O despertador toca religiosamente às oito horas da manhã todo santo dia, e hoje não fora uma exceção, mas hoje não era qualquer dia. Hoje era o dia que o McFly gravaria mais um vídeo clipe “Love Is On The Radio”. Eles estavam muito animados, até parecia que iria sair arco-íris pela boca daqueles malucos metidos a bestas.
Eles tinham respeitado o despertador e, pela primeira vez, eles não precisariam comprar um novo. Era raridade aqueles quatro acordados ao mesmo tempo, mas também era algo ruim. Moravam todos juntos e só tinha um banheiro na casa em que moravam, ou seja, iria rolar muita briga o que consequentemente causaria em atraso e pelo que disse a rabugenta da irmã dele e diretora do vídeo clipe dos pobres garotos, iria ficar extremamente brava se eles se atrasassem.
- , sua mulherzinha de quinta! - berrava de dentro do banheiro.
acordou às sete da manhã só para poder ter o seu banho de “princesa”, como dizia . Acabou deixando os seus amigos sem sequer uma gota de água quente. Aquele dia estava fazendo muito frio em Londres, portanto ninguém queria ar banho gelado e eram orgulhosos de mais para ar um banho quente de balde e consequentemente deixar que um sorriso vitorioso se abrisse na cara do idiota do .
Decidiram fingir que não ligam de ir sem ar banho. Então, se trocaram e foram juntos conversando sobre coisas aleatórias, e ao passarem pelo deram altas gargalhada fazendo o lerdo do perder aquele sorrisinho vitorioso do rosto e fazer uma careta de quem comeu e não gostou. Quando estavam relativamente afastados do , se pronunciou:
- Você viu a cara de tapado que o fez?
- Claro! Foi hilária. - falava em meio aos ataques de riso que tinha ao lembrar-se da cara do .
-Pessoal! - berrou chamando a atenção de todos.
Depois do berro estratosférico do , todos eles correram para sala. Encontraram um , literalmente, arrancando os cabelos e olhando desesperadamente para um relógio de pulso. Eles olharam para sem entender nada até que sai de seu estado de total desespero e grita:
- Nós estamos super atrasados!
Eles se olharam e saíram correndo para o carro de . Sabiam que definitivamente estavam ferrados, estavam com fome e desarrumados. Estavam perdidos em seus pensamentos pensava em Giovanna, pensava em batata frita, pensava que tinha que visitar sua mãe antes que ela tenha um enfarto e pensava em nada.
- Desculpa... – Sussurrou assim que chegaram ao sinal de trânsito que estava vermelho, ele fazia uma reza brava para ninguém ter ouvido o que ele disse.
Mas ele não tinha sorte, no segundo que se seguiu todos olhavam incrédulos para ele. estava tão incrédulo que não viu o sinal ficar verde.
- Ale... - não conseguiu terminar a frase.
- Dirige idiota! - um ser gritou.
Fazendo todos se esquecerem do que ia falar. Todos olharam para trás para ver quem era a criatura que tinha berrado, ao se virarem viram uma linda mulher loira que estava em um R8 spyder. ficou deslumbrado com a mulher, porém já estava arrancando com o carro ele não queria ser chingado novamente. Depois disso todos voltaram para o mundo particular da mente deles.
Não perceberam que tinham chegado ao estúdio.
- Acorda! - gritou um fulo da vida.
Todos “acordaram” em um pulo, saíram correndo do carro com um correndo exasperado junto deles. morria de medo da irmã mesmo ela sendo mais nova que ele. Ao adentrarem na empresa foram sendo guiados por até onde finalmente gravariam o clipe de “Love Is On The Radio”.
Quando entraram reconheceram de cara a diretora, era a mesma mulher que viram no sinal alguns minutos mais cedo. Ela não os reconheceu ou fingiu que não os conheciam. Ela veio até eles cumprimentou cada um com um aperto de mão, quando chegou à vez do ela fez um L com a mão e o abraçou logo em seguida.
- Olá! Eu sou a . - ela disse mexendo nos cabelos.
