Escrita por: Kals
Betada por: Carolina França


CAPÍTULOS: Capítulo Único



Can't Fight With You


"We fight, we break up
We kiss, we make up"


São 3 horas da manhã e aqui estou eu no meu "cantinho para pensar", minhas amigas acham estranho o fato de eu vir aqui para pensar na vida, ou para melhorar o meu humor.
Têm pessoas que comem chocolate pra se sentirem melhor, saem à noite, escutam música, ou pegam um papel e escrevem alguma coisa, um pensamento. Bom, eu não.
O que eu faço para me sentir melhor? Eu lavo roupa! Tá legal, eu sei que pode parecer estranho, mas realmente me faz sentir melhor, até porque ninguém vem atrás de mim na lavanderia. Eles acham que eu vou pedir ajuda, o que não faz sentido porque quem precisa de ajuda para colocar amaciante, pó de lavar roupa em uma máquina e ligar? Ah, claro! Eu sei quem. O babaca do meu ex, que é a razão de eu estar aqui no meu momento depressivo, onde eu lavo roupa compulsivamente, mesmo sem ter qualquer peça de roupa para lavar, então eu simplesmente lavo o que já está limpo. Eu pareço uma louca, não é? Como eu ia dizendo, ninguém vem atrás de mim quando eu estou lavando roupa.

Exceto ele.

- ? - escutei a porta fechando e fechei os olhos com força, tentando reprimir a raiva que eu estava sentindo dele nesse momento. - Eu sei que você está ai. - os passos foram ficando cada vez mais próximos e ali estava ele, encostado no batente da porta, com a camiseta branca que eu dei para ele no nosso aniversário de 3 anos de namoro e com a calça jeans que eu costumava dizer que ficava tão bem na bunda maravilhosa que ele tem.

Tenho que explicar para vocês que é o seguinte, nós somos ex namorados a exatos - só um minuto, vou conferir meu relógio e já volto - enfim, a exatas 25 horas, 13 minutos e 5 segundos. E tudo por que ele é um idiota insensível. O que aconteceu foi o seguinte: ontem foi aniversário dele e eu, como a namorada perfeita, diva, maravilhosa e modesta que sou, fiz um jantar romântico pra nós dois e deixei "sex on fire" tocando no fundo, isso mesmo "sex on fire", um clima bem selvagem, cheio de comidas eróticas, velas e apetrechos e o que ele fez? Saiu com os amigos dele e chegou em casa ás 2 horas da manhã, onde me encontrou com a cara enfiada no resto de pudim de leite que eu comi, que supostamente era nossa sobremesa. Ele tentou me pegar no colo e levar pra cama, mas eu acordei, mandei ele embora, tomei um banho e dormi novamente. Juro que tentei assistir um filme, canal de clipes, ou todos os episódios viciantes de "Catfish", imaginando um Nev do lado direito da cama e o Max do lado esquerdo comigo no meio, mas não consegui, e é assim que eu vim parar no meu "cantinho para pensar", mas o babaca resolveu usar a maldita chave do meu refúgio, a chave que eu havia dado quando nós resolvemos morar juntos e está aqui infernizando a minha vida.

- O que você quer? – perguntei, fuzilando ele com os olhos.
- Moranguinho, não fica assim. Já pedi desculpa mil vezes pelas mensagens, já que as ligações você não está atendendo - respondeu ele, com uma cara óbvia do porque ele ter aparecido sem avisar.
- Você vai ver o moranguinho que vai ficar na tua cara depois que eu te der uma surra.
- para com isso – bufou, dando um suspiro cansado. - Como eu poderia adivinhar que você estava fazendo um jantar surpresa?
- Eu não podia contar porque era surpresa. - respondi com uma cara óbvia, encostando a bunda no armário do lado da máquina, apoiando o pé no sexto de roupa, que no momento estava vazio.
- Exatamente, era surpresa. Eu não tinha como adivinhar. - passou as mãos pelo cabelo, deixando eles bagunçados e tão sexy. Mordi o lábio inferior e droga, fui pega porque ele estava me olhando com uma cara de safado.
- Por favor, me desculpa? – perguntou, fazendo beicinho e se aproximando de mim.
- Nem pense nisso, senhor . – disse, fazendo um gesto negativo com o dedo. - Eu não vou fazer sexo com você.
- Claro que não. - riu e deu mais um passo, depois outro e pronto estava na minha frente. Ele se ajoelhou e pegou meu pé, que estava apoiado no sexto de roupa, e depositou um beijo, depois olhou pra mim. - Me desculpa? - e deu outro beijo, cada beijo que ele dava ele ia subindo pela minha perna e falando "me desculpa" e algumas vezes "por favor".
- N-n-não. - falei com a voz vacilante, não querendo dar o braço a torcer, mas aquilo era tão bom que eu simplesmente puxei ele pela camiseta e quando dei por mim, nós já estávamos nos beijando loucamente.

Xx


Olha eu sou uma mulher que tem um namorado muito gostoso, o que foi? Ah sim, eu sei que já estou chamando ele de namorado outra vez, em minha defesa, sou muito sensível nos pés.

