16 de Setembro de 2012
O garoto andava vagarosamente pelo enorme cemitério. Suas mãos estavam nos bolsos do casaco enquanto que sua cabeça estava baixa protegida pelo capuz do moletom – esse que ele usava por baixo do grosso casaco.
A tarde estava relativamente fria. Os primeiros pingos de neve ameaçavam cair do céu. Mas por enquanto apenas o vento fazia companhia para o garoto.
Depois de um tempo ele chegou até o seu destino. Parou em frente a um túmulo que fazia seu coração comprimir de dor. Até hoje ele não entendia como o mundo podia ser tão injusto a ponto de lhe tirar a única pessoa que lhe entendia. A única pessoa que ele jurou nunca abandonar, e no final das contas foi ela que acabou o abandonando. Que irônico.
Sentou-se no chão úmido e sujo. Passou os dedos pela lápide e contornou o nome que ali estava escrito: .
Suspirou pensando o quanto seriam felizes se ela ainda existisse. Poderiam estar se casando agora, por que não? Esse era o sonho dele, podia não ser o dela, mas esse era um problema totalmente solucionável. Já a morte não tinha solução.
Segurou o enorme bolo que estava na sua garganta e que fazia de tudo para sair. Não podia chorar, não agora. Ele tinha que mostrar a ela o quanto estava forte e que ela não tinha que se preocupar com ele.
Afinal, ele estava bem.
09 de Setembro de 2011
― , você pode me passar um pano? ― a garota pediu mexendo o chocolate na panela.
― Hm, isso está com cara de que está comestível. ― ele disse estendendo o pano de prato para ela.
Levou um tapa ardido da garota.
― Ai!
― Tudo que eu faço é comestível, garoto. ― ela disse fazendo pose de superior. Ele gargalhou a abraçando por trás.
― É, você tem razão. Tudo que você faz é comestível. ― seus lábios quentes encostarem-se ao pescoço da garota a fazendo arrepiar-se com o contato.
― Você não deveria fazer isso, a Suzan é bem ciumenta. ― ela disse desligando o fogo e se soltando dos braços dele.
bufou. Precisava contar para ela. Não aguentava mais guardar tudo que sentia dentro de si, não podia mais ficar se enganando e enganando outras pessoas.
― Vou terminar com ela. ― ele disse observando a garota pegar outra colher dentro da gaveta.
A o olhou franzindo o cenho e perguntou:
― O que foi? Brigaram?
― Não, é só que está na hora de parar de enganar quem não merece. ― ela lhe deu uma colher e se sentou em cima da bancada.
― Nossa, você está bem sério. O que houve? ― ela indagou preocupada. Raras vezes via o garoto assim, tão preocupado. Pensou logo o que Suzan devia ter feito para ele querer terminar o namoro de dois anos. Pensava que os dois se casariam. Pareciam tão apaixonados.
Ele sentou-se ao seu lado e pegou uma colherada do brigadeiro na panela que estava no meio dos dois.
― Na hora certa você vai saber. ― ele disse parecendo meio misterioso.
― Já disse que odeio quando você fica fazendo isso? ― ela disse bufando.
― Na hora certa, pequena, na hora certa. Acalme-se. ― disse beijando sua bochecha e consequentemente lhe sujando de chocolate, fato que ocasionou uma pequena guerra de brigadeiro.
14 de Setembro de 2011
― Você quer o quê? ― a loira perguntou ainda sem acreditar no que acabara de ouvir.
― Isso mesmo, Suzan. Quero terminar com você. ― disse com uma certeza inabalável.
Lá fora algumas gotas de água anunciavam que a chuva estava para começar. O frio estava forte durante semanas, era estranho, já que estavam no verão. Mas o que pode se fazer? O clima tem estado louco de uns anos para cá. A estação mudou e se esqueceu de avisar.
― Mas estamos tão bem. O que houve? ― ela perguntou fazendo com que seus olhos castanhos ficassem encharcados, ela estava a um ponto de chorar.
