O cartão era simples, assim como o pedido que havia nele: Na parte de trás, o endereço de um dos hotéis mais chiques da cidade, junto com uma data e um horário. As garotas se entreolharam. Não precisavam falar nada — e não falaram. Durante uma semana, fingiram que o cartão nunca chegara até elas.
— , é amanhã. — lembrou durante o almoço.
— Eu sei.
— Nós vamos?
— O que você acha?
— Que eu quero ir. — disse, simplesmente.
— Mas... Por que eles não ligaram? Ou mandaram um e-mail?
— Eu não sei. — deu de ombros. — Pra fazer uma surpresa?
— Tudo bem, nós vamos até o hotel.
Então, na noite seguinte, as duas garotas saíram do táxi e pararam em frente ao hotel. usava um vestido preto de frente única, que combinava com suas sandálias de pedrinhas brilhantes. O vestido de era verde escuro e o acabamento, de um ombro só, realçava a trança em seu cabelo, que pendia pelo ombro nu.
— E se não forem eles? — perguntou, entrando no hotel.
— Bom, — suspirou. – aí nós fazemos o de sempre: morremos de depressão, tomando sorvete e comendo chocolate.
Elas entraram no luxuoso restaurante do hotel e congelaram ali mesmo, no hall. Eles estavam lá!
— Boa noite. — uma loira alta e bem maquiada as cumprimentou. – As senhoras têm reservas?
— Sim. — respondeu. — Estamos com eles. — indicou a mesa onde os garotos estavam sentados. As duas foram até a mesa, que ficava em um reservado no canto oposto do restaurante.
Assim que as viu, Zayn quase derrubou sua bebida. Ele se levantou e Louis fez o mesmo.
— Você veio! — Zayn disse para .
— Você também. – ela riu de nervosismo.
— , você está linda. – Louis disse, passeando demoradamente seus olhos pelo vestido dela.
Eles sentaram-se. Zayn e de frente para e Louis.
— Nossa! Parece que faz tanto tempo. — disse.
— O que vocês estão fazendo aqui? — perguntou. — Estão em turnê?
— Na verdade, não. — Zayn disse. — Tínhamos alguns shows no México essa semana, então resolvemos vir até aqui para vê-las.
— Muito gentil da parte de vocês. — fez graça, e o garçom trouxe os menus.
Enquanto os pedidos não chegavam eles conversavam. Não houve nenhum segundo para qualquer silêncio sequer: muita coisa havia acontecido em seis meses.
— E os outros meninos? — perguntou. — Por que eles não vieram?
— Na verdade, eles nem sabem que estamos aqui. — Louis disse. — Tínhamos dois dias de folga no México e depois iríamos pra Espanha. Os meninos resolveram ir logo. O Zayn e eu queríamos descansar um pouco e ficamos por lá. E foi aí que esse paquistanês lindo teve a ideia de virmos até aqui.
— Ótima ideia, Malik! — disse, batendo palmas.
Depois do jantar, foi difícil para e Louis continuarem à mesa.
— , será que nós podemos conversar? — ele perguntou visivelmente ansioso.
— Claro! — respondeu e, mais do que depressa, os dois se levantaram.
— Nós vamos... — começou, mas não terminou a frase.
e Zayn riram.
— Tudo bem, a gente entendeu. — disse.
Louis entrelaçou seus dedos com os de e os dois saíram do restaurante. Eles foram para o hall e Louis chamou o elevador.
— Então, quando vocês vão embora? — perguntou.
— Amanhã de manhã — Louis respondeu. Eles entraram no elevador e ele apertou o botão do 20º andar.
No segundo andar, onde ficava o cassino, um homem gordo e calvo entrou de braço dado com uma mulher muito mais nova que ele. O homem tinha um bigode muito comprido e a mulher estava enrolando uma das pontas com os dedos. e Louis estavam parados atrás deles. Louis estava imitando o homem e tentava não rir.
Finalmente o elevador parou no 20º andar e os dois saltaram. Assim que as portas se fecharam, soltou uma gargalhada alta.
— Louis, seu bobão! — ela colocou uma das mãos no ombro do garoto.
— Ah! Como eu senti falta de te fazer rir.
parou de rir e olhou para Louis, passando a mão em seu rosto. Sem hesitar, ele envolveu a cintura dela com as mãos e a puxou pra perto. Louis a beijou e, assim como no primeiro beijo, sentiu como se tivesse levado um choque de 220 volts. Louis pegou o cartão-chave no bolso e abriu a porta. Os dois entraram e, sem quebrar o beijo, começou a tirar o terno dele. Instantes depois, o terno, a grava e a camisa social preta já estavam no chão. Louis a virou de costas e tentou puxar o zíper do vestido dela.
— Quer ajuda? — perguntou e soltou um risinho nervoso.
— Não quer abrir, . Está emperrado. – Louis disse, rindo.
— Ai, meu Deus! — choramingou. – Essas coisas só acontecem comigo!
— Você fez uma tatuagem! — Louis disse. Ele inclinou a cabeça pra tentar ler a frase no ombro dela e esqueceu o zíper por um momento.
— Louis! — ela o repreendeu. — Agora não, foca no zíper. Você já abriu os botões?
— Ah! — Louis abriu os pequenos botões que ficavam embaixo do zíper. — Agora sim! — ele riu, deslizando o zíper pra baixo.
*-*-*-*-*-*
e Zayn andavam pelo jardim do hotel. A noite estava agradável: o céu estava extremamente estrelado, a temperatura não estava tão alta e nem tão baixa e a brisa fresca soprava os cabelos de contra o rosto vez ou outra. Eles estavam andando em volta da fonte que ficava no centro do jardim. Zayn mantinha as mãos nos bolsos da calça e o silêncio já estava ficando incômodo.
— Como está a Perrie? — perguntou. Só depois que as palavras saíram de sua boca foi que ela se arrependeu. Por um lado não queria saber; por outro, estava muito curiosa e com medo da resposta de Zayn.
— Estava bem da última vez que eu soube dela. — Zayn deu de ombros.
— Da última vez que você soube dela? — repetiu.
— Sim. Eu não a vejo há alguns meses.
— Ah...
— Não.
— Não o quê?
— Nós não estamos juntos.
— E você? — Zayn perguntou. Eles pararam em frente à escultura da fonte.
— Eu o quê? — inclinou a cabeça, tentando entender o que, pra ela, não passava de um buraco por onde a água escorria.
— Você está com alguém?
— Ah, não! — riu, mais por nervoso do que por ter achado graça. — Tenho trabalhado bastante, você sabe... — ela deu de ombros.
— Entendo... — Zayn assentiu. Ele olhou para o céu por um momento e depois para a garota ao seu lado. — Você quer subir um pouco? — ele indicou a direção do quarto com a cabeça.
pensou um pouco antes de responder. Era absurda a falta que sentia dele. Sabia que se subisse essa falta só aumentaria quando ele fosse embora. Mas por que não subir? Era o Zayn quem estava ali com ela: O cara que a fez sentir a garota mais especial do mundo todo.
— Claro. — ela sorriu e deu o braço pra ele.
— Aqui é tão bonito. — Zayn disse, já dentro do elevador, que também estava ocupado por uma família. — Queria ter mais tempo para visitar mais lugares.
— Talvez você possa voltar... — disse, querendo que sua voz não tivesse saído tão esperançosa. Zayn olhou pra ela e sorriu. Ela suspirou aliviada por estar com as mãos pra trás, assim ele não a viria tremendo.
Eles desceram no 20º andar e Zayn abriu a porta do primeiro apartamento do corredor. Eles entraram e não pôde deixar de notar a vista da sacada, que era de frente para a ponte estaiada. deixou sua bolsa de mão em cima da mesa e foi até a sacada. Ela apoiou as mãos no peitoril e ficou admirando a vista por alguns minutos.
[N/A: Caso você não saiba o que é a Ponte Estaiada :F]
Ela viu quando Zayn se aproximou. Ele não estava mais com o terno e a gravata estava frouxa no colarinho da camisa social. Zayn apoiou os cotovelos no peitoril da sacada e suspirou. encostou a cabeça em seu ombro e também suspirou.
— Por que você não é meu vizinho? — ela disse, com a voz chorosa.
Zayn riu.
— Eu estou aqui agora. — ele virou-se pra ela e a abraçou, passando a mão pelos seus cabelos.
— “Agora”... — disse e olhou pra ele. E foi como se o visse pela primeira vez. Seus olhos amendoados pareciam brilhar. desconfiou de que não era por causa da luz da lua, e sim por causa daquele mesmo sentimento que fazia seu coração disparar.
esticou os braços e os prendeu em volta do pescoço dele. Zayn abaixou seu rosto em direção ao dela e a beijou. Um beijo que começou calmo, mas foi ganhando intensidade. Era como se eles demonstrassem toda a sua saudade através daquele beijo apaixonado. Zayn deslizou suas mãos até a parte de trás das coxas dela e a pegou no colo. Eles voltaram pro quarto e, assim que deitaram-se na cama, desabotoou a camisa dele e a tirou, deslizando suas mãos pelas costas dele. Zayn fechou os olhos, sentindo os arrepios que as unhas dela lhe causavam.
