Escrita por: Agatha V. Tavares | Betada por: Heloïse



— Ah, que pena... — exclamei pelo telefone.
— Sinto muito, . — Sua voz parecia triste, mas tinha certeza que não mais que a minha. — Mas, sabe, foi de última hora e...
— Tudo bem, linda...
Ela riu. Eu sei que ela gostava quando eu a chamava de linda.
— Então, a gente se vê amanhã...?
Dei uma risada fraca.
— Pode apostar que sim.
Desliguei o telefone. e então apareceram, do nada, em meu quarto. deu um sorriso malicioso.
— Está tudo bem com a sua amiguinha? — perguntou ele, com uma cara de criança sapeca.
Bufei, cruzando os braços.
— Eu já falei que a é minha N-A-M-O-R-A-D-A! — falei, pausadamente. — E sim, está tudo bem, ela só teve um probleminha na faculdade e teve que cancelar o nosso jantar.
— Puxa, meio em cima da hora, não? — perguntou . Esses dois parecem estar querendo me irritar.
Chequei as horas. Realmente, eram 20h58, e nosso encontro seria às 21h30. Eu inclusive já estava arrumado para sair.
— Bem, então... Vamos, ?
Eles estavam indo ver um jogo de baseball, os New York Yankees contra os Chicago Cubs. Mas eu estava tão para baixo que nem um jogo me animaria agora.
— Quer vir, ? — perguntou .
— Não. Não, valeu, eu vou ficar bem aqui.
— Tem certeza? — me olhou com pena.
— Tenho sim, podem ir.
Em instantes, fiquei sozinho em nosso apartamento.
Meu celular tocou. Era Matt, meu melhor amigo. Eu o conheci antes de os Jonas Brothers ficarem famosos, e somos amigos desde essa época.
Hey, Matty! — Atendi. - What’s up?
— Hey, … - Sua voz estava estranha, ansiosa.
— Tudo bem? Você parece meio...
— Eu estou bem! — ele me interrompeu, com a voz alta. — Nunca estive melhor! — Ele não parecia bem. Falava de um jeito que eu nunca ouvi, agitado, nervoso, histérico.
Franzi o cenho.
— Você está bêbado?
Ele riu.
— Pegue o seu carro, : hoje à noite nós vamos agitar... It’s time to rock, baby!
Digamos que fui obrigado a aceitar. Em cinco minutos sai de casa. Matt me mandou uma mensagem com o endereço certo para ir. Tive que olhar o celular umas duas vezes, pois tinha quase certeza de que o lugar não era nenhuma casa de festa, tampouco sua própria casa.
Entrei em meu carro e comecei a dirigir, pensativo. Pensando, é claro, em . Nosso namoro era algo ainda um pouco confuso para mim. Eu a conheci logo após o meu último namoro terminar, então posso dizer que me apaixonei bem rápido por aquela fã maluca e divertida.
Agora, nosso namoro já tinha três anos. Os paparazzi enchiam muito nosso saco e eu estou começando a considerar, seriamente, em pedir a mão dela em casamento. Eu me dei conta, alguns dias atrás, de que a amo de verdade e não sei como falar isso para ela sem assustá-la, já que ela também nunca falou aquelas três palavrinhas mágicas para mim. Quer jeito melhor de se declarar do que pedir sua mão? Por que não, afinal? Somos felizes, estamos apaixonados. É necessário algo a mais?
Assustei-me quando percebi que havia chegado ao meu destino. Realmente, não é o que eu esperava.
Eu estava parado em frente a um banco.
Obviamente é estranho. Peguei meu celular e comecei a digitar o número de Matt, porém, fui interrompido. Escutei uma gritaria e um barulho muito alto, parecendo de um tiro, vindo de dentro do banco.
Virei o rosto, assustado, para aquela direção e vejo uma movimentação suspeita dentro do prédio. Apaguei o número de Matt, digitei o da polícia e o telefone começou a discar.
Antes de alguém atender, um homem encapuzado abre violentamente a porta do meu carro e entra, com sacolas cheias até o topo de dinheiro vivo. Abafei o grito quando vi a pistola em sua mão direita. Meu coração estava muito acelerado, e foi quando o bandido tirou a máscara, que senti meu coração parar de vez.
— Matt? – gritei. — What the...
, dirija! — ele ordenou, com a voz autoritária, diferente do tom tímido e risonho que ele sempre usava. - , agora!