― Por favor, Suzan, não chore. ― ele pediu sentindo ter que ferir alguém que esteve ao seu lado tanto tempo.
Mas tinha que parar de se enganar, tinha que parar de enganá-la. Ele estava sentindo que precisava contar logo sobre seus verdadeiros sentimentos. Contar quem era a dona verdadeira dos seus sentimentos.
― Mas é que... droga, ! Eu não te entendo. ― ela disse por fim se entregando as lágrimas.
Por sorte a cafeteria em que estavam se encontrava meio vazia. Logo ninguém podia notar uma garota chorando a soluços.
― Por favor, Su. ― ele disse se levantando e sentando-se do seu lado. Abraçou-lhe de lado e deixou que a cabeça dela pousasse no seu peito. Era tudo que ele podia fazer com ela: consolá-la. Nada mais.
― Eu gosto de outra pessoa. Sempre gostei. ― disse baixo acariciando os cabelos da loira.
Suzan fungou e levantou a cabeça encarando os olhos do garoto.
― ! Eu sempre soube. Mas pensei... Poxa, dois anos. Você me enganou por dois anos, ! ― ela disse e voltou a chorar novamente, só que dessa vez não deixou que ele lhe tocasse. Ele havia lhe enganado. Tinha ficado ao seu lado dois anos, amando outra.
― Desculpa, eu fui fraco. Não queria perder a amizade dela. ― ele disse suspirando tomando noção do seu erro. Se tivesse resolvido as coisas antes, nada disso estaria acontecendo.
― Vou embora. ― Suzan disse se levantando, arrastando a cadeira no chão e praticamente correndo.
― Suzan! ― gritou jogando dez euros na mesa e correndo atrás da garota. Agora a chuva estava bem mais forte. Ele tinha a trazido de carro, agora ela lutava para arranjar um táxi, algo que não aconteceria tão cedo. A rua estava praticamente tampada pela forte chuva que caía. Não era possível ver absolutamente nada. Chegou perto da garota, que agora estava ensopada e esticava a mão para a rua. Seus olhos estavam vermelhos e seu corpo todo tremia.
― Vamos, Suzan, eu te levo. ― ele disse segurando seu braço.
― ME SOLTA! FICA LONGE DE MIM. VAI, CORRE PRA . VOCÊ ESTÁ LIVRE AGORA! ― ela gritava enquanto soluçava.
Ele a abraçou forte ignorando seus gritos e seus protestos para largá-la. Aos poucos ela foi cedendo até que conseguiu levá-la até o carro. A sentou no banco do carona e colou o cinto ao redor do seu corpo. Suzan apenas soluçava baixinho e se tremia por conta do frio. Ele pegou um moletom que sempre levava no carro e colocou ao redor do corpo da garota que não protestou, apenas se aconchegou e deixou que o sono a levasse.
fitou a garota uma última vez antes de dar partida no carro e levá-la para sua casa.
Não sabia se tinha feito o certo. Mas ao menos estava em paz com sua consciência.
15 de Setembro de 2011
Suas mãos suavam, suas pernas tremiam e seu estômago mais parecia um freezer de tão gelado. A garota abriu a porta e logo sorriu quando viu quem era.
― . ― ela era a única que lhe chamava assim. Disse que esse era o apelido dela para ele.
― . ― ele disse vendo a cara da garota emburrar. Ela odiava esse apelido besta que ele tinha lhe dado. Era tão idiota.
― Para de me chamar assim. Odeio esse apelido que você me deu. ― a garota entrou em casa e deixou a porta aberta para o garoto entrar.
― Mas o que eu posso fazer se seu nome não deixa possibilidades de apelidos legais? ― ele se defendeu fechando a porta e se jogando no sofá ao lado da garota que agora zapeava os canais da TV.
― Então me chame de mesmo, não tenho problemas com isso. ― a garota falou deitando sua cabeça no colo do garoto.