— Eu senti sua falta. — ela disse com os lábios colados aos dele.
— Eu sinto a sua falta. — ele disse e a beijou.
*-*-*-*-*-*
acordou com uma luz forte em seu rosto. Contra sua vontade, ela abriu os olhos e se deparou com um quarto enorme que, com certeza, não era o seu. Ela esfregou os olhos e olhou para a cortina prateada que escondia uma grande sacada. lembrou-se da noite anterior e sentou-se em um pulo na cama.
— Louis? — ela disse olhando em volta pelo quarto.
reparou em uma grande caixa dourada que estava na beirada da cama. Ela se esticou e puxou a caixa para si. desfez o laço branco e encontrou uma carta:
Bom dia, preguiçosa.
Aliás, espero que ainda seja bom dia quando você acordar.
Eu sei que sair assim, com você ainda dormindo, me faz parecer um canalha. E, acredite, eu estou me sentindo um.
Mas eu tentei te acordar, . Juro que tentei. Só acho que você estava muito cansada... Por que será?! Haha.
De qualquer forma, você dormia tão lindamente e, infelizmente, eu precisava pegar um avião.
Por outro lado, estou me sentindo muito bem. Graças a você, haha.
Me desculpa por isso, meu amor.
Eu amo você.
P.S.: Esse vestido é muito mais fácil de tirar.
xxx
Louis.
tirou de dentro da caixa um vestido roxo e tomara-que-caia, com a barra da saia cheia de pedrinhas. Ela riu e se jogou na cama.
*-*-*-*-*-*
— ? — acordou com Zayn a chamando. Lentamente, ela abriu os olhos e se espreguiçou.
— Zayn? — ela sorriu e percebeu que ele já estava vestido. — Que horas são?
— Essa é uma pergunta muito difícil pra alguém que muda de país e continente de semana em semana. — ele fez graça e ela riu.
— Você já vai?
— Sim. — Zayn assentiu, ele passou o polegar pela bochecha dela e beijou sua testa.
— Ah, não... — choramingou, o abraçando. — Fica mais.
— Você não sabe como eu gostaria de poder ficar... — ele suspirou e a beijou demoradamente. — Eu amo você. – ele sussurrou no ouvido dela e ela fechou os olhos.
Quando abriu, Zayn não estava mais lá.
*-*-*-*-*-*
Naquela manhã elas se encontraram no hall do hotel. carregava sua caixa dourada.
— O que é isso? — perguntou.
— Um vestido “mais fácil de tirar”, segundo o Louis. — disse e riu.
Elas saíram do hotel e pegaram um táxi.
— E agora? — perguntou, virando-se para a amiga que também fazia um visível esforço para não chorar.
— O de sempre: — disse rindo quando sentiu uma lágrima cair. — Morremos de depressão, tomando sorvete e comendo chocolate.
riu, encostando a cabeça no ombro da amiga.
”Mrs. & Mrs. ”, era o que dizia a placa que um homem alto, de quepe e olhos muito claros, segurava no desembarque do aeroporto internacional de Londres. riu e imaginou se a amiga estaria lembrando-se da última vez em que pousaram naquele mesmo aeroporto, três anos antes: Não havia ninguém para esperá-las.
— Boa noite, senhoritas. — o homem as cumprimentou com um legítimo sotaque britânico.
Com a ajuda de um outro rapaz, que também usava um terno preto e simples, o homem as levou até o carro. Um tipo importado que elas nunca haviam visto antes. Era prateado e, por fora, parecia um sedã. O rapaz abriu a porta traseira e as duas entraram.
— Olá, meninas! — Rose disse, abrindo os braços. Ela estava sentada no banco de frente para elas. Ela se inclinou no assento, beijando-lhes o rosto. — Como foi a viagem? — Rose sorriu.
Era uma mulher baixinha, no alto dos seus quarenta e tantos ou cinquenta e poucos; os cabelos vermelhos, curtos e enrolados lhe conferiam um ar de fada: era quase impossível olhar para a mulher e não lembrar de um ser místico.
— Mais longa do que eu me lembrava! — disse, aceitando a taça de champanhe que Rose lhe entregava.
— Bom, espero que vocês não estejam muito cansadas. Temos uma surpresa pra vocês! — Rose soltou um risinho e tomou um gole de seu champanhe.
— Uma surpresa? — perguntou, arqueando a sobrancelha. Ela olhou para , que deu de ombros.
— Exatamente! Um coquetel de boas-vindas!
Na verdade, o coquetel de boas-vindas estava mais para festa de boas-vindas. Vinte minutos depois, o motorista parou o carro em frente a um pub. Já dentro do local, as garotas perceberam que não era um pub tipicamente londrino: com as luzes baixas, mesas dispostas ao redor do lugar. Não, ao contrário, aquele lugar era bem iluminado, o bar ficava bem no centro do estabelecimento e pequenas mesas redondas ficavam agrupadas em um canto.
O lugar não estava muito cheio, mas havia uma parte restrita, separada do resto do bar por uma corda dourada. E foi para lá que as três seguiram. O segurança que estava em frente a porta improvisada abriu a corda assim que viu Rose aproximando-se.
— Meu Deus... — sussurrou, em português — Tudo isso é pra gente?
— Eu estou começando a ficar com medo. — respondeu.
— Chagamos! — Rose anunciou e todos voltaram a atenção para ela. — Senhoras e senhores, gostaria de apresentar nossas novas editoras-chefes! — Rose fez uma mesura em direção as garotas e uma salva de palmas explodiu no lugar. sentiu o rosto queimar, enquanto ria nervosamente.
Depois de muitas apresentações as garotas já pensavam que todos os funcionários da editora estavam ali na festa de boas-vindas. E era o que parecia. Elas conheceram os outros quatro editores-chefes, algumas secretárias, gerentes de várias subdivisões e até mesmo o presidente da editora! Parecia muito em uma noite só.
— Quando será que poderemos ir pra casa? — perguntou em um tom que só conseguisse ouvir.
— Gostaria muito que fosse logo. Só sei que não aguento mais ficar só no champanhe. — e, dito isso, saiu do reservado.
— Aqui está você! — Rose disse, puxando – Deixe-me apresentá-la a uma pessoa...
E aqui vamos nós de novo! suspirou em pensamentos, desejando ter saído junto com .
sentou em uma das banquetas altas do balcão do bar. Logo um barman veio atendê-la e ela pediu o drink da casa, que era basicamente vodka, suco de limão, morango e açúcar. Alguns minutos depois, o barman colocou o drink em frente a ela. pegou o copo e hesitou, observando a coloração duvidosa da bebida.
— Prova! — uma voz disse ao seu lado. — O gosto é muito melhor que a cor. — virou-se e viu um garoto. Ele devia ter mais ou menos a sua idade. Os olhos eram castanhos, assim como seu cabelo que estava com uma franja jogada para o lado. As bochechas meio rosadas e o sorriso de criança fizeram a garota rir de sua própria sorte. tomou um gole do drink e, incrivelmente, era muito bom.
— Uau! — ela disse, passando a língua no lábio inferior. — É muito bom!
— Eu sabia que você ia gostar. — o garoto riu e estendeu uma mão. — Eu sou Josh.
— . — ela o cumprimentou com a mão livre, enquanto a outra se ocupava em levantar o copo até a boca.
Cinco drinks depois e algum tempo conversando, e ainda estava um pouco sóbria para perceber quando o rumo conversa mudou.
— Então... — Josh disse, encostando propositalmente o braço no dela.
— Não.
— Mas...
— Não.
— Eu já disse que sou baterista?
— Baterista?! — voltou sua atenção pra ele.
— Sim! — Josh abriu um sorriso.
— O que vocês tocam?
— Posso te contar mais na minha casa... – Josh deu de ombros, com um sorriso torto nos lábios.
— Claro! — disse, enquanto pegava o celular na bolsa.
conversava com uma mulher que, definitivamente, ela não lembrava mais o nome, quando sentiu o celular vibrar.
— Com licença. — ela pediu, agradecendo mentalmente por ter sido salva daquele quase monólogo.
se afastou e abriu a bolsa. Ela pegou o celular e viu que a mensagem era de :
Encontro o caminho pra casa sozinha.
Não me odeie porque eu te amo.
Não estou bêbada.
bufou, revirando os olhos. Não acreditava que havia sumido dali, claramente fora de si. respirou fundo duas vezes e voltou para, agora sua, festa de boas vindas.
