Epígrafe.


Desde pequeno, achei que meu destino seria estar fadado a uma chuva de decepções. Quando eu tinha nove anos, estava eu, meu pai e minha mãe voltando de uma peça do colégio. Eu havia feito um dos papéis mais importantes da apresentação, e minha mãe, como sempre, estava orgulhosa de mim. Até havia me prometido um bolo de chocolate, o meu preferido. Quando estávamos a dois quarteirões de nossa casa, vi um homem correndo, eu não sabia o que isso significava, mas havia dois homens atrás dele também. Apontei o dedo sorrindo e disse para minha mãe. – Pique pega, mamãe! –. O homem passou por nós e eu ouvi um barulho ensurdecedor, e, no mesmo momento, senti a mão de minha mãe ser solta da minha e a vi no chão, com uma coisa vermelha em seu peito, era sangue. Aos nove anos de idade, vi minha mãe ser assassinada na frente dos meus olhos.
Tudo bem, eu conseguia lidar com isso. Minha mãe morreu, mas morreu feliz, creio eu. Meu pai, no início, não sabia como me contar, e eu só fui saber disso quando tinha doze anos de idade. Doeu? Com toda certeza. Mas não quis deixar me abater e ajudei meu pai a se recuperar. Aos meus dezoito anos, já formado na escola, meu pai faleceu devido a complicações em sua saúde. E, mais uma vez, o destino parecia querer me deixar para baixo. Dessa vez eu não tinha a quem recorrer. Eu era filho único, meus parentes moravam em outra cidade. Eu não tinha dinheiro o suficiente para me mudar, mas foi quando, num surto que tive, vi um documentário na TV sobre a vida policial. É isso, era o que eu queria ser. Eu sabia que aquilo era loucura, que eu estaria arriscando a minha vida, mas, eu não tinha nada, certo? O que viesse era lucro.
Tornei-me um policial com vinte anos, eu era novato no quartel. Era aquele tipo de cara quieto, na dele, que chegava por lá com todos os papeis em mãos e trabalhava como se somente aquilo importasse, além de sua vida. E, na verdade, era assim mesmo. Conheci uma mulher, Allison Elisabeth. Talvez ela fosse a mulher mais bonita que eu já vi em toda a minha vida, depois de minha mãe. Eu queria aquela mulher, e ralei muito pra consegui-la. Nós namoramos e nos casamos, estávamos planejando ter um filho, mas parece que o destino vem para me punir sempre quando eu atinjo o ápice da felicidade.
– Cala a boca, Allison, você me deve uma cerveja no fim do expediente. – Rio baixo, encostando-me à parede, levantando à arma a cima de meu rosto. – Agora vamos entrar nesse local logo, pra eu poder te levar pra casa, eu já cansei de falar que odeio te ter nas mesmas ocorrências que eu.
– Cala a boca você, Brandon. Te pago até duas cervejas se você calar essa merda de boca agora, antes que eu te atire e tenham que me prender também. – Sussurra Allison contendo o riso. – No três, ok? Eu te amo.
Um, dois, três! Três tiros foram disparados, um deles em meu ombro e os outros dois? Eu estava tentando procurar, até que vi aquela cena se repetir novamente em minha frente, depois de sete anos. Sete anos dolorosos, que levaram várias sessões de terapia para eu ficar ‘’normalizado’’. Sete anos que se repetiam ali, e agora. Os homens que atiraram em Alisson foram pegos, mas eu estava pouco me lixando se eles foram presos ou não. Minha única preocupação era Allison, minha mulher, minha esposa, que estava morrendo e eu não podia fazer nada.
– Chamem uma ambulância! AGORA! – Gritei, ajoelhando-me ao seu lado e pegando em sua mão. Havia sangue espalhado em toda sua farda. – Sem colete a prova de balas, Allison? O que foi que eu te disse sobre isso? – Sussurrei deixando as lágrimas caírem em meu rosto.
– A-amor, não fica bravo comigo por isso. – Forçou um sorriso e pude ver seus dentes manchados com o sangue. – Eu ainda estou aqui, não estou? É isso que importa.
– Você está quase morrendo, vida. Como pode dizer uma coisa dessas logo agora? – Funguei deixando minhas lágrimas caírem em sua roupa. – Não faz isso comigo, por favor.
– Me desculpa, Brandon. Eu jamais queria te ver dessa maneira, ou... – Suspira com dificuldade me encarando. – Eu só queria mostrar que, assim como você, eu não preciso usar essas bobagens. – Murmurou tossindo sangue.
– Ei, ei, vida. Não faz muito esforço, a ambulância está chegando. No final do dia de amanhã estaremos rindo disso tudo, por favor. – A senti apertar minha mão com força e suspirei a encarando.
– Brandon, eu estou cansada. Minha visão está começando a escurecer, eu... Preciso descansar, só um pouco. – Murmurou baixinho, fechando os olhos e ainda segurando em minha mão.
– Allison, não! Você tem que ficar acordada, amor, por favor. – Falei soluçando e a vendo abrir os olhos novamente.
– Brandon. – Murmurou já cansada e quase fechando os olhos. – Me promete uma coisa? Promete pra mim que mesmo se eu não sobreviver nesta noite, você promete que vai seguir em frente? Achar uma mulher que o faça feliz e que lhe ame da mesma maneira que você me ama? – Deu um sorriso de lado, deixando uma lágrima cair de seu olho.
– Eu... Prometo. – Sussurro quase sem voz, mordendo meu lábio.
– Um último desejo agora. – Sussurra apertando minha mão com a força que tinha. – Me dá o último beijo. Nosso último beijo e... Encosta o seu coração no meu. – Disse quase inaudível, fechando seus olhos.
Levantei-me sem tirar minha mão da sua e depositei um selinho demorado em seus lábios, sentindo meu rosto inteiro ser tomado por lágrimas. Levantei-me novamente e fiquei por cima dela, de modo com que meu corpo não pesasse sobre o dela, encostando nossos peitos como ela havia pedido.
– Eu te amo. – Foram suas últimas palavras e então tudo o que eu não senti há anos veio à tona. O desespero, angústia, dor, o vazio e principalmente a dor.
Sete anos se passaram. Cinco deles de visitas constantes ao centro cento psiquiátrico. Hoje eu sou um novo homem. Pelo menos aparento ser. Mesmo que o trabalho me lembrasse do porquê de eu estar sozinho, eu quis continuar nele, até porque eu não tinha para onde ir, e a única coisa que me satisfazia era o meu trabalho, então, que mal teria. E lá estava eu novamente, trabalhando com nenhum propósito em mente. E se eu morresse? Bom, ninguém estaria ali se preocupando comigo, não é? Então novamente, eu me tornei o adolescente que eu era no colegial.

Meu nome é Brandon Stone, e essa é minha história.



O começo de tudo...


Não demorou muito para que tudo na ocorrência fosse normalizado, apesar de ter sido um assassinato, conseguimos pegar o suspeito em menos de duas horas. Eu estava realmente cansado, sem contar que essa semana seria o aniversário de minha esposa. Ex-esposa, corrigindo. Tenho que parar com isso.
Estávamos perto da famosa Onix, uma famosa casa de stripers e prostitutas da cidade. Já cheguei a ir por lá somente uma vez, arrastado por meus amigos, mas dessa vez decidi ir por conta própria. Aproveitando que nenhum dos meus amigos quis carona, decidi passar por lá. Marcavam duas e meia da manhã em meu relógio, e isso não era nada para mim, que, como um policial, poderia fazer uma ronda à noite sem supervisão de ninguém, já que eu era basicamente meu próprio chefe.
‘’Arranje alguém novamente, Stone.’’ As palavras de ecoavam em minha mente. Desde a morte de Allison, eu nunca mais ousei ficar com outra pessoa por muito tempo. Tive alguns casos de duas semanas, mas fora isso, nada. Está certo que eu deveria seguir em frente. Você deve estar se perguntando: ‘’Stone, sua mulher faleceu a mais de quatro anos, não acha que deveria ter seguido em frente?’’ Eu deveria, sim, mas quando perdemos alguém que nós amamos muito, fica meio difícil. Eu encontrei algumas mulheres, não vou negar, mas nenhuma me chamou realmente a atenção. Eu, com minha agenda lotada, a cada três encontros que eu tinha, um deles era cancelado por alguma infração ou ocorrência. O que eu podia fazer? Ninguém vai querer namorar com um policial que não tem tempo nem para respirar. E quer saber? Eu não ligo, aliás, eu não me importo com nada. Eu quero aproveitar minha vida ao máximo. Vinte e oito anos nas costas, e sem nenhuma namorada. Acho que a vida está esperando para me dar uma pessoa que realmente valha à pena, ou está esperando para tirar mais alguém que eu amo.
Depois de um dia razoavelmente irritante como os demais, chegou o momento mais esperado: a hora de poder afogar as mágoas nas bebidas e, quem sabe, tirar uma casquinha de uma dançarina. Mal entrei no estabelecimento e uma mulher me chamou a atenção. Ela era loira, com seios avantajados e umas pernas que deixava qualquer um louco, mas o que mais me chamou a atenção foram seus lábios carnudos e seu sorriso que parecia ser de outro mundo. Vai com calma, Stone, a probabilidade de ela ser uma prostituta é alta, e ela não é para o seu bico... Mas pode ser. Duas doses de whisky e algumas dançarinas se esfregando em mim. De longe eu era cobiçado somente por estar fardado. Eu não entendo o que essas mulheres têm tanto com homens fardados, mas hoje estive no lucro. Três, quatro e até cinco copos de whisky, minha bebida favorita, até a majestosa loira caminhar até mim. O som de Sex On Fire explodia nas caixas de som do lugar e seu lábio com um tom vermelho sangue me hipnotizou. ‘’ I can just taste it, taste it...’’ ecoou em minha cabeça e meu corpo inteiro vibrou como uma ressonância ao ouvir o seu sussurro. Seus lábios estavam colados em meu pescoço, e minha mente? Bom, provavelmente imaginando como deveria ser o gemido dessa mulher. Olhei para um lado e havia duas mulheres se beijando, olhei para outro e havia uma mulher sendo fodida, ali mesmo, em cima do balcão, junto com uma plateia, que se masturbava com a cena. Eu havia me esquecido completamente que aquela boate não havia regras, apenas entre, pague, coma e saia. Nessa altura, a única coisa que eu me lembro de ter feito era a agarrar com força e a beijar, agora se eu havia transado com ela, isso eu já não sabia.
O rádio estava sintonizado na pior estação que meu despertador poderia ter encontrado. O céu estava meio escuro, e eu podia ver o nascer do sol. Cinco e vinte da manhã, o pior horário para se acordar, e sobre a noite de ontem? Eu não me lembro de porra nenhuma. Levantei-me, tomei meu café e vesti minha farda. Minha cabeça doía, e como não tenho paciência para nada, ingeri três comprimidos para fazer efeito na mesma hora. E foi o que aconteceu, pelo menos nisso eu me dei bem. Chegando à delegacia, avistei duas mulheres de costas, e puta que pariu, que rabo que elas tinham.
- Foi exatamente isso, ele me roubou ontem assim que eu terminei o meu expediente. – A morena estava impaciente mexendo em seu cabelo, enquanto seus brincos balançavam à medida que ela conversava com .
- Se a senhorita fizer o mínimo de escândalo possível, eu ficarei bastante feliz em lhe ajudar, senhoritas...? – Disse, cruzando meus braços e as observando.
- , , e esta é minha amiga, . – Apontou para a loira do seu lado. E, puta que pariu, essa era a loira que eu havia beijado ontem a noite. Mas... Foco, Stone, foco.
- Prazer, e , sou o policial Stone. Seu caso foi um furto, certo? , as leve até a sala do Parker, ele assume de lá.
assentiu com a cabeça e as levou até a sala de Parker. Parker era, praticamente, o manda chuva do local, quase todos os casos iam para ele. Pessoas como eu e só éramos úteis para usar a viatura, entrar em combate corpo a corpo e prisões. Era arriscado, mas eu cresci naquele estabelecimento, seguindo aquelas diretrizes, então, para mim, tudo estava ótimo, ou quase ótimo.
Cutuquei e o trouxe para o outro lado da sala, longe de onde estávamos, já impaciente.
- O que há de tão importante assim pra você me cutucar tanto, Brandon?
- , a próxima vez que me chamar de Brandon eu juro que eu quebro esses seus dentes. – Passei as mãos pelos cabelos, bufando. – Aquela garota, . Ela! É ela ! A garota que eu te falei que eu não sei se eu co...
- Sempre que precisarem, podem voltar, garotas, serão bem vindas por aqui. – Parker apareceu com seus braços envolvidos na cintura das duas e passou piscando para nós dois, que estávamos parados iguais idiotas observando a cena.
- , você sabe que essas duas são prostitutas, não sabe? Quando eu disse pra você arranjar alguém, não era pra querer a primeira puta que aparecesse em sua frente e te desse condição.
- Não sei nem porque eu insisto em te nomear como meu melhor amigo. – Bufei. – Eu não tô falando que eu quero casar com ela, muito menos namorá-la, eu só disse isso porque acabei de me lembrar, cabeção.
- , se eu não te conhecesse tanto assim como eu te conheço, eu não estaria te falando isso. Você vai correr atrás dessa garota, vocês vão sair, você vai se apaixonar por ela e, no final de tudo, vocês vão acabar juntos. Um policial e uma prostituta. Quer coisa melhor que isso? Parece até um filme pornô, só que a parte do pornô ela já faz por conta própria. – Falou , não conseguindo conter seu riso. – Eu tô brincando, cara, mas é verdade isso aí.
- , faz um favorzão pro seu melhor amigo? Vai tomar no meio seu cu. – Dei um tapa com força em sua cabeça e segui até meu escritório, sentando de frente ao computador. ...Um belo sobrenome para uma bela mulher. Realmente, ela era uma mulher bonita, não vou negar. Mas o que me chamou mais atenção nela, além de seu corpo, foi seu sorriso. Allison também tinha um belo sorriso... Foi desse jeito que eu me apaixonei, mas, o que? Não! Me apaixonar pelo sorriso da ? Jamais. mesmo me disse que ela é uma prostituta, como eu poderia gostar de uma prostituta? Não é que eu tenha preconceito, tudo bem que ela satisfaz alguns homens como eu, por exemplo, que estão ferrados na vida e só querem saber de sexo e bebida, mas, imagine só o quão desconfortável seria você namorar uma mulher que pode dar, em média, para uns seis caras por noite. Seis? Eu estou sendo até generoso, mas que essa mulher me chamou atenção... Ah, chamou sim.
Sei que fazer isso seria contra as regras do meu trabalho, mas levando em conta que ela estava junto de sua amiga, que por acaso foi roubada, eu poderia, sim, vasculhar sobre quem ela era. Liguei meu computador e procurei na ficha de cada cidadão pelo nome de .
- Hum... Irina , 26 anos, solteira, e olha que coincidência, mora no mesmo quarteirão que eu... E, realmente, ela é linda demais para ser uma prostituta. O incrível é que, geralmente, em fotos 3x4 saímos mais feios do que nós somos, mas, no caso dela, caralho, essa mulher era realmente bonita. Sua boca, a imaginei num tom vermelho sangue, e flashs da noite anterior vieram à tona em minha cabeça. Encostei-me em minha cadeira e fechei os olhos, a procurando em meio às tantas lembranças...