Fiquei paralisado, sem entender o que estava acontecendo. Ele colocou o revólver no painel à sua frente e soltou as bolsas aos seus pés. Levantou as mãos, como se estivesse se rendendo.
— Eu não vou te machucar, . — disse ele, com a voz controlada. — Sou eu, o Matt. Só preciso que você me ajude.
O vidro traseiro do passageiro se estilhaçou com um terrível e enorme barulho. Olhei para trás e vi que nele havia um buraco de bala. Um segurança do banco, com uma arma na mão, veio descendo correndo os degraus em nossa direção, apontando o próximo tiro diretamente para mim.
Sem pensar duas vezes, pisei fundo no acelerador, deixando para trás, por pouco a bala que quase acabou com a minha vida.
Comecei então a surtar. Meu corpo recebeu uma descarga de adrenalina, minhas mãos tremiam e meus batimentos cardíacos estavam na velocidade da luz, assim como meu carro. Gritei, com todas as forças:
— Que merda é essa, Matt? O que está havendo?
Ele continuava a olhar para frente. Tirei a mão do volante e empurrei seu rosto para a janela, com força e raiva. O barulho alto de sua cabeça batendo no vidro ecoou dentro do carro. Ele me encarou, bravo, porém, com uma expressão engraçada. Como se fosse uma surpresa feliz o fato de eu me revelar tão violento com ele. Seus olhos brilhavam. Nunca o vi desse jeito. Agitado demais, livre demais... Feliz demais.
— Matt, o que você está fazendo?
— Estou roubando um banco, .
A verdade óbvia e crua me atingiu. Eu ainda tinha esperança de que eu estivesse alucinando ou algo do tipo, mas suas palavras me fizeram cair na real, e aceitar a realidade.
— Matt... – Procurei as palavras certas. — Por quê?
, eu sinto muito. Sinto muito por esse crime em que eu te envolvi dessa vez...
— Dessa vez? — perguntei, num sobressalto.
Ele balançou a cabeça, confirmando meus medos.
— Da primeira vez que eu fiz isso e quase não deu certo, pois eu não tinha um motorista do carro de fuga. Quase fui pego.
Ele falava isso como se fosse uma coisa normal. “Ei, você assistiu ao jogo ontem? Foi ótimo, não? A propósito, sabia que eu roubei um banco e quase fui preso?”
— Mas eu precisava de você. — continuou ele. — Eu preciso de você. Você é o único amigo que eu tenho.
Arregalei os olhos.
— Ah, é claro, e nós somos tão amigos que, depois de tantos anos de amizade, eu só descobri agora que você é um... Um...
— Eu não faço isso há muito tempo... — disse ele, tentando se defender.
— Por quê? – repeti, angustiado.
Ele deu de ombros.
— Eu gosto da adrenalina.
Pisquei, tendo a certeza de que ouvi errado. Ele continua:
— Eu gosto do perigo, da aventura.
What? – Gritei, sem acreditar. — I mean, you... What?
— Eu tenho pensado em fazer isso há algum tempo. — disse ele, olhando para baixo. — Desde que o Charlie morreu.
É, eu me lembrava do drama. Já faz quase um ano que o irmão do Matt morreu, numa briga de bar. Um cara bêbado chegou e começou a bater em Charlie, do nada, e tudo o que ele fez foi se defender. O bêbado se irritou e resolveu acabar logo com tudo, inclusive com a vida do pobre garoto de vinte anos.
A polícia conseguiu achar o cara que fez isso, mas ele nunca foi preso nem nada. E não por falta de provas ou de motivos. O cara pagou a fiança, conseguiu um bom advogado, e sua pena foi fazer serviços comunitários durante dois meses e só.
É claro, todos nós ficamos indignados com essa história. A minha família e a do Matt tentaram diversos recursos, mas nada funcionou. Logo, o assassino saiu do país e nunca mais ouvimos falar dele.
Eu sei que o Matt criou uma raiva profundamente enraizada da Polícia desde esse acontecimento (eu também criei, afinal!), mas, daí a virar ladrão...
— Matt, você é doido! Você não pode sair culpando o Charlie por...
— Eu não estou o culpando! Isso não tem nada a ver com ele, eu só... — ele gagueja inquieto. — Eu só quis fazer isso, O.K.?
— Matthew, você...
, me escuta! — ele me interrompeu, com a voz suave. — , olhe para isso! — ele apontou para as bolsas aos seus pés. — Isso tudo é meu...
— Isso não é seu, você roubou!
— É MEU AGORA! — Ele fez um gesto impaciente e respirou fundo. — E pense só: isso poderia ser seu também...