Meia hora mais tarde, já estava íntima de Anne, a recepcionista. Então Rose teve a melhor ideia do dia:
— Acho que as nossas mais novas editoras-chefes já estão muito cansadas. — Rose olhou pra e depois para todos os lados — Onde está a ?
— Ah, hum... Ela não estava se sentindo bem e foi pra casa. – improvisou e Rose pareceu convencida.
Depois disso, se despediu de todas as pessoas (menos do presidente, que foi embora logo depois que as garotas chegaram) e foi para o carro. Rose a acompanhou.
— Minha querida, desculpe por segurá-la tanto tempo aqui. Mas você sabe... temos algumas metas — Rose deu de ombros e riu.
— Tudo bem, eu entendo. Agora eu só quero cama!
— Está certo. Amanhã nos vemos no escritório. — Rose sorriu .— Klaus, você ouviu a moça, – Rose disse, virando-se para o motorista. — leve-a para casa.
Klaus assentiu, tocando a aba do quepe. Ele abriu a porta e entrou. Ela estava tão cansada que teve de fazer um enorme esforço para não dormir. Porém, também não prestou atenção no caminho.
viu pela janela quando Klaus parava em frente a um edifício de aparência antiga, porém não velho. Klaus saltou do carro e abriu a porta traseira.
— Senhorita... — ele disse, oferecendo a mão que pegou para sair do carro. – Aqui está a sua chave e a da Srta. . — Klaus entregou duas chaves para . — O apartamento das senhoritas fica no 16º andar.
— Obrigada, Klaus. — agradeceu, piscando os olhos pesadamente.
— Amanhã eu estarei aqui às oito para levá-las ao escritório.
— Sério? –— piscou, dessa vez surpresa.
— É o meu trabalho, senhorita. Boa noite. — Klaus tocou o quepe e entrou no carro.
riu sozinha, enquanto passava pela portaria do prédio. No elevador, ela apertou o botão do 16º andar e, em um piscar de olhos, ela já estava abrindo a porta de seu mais novo apartamento. entrou e acendeu a luz. Ela quase ficou sem ar com o que viu: Uma sala de estar bem espaçosa com um sofá de couro vermelho, um tapete preto felpudo e uma televisão de plasma de 50 polegadas. Na esquerda ficava a cozinha; a geladeira e o fogão eram vermelhos e os armários e a bancada (com tampo de mármore branco) eram pretos. adentrou mais o apartamento e descobriu um corredor onde ficava um lavabo e, no final, um escritório. Virando à esquerda no corredor havia uma sacada e, olhando através das portas de vidro, ela conseguiu enxergar o Big Ben ao longe. voltou para a sala e subiu a escada de madeira escura que levava para o segundo andar. Lá em cima havia um enorme banheiro e dois quartos com suíte. O seu quarto era o primeiro e ela soube disso porque havia uma plaquinha com seu nome.
— Rose... — ela disse, abrindo a porta — você realmente sabe escolher um apartamento! — acendeu a luz e largou a bolsa em cima da cama king size, que estava coberta por um macio edredom roxo. No seu quarto, além de um banheiro bem equipado, também havia uma varanda.
suspirou, satisfeita com seu novo espaço. Suas malas estavam encostadas em uma grande poltrona reclinável e ela só teve forças para pegar o pijama. Depois de se trocar e escovar os dentes, ela pegou a jaqueta colegial. Era primavera em Londres, mas ela sempre dormia com aquela jaqueta. deitou-se em sua nova cama. Ela era tão confortável e macia que a garota só teve tempo de se espreguiçar e, então, caiu em um sono merecido.
*-*-*-*-*-*
acordou com um caminhão buzinando. Ela gemeu, ainda de olhos fechados, e rolou na cama. sentiu algo quente e macio em sua nuca. Ela deitou de lado e virou a cabeça.
— Merda! — se deparou com um garoto dormindo ao seu lado. Ela se enrolou no lençol e levantou.
Enquanto vestia suas roupas que estavam espalhadas pelo chão, flashes da noite passada iam surgindo em sua cabeça. Ela se xingou mentalmente várias e várias vezes. fez um grande esforço para lembrar do nome do garoto, mas não conseguiu. Por fim, deixou um bilhete dizendo que precisava ir trabalhar e o número de seu telefone. Ela saiu, tentando não fazer barulho e pegou o elevador. Ao sair do edifício, se viu em um bairro que não conhecia: era bem colorido e agitado, pra não dizer barulhento. Provavelmente estava no Soho. Ela andou alguns quarteirões sem saber ao certo para qual direção seguir, quando finalmente encontrou um táxi. Felizmente ela havia guardado o endereço do apartamento que Rose escolhera para e ela dividirem e passou para o taxista. Quarenta e cinco minutos depois, estava subindo até o 16º de seu novo prédio. Ela parou em frente à porta de madeira clara e ficou encarando o número 182, que era de um dourado muito brilhante. estava sem a chave, então tocou a campainha, já se preparando para a bronca.
— Bonito, dona ! — abriu. Ela ainda estava de pijama, afinal, ainda eram seis da manhã.
— Eu sei, eu sei... — entrou no apartamento e largou a bolsa de mão em cima da mesa de centro.
— Qual era mesmo aquela sua promessa? — perguntou se sentando ao lado da amiga.
— Ah, ... — escondeu os olhos com o braço.
— Hein?! Qual era?
— “Nada de álcool e garotos”. — disse com voz chorosa. — Desculpa! — ela tirou o braço dos olhos e fez um bico. riu.
— Você tem que entrar na linha, menina! — deu um tapinha em seu ombro. – Tive que inventar uma desculpa pra Rose.
— A Rose é a melhor chefe do mundo! — disse, admirando o apartamento.
— Por enquanto, né? — riu e as duas foram se arrumar.
Exatamente às oito horas, Klaus já as esperava em frente ao edifício British Pleasure.
— Bom dia, senhoritas. — Klaus as cumprimentou.
— Bom dia, Klaus! — As duas disseram em uníssono e entraram no carro.
Era óbvio que as duas estavam apreensivas. Aquele podia não ser o primeiro dia de trabalho delas, porém, era o primeiro dia de trabalho com uma equipe nova, em um país nem tão novo assim. Mesmo assim, as lembranças do passado ainda pareciam bem vivas nelas. Por mais que as duas não falassem muito no assunto, no fundo elas sabiam disso. Durante todo o caminho elas foram conversando sobre a festa de boas-vindas e a noite de , felizmente, um vidro escuro e acústico as separavam de Klaus, então elas podiam conversar à vontade.
— Chegamos. — Klaus abriu a porta do carro e as garotas saltaram.
A editora não era o prédio mais alto da cidade, e nem o mais elaborado, porém, tinha um ar aconchegante; o que pareceu deixar as duas mais confortáveis.
— Bom dia, meninas! — Anne, a recepcionista, disse. — Quero dizer... Srta. e Srta. . — Anne cobriu a boca com as mãos, arregalando os olhos. Seu cabelo castanho estava preso em um rabo de cavalo bem alto e ela usava uma tiara de xadrez roxo, o que combinava com seu suéter lilás.
riu.
— Ah, por favor! Nada de formalidades com a gente. Para qual andar devemos ir?
— Para o 22º — Anne disse, visivelmente mais relaxada.
O 22º andar era o último do prédio da editora. já estava começando a ficar incomodada de passar tanto tempo em um elevador quando as portas se abriram.
— Graças a Deus! — ela murmurou, saindo do elevador com .
Elas passaram por algumas mesas e algumas salas, até, finalmente, encontrarem Rose. Ela vestia um conjunto de terninho e calça social preta e estava com saltos gigantes, e, ainda assim, ficava baixinha.
— Bom dia, meninas! — Rose abriu seu costumeiro sorriso e as conduziu até suas devidas salas.
O corredor onde ficavam suas salas era basicamente dos editores-chefes e de Rose. Suas salas ficavam lado a lado e, antes que entrassem, Rose lhes passou algumas instruções.
— Certo. Hoje é o primeiro dia, então não sintam-se pressionadas a nada. Mas o esquema continua sendo o mesmo: ao menos duas obras por mês, sempre atrás de coisa nova e que se encaixe no perfil da editora. Em cima da mesa de vocês estão nossos catálogos de autores e obras. Divirtam-se! — Rose sorriu e sumiu pra dentro de uma sala no fim de outro corredor.