Seus braços estavam em volta de minha nuca, enquanto seu quadril se movimentava em meu colo vagarosamente. Fechei meus olhos, soltando um suspiro, e, ao abri-los, admirei uma visão totalmente admirável. Seus olhos verdes sob as luzes da boate me encarando e sua boca faminta por um beijo se aproximando da minha. Não aguentei e sem mais delongas colei nossos lábios, pedindo passagem com minha língua para um beijo intenso.
Nosso beijo era uma mistura de fogo e desejo, não sei bem explicar. Nossas línguas se entrelaçavam em uma perfeita sincronia. Suas mãos puxavam meu cabelo de leve enquanto continuava a rebolar em meu colo, mas dessa vez com certa rapidez. Soltei um gemido baixo em meio ao beijo e levei minhas duas mãos até sua bunda, estapeando a mesma e dando um sorriso, a encarando. Seus olhos eram perfeitos, não posso negar, mas seus lábios... Eram o que mais me cativaram naquele momento. Desci meus dedos até sua intimidade e os coloquei por dentro de sua calcinha, indo de encontro a sua buceta. Ela estava molhada, do jeito que eu queria. Afastei sua calcinha e levei meu dedo até seu clitóris, começando a fazer alguns movimentos circulares. Sua mão estava em meu cacete, que porra, estava pedindo para foder aquela cadelinha ali e agora. Ela o agarrou com força e ficou passando a palma de sua mão por ali, várias e várias vezes, gemendo bem baixinho em meu ouvido ao sentir o contato de meus dedos em sua intimidade. Seu gemido era gostoso, igual ela. gemia feio uma cadelinha até que lhe penetrei dois dedos em sua buceta, e isso foi o suficiente para que ela começasse a rebolar ainda mais em minhas mãos. ‘’Tudo o que uma putinha quer’’ pensei, dando um sorriso. Seus lábios percorriam o meu pescoço enquanto eu a fodia com meus dedos. Não demorou muito para que ela desabotoasse minha calça e descesse minha cueca, liberando minha ereção. Sua mão fazia movimentos de vai e vem enquanto seus lábios trilhavam beijos molhados em meu pescoço e seus gemidos tomavam conta de meu corpo. Tirei meus dedos de dentro dela e sussurrei em seu ouvido: ‘’Agora vem a melhor parte, ser fodida por mim.’’ Dei um sorriso malicioso e a levantei, posicionando meu cacete na entrada de sua buceta, não precisei fazer nada, a putinha moveu seu quadril fazendo com que meu cacete fosse engolido pela sua buceta de uma vez só, fazendo nós dois gemermos alto e no mesmo instante. Desci minhas mãos até sua cintura e a apertei, começando a fazer movimentos de vai e vem com certa força. agarrou meu pescoço com suas mãos e começou a deslizar suas unhas com força pela mesma, me fazendo gemer ainda mais pelo prazer proporcionado. A puxei para um beijo intenso e longo. Nossos corpos estavam em perfeita sincronia. Eu não me importava que várias pessoas estivessem nos vendo, o que realmente me importava era que eu estava fodendo uma garota gostosa, e, se capaz, a mais gostosa dali. Senti seus músculos internos se contraírem em meu cacete, fazendo-me urrar de prazer enquanto minha mão percorria sua bunda, novamente a estapeando. Não demorou muito e pude sentir aquela sensação que não sentia há muito tempo se formar em meu abdômen. Agarrei seus cabelos a puxando para um beijo intenso e gozei, já sem fôlego para mais nada. me deu um selinho demorado e sussurrou em meu ouvido: ‘’Espero poder foder com você outras vezes, policial. ’’ e saiu, ajeitando sua roupa como se nada tivesse acontecido.


Era ela, eu sabia! Bati com as mãos na mesa e olhei o relógio. Marcavam uma hora: hora do meu almoço. Deixei tudo arrumado em minha sala e peguei as chaves do carro, deixando a delegacia e indo em direção ao mesmo. Como um bom policial que zela pelo respeito de todos, coloquei meu cinto de segurança e dei a partida, ligando o rádio num volume razoável. Esse horário era o pior para sair de carro, mas era o único horário que era melhor para meu almoço. O transito estava um inferno, e havia uma mulher que não parava de buzinar no carro atrás do meu. ‘’Stone, mantenha a calma’’, dizia minha consciência. Respirei fundo, vendo que a estrada estava sendo esvaziada e pisei no acelerador com toda felicidade possível, mas tudo isso foi por água a baixo quando ouvi um estrondo e meu corpo foi jogado para cima do volante, fazendo com que eu batesse com minha cabeça no mesmo.
- Filho da pu... – Levei minha mão até minha testa, gemendo de dor a esfregando, tirei o meu cinto, vendo uma mulher com os braços cruzados observando a traseira de meu carro e sai, com a mão ainda na testa, com vontade de socá-la.
- Ah, uma mulher, tinha que ser. Não serve pra dirigir nem um carro. – Falei, caminhando até a mulher e passando a mão no local do machucado.
- Quem você acha que é para ousar falar dessa maneira comigo? – Disse a loira, se virando e balançando seus cabelos.
- Eu não te devo satisfações, o que eu quero saber é quem vai pagar isso no meu carro, porque eu não vou ousar tirar um centavo do meu bolso, já que a culpa não foi minha. – Levei as mãos até o rosto, segurando para não surtar.
- Se o senhor fosse um pouco mais delicado eu até pagaria para você, mas como é um ogro, prefiro que vá se foder. – Colocou as mãos na cintura e me encarou. – Você é quem mesmo?
- Stone, policial Stone e você é... . – Tirei as mãos de meu rosto a encarando logo em seguida e pude ver suas bochechas ficarem rosadas. Seria vergonha de me ver ou o sol? Prefiro que seja o sol.
- Ah, que agradável te ver. – Disse, num tom irônico, mexendo em seu cabelo e se virando novamente. – Tantas pessoas no mundo para eu bater o carro e eu tinha que bater em um justo que o dono é um idiota, que abusa sempre de palavras grossas no seu dia-a-dia.
- Eu não sou assim, bom, não pelo menos o dia inteiro. – Bufei, cruzando os braços. – Mas o que eu posso fazer se uma garota mimada que não serve nem pra dirigir um carro bate no meu? Você queria que eu estivesse feliz, por ter ganhado um belo de um defeito em meu carro?
- Eu não sou mimada, Stone! Você é um idiota. – Aproximou-se de mim, ficando cara a cara comigo e apontou o dedo em minha cara. – Você deveria aprender a tratar as mulheres como se deve. Não é só porque você é gostoso que pode sair achando que beleza é o fundamental e que ninguém liga pra personalidade. – Mordeu seu lábio, me encarando, e se virou, rebolando e voltando para seu carro. – E, se quiser, me ligue depois, eu gosto de homens grossos como você. – Piscou entrando no carro e dando partida, deixando-me ali parado e tentando raciocinar o que acabou de acontecer.
Um dia se passou. Um dia inteiro que vivia me dizendo pra ligar para , um dia inteiro que dizia que era pra eu deixar de ser difícil e ir atrás dela, um dia que me deixou puto da vida e que resolvi ligar para ela no fim do meu expediente.
- ? – Gaguejei ao ouvi-la atender o celular. Merda!
- Stone? – Pude ouvi-la dando um riso no outro lado da linha.
- Sou eu mesmo! Então, queria saber se está fazendo algo nesse momento.
- Agora? Nada. Hoje é meu dia de folga, porque, Stone?
- Quer sair comigo? Quero conversar com você e pedir desculpas pela maneira que agi contigo. Vamos conversar, nos conhecer melhor, beber alguma coisa.
- Hum... Aceito seu convite. Vamos ao Becker? Lá tem várias bebidas ótimas e é meu bar favorito.
- Você leu minha mente, também é meu bar favorito. – Dei uma risada. - Te encontro por lá, então. – Finalizei a chamada.