Rapidamente se lembrou do que o levou até a casa dela. Então seu coração voltou a bater mais forte, suas mãos começaram a suar novamente. Droga de sensações estúpidas!
― , está tudo bem? ― perguntou notando o quanto ele parecia estranho e apreensivo.
O garoto respirou fundo e disse:
― Terminei com a Suzan.
se sentou e ficou encarando o garoto. Como assim ele havia terminado com a Suzan? Não conseguia entender o motivo para tal ato.
― Mas por quê? O que ela fez? ― perguntou sem entender absolutamente nada.
tragou a saliva e pensou em um jeito fácil e rápido de lhe contar toda a verdade. Era agora ou nunca.
― Estou apaixonado por outra garota. ― por partes era bem mais fácil. Dava mais tempo dele formular como diria que era ela, por quem ele sempre foi apaixonado.
― Apaixonado por outra garota? Não entendo, , você nunca me disse nada. Quem é ela? ― perguntou sorrindo de lado. Realmente isso estava lhe intrigando. Como assim ele namora com uma garota por dois anos estando apaixonado por outra? Seu amigo era mesmo complicado.
Droga! Ele nem teve tempo de pensar em algo para falar. Resolveu parar de enrolá-la e falou de uma vez só.
― Essa garota sempre foi e sempre será você. ― observou como as pupilas da garota dilataram e sua expressão confusa só aumentou.
Agora sim ele tinha dado um nó na cabeça da garota.
― Hã? ― foi tudo que ela conseguiu dizer. Estava em estado de choque. Como assim seu melhor amigo sempre foi apaixonado por ela? Como ele conseguiu esconder isso dela por anos? Um formigamento estranho surgiu no seu peito e uma felicidade vinda não se sabe de onde lhe atingiu. O sentimento podia estar adormecido, mas esquecido jamais. Desde o primeiro dia que viu o garoto se apaixonou por seu sorriso, por seu jeito. Mas ele só a tratou como uma amiga, e então seu sentimento foi deixado de lado e ela também passou a notá-lo como um amigo.
Não era assim que deveria ser?
― Eu sei que deveria ter dito isso faz tempo, mas é que tive medo, medo da rejeição. ― ele disse a fazendo sair de seu mundo particular e encarar o garoto. Como esperou por esse dia. Mas porque agora que ele finalmente tinha chegado parecia tão errado?
― , eu to confusa. Muito confusa. Preciso pensar. ― ela terminou de falar e saiu correndo para seu quarto.
Ele ficou fitando o caminho que ela tinha acabado de fazer e se perguntou o que tinha feito. Tinha estragado de vez o que tinha construindo durante anos com ela.
Levantou-se e dirigiu-se para saída. Não tinha mais nada o que fazer, tudo que tinha que fazer estava feito.
Agora era só esperar o resultado dos seus atos.
16 de Setembro de 2011 – Cinco da manhã
O dia estava mais nublado do que qualquer dia passado. O sol se recusava a aparecer. olhou para seu celular e nenhuma chamada ou mensagem tinha lhe chegado até o momento. Ele tinha passado a noite em claro esperando qualquer sinal de , mas ela não tinha lhe ligado e muito menos lhe mandado uma mensagem de texto. Bufou jogando o celular do outro lado do quarto. Não notou quando a bateria saiu do aparelho o fazendo se desligar. Fechou a janela se protegendo do vento frio que fazia do lado de fora. Parecia que hoje o dia seria chuvoso.
Jogou-se na cama e deixou o sono lhe levar.
Uma da tarde
Fortes batidas na porta tiraram o garoto do mundo dos sonhos. Mexeu-se na cama irritado, quem era o idiota que estava lhe acordando tão cedo?
― Filho, acorde! ― a voz de sua mãe chamou abafada.
Ainda meio grogue de sono ele se levantou e olhou para o relógio que ficava no criado-mudo ao lado de sua cama. Abriu a porta e fitou sua mãe com os olhos marejados e o nariz vermelho, ela havia chorado. Rapidamente o efeito do sono havia passado. O que tinha acontecido?