— Boa sorte! — disse, entrando em sua sala.
riu e fez o mesmo. Ela fechou a porta atrás de si e encostou-se na mesma. A sala era bem clean. Diferente do apartamento, não tinha nenhuma decoração, ela sabia que teria de ajustar aquilo à sua maneira. Havia um pequeno armário na extremidade esquerda, uma mesa de tampo de vidro no meio, com um computador em cima e a parede atrás de sua cadeira de couro preto era de vidro, deixando à mostra toda a paisagem de Londres. sentou-se e mexeu no mouse. Imediatamente a tela acendeu e, no canto inferior esquerdo, ela percebeu que havia um ícone de mensagem instantânea. Com o cursor do mouse, ela clicou em cima do ícone e uma lista de nomes apareceu na tela. Aparentemente, todos os funcionários que trabalhavam com computador estavam conectados. clicou no nome de e mandou uma mensagem pra amiga:
Na hora do almoço, e saíram com Rose e os outros editores-chefes: Kim, Lucy, Mark e Wally. Eles foram a um restaurante perto da editora. As meninas ainda eram atração do escritório e não via a hora de passar despercebida. Eles voltavam para o escritório e Rose contava uma história. Kim ria sem nem mesmo saber o final. fingia prestar atenção, porém estava mais interessada em seu celular.
— É o seu namorado francês? — perguntou, tentando ler o que havia no visor do celular da amiga.
— Ele não é meu namorado! — disse, tirando o celular do campo de visão da outra.
— Aham, tá bom.
No 22º, cada um foi pra sua sala e finalmente falou:
— Vamos nos encontrar daqui a duas semanas.
— Uh! finalmente! Alguém vai se dar bem... — fez uma dancinha ridícula, atraindo os olhares de algumas pessoas que passavam pelo corredor.
riu e entrou em sua sala.
No fim do dia, as duas estavam extremamente cansadas. Mais por ainda estarem com Jet Lag do que por terem trabalhado demais. Klaus já as esperava em frente à editora e, assim que entraram no carro, o telefone de tocou:
— Alô?
— ?! — Sim?
— Sou eu! — ela pôde perceber que a pessoa do outro lado da linha sorria.
— Você...
— Sim? — Tudo bem, vou ser sincera: Não sei quem é.
— Josh, de ontem à noite. — “Josh de Ontem à Noite”! — repetiu e riu. — Você ligou.
— Sim, você deixou o número. — Sim, mas não era pra você ligar.
— Não?! Você não queria que eu ligasse? — Não! Não é isso... É só que vocês nunca ligam... — recostou no banco e olhou pra , que parecia bem interessada na conversa da amiga.
— Bom, eu ligo. Então, você quer fazer algo agora? — Ah, Josh... Eu acabei de sair do trabalho. Tô tão cansada que só consigo pensar em cama.
— Por mim tudo bem. — Eu quis dizer dormir!
- Por mim tudo bem também. Onde você mora? passou o endereço e desligou.
— Mas já está assim? — perguntou.
— O quê?! Ele parece ser um cara legal... E, além do mais, eu sei que você vai ficar trancada no quarto grudada no notebook falando com seu namorado francês. — provocou.
— Ele não é meu namorado, . Ele é meu cliente.
— Claro, seu cliente...
Mais tarde naquela noite a campainha tocou e atendeu:
— Oi! — Josh sorriu e, sem hesitar, deu um selinho na garota.
ficou meio sem reação, mas deu espaço pra que ele entrasse.
— Que apartamento legal! — Josh elogiou, enquanto reparava na decoração.
— Ah, obrigada.
estava descendo as escadas e os apresentou:
— Hum, Josh. Essa é a . , esse é o Josh.
— Oi! — Josh se aproximou e deu um beijo no rosto da garota. Por um momento, teve a impressão de que o conhecia de algum lugar, mas logo deixou isso pra lá.
— Bom, eu estou indo dormir. – disse, apontando com o polegar o andar de cima.
— Mentira, você está indo ver seu namorado francês. — disse quando lhe acertou uma almofada na cabeça.
— Foi um prazer, Josh. Até mais. — ela sorriu e subiu as escadas.
Assim que entrou no quarto, pegou o notebook e sentou na cama. Com as costas apoiadas na cabeceira e as pernas em posição de Lótus, ela ligou o aparelho e logo uma chamada para conversar com vídeo surgiu na tela.
— Boa noite, minha flor.
— Olá! — sorriu pra imagem na tela.
Jean Patrick retribuiu o sorriu e, mesmo através dos pixels, se sentiu bem. O que era normal, sempre que conversava com ele. Eles conversavam online há quatro meses. Se conheceram em uma vídeo conferência da editora dele e, desde então, conversavam todos os dias. Primeiro com a desculpa de que tinham interesses profissionais em comum, agora já não sabiam se era bem isso. A verdade é que o relacionamento dos dois já não era profissional há tempos.
— Como foi seu dia? — Jean Patrick perguntou e contou tudo nos mínimos detalhes. — E o seu? — ela perguntou, ao fim de seu relato.
— Simplesmente não consegui pensar em outra coisa que não fosse o nosso encontro — Jean Patrick disse e, nesse momento, bateu na porta do quarto e entrou.
— ... — ela ia dizendo, mas mudou de ideia ao ver o notebook da amiga. sorriu e foi até a cama. — “Oie, Jotapê”! — ela disse para a tela, com seu melhor sotaque brasileiro.
— Boa noite, . — Jean Patrick respondeu, rindo — Ele e “não se conheciam”; não tinham um ao outro em suas redes socais, entretanto, às vezes se falavam por intermédio da conta de .
— O que foi? — perguntou, abaixando um pouco a tela do notebook.
— Nada, só vim dar boa noite. Boa noite, Jotapê! — gritou e saiu do quarto.
— Desculpa, você sabe como a é. — riu. — Mas você falava...?
*-*-*-*-*-*
estava deitada em sua cama e Josh massageava seus pés. Estava tão bom que ela quase dormiu, se não fosse Josh conversando com ela. Em menos de uma hora de conversa, ele já sabia porque ela estava em Londres e o que ela fazia exatamente na editora.
— Ei! — disse de repente.
Josh olhou pra ela e soltou seus dedos.
— O que foi? Te machuquei?
— Não, é só que eu lembrei que você não me contou de qual banda você é. — olhou para seu relógio digital em cima do criado mudo e viu que já eram 10:34 p.m — Nossa, olha que horas são! — ela deu um pulo da cama. — Tá muito tarde, preciso dormir.
— Tudo bem. — Josh deu de ombros com seu sorriso nos lábios.
balançou a cabeça. Ela foi até ele e colocou as mãos em seus ombros.
— Olha, você parece ser um cara legal — ela começou a dizer e podia jurar que a expressão do garoto mudou — e eu quero mesmo ter a chance de descobrir isso sozinha. Então, por que a gente não vai com calma, hã? — ela arqueou a sobrancelha e deu um selinho nele.
— Tudo bem, você está certa. — Josh levantou-se e o acompanhou até a porta.
— Então... — ele deu de ombros, colocando as mãos nos bolsos. – Nos vemos amanhã?
— Quem sabe? — sorriu. — Eu sei que você vai me ligar. – ela lhe deu um beijo de boa noite e voltou para o quarto.
*-*-*-*-*-*
E assim as semanas se passaram. Depois de alguns dias as meninas já não eram tão novas no escritório e, finalmente, parecia que as coisas estavam tomando o rumo da normalidade, para não dizer realidade.
e Josh continuaram se vendo. Em uma quarta-feira à noite ele ligou. Josh pediu desculpas por não poder vê-la e disse que manteria a surpresa até sexta, quando a levaria pra ver um show de sua banda.
Então, a quinta-feira tão aguardada finalmente havia chegado e estava muito ansiosa. O dia no escritório passou tão rápido que, quando ela percebeu, já estava em casa se arrumando para encontrar Jean Patrick.
— Tá linda! — quase gritou. vestia um vestido azul claro de alcinhas bem finas e um salto não muito alto.
— Sério? — ela perguntou virando-se para a amiga. — Eu preferia ir de jeans.
— Você não pode ir de jeans no bistrô mais caro da cidade!
— , quem disse que é o mais caro? E nem é um bistrô, é só um restaurante francês. — deu de ombros, finalizando sua maquiagem.
— Só pelo fato de ser francês já me consta que é caro.
— Ai, meu Deus! Eu tô nervosa!
— É claro que está. Se bem que não deveria... Sabe, vocês conversam há algum tempo. Talvez já dê pra ter uma noção de caráter, sei lá.
— Espero que dê tudo certo. — disse pegando a bolsa e saindo do quarto com , que a acompanhou até a porta.
— Relaxa, tudo vai dar muito certo. E eu não vou te esperar acordada. — fez graça e riu.
Klaus a deixou no restaurante. O bistrô francês mais caro da cidade, segundo . balançou a cabeça ao lembrar do comentário inútil da amiga e entrou.
O restaurante parecia uma enorme varanda: tudo era bem florido. Os biombos brancos lembravam cercas, por causa das trepadeiras transpassadas pela madeira. A luz era amarela e forte, fazendo lembrar a luz do sol.
estava procurando Jean Patrick, ela olhava de um lado para o outro até que seus olhares se cruzaram. Ele levantou e veio em sua direção. Vestia uma camisa preta e um blazer branco por cima, o que fazia um contraste e tanto com sua calça jeans preta. Os cabelos loiros estavam perfeitamente no lugar e os olhos eram tão azuis que pareciam duas contas de vidro.