Virei-me para aquela pessoa idiota ao meu lado, que encarava a estrada à nossa frente com um olhar sonhador.
— Desse jeito nós poderíamos viver bem para sempre! — Ele se virou para mim. — Você poderia viver como um rei! Imagine como seria com tudo que você precisasse na sua mão!
Inconscientemente, imagens sobre o que ele falava começaram a aparecer em minha cabeça.
— Você acha que é rico com os Jonas Brothers? Multiplique isso por um milhão!
Imaginei-me numa praia paradisíaca, com uma mansão atrás de mim. Estava rindo, feliz, bronzeado, tocando meu violão e tomando água de coco. Da janela da mansão surgia a cabeça de Matt, que acenava para mim, risonho.
— Você poderia viver os sonhos de todo homem! — continuou Matt.
E então apareceu na praia, observando-me de longe com cara de desaprovação.
Comecei a pensar nela. O que será que ela pensaria quando me visse naquela situação? Com certeza ficaria desapontada. Ela, que sempre foi tão correta, ficaria triste ao ver que seu namorado se tornou...
Arfei ao perceber o que eu virei.
— Matt, eu sou um bandido!
Ele olhou para mim, assustado.
— Matt, eu estou ajudando um ladrão! Eu posso ser preso! Eu sou um bandido!
, cara, você não pode...
Ele foi interrompido pelo barulho de sirenes. Arregalou os olhos e colocou a mão na boca. Olhei para trás e vi que havia três carros policiais com as luzes e sirenes ligadas, não tão distantes de nós.
They’ve got us, man! — exclamou Matt, desesperado. — Pisa fundo, !
Vendo as luzes piscarem, começei a pensar. Lá se vai meu futuro e minha vida. Tinha-os em minhas mãos, literalmente. O que é a coisa certa a se fazer? Ajudar meu amigo ou seguir a lei? Pensei em meus irmãos, e , inocentes, felizes, vendo um simples jogo de baseball, sem nenhuma ideia do que estava acontecendo comigo. Penso em minha banda, todas as coisas boas que já aconteceram em minha vida devido a ela. John, Ryan, Greg e Jack, provavelmente se divertindo em algum lugar tranquilo. Penso em meus pais... Na verdade, nem quero imaginar o que eles vão pensar quando descobrirem isso. A decepção me atinge como uma faca pontuda. Penso eu meus amigos, todos em que confio, todos de que gosto. Quantos deles continuariam meus amigos depois de hoje à noite? Penso em nossos fãs, e envergonho-me só de imaginar o que pode passar pela cabeça deles quando isso vier à tona. Finalmente, penso em , a garota que eu amo, a garota com a qual sempre quero ter um futuro, algo que nunca pareceu tão difícil quanto agora. Minha amada me deu forças para tomar minha decisão. Agora, tenho que fazer o que é certo, agora sei qual é a coisa certa a se fazer.
Olhei para o velocímetro: 88 milhas por hora (144 km/h). Fiz uma careta e coloquei o pé no freio, fazendo Matt gritar e proteger a cabeça com os braços.
Os pneus cantaram, e paramos derrapando. Só agora percebi onde estávamos. Eu não tirei o pé do acelerador enquanto dirigia desde que saímos do banco, e vi que estava em uma estrada completamente deserta que eu nunca havia visto. O nervosismo me levou para lá, provavelmente.
— O que você está fazendo? — gritou Matt, enquanto eu desligava o carro. Ele tentou ligá-lo novamente. Virei-me, reunindo todas as forças e dei um forte soco em sua cara.
Deu certo. Ele recuou, encarando-me apavorado. Tirei a chave do contato e a joguei pela janela aberta.
! — seus olhos começaram a lagrimar. — , por favor...
Ele agarrou as bolsas de dinheiro e segurou-as junto ao corpo. Estiquei-me até onde estava sua pistola, agarro-a sem jeito e jogo-a no banco de trás.
— Matt, eu não vou fazer parte disso!
Com os dedos trêmulos, abri a porta e sai do carro.
! — grita Matt, se recusando a sair.

— Matt, você me conhece bem! — gritei de volta, em meio aos berros dos policiais. — Não vou para a cadeia! Não por sua causa, não por causa disso!
Ele ainda estava com a cara atordoada, mas tento esquecer isso e me concentrar no que os policiais estão tentando dizer.
— Ponha as suas mãos onde eu possa vê-las! — escuto uma voz vinda do megafone de um dos carros policiais que acabara de parar atrás de nós.
