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Capítulo Único


Sexta-feira, que maravilha. A casa está bem perfumada e vazia... Faz sete meses que me mudei para esse projeto de mansão, no começo, eu gostava de toda quietude aqui, só os sons dos passarinhos e o barulho dos eletrodomésticos que me faziam companhia. Antes, eu adorava toda essa calmaria, agora eu a odeio.
Não aguento mais esse silêncio infernal, tanto que passo metade do meu dia fora de casa e fico em uma cafeteria aqui perto, onde há gente bonita e o maravilhoso cheiro de café. E claro, há aquele lindinho que sempre me serve. Na maioria das vezes, só vou lá para contemplar a sua beleza, mas em outras, só vou lá mesmo para fugir do silêncio.
Olho para o relógio. São exatamente 14h26min, parece uma boa hora para ir até aquela cafeteria e satisfazer o meu desejo por café, e o meu desejo de ver um garçom gatinho que sempre me serve.
Pego a minha bolsa e visto o meu casaco vermelho de camurça, o dia está bastante frio para sair por ai sem nenhum tipo de vestimenta aquecedora. Minha mãe sempre me disse que Nova Iorque é bastante fria, mas não pensei que fosse tanto. Às vezes, até bate uma saudade do clima quente de Miami, mas logo passa assim que vejo as belas ruas dessa cidade que eu amo. Minha casa é bem perto da minha cafeteria preferida, a Dynamite Cakes. Adoro tudo lá, os bolinhos quentinhos, os biscoitinhos com gotas de chocolate, os muffins fofinhos e, principalmente, o café quentinho pela tarde.
Arrasto o meu corpo pela calçada, deixando os meus saltos altos baterem nos cascalhos do chão. A rua está cheia de pessoas abanando as mãos para os taxis ou entrando em uma das poucas lojas que tem por ali, a porta principal da cafeteria está vazia, não está com aquela aglomeração normal de pessoas, deve ser por causa do horário.
- Bom dia, – escuto a voz do velhinho que sempre fica na porta. Fui tantas vezes a esse local, que todos já me conhecem ou pelo menos sabem o meu nome.
- Bom dia, Pablo – digo. – Muito movimento hoje?
- Pela manhã estava bastante cheio, mas agora está bem vazio – ele sorriu para mim, com sua boca desdentada. –Você está com sorte.
- Que bom – digo.
Caminho até a minha mesa favorita, fica perto de uma janela e próximo da cozinha, onde posso ver o que o pessoal de lá faz ou deixa de fazer. Logo que me sento, posso ver o semblante preocupado do gatinho. Ele está no celular e pelos vários anos que passei com a minha tia surda e muda posso ler os seus lábios e entender tudo o que ele fala.
“Você não pode esperar só mais um mês? Falta pouco menos de 1500 pratas” consigo ler os seus lábios. “Não me faça devolver a moto, eu já a amo.” Ele bufa ao ouvir o que o outro diz do outro lado. “Tá’ vou dar um jeito de arrumar esse dinheiro para pagar o restante. Só espero que a droga da moto me dê belos bolinhos” bolinhos? É, a minha leitura labial está bem enferrujada.
E o gatinho parece bem preocupado, e pelo o que eu entendi, ele precisa de dinheiro para pagar o restante da moto. 1500 euros é muito, e aposto que ele não recebe tudo isso trabalhando de garçom.
Coitado.
Escuto o toque do meu celular tocando dentro de minha bolsa, enfio a mão lá dentro em busca do celular, mas é meio impossível encontrar na bagunça que é lá dentro. E quando consigo achá-lo ele já havia parado de tocar.
- O que a senhorita deseja? – escuto a voz doce e ao mesmo tempo masculina do garçom.
Coloco o meu celular sobre a mesa e sorrio para o rapaz em minha frente.
- Vou querer um café bem forte, biscoitos de manteiga, um pedaço de bolo de chocolate e alguns muffies – numero nos dedos. O rapaz arqueia a sobrancelha assim que eu termino de falar, como ele sempre faz. E agora, ele fará o mesmo comentário de sempre:
- Fico admirado com uma moça como você come tanto e não fica gorda – ele diz, me estudando com o olhar. Sorrio para ele, da maneira mais sedutora que consigo.
- Deve ser sorte – digo.
Ele solta uma risada e termina de anotar os pedidos.
- Já volto com os seus pedidos.
O jeito que ele fala parece ser mais alegre, talvez queira esconder sua preocupação da ligação de minutos atrás ou ele já deu um jeito na situação, mas quem se importa quando ele está com aquele sorrisinho lindo no rosto?
O meu celular começa a tocar novamente, o puxo para próximo do meu rosto para ver quem é, e me arrependo assim que vejo o nome da criatura rastejante brilhando na tela. A Lexi nunca foi com a minha cara, e eu só fui saber disso no colegial.
Lexi e eu somos primas e passamos toda nossa infância e metade da adolescência grudadas uma a outra. Estudávamos nas mesmas escolas, íamos às mesmas festas e lugares e conhecíamos as mesmas pessoas. Quando chegou o tão esperado colegial, eu fiquei muito animada com tudo, e tudo parecia tão mágico. Logo entrei no time de natação, e Lexi, como uma típica patricinha, se tornou líder de torcida.
Como ela e eu éramos carne e unha, eu sempre a acompanhava nos ensaios das lideres de torcida, que era no mesmo horário do treino dos jogadores de futebol, não aquele futebol americano cheio de brutalidade, o futebol de verdade com uma bola e duas redes. E foi nesses treinos que conheci o Thomas. Ele foi a minha primeira paixão, assim que eu o vi, soube que o que eu sentia o por ele era algo que eu nunca havia sentido antes. Seus cabelos loiros e arrebitados e o seu sorriso de um milhão de dólares me encantou, mas nada me encantou tanto quanto os olhos dele. Comecei a ir a todos os treinos só para olhar para ele, e logo nós ficamos amigos, quando achei que tinha certeza de meus sentimentos por Thomas, contei para Lexi tudo. Foi então que a piranha mostrou sua verdadeira face. Ela começou a se aproximar de Thomas a partir do momento que eu a contei o que sentia por ele, e como se minha felicidade fosse sua desgraça e vice e versa, ela começou a namorar o Thomas sem se importar com os meus sentimentos. Ela ficava com Thomas para lá, Thomas para cá. Thomas isso, Thomas aquilo. Ah, o Thomas. Thomas é minha mão na fuça dela, a Lexi-piranha ficava falando dele dia e noite só para me irritar, e no começo ela conseguiu, até eu superar a paixão que tinha pelo Thomas com muito café, bolos e muffins, esse é o meu jeito de superar minhas desilusões amorosas. Tive tantas decepções amorosas, mas de todas, a do Thomas foi a maior. Claro que todas as minhas decepções amorosas foram diferentes, mas todas acabaram da mesma maneira: no meu quarto com uma grande bacia de bolinhos, muffins e uma grande garrafa de café amargo. Já comi tantos bolinhos doces que foram salgados pelas as minhas lágrimas. Nossa, eu era uma decepção mesmo quando o assunto era o amor. Graças a Deus que eu superei essa fase. Voltando a piranha que está me ligando, a última vez que eu vi a foi no Natal de 2013, quando fui passar junto a sua família. Ela ainda continua namorando o Thomas, o que ela alega ser amor eterno, porém, continuo achando que não há nada de amor nisso, ela só continua com ele para me irritar.
Depois de dois anos sem nos ver diretamente, só nos falando por algumas mensagens bobas, ela resolve brotar na minha vida só para atazanar. Pego o telefone, onde o seu nome continua a brilhar e uma melodia contagiante avisa que o que vem por ai não é nada bom.
Aperto o botão verde e me preparo para o pior.
- Lexi – exclamo. – Quanto tempo.
- , meu amor. Estou morrendo de saudades – reviro os olhos, ao ouvir sua voz chatinha no outro lado da linha.
- Eu também – minto. Eu não quero ver esse satanás em forma de gente nunca mais em todo o resto dela.
- Não precisa sentir – ela diz. – Estou indo te visitar com o meu noivo.
- Noivo? – arqueio a sobrancelha. A piranha vai se casar com o Thomas, e só está ligando para se gabar. Sabia que não seria nada de futuro vindo dela.
- Aham. O Thomas me pediu em casamento hoje pela manhã. Foi lindo – ela disse com ar superior. –Ele me deu um diamante lindo e grande – ela disse dando ênfase a palavra grande.
- Legal – digo. – Estou louca para ver. – Fingi interesse.
- Claro que você quer – ela disse. – E você, , já desencalhou? – Pude sentir o seu tom de deboche do outro lado da linha.
Desde que ela roubou o Thomas de mim, não tive mais nenhum relacionamento sério e a Lexi sabe disso. E ela gosta de jogar na minha cara que eu, mas também, eu tenho 22 anos, sou jovem e bonita e sem nenhum namoro sério ao longo de todos esses anos. E a praga da Lexi adora jogar isto na minha cara, mas não vou dar esse gostinho a ela, não hoje.
- Já – digo.
- Já? – posso sentir uma pontada de desapontamento em sua voz.
- Já, e ele é lindo – digo.
- A tia não disse nada sobre esse seu namorado...
- É que não é nada sério para apresentar a família, ainda – digo.
- Ah – ela diz ainda não tida por vencida. – E como ele é? O que ele faz da vida?
Reviro os olhos, preciso de uma desculpa conveniente. Olho para o carinha andando em minha direção, ele parece ser uma boa base para minha mentira.
- Ele é alto, tem cabelos castanhos e seus olhos são de tão lindo. Ele trabalha em... em... Ele é um chef, faz pratos incríveis. Em breve ele vai abrir um novo restaurante. – digo, esperando que a desculpa cole.
- Nossa – ela diz. – Que legal. Estou ansiosa para conhecer ele, e também estou ansiosa para conhecer o seu namorado, como é mesmo o nome dele?
- Aqui está o seu café – o garçom diz. Sorrio perversa ao ver a chave da minha mentira bem ali na minha frente. Ele é lindo, não é rico, mas é lindo. Se eu desse uma arrumadinha nele, a Lexi cairia na certa.
- Um momento, Lexi – digo. Tampo o celular com a mão para conversar com meu pseudo-namorado. – Obrigada, lindinho. Qual o seu nome mesmo?
- – ele diz.
- Obrigada, – digo. – Você é um fofo.
Coloco o telefone de volta no ouvido e solto um beijinho para o . Ele é lindo e o nome é lindo também. Fico observando o garoto se afastar enquanto retorno a minha conversa (nada) agradável com a minha prima (não) querida.
- Onde estávamos? – digo, colocando o telefone de volta no ouvido.
- Qual o nome do seu namorado?
- , o nome dele é .
- Nossa, que nome lindo. Estou ansiosa para conhecê-lo e o Thomas também, não é amor? – escuto alguns murmurinhos do outro lado da linha. – Ele quer saber quando a gente pode te visitar?
Em uma outra vida, em uma que você não seja uma vaca, talvez – penso.
- Quando vocês quiserem – minto. – Mas avisem antes, para que eu possa me preparar.
- Claro. Que tal semana que vem? – ela sugere.
Não mesmo, tipo nunca. Não. De jeito nenhum – penso em mil maneiras de dizer não, mas é improvável ela não vir. Mesmo eu dizendo não ela vai querer vir.
- Vou conversar com o meu namorado, ver se é possível. Sabe, ele é um cara meio ocupado – digo tentando arrumar uma desculpa conveniente. A verdade é que eu não tenho namorado, e se ela vir com o Thomas, quem eu irei apresentar? Talvez eu use o garçom, mas ele é sem jeito algum para fingir ser rico, mas com toda a certeza, ele é mais bonito que o Thomas, e isso deixaria a Lexi louca da vida.
- Claro – ela diz, e eu escuto mais murmurinhos do outro lado da linha, como risadas. – Eu te ligo a noite, pode ser?
Não me ligue nunca mais.
- Claro, vou esperar ansiosamente sua ligação – minto mais uma vez. Nossa, como você é uma ótima mentirosa, . Merece um prêmio.
- Bye, – ela diz, e mais uma vez posso sentir sua voz em tom de deboche. Ela não acreditou em minha mentira. Ah, mas ela vai acreditar. E como vai.
- Bya, Lexi. Não se esqueça de me ligar, tá? – digo.
E ela desliga.
Agora tenho que preparar a mentira perfeita para quando ela vir ela possa acreditar em minha mentira.