— Jean Patrick. — ela disse e sorriu quando ele lhe deu um beijo na mão.
Eles foram para a mesa e, para total desespero de , ele já havia feito os pedidos: comida típica francesa. Enquanto a comida não chegava, os dois conversaram sobre o mais novo trabalho dele, que era um livro de poesias. estava mesmo interessada em trazê-lo para sua editora.
— Agora você vai provar a deliciosa comida francesa. — ele sorriu, pegando os talheres adequados. pegou os mesmos por puro reflexo: ela estava totalmente perdida naquela variedade de talheres e copos.
olhou para o prato e tudo o que conseguia ver era os pequenos caracóis. Já Jean Patrick parecia deliciar-se com o escargot ao molho branco com ovas de peixe.
— E então? — ele perguntou. Seu inglês era carregado de sotaque francês — Você gostou?
Disfarçadamente, pegou apenas um pouco de molho branco e provou.
— Delicioso! — ela forçou um sorriso.
continuou enrolando com o prato, enquanto Jean Patrick parecia estar comendo uma deliciosa pizza. ainda comentava sobre os livros dele, apenas para desviar a atenção dele de seu prato. Jean Patrick terminou e tomou um grande gole de água.
— Com licença, mademoiselle. — ele disse, levantando-se. — Vou ao toalete.
assentiu e, quando teve certeza de que ele não estava por perto, chamou o garçom e pediu a sobremesa. Ela torcia para que não fosse tão desastrosa quanto o prato principal.
Assim que Jean Patrick voltou o garçom trouxe a sobremesa que, para a alegria de , era crepe recheado com geleia de damasco.
Depois do jantar, eles deram uma volta de carro às margens do Tamisa. tentava prestar atenção no que Jean Patrick dizia, mas suas lembranças estavam tão vívidas em sua mente que era difícil.
— Você não está prestando atenção. — ele disse.
— Ah, estou sim... — ela sentiu as bochechas corarem.
— Não, não está. Está lembrando de alguma coisa. É aquele assunto?
Por um segundo se arrependeu de ter contado a ele sua última visita a Londres.
— Hum... Talvez sim.
Jean Patrick pôs a mão em seu joelho e apertou de leve.
— Tudo bem, eu entendo.
Ele dirigiu em silêncio até o apartamento dela. Quando percebeu que já estavam em sua rua, lembrou que precisava fechar um contrato com ele. Por um momento até sentiu-se mal por pensar que estaria usando-o de alguma forma, apenas para fechar um contrato.
— Então, você aceita minha proposta? — deu seu melhor sorriso, enquanto ele estacionava o carro em frente ao prédio.
— Bem, você aceita a minha proposta?
— Sua proposta? – franziu o cenho. – Qual?
Jean Patrick remexeu no bolso do blazer e tirou uma pequena caixa branca. Ele abriu, relevando um anel prateado com um enorme diamante em cima.
— Jean Patrick! — ofegou, arregalando os olhos. Ela piscou algumas vezes e olhou pra ele. — Você não acha que é meio cedo pra isso?
— Obviamente, não. — ele sorriu.
*-*-*-*-*-*
— Como foi? — estava largada no sofá vermelho da sala, ela tinha o notebook no colo e na tv passava “De Repente é Amor”.
estendeu a mão e mostrou o anel.
— Eu tenho um namorado francês. — ela disse.
— Que porra é essa?! — gritou. Ela levantou num pulo e pegou a mão da amiga com tanta força que quase a deixou maneta. olhava do anel para a amiga. – , isso é um anel de diamante?!
— Sim! — ria da reação da amiga.
— Meu Deus... – largou a mão de e se largou no sofá. — Uau!
— Ah! Fechei um contrato com ele também. — deu de ombros, tirando as sandálias de salto.
— Você se vendeu por um contrato, sua workaholic? — fez graça e riu.
— Vou dormir. — disse, já subindo as escadas.
— Ei, não esquece que amanhã temos um show pra ir.
— Tudo bem. — concordou, mas ficou imaginando a reação de Jean Patrick no show. Ele não parecia o tipo de pessoa que gostava de multidões.
entrou no quarto e uma sensação estranha tomou conta dela. Era como se alguém estivesse sufocando-a. Ela sentou-se na cama. Será que tinha tomado a decisão certa? Aceitando um pedido assim, tão repentino... Assim que esse pensamento passou por sua cabeça ela fez questão de tirá-lo de lá: não estava com medo do futuro e sim do passado. Já estava mais do que na hora de esquecer tudo o que havia vivido. Aqueles dias agora eram lembranças e, talvez, Jean Patrick pudesse mesmo ajudá-la a esquecer de uma vez por todas aquela época e fazê-la seguir em frente.
Naquela noite ela dormiu com sua jaqueta colegial.
— Eu estou tão animada! — era a terceira vez que repetia aquela frase em menos de dez minutos. As duas estavam esperando Jean Patrick na porta do prédio.
—Tô vendo, você não para de falar isso. – riu da empolgação da amiga.
— Até parece que você não está doida pra ver um show.
— Claro que sim. — admitiu. — Só espero que a banda dele seja boa.
— Gata, ele vai tocar no Royal Albert!
— Você percebeu que tá falando “ele vai tocar”? Que bonitinho, a tá apaixonada!
— Ah, cala a boca! — deu um tapinha em . As duas continuaram nessa discussão por mais dez minutos, até Jean Patrick chegar.
— Você está atrasado, Jotapê. — disse, entrando no banco traseiro do Tucson.
— Eu sei, me desculpem. Fiquei trabalhando até agora.
Eles chegaram no Royal Albert e Josh havia conseguido passes livre até para o estacionamento exclusivo, que foi onde Jean Patrick deixou o carro. Ele mal estacionou e já estava do lado de fora com sua credencial VIP no pescoço. e Jean Patrick saltaram do carro e entregou suas credenciais.
Eles foram até a porta principal de acesso ao backstage e, antes mesmo de entrarem no camarim, encontraram Josh no corredor.
— Baby! — disse, abraçando o garoto pelo pescoço e lhe dando vários selinhos.
— Tudo isso é pra poder falar que ela namora um baterista... — disse.
— Eu ouvi isso! — disse, mostrando o dedo do meio pra amiga, mas ainda abraçada com Josh.
— Vamos entrar em dez minutos. — Ele sorriu e bateu palminhas.
— Finalmente vou te ver tocar! — disse e Josh riu.
— E conhecer sua banda misteriosa.— disse.
— Misteriosa? Não é misteriosa, eu toco pro... — Josh não conseguiu terminar a frase, porque alguém o chamou no fim do corredor.
— “Joshiiie”!
E todos se viraram em direção a voz.
— Puta que pariu! — disse em português, fazendo Jean Patrick levar um susto.
— O que foi? — Josh perguntou sem entender.
olhou pra , que estava congelada no lugar.
— Josh! — o dono da voz aproximou-se deles e viu as garotas. — Mentira!
— Niall! — as duas gritaram e o abraçaram.
— Vocês se conhecem?! — Josh e Jean Patrick perguntaram juntos. Eles se entreolharam e percebem que não haviam sido apresentados.
— Eu sou o Josh, — ele estendeu a mão. — namorado da .
— Muito prazer. — Jean Patrick apertou a mão de Josh. — Jean Patrick, namorado da .
— O quê? — Niall quase gritou. — Você tá namorando o Josh? — ele olhava de para Josh. —E vocês estão aqui. Eu nem acredito!
— Acho que é uma longa história... — deu de ombros.
— Com certeza temos muito o que conversar. — Niall estava prestes a falar mais alguma coisa, mas um homem da produção apareceu.
— Dois minutos, meninos. — ele disse olhando pra Niall e Josh.
— Vocês não saiam daqui! — Niall disse.
— A gente pode assistir ao show? — perguntou, fazendo bico.
— Claro, sua boba! — Niall a abraçou pelos ombros e eles foram andando em direção ao palco.
— Ahn... Eu não sabia que vocês se conheciam. — Josh disse, coçando a nuca.
— Longa história... — suspirou. Quando eles chegaram na entrada do palco ela sorriu. — Bom show, baby. — ela lhe deu um beijo e Josh foi tocar com um enorme sorriso no rosto.
Elas assistiram ao show do canto do palco. O lugar estava extremamente lotado e todas as pessoas cantavam as músicas com eles. Eles estavam tão lindos, tão felizes, tão... delas.
passou o show todo abraçada com Jean Patrick, mas sabia que a amiga não estava confortável naquela situação. Na verdade, para muitas pessoas ali aquela situação não era confortável mesmo. O show acabou e quase não prestou atenção em Josh. Ela se sentiu mal por isso, mas era quase que impossível olhar pra outra pessoa quando Louis estava ali tão perto.