xx


Sei que, provavelmente, eu estaria indo contra a regra do estabelecimento onde trabalho e, também, contra as regras criadas em minha cabeça por mim, ao estar aceitando sair com uma pessoa que conheci em meu trabalho. Você deve estar se perguntando o porquê de eu ter transado com Stone, certo? Deve achar que sou uma prostituta também, certo? Errado. , minha melhor amiga, que estava comigo na delegacia, é prostituta, mas eu? Eu só sou dançarina. E porque eu transei com Stone naquela noite? Porque eu realmente senti vontade de fazer aquilo, de poder senti-lo dentro de mim e saber como era seu gemido, e sim, foi a primeira vez que aconteceu isso comigo, em tanto tempo de trabalho.
Marcavam nove e meia em meu relógio, e eu já estava pronta. Coloquei uma camiseta que valorizada bastante meu decote e uma saia que se modelava perfeitamente em meu corpo. Perfume, maquiagem básica, bolsa e celular. Tudo pronto! E agora terei que encarar o furacão Stone, mas eu já sei como detê-lo. Ah, sei sim...
Alguns assobios, outros elogios, até cantadas baratas recebi enquanto andava pela rua até encontrar o barzinho. E encostado na porta estava Stone, fumando seu cigarro. Eu não sabia que ele fumava, mas... O deixava ainda mais sexy.
- Stone! – Andei até ele, depositando um beijo em sua bochecha.
- ! – Deu um sorriso retribuindo o beijo. – Vamos entrar?
Assenti e entramos no bar. Não era lá grande coisa, mas a bebida de lá era realmente boa, sem contar que, desde os meus dezoito anos, eu frequentava aquele estabelecimento, então, eu já era de casa. Duas, três, quatro, cinco cervejas. Risos e mais risos. Nesse tempo, pude perceber que a bebida deixa Stone um pouco mais leve, descontraído, não parece ser aquela pessoa arrogante e séria que eu havia conhecido.
– Então, . – Deu um sorriso contornando a boca da garrafa com seu dedo indicador. – Me desculpe por ter agido daquela forma com você, eu às vezes falo as coisas sem pensar e acabo fazendo merda.
– Tudo bem, Stone. Eu também agi de uma maneira errada batendo em seu carro, então, estamos quites. – Dei mais um gole em minha bebida, levando minha mão até sua coxa e a apertando devagar.
– Seja lá o que você esteja tentando fazer comigo, não vai funcionar. – Sussurrou em meu ouvido, dando o último gole em sua cerveja.
Como assim ele sabia o que eu queria fazer com ele? Por acaso ele era algum tipo de adivinha? Ele não poderia fazer isso, não comigo... Jamais!
– Como assim? – Me fiz de inocente. – Eu só estou fazendo carinho na perna do meu querido amigo que acabou de tomar várias rodadas de cerveja comigo. – Senti sua perna se mexer e ele se virar para mim, retirando minha mão de sua coxa.
– Se você quer me deixar de pau duro, vá em frente. Mas se tem uma coisa que eu já conheço e sei como lidar, é com quem tenta me excitar em lugares públicos. Já saí com várias garotas que queriam me deixar de pau duro em qualquer ocasião. Mas eu tenho uma coisa que se chama autocontrole, algo que, pelo visto, você ainda não aprendeu a ter, já que está respirando feito uma cachorrinha enquanto eu apenas estou sussurrando em seu ouvido. – Deu uma risada, afastando seu rosto do meu e me encarando com um largo sorriso no rosto.
Merda! Pensei imediatamente em uma desculpa boa para poder continuar com aquilo, mas fui interrompida por sua mão em minha coxa, a apertando com certa força.
– Se era isso que você ia fazer comigo... Você vai sentir na pele como é ser manipulada por alguém. – Sussurrou, mordendo o lóbulo de minha orelha e soltando um suspiro de propósito. Filho da... Estávamos na última mesa do bar, e lá não havia tanto iluminação assim, o que ajudou bastante nesse momento. Pegamos uma mesa longe de tudo, e de todos, estávamos apenas eu e ele, e o meu tesão exalando por cada canto de nossa mesa. Sua mão desceu até a parte interna da minha coxa, com sua outra mão subiu minha saia bem devagar deixando a mostra minha calcinha. – Vermelha? A minha cor preferida... – Mordeu o lóbulo de minha orelha e levou seu dedo até minha intimidade, o passando por cima da mesma com certa lentidão. Senti meus mamilos enrijecerem com seu contato, e puta que pariu, porque eu estava daquele jeito? Soltei um suspiro e o encarei, fingindo ainda estar no controle, quando, na verdade, minha vontade era de sentar em sua face e o fazer me foder com sua língua. Balançou a cabeça em negação, dando uma risada. – Seu rosto diz uma coisa, mas sua buceta... – Afastou minha calcinha com seu dedo indicador e tocando minha intimidade já escorregadia. – Ela não mente pra mim. – Respirei fundo, sentindo meu corpo se arrepiar por inteiro e o encarei, dessa vez com cara de pidona. Eu queria muito saber como eram as mãos deste homem em ação, e como uma telepatia, seus dedos escorregaram até o meu clitóris, fazendo-me remexer na cadeira. – Quieta, . – Ordenou, começando a fazer movimentos circulares em torno de meu clitóris enquanto me fitava, sem desviar seu olhar dos meus em nenhum momento. Aquilo tudo era... Diferente. O seu olhar parecia me penetrar de uma forma que eu nunca havia visto antes. Seus olhos verdes claro que, sob alguns feixes de luz, me encaravam com certo desejo, talvez com um pouco de tesão, mas puro desejo. Porém, havia algo a mais que eu queria descobrir o que era... Levei um choque de realidade ao senti-lo beliscar meu clitóris, o que me fez gemer baixinho, franzindo meu cenho e pedindo por mais. Seus dedos novamente começaram com os movimentos em meu clitóris, mas dessa vez com certa vontade e rapidez. Quando a questão era sexo eu demorava a gozar, mas nas mãos desse homem... Eu podia sentir meu orgasmo ir e vir várias vezes repentina. Porque isso? Seu dedo polegar pressionou meu clitóris com força, o que me fez querer rebolar em sua mão, mas havia algo que não deixava, e era o próprio Stone que colocou toda força de seu braço em minha cintura, me impedindo de me movimentar. Estava doendo, mas eu não ligava para aquilo, eu gostava de dor, ainda mais junto com prazer. Dois dedos fora o suficiente para me fazer dar um grito agudo de prazer, que fez algumas pessoas procurar de onde vinha esse som. – Você não é uma boa garota. – Disse, rindo, enquanto começava a movimentar não só seus dedos dentro de mim, mas seu dedo polegar em meu clitóris. Sensação melhor que aquela só fodendo com ele mesmo. Mordi meu lábio com força, jogando minha cabeça para trás e o pude ouvir suspirando enquanto me fodia com suas habilidosas mãos. Deixei de lado toda educação que restava em mim e comecei a gemer como se eu estivesse na cama. À medida que eu gemia, eu podia sentir a velocidade com seus dedos aumentar. – S-Stone, eu acho que... Acho que... STONE! – Soltei um urro de prazer, levando minha mão até minha boca e a mordendo, evitando mais barulho enquanto sentia minha buceta melar toda sua mão. Abri meus olhos e o encontrei com os dedos em sua boa, chupando cada gota de meu mel enquanto eu estava ali, frustrada. Pela primeira vez frustrada ao ter caído em meu próprio truque.
– Se você quiser, tenho uma lista de coisas pelo qual tenho que me desculpar, quando quiser me ouvir, ficarei muito feliz. – Deu um sorriso passando seus dedos já limpos em sua camisa e me ajudando a me recompor. – Gostei de você desde a primeira vez que te vi dançando, não se esqueça disso. – Piscou para mim, deixando o dinheiro da bebida em cima da mesa e saindo do local, como se nada tivesse acontecido.
Sim, eu achei alguém igual a mim, ou nesse caso, até pior...
E quanto mais eu tentava afastar aquele homem dos meus pensamentos, ele insistia ainda mais em me atormentar em minha própria cabeça. Sei que eu, como uma mulher independente, não deveria ousar pensar em outro homem, ainda mais de ter sido dispensada. Eu não me importo com isso, realmente não me importo, mas esse homem é capaz de me infernizar ate nos momentos que eu preciso de mais concentração. Sua boca, seus olhos verdes, seu cabelo desgrenhado, sua barba mediana, seus músculos e principalmente... O seu cacete. Tudo bem que sou uma dançarina de cabaré, mas você deve estar imaginando. Se eu danço no cabaré obviamente eu transo com vários homens, certo? Errado. Meu trabalho é só dançar, mas a partir do momento em que eu vi Stone... Ah, era a certeza de que com aquele homem eu teria que transar. Nem que ele me pagasse eu iria transar com ele. E foi o que eu fiz, transei com ele. Foi uma foda sensacional, apesar de ter sido rápida, foi boa. Eu queria repetir isso, e muito. Achei que poderíamos repetir o feito no encontro passado, mas eu fui driblada e cai na minha própria ideia: A masturbação. Fui traída pelos meus instintos. Nunca havia ficado com um homem autoritário assim como Stone. Mas eu gostei... Gostei e muito, eu queria repetir essa cena várias e várias vezes, até não aguentar e meu corpo se explodir em pedacinhos pelo ar por conta dos orgasmos que receberia, mas eu não ligaria. Eu quero isso agora, mas eu não tenho as mãos habilidosas de Stone comigo, mas tenho as minhas, que com certeza podem suprir sua ausência.
Deitei-me na cama, totalmente nua, e fechei meus olhos, respirando fundo e deixando que minha imaginação me guiasse. Estávamos em uma sala, eu deitada em uma cama amarrada desde as mãos até o pés, e lá estava ele, parado em minha frente com aquele sorriso de lado maravilhoso, que me fazia contrair minha buceta sempre que possível. Respirei fundo novamente e umedeci meus lábios com minha saliva e percorri minhas mãos ate meus seios, beliscando meus mamilos com certa intensidade, fazendo arquear minhas costas e dar um sorriso de orelha a orelha. Em minha imaginação, Stone estava brincando comigo, jogando sujo. Percorria seus dedos desde meus lábios ate a barra de minha calcinha, passando seus dedos por cima de minha intimidade. Soltei um gemido baixinho, sentindo minhas unhas beliscarem meus mamilos novamente e esfreguei minhas pernas com força. Desci minhas mãos ate minha intimidade, podendo a sentir escorregadia. "Mas já? Pelo visto a putinha se excita fácil." Eu podia ouvi-lo sussurrar em meu ouvido e a vontade de me masturbar já era maior que tudo. Não só de me masturbar, mas de tê-lo dentro de mim. Escorreguei meus dedos ate meu clitóris e o pressionei com força, sentindo meu corpo ser tomado por um pequeno espasmo. Aos poucos, deixei de lado minha imaginação e me concentrei, começando com movimentos circulares por todo meu clitóris e intensificando os movimentos. Meus mamilos estavam endurecidos, os apertei com mais força, gemendo, bem alto em meu quarto, seu nome. Em minha mente, Stone me fodia de quatro, me estapeava e puxava meus cabelos. A cada estocada em meu pensamento, era a deixa para que meus dedos se tornassem ainda mais rápidos em minha intimidade. Eu estava escorrendo de tesão, podia sentir meu dedo ser lambuzado pelo meu próprio mel, mas eu queria mais, muito mais. Penetrei dois dedos de uma vez em minha buceta e comecei a intensificar ainda mais os movimentos de vai e vem. Não demorou muito para eu estar rebolando em meus dedos enquanto gemia, quase gritava de prazer. Minhas pernas bambearam, meu suor pingava em minha cama, mas eu continuava e não queria parar. Era um tesão incontrolável, indecifrável, o efeito Stone. Tentei abrir mais minhas pernas, mas o esforço foi em vão. A cada espasmo causado pelo prazer era uma lágrima que caia de meu rosto. Tristeza? Não! O prazer era tão grande que eu estava choramingando pelo cacete de Stone. Eu gritava "Me fode, Stone! Me faz a sua puta e me arromba. " Mas era em vão, qualquer um podia me ouvir, menos quem eu queria. Não demorou muito e pude sentir a famosa sensação se formar em meu ventre, um dos melhores orgasmos da minha vida.
PS: Obrigada, Stone.

xx


Quatro dias depois, o dia mais esperado (ou até o menos esperado), o aniversário de Allison. Ela estaria completando exatamente 27 anos hoje. Estaria, usei o verbo certo. Não sei por que insisto em não parar de pensar nela. Não é fácil, isso eu já aprendi, mas conviver com isso na cabeça por anos sem ao menos fazer um mínimo de esforço pra conseguir tirá-la da cabeça, já é doentio. Eu preciso mudar minha maneira de pensar, me ocupar com outra coisa, ou com alguém diferente.
Era domingo, o dia estava amanhecendo. Havia chovido o dia inteiro, e dia pós-chuva era uma coisa que eu adorava, pelo simples fato de que não havia ninguém na rua de manhã por serem frescos por conta da chuva. Nove da manhã era a hora que eu acordava sem precisar de despertador, já que meu sono nunca era completo. Eros, meu cachorro, não passeava a dias, então decidi levá-lo para passear. Eros esteve comigo desde o momento em que Allison e eu nos casamos. Ah, já estou falando de Allison novamente. Hoje o dia vai ser longo, podem anotar.
O cachorro parecia que nunca havia saído de casa, assim que o soltei pela praia. Era isso que significava liberdade? Correr por aí sem ter medo do que poderia acontecer? Bom, vou levar isso como um conselho. Um conselho de cachorro. Parabéns, Stone. A cada dia ficando mais retardado.
Sentei-me num degrau que ali havia e fiquei observando Eros correndo feito um besta pela areia e cavando vários buracos. É, ele me daria trabalho quando chegasse em casa. Respirei fundo, passei as mãos nos cabelos e, no momento que iria assobiar para que Eros viesse até mim e voltássemos para casa, fui interrompido ao sentir uma mão em meus ombros. Virei-me, olhando para cima e vi a pessoa que eu menos esperava encontrar por ali. .
- Posso me sentar ao seu lado?
- Claro. – Falei, olhando para Eros na praia.
- É seu cachorro? É lindo! Como ele chama?
- Eros. – Disse rispidamente.
- Hum... – Levou as mãos em seus cabelos, sem graça, e me encarou. – Você... Aconteceu algo?
- Não, . Eu só... – Respirei fundo e a encarei. – Hoje é o aniversário da minha esposa. Também faríamos esse ano cinco anos de casados, mas por conta do meu trabalho... Não tenho mais ela comigo.
- Erh... Eu... Sinto muito, . – Falou baixinho, levando sua mão até meu ombro e o apertando novamente. – Sei como é tudo isso. Não fui casada, mas meu namorado, quase um companheiro, morreu assassinado. Acho que você estava na ocorrência dele. – Deu um sorriso de lado. – Ele era quem eu mais amava, depois de minha família. Mas não somos nós quem mandamos no destino, ou ele muda pra melhor, ou ele vem pra poder nos dar uma lição, para poder levarmos para a vida toda. Espero que você fique bem, ou que encontra alguém que lhe faça bem. Não digo uma pessoa que lhe faça esquecer sobre o que te aflige, mas alguém que te faça sorrir, te faça se sentir bem. Eu sei muito bem como você se sente, sei que isso é ruim, mas logo vai passar.
Eu não sei o que deu em mim, suas palavras chegaram bem no momento em que eu precisava. A única coisa que consegui fazer foi abraçá-la, mas eu queria algo a mais. Meus instintos diziam que eu deveria beijá-la, mas minha cabeça dizia que isso era perda de tempo, que eu não merecia ser feliz com ninguém, e mais uma vez segui o que minha cabeça mandou.
Aos poucos fomos nos separando do abraço, até nossos rostos ficarem centímetros de distância. Nós dois podíamos ouvir nossas próprias respirações quase iguais. Involuntariamente, meu olhar se voltou para sua boca, que estava entreaberta, seu lábios carnudos me tiravam o juízo, mas eu não podia, não agora. Talvez nunca. Vi que ela se aproximava para me beijar e virei o rosto logo em seguida, respirando fundo, fechando os olhos e assobiando para que Eros viesse ao meu encontro. Não consegui olhar para seu rosto, eu havia feito uma coisa estúpida. Perdi a chance de poder beijar uma mulher com a qual poderia, ao menos, tentar ter alguma coisa, já que minha vida era um fracasso total.
- Eu, não posso fazer isso. Desculpa. – Falei com a voz rouca e baixa, levantando-me sem olhar em seu rosto, nem se quer para me despedir. – Nos vemos outro dia, ou não.
- Tu-Tudo bem. – Gaguejou a garota, levantando-se e coçando sua nuca. – Por favor, se cuide.

...