Aquilo deixou deslumbrado, o resto não a achou muito atraente. era baixinha, gordinha e usava umas roupas meio esquisitas. Era a fórmula perfeita para nenhum deles se apaixonarem por ela, era o que ela queria.
- Sou o .
- Eu sei quem vocês são, vamos cortar a parte da apresentação. Vamos direto para a parte que eu falo o que eu não gostei e o que eu achei legal no roteiro que vocês me mandaram. - Ela falou com pressa eles estavam super atrasados, mas ela não podia reclamar, ela também estava.
Eles se sentaram e começaram uma conversa sobre o clipe, porém duas pessoas não estavam com a cabeça naquele lugar. estava se lembrando da época em que sua irmã era a mais linda do colégio e ele o loser, mas o que o preocupava não era isso. Ele estava preocupado com a irmã desde que ela ficou sabendo que tinha um câncer terminal nunca mais foi a mesma, ela engordou, parou de usar as roupas que tanto gostava, parou de sair com os amigos e quando eu perguntava o porquê ela respondia que na situação que ela se encontrava era preciso.
Já ficava olhando para a diretora com uma admiração muito grande e não era pelo trabalho dela e sim por ela mesma, ele não sabia o que viu naquela mulher, ela era o oposto das que ele era acostumado a sair, mas tinha um ar angelical que a fazia ficar uma deusa na visão de .
Enquanto pensava na mulher que estava na frente dele, ava uma decisão. Ele puxou a irmã pelo braço e falou:
- Meninos, eu preciso conversar com ela. Eu já volto, não quebrem o estúdio, crianças!
Ele arrastou a irmã e o McFly ficava olhando para aquela cena sem entender nada. de algum jeito sabia que seu irmão ia perguntar para ela sobre a sua doença, ela não queria falar sobre isso, mas sentia que teria que falar. Sabia que seu irmão não a deixaria em paz até ela falar o que estava entalhado na garganta dela há seis meses.
- Por que você mudou? Me diz! - falava um pouco alto de mais.
- Abaixa a voz, por favor. - sussurrou com lagrimas nos olhos.
a puxou para um abraço e ela começou a chorar, ele odiava ver sua irmã chorar. O que não ocorria com frequência. Ela soluçava tanto que não conseguiu segurar as suas próprias lágrimas. Ela se afastou dele e ele secou as lágrimas dela enquanto ela secava as dele. Ela se sentou e indicou um lugar para ele se sentar.
- , eunãovousobreviverparaverseufilhonascer.
Ela falou tão rápido que o ficou alguns segundos processando a informação, quando finalmente conseguiu entender uma lágrima caiu pelo seu rosto, dessa vez ela não enxugou deixou a lágrima escorrer pelo rosto de seu irmão.
- É. Eu vou morrer em menos de duas semanas, eu não vou poder ver seu filho nascer, eu só peço que você diga a ele que ele teria uma tia madrinha muito babona e que amaria muito ele.
Ele deixou mais algumas lágrimas caírem e se impressionou quando não viu uma lágrima sequer no rosto da irmã. estava cansada de chorar, não aguentava mais.
- Por que você se afastou de nós?
- Você já leu “A culpa é das estrelas”?
Ele balança a cabeça em sinal de negação e ela continua a falar.
- Lá tem uma menina que tem câncer e ela fala que não quer ser uma granada, eu também não quero ser uma. - Ela termina de falar sem olhar nos olhos do irmão.
- Você não é uma granada!- aumenta o da voz exasperado.
- Eu sou sim! Você não percebe?! Quando eu estourar todos que me amarem irão sofrer, eu só quero diminuir o número de pessoas. – ela fala olhando para ele.
Eles ficam em silêncio um olhando no fundo dos olhos do outro. queria gravar os olhos da sua irmã na mente, ele não queria perdê-la. queria desviar o olhar de qualquer jeito, mas ele não deixava. Ela não queria ter a lembrança dos olhos do irmão dela daquele jeito estavam tão absurdamente tristes e cheio de lágrimas.
- Vamos voltar para lá eu tenho um vídeo clipe para fazer. - ela falou com um de voz mais animado.