Elas estavam no camarim quando Niall abriu a porta:
— Tcharam! — ele disse e as meninas riram.
Zayn, Louis, Liam e Harry ficaram boquiabertos. Josh espremeu-se entre eles e foi sentar-se ao lado de .
— Oi? — disse pra quebrar o gelo e eles pareceram acordar.
— Vocês voltaram? — Liam foi primeiro a se manifestar, com um sorriso no rosto.
— Sim. — respondeu.
— Por quanto tempo? — Zayn perguntou.
— Bom, estamos morando aqui. – deu de ombros e sorriu.
— Há quanto tempo? — Harry perguntou. Ele foi até a geladeira do camarim e pegou uma garrafa de água. Harry sorriu e sua covinha apareceu.
— Umas duas semanas.
sabia que Louis a encarava e ela não tinha coragem de sustentar o olhar. Na verdade, ela não levantou os olhos até ele.
— Que incrível! — Harry mordeu a tampinha da garrafa. olhou pra e as duas coraram. Harry não pareceu notar. — Isso merece uma comemoração! — Harry riu.
— Na verdade, não podemos . — Jean Patrick disse, levantando-se junto com .
— E você quem é? — Harry perguntou, olhando o outro da cabeça aos pés.
— Jean Patrick, o namorado da . — Jean Patrick sorriu. achou que era fruto de sua imaginação, mas ela pensou em ter visto Zayn cerrar os dentes.
— Bom... — Harry deu de ombros, como se tivesse determinado que iria ignorar o francês a partir daquele momento. – E você, ?
— Eu não sei. O que você acha? — ela perguntou virando-se pra Josh. — Tá a fim?
— Claro! — como sempre, Josh estava animado.
— Peraí! — Liam disse. — Vocês... — ele apontava pra e Josh. — Vocês...? — Liam esfregou um indicador no outro.
— Ah, sim! — Josh respondeu, levantando-se com .
— Wow! Temos muito o que conversar. — Liam riu balançando a cabeça.
Por fim eles deixaram a “comemoração” para depois. Os meninos teriam uma agenda bastante lotada na manhã seguinte e as meninas também estavam cansadas. Mas domingo estavam de folga e iriam todos para o apartamento delas.
foi embora com Josh. Ele falou o caminho todo sobre o show e ela apenas concordava, com um sorriso estampado no rosto. Sabia que não era justo com ele, mas não conseguia pensar direito. Ela agradeceu mentalmente quando eles finalmente foram dormir, talvez só precisasse de uma boa noite de sono.
— Tudo bem se eu ficar sozinha hoje? — perguntou quando Jean Patrick estacionou em frente ao prédio.
— É claro. — ele sorriu e lhe deu um beijo na testa.
entrou no elevador sentindo-se livre, porém, não totalmente.
O dia seguinte foi estranho para as duas. e Jean Patrick foram a algum tipo de museu francês. Ele contava a história de seu país, e ela realmente gostaria de prestar atenção, mas simplesmente não conseguia.
— Você está tão pensativa hoje. — Jean Patrick comentou. Eles estavam em um café perto do museu.
— Eu? Não. — balançou a cabeça e sorriu, com a colher mexendo na sua xícara de cappucino intocado.
— Se eu não te conhecesse diria que está preocupada.
”Então eu acho que talvez você não me conheça”, ela pensou enquanto olhava pra ele.
— Na verdade, eu só não estou me sentindo bem. Pode me levar pra casa? — ela se levantou pegando a bolsa.
— Não prefere ir ao médico? — Jean Patrick perguntou, enquanto entrelaçava seus dedos nos dela.
— Tenho certeza que é só cansaço. Ficarei bem depois que dormir um pouco. — ela sorriu e ele lhe deu um selinho.
Durante todo o caminho ela ficou quieta. Na verdade, não conseguia parar de pensar na reação de Zayn quando Jean Patrick disse que era seu namorado. O que foi aquilo? Ele tinha mesmo ficado desconfortável? não tinha certeza de que ele pudesse mesmo ter ficado desconfortável, afinal, eles não se viam há tanto tempo. Zayn já devia tê-la esquecido. Certo?
— Pronto. — Jean Patrick disse, estacionando o carro em frente ao prédio dela. — Quer que eu suba com você?
— Não precisa, eu estou bem. Só me desculpa por hoje, está bem? Eu ligo pra você quando me sentir melhor.
— Estarei esperando ansiosamente. — ele sorriu e lhe deu um beijo demorado.
Quando e Josh acordaram já passava do meio dia. Ele pediu comida chinesa e eles estavam comendo, ainda de pijama, no sofá da sala. A televisão estava ligada na MTV, onde passava vários clipes. Os dois comentavam e, na maioria das vezes, ria dos comentários de Josh. Ela até estava se divertindo. Então, um clipe da One Direction começou e ela ficou em silêncio, apenas ouvindo a música que, sim, ela sabia de cor, e admirando aqueles garotos na tela. Josh fazia piadas sobre os meninos, mas ela já não prestava mais atenção nele. O clipe acabou e ela levantou num pulo.
— Josh. — ela disse passando a mão na testa. — Acho que já está na hora de você ir.
— Por quê? – ele perguntou fazendo cara de bebê chorão e ela teve que desviar o olhar.
— Eu prometi pra que arrumaria umas coisas aqui na casa hoje e... eu preciso fazer isso! – ela improvisou, enquanto ia até a cozinha e deixava o resto da comida chinesa na geladeira.
— Eu posso te ajudar. — Josh disse. Ele estava atrás dela.
— Não! Não precisa, sério. — ela sorriu e, pegando sua mão, foi com ele até a porta. lhe deu um beijo rápido. Ela abriu a porta e o empurrou de leve. — Tchau! — ela acenou e fechou a porta na cara dele.
Dez segundos depois, a campainha tocou.
— Josh? — ela abriu a porta.
— Hum... Eu posso pegar minhas roupas? — ele perguntou e ela riu, percebendo que ele ainda estava de pijama. Josh riu também, mas entrou e subiu até o quarto dela.
Depois de alguns instantes ele voltou já vestido. Josh passou a mão no cabelo e olhou pra .
— Tudo bem, acho que você precisa ficar sozinha. Não quero que você enjoe de mim. — ela riu e abriu a porta pra ele.
— Ah! Hum... Amanhã nós não vamos nos ver. Você sabe, os meninos vêm pra cá e a gente tem muita coisa pra conversar, então... — deu de ombros. Ela havia dispensado seu namorado para ficar com seus amigos e com seu ex que, por acaso, era o amor da vida dela, e ela não se sentia nenhum pouco mal por isso.
— Tudo bem. Você me liga? — Josh perguntou, com os olhinhos esperançosos.
— Claro! — ela lhe deu um selinho rápido e, finalmente, fechou a porta. Mas ela não tinha tanta certeza de que ligaria.
Mais tarde naquele dia, e estavam assistindo a um filme qualquer na sala quando perguntou:
— O Jotapê não vem amanhã, né?
— Por quê?
— Bom, eu disse pro Josh que não nos veríamos amanhã.
— ! Ele é seu namorado!
— Mero detalhe. — ela abanou o ar. — Eu só acho que seria melhor, sabe? Assim teremos mais tempo para conversar com os meninos.
— Você não gosta dele, né? — perguntou.
— Isso é uma questão a ser discutida... — disse e riu.
Quando foi dormir ela mandou uma mensagem para Jean Patrick:
Estarei ocupada amanhã. Te ligo assim que puder.
Xoxo
A campainha tocou e pulou do sofá.
— Caramba! Tudo isso é ansiedade? — riu. Ela estava na cozinha fazendo alguns sanduíches.
— Palhaça. — mostrou a língua e foi abrir a porta. — Hey! — ela sorriu para os meninos que, ao passarem por ela, lhe deram beijos no rosto. Zayn era o último.
— Oi. — ele disse, tentando, em vão, conter o sorriso.
— Zayn... — ela disse, quase que num suspiro, e teve vontade de dar um tapa na própria testa. — Entra. – ela deu espaço para ele passar e depois fechou a porta atrás de si.
— Senti falta da sua comida, . — Niall disse de boca cheia. Ele comia um sanduíche e tinha outro na mão.
— É só um sanduíche, Niall. — Ela disse indo para a sala com uma bandeja cheia de pãezinhos.
— Mesmo assim. Só de não ter o trabalho de fazer, já é demais. — Niall disse e riu.
— Cadê o Louis? — perguntou, já sentindo toda sua animação se esvair.
— Ele não veio. — Harry respondeu.
— Isso eu percebi sozinha, Sherlock. Mas por que não? Ele... não quis?
— Não, não foi isso. Ele teve que ajudar nos preparativos do casamento.
— Ca-ca-ca-ca- — começou a gaguejar e sentou-se no braço do sofá — casamento?