1. Posso dizer que o meu namorado está viajando a negócios.
2. Posso dizer a verdade.
3. Posso contratar aquele garçom gato para ser o meu namorado de aluguel.

A primeira opção não vai colar. A segunda nem preciso pensar duas vezes para descartar ela dessa lista. E, por fim, temos a opção três, ela é a mais conveniente para a situação. E pelo o que eu entendi lendo os belos lábios do garoto, é que ele precisa de dinheiro para pagar o resto de sua moto.
Ele precisa de dinheiro e eu tenho o dinheiro, e eu preciso de ajuda e ele parece ser a chave para tudo isso. Está feito, agora só preciso arrumar uma maneira fácil de pedir isso a ele. E se realmente ele quer esse dinheiro, ele vai aceitar sem pedir duas vezes.
- , você pode vir aqui? – digo, quando o vejo passando perto da minha mesa.
- Senhorita? – ele diz, com a sua habitual voz gentil e amigável.
- O meu café esfriou, pode trazer outro, por favor? – sorrio da maneira mais angelical que consigo. Ele sorri de volta e assente para mim.
Depois de alguns minutos, volta com uma nova xícara de café, com uma fumacinha subindo e um cheirinho típico do café adentra o meu nariz.
- Obrigada – digo assim que ele coloca o café em minha frente. – Você poderia sentar aqui comigo, quero trocar algumas palavrinhas com você.
Ele olha em volta para ver se tem muitos clientes para atender. Os únicos três que tem ali – fora a minha pessoa maravilhosa – já estão sendo atendidos por outros dois garçons. dá de ombros e se senta na cadeira em minha frente.
- É, acho que não vai dar problema – ele sorri.
Pego um pedaço de bolo e dou uma mordida, me preparando para a proposta que irei fazer em poucos minutos. Ele fica me observando, enquanto me delicio com o maravilhoso bolo dessa cafeteria maravilhosa.
- Então? – ele diz, já impaciente.
- Então... Eu preciso de um favor – digo, fazendo o gesto com o indicador e o polegar, para mostrar o tamanho do favor.
- E que tipo de favor seria esse? – ele diz, apoiando o cotovelo na mesa, e logo em seguida e mão em seu queixo. Um queixo lindo, vale ressaltar.
- Preciso que você seja meu namorado de aluguel – sou direta quanto ao assunto.
Ele arregala os olhos, surpreso pela meu pedido, quase foi um ordem.
- Você quer que eu seja um gigolô? Não, obrigado – ele diz, fazendo menção a se levantar mais eu o interrompo.
- Por favor, eu te pago bem. Que tal dois mil dólares? – ele para e começa a escutar.
- Você vai mesmo me dar duas mil verdinhas só para que eu seja o seu namorado de mentirinha? – ele diz impressionado. – Nossa, você deve ser mesmo muito solitária para pagar tudo isso.
Reviro os olhos, esse garçom não é tão legal quanto eu imaginei.
- Vai topar ou não? – digo.
- Por quantos dias? – ele pergunta, sugestivo. Ele vai aceitar, ele tem que aceitar.
- Dois mil dólares por cinco dias, se eu precisar de mais dias eu aumento o valor.
Ele sorri malicioso e posso notar esse brilho em seu olhar.
- E isso inclui beijos? – ele pergunta, sorrio com malicia para ele. está aceitando, e parece que ele não é um anjinho com aureola que eu imaginava ser.
- Que tipo de namorada eu seria, se não te beijasse? – digo, com um sorriso malicioso.
- Então eu topo, namorada – ele diz, sorrindo. Logo depois fica de pé, mas antes de ir ele para ao meu lado. – E quando esse trato vai começar?
Sorrio para ele. Jogo algumas notas em cima da mesa, um de cem dólares e outra de vinte dólares, mais que o suficiente para pagar a conta. Pego o meu cartão dentro da carteira e jogo em cima da mesa, junto as notas. Abro um sorriso para , e passo uma das mãos em volta de seu pescoço.
- Me ligue hoje à noite, que eu te explicarei tudo – digo.
Dou um beijo em sua bochecha em afasto, ao chegar próximo a porta viro os calcanhares para ver bem o rosto do meu (falso) namorado.
– Até mais, namorado.