Lentamente, ponho as mãos na nuca e viro-me para os carros. Há, no mínimo, cinco caras fortões apontando os revólveres para mim. Engulo em seco, tentando não vomitar.
— Matt, saia do carro! Coopere! — grito. Ele continuava dentro do carro, parecendo não saber o que fazer. Nenhum policial veio em nossa direção ainda. — Eu não vou jogar esse jogo! Eu não vou pagar a sua fiança! — falei, como que num aviso. — Acredite em mim quando eu digo isso... They won’t charge me for the crime! — Ele, porém, não me obedeceu.
— Deite no chão, de bruços! — escuto a mesma voz do policial.
Faço o que ele manda. Encosto a cara no asfalto, e o cimento gelado neutraliza um pouco meu mal-estar.
Em questão de milésimos de segundos, um policial aparece e põe o pé nas minhas costas. Pelo canto do olho, vejo que ele está apontando a sua arma para a minha cabeça.
— Não se atreva a se mover, entendeu?
— Sim, senhor oficial.
Estou tremendo da cabeça aos pés. Consigo ver um pouco do que está acontecendo. Matt ainda está dentro do carro, com cara de cego em tiroteio; porém, os policiais estão chegando perto. Há muito deles em volta do carro, cercando-o. Matt estava com um olhar de desespero, se dando conta de que as coisas não iam acabar bem. Sinto pena dele. Afinal, sim ele é meio doido, mas ele passou por muitos problemas na vida, não só a morte do irmão. E cada um lida com os problemas de um jeito único. Só que alguns os tratam do jeito errado, como é o caso de meu melhor amigo, ladrão de bancos, chorando sozinho dentro do carro.
Virei o rosto para o outro lado, pois não aguentava vê-lo desse modo. Esse pequeno movimento faz o policial ficar bravo e apertar o pé em minhas costas.
Ouço uma porta de carro abrir-se rapidamente, e um policial grita:
— Pare! Pare ou eu atiro!
Desesperei-me. Acabei de tirar Matt do meu campo de visão, e se eu me mexer de novo aquele policial me mata.
Escuto então um disparo vindo do lado de Matt, e dois disparos vindos do lado dos policiais. — Pare de se mexer! — gritou ele, mas ignoro-o.
Lágrimas escapam involuntariamente de meus olhos, enquanto imagino mil e uma coisas que podem estar acontecendo com Matt, e tento, sem sucesso, não pensar na pior opção de todas.
— Matt, não!
Senti uma forte pancada na nuca, fiquei tonto instantaneamente e tudo ficou escuro.
O próximo pensamento que apareceu em minha mente foi que estou em um lugar muito branco. Depois de alguns lerdos segundos, acostumo-me com a luz, percebendo que estou no quarto de hospital.
Minha mão direita está presa à cama por uma algema, e ao pé de minha cama há um policial enorme. Assim que ele vê que acordei, começou a falar no rádio com alguém. Reconheço, assustado, sua voz; ele era o policial que pisou em mim.
— Olhe... – ele começou a falar. — Eu nem tenho permissão para falar com você, mas preciso dizer isso. – Sua voz estava quase gentil, o que era muito estranho. — Eu sinto muito pela coronhada que eu te dei. Isso fere os direitos humanos, e blábláblá... Se você se atrever a falar que eu fiz isso em você para alguém da delegacia, eu juro que você vai ver o sol nascer quadrado para sempre.
— Não vou falar. — disse rapidamente.
Ele assentiu e fez uma cara de superioridade, gostando de provar quem estava no comando. Não consigui me controlar e fiz a pergunta inevitável:
— Onde está o Matt?
— Ele está bem.
Sinto 4365543kg saírem do meu peito na hora. O ar pareceu mais respirável e até a carranca do policial não pareceu mais tão ameaçadora.
— Só o 2º disparo o atingiu. — continuou ele. — Atravessou direto o ombro. Ele já está quase pronto para sair daqui e ser preso. — Ele faz uma cara de “essa é a notícia boa do dia”. — Ele já nos contou tudo o que houve. A sua pena vai ser leve, talvez você nem seja preso.
Alguém falou com ele no rádio. Ele olhou para mim.
— O horário de visitas vai começar. É melhor se preparar, pois tem muita gente lá fora para falar com você.
Os primeiros a entrarem foram, é claro, policiais. Ficaram lá quase duas horas com eles, falando tudo o que aconteceu na noite passada. É tudo um flash muito estranho, como se o meu inconsciente tentasse esquecer.