— Sim, ele vai ser padrinho de um casamento.
expirou o ar com força e Harry caiu na gargalhada.
— Entrou em choque, hein, gata.
— Eu te mato, Styles.
— Então... — Zayn e disseram juntos. Os dois se entreolharam e riram.
— O que vocês estão fazendo aqui? — Liam perguntou.
— Estamos trabalhando em uma filial da nossa editora. — respondeu, enquanto pegava um pãozinho. — Foi ideia do nosso chefe nos transferir pra cá. Ele também quer implementar mais autores ingleses no catálogo.
— Parece ser bem legal. — Liam comentou, sorrindo.
— Claro que é! Estamos em Londres! — disse e todos riram.
— E vocês? — perguntou. — O que estão fazendo no momento?
— Acabamos de voltar de uma turnê no Japão. — Niall disse. — Agora vamos entrar em estúdio.
— Li em algum lugar que agora vocês compõe suas letras. — disse e olhou para Liam.
— É. — ele confirmou – Parece que aquele caderno me deu mesmo sorte, haha.
— Então vocês lêem sobre nós? — Harry perguntou com um sorriso no canto dos lábios.
As duas se entreolharam. A verdade era que elas não liam nada. Na verdade, haviam criado um tipo de muro: elas não liam nada a respeito dos garotos, nem da banda. Achavam que assim seria mais fácil se distanciar. Deu certo por um tempo.
— Claro que não, Styles. — respondeu. — Temos muito trabalho pra perder tempo lendo sobre sua bandinha. — ela deu de ombros e fez cara de desdém.
— “Bandinha”? — Harry se fez de indignado e jogou uma almofada em . — Aliás, você está namorando o baterista da minha “bandinha”.
— É verdade, , — Liam disse. — você está namorando o Josh.
— E daí, gente?
— Espera aí! – Niall disse remexendo nos bolsos até encontrar seu telefone. — Deixa eu ligar o gravador, acho que o Louis vai se interessar por essa parte.
— Haha, como você é besta. — mostrou a língua.
— Qual é, ? Não vai contar? — Zayn entrou na brincadeira.
— Até você, Malik? — bufou. — Não tem nada pra contar: Josh e eu nos conhecemos e estamos juntos, só isso.
— Bom, pelo menos o Josh não é um francês engomadinho. – Harry disse e depois olhou, assoviando, para o teto.
— Hey! Não fala assim! — o repreendeu, batendo seu ombro no dele.
— Desculpa, mas aquele cara é um pé no saco! — Harry disse.
— Concordo! — estendeu a mão e os dois fizeram um hi-five.
— Ei! — olhou pra amiga. — Ah! A está escrevendo um livro.
— Sério? — Liam disse. — Que demais!
— Aposto que é minha biografia. — Harry disse, passando a mão pelo cabelo.
— Claro, Hazza. — bateu os cílios pra ele. — Você é o centro do meu mundo.
— Poxa, , eu sempre pensei que você tivesse potencial. Mas escrever uma biografia do Harry... — Liam disse balançando a cabeça e todos riram, menos Harry, que fingiu estar bravo.
Eles passaram a tarde toda conversando. Era óbvio que a falta que sentiram um do outro era recíproca. Por algumas horas, eles sentiram como se tivessem voltado no tempo, onde tudo havia começado.
levantou e foi até a cozinha buscar a sobremesa.
— Eu te ajudo. — Zayn disse e foi atrás dela.
abriu a geladeira e pegou uma bandeja com várias tacinhas de brigadeiro.
— Brigadeiro! — Zayn disse.
— Você lembra? — riu.
— Tem como esquecer? — Zayn perguntou olhando nos ñolhos dela e, por um instante, ela teve certeza de que ele não falava só do doce. — Hum... Eu tô feliz que você tenha voltado. — Zayn sorriu.
— Eu também.
Eles ficaram em silêncio um instante. Sabiam que havia milhares de coisas para serem ditas, mas também sabiam que muitas dessas coisas podiam ter um efeito colateral não muito bom.
— Ei! Essa sobremesa é pra hoje? — Liam perguntou, trazendo os dois de volta à vida.
Na manhã seguinte, tinha uma reunião com Jean Patrick. Ela se sentia estranha em relações a várias coisas: teria uma reunião de negócios com seu namorado, do qual já não tinha mais tanta certeza sobre o que sentia. Não conseguia tirar Zayn da cabeça e isso não era nada bom, tendo em vista todo o esforço que ela fizera nos últimos três anos.
— Bon jour, mon ange. — Jean Patrick entrou na sala e a cumprimentou.
— Olá, bom dia. — ensaiou um sorriso, enquanto ele se inclinava por cima da mesa e lhe dava um selinho.
Ela levantou e foi até a porta, trancando a mesma. virou para Jean Patrick que, como sempre, estava perfeito demais. Ele tirou os óculos escuros, enquanto ela voltava para sua cadeira.
— Você trouxe o manuscrito? — ela perguntou.
Jean Patrick enganchou uma das hastes do óculos na gola em V de sua pólo branca. Ele contornou a mesa e foi até ela, girando sua cadeira de modo que ficasse de frente para ele. Jean Patrick apoiou as mãos nos braços da cadeira, ele inclinou-se e a beijou. Por um momento ela cedeu, mas, quando ele colocou uma das mãos na coxa dela por dentro da saia, o empurrou.
— O manuscrito. — ela disse, firme.
Jean Patrick franziu o cenho.
— Isso é sério?
— E por que não seria? Eu sou sua editora, preciso ler seu manuscrito. Temos um prazo.
Ele passou as mãos pelo cabelo loiro, que brilhou com a luz do sol que entrava pela janela.
— Bom, acho que eu entendi errado...
suspirou. Ela cruzou os braços e olhou pra ele.
— Tudo bem, me desculpe. Eu te mando o manuscrito ainda hoje. — e, dito isso, ele saiu da sala dela.
jogou a cabeça pra trás e fechou os olhos.
Na sala ao lado, digitava furiosamente em seu teclado. Ela estava editando o manuscrito de um de seus clientes: um livro infantil. Entretanto, não conseguia se concentrar na história de Corby, o rinoceronte. Sua cabeça estava em Louis.
Ela pegou o celular e ligou para Josh:
— ! — ele atendeu no primeiro toque.
— Sim, oi. Ahn... Será que você tem o telefone do Louis?
— Louis... Tomlinson?
— Sim.
— Ahn. Tenho, mas- — Me passa, por favor? — o interrompeu.
— Tá, eu te mando por mensagem. Nós vamos nos ver hoje? — Pode passar lá em casa mais tarde. Beijo! — ela nem esperou a resposta e desligou. — Você é uma vadia... — disse sozinha, enquanto discava o número de Louis, que Josh acabara de mandar por mensagem.
— Tomlinson falando. — Louis atendeu no terceiro toque. Se não estivesse sentada, teve certeza de que cairia.
— Desde quando você é tão importante pra atender assim? — ela fez graça e Louis riu do outro lado.
— .
— Essa mesmo. Consegui seu número em um site de fãs histéricas. Essas garotas são mesmo eficientes!
-— Você tá falando sério?! — Claro que não, Louis! Liguei pra te perguntar se você quer almoçar comigo. — convidou e fechou os olhos esperando pela resposta.
— Claro. — ela podia sentir que Louis sorria do outro lado da linha. — Mas você sabe que quem convida paga. — Haha, bobo. No Maddy’s ao meio dia?
— Serei o popstar bonitão. — Neste caso, estarei lá daqui há 15 minutos. Você sabe, suas fãs são eficientes. — eles riram e desligaram.
Na hora do almoço, e desceram até o térreo juntas no elevador. estava tão nervosa que não parava de rir e falar ao mesmo tempo.
— Se controla! — disse, chacoalhando-a pelos ombros.
— Eu tô me controlando!
— É só o Louis. — lembrou. – Talvez você estaria menos nervosa se estivesse indo almoçar com a rainha. — fez graça e riu, se acalmando um pouco.
— Tem certeza que não quer ficar? — perguntou, enquanto elas atravessavam a rua.
— Claro que não! — quase gritou. — Não vou atrapalhar vocês dois. Depois você me conta. — deu um tchau e virou a direita, enquanto seguia reto, em direção ao restaurante que marcara com Louis.
queria comer algo diferente. Ela entrou em uma rua que parecia ter bastante opções. Havia uma lanchonete ao lado de um restaurante italiano. Do outro lado da rua havia um restaurante indiano, mais à frente uma padaria e depois um restaurante francês que não era opção de jeito nenhum. Por fim, acabou entrando no restaurante italiano. Ela sentou-se em uma mesa perto da janela. Apesar de ser primavera, o dia estava frio e o sol que entrava pelo vidro a aquecia. Ela estava folheando o menu quando olhou para a porta e perdeu todo o apetite: Zayn e Perrie entravam no restaurante. Os dois estavam de óculos escuros e de mãos dadas. ficou sem reação e os dois não pareceram notá-la, já que foram direto para o mezanino do lugar.