~ *~


Eram quase oito horas da noite quando o telefone acendeu com o nome da praga, chamada Lexi. Ela começou a falar qualquer baboseira até chegar o assunto que realmente me importava.
Quando ela daria o ar de sua graça em minha residência.
- Ia me esquecendo. O Thomas tirou férias do trabalho para 15 dias, o que você acha de a gente passar esses 15 dias ai em sua casa? O Thomas está ansioso para te ver, eu também estou ansiosa.
- Claro. Já falei com o , e ele quer muito mesmo conhecer vocês dois – minto.
Deus me perdoe por tantas mentiras.
- Ai que ótimo – posso sentir um ar de decepção em sua voz, mesmo que ela tenha tentado encobrir por um tom de animação. – Thomas, ela disse que sim. – escuto no outro lado da linha. – Ok. O Thomas disse que nós vamos até ai no domingo para ficar ai só dez dias.
Só dez dias? SÓ DEZ DIAS? É isso mesmo? Vou ter que aguentar a bruaca¹ da Lexi durante todos esses dez dias. Oh, Deus, só pode ser castigo.
- Claro, e onde vocês irão ficar? – pergunto, já preocupada com a resposta.
- Não sua casa, bobinha – ela diz.
Droga.
- Ah, então irei arrumar um quarto para vocês dois. Aproveito e chamo o para passar esses dez dias com a gente. – digo.
- Faça isso mesmo – ela diz. – E falando nele, falei para a tia que você está namorando.
- Você fez o que? – não consigo segurar. A raputenga² contou para minha mãe que eu estou namorando, coisa que não estou, na verdade.
- Eu contei para titia sobre o seu namorado. Ela ficou bem chateada por você não ter dito a ela antes, e quem dirá o tio, ele está tão bravo que está soltando fumaça pelos ouvidos.
Ah, mas eu mato essa vadia descarada dos infernos. Agora a mentira que era pequena ficou enorme, quase colossal. Agora eu tenho que inventar uma boa mentira para a minha mãe, que com toda certeza vai me ligar esses dias e me fazer mil perguntas. Sério, isso tá saindo do controle, se eu não quisesse tanto passar por cima de Lexi, eu desmentiria tudo agora.
- Ah, não é nada sério ainda para ser contado a mamãe – digo.
- Ah, então acho que fiz mal, não?
Suspiro, esbaforida.
- Não, ela ia saber de qualquer forma – tento ser o mais paciente possível com aquele serzinho do outro lado da linha. Vou me preparar para dar o bote nela, assim que ela chegar no domingo, os jogos iram começar!
- Ok, então – ela diz. – Nos vemos no domingo. Bye – ela fala com sua voz irritante antes de desligar o telefone.
Jogo o celular em cima do sofá, e tento articular em minha cabeça todo o plano que e eu teremos que fingir ser namorados.
Falando nele...
O telefone se ilumina com um número estranho, um que nunca me ligou antes, no qual eu suponho ser do .
- Alô? – digo.
- ? – ele diz do outro lado da linha.
- Sim, sou eu. E você é o , não? – digo, me recostando no sofá.
Ele suspira no outro lado da linha, parece tenso em falar comigo.
- Sim, sou eu. – ele diz.
- Que bom que você ligou. – digo.
- O.K. – ele diz. – Agora me diga, qual é o plano e porque você quer um namorado de aluguel?
Agora quem suspira sou eu.
- Isso não é coisa para ser contada via telefone – digo. – Você pode passar aqui em casa para conversamos melhor.
Os segundos que se sucedem parecem eternos. Ela parece em duvida se vem ou não, talvez ele esteja pensando as vantagens e desvantagens desse plano maluco criado por uma maluca, que passa metade do seu dia em um café ou enfornada dentro de uma sala minúscula fazendo algumas matérias toscas de revista para ganhar um salário que vai bem mais longe do que ela realmente merece.
- Qual o seu endereço? – ele diz e eu sorrio.
Passo as informações para ele, o qual diz que chegará rapidamente, já que minha casa fica bem perto da cafeteria na qual ele trabalha.
- Estou ansiosa pela sua visita – finalizo, e desligo o telefone e corro até o meu quarto para ter uma aparência boa para receber o meu namorado.
Ai, eu estou adorando isso.

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¹bruaca: uma mulher que gosta de falar mal da vida dos outros.
²raputenga: a junção de rapariga, puta e quenga [n.a: desculpe usar esse termo kkk]