Uma semana se passou desde o acontecimento que, na minha humilde opinião, foi a escolha mais retardada que eu já fiz na minha vida, tirando o fato de que, quando eu tinha doze anos, adotei um esquilo que se chamava Roberto, que no outro dia mesmo fugiu e eu chorei feito um bocó. Provavelmente o destino estava me punindo por ter rejeitado o beijo da garota que eu, supostamente, posso ter uma queda. Mas que merda, maldita hora que fui conhecer essa garota.
O relógio havia apitado. Era três da manhã e nada do sono fazer uma visita em meu quarto. Vamos, Stone, alguma coisa que te faça se distrair e pegar no sono. Hum, trabalho? Não, era meu dia de folga. Eros? Não, estava tudo ótimo com ele. ? Ah... , a única mulher que insistia em continuar em meus pensamentos, mesmo eu querendo que ela se afastasse de mim.
Prometi a mim mesmo que jamais ousaria a pensar em uma mulher dessa maneira, mas ela não era qualquer mulher, ela era A mulher. Seus lábios, seu seios, sua bunda, sua buceta, que, particularmente, era gulosa, e seus gemidos... Os seus gemidos eram fenomenais. Tudo estava em minha mente, lembranças que fizeram meu corpo se esquentar e pedir por mais e mais. Mas eu havia dispensado a única mulher que poderia me satisfazer da maneira que eu quisesse. Foco, Stone! Foco!
Eu tentei, tentei ao máximo não imaginar aquele rabo empinado para mim, pronto para que eu o preenchesse com meu cacete, mas foi em vão. Eu já estava duro só de fechar os olhos e me lembrar daquela cena do bar. Ela é o tipo de mulher que eu poderia passar o dia inteiro fodendo ,sem fazer uma pausa para nada. Eu não me importaria em acordar e lhe dar um ‘’Sexo de bom dia’’ ou até mesmo ‘’Sexo de café da tarde, almoço, jantar, ceia ’’. Para mim, com ela tudo se resolveria no sexo. Tirou a carteira de motorista? Sexo como comemoração. Está de férias? Sexo como comemoração. Não quer sexo? Bom, vamos fazer sexo.
Três e meia e eu não havia feito nada, meu cacete ainda continuava duro e a única opção que me restou foi essa, me masturbar pensando em . Aquela filha duma puta que insiste em ser gostosa e ficar em minha cabeça durante toda essa semana.
Passei a língua em meus lábios e respirei fundo, fechando os olhos e me concentrando na imagem que vinha em minha mente. Suas pernas totalmente abertas, ela se masturbando em minha frente, gemendo feito uma cadelinha, sem tirar os olhos dos meus. Minha respiração já estava descompassada, a cada nova cena que minha mente proporcionava eu podia sentir meu cacete pulsar em minha cueca.
Levei minhas mãos até meus cabelos, entrelaçando meus dedos nos mesmo e os puxando, soltando um suspiro baixinho. A percorri desde o meu pescoço até o meu mamilo, o beliscando devagar, sentindo uma onda arrepiante percorrer meu corpo por inteiro. Gemi involuntariamente ao beliscá-lo novamente, me contorcendo na cama com a onda de prazer que envolvia todo meu corpo. Enquanto espalmava minha mão sobre meu mamilo devagar, desci a outra pelo meu abdômen, até chegar ao meu cacete, que estava pedindo para ser liberado. Desci minha cueca, como estava desejando e levei a palma de minha mão até minha boca, a lambendo, fazendo com que a mesma ficasse totalmente babada e a levei de volta para o meu cacete enrijecido. Envolvi minha mão somente em minha glande a rodeando com força e pressionando meu dedo polegar na mesma, com força, gemendo baixinho pelo ato. Afastei bem minhas pernas, para que pudesse me proporcionar total prazer e, mais uma vez, a imagem de veio em minha cabeça. Seu rabo estava empinado para mim, sua magnífica bunda estava ali, pronta para que eu a fodessse como alguém nunca fodeu na vida. Do meu jeito.
Desci minhas mãos até minhas bolas e comecei a massageá-las devagar, soltando um suspiro baixinho, chamando pelo seu nome. Subi minhas mãos novamente até o topo meu cacete, começando com alguns movimentos para cima e para baixo devagar, podendo sentir cada centímetro de meu corpo se estremecer com o toque. Mordi meu lábio, jogando a cabeça para trás, contorcendo os dedos de meus pés. Puta que pariu! Gemi mais uma vez, sentindo minha respiração desregulada. Aumentei mais os movimentos com meu punho, o que me fez arquear minhas costas na cama e jogar minha cabeça para o lado, apertando ainda mais meus olhos, que estavam fechados, e mordendo meus lábios. Meu corpo estava sensível, eu estava sensível. Cada imaginação, cada toque, cada lembrança. Eu precisava daquela mulher, agora! Percorri mais uma vez minha mão sobre meu mamilo e o belisquei várias vezes, me fazendo gemer ainda mais enquanto continuava movimentando minha mão para cima e para baixo com certa rapidez. Cada movimento com minha mão era a resposta de dias que o tesão chegava e eu apenas ignorava. Era a resposta de que eu estava errado em relação a não ouvir o que insistia em me falar. Era a resposta de que, além de satisfazer meus desejos, aquela mulher era a mulher que eu estava procurando a muito tempo. Minha respiração pesava, eu podia sentir o orgasmo chegando, mas ele estava lento, parecia que era o destino me punindo por esperar tanto tempo para fazer isso novamente. Aumentei mais ainda o movimento com minhas mãos, arqueando minhas costas na cama e gemendo. Gemendo seu nome, a chamando para que viesse ao meu encontro, para que ficasse comigo aquela noite ou até mesmo todas as noites que restavam de sua vida. Era ela, a garota que eu estava procurando. Em meio aos meus devaneios, senti meu orgasmo vir à tona. Cheguei ao ápice chamando, gritando, clamando pelo seu nome, como nunca havia feito antes. Minha respiração estava descompassada, meu peito subida e descia várias vezes. Abri meus olhos e respirei fundo, encarando o teto e sorrindo. Desculpe-me, Allison, mas eu achei outra mulher pra chamar de minha.
Você deve estar se perguntando: Depois disso tudo é lógico que eu, Stone, corri atrás dela. Não é? Pois bem, não foi isso o que aconteceu. Eu disse que eu não tinha tempo para nada, e, pra variar, logo o setor onde trabalho foi lotado e não tive oportunidade de poder nem se quer marcar um café com , mas é claro que isso não iria ficar desse jeito. Até porque estava me atordoando, dizendo que eu estava apaixonado por ela. Apaixonado é uma palavra muito forte, vamos voltar a uns 10 anos atrás, podemos dizer que estou ‘’afim’’ de .

xx


Como um bom amigo que se preze, eu, , não podia deixar que meu amigo perdesse a chance de ter a mulher que ele ama em suas mãos. Stone nega até a morte para mim que gosta de , que não quer saber dela, que não tem tempo pra ela, mas quando se fala em seu nome... Ele é o primeiro a falar sobre ela, e se eu não o conhecesse tão bem, saberia que ele é afim da própria. É ai que eu entro no meio disso tudo, com um plano que bolei em minha cabeça. Não era um plano que eu achasse que daria cem por cento certo, mas que poderia resultar no que eu gostaria de ver... Meu melhor amigo feliz novamente.
– Noite do futebol na sua casa, hoje, às oito! E não me venha dizer que não é na sua casa, porque semana passada foi na minha e, caso você não se lembre, eu perdi uma cadeira por sua culpa. – Apontei para ele com a faca que estava em minhas mãos rindo e voltei a passar a geleia em minha torrada, vendo-o resmungar.
– Eu já pedi desculpas e te comprei uma cadeira nova, quer que eu faça mais o que, ? Pelo amor de Cristo! – Ele revira os olhos, suspirando e bebendo seu café. – Leva pelo menos a pizza, que a cerveja é por minha conta, tá bom? Às oito! Vou passar no mercado e comprar as bebidas e, por favor, não se atrase como na última vez. Obrigado, de nada. – Deixou seu copo em cima da mesa, junto com o dinheiro e deu um tapa em meu ombro, saindo da lanchonete e entrando em seu carro. Era a hora de eu colocar meu plano em ação.
A Onix, além de ser uma das casas de Stripers mais conhecidas de Bearchan, também é conhecida pelo atendimento a domicílio. Sim, eles disponibilizam dançarinas para que possam animar em casa também. ‘‘Se você não vai até o prazer, ele vem até você. ’’ Eu sei, slogan fodido, mas... O que eu posso fazer se eles lucram assim.
Em meu telefone marcavam sete e meia da noite, disquei o número que aparecia em cores rosa choque no cartão e logo uma voz que eu conhecia atendeu ao telefone e eu sorri.
– Onix, onde o nosso prazer é te satisfazer por completo. O que deseja? – Disse , num tom suave e cativante.
– Eu queria uma dançarina em casa, às oito da noite. Quais são as que estão disponíveis nesse horário?
– Bom, não temos nenhuma disponível, mas... Eu posso me sacrificar e ir até onde o senhor deseja. A propósito, me chame de . Qual o seu endereço, por gentileza?
. – Dei um riso baixinho e suspirei. – 342, Lousntank. Estarei te aguardando, . – Murmurei finalizando a chamada e jogando o celular na mesa.
Perfeito, agora é só esperar acontecer. Sabe, às vezes eu acho que Stone tem muita sorte por ter um amigo igual a mim. Não que eu esteja me achando, mas um cara lindo e de coração bom... Depois vou perguntar para ele se a tem uma irmã para me apresentar... Espero que tudo ocorra como esperado...

xx


Já eram oito e quinze em meu relógio e nada de aparecer. Porque eu sempre insisto em fazer alguma coisa com ele, sabendo que ele vive se atrasando? Ah, mas eu vou falar muito na cabeça dessa infeliz quando ele chegar. Oito e vinte e nada dele, tudo bem, eu vou ligar para ele é agora. Assim que desbloqueei a tela de meu celular, pude ouvir a campainha tocar.
, essa é a última vez que eu te chamo pra fa... – Quando abri a porta e vi quem estava em minha frente, acabei levando um susto e comecei a piscar freneticamente tentando entender que diabos era aquilo.
– Você... Pediu alguma dançarina para hoje? – Perguntou , com o rosto corado, rodando uma algema em seu dedo indicador sem parar de me encarar.
– Puta que pariu... – Murmurei baixinho, olhando-a de cima até em baixo lentamente.
Ela estava vestida com um minúsculo vestido preto, que deixava seu corpo perfeitamente moldado. Seus cabelos loiros caíam pelos seus ombros em perfeitos cachos. Seus lábios estavam da mesma cor de quando transamos pela primeira vez, e seu cheiro... Seu perfume parecia penetrar em minhas narinas. Era uma mistura doce, mas ao mesmo tempo forte. Ela estava ali, parada em minha frente, mordendo seus lábios enquanto me fitava de cima em baixo, da mesma maneira que havia feito com ela. Era hoje, a noite que eu ia fazer dela minha, mas da minha maneira.
– Sim, fui eu quem pedi. Entre... Por favor. – Dei espaço para que ela entrasse em minha casa e assim que fechei a porta, não me contive e olhei sua bunda. Ela estava sem calcinha, eu podia apostar. Mas se não estivesse, com certeza era uma das menores que ela tinha.
– Bela casa, Stone. – Murmurou a garota enquanto andava com seu salto estalando no piso da sala, debruçando-se no balcão da cozinha para ver o aquário que ali havia.
– Merda! – Pensei comigo mesmo, olhando sua bunda empinada ali, já sentindo a vontade de agarrar aquela mulher por trás e foder ela em cima daquele balcão. – Então... . Nós vamos começar com isso logo ou você quer conversar sobre peixes? – Disse num tom calmo, caminhando da sala até a cozinha, parando no batente da porta e cruzando os braços, admirando aquela visão.
– Stone. – Seus lábios proferiram meu nome de uma maneira tão calma, mas ao mesmo tempo tão manhosa, que a única coisa que consegui imaginar era o som de seus gemidos bem perto de meu ouvido. – Você é apressado, mas eu posso saciar sua vontade rapidinho. Mas você tem que se comportar. Tudo bem? – Sussurrou enquanto caminhava até mim, parando em minha frente e espalmando uma de suas mãos por cima do meu peitoral, roçando seus dedos em meu mamilo, fazendo-me soltar o ar pesado que estava prendendo e nem percebia.
– Eu vou me comportar se você se comportar. – Enlacei meus braços em sua cintura, trazendo-a para mais perto de mim, colando nossos corpos e a encarando. – Minha sala, agora. – Sussurrei em seu ouvido, mordendo o lóbulo de sua orelha lentamente e a soltando, indo em direção à sala.
Não demorou muito para que ela viesse atrás de mim, e no momento em que eu havia sentado no sofá e me acomodado, ela já estava em cima do meu colo, colocando seus braços em volta de meu pescoço e me olhando nos olhos. Seus lábios me tiravam o juízo. Era como se fosse à primeira vez, exatamente assim. Eu vidrado em seus lábios enquanto deveria estar vidrado em outras coisas mais importantes e boas de seu corpo. Não havia música, estava um silêncio do caralho em minha casa, mas logo conseguir ouvir sua respiração pesada enquanto me encarava. Não era só eu que sentia aquilo que me dei conta que sentia, pelo visto. Era meio caminho andado, agora a outra metade seria fazer dela minha ali, no meu sofá, com ela em meu colo.
Seu quadril começou a se mexer sob o meu lentamente, fazendo com que meus olhos subissem e fosse de encontro aos seus, que não paravam de me fitar em nenhum momento. À medida que seu quadril se movimentava em cima de mim, eu podia ouvir sua respiração, cada vez mais alta. Ela estava começando a ficar excitada, isso se já não estava, e porra, aquilo só me favorecia naquela situação. Percorri minhas mãos pela lateral de seu corpo e as deixei parada em sua cintura, apertando-a com certa força e ouvindo-a gemer baixinho, sem tirar seus olhos dos meus. Deslizei minhas mãos até a sua bunda e a apertei com força, cravando minhas unhas curtas por ali mesmo, levantando seu vestido para que pudesse tocar sua pele logo em seguida. Ela estava com uma calcinha de renda preta pequena, mas aquilo não era um detalhe para mim. De qualquer maneira eu iria foder ela, com ou sem calcinha. Nada ia me impedir. Os movimentos com seu quadril foram se intensificando à medida que meus dedos tocavam cada parte de seu corpo. Fitei mais uma vez seus lábios e tive a certeza que aquele momento era o momento de certo para que eu fizesse o que deveria ter feito na última vez que nos encontramos. Agarrei sua nuca de uma forma bruta, assustando-a, e colei nossos lábios num selinho demorado, logo dando início a um beijo lento, porém intenso. Aquela sensação de beijar a pessoa que você gosta, de estar aproveitando cada segundo sentindo a pessoa que você quer no seu dia a dia em seus braços, era reconfortante. Era ela! Depois de muito tempo sem saber como era me sentir daquela maneira, pude encontrar alguém que me levasse às alturas, mesmo estando com os pés no chão. Entrelacei meus dedos em seus cabelos e os puxei gentilmente, inclinando sua cabeça para o lado e deixando com que meus lábios trilhassem um caminho de beijos pelo seu pescoço, vendo sua pele se arrepiar e um suspiro sair de seus lábios. Meu cacete já estava duro, pedindo pra que fosse liberado ali e agora, mas eu queria brincar mais um pouco com ela, assim como ela quis fazer comigo. Abaixei a parte de cima de seu vestido, liberando seus seios, abocanhei um deles e agarrei o outro com minha mão. Minha língua passeava por sua auréola até ir de encontro ao seu mamilo, que já estava duro, o mordendo lentamente e o puxando. Seu gemido ecoou em minha cabeça e deu sinal no meio de minhas pernas, fazendo meu cacete latejar de tesão por aquela puta. Sua mão percorreu desde o meu peitoral até o cós de minha calça, enfiando dois de seus dedos ali e puxando minha cueca, fazendo com que a mesma estalasse contra minha pele e eu gemesse contra a sua. Nossas respirações estavam se misturando, e a cada toque ou carícia, um gemido ou um suspiro tomava conta da sala, até o momento em que não me aguentei. Suas mãos estavam no zíper de minha calça, abrindo-o devagar enquanto eu a observava atenciosamente. Gemi baixinho ao sentir o contato de sua mão quente em meu cacete completamente endurecido e louco para que pudesse senti-la. Suas mãos escorregavam lentamente por ele, enquanto fazia meu corpo inteiro se estremecer, e o calor tomar conta de cada canto que poderia ser tocado. Respirei fundo e a encarei, logo encarando suas mãos e soltando um gemido involuntário, mas que estava preso ali e queria sair. No mesmo momento, não me contive e inverti nossas posições, deitando-a no sofá. Afastei bem suas pernas e passei meu dedo por cima de sua intimidade já encharcada, balançando a cabeça com um sorriso sacana no rosto. Desci o resto de minha calça, junto de minha cueca e me posicionei em cima dela, colando nossas testas e sussurrei encarando seus olhos esverdeados.
– Agora você é minha. Eu não quero te ouvir falar nada. Só use sua boca para gemer. Entendeu? – Seus olhos me fitavam, ela queria falar alguma coisa, mas a única coisa que conseguiu fazer foi concordar, com o que eu disse.
Eu não queria que ela se manifestasse, apenas que deixasse com que eu continuasse com aquilo que eu e ela queríamos. Selei nossos lábios num beijo intenso e cheio de vontade ao ver que ela iria começar a falar, e, no mesmo momento, a penetrei com toda vontade que eu estava sentindo, gemendo junto com ela, em uma sincronia prefeita. Mordi seu lábio com força, sentindo suas unhas serem cravadas em minhas costas e comecei a me movimentar dentro dela, de uma maneira rápida e bruta. Eu não estava em um momento de ser delicado, eu queria foder aquela mulher mais que tudo naquela hora e não poderia desperdiçar essa oportunidade. Escondi meu rosto em seu pescoço enquanto investia dentro dela daquela maneira, bruta e contínua, sem parar por nenhum momento enquanto ela gemia meu nome, cada vez mais alto. Apoiei minhas mãos ao lado do sofá e abocanhei um de seus seios, o chupando como se fosse a última vez que eu a veria nesse mundo. Suas mãos subiram para os meus cabelos, onde ela entrelaçou seus dedos nos mesmos e os puxou com força, fazendo-me gemer não só pela dor, mas pelo prazer que aquilo tudo estava me proporcionando. Um urro de prazer saiu de meus lábios assim que a senti contrair as paredes internas de sua buceta em volta do meu cacete, enquanto ia cada vez mais fundo dentro dela. Do silêncio que tomava conta de minha sala, gemidos, urros de prazer, respirações ofegantes e o barulho de nossos corpos se chocando eram o que ecoavam por aquele cômodo sem cessar. A cada estocada, meu corpo se estremecia e meu orgasmo se aproximava lentamente. deu um grito clamando por meu nome e, porra, no mesmo momento pude sentir seu mel quente escorrer pelo meu cacete, facilitando ainda mais meu desempenho. Não demorou muito e meu orgasmo chegou a todo fervor. Eu iria tirar antes de gozar, mas não aguentei. Se eu fiz isso da última vez, sei que podia fazer aquilo novamente sem nenhum problema.