― O que foi mãe? ― perguntou ficando preocupado.
Sua mãe fungou antes de dizer:
― Se vista, querido. Te espero lá embaixo.
― Mãe, o que ta acontecendo? ― ele perguntou novamente sentindo seu coração se apertar cada vez mais. Sabia que algo de ruim tinha acontecido. Só esperava que não fosse algo tão ruim.
― Se vista, querido. Te conto no caminho. ― ela disse se virando e não deixando mais o garoto falar nada.
ainda ficou estático por algum tempo na porta de seu quarto. De repente o vazio lhe atingiu. Mas o que estava lhe faltando?
Rapidamente se vestiu com qualquer roupa e foi atrás do seu celular, precisava ligar para . O encontrou jogado no canto do quarto e xingou quando o viu sem bateria, a colocou e esperou o celular ligar. Seu coração parou por segundos e depois voltou a bater mais rápido que o trem bala. Ela havia lhe ligado.
Ligou para ela, mas seu telefone só dava na caixa postal.
Levantou-se e saiu correndo para o andar de baixo. Chegando lá encontrou sua mãe passando a mão por cima de um porta-retrato.
Chegou mais perto e sentiu suas pernas falharem, por sorte conseguiu se manter em pé. A foto que sua mãe passava a mão era umas das últimas que e ele tinham tirado na pré-adolescência. Os dois estavam sentados no balanço que ficava nos fundos da casa dos avôs dela, ambos olhavam um para o outro e sorriam cúmplices. Ele lembrava-se que naquele dia tinham fugido dos seus pais para tomarem banho no rio que ficava a alguns quilômetros da casa. Ambos passavam os últimos dias de férias na casa de campo dos avôs da garota.
― Mãe, por favor, me diz o que está acontecendo. ― perguntou novamente fazendo a mais velha dar um pequeno pulo de susto. Ela recolocou a foto no lugar e se virou para o filho.
― Hoje mais cedo, ― ela começou limpando uma lágrima que tinha fugido do seu olho e continuou. ― a estava vindo para cá, quando seu carro derrapou por causa da chuva, agora ela está no hospital entre a vida e a morte.
No instante que sua mãe acabou de falar, deixou-se desabar no sofá, seu ar lhe faltava, seu coração estava a ponto de sair do seu peito. Não podia ser verdade, ela estava vindo falar com ele.
― Quero vê-la. ― disse levantando-se em um pulo.
Sua mãe assentiu com a cabeça e os dois saírem em direção a garagem.
A chuva agora apenas caía em uma leve garoa. O pior já havia passado. Ou estava para acontecer.
Uma e quarenta e cinco minutos.
O garoto andou a passos curtos pelo quarto. Um som de “bipe” tocava sem cessar. Sua pequena estava deitada em uma cama com uma agulha colocada em seu braço, um tubo na sua boca e vários arranhões pelo corpo. Parecia tão frágil e indefesa. Queria poder lhe tirar desse sofrimento.
― Me desculpa. ― ele disse deixando algumas lágrimas molharem o rosto pálido da garota. Com cuidado passou a mão por seus cabelos. ― A culpa foi toda minha. Se eu não tivesse contado que te amava ontem e te deixado confusa, você não precisaria ir até minha casa hoje, embaixo da chuva.
Contornou seus olhos fechados e chegou até sua bochecha, não aguentaria se jamais visse o brilho dos seus olhos novamente. Ela tinha que ficar boa, ela ia ficar boa.
― Com licença. ― uma enfermeira disse fazendo com que limpasse rapidamente as lágrimas que molhavam seu rosto. ― Seu tempo acabou.
Ele assentiu com a cabeça dando uma última olhada na garota adormecida e tocou de leve sua testa num beijo calmo e cheio de sentimento.
― Nós ainda vamos viver nossa história. Então trate de levantar dessa cama logo.
Três horas e cinco minutos.
O pior tinha acontecido. não suportou mais continuar vivendo. Seu coração parou há exatos cinco minutos atrás.