~ *~


Trinta minutos depois de finalizar a ligação, escuto um ronco de motor bem em frente a minha casa, algo que lembra uma moto velha, logo eu deduzo ser meu querido visitante. Desço as escadas quase correndo, não sei por que, mas estou ansiosa para ver meu namoradinho lindo.Estou amando chamar o de namorado, mesmo sabendo que isso tem prazo de validade, infelizmente.
Minutos depois do ronco do motor soar na porta frontal, escuto a campainha tocar, desço as escadas rapidamente, e abro a porta e me impressiono com a imagem que eu vejo na porta.
Aquele garoto em minha frente é bem diferente do garoto que costumava ver em minhas passagens pela cafeteria. Seus olhos brilhantes ficam bem mais destacados quando seus cabelos estão bagunçados pelo o vento. A jaqueta de couro que ele usa deixa bem claro que ele é um motoqueiro, um motoqueiro muito sexy, por sinal.
- Uau, sua casa é enorme – ele diz, olhando em volta.
Sorrio para ele.
- Vamos, entre. Temos negócios a fazer – digo, puxando-o para dentro da minha casa.
O entra, seus olhos são afoitos, olhando cada detalhe em minha casa, talvez ele viva em algum local pobre da cidade, mas não irei julgá-lo antes de lhe conhecer totalmente, e isso é algo que eu quero fazer nesses 10 dias.
- Então... – ele diz, se jogando em meu sofá. – Por que você quer um namorado de aluguel?
Sento ao seu lado, e coloco as minhas pernas em cima da mesinha de vidro, onde estão jogadas várias revistas entre outras coisas.
- Historia longa – digo.
- Eu tenho tempo – ele rebate.
Respiro fundo, falar da Lexi me deixa estressada ao extremo e se ele vai fingir ser o meu namorado, tem que saber toda a história para não dar nenhum fora.
- Bom, eu e minha prima sempre fomos inseparáveis, desde a infância, até que chegamos no colegial e a piranha mostrou sua verdadeira face – começo a contar a história – nada agradável – minha e da Lexi, e escuta tudo atentamente, seus olhos as vezes muda de tom enquanto conta a historia, vai do escuro para um um pouco menos escuro, e isso me deixa impressionada.
- Agora ela está noiva do Thomas, e quer jogar na minha cara que está noiva do cara que ela roubou de mim, e ainda jogar na minha cara que não namoro ninguém desde o colegial, e é por isso que preciso de um namorado de aluguel – finalizo a história, e assim que eu a faço, descansa suas costas no sofá e me fita por alguns segundos intocáveis.
- Você não tinha uma prima melhorzinha, não? – ele pergunta, em tom de humor. Esse lado do eu não conhecia.
- Não! – respondo entre risadas.
- Então, qual é o plano? – ele pergunta.
Plano? Eu não tinha exatamente um plano, só tinha pensado em fingir ter um namorado lindo e maravilhoso até a Lexi ir embora, depois disso eu invento uma mentira qualquer para dizer que o e eu terminamos o namoro.
- Eu só pensei em uma coisa: você fingir ser meu namorado enquanto ela estiver aqui – digo, e ele arqueia a sobrancelha.
- Qual é, – ele diz. – Essa sua prima, pelo o que você me disse, parece ser muito esperta. Você precisa de um plano.
Ele tem razão. Penso por alguns segundos. Até uma ideia genial vir a minha cabeça.
- Já sei! – exclamo. – Eles vem passar 10 dias aqui em Nova York, e como eu sei que o Thomas é mesquinho, vai querer ficar aqui na minha casa só para economizar dinheiro. E se... E se...
- E se eu passar esses 10 dias aqui em sua casa fingindo ser o seu namorado completamente apaixonado – ele diz, como se tivesse lido a minha mente. – Isso vai sair mais caro – ele diz, sorrindo, malicioso.
Rolo os olhos.
- Quanto você quer? – pergunto.
- São 10 dias – ele diz pensativo, enquanto finge fazer uma conta no ar com o dedo indicador. – Eu quero 6000 mil dólares.
Quase me engasgo com a saliva quando ele diz esse valor. Que absurdo.
- Na-na-ni-na-não! - digo. – 4000 dólares, é isso ou nada.
- 4500 dólares? – ele tenta pechinchar, eu aceito. Afinal, o que são 500 dólares para mim? - Feito! – digo erguendo a mão para apertá-la.
- Feito! – ele diz, quando a sua mão toca a minha.
Seu toque é quente, mesmo estando muito frio aqui dentro.
- Agora precisamos de uma linda história de amor, para a sua prima cair feito um patinho – ele diz.
Não demorou muito para criar nossa historia de amor, eu dei algumas ideias, mas sempre as ideias deles eram melhores. Por fim, nossa historia ficou assim: Eu conheci em um evento beneficente há 3 meses atrás, logo, nós dois começamos a conversar sobre ONGs entre outros. Ele me chamou para sair, depois de conversa vai, carinho vem a gente pá, começou a namorar.
Ok, não está muito romântico, mas está realista, e assim dará um ar de garoto gentil e bondoso ao , o que me dar crédito.
- Está feito – digo. – Amanhã você chega aqui às 17 horas, mais ou menos, para arrumar as suas coisas e não ficar na cara que você não conhece a casa.
- Certo – ele sorri. – Estou ansioso, namorada – ele diz, se levantando e vindo em minha direção.
- Queria dizer o mesmo, namorado – digo.
Ele passa a mão em meu rosto, e beija a minha testa. Seus lábios são quentes e macios, e seu toque também é.
- Até amanhã – ele diz, passando pela a porta e a fechando logo em seguida.
É, parece que não será tão ruim fingir ser namorada dele.

~ *~


- Onde eu irei dormir? – pergunta, passando as suas malas pela a porta da frente. Como o combinado, às 17 horas a minha casa, ele teria que se instalar e se acostumar com a residência, para quando a chata da minha prima chegar, estar tudo dentro dos conformes.
- No meu quarto, claro – digo, como se fosse a coisa mais normal do mundo, mas para o não pareceu nada disso, pois os seus olhos se arregalaram, ganhando um tom surpreso, e logo depois um tom de malicia.
- Hm, isso está ficando cada vez melhor – ele diz.
Esse cara é bem, BEM soltinho, mas é isso que eu mais gosto nele, claro que isso vem depois de seus olhos que eu adoro. De todos os olhos que vi em minha vida, os do são o mais lindos. Uh, isso saiu meio garota apaixonada demais, melhor eu parar de fazer isso. Depois de se acomodar em meu quarto, ele resolveu que estava com fome, o que me faz lembrar que não há absolutamente nada na geladeira. Sempre que estou com fome eu peço: ou pizza, ou comida japonesa, ou comida italiana. Agora que a Lexi está vindo, tenho que passar a imagem de garota para casar, sendo assim tenho que ter a geladeira cheia de comidas e blá blá blá.
- Como assim você não tem nada na geladeira? – diz, depois de se decepcionar abrindo as portas da geladeira. – E nem nos armários. – ele diz logo em seguida, depois de abrir as portas de todos os armários.
- Desculpa – digo. – Não costumo receber visitas.
- Isso explica o porquê de você precisar de um namorado de aluguel – ele diz, e logo lhe dou uma tapa na cabeça. – Ai!
- Vamos ao mercado fazer compras – digo. – Precisamos está preparados para a visita da minha querida prima – digo, fazendo cara de nojo a dizer querida.
- Ok. – ele diz. – Vamos na minha moto – ele diz, já pegando as chaves e a jaqueta em cima da mesinha da sala.
- Nope – digo.
- E você quer o que? – ele diz. – Ir a pé? Pelo o que eu sei você não tem nenhum meio de transporte.
Droga. Ele está certo.
- Você promete ir devagar? – pergunto. Ele arqueia a sobrancelha, como se eu estivesse pedindo algo impossível.
- Promessa não é garantia – ele diz, sorrindo. – Anda, vamos logo.
Eu o sigo até a sua moto, que ficou estacionada próxima à porta da garagem que nunca foi usada. Sua moto não é uma nova zerada, mas é bem bonita. Preta com detalhes marrons, bem o estilo dele.
- Vem – ele diz, me puxando pela mão para que eu suba na moto. – Segura assim. – Ele diz, colocando as minhas mãos envoltas a sua cintura. – Assim você não vai cair – ele diz, e logo depois arranca na moto.
Se eu disser que foi devagar... Eu estaria mentindo. A criatura voou na moto, me fazendo apertar sua cintura mais e mais, acho que ele está fazendo isto de propósito, mas até que não estava tão ruim, passa as mãos por esse tanquinho definido.
Depois de alguns minutos chegamos ao supermercado e horas depois conseguimos fazer umas boas compras. Compramos muita comida mesmo e até algumas bebidas, por insistência do .
O caminho de volta para casa foi parecido com ida até o mercado, só que com menos velocidade, já que tinha muitas sacolas para carregar, e se corresse tanto era capaz de todas as sacolas acabassem no asfalto.
- Chegamos – digo, abrindo as portas da minha casa, carregando uma misera sacola, enquanto o coitado do trazia todas as outras sacolas.
- Você poderia me ajudar, não? – ele diz.
- Não, eu sou uma dama – digo, e ele bufa, trazendo as sacolas para a cozinha.
- Nossa, muito legal você – ele diz, jogando as sacolas na mesa.
Jogo os meus cabelos por cima do ombro, e solto uma risada. ri e joga as sacolas em cima do balcão ele começa a arrumar.
O é bem prestativo, e isso é bom, pois a Lexi irá morrer de inveja. [Risada maléfica on] estou ansiosa para ela vir aqui [risada maléfica off].