xx


Já haviam se passado três semanas desde o dia em que eu e Stone havíamos transado em sua casa. Nesse tempo, trocamos algumas mensagens, nos esbarramos em algum lugar, mas nada muito importante ou significativo. E com isso quero dizer, nada que pudesse somar algo na ilusão que minha mente criou para mim e para ele. Eu gostava dele. Eu gostava do seu jeito autoritário e ao mesmo tempo suave. Eu gostava do seu sorriso. Eu gostava da sua voz. Eu gostava dos seus abraços. Eu não só sentia tesão por Stone. Eu o amava. Droga, eu o amava. Eu nunca tinha associado ele a palavra amor, mas hoje eu vejo que é a palavra que mais o define dentro de mim. Amor. O problema do amor, é que ele não vem em pares. Eu sequer sabia o que passava na cabeça dele. Eu não sabia se ele gostava de mim, se só se sentia atraído por mim, eu não sabia se ele ainda era capaz de amar alguém além da Allison. , você nunca aprende, não é? Sempre se apaixonando por caras errados. O ruim é que, às vezes, os erros beijam bem. Fodem bem, também. E aí você se vê numa vontade incontrolável de errar. Era assim que eu me sentia com ele. Eu poderia estar errando ao me apaixonar por alguém como ele, mas, ironicamente, eu gostava de ser errada. Meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do meu celular, que estava bem ao meu lado na minha cama. Eu não acreditava que estava deitada na cama em plena sexta-feira à noite. Hoje era um dos dias mais agitados na Onix e eles deveriam estar precisando de mim. Mas, pela terceira vez essa semana, eu estava enjoada e com tontura demais para isso. Peguei o celular e vi que quem me ligava era .
- Oi, amiga. – Disse, enquanto ouvia a voz afetada de me perguntando o porque de eu não ter ido trabalhar de novo hoje. – Meu amor, eu só não estava me sentindo muito bem, será que você não sobrevive mesmo sem mim? – Ri ouvindo me xingar de vadia, dizendo que era preocupação e que eu era a pessoa mais ingrata do mundo. – Amiga, agora já estou bem melhor. Pode ficar tranquila. Só estou com preguiça de fazer algo pra comer. – Fiz uma careta, como se ela pudesse me ver. então me convidou para ir à sua casa, e disse que faria meu prato favorito, bacon e ovos, enquanto ela matava a saudade de mim. – Por essas coisas que eu digo que você é a melhor amiga do mundo, sua vadia. – Gargalhamos juntas. – Vou me arrumar para ir, amiga. Beijo. – Desliguei e joguei o celular, pegando minha toalha e adentrando o banheiro.

- Tenho que te dizer que odeio o fato de você demorar tanto pra se arrumar, senhorita . – abriu a porta pra mim já reclamando. Entrei e abri os braços para ela, que me abraçou forte rindo, o que me fez rir também.
- Amo quando consigo cortar suas reclamações com abraços. – Dei um tapinha na sua perna, me encaminhando para o sofá, onde me joguei em seguida.
- Deixa de ser folgada, . – Senti um tapa na minha bunda e levantei a cabeça rapidamente. – Vamos para cozinha, não vou ficar lá sozinha, né, sua lerda. – Revirou os olhos e eu estiquei minhas mãos para ela me ajudar a levantar do sofá. Ela me puxou com um pouco de esforço pelo fato de eu não estar facilitando. – Tá gorda, hein, amiga... Daqui a pouco você nem levanta mais. – Dei um empurrão em e lhe mostrei o dedo do meio enquanto andávamos pra cozinha. Assim que chegamos lá, começou a preparar a comida e eu me sentei no balcão. Ela me olhou reprovadora. odiava o fato de eu sempre sentar no balcão.
- Nunca vou aprender a sentar nas cadeiras, amiga. Desculpa. – Mandei um beijinho no ar para ela, que riu paciente.
- Amiga, eu estou realmente preocupada com você... Você faltou ao trabalho três vezes essa semana e eu sei que você não deixa de ir trabalhar por qualquer besteira. Você já foi ao médico? – Eu tentei prestar atenção no que ela falava, mas os cheiros dos ovos e do bacon ficando prontos estavam me deixando com um pouco de agonia.
- O que você disse? Não consegui prestar atenção... Foi o cheiro da comida. – Ela me olhou e arregalou os olhos, como quem estivesse acabado de descobrir algo. Mas em poucos segundos ela voltou a sua feição normal e eu decidi não perguntar o porquê daquilo.
- Quero saber se já foi no médico, . – Saltei do balcão e fui até perto dela, para ajudar a servir a comida.
- Eu estou bem... Deve ser só mal estar por conta do calor, não sei. – Dei de ombros, me sentando à mesa junto com . O cheiro da comida preencheu minhas narinas novamente e, dessa vez, o enjoo foi mais forte do que eu esperei. Levantei correndo para o banheiro, que era próximo dali, e vomitei. No mesmo instante, saltou da cadeira onde estava e foi até o banheiro correndo, segurando meus cabelos para me ajudar enquanto eu estava lá, despejando tudo o que havia comido.
- Amiga, eu não sei, mas... Você já pensou na hipótese de ser gravidez? – Ela perguntou quando eu já havia me recomposto e estava deitada em sua cama. À medida que escutei as palavras saírem de sua boca, a série de fatos que comprovavam que ela estava certa passaram pela minha mente. Eu estava com tontura, com enjoo, havia transado com o Stone e... Puta que pariu!
Entre transar com um homem maravilhoso e que eu desejava o tempo todo e lembrar de avisá-lo que não estava tomando anticoncepcional, eu tinha certeza de que, além de fazer uma das maiores burradas da minha vida, é, eu estava grávida.
- É, amiga... Levando em conta a minha cabeça fraca... Parabéns, você vai ser titia. – Sorri e nós nos abraçamos forte. Eu estava extremamente feliz pela gravidez. Eu sempre quis ser mãe, sempre quis ter a minha família. Aquilo, para mim, era um presente e eu poderia gritar isso para o mundo inteiro ouvir, se não houvesse o furacão Stone.
- O pai é o Stone, não é? – perguntou, fazendo cócegas na minha barriga. – Você vai ter um filho do cara que você ama, isso é bom demais. – Deitou do meu lado. – E não sei se devo perguntar, mas.. Como isso aconteceu? Você costuma se prevenir...
- Eu tinha parado de tomar os remédios e assim que comecei, eu ia contar a ele. Só que ele não me deixou falar, depois eu acabei não lembrando e deixei ele gozar dentro de mim mesmo assim. E, sim, amiga, é demais. Mas eu não sei se ele sequer gosta de mim... Acho que ele não vai amar mulher nenhuma como amou a Allison. Também não sei se ele queria ter um filho agora. Como que eu vou contar pra ele? Eu tenho medo dele não reagir bem... – Me encolhi um pouco na cama e se sentou novamente, deitando minha cabeça em seu colo.
- Amiga, vai dar tudo certo. Você vai conversar com ele, explicar o que aconteceu e ele vai reagir bem, sim. Vai dar tudo certo, flor. – Beijou minha testa e eu sorri. Enquanto eu tivesse a minha melhor amiga comigo, eu poderia enfrentar qualquer coisa sem medo algum. – E sobre ele gostar de você... Eu meio que tenho uma confirmação. – Soltou um risinho e eu sentei de frente pra ela, animada.
- Como assim, amiga?
- Bom, na noite que você e seu amorzinho transaram, o amigo dele foi a Onix. Ele estava parado na entrada, parecia que estava com medo de entrar. – Riu. – E como eu estava saindo, acabamos nos esbarrando. E eu me lembrei dele na delegacia. Depois de me olhar da cabeça aos pés, ele me reconheceu. E quando ele se lembrou de mim, ele ia indo embora...


Flashback.
- Hey! Você não é o amigo do Stone? Acho que não nos apresentamos direito na delegacia... – segurou em seu braço, descendo a mão por ele e sorrindo de canto.
- Já eu acho que nos apresentamos, sim. Sou um policial e você, uma prostituta. É só isso que devemos saber um do outro. – respondeu rápido, encarando os olhos da ruiva a sua frente.
- Meu nome é . Talvez você pudesse me dizer seu nome também, policial. Não vai te fazer nenhum mal, te garanto. – A mão que estava nos braços de , passou para seu ombro, descendo pelo seu peitoral.
- Talvez perder tempo aqui conversando com uma pessoa que, claramente, não quer falar com você te faça mal. Já pensou quantos homens perdeu, conversando aqui comigo? – sorriu irônico, e percebeu que a mão de havia subido para seu pescoço. colou a boca em sua orelha e soltou uma risada baixa.
- Eu pensei que poderia ganhar um homem conversando com você, mas pelo que estou percebendo, você não é muito de atitudes. Mal consegue dizer seu nome... – beijou levemente o pescoço de e logo sentiu uma mão apertar sua cintura e a outra agarrar sua nuca. O beijo que lhe deu não era esperado pela garota, que soltou um pequeno gemido pela surpresa. chupava a língua de , que mordia os lábios dele sempre que podia. Suas mãos subiam e desciam pelas costas dele, enquanto a mão dele não se decidia entre a cintura e as coxas de dela. a empurrou até que o corpo dela encostasse-se à parede que havia próximo a eles, quebrando o beijo em seguida.
- . , muito prazer. – Disse sussurrado no ouvido de antes de virar as costas para ir embora.
- Quando te vejo de novo, ? – falou entre seus ofegos, sorrindo.
- Nunca mais. Já tenho um amigo apaixonadinho por sua amiga. Não preciso manter qualquer tipo de relação com você. – Murmurou enquanto caminhava, como se nada houvesse acontecido.
Fim de flashback.