Naqueles meses, só o trabalho a animava, lá ninguém a olhava com pena, lá ninguém sabia que ela tinha raspado o antigo longo cabelo loiro, não sabiam que ela tinha feito quimioterapia e por último, mas não menos importante, eles não sabia que ela estava morrendo. Eles voltaram para perto dos meninos, eles ficaram olhando de um para o outro e não deixaram de perceber que os olhos de estavam cheio d’água, estavam sem vida. não prestou muita atenção no , mas ficou olhando para os olhos de e foi só naquele momento que ele percebeu o quão vazio aqueles lindos olhos verdes eram.
Eles continuaram discutindo, mas estranharam a reação de . Ele tinha ido para a varanda que dava de frente para o transito de Londres, ele tinha ido chorar. O McFly continuou sem entender nada. Só ficou realmente preocupado com aquela reação, nunca tinha feito aquilo o que deixava mais preocupado ainda.
Depois de discutirem por meia hora, eles foram para o camarim se arrumar e foi acertar os últimos detalhes do tão sonhado clipe. demorou uma hora se arrumando, mas mesmo assim foi o mais rápido, aproveitou o tempo que tinha para ir conversar com o . Ele sabia que aqueles gays saltitantes iam demorar séculos se arrumando.
- , aonde você vai?- sussurrou.
- Vou procurar o . - respondeu seco, o que assustou .
sabia o porquê, ele também tinha ficado preocupado, mas deixou para lá. Era melhor que procurasse .
- Ah... - falou para si mesmo enquanto saia à procura do .
ainda estava na varanda, ele estava fumando. Uma atitude que não condizia com a personalidade do homem. não percebeu a chegada do mais novo, estava tão entretido com seus pensamentos. Ele só conseguia pensar em sua irmã, ele não podia acreditar que estava perdendo aquela menina.
ficou parado só observando o homem que estava fumando e soluçando, o que indicava que ele estava chorando. Isso era mais uma coisa que não condizia com a personalidade do mais velho. percebeu que algo de grave devia estar acontecendo, mas algo dizia para ele que era melhor deixar ... chorar.
não queria acreditar no que sua irmã disse a ele mais cedo, isso o fazia lembrar-se da ultima briga que tiveram e junto com essa lembrança veio o remorso e mais lágrimas, ele não sabia de onde vinha tanta lágrima.
Flashback on
Eu estava indo almoçar com a minha irmã e eu estava decidido a arrancar dela o porquê de se afastar de todos que a amam, porém algo me dizia que aquilo não seria nada fácil. Quando chegou ela já estava lá, olhando para o copo que estava igual aos olhos dela vazio, sem cor e sem nenhum resquício de vida. Aquilo sempre apertava meu coração.
Aproximei-me da mesa dei um beijo na bochecha e um abraço forte e reconfortante. Conversamos por um bom tempo, até que me lembrei do grande, esperado e assustador assunto do dia.
- Por quê? - perguntei ando um gole da minha taça de vinho branco.
- Por que o que? - Ela perguntou e eu soube que ela estava tentando se fazer de desentendida.
Ela sempre foi boa atriz, mas nunca conseguia me enganar. Eu a olhei e tenho certeza que ela soube na mesma hora que eu não ia tolerar essas encenações. Era incrível como um olhar já funcionava com nós dois. Ela bufou e pronunciou as palavras com leveza:
- Porque na situação que eu me encontro é preciso.
Quando ela terminou de falar eu explodi de raiva ali mesmo, peguei minhas coisas deixei um dinheiro em cima da mesa e berrei apontando o dedo para ela:
- Na situação que você se encontra, você deveria deixar as pessoas que amam você se despedir! Eu não sei se você se lembra, mas você está morrendo!
Eu disse e saí do restaurante correndo sem olhar para trás. Flashback off
É, ele não deveria ter feito aquilo. Ele deveria ter aproveitado melhor o tempo que tinha com a irmã, deu mais uma tragada e socou com toda sua força a sacada da varanda. Fechou os olhos e virou-se para sair daquele lugar, mas suas pernas bambearam e ele escorregou ali mesmo. Ficou sentando sem abrir os olhos, não massageou o pulso dolorido, ele queria algo que fizesse mais dor, que o fizesse esquecer a dor que sentia no coração. Quando abriu os olhos deu de cara com um com o cenho franzido em preocupação.