~ * ~


Eu e estávamos no aeroporto esperando a Lexi. Ontem a noite passou algo em minha cabeça: como levaríamos Thomas e Lexi até lá em casa? Na moto do não iria caber a enorme bunda de Lexi, muito menos a imensa barriga que – pelo o que eu vi nas fotos atuais – o Thomas tem. Então uma ideia iluminou a minha cabeça: tínhamos que alugar um carro e fingir ser nosso, e foi isso que eu fiz.
A cada minuto que passa mais ansiosa para ver a cara dela quando ver o delicia do meu namorado. Eu sabia que o era o deus grego e ontem a noite eu só tive mais certeza disso, quando eu o vi sem camisa deitado ao meu lado na minha cama. Tive que me conter para não morder a barriguinha sarada dele. Ui, ui.
- Sua prima não vai chegar não? – ele pergunta, já batendo sua mão inquieta no joelho. Coloco a minha mão sobre a sua, tentando lhe acalmar.
- Se você a conhecesse como eu, não estaria tão ansioso – digo.
Segundos depois de fechar a boca, posso escutar passos estrondeantes e inconfundíveis. Ela chegou. Pai daí-me forças para aguentar esse ser.
- , meu amor. – ela exclama.
- Lexi – digo, indo a abraçar.
- Você está linda – ela diz. – E aquele deve ser o seu namorado – ela cantarola.
Sorrio, e vou até onde o está, ele sorri quase com desdém para mim. Reviro os olhos para ele – sem que a Lexi veja – e o puxo pela mão até onde Lexi está.
- , essa é a Lexi. Lexi, esse é o . – digo apontando um para o outro.
Ela come o com os olhos descaradamente, poderia puxar os cabelos dela agora mesmo, e a arrastar para o avião para que ela possa voltar para Miami e eu fique aqui feliz e contente sem sua ilustre presença.
- É um prazer lhe conhecer, – ela diz, abraçando o .
- Querida!? – escuto o Thomas dizer, antes essa voz tinha um efeito sobre mim, mas agora para mim tanto faz como tanto fez ouvir essa voz ou não.
- Querido, vem aqui conhecer o namorado da – ela diz, puxando o namorado para próximo da gente.
Em questão de segundos, sinto a mão de em volta a minha cintura, ele estufa o peito e parece mais seguro de si do que antes, é o sabe mesmo fingir.
- Olá – ele diz, estendendo a mão para o . – Sou o Thomas.
- – ele diz com uma voz tão superior, que se fosse comigo eu poderia dar uma tapa em sua cara, mas como não é, eu posso adorar tudo isso. aperta a mão de Thomas com firmeza.
- , estava com saudades de você – ele diz, vindo em minha direção para me abraçar. pareceu ficar rígido ao meu lado.
- Então, quais são as novidades – pergunto, tentando puxar algum tipo de assunto.
Lexi pareceu estufar o peito quando eu perguntei sobre isto, e logo veio a minha cabeça qual seria o seu próximo passo: se vangloriar com sua aliança de noivado.
- Eu estou noiva – ela exclamou com sua voz relativamente irritante, mostrando o seu anel de diamante. – E olha só que diamante belíssimo.
O diamante do anel é, de fato, belíssimo e grande, e a Lexi sabe disso, mas nunca direi que aquele anel causou um pouco de inveja dentro de mim, então direi algo impassível a ela, ou até, quem sabe, um fora daqueles.
- É lindo, mas eu não ligo muito para diamantes e jóias, tudo o que me importa é o homem que está no meu lado, não é amor? – digo, beijando o canto da boca do .
aperta mais a minha cintura, e encosta o queixo no topo da minha cabeça.
- Claro, querida. – ele diz.
- Own, isso é tão lindo – Lexi diz, mas posso sentir uma ponta de sarcasmo em sua voz. – Agora vamos, estou morrendo de fome.
- Ah, claro – digo, puxando o pela a mão até o carro, sendo seguida pelo o casal-ordinário.
- Como está sendo a vida de noivado? – pergunta, claramente tentando ser gentil, assim que estamos todos nós estávamos postos em nosso carro.
- Está sendo maravilhosa, mas o mais maravilhoso está sendo planejar o casamento, estamos pensando em fazer o nosso casamento no Havaí, só com alguns familiares e amigos – e blá blá blá, a Lexi começou a falar suas besteiras de sempre, se toda sua estadia for assim, sei que não vou aguentar.