Um garoto inconsolável chorava feito uma criança no colo de sua mãe, seus sonhos tinham chegado ao fim. O sonho de ter a garota da sua vida ao seu lado tinha chegado ao fim e só de pensar nisso seu coração sangrava.
― Vai ficar tudo bem, querido. ― sua mãe falava ninando o garoto que só sabia chorar. As lágrimas caíam sem cessar, seus olhos deveriam estar vermelhos e inchados, mas isso não lhe importava, tudo que queria agora era poder olhar nos olhos de e sentir o conforto que só eles podiam lhe dar. Doía pensar que nunca mais encontraria o conforto que tanto queria que tanto precisava.
Agora
Lembrar tudo que já tinha passado ainda deixava seu coração apertado e ele tinha certeza que mesmo que se passassem mil anos, seu coração ainda continuaria sofrendo.
Apertou-se mais aos agasalhos sentindo uma brisa gelada tocar seu corpo. Logo choveria.
― Um ano sem seu sorriso. Um ano sem seu abraço. Um ano sem você. ― sua voz rouca disse depois de tempos sem falar nada.
Deixou sua mente se perder pelas memórias que sempre lhe atingiam quando vinha visitar o túmulo da garota.
Passos leves se aproximaram do garoto. Ele nem ao menos se deu conta de ver quem era. Já sabia.
― Sabia que ia te encontrar aqui. ― a voz doce da garota disse sentando-se ao seu lado.
sorriu de lado e então olhou para a garota que agora olhava para o túmulo a sua frente.
― Não podia deixar de vim te ver. Hoje faz um ano. ― ele disse deixando seu olhar se perder pelas flores que estavam amontoadas no túmulo da garota.
A mão delicada de Suzan se esticou e colocou um pequeno buquê de orquídeas junto com as outras tantas flores. Essas eram as flores preferidas de . sorriu olhando para a loira.
― Você se lembrou.
― Ela também era minha amiga, seu bobo. ― ela disse empurrando de leve o ombro do garoto.
refletiu sobre o que Suzan havia acabado de falar. Era verdade, os três eram amigos, e por sua culpa estragou tudo. Jamais se perdoaria por ter deixado se levar por intuições idiotas.
Suzan reparou no cenho franzido de e passou a mão pela testa dele, o vendo desfazer as rugas que se formavam ali.
― Você não teve culpa. Pare de martirizar desse jeito.
― O que eu faço pra fazer essa dor passar? ― ele perguntou deixando que as lágrimas que ele tanto segurava saíssem sem aviso prévio.
Agora foi a vez de Suzan deixar que o garoto chorasse no seu ombro, como há tempos ela havia chorado no seu.
― Essa resposta eu ainda não tenho. A minha dor até hoje não passou, mas eu tenho uma forma de proteger nosso coração de toda dor e sofrimento. ― ela disse vendo o garoto respirar fundo e olhar nos seus olhos.
― Que forma? ― perguntou levemente curioso.
― Eu embrulhei meu coração em um plástico bolha. Assim se algo acontecer a ele novamente, ele estará protegido e a dor não me machucará, como vem fazendo. ― ela disse fitando o céu e notando que já começava a nevar, mesmo que timidamente.
― Como eu faço isso? ― perguntou vendo a loira se levantar e limpar a terra que tinha ficado em seu casaco escuro.
Ela sorriu docemente para ele e depois olhou para o túmulo da amiga.
― Sei que você está bem, onde quer que esteja.
Depois olhou novamente para o garoto que já havia levantando e lhe fitava com uma grande interrogação no rosto.
― Vem comigo. Eu te ensino. ― disse estendendo sua mão para ele.
olhou para trás e se despediu silenciosamente de sua amada, depois pegou na mão de Suzan e deixou-a lhe levar.
Deixou-a levar embora essa dor que não cessava.
Essa dor que o machucava cada vez mais.
Deixou-a embrulhar seu coração em um plástico bolha.
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