- Minha anjinha está morrendo, . - falou soluçando.
apagou o cigarro e o colocou no chão ao seu lado. colocou as mãos no rosto e abafou um grito de dor. se sentou ao seu lado e fez a pergunta que martelava na cabeça dele, a pergunta era sobre a única frase que conseguiu falar desde que chegou aqui.
- Quem é essa tal de anjinha?
- A minha irmã. - sussurrou em meio aos grandes soluços, que para ele era mais forte do que o trânsito lá fora.
Depois da confissão de , eles não falaram mais nada, ficou um bom tempo por lá. Foi chamado por uma moça que pediu para ele comparecer ao cenário que foi montado em cinco minutos. Assim que ela saiu olhou para , ele não queria deixá-lo.
- Vai lá. - Ele falou.
Quando chegou ao cenário que foi cuidadosamente montado, ele viu uma cena muito comum, mas que o deixou com frio na barriga. estava pedindo o telefone da e ela estava dando. Algo dentro de o alertou que aquilo não acabaria bem.
tinha conseguido o telefone da diretora de seu novo vídeo clipe, ele estava pulando de alegria. Assim que ela se afastou dele ele mandou uma mensagem para ela:
“Vamos jantar hoje?”
Quando ele terminou de mandar a mensagem, ela já estava fora de vista, porém ela não respondeu rápido e eles começaram a gravar o clipe. Ele teve muitos erros que forram cometidos por pura pirraça, só para irritar a sua querida diretora. O plano dele ao menos estava dando certo, já tinha percebido o que ele queria fazer e não o corrigia mais.
O tempo passou voando, menos para e , que observava a irmã trabalhar de longe, ele não queria perder a garotinha que até hoje o chamava de loser, a anjinha mais pervertida de todos os tempos. olhou algumas vezes para seu irmão e não conseguia aguentar, era muito doloroso ver o que ela conseguia causar nas pessoas que a amavam.
O vídeo clipe não tinha acabado ainda, mas falou só para ela bem baixinho:
- Eu não quero perder a garotinha que até hoje me chama de loser, a anjinha mais pervertida de todos os tempos e, acima de tudo, eu não quero perder a minha irmã que sempre foi à pessoa mais otimista e alegre.
Ao ouvir isso, sentiu que facadas perfuravam seu coração, ela sabia que tudo aquilo que ele falou já tinha ido junto com o diagnóstico fatal do médico.
- Essa garota já morreu. - ela sussurrou para ele sem ousar olhar nos olhos dele.
- Não. - ele rebateu autoritário.
- Me desculpa se eu vou morrer e te fazer sofrer, mas essa é a grande verdade. - falou mais baixo ainda e dessa vez ela olhou nos olhos dele e, naquele mesmo instante, soube que iria se arrepender de ter olhado para aqueles olhos tão tristes e massacrados.
Ele a abraçou e disse no ouvido dela:
- Eu não acredito em você.
Depois de meia hora mais ou menos, as gravações do clipe tinham encerrado e percebeu que estava vindo à direção dela, ela o esperou chegar.
- Você vai jantar comigo? - ele perguntou erguendo a sobrancelha.
Ela riu da cena e se permitiu olhar para aquele cara, ela não podia negar ele era lindo e radiante, chegava a ser gostoso de olhar. você é uma granada! Ela começou a repetir isso para si mesma.
- Não - ela respondeu seca.
- É só um jantar! Por favor. - ele exclamou e logo em seguida fez um biquinho tão bonitinho que não conseguiu negar a proposta do homem.
Por que não? É só um jantar, certo? Em um ato sem pensar ela responde um pouco mais animada:
- Vamos! Você ganhou, satisfeito?
- Sim! Eu te busco às oito horas da noite, okay?
- , são sete e meia da noite, vamos daqui mesmo. - Falou rindo da cara dele.