Xx
- Me. – selinho. – Desculpa. – selinho. – Por. – selinho. - Favor. - selinho.
- Idiota. - respondi rindo. - cala a boca e me beija.
Ele ficou sério de repente e eu também, nos beijamos calmamente, um beijo demorado e tão lento que só me deixava ainda mais quente. Ele mordeu o meu lábio e foi tirando a minha camiseta do Gun's n Roses que chegava até metade das coxas. Eu estava só com uma calcinha roxa, estilo shorts, e um sutiã branco liso, sem desenho nenhum, do tipo "não sexy". Ele me beijou novamente e apertou a minha bunda, eu soltei um gemido abafado na boca dele e ele mordeu meu lábio inferior. se abaixou novamente e começou a distribuir beijos pela minha coxa, depois olhou pra mim e sorriu, eu me curvei e dei um selinho nele enquanto tirava a camiseta dele e jogava em algum canto junto com a minha própria peça de roupa. Ele ficou em pé e começou a mordiscar o lóbulo da minha orelha, enquanto eu passava minhas mãos pelo peitoral, revezando pelos ombros e costas largas. Empurrei ele em direção a porta e ele tropeçou no sexto de roupa e acabou caindo no chão, eu comecei a rir, mas aproveitei e fui tirando a calça jeans dele, enquanto ele estava no chão, gargalhando da minha atitude. Quando ele já estava somente de boxer preta, ficou em pé e mordeu meu lábio inferior, eu olhei nos olhos dele enquanto colocava minha mão dentro da sua boxer e apertava aquela bunda maravilhosa e durinha. Ele soltou um gemido e me beijou com mais vontade, me empurrando de encontro a máquina de lavar roupa e tirou o meu sutiã com tamanha habilidade que eu podia achar que ele tinha nascido para isso. Eu pulei na sua cintura, cruzando as pernas ao redor do seu corpo, ele me colocou sentada na máquina e abaixou a cabeça nos meus seios. Começou a suga-los com tanta delicadeza que a minha vontade era de pedir para que ele acabasse logo com aquilo, aproveitou que eu ainda estava entorpecida de tamanho tesão e com rapidez se livrou da minha calcinha. Começou a distribuir beijos na parte interna das minhas coxas, me torturando sem encostar aonde eu mais precisava dele, quando eu já estava perdendo total controle, eu senti ele lambendo lentamente a minha intimidade. Depois, ao redor do clitóris, ele continuou nesse movimento tortuoso, depois começou a ir mais rápido e eu não sabia se empurrava ele para parar, ou se pedia para que ele continuasse tamanho era o prazer. Oh meu Deus, ele era tão bom naquilo, meu orgasmo não demorou a chegar. Quando abri os olhos, já estava sem a boxer e se masturbava olhando pra mim. Quando viu que eu tinha aberto os olhos e o olhava com fome, ele me tirou de cima da máquina, me colocando de pé e me virando contra ela. Fiquei com a barriga encostada na máquina enquanto ela trabalhava com a roupa dentro, os movimentos que ela fazia só me deixavam com mais tesão. Ele puxou o sexto de roupa que estava caído perto da porta e pediu para que eu apoiasse o meu pé, assim que o fiz, ele me penetrou forte e duro, eu soltei um grito de surpresa pela invasão inesperada e ele começou a tira-lo todo de mim e colocá-lo novamente. Ficou naquele movimento até que eu não aguentei mais e comecei a me empurrar e rebolar contra ele, que também não conseguiu mais nos torturar, e começou a investir rápido, sem parar os movimentos constantes. Eu gemia devido ao prazer e ele também não segurava os urros de prazer que soltava. Gozamos juntos, ele me virou pra ele e me deu um beijo carinhoso enquanto tirava o meu cabelo que estava grudado na minha testa devido ao suor e o colocava atrás da minha orelha.

Xx


Estávamos deitados no tapete da sala, eu com a camiseta e a calcinha novamente e ele apenas com a sua boxer preta. Estava entretida com a cabeça deitado no peito dele enquanto fazia um carinho em seu abdômen, quando ele começou a gargalhar, levantei a cabeça e o olhei confusa.
- Então sexo não ia resolver, ham? - levantou uma sobrancelha pra mim, ainda rindo.
- E não resolveu. - rolei os olhos.
- Não?
- Talvez um pouco. - respondi contrariada. - Eu não consigo brigar com você.
- Eu também não, moranguinho. - disse ele sorrindo e dando um beijo na ponta do meu nariz. - Eu amo você.
- Eu também amo você.

Xx


Não me olhem com essa cara, não é que eu seja uma mulher fraca, ás vezes as pessoas esquecem das coisas e eu confesso que ele não tinha como adivinhar, eu tenho consciência disso. Ás vezes eu acho que faço isso, de brigar com ele só pra depois ter o famoso "sexo de reconciliação". E olha, eu super recomendo, vale a pena. Tenho só um ps aqui: Lembra aquela roupa toda que estava lavando? A boa notícia é que ela está limpa e pendurada no varal, a má notícia é que a bendita da Filomena, também conhecida como máquina de lavar roupa, estragou. O disse que iria comprar uma nova, mas eu disse que a Filó tinha história e ele concordou.
Hoje, graças ao seu Pedro, Filomena passa bem.



FIM



Nota da autora: (06/09/2014) Sem nota da autora.

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