- NOSSA, , VOCÊ PEGOU O AMIGO DO STONE E NÃO ME CONTOU. – Gritei e ela riu. – Bem que eu te falei quando a gente saiu da delegacia que você tinha olhado demais para ele. EU FALEI!
- Ai, amiga, eu não contei porque não queria que você ficasse me zoando... Sabia que você iria se lembrar disso que você acabou de falar. Mas, enfim, foco na última parte. Ele disse que o amigo dele estava apaixonadinho por você. – cutucou minha barriga, sorrindo, e eu sorri junto. Eu agora tinha uma esperança. E era aquela esperança que ia me acompanhar na hora de contar a Stone que nós dois vamos ser pais.


xx


disse que precisava falar comigo pessoalmente. Achei isso um motivo estranho, já que sempre conversávamos por telefone ou até mesmo por mensagens, mas, também, vindo dela, foi uma ideia ótima, já que eu poderia por um fim no que estava me sufocando há semanas: Eu estar amando ela. Isso mesmo que você acabou de ler, AMOR... Algo que eu achei que nunca mais iria sentir, desfrutar, ter o prazer de saber que existe alguém com que posso compartilhar tudo o que eu sinto, mas... Será que ela gosta de mim? Bom... Que eu sou azarado, com certeza eu já deixei bem claro, mas eu sei que não sou só eu que me sinto assim, tenho quase certeza e eu vou descobrir isso!
Estávamos sentados no sofá de minha casa. Não parecíamos um casal normal, éramos mais... Dois adolescentes que ficavam um metro de distância no sofá, quando se era permitido namoros em casa. Eu queria rir, mas ao mesmo tempo queria a encher de beijos e a trazer para perto de mim. Passar um dia só deitado com ela em meu colo, mas havia algo em seu rosto... Algo que me deixou preocupado com sua expressão.
... Eu preciso te contar uma coisa. – Murmurou , enquanto me olhava, passando as mãos sob suas coxas, que me tiravam o juízo que ainda me restava.
– Pode me contar. Tá tudo bem com você? Eu também tenho algo pra te contar. – Sussurrei, aproximando-me dela e colocando minhas mãos sobre as dela, acariciando as costas de sua mão, olhando-a nos olhos e respirando todo o ar que meus pulmões suportavam e resolvi acabar com isso de uma vez por todas. – ... Eu nunca fui um fã de declarações, ou expor tudo o que eu sentia para alguém, mas... O que eu sinto em relação a você é uma coisa que, querendo ou não, eu não consigo esconder de ninguém. Sobre o meu passado, desde o fato que me deixou devastado por meses, talvez anos, eu nunca acreditei que poderia ter tudo aquilo de novo, ter a sorte de encontrar alguém, sentir algo por alguém, até que você apareceu. É incrível a forma como você sempre consegue arrancar um sorriso de mim. E, para falar a verdade, tem sido angustiante tentar não demonstrar tudo o que eu sinto. De longe ouço meus pensamentos escondidos. Por um segundo, me pergunto se estou mesmo ali, vivendo aquilo tudo. Então, eu abro os olhos e me recordo de cada momento ao seu lado, sentindo cada milímetro da sua pele... Então percebo que é mesmo verdade. Colocar meus olhos em você me faz sentir seguro em relação a tudo isso. São os sentimentos que não nos deixam desistir, apesar de toda dor que isso possa nos trazer. É você… Apenas você, somente você que eu quero. Se não for você, eu não quero mais ninguém. Porque é você que me faz feliz, é você o motivo de eu acordar alegre todos os dias, mesmo que eu apareça sempre com um cara fechada, é você que fica nos meus pensamentos 24 horas, é com você que eu quero passar dias, semanas, meses, talvez até anos. Me desculpe falar tudo assim, de uma vez só... Mas é que... Eu te amo. Só isso. Ou tudo isso. E é essa minha resposta quando você me pergunta por que eu ainda continuo te querendo aqui. É simples, sem enrolação, sem respostas complexas e filosóficas: só, te amo. E te amar já basta. E te amar me revigora e me dá forças para aguentar o resto e estar disposto a continuar o que nós estamos tendo... – Terminei de falar num suspiro seguido de um sorriso largo, como se tivesse fechado um dos casos mais difíceis do meu trabalho.
Os olhos de estavam brilhando pelo tanto de lágrimas acumuladas, até que ela enfim piscou e o furacão veio em minha direção e se jogou em meus braços, enchendo-me de beijos misturados com suas lágrimas e suas risadas de felicidade.
– Eu também te amo, muito! Mais do que deveria... Eu não sei por que, ou quando isso aconteceu, mas... Eu sei que te amo e isso já não cabe em mim, mas... Eu preciso contar uma coisa a você. – Se afastou, limpando suas lágrimas e segurando minhas mãos. – Você se lembra da última vez que transamos... Aqui... Nesse sofá? – Balancei a cabeça, informando que sim, para que ela prosseguisse. – Bem... Digamos que nesse período... Alguém, que no caso é você, colocou uma sementinha dentro de mim, que se encontrou com a minha sementinha, e que deu origem a um inho ou até mesmo uma zinha, que está aqui dentro... – Levou minhas mãos até seu ventre, sorrindo em meio às lágrimas, que insistiam em cair em seu rosto. – Faz um mês exatamente hoje. – Levou suas mãos até seu rosto o escondendo, esperando minha resposta.
Meu coração parecia que havia parado por alguns minutos, até eu ter a certeza de que o que ela havia acabado de dizer era realmente verdade. Abri a boca duas ou três vezes, mas nada saia, a não ser o silêncio da minha perda repentina da voz. Eu ainda estava tentando assimilar tudo o que havia acabado de ouvir. Uma declaração e... Eu vou ser pai! Desde moleque ser pai era algo que eu via como um desejo, algo que eu queria muito, e, ter um filho com a mulher que eu estava apaixonado era... Fantástico! Não ligo se não foi planejado, pouco me importa se não somos casados, mas... Um filho! Uma oportunidade de construir uma família, ter mais alguém para cuidar, acompanhar passo a passo da gestação de uma criança que vou amar, sem ao menos saber como ela vai ser, por nove meses!
– Eu... Você... Grávida... B-Bebê? – Gaguejei, conseguindo falar pelo menos algo depois de alguns minutos. – Você esta grávida? Um mês? ! Porque não me disse isso antes? Como você está? Você está bem? Tem comido tudo certinho? Quando sua barriga vai crescer? Você já comeu? Quer beber alguma coisa? Quem mais sabe disso? Você tem ido ao médico? Já fez ultrassom? Eu quero saber de tudo. Como anda sua saúde? Como você anda? – Despejei um monte de perguntas, uma atrás da outra, enquanto ela ria de mim e de novo, eu me senti como se tivesse dezessete anos novamente.
! Respira! Você tá surtando mais que eu quando descobri. Eu fiquei com medo de você não reagir bem. Sim, eu estou bem. Tenho comido tudo direitinho. Daqui a um mês você vai me ver barrigudinha. Eu não estou com fome, eu comi tudo direitinho antes de vir até aqui. sabe disso. Sim, eu fui ao médio. Ainda não fiz ultrassom porque estava esperando por você... Minha saúde está impecável. E eu ando com as pernas, obrigada. – Senti seu apertão em meu nariz e suspirei, rindo dela e a puxando para um abraço apertado.
– Antes que você me pergunte, nós vamos cuidar dessa criança. Nosso filho... E eu tenho um presente para você no meu quarto. – Levantei-me do sofá e a peguei no colo, lhe dando um selinho e nos direcionando para meu quarto, que, se ela quisesse, poderia ser nosso quarto a partir de hoje...
– Pronto! Não sai daqui. – A sentei em minha cama e ajeitei meus cabelos, encarando-a, e logo fui até o closet, procurando pela caixinha preta que havia guardado e a peguei voltando para o quarto com ela escondida nas costas. – Se a senhorita me permite. – Murmurei baixinho, sentando-me ao seu lado na cama e pegando em sua mão, abrindo a caixinha com o anel exposto.

Sei que nosso caminho ainda é curto, mais estou atendendo aos apelos do meu coração, e escolhendo estas palavras para declarar o que sinto. A cada momento em que nos encontramos, descobrimos sensações que nos embriagam e nos deixam a mercê dos nossos desejos, sejam eles carnais ou não. A suavidade rege nossas vontades e um beijo sela o que antes era somente um sonho. Nosso encontro foi casual, mas o que está acontecendo é pra valer e é sincero, e, com certeza, não será apenas um divertimento banal.
Vejo em seus olhos que é muito mais. É uma vontade de construir um caminho e buscar a dois, ou agora, a três, uma felicidade que se esconde em algum lugar. Não quero me esconder dos sentimentos que vieram ao nosso encontro. Não desejo negar que você está se transformando em uma pessoa muito importante na minha vida. É assim, para mim, que as coisas acontecem: devagar e sem pressa, permitindo que as descobertas sejam o ideal a ser seguido, que possamos ser felizes juntos. E a minha pergunta é simples: Você aceita ser feliz comigo?


E, mais uma vez, seu rosto foi tomado por suas lágrimas e um sorriso largamente lindo, do jeito que eu amava. Eu não sabia o porquê dela estar chorando... Acho que eram seus hormônios, mas tudo o que eu queria que ela dissesse chegou aos meus ouvidos, como se um coro angelical estivesse ao nosso redor, celebrando o nosso momento de maior felicidade... Ela aceitou. Um sim que me fez querer gritar para minha vizinhança inteira que eu havia conseguido a garota que eu amava. O sim que, definitivamente, oficializava nosso namoro, nosso relacionamento, nosso início de uma jornada que se estenderia por mais meses e meses, talvez anos e, se possível, a eternidade.
Após estarmos com nossas mãos vestidas com nossas alianças, a puxei para meus braços e toquei seus lábios com os meus, beijando-a e matando a saudade daqueles lábios, que faziam com que, por alguns minutos, eu me esquecesse de todos os meus problemas. Nosso beijo era lento, mas, ao mesmo tempo, intenso. Não dispensávamos chupões e nem mordidas. Suas mãos estavam em minha nuca, enquanto as minhas desciam pelas curvas de seu corpo, até chegar a sua bunda, onde num pulo, lhe agarrei com as duas mãos e a subi para mais em cima da cama e me deitei por cima dela. Eu não sei, mas seus seios pareciam maiores do que já eram, acho que isso fazia parte da gravidez, e para mim... Aquilo era uma ótima visão. Ela estava sem sutiã, o que facilitava muito mais o meu trabalho naquele momento. Deslizei uma de minhas mãos por dentro de sua camiseta, roçando meu dedo polegar em seu mamilo já enrijecido, e pude ouvir aquele som gostoso que saia de sua boca, que insistia em fazer com que cada parte do meu corpo se arrepiasse, seu gemido, que tomava conta de mim por inteiro. Deslizei minha outra mão livre para dentro de seu short e encontrei sua buceta toda molhada e, porra... Minha vontade era de encontrá-la assim todos os dias, e em qualquer situação possível.
... Eu preciso de você... Dentro de mim, com força. Agora! – Arfou , enquanto eu percorria meus dedos por sua bucetinha inchada.
– Se você continuar falando assim comigo, é capaz de eu gozar antes de você, meu anjo.
– Não tem problema, eu dou um jeito nisso depois. Sei que você gosta, posso te fazer ficar duro em poucos minutos, só... Me fode do jeito que você sabe. Esses dias longe de você... Eu sempre acordava no meio da noite encharcada, ofegante, cheia de tesão, por sua culpa. Porque sonhava que você me fodia forte e bruto... Por favor. – Choramingou, enquanto meus dedos se deslizaram para dentro dela e seu gemido tomou conta do silêncio que havia em meu quarto.
– Nos teus sonhos eu te fodia com força, anjo? Bom, agora estou aqui para realizar essa sua vontade... – Murmurei, estimulando seu clitóris com meu dedo polegar, a vendo se contorcer em baixo de minha mão. – Quietinha, se não te deixo na mão. – Rosnei, retirando meus dedos de dentro dela e a despindo totalmente, fazendo o mesmo em seguida.
Agarrei seus quadris e a penetrei com força, numa estocada única, segurando para que não gozasse naquele momento. O grito de prazer de que ecoou pelo quarto só fez com que eu me enlouquecesse ainda mais e, por um minuto, quase me esqueci que a prioridade não era eu, e sim ela. Comecei a movimentar meu quadril na medida em que conseguia me acostumar com o pensamento de ‘’Esqueça seu quase orgasmo e dê o orgasmo a sua garota’’ e fui interrompido por implorando para mim.
– Mais forte! – Gemeu e eu tive a certeza que, se eu não fosse um cara experiente, certamente teria gozado ali e agora.
Meus quadris se movimentavam freneticamente, num misto de estocadas fundas, rápidas e intensas. Ela estava mais apertada do que já era, e porra, meu cacete latejava de tesão enquanto estávamos nós dois ali, nos completando, como se fosse a primeira vez que transávamos. Minha respiração ia sumindo e cada vez mais seus gemidos tomavam conta do local. Seus lábios tomaram conta do meu com uma fome e vontade indescritíveis, seu gemidos, em meio aos meus lábios, só faziam com que o que estava acontecendo mais pra baixo se tornasse intenso. Sua buceta se contraiu em meio as minhas estocadas e senti aquela sensação gostosa tomar conta não só de mim, mas dela também. Não precisávamos mais de camisinha, não precisávamos de mais nada, apenas entramos em combustão no mesmo instante e gozamos. Se todas as grávidas fossem assim... Espero que nesses primeiros meses eu ainda aguente esse furacão na cama.