- Okay, vamos! - ele falou meio desconfiado.
nunca havia saído com uma garota assim.
Despediram-se de todos e ficaram sabendo que a casa de estaria desocupada. iria dormir na casa de , iria ir para casa de uma nova ficante dele e iria para casa de Giovanna.
Eles saíram no carro de , que não estava a fim de dirigir, e adorou ver os olhos brilhantes de , aquilo a deixava alegre por mais que soubesse que iria morrer. Assim que ficou sabendo que iria dirigir a R8, rodopiou no ar e ela gargalhou pela primeira vez naquele dia e percebeu que aquele som era o mais lindo que ele já ouviu. , que estava saindo do estúdio, adorou ouvir e ver sua irmã gargalhando, há tempo que não ouvia aquele som ou via aquele lindo sorriso.
começou a dirigir o carro e ficaram em silêncio até tocar a única música brasileira que ele sabia a tradução Codinome beija-flor, eu comecei a traduzir a música para ela ouvir e algo brilhou nos olhos dela, mas logo se apagou. O sinal estava vermelho e quando Cazuza cantava.
Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Ele a beijou de um jeito que nunca beijou ninguém, ela demorou para corresponder, mas correspondeu. sentia como se estivesse sendo arremessada para o paraíso, mas logo lembrou que ia morrer e parou o beijo. Ele a olhou sem entender e ela simplesmente falou:
- Eu não posso, me desculpe.
- Por que não? Eu sei que você está solteira!
- Não é isso!
- Então é o quê? Eu não sou bom o suficiente para você? Eu sou ruim?
Ela não queria contar, mas não queria deixar aquele homem que a levou para o paraíso com um simples beijo sem explicação nenhuma.
- Eu vou morrer! - ela berrou olhando no fundo dos olhos dele.
Ele se calou e ela começou a chorar. Ele parou o carro em um tipo de montanha e ela o seguiu. Ele estava se segurando para não chorar. Quando ela se aproximou ele falou ainda de costas olhando a linda paisagem:
- Quanto tempo você tem? O sabe? Foi por isso que ele foi para a varanda?
Ela não tinha contado nem para seus familiares quanto tempo de vida ela tinha, mas ela precisava contar parar ele algo dizia isso a ela.
- Menos de duas semanas. Ele sabe. Sim, foi por isso. - Falo cabisbaixa.
- Devia ter me contado antes. Me deixa sozinho.
Ela fez o que ele mandou, ela saiu com o carro e começou a chorar. Ela gostou do beijo, ela sentiu algo forte, mas e se fosse amor? Ela não se achava merecedora de amor de ninguém, ela sabia que faria essas pessoas sofrerem.
ficou na montanha por um tempo, até ligar para para ele vir buscá-lo. Quando viu a cara do amigo, percebeu que não era uma boa hora para conversar. entrou no carro e seus pensamentos vagaram para ela no que ele sentiu no beijo, ele tinha certeza que foi algo forte, mas ela iria morrer e ele como ficaria? Aquilo não poderia ser amor... Ele repetia para si mesmo, mal sabia ele que quando os desavisados caiem no amor não conseguem mais sair daquele grande sentimento que é o amor.
A semana passava rápido para todo,s menos para e os dois não conseguiam tirar um ao outro da cabeça. já tinha percebido tentou de tudo, mas não adiantava. foi visitar a irmã com a mulher e contou a ele o que tinha acontecido. e conversaram sobre isso e resolveram dar o mesmo conselho para os dois.
e estavam no estúdio acertando os últimos detalhes para lançarem o álbum novo do McFly. segurou na sala e disse ao mais novo:
- Quando nós caímos no poço sem fim que é o amor nós não saímos mais, não importa se a pessoa que amamos terá só mais um dia de vida.
o olhou como se tivesse considerando a ideia.
- Vai atrás dela! - falou.
Instantes depois ele já estava saindo, foi direto ao trabalho de e ele acertou ela estava lá. Em uma varanda olhando para o nada, ele chegou perto dela a abraçou. não se afastou mais cedo teve uma visita de e, ele falou no amor e que tinha certeza que me procuraria. Ela se virou e a beijou, um beijo lento e carinhoso. Eles ficaram ali por alguns segundo até que ela falou:
- Você sabe que eu não tenho mais do que uma semana de vida e você vai querer ficar com uma mulher com o pé na cova?