Pensei, mais do que nunca, em Matt e Charlie. Afinal, Matt deve ter sérios problemas, mas a culpa não é só e totalmente dele. Mas, como já falei, não é se revoltando com a sociedade que se resolve tudo. Sinto uma vontade maior do que tudo de vê-lo. Ele foi, durante muito tempo, meu melhor amigo, oras! Não sei se as coisas irão continuar assim, mas vou dar meu apoio a ele. Decidi que iria visitá-lo na... Na... Naquele lugar com C para onde ele vai assim que puder.
Os policiais então saem e começa a pior parte. Meus irmãos, meus pais, meus amigos, todos me vendo nessa situação deplorável, algemado e escoltado. Sinto vontade de me enfiar no chão quando vislumbro cada rosto que veio me ver cheio de tristeza e decepção. Mas percebo que, apesar disso, eles estão do meu lado, e isso é pior e melhor ao mesmo tempo. Eles me amam, apesar de tudo, e não me julgam pela estupidez estupidamente estúpida e infantil da qual fiz parte.
Sou informado de que nossos fãs não estão me odiando, tampouco. Nas redes sociais e coisas do gênero todos me mandam mensagens, mandando força, amor e paz, e me defendem com unhas e dentes de qualquer outro que tente falar mal de mim.
Essa poderia ter sido a melhor notícia do dia, se não fosse a pessoa que entraria a seguir em meu quarto.
é a última pessoa a me visitar. Ela entra devagar, hesitante, pela porta e todos decidem nos deixar sozinhos (menos o policial, infelizmente). Ela caminha lentamente em direção a mim, e devo dizer que ela nunca esteve tão linda. Seu rosto mostra preocupação, mas também alívio. Assim que ela chega perto o suficiente, pego sua mão e ponho-a junto ao meu peito.
... — murmuro. — Eu...
— Shhh... — ela põe os dedos em meus lábios. — Tudo bem... — ela sussurra.
— Não, não está nada bem! , eu sou um... Um... — ela me interrompe colando seus lábios nos meus. Correspondo ao beijo, urgente e ardentemente, com receio de que seja nosso último.
O policial pigarreia e ela se afasta devagar. Aperto sua mão, esperando pela sentença.
... — começa ela.
, eu te amo! — interrompo-a, desesperado. Tenho certeza que não foi uma boa hora para dizer pela primeira vez que a amo, mas não pude me controlar. Meu coração estava na garganta. — Eu sinto muito, eu sei que sou um completo idiota, e vou entender se você não...
— Eu também te amo... — ela me interrompeu, com um sorriso bobo. Meu coração desce até o estômago e começa a sambar lá embaixo. — E não me venha com essa história de “eu vou entender se...”: você não vai entender coisa nenhuma!
Ela cruzou os braços, parecendo brava. Abafei uma risada. Ela continuou:
— Mas nós vamos superar isso, pronto e acabou.
— Nós? — pergunto histérico, não conseguindo me impedir de chorar.
Ela para meus soluços com mais um beijo, mais calmo, mais puro, mais apaixonado.
Quando nos separamos, ela beijou minha mão e assentiu.

— Nós.

Capítulo betado por Thaynnam Emous



Fim


N/a: Olá, galerinha linda!
Espero que tenham gostado da história. É minha primeira short, então peguem leve... Hahahaha... Eu estava aqui, ouvindo Lines, Vines and Trying Times, só nas nostalgias, e aí... BAM! Ouvi essa música e em um estalo veio. Escrevi loucamente e sem pausas...
Enfim, o que vocês acham sobre a notícia dos Jonas? Aqueles gays vão parar de novo. HUMPF. Não dou cinco anos para eles voltarem correndo, arrependidos e vendo a burrada que fizeram, ANOTEM O QUE EU DIGO. Ou talvez seja apenas eu sonhando. Hahahahabuaaaaá...~ le eu num ataque.
Como sempre, agradeço as minhas amigas: Andréia, Camila, Letícia (minha E SÓ MINHA capista oficial-não-oficial) e Flávia.
Já sabem o que fazer... Elogios, críticas, comentários, sugestões, etecetera? Comentem! Ou me mandem um email (agathatavares@uol.com.br) ou falem comigo no Twitter.
XOXOXO
Agatha V. Tavares *-*

comments powered by Disqus




Nota da Beta: Erros na fiction? Comunique-me:
Email | Twitter