, mas suas feições mudaram para uma cara surpresa depois. Ele olhou rapidamente em minha direção, antes que eu pudesse ouvir a voz do nosso visitante.

- O está? – disse, fazendo com que eu desse um pulo da cama, ficando em pé num segundo.
- Tá sim, entra. – ele disse, meio sem jeito. Olhei para a forma que estava vestido. Eu parecia um sem teto. Tirei a meia que usava em um pé só e puxei um casaco que estava na cadeira do computador. entrou calmamente, sorrindo para mim assim que me viu. Ela carregava uma bolsa de livros e dois copos de café para a viagem.
- Você me ofereceu café no outro dia, agora é minha vez. – seu sorriso se alargou e eu quase perdi a linha de pensamento. Acho que demorei uns trinta segundos para acordar e caminhar até ela, pegando os livros pesados e os cafés. coçou a cabeça e me olhou com um sorriso bobo.
- Eu tenho que resolver umas coisas. – falou, pegando o casaco e um par de sapatos. – Bom trabalho pra vocês. – a porta bateu e o silêncio e instaurou no quarto.
- Eu te procurei pelo campus ontem, mas não te achei. Montei até acampamento na janela e nada de você aparecer. Precisava falar com você sobre o outro dia.
- Sim, sobre o trabalho, né? Desculpa, é que eu não estava...
- Não era só sobre o trabalho, . – ela falou, um pouco mais séria. – Você não entendeu. O Tom é meu primo e veio pegar umas coisas da minha tia que estavam comigo. Ele parecia meio impaciente, porque ela o obrigou a vir até aqui e depois ficou esperando muito tempo pra aula acabar. E eu não queria que você entendesse errado.
- Acho que continuo não entendendo. – murmurei e ela sorriu de lado. Dando dois passos para frente, parou bem perto de mim. Sua mão subiu até o meu rosto, onde ela fez um leve carinho, antes de seguir para a minha nuca. Enquanto eu tentava assimilar tudo o que estava acontecendo, ela acabou com a distância que nos separava e juntou nossos lábios. Aquele foi o momento mais mágico da minha vida, como se tudo tivesse mudado de perspectiva, de rumo. Minha vida deu uma volta de 180°, eu estava fora do chão e a única coisa que me prendia no mundo e mostrava que tudo era real eram as mãos de em minha nuca e seus lábios nos meus. Muito rápido ela se afastou um pouco, com um sorriso tímido nos lábios.
- Sempre que eu voltava para casa, eu sabia que você estava me observando. No começo parecia estranho, mas depois acabou se tornando parte da minha rotina, sabe? Sempre que eu virava a esquina, eu procurava pela sua janela para ver se você estava ali. E sempre que eu te via, me sentia um pouco mais feliz. Então eu esperei. Esperei que você viesse falar comigo, mas você parecia sempre tímido demais. Por isso que no outro dia eu acenei para você, era mais como um convite para uma aproximação, do que como um pedido para você se afastar. Quando eu entrei na sala e vi que você, logo você, seria minha dupla no trabalho, eu vi que poderia ser um começo, o nosso começo. Só que você correu de mim mais uma vez, da mesma forma que fez quando fechou a persiana naquele dia. – suas mãos desceram até as minhas, ela entrelaçou nossos dedos e olhou em meus olhos. – Mas você não vai mais correr de mim, . Porque eu quero ficar com você. Só com você.
Eu não precisei dizer mais nada, porque qualquer palavra idiota que saísse da minha boca naquela hora estragaria o momento. O fato é que, pela primeira vez na vida, eu me sentia verdadeiramente feliz. Acho que ouvir da boca da pessoa que você gosta, que ela também gosta de você é o paraíso. É o melhor som do mundo. E a partir daquele momento eu sabia que não estava sozinho. Sabia que quando me aproximasse da minha janela antes das seis, eu não veria minha vizinha chegar. Eu veria a minha garota, a minha namorada.
E quanto ao trabalho. Bem... É difícil demais tentar explicar o amor. Acho que, por hora, vou me limitar apenas a sentir.


Fim



Nota da autora: Escrevi essa fic especialmente para a Samara e gostaria de dizer que foi de coração, nega.
Beijos,
That. Tumblr ||@_thaat || ask.fm || @thatfics || Fics da That

Minhas outras fics:
Aquela dos Trinta - McFLY/Finalizadas
100 Vezes Você - McFLY/Finalizadas
Everything Has Changed - McFLY/Finalizadas
Enchanted - McFLY/Em Andamento
Everything Has Changed - McFLY/Finalizadas
Halo - McFLY/Em Andamento
Midnight in Paris - Especial do Dia do Sexo
N° 1 Party Anthem - Restritas/Finalizadas
Nothing Left to Lose - Especial do Dia dos Namorados
Pretty Hurts - Restritas/Em Andamento
The Way to The Edge of Desire - Restritas/Finalizadas
Untangle Me - Especial da Equipe
We Could've Fallen in Love - Especial de Agosto
What Goes Around... Comes Around - Restritas/Finalizadas
What Goes Around... Comes Around II - Restritas/Finalizadas
When I'm Hurt - McFLY/Finalizadas
You Make It Real - Especial de Natal



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