xx


Três meses se passaram desde o nosso pedido de namoro... O sexo depois de pedidos e declarações, que me fizeram chorar igual uma besta. Eu passei a ficar na casa de , já que ele não me deixava voltar parar minha casa nem que a vaca tussa. Nós meio que juntamos nossas trouxas, até porque, em minha casa eu já era uma turista. Acredite ou não, com todo esse hormônio da gravidez, meu querido namorado fodedor e antipático, reclamou sobre meus sonhos. Isso mesmo. O que para ele deveria ser uma benção, pairou o mau humor sobre seus ombros e um dia... BUM... Deu um show, mas logo em seguida, como o velho e bom jeito Stone de ser, fez seu trabalho da melhor maneira possível, me comendo na cozinha mesmo, bem na hora do almoço.
Eu não aguentava mais me remexer na cama, minhas pernas já estavam a ponto de saírem faíscas, pelo tanto que já estava as esfregando. Minha calcinha encharcada. Meus seios sensíveis mais do que o normal e meus sonhos não me ajudavam em nada. Sei que era madrugada e que odeia que o acordem nesse horário, mas... Eu precisava que ele me comesse. Nem que fosse pela última vez.
...Acorda, bebê... – Sussurrei em seu ouvido enquanto passava a língua descendo até seu pescoço, dando um beijo molhado por ali. – Por favor...
– Hum, o que é? – Murmurou sem se mexer, puxando o lençol para mais perto dele. – Que horas são? – Se virou para o meu lado, ainda de olhos fechados.
– Duas e meia. – Sussurrei baixinho, com um pingo de vergonha por estar o acordando a essa hora. – Vamos... Eu preciso de você, agora. – Desci uma de minhas mãos por dentro do lençol, alcançando a barra de sua cueca e enfiei minha mão, no mesmo momento agarrando seu cacete e começando a movimentar minha mão lentamente. – Por favor... – Mordi seu lábio inferior.
–Hum...Isso é sério? – Disse baixo e consegui ouvir um suspiro sair de sua boca e seu corpo corresponder com seus estímulos. – Quatro meses, ... Insaciável.
– Não sou eu quem mando no meu corpo, amor. Vem... Minha buceta quer você dentro de mim. Eu estou louca por você... No meu sonho, você deixava eu cavalgar em seu colo com vontade. Eu quero foder com você até às cinco da manhã e, se você me disser que não vai fazer nada. eu saio agora e procuro alguém para me foder em meio a essa escuridão. É pegar ou largar, garotão.
– Primeiro: Quando sua buceta não está pulsando por mim? Segundo: Só por cima do meu cadáver que você vai deixar que alguém encoste em minha mulher, e, em terceiro: Eu posso foder com você até o sol aparecer, gostosa. – Abriu seus olhos, encarando-me e me puxou para um beijo intenso e rápido. tirando o lençol que nos cobria e me observando de cima em baixo, já que estava dormindo somente de calcinha.
– Você gostou? É tudo seu... – Sussurrei. tirando a mão de dentro de sua cueca e sentando bem em cima de sua ereção, quase completamente ereta.
– Sei que vou ser meio ogro com esse meu comentário, mas seus seios estão crescendo a cada vez mais e... Isso me deixa com um puta tesão. – Sorriu em meio à confissão antes de abocanhar um deles e deixar com que sua língua, com aquela maestria, me fizesse estremecer em seu colo.
Eu não sei se isso era possível, mas eles ficavam cada vez mais sensíveis e a cada toque meu clitóris latejava. Era como se houvesse um fio que os conectasse e, a cada momento, meu corpo parecia que ia explodir com o tanto de tesão que se acumulava naquele ponto. No mesmo instante, me levantei e tirei minha calcinha, me ajoelhando em sua frente e retirando sua cueca, liberando seu cacete totalmente duro e pronto para que me satisfizesse da maneira que eu estava querendo. Seus olhos estavam fixos em casa movimento que eu fazia. Montei no seu quadril e deslizei seu cacete para dentro de mim, até que eu estivesse totalmente cheia dele, pude ouvir seu gemido estridente ao estar totalmente dentro de mim.
– Caralho, ... Você ficou mais apertada do que já era. – Gemeu entre os dentes, tentando controlar seus gemidos, mas sem sucesso, enquanto eu começava a cavalgar em seu colo.
Eu estava fora de mim naquele momento. Espalmei minhas mãos em seu peitoral e comecei a cavalgar em seu cacete de uma maneira rápida, constante e forte. Meus gemidos eram descomunais e os gemidos de Stone nem se falavam. Eu senti que a qualquer momento ele iria gozar e eu já estava chegando bem perto de meu orgasmo, mas eu queria mais, queria muito mais do que aquilo.
– Eu estou mais sensível. – Murmurei, já com o fio de voz que me restava e, como numa telepatia, agarrou meu quadril e começou a movimentar o seu freneticamente, sem ligar se aquilo nos faria gozar ou não. Levei minhas mãos até meus seios e comecei a beliscá-los com força, sentindo a corrente de prazer que percorria meu corpo e ouvindo o barulho de nossos corpos, que se chocavam em meio ao silêncio da madrugada. Em poucos minutos, senti o prazer crescer em meu ventre, e me entreguei ao orgasmo, logo podendo ver se entregar junto de mim e deixando com que eu caísse em cima dele, o abraçando. Ficamos ali, os dois num silêncio que só era cortado por nossos suspiros. Minha buceta se contraia, como se meu corpo ainda estivesse recebendo seus estímulos e, cada vez que isso acontecia, gemia.
Eu estava tonta. Estava tentando me recuperar de um orgasmo fenomenal, mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa, me virou, ficando por cima, enquanto saia lentamente de dentro de mim.
– Agora, eu quero que você goze na minha boca. Ultimamente ando sentindo saudades do seu gosto. – Sussurrou, enquanto trilhava vários beijos por meu pescoço.
Seus lábios foram de encontro aos meus seios e, mais uma vez, meu corpo parecia que iria entrar em curto circuito com a onda de prazer que me percorreu, e chegou num arranque em meu clitóris. Não havia nem meia hora que eu havia gozado e meu corpo correspondia a cada toque dele, fazendo com que minha buceta voltasse a ficar do jeito que ele gostava: inchada e molhada por ele. Somente por ele. O único homem que me fazia se sentir assim, dessa maneira. O observei enquanto ele abria minhas pernas com delicadeza e, aos poucos, descia os beijos até lá. Sua língua foi de encontro ao meu clitóris e eu gemi com seu contato. Sua língua percorreu desde minha entrada até meu clitóris novamente. Sua mão tomou conta de minha buceta, onde com seus dedos, ele abriu não só meus grandes lábios, mas meus pequenos lábios também, e com sua língua tomou conta de toda extensão de minha buceta, a chupando com vontade, me fazendo contorcer na cama e gemer por seu nome cada vez mais alto. Ele deslizou seu dedo médio para dentro de mim, enquanto continuava colocando suas habilidades a mostra com sua majestosa língua. Meus dedos estavam enroscados em seus cabelos e pressionando sua cabeça contra minha intimidade, incentivando para que ele continuasse todo aquele trabalho. Eu estava perto, muito perto... Esse homem faminto, bruto, mas ao mesmo tempo irresistível e um amor de pessoa, era meu. Somente meu. Gritando seu nome mais uma vez, me deixei levar pelo orgasmo e gozei mais uma vez, melando seus dedos. A visão que tive de Stone ajoelhado na cama, lambendo seus dedos sujos de meu mel... Não... Isso não poderia fazer com que eu estivesse excitada ainda.
– Eu já falei que eu amo o seu gosto? Você é toda gostosa. – Murmurou, enquanto passava os dedos na própria boca e se posicionava no meio de minhas pernas. – O último. Temos meia hora até as quatro. – Piscou descaradamente para mim, enquanto se enterrava mais um vez dentro de mim, mas de uma forma lenta, gemendo baixinho e se controlando para que não fizesse tanto barulho.
– Você apertada desse jeito... Eu não aguento por muito tempo. – Sussurrou rouco, começando a se movimentar lentamente dentro de mim, enquanto agarrava meus cabelos com uma das mãos e invadia minha boca com a sua, começando um beijo lento e intenso.
Nós nunca havíamos tentado algo lento e calmo, mas dessa vez... Tudo pareceu se encaixar e, para ser sincera? Eu, que nunca havia visto Stone ser tão cauteloso, percebi que, por trás daquele homem bruto, também existe alguém carinhoso.
Nossos lábios estavam em perfeita sincronia enquanto eu deslizava minhas mãos por suas costas e o sentia estremecer a cada movimento, alguns gemidos escaparem em meio ao nosso beijo. Eu sei que, se eu pedisse para que ele fosse mais rápido, ele gozaria antes de mim, e como ele é egoísta, sei que meu prazer vem em primeiro lugar.
– Devagar, amor. Eu gosto assim. – Sussurrei em seu ouvido e depositei um beijo em sua orelha, enquanto ele afundava seu rosto em meu pescoço e soltava um gemido abafado.
– Eu sei, mas é que você... É difícil controlar. Você me tira o juízo. Você é gostosa pra caralho, sabe disso. Mas transar com você assim, apertadinha... É um desafio pra mim. – Riu baixinho, beijando meu pescoço e começou a se movimentar um pouco mais rápido do que estava.
Aos poucos, meu corpo respondeu aos seus movimentos e, mais uma vez, o orgasmo se formava em meu ventre. Suas estocadas estavam na medida certa. Nem muito lento e nem muito rápido. Cravei minhas unhas em suas costas e me deixei levar, já exausta, gemendo seu nome enquanto chegava ao ápice, o ouvindo fazer o mesmo e logo se relaxar ao meu lado.
– Quatro e dez. Deveríamos ser mais pontuais. – Riu baixinho, nos cobrindo e se virou, abraçando-me por trás e beijando minha nuca. – Eu espero que você tenha esse fogo depois que tiver nosso filho, porque se não tiver... Se prepare para ficar grávida por vários anos. – Brincou enquanto fazia carinho em meus braços e ri junto a ele em resposta, adormecendo logo em seguida, sem perceber.

xx


Entrelacei meus dedos nos de , enquanto a observava folhear uma revista sobre bebês. Sei que meu sonho sempre foi ser pai, mas só depois de quatro meses que a ficha começou a cair para mim, de que eu iria ser pai e, querendo ou não, isso me assustava um pouco. Essa realidade era um pouco intimidadora. Seus seios grandes, o sexo inesperado no meio da noite e o aumento sutil do quadril de eram coisas de outro mundo.
.
A enfermeira chamou seu nome e eu a encarei com um sorriso, vendo-a fazer o mesmo e apertei sua mão, me levantando junto dela.
– Somos nós. – Sorriu de canto a canto enquanto caminhava em minha frente.
Sua barriga estava começando a aparecer. Eu estava animado, esperava que o bebê não estivesse tão pequeno desde a primeira vez que eu vi, e por sorte, a enfermeira me assegurou que conseguiríamos ver o bebê. A ideia de que ele tinha braços e perna, às vezes me parecia estranha...
– Aqui, senhorita. – Disse a enfermeira assim que entramos na sala. – Tire sua roupa e vista uma camisola. O doutor Scott já está chegando e ele fará um exame vaginal hoje também.
Eu ainda não havia me acostumado com o fato de que ela teria que ficar nua para um homem em uma salinha e, ainda por cima, abrir as pernas para que ele a examinasse. Tudo bem... Eu consigo passar por essa crise de ciúmes. É só um médico, não um maníaco.
A enfermeira indicou a cama para que pudesse se deitar e a vi saindo da salinha pequena de vestuário que ali havia coberta pela camisola. Respirei fundo e tentei espantar qualquer tipo de pensamento impróprio para aquele momento. Não demorou muito para que Dr. Scott se juntasse a nós, naquele momento que estava me deixando meio aflito. Segurei a mão de enquanto a enfermeira espalhava um pouco do gel transparente em sua barriga.
– Vão querer saber o sexo do bebê?
– Sim, nós vamos. – respondeu antes mesmo que eu pudesse encher meus pulmões com o ar para responder a pergunta.
Logo o médico começou a passar o aparelho por cima de sua barriga e um barulho ecoou em meus ouvidos, um barulho rápido. Era o coração do bebê. O coração do meu filho, ou da minha filha. Meu coração estava quase pulando para fora de minha boca à medida que ele movimentava o aparelho, até ver a imagem... A imagem daquela criança. Um pontinho que se transformou num serzinho pequenininho.
– Ai está ela. – Apontou o médico para a tela e, de repente, minhas pernas bambearam e minha respiração foi para as cucuias.
– Uma menina? – Murmurou , não conseguindo esconder seu sorriso largo e encantador.
– Definitivamente. É uma garotinha! – Respondeu o médico, com um sorriso um tanto quando maior que o nosso.
Nós íamos ter uma garotinha. Era a minha garotinha. A nossa garotinha... Ai meu caralho.