~ * ~


- Sua casa é linda – disse Thomas, assim que estávamos dentro de casa. A Lexi falava alguma besteira qualquer enquanto eu subia e a mostrava onde ia dormir com o Thomas.
- Então como você conheceu o ? – ela pergunta.
Droga, esqueci a forma como a gente se conheceu, tinha alguma coisa haver com ONGs. Espera... Pensa rápido, . RÁPIDO.
- A gente se conheceu em um show de rock – disse, sem saber muito o que saia da minha boca. – Era um show beneficente para algumas ONGs de animais extinção.
- Não sabia que você se importava com animais – ela disse arrumando algumas coisas.
- Se todos os animais fossem como você, ai que eu não me importaria mesmo – disse baixinho.
- Disse alguma coisa? – ela perguntou.
- Quem eu? – disse, tentando enrolar a Lexi.
- Sim.
- Eu não disse nada – falei. – Já estou descendo, amor – digo, tentando enrolar mais uma vez a Lexi.
Desci as escadas correndo e vi que estava conversando com o Thomas, me joguei no colo de , dando um beijo estalado em sua bochecha.
- Do que vocês estão falando? – pergunto.
- Sobre como vocês se conheceram – Thomas diz. – Não sabia que você se interessava por crianças desabrigadas, .
- Crianças desabrigadas? – escuto a voz de Lexi. – Pensei que vocês tivessem se conhecido em um show de rock para animais em extinção.
FUDEU.
me fitou, seu olhar era como se pedisse socorro, acho que o meu não era muito diferente do seu.
- Ela esqueceu de te dizer que o show também era para crianças desabrigadas – disse, passando a mão em meus cabelos. – Essa cabeça de vento, sempre se esquecendo dos detalhes. YEAH, VITÓRIA.
- Mas você me disse que foi um coquetel, e não um show de rock – foi à vez de Thomas dizer alguma coisa.
MERDA, DERROTA.
- Foi um coquetel no meio de um show de rock – disse. – Não sou muito chegado a rock, então resolvi cortar essa parte.
Esse é o meu namorado sempre tirando a gente das furadas.
- Hm... – Lexi disse, eu conhecia esse tom de voz, é o mesmo que ela usa quando desconfia de algo.
Preciso de alguma prova para tirar essa desconfiança dela. Aproximo a minha boca do ouvido de e sussurro: ela ainda está desconfiando. E dou um beijo do pescoço de , que pareceu gostar daquilo, pois todos os pelos da sua nuca se eriçaram.
- Não faz isso não, amorzinho – disse. – Não na frente dos convidados.
Lexi soltou um riso engasgado, Thomas continuou quieto.
- Então... – Thomas disse. – O que teremos para o almoço?
- Soube que você é chef, – Lexi disse, me fitou surpreso. Droga, me esqueci de contar essa parte para ele. – Acho que essa é uma boa hora para mostrar os seus dotes culinários.
- Ah, claro – diz, forçando um sorriso. – Estou ansioso para vocês experimentarem minha especialidade.
- Que é? – Thomas perguntou.
olhou para mim e depois para Thomas.
- É surpresa – ele disse. – Agora vão tomar um banho e descansar, eu e cuidamos do almoço, quando estiver pronto nós chamamos vocês dois, ok?
- Ok – Thomas diz. – Vamos, amor.
- Estou ansiosa para experimentar a sua comida, – Lexi diz, antes de seguir Thomas até a parte de cima da casa.
esperou até que os dois sumissem lá na parte de cima para surtar.
- Você é louca? – ele sussurrou-gritou. – Eu não sei fazer nem um ovo frito, quanto mais me tornar o chef.
- Me desculpa! Eu queira impressionar ela – falei.
- E agora, o que a gente faz? – ele passou as mãos nos cabelos.
- Você não sabe fazer nada? – pergunto.
Ele pareceu refletir por um minuto.
- Sei fazer um macarrão diferente, que a minha mãe me ensinou há algum tempo.
- Ótimo – digo. – Faça isso, coloque alguns temperos que tem ai no armário. Vou comprar um vinho para dar um toque – digo, já pegando a minha bolsa.
- Ok – ele diz, já mexendo nos armários em busca dos ingredientes.
Tomara que esse macarrão realmente seja bom, senão teremos sérios problemas.

~ * ~


- Macarrão com almôndegas? Fala sério – eu disse, quando vi o que acabou de fazer.
- Não é só macarrão com almôndegas. É macarrão e almôndegas. – Ele diz, mostrando que o macarrão e as almôndegas estão em tigelas diferentes.
- E o que tem de especial nisso para ser preparado por um chef?
- Essas almôndegas foram feitas por mim, com carne... com carne... com carne italiana – ele diz.
- OK, vamos ver se a Lexi cai nessa – digo.
- Se eu caio no que? – Lexi pergunta, descendo as escadas.
Eita, que eu to com um azar danado.
- Se você cai de amores pelo o meu prato – diz, apertando a minha cintura. – Onde está o Thomas?
- Ele já vai descer – ela diz, sentando-se à mesa, que já está pronta para o almoço.
Minutos depois, Thomas desceu a escada e estávamos todos postos a mesa, esperando o servir a todos nós. Lexi parecia inquieta. Garota irritante. Servi todos com um pouco de vinho branco, enquanto esperava o vir com as tigelas, o que não demorou muito.
- Hm, parece estar bom – disse Thomas, vendo as duas tigelas.
serviu todos nós, e todos pareceram adorar o macarrão e almôndegas do .
- Está muito bom – disse Lexi. – Como é o nome desse prato.
- Pisciare – disse, e eu arregalei os olhos.
- O nome do seu prato é xixi? – Thomas disse. Passei as mãos pelos cabelos, e tentei sorrir.
- O sempre tão brincalhão – digo. – Ele quer dizer que quer ir ao banheiro.
- É, foi isso que eu quis dizer.
- Então, qual é o nome do prato?
- Grande Gioia – digo, antes que o diga mais alguma besteira.
- Nome interessante – disse Thomas.
- Eu preciso ir ao banheiro, vamos comigo amor – digo, puxando pelo braço.
- Claro – ele disse, me seguindo até o banheiro.
- , você é louco? – eu disse, quando nós dois já estávamos no banheiro.
- O que eu fiz?
- Você chamou o seu prato de xixi? XIXI – disse.
- Eu não sabia que Pisciare era isso, escutei um italiano falar isso uma vez e achei que fosse um nome bonito.
- Seu pensamento foi torto... Meu amor, deixa para mais tarde – falei, me atracando do pescoço, sabendo que a Lexi iria abrir a porta a qualquer momento.
Abracei o pescoço de e travei meus lábios no dele.
E que lábios, tão quentes e macios. passou a mão por minhas costas e me puxou mais para si. Uma vez ou outra ele abria a boca, e eu tentava o acompanhar, ele parecia feroz, do jeito que eu gosto. Nunca havia tido um beijo igual aquele, nem mesmo os beijos mais perigosos que tive com medo de ser vista pelos meus pais.
Aquele beijo era o melhor que já tive em toda a minha vida, os lábios de são tão macios e quentes. Com a respiração descompassada, se afastou e encostou a testa na minha. Naquele momento eu não podia ver como estava o meu olhar, mas sabia que estava semelhante ao de : implorando por mais.
- Oh, desculpe – ouvi a voz irritante de Lexi.
se afastou e ficou encarando os meus olhos com um pouco de malicia e assustado, depois olhou para Lexi e sorriu com seus lábios vermelhos devido a pressão do beijo.
- Não tem problemas. – disse . – Vamos, . Estou morrendo de fome.
agarrou minha cintura e me puxou até a cozinha, minhas pernas ainda tremiam devido ao beijo.
Mal posso esperar para ter mais beijos como aquele.

~ * ~


Falta apenas cinco dias para a Lexi ir embora, mas isto está parecendo uma eternidade. Pelo menos no meio disto tudo tem um lado bom: tenho ao meu lado. Desde nosso primeiro beijo, ele me beija sempre que pode e me abraça. Ah, está tudo ótimo tirando a praga Lexi.
- O que você acha da gente ir a uma baladinha hoje à noite – Lexi disse, mexendo os dedinhos em forma de uma dança nada sincronizada.
- Vamos! – escutei a voz animada de ao meu lado, eu o fito por uns segundos e ele me olha assustado. – O que foi?
- Nada. – digo – Vamos para onde? – digo.
- Sua cidade, sua balada – Lexi diz subindo as escadas. – Vou chamar o Thomas para nos arrumar para a festa – ela cantava enquanto subia as escadas e eu taco a mão na cabeça de .
- AI! Por que você fez isso? – ele diz, assustado pela a minha violência.
- Você é louco, se a gente sair por ai e alguém te reconhecer ou reconhecer? – digo, já aflita de imaginar. – Tudo isso vai por água abaixo. 5 dias por água abaixo.
- Calma. Vai dar tudo certo – ele diz, passando a mão pelo o meu ombro. – Eu prometo! – ele sussurrou em meu ouvido.