Ele a silenciou com um beijo e ali ela soube que a resposta era sim.
Eles jantaram juntos naquela noite e ele não saía do apartamento dela, mas eles não faziam nada demais só assistiam filmes e dormiam de conchinha. Ela gostava da presença dele, ele gostava da dela. havia percebido o brilho dos olhos dela de volta pena que o tempo passou rápido e agora, de acordo com os cálculos do médico, ela tem quatro dias de vida, quatro dias para todos olharem aqueles olhinhos lindos e agora brilhantes.
- O... Tempo... Passou... Rápido... - Ele falava em meio aos selinhos que ele recebia dela.
- É.
-Eu te amo, anjo. - disse convicto de que aquilo era o certo.
- Eu te amo, palheta (n/a: se for o Harry imagine que está escrito baqueta) - disse com o mesmo e com a mesma certeza daquilo.
Aquele seria o primeiro e último “eu te amo” daqueles dois.
O beijo se aprofundou e o que era um mero selinho passou a ser um beijo totalmente quente, claro que ela tinha algumas limitações, mas isso não incomodava . E ali na cama assistindo De volta para o futuro eles fizeram sexo, o primeiro de alguns, achava . Mal sabia ele que esse seria o primeiro e o último.
A luz do sol entrava pela janela do quarto fazendo acordar com a sua garota gelada em seus braços, ele estranhou um pouco e tentou acorda-la, mas ela não acordava.
- Não brinca comigo! - ele falou fazendo cócegas.
Ela não se mexia, ela não respirava, ela estava gelada a balançou e quando percebeu que ela tinha ido com um sorriso nos lábios começou a chorar. Ele queria ver mais daqueles sorrisos ela não podia ir. Ele a levou as pressas até o hospital mais próximo. Tentaram reanimá-la de todos os jeitos. esperava junto com e os outros na sala de espera do hospital. O médico apareceu foi até eles e perguntou:
- Vocês são parentes de er)?
- Sim. – disse por mim e por
-Nós tentamos de tudo, mas ela não resistiu.
O cérebro de parou de funcionar ele queria gritar, acordar daquele pesadelo. queria gritar, queria matar a droga que era o câncer. A única coisa que mostrava que estava vivo eram as lagrimas que não paravam de escorrer por seu rosto.
- Doutor, nós podemos nos despedir?
-Claro. - ele falou e nos levou para o quarto onde estava coberta por um pano.
Os dois desataram a chorar. Quem visse a cena podia falar com total certeza que eles inundariam a cidade só com lágrimas. retirou o pano do rosto da pequena tão pálida naquele quarto.
- Meu anjinho, você era a única coisa que me lembrava da mamãe e do papai. Eu te amo, minha irmã.
Ele se afastou dela chorando e saiu correndo pela porta do quarto. se aproximou deu um selinho na mulher beijou a testa dela e sussurrou no ouvido dela:
- Obrigada pela despedida, anjo. A palheta vai sentir a sua falta. Eu te amo de mais, anjo. Você não poderia ter ido!- ele exclamou e desatou a chorar.
Depois de um bom tempo ele começou a cantar Codinome Beija-Flor
Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou
Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor.
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
A enfermeira o tirou de lá. o levou para casa ele não estava aguentando a dor era muito grande, pareciam facadas em todas as partes do corpo. Ele resolveu ir para a casa de sentir o cheiro dela era tão bom. Quando chegou lá pulou no lado dela na cama e dormiu.
No outro dia, foi acordado por , era a hora do enterro, era a hora de se despedir do amor de sua vida. Ele voltou a chorar. Fez sua higiene matinal e foi junto com o para o cemitério. Quando chegou lá passou um filme pela cabeça dele. Maldito/Maravilhoso vídeo clipe. Quando chegou a hora do caixão descer ele começou a cantar baixinho, cantava Codinome Beija-Flor.
Fim
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