xx


Eram 09:00 da manhã e eu despertava lentamente. Stone havia aberto as janelas do nosso quarto e a claridade me forçava a acordar. Quando eu ia levantando, eu senti um peso sobre meu corpo, me fazendo deitar novamente.
- Bom dia, mamãe! – Minha pequena Maggie estava agarrada em mim e me dava beijinhos na bochecha. Seus cachos loiros se espalhavam pelo meu colo e eu encarei seus olhos verdes e brilhantes. A minha filha parecia um anjo. E eu era uma mãe muito bobona.
- Bom dia, meu anjinho! Dormiu bem? – Beijei sua testa e nós duas sentamos na cama. E, enquanto ela dizia que tinha dormido muito bem e sonhado que estava num parque de diversões, eu olhei rapidamente para o seu pai, que estava encostado na porta nos olhando. Sem camisa. De bermuda. Com o cabelo bagunçado. Sorrindo para mim. Porra, eu me apaixonava por aquele homem todas as manhãs, como se fosse a primeira vez. Mandei um beijo no ar para ele e ele mandou de volta.
- Mamãe, eu sei que o papai é lindo, mas você precisa prestar atenção na história do meu sonho. – Fez uma carinha emburrada e eu ri, a puxando para os meus braços e fazendo cócegas em sua barriga. Sua gargalhada ecoava no quarto e eu poderia passar minha vida escutando aquele som sem reclamar.
- Seu pai é realmente lindo, você tinha que puxar essa beleza toda de alguém, mocinha. – Ajeitei seus cabelos atrás da orelha e ela sorriu, antes de me questionar, como sempre. Maggie tinha 7 anos, mas já tinha boa parte de suas opiniões, e isso me deixava feliz e preocupada.
- Você também é linda, mamãe. Na verdade, eu acho que eu sou mais bonita por sua causa mesmo. – Olhou para trás, chamando o pai para a conversa com os olhos.
- Você é linda e sempre será a mais linda de todas, meu amor. – disse ao fundo e eu sorri. Eu precisava de mais alguma coisa nessa vida? Com toda certeza, não.
- Vocês são as coisas mais maravilhosas desse mundo. – Abracei Maggie com força e veio até nós duas, dando um beijo na minha testa antes de tomá-la dos meus braços. – Ei, me devolve. – Fiz bico e ela riu, enquanto passava os dedos pequenos pelos músculos do braço do pai.
- Amo os braços do papai. Pelo menos eles não me derrubam, né, mamãe? – Me olhou desaprovadora e eu escondi o rosto entre as mãos, lembrando-me da vez em que a derrubei sem querer, quando ela tinha seis anos.
- Meu amor, você sabe que foi sem querer.. Não me faça me sentir mal. – Eu falei manhosa e ela riu.
- Estava brincando, mamãe, não me importo mais com isso. Eu e você podemos ser fraquinhas, porque temos o papai pra defender a gente. – Deitou a cabeça no ombro de Stone.
- Sim, Maggie. Vou proteger vocês de tudo, para sempre. As mulheres da minha vida. – rodou Mag em seus braços e eu não podia estar mais satisfeita. Eu queria acordar desse jeito por muito e muito tempo. Com minha filha e meu marido. Dando e recebendo o amor mais puro do mundo. – Agora, vamos deixar sua mãe tomar um banho e ficar bem linda pra gente ir ao parque? – Mag deu gritinhos, e eu e Stone ficamos rindo igual dois bobos.
- Obrigado, papai! Eu vou nos brinquedos que fui no meu sonho, vai ser demais! – colocou-a no chão e disse para ir para sala, esperá-lo para brincar até eu ficar pronta e a pequena garotinha correu.
- Vem aqui, meu amor. – O chamei para cama e ele hesitou antes de deitar ao meu lado. – Eu amo você. – Ele disse que também me amava e eu virei por cima dele, o beijando. Era um beijo calmo, de início, mas éramos eu e o Stone. As coisas nunca continuavam na calmaria. Stone já havia ficado por cima de mim e suas mãos já subiam minha camisa quando eu decidi pará-lo, com muito esforço.
- Você não deveria fazer isso comigo, . – Beijou meu pescoço e eu me arrepiei. – Mas sei que você está me parando por uma causa justa. Vou lá brincar com a Mag, não demora, meu anjo. – Seus lábios tocaram minha testa e eu o observei até ele sumir pela porta. Levantei e segui para o banheiro.
Quando cheguei a sala, tive uma crise de riso. De todas as cenas do mundo, a que eu menos esperava ver era essa. Stone estava no meio da sala brincando com a Mag. Até aí tudo bem. Mas ele estava com asinhas rosa nas costas. Cheias de glitter e de penas. O policial Stone era uma fadinha. O que os filhos não fazem com alguém. Maggie cantava uma música que eu julgava ser de algum filme da Disney e dançava, todo desajeitado, só pra fazê-la rir. Eu fiquei encostada na parede, de longe, só observando os dois ali. Eu não acreditava muito nos poderes e nos prazeres de ser mãe. Eu sempre quis muito ter filhos, mas ainda assim desconfiava de toda a maravilha por trás disso. E agora eu vivia essa maravilha. A minha filha era linda, saudável e educada. Eu tinha um marido maravilhoso, atencioso e que eu amava mais que tudo na minha vida. Eu agora conhecia toda a plenitude da palavra "felicidade". Ser feliz é isso. Ser feliz é estar onde se deve estar, com quem se deve estar e se sentindo a pessoa mais valiosa do mundo. Esses dois me faziam sentir como uma mulher de ouro. E se era isso que eles precisavam que eu fosse, eu poderia me tornar até a mulher maravilha. Os dias eram a minha vida em forma de gente, e eu não poderia amar mais a vida que eu tenho. Os dois vieram correndo em minha direção, interrompendo meus pensamentos. Começaram a me rodear, cantando outra música que eu não fazia ideia de onde era. Eram tantas que eu estava ficando louca. Eu fingi que cantava e nós brincamos os três juntos por alguns minutos, antes de nos recompormos para ir para o parque com Mag.
Mag já havia brincado em quase todos os brinquedos do parque, e eu e Stone estávamos mortos. Ela não parava para descansar nem dois segundos, e eu queria ir a algum brinquedo que não virasse de cabeça pra baixo. Era pedir demais?
- Vamos na roda gigante? Eu amo roda gigante, gente. – Falei, deitando a cabeça no ombro de Stone, que tinha uma das mãos dadas comigo e a outra com Maggie.
- Vamos, mamãe. – E nós fomos. Quando chegamos lá, esperamos um pouco na fila e entramos. Eu e Stone sentamos e Mag sentou no colo dele, e então o brinquedo começou a funcionar. Maggie olhava atenta para o parque todo de lá de cima e eu senti a mão de Stone tocar a minha. Estava gelada. Ele estava suando.
- Você tem medo de roda gigante? Sua mão tá fria, amor. – Falei, segurando o riso e ele revirou os olhos.
- Claro que não, sua idiota. – Riu. – Eu estou nervoso por outra coisa. Eu não sei como fazer o que vou fazer agora... – E aí eu fiquei nervosa. Porém, deixei que ele falasse. – Você sabe que eu amo muito você, não sabe? Porra, . Você é tudo pra mim. Eu não sei o que seriam das minhas manhãs sem você pra dividir espaço na cama comigo, eu não sei o que seriam dos meus dias sem você pra me apoiar, eu não sei o que seria de mim sem você para me amar. Eu sou só um homem pela metade sem você. E agora que eu estou completo, não quero correr o risco de ser um homem incompleto de novo. Eu sei que demorei muito para isso. Você sabe, tenho meus traumas. – Se referiu a Alisson, provavelmente, e eu sorri para confortá-lo. – Mas eu tenho certeza que você é a mulher que eu quero viver. Que eu quero dividir minhas alegrias, tristezas, conquistas, tudo. É você e não é mais ninguém, . – Meus olhos estavam cheios de lágrimas e eu não sabia o que falar. Mag voltou a olhar pra nós e eu corei. Eu não sabia o que fazer. – Eu quero me casar com você. Você aceita se casar comigo? – Suas mãos subiram para minha nuca, acariciando, e eu não consegui segurar o impulso. Eu o beijei e ouvi Maggie bater palminhas e gritar "lindos!".
- Você sabe a minha resposta, amor. Eu amo muito você, muito mesmo! – Lhe enchi de selinhos e o sorriso que ele colocou no rosto era de outro mundo. Tirou uma caixinha do bolso e colocou o anel no meu dedo. Eu queria gritar. Eu estava noiva. Eu iria casar. E iria casar com o homem da minha vida.

xx


Eu estava a ponto de enlouquecer. Porque raios as noivas demoravam tanto? Eu já havia perdido as contas de quantas vezes havia me pedido para ter calma. A noiva de , , chegou perto de nós e disse que estava bem perto de chegar. A porra do meu coração pareceu ter uma crise. Eu estava muito nervoso. A mulher da minha vida ia passar na porta daquela igreja a qualquer momento. A marcha nupcial começou a tocar e eu respirei fundo. A porta se abriu. Caralho. Eu nunca havia visto coisa mais linda na minha vida. Ela estava estonteante. Seus cabelos loiros soltos, um vestido branco sem muitos exageros, porém perfeito nela. E ainda na porta, ela sorriu. E eu me lembrei da primeira vez que nos encontramos. Talvez tenha sido aquele sorriso que me prendeu tanto. Eu nunca havia descoberto o que, ao certo, havia me feito me apaixonar. Na verdade, nunca iria saber. Todos os dias eu via uma coisa nova e maravilhosa naquela mulher. Ela era a pessoa certa para mim. A peça que faltava. E ela estava ali, linda, de branco. Enquanto caminhava calmamente até o altar, eu não parava de admirá-la. Eu tinha certeza que, enquanto eu vivesse, aquela seria a imagem mais inesquecível de todas. E não era por causa da simples convenção. Era por causa do nosso amor. Ela carregava amor nela. Eu carregava amor em mim. E nós iríamos juntar nosso amor da forma mais perfeita do mundo. Diante de Deus e de todas as pessoas. Quem quisesse nos julgar, iria. Mas ali, só importava eu e . Eu e a mulher que me fez descobrir que eu ainda era capaz de sentir. A mulher que me resgatou da vida triste que eu vivia. A mulher que me reacendeu e que me deu o maior presente de todos, nossa filha. Ela era preciosa. Ela era a coisa mais valiosa que eu tinha em mãos e, sim, eu a cuidarei e a valorizarei até o meu último suspiro. E ela chegou até mim. Nossos olhares se encontraram e os mesmos estavam marejados. Minhas mãos tocaram sua cintura e eu beijei sua testa, antes de virarmos de frente para o padre. E enquanto ele falava as coisas que todo padre fala, eu não conseguia tirar os olhos dela. Eu era uma droga de um homem apaixonado, fodidamente apaixonado. O que me acordou do meu transe foi a porta da igreja se abrindo novamente, dando espaço a Maggie. Também de branco e tão linda quanto à mãe. Imaginei o dia em que ela estará casando. Imaginei-me entregando-a ao seu noivo no altar. Puta que pariu, era demais pra mim. Ela trazia em suas mãos nossas alianças. Seu pequeno sorriso não saia de seu rosto nem por um segundo. Assim que chegou perto de nós, demos um beijo em sua cabeça.
- Eu, Irina , aceito Brandon Stone como meu legítimo esposo. E prometo amá-lo e respeitá-lo, até o último dia de minha vida. – pegou o anel com Mag e colocou no meu dedo, encarando-me, e eu me senti a porra do homem mais amado do mundo. Respirei fundo e sorri, segurando o choro. Não seja gay, Stone.
- Eu, Brandon Stone, aceito Irina como minha legítima esposa. Prometo respeitá-la, protegê-la e amá-la, até o último dia da minha vida. Eu prometo que vou te fazer feliz. Não existe possibilidade de eu não te fazer feliz. Não existe possibilidade de eu não te amar. Eu nasci para te amar. Você é tudo o que estava faltando na minha vida, e eu espero, sinceramente, poder ser o mesmo para você. – chorou e eu deixei uma lágrima só alfinetar minha masculinidade. Coloquei a aliança no seu dedo e entrelacei nossas mãos. O padre me autorizou a beijá-la e eu toquei sua cintura devagar, trazendo-a para perto de mim. Minha outra mão subiu para sua nuca e eu mordi seu lábio inferior, puxando-o entre os dentes. Ouvi a igreja fazer um "Ahhh" como quem dissesse "Estávamos esperando o beijo!" e gritou "Beija logo, Stone". Eu ri e beijei a minha esposa. Minha. A minha razão, a minha paz, o meu porto seguro. Meu amor por ela era de todo o coração e infinito. E eu não temia nada além de perdê-la. Eu nunca a deixarei passar aperto. Nunca deixarei faltar nada para ela. Nunca lhe faltará amor. Porque ela me fez ser o amor e, droga, eu pertenço a essa mulher. Até que a morte nos separe. Separamos o beijo e encostamos nossas testas.
- Stone. – Ela sussurrou.
- . – Sussurrei de volta.
- “O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.” – Citou a passagem bíblica e eu sorri.
- Você é o sonho mais real que Deus me permitiu viver. Eu te amo muito, minha esposa. – Beijei seus lábios novamente e rodei-a em meus braços. Todos na igreja aplaudiam nosso amor, como se fosse um filme e, de fato, poderia ser. Como dizia Lavoisier: ‘’Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma’’, e hoje cheguei a conclusão que na vida também é desse jeito. Nós não criamos o amor e não o perdermos, apenas deixamos com que o tempo e o destino nos una a alguém que transforme nossa vida por completo.

FIM.





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