~ * ~


- Que festa maneira – escutei a voz chata de Lexi dizer.
Mas nesse ponto eu tinha que concordar com ela, a festa estava muito legal. Música boa e muita bebida. É, eu poderia me divertir aqui.
Lexi e Thomas correram para a pista de dança e estava no bar comprando bebida.
- Pegue – disse, já perto de mim com dois copos de uísque na mão.
- Você não está querendo me embebedar para me abusar, está? – digo.
- Como você adivinhou? – ele disse em tom de brincadeira, jogando a bebida goela a baixo.
Jogo toda a bebida garganta abaixo, a deixando queimar a minha garganta.
- Vem, vamos dançar – ele diz, me puxando para a pista de dança.
- Ok – eu digo, deixando ser levada por .
Worth It de uma nova girlgroup, Fifth Harmony, estava estourando nas caixas de som, o som era contagiante. passou a mão pela a minha cintura e começamos a dançar no ritmo da música.
Cada vez mais a dança ia ficando mais intensa, eu rebolava até o chão.
- Desse jeito você vai me deixar louco, disse e eu soltei uma risada.
- Não posso fazer nada se você é um fraco – digo, já de frente para ele, com as mãos envoltas ao seu pescoço.
À medida que a música ia passado, podia perceber que o se envolvia cada vez mais na música, e ficava cada vez mais perto do meu corpo. Estava começando a gostar daquilo, admito.
Minutos depois, Lexi, Thomas e Karla se aproximaram... AI MEU DEUS, A KARLA! Ela sabe quem o é e sabe que eu não estou namorando ninguém.
E AGORA?
- Hey, – Lexi falou. – Olha quem eu encontrei – ela falou, apontando para Karla.
- Oi – digo, parecendo tímida, mas isso na verdade é preocupação.
- Hey – ela gritou animada. – Quem é esse? – ela disse, olhando para . – Eu te conheço de algum lugar...
- Esse – Lexi aponta para . – É o namorado da .
- Desde quando namora? – Karla pergunta, sem engolir toda essa história.
- Faz mais ou menos 3 meses – Lexi disse, se intrometendo mais uma vez na minha vida.
- Hã? Eu vi a 3 semanas atrás e ela tava livre, leve e solta – Karla disse, usando seu palavreado difícil de entender.
- Deve ter sido porque nós brigamos durante essa semana – , o salvador da pátria, falou.
- Hm – Karla falou, sem se dar por vencida. – E porque você não me contou antes que estava namorando? Achei que fossemos amigas.
- É que quando se é segredo, é mais gostoso – falo a primeira coisa que vem a minha mente, e isso ficou estranho.
- Ata – ela falou depois ficou olhando para , e como se uma luz se iluminasse em cima da sua cabeça ela falou: – Você não é o garçom daquele café perto da sua casa, ? Você tá pegando o garçom que sempre teve uma quedinha?
DROGA! DROGA! DROGA!
- Pensei que você fosse chef – Thomas disse, pela primeira vez.
- Aquele é o meu irmão mais novo. Todos dizem que somos parecidos – disse. – Ele trabalha lá. E, – ele olhou para mim, com um brilho no olhar. – Não sabia que você tinha uma queda pelo o meu irmão...
- Isso até eu conhecer você – digo, encostando os lábios no para dar mais realidade a cena.
Depois dessa, eu tenho que ir para casa para o bem da nação, não quero cometer outra gafe dessas. A mentira quase ia por agua abaixo.
Essa mentira já está indo longe demais... >
~ * ~


- Você está estranho – digo, vendo se deitar ao meu lado.
Não demorou muito para chegamos em casa, ficou calado. Não disse muita coisa. E a gafe que comentemos hoje foi horrível. Ele deve estar pensando em uma maneira de sair dessa bola de neve que só aumenta a cada instante.
- Não é nada, relaxa – ele disse, se virando para o outro lado. Claramente não querendo conversar.
Não perguntei mais nada a ele, afinal a cabeça dele deve estar cheia de coisas sobre toda essa mentira que eu o envolvi. Só faz cinco dias que estamos fingindo namorar para a minha prima chatinha, que bastaram para se tornar uma grande e enorme mentira. Até eu estou com medo de onde isso vai parar, talvez devêssemos contar logo a verdade a minha prima. Não, eu não darei esse gostinho a minha prima. N.U.N.C.A.
- Quer saber? – ele disse. – Eu não aguento mais.
- O que você não aguenta mais? – pergunto, já temendo sobre o que é.
- Essa mentira – ele diz. – Eu nunca menti tanto na minha vida como estou fazendo aqui. Acho que já deu para mim.
- O que? – é a única coisa que eu consigo dizer.
- Eu. Não. Aguento. Mais. Mentir – ele soletrou. – Acho melhor contar a verdade para sua prima.
- Não – digo me aproximando dele. – Ela vai encher o meu saco pelo o resto da minha vida.
- Esse é o preço – ele disse já se levantando, provavelmente para juntar as suas coisas.
- Não! – eu digo novamente, o puxando pelo o braço, o que faz com que ele caia em cima do meu peito. Posso sentir sua respiração quente em meu pescoço.
Meu coração quase saiu pela boca quando ele tocou o meu pescoço com os seus lábios, eu olhei para baixo, surpresa, e seus olhos adquiriram uma expressão de brilho misturado com malícia quando se deu conta do que eu queria o mesmo que ele. Ele se inclinou, pressionando os lábios contra os meus, com uma delicada doçura. O toque quente sua boca viajou por todo o meu corpo, fazendo com que eu o puxe mais para perto. Entreabri os lábios, deixando que sua língua encontrasse o caminho até a minha.
- Eu quero você – escutei ele sussurrar com a boca encostada a minha. Resolvi brincar com ele.
- Mas você não ia embora? – pergunto, tentando me afastar.
Ele sorriu para mim, com os olhos cheios de malícia e desejo.
- Não, eu não quero ir embora. Eu só quero você – ele diz.
Dito isso, ele me puxou para mais perto de si. parecia desesperado.
Bem, eu não posso julgá-lo, pois também estava desesperada. Desesperada por ele.

~ * ~


O vento cálido bateu sobre o meu rosto, talvez seja inicio de verão para ter esse vento tão quente em plena manhã. Passo as mãos sobre a cama, em busca de um corpo. As lembranças da noite passada ainda estão vividas em minha mente. Lembrar-me dos beijos e caricias de me fazem sentir algo quente em todo o meu corpo.
Busco pelo o seu corpo ao meu lado, mas não o encontro. Penso que ele possa está no banheiro ou até mesmo na cozinha. Saio do quarto em busca dele, precisamos conversar sobre a noite passada, e que noite.
Um desespero toma conta de mim quando eu não o encontro em lugar nenhum de toda a casa. Volto para o meu quarto, tentando imaginar onde ele possa estar. Talvez, ele tenha indo comprar algo ou até mesmo foi até a sua casa buscar algo que esqueceu, mas percebo que todas as minhas suposições estão erradas quando encontro um pedaço de papel rasgado encima da mesinha de cabeceira.
O papel estava assinando pelo o , mas as escrituras ali não pareciam vir dele.

, não consigo mais ficar mentindo para sua prima, e também não aguento mais a voz dela. No começo, foi divertido, mas as coisas foram virando uma bola de neve sem fim e a mentira foi ficando cada vez maior. E pela a primeira vez na minha vida, estou sendo adulto em aceitar que essa mentira não vai dar mais certo, e você também devia pensar como uma adulta e encarar a sua prima, sem medo. Quero que você conte a verdade para a sua prima, apesar dela ser uma chata, merece saber toda a verdade. E sobre o dinheiro, eu não o quero mais. Você me deu algo muito mais importante que o dinheiro, pois nesses poucos dias, eu realmente comecei a sentir algo diferente por você.
Até breve, .


