Death


Escrita por: Duda Bittencourt
Betada por: Caroline Cahill




"Childhood is the kingdom where nobody dies"


Amanhã, e amanhã, e ainda outro amanhã arrastam-se nessa passada trivial do dia para a noite, da noite para o dia, até a última sílaba do registro dos tempos. E todos os nossos ontens não fizeram mais que iluminar para os tolos o caminho que leva ao pó da morte. Apaga-te, apaga-te, chama breve! A vida é apenas uma sombra ambulante, um pobre palhaço que por uma hora se empavona e se agita no palco, sem que depois seja ouvido; é uma história contada por idiotas, cheia de fúria e muito barulho, que nada significa.

Era um dia diferente dos outros. Tinha alguma coisa errada, uma peça atrapalhava todo quebra-cabeça. Todos estavam em total silêncio, um silêncio que não havia de ser um cessar comum. Este era um silêncio sofrido. Logo aqueles que riam das coisas mais inadequadas, das coisas mais estupidas, dos assuntos mais variados. Parecia que a qualquer momento iria estourar uma piada, alguém iria atrapalhar a cena. Faltava alguma coisa naquele vasto e silencioso lugar, estava tudo sério demais. Onde haveria de estar a escumilharão da cena, as brincadeiras inapropriadas dos atrapalhados em momentos constrangedores? Onde estaria ele? O motivo do sorriso e sofrimentos de muitos. Merlin havia de estar ao lado dele, mas não, ele fugira. Não se submetia a se aproximar da mesa e ceia com ricos como se nada tivesse acabará de acontecer a menos, segundos seus cálculos nada certos, de um mínimo dia. A covardia de encarar a verdade o consumia a cada decimo de segundo. Logo Merlin, o jovem mago desastrado, que havia herdado a inteligência do seu pai, juntamente com a beleza única em todo reino, que sua mãe tinha o deixado. Algum estava errado. Algum estava muito errado.
De onde tiraram essa ideia? Morrer. A troco de quê?
E as pessoas que o jovem Arthur teria que proteger; as guerras que haveria de travar; os testes que haveria de vir; quem deteria Cedric? Quem defenderia Camelot? E os seus segredos, seus amores, as palavras não ditas, a frase não falada, o beijo não selado.
Morrer é idiotice. Obriga você a sair do baile sem se despedir, sem terminar seus testes, sem dançar com a plebeia mais linda do reino... E as últimas palavras de Arthur, para onde foram?
Renascer é essencial.
Mas poderia um renascido se adaptar a uma nova realidade, permeada por novos hábitos e costumes desconhecidos?
Ah, o renascimento... Tão raro, tão impactante, tão importante. Como poderá existir tanta magnificidade em algum como o renascimento, sem algum tão ridículo quanto à morte? Que sentido teria a Magia Branca, sem a Magia Negra? Quem seria Merlin, sem seu companheiro?
O Renascer não permite que você descanse tranquilo e, talvez, imagine o quão idiota seria saber que pessoas estão mexendo nas suas coisas. Logo você, Arthur, quem dizia: das minhas coisas, cuido eu. Impede que você espere por seu fiel escudeiro e se poupe de ver Morgana acabar com seu reino, que tanto lutou para proteger. Ah, Camelot!
Mas Camelot não muda quando o reino muda, quando o rei muda, quando Arhur morre, quando Arthur renasce, quando Morgana resolve atacar. Camelot só mudará... Quando a magia a matar.
Oh, morte... Tão idiota, tão importante. Viver por centenas de pares de anos a troco de nada? Qual é? Um sono eterno até que pode cair bem. Um sono eterno pode salvar a magia e assim, Camelot viver feliz para sempre, ou até o sempre simplesmente morrer.


FIM






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