Ele foi embora.
E agora?
O que eu faço?
Dizer a verdade é a única opção que eu tenho, pois não vou ter desculpa para o não estar aqui nesses últimos quatro dias.
Argh, odeio sair por baixo, mas essa é a minha única saída.

~ * ~


Lexi e Thomas desceram as escadas depois das 13hrs. Eu tenho que contar a verdade para eles, ou posso inventar um mentira tão grande, que eles terão que ir embora no minuto seguinte...
O está certo, tenho que pensar como uma adulta e contar toda a verdade para Lexi.
Eu posso ser uma adulta.
Eu tenho que ser uma adulta.
Eu preciso ser uma adulta.
Lexi vem até mim, com seu sorriso perturbado de sempre.
- Onde está o ? – ela pergunta, sem nem ao menos dar uma boa tarde.
- Ele foi embora! – sou direta.
- Embora? Por quê? – posso notar um sorrisinho de felicidade no canto da boca de Lexi. Ele está feliz com a minha desgraça. Droga! Sabia que isto de agir como uma adulta não ia dar certo quando se trata da Lexi.
- Por que nós nunca namoramos. Era tudo uma farsa – sou direta ao assunto. Com a cabeça abaixada.
- Como? – Thomas diz.
- e eu nunca formos namorados de verdade, era tudo uma mentira. Uma farsa.
- Você só pode está brincando – Lexi disse, parecia incrédula e feliz ao mesmo tempo. – Por que você faria isso?
- Para te...
- Enganar – escuto a voz reconhecida de , e logo depois a porta da frente se fechando com uma força, no entanto, exagerada. – E ela te enganou direitinho – disse, se sentando no sofá, ao meu lado.
- Eu não estou entendo é mais nada – Thomas disse, passando as mãos nos cabelos.
Estamos na mesma, por que eu não estou entendendo bulhufas.
- Eu e a enganamos vocês – disse, passando a mão em minha cintura. Isso tudo está confuso demais para minha pobre cabecinha.
- Mas que enganação? – Lexi disse, claramente sem entender nada. Eu não fico surpresa por isso... Uma vez burra sempre burra.
- A e eu, armamos tudo isto para enganar vocês – ele disse da maneira mais simples possível.
Espera, ele vai embora e me faz contar toda a verdade, quando estou prestes a fazer isso ele vem para contar a verdade por si só. É, isso está ficando cada vez mais confuso.
- Eu e não terminamos, isso era tudo uma mentira para enganar vocês dois – QUE?
- Isso é verdade, ? – olho para o , que sorri para mim como se nada tivesse acontecido. Ele sorri para mim, um sorriso tão lindo e os seus olhos brilham de uma forma diferente, quase semelhante ao brilho da noite passada.
- Sim. – digo. – E vocês caíram direitinho.
Eu e rimos, e Lexi me encarar com o seu olhar matador e depois ela sorri, um sorriso falso, mas ainda é um sorriso.
O celular de Thomas começa a tocar, ele continua rindo, mas ao ver a pessoa que ligou ele para de rir.
- Desculpem, mas preciso atender essa ligação.
Thomas sai, e Lexi continua com seu falatório chato de sempre. Estou feliz pelo o , ele voltou por mim. Graças a Deus, não ia aguentar a Lexi falando sobre isto pelo o resto da minha vida.
Mas eu quero saber por que ele fez isto, por que voltou. Eu irei saber, assim que a Lexi nos der tempo.
Longos minutos depois, Thomas retorna, com uma cara nada agradável.
- O que foi, amor? – Lexi diz, claramente preocupada.
- Era da empresa – ele diz, com um semblante triste.
Que seja o que eu estou pensando. Que seja o que eu estou pensando. Que seja o que eu estou pensando.
- Eles querem que eu volte para resolver algumas coisas – ele diz.
OBRIGADA DEUS!
- O que? – Lexi diz, indignada.
- Temos que voltar hoje a noite – ele diz.
- Que pena, não é mesmo – digo, quase morrendo de felicidade por dentro.
- Pois é – Lexi diz.
Depois de mais algumas lamentações, Thomas e Lexi sobem para arrumar as malas e enfim posso conversar com .
- Você voltou – é a primeira coisa que consigo dizer.
- Ainda preciso do dinheiro – ele diz, com o seu tom brincalhão de sempre.
- Mas só foi o dinheiro que te fez levar ou foi outra coisa...
- Não! – ele diz com um sorriso no rosto, um sorriso encantador. – Foi só pelo o dinheiro mesmo.
se aproxima mais um pouco, encostando o seu nariz no meu. Posso sentir o seu hálito quente em meu rosto e quando ele estava prestes a me beijar...
- Estamos indo embora – escuto a voz de Lexi no topo da escada.
Pela a primeira vez na minha vida, estou feliz por ela ter falado.
- Que pena – é a única coisa que consigo dizer.
- Já chamei o taxi – a voz de Thomas diz, logo atrás da de Lexi.
Os dois descem as escadas com as malas carregadas em mãos.
- Foi um prazer conhecer vocês dois – diz, com um sorriso encantador no rosto.
- O prazer foi todo nosso – Thomas diz, com sua gentileza de sempre.
Um barulho de buzina de carro faz todos os pescoços virarem em direção a porta.
- É, acho que chegou a hora de ir embora – Lexi diz vindo em minha direção. – Vou sentir saudades da minha prima favorita – ela diz, vindo me abraçar.
- Eu também – digo.
- Eu sei que tudo isso é mentira. Você e o não são namorados de verdade – ela sussurra em meu ouvido. Reviro os olhos. Quanta audácia dessa garota em duvidar de mim.
- Você não sabe da nada, querida – sussurro de volta. – Tchau – digo alto e em bom som.
Já passou da hora dessa menina ir embora e me deixar em paz.

~ * ~


O taxi saiu e e eu ficamos acenando da porta.
- Até que fim – digo, assim que o taxi toma uma boa distância.
Eu e voltamos para dentro de casa.
- O que faremos agora? – pergunta, se jogando no sofá.
- Que tal mais um pouco daquilo que você me deu ontem? – digo, me aproximando mais dele.
- Isso parece uma boa – ele diz, beijando o meu pescoço fazendo todos os cabelos do meu corpo se arrepiar. – E depois tomaremos café.
- Café parece uma boa para mim.



Fim?



Nota da autora: (27/04/2015) - Essa fanfic pode não ter ficado muito boa, mas eu a adorei. O final não ficou tão bom porque eu não sabia como terminar, e acabou nisto. Essa ideia estava guardada na gaveta a tempos, era para ser uma fanfic longa, mas quando eu vi que ela se encaixava no especial do FFOBS eu não me aguentei e escrevi com um shortfic. Foram 10.030 palavras escritas aqui em 813 linhas. UAU! Espero que todos tenham gostado do que eu escrevi e se não gostarem, bom, eu não posso fazer nada sobre isto.
Comentem o que acharam, isso sempre me deixa feliz e também deixa a equipe do site feliz [pois eles recebem um dinheirinho para pagar o site com os comentários] se quiserem falar comigo está aqui em baixo como me encontrar, não coloquei o meu twitter porque estou sempre mudando de user, ai não ia dar certo.
Até a próxima. xx
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