— A senhora gostaria de fazer o pedido agora? — a garçonete perguntou.
— Ahn... Desculpa. Eu... — não terminou a frase. Ela pegou sua bolsa e saiu o mais rápido que pode dali.
*-*-*-*-*-*
Quando chegou ao restaurante Louis já estava lá. Aparentemente, ele estava ansioso, já que olhava para a porta quando ela entrou. Ele se levantou quando ela se aproximou.
— Oi. — ele disse, abraçando-a. Ela retribuiu o abraço e deixou que o momento se prolongasse o máximo possível. – Você está atrasada. – Louis disse, enquanto empurrava a cadeira que ela sentava.
— Uma dama nunca está atrasada. — ela disse.
— Onde está a dama?! — Louis fingiu que procurava por alguém, olhando pra todos os lados.
— Idiota! — riu, dando um tapinha em sua mão.
O garçom chegou e os dois pediram fritas com steaks.
— Eu senti sua falta ontem. — disse.
— Eu gostaria de ter sentido sua falta só ontem. – Louis respondeu e levantou a sobrancelha. olhou pra ele e piscou algumas vezes. Ela não sabia o que falar.
— Louis...
— Desculpa. Eu falei sem pensar. Mas enfim, — ele abanou o ar e continuou — a Eleanor vai casar e me escolheu como padrinho. Ontem tive que ir a um ensaio — Louis explicou.
— A Eleanor vai casar?! — não acreditava. Eleanor iria casar e não era com Louis. Sim, ela ficou feliz por isso.
— Você ficou feliz com isso. — Louis observou. — Será porque minha única participação no casamento é como padrinho?
— Não seja tão convencido, Tomlinson. — balançou a cabeça tentando não rir.
— Ahn... Você e o Josh estão mesmo juntos?
Ela demorou um pouco pra responder.
— Sim.
- Por quê?
olhou pra Louis e inclinou a cabeça pro lado.
— “Por quê?”. Que tipo de pergunta é essa?
— Você não podia, sabe?
— O quê? — ela não estava gostando do rumo da conversa.
— Quer dizer, você volta pro país e começa a namorar o meu baterista.
— Ele não é seu baterista, ele toca na sua banda. E você queria que eu fizesse o quê, Louis? Que esperasse o destino nos fazer esbarrar qualquer dia desses?
— Eu esperaria.
— Você esperou três anos.
Eles ficaram em silêncio por alguns minutos. Ele não tinha o direito de falar aquelas coisas pra ela.
— Você não pode me falar essas coisas agora. — disse, já sentindo as lágrimas chegarem aos seus olhos. Ela se levantou.
— Aonde você vai?! — Louis perguntou. Ele se levantou e a segurou pelo pulso.
— Foi um erro te chamar aqui . — ela disse e puxou o pulso. E depois saiu do restaurante.
— Tudo bem. – disse quando as duas entraram no apartamento. — Não é só porque o nosso almoço foi uma droga que o jantar tem que ser também.
— Na verdade, o Jean Patrick vem aqui. — disse e deu de ombros.
— Bem, boa sorte. — riu e revirou os olhos.
— Se serve de consolo, o Josh também vem.
— , o que nós estamos fazendo? — perguntou, se jogando no sofá.
— Bom, eu não sei. — respirou e balançou a cabeça. — Só espero que as coisas voltem ao normal.
— E o normal seria o quê? — perguntou, mas não respondeu. Na verdade, nenhuma das duas sabia o que seria normal agora.
Mais tarde Jean Patrick e assistiam a uma comédia romântica no sofá da sala. Por algumas horas ela até chegou a pensar que as coisas estavam se ajeitando.
— Vamos a Paris este final de semana. — ele disse quando o filme acabou.
— Vamos?
— Bom, é aniversário da minha mãe e eu gostaria que você fosse.
— Tudo bem. — ela sorriu e ele a beijou. – Me desculpa por hoje de manhã. Eu só estava um pouco estressada por causa do trabalho.
— Sem problemas, eu entendo. — ele disse, beijando seu pescoço. — Por que não vamos para o quarto e eu te faço uma massagem?
Eles subiram e, naquela noite, ela não dormiu com a jaqueta.
*-*-*-*-*-*
— Conseguiu falar com o Louis? — Josh perguntou bem quando já estava quase dormindo.
— Sim.
— Por que você não me contou?
— Não te contei o quê?
— Que vocês namoraram. — Pelo seu tom de voz Josh parecia mesmo magoado.
respirou fundo e virou-se para ele.
— Desculpa. — ela disse, colocando as mãos no rosto dele. — Eu só achei melhor não lembrar do que já aconteceu...
— Ele é mesmo passado? — Josh perguntou.
— Sim. — respondeu depois de um tempo. E então sentiu várias coisas ao dizer aquela única palavra. Claro que Louis não era passado. O que sentia por ele estava muito vivo dentro dela. Por um momento ela achou que Josh soubesse que era mentira, mas então ele sorriu e a puxou para mais perto.
Na manhã seguinte, acordou com um beijo na testa.
— Bom dia, princesa. — Josh sorriu quando ela abriu os olhos.
— Josh... — ela olhou pra ele e depois pra bandeja de café da manhã que ele tinha nas mãos.
— Infelizmente, já está na hora de você levantar. — ele sentou-se ao seu lado e colocou a bandeja em seu colo.
— O que é tudo isso? — ela perguntou, recostando-se na cabeceira.
— Só pra que seu dia comece bem. — Josh deu de ombros e corou um pouco.
— Você é um fofo! — riu, enquanto tomava um gole do suco de laranja. “E você é uma vadia”, ela pensou, enquanto olhava pra Josh que, mesmo tendo acordado cedo, parecia feliz com isso.
*-*-*-*-*-*
— Então você vai para Paris? — perguntou. O expediente havia acabado e elas estavam no elevador.
— Não tenho muita opção, né?
— Na verdade, você tem sim. — riu.
— Talvez essa viagem seja boa, sabe? — deu de ombros. Na verdade, ela mesma precisava acreditar naquilo. Por enquanto só tinha certeza de uma coisa: a viagem seria importante. Só não sabia se seria boa ou ruim.
Assim que saíram do prédio o celular de tocou:
— Alô?
— , é o Liam. — O garoto disse do outro lado da linha.
— Olá, popstar. — disse e Liam riu.
— Quem é? — perguntou
— O Liam. — disse, afastando um pouco o telefone da boca.
— O que vocês farão agora? — Na verdade, nada.
— Estamos na casa da Dani. Venham aqui. — Tudo bem, estamos indo.
Liam passou o endereço e desligou.
— Aonde estamos indo? — perguntou, enquanto entravam no carro.
— Para a casa da Dani! — falou de um jeito afetado e riu.
passou o endereço para Klaus, enquanto ele ligava o carro.
Vinte minutos depois, Klaus estacionou em uma rua bem movimentada e com vários carros estacionados. As duas saltaram e ficou encostada no carro.
— Cara... — ela disse olhando pra casa. — Não sei se foi uma boa ideia.
— Por que não?
— O Zayn vai estar aqui, provavelmente, com a Perrie.
—E você vai se esconder deles a vida toda?
— Não me esconder. Só... — deu de ombros. — evitar. — ela disse a última parte mais baixo.
— Olha, eu sei que essa situação não é nada legal, mas evitar o Zayn é quase o mesmo que evitar os meninos. E, até onde eu sei, eles são seus amigos.
ficou em silêncio, ainda olhando pra casa que parecia bem cheia.
— É sério, . — aproximou-se da amiga e colocou as mãos em seus ombros. — Nós vamos ter que passar por isso. Eu sei que o Louis também vai estar aqui, mas acho que já está na hora de pararmos de evitar as coisas.
— Tudo bem. Vamos?
— Klaus, pode ir pra casa. — disse. — Nos vemos amanhã.
O motorista assentiu batendo os dedos no quepe e foi embora.
— Vamos? — deu o braço para .
As duas atravessaram a rua e entraram na casa de Danielle.
Assim que entraram na casa, as duas tiveram certeza de que aquilo estava mais pra festa do que pra happy hour. Kings Of Leon tocava pelas caixas de som e várias pessoas estavam espalhadas por todos os cômodos.
- Hey, vocês chegaram! – Liam disse, por cima da música. Ele descia as escadas de braços abertos e as cumprimentou com beijos no rosto.
- Pensei que era só um happy hour – disse, enquanto seguiam Liam para outro cômodo.
- Eu também – Ele concordou – Mas você sabe, um vai chamando o outro e da nisso. - Eles riram e entraram em uma outra sala. Esta estava bem menos cheia e menos barulhenta. Todos os meninos estavam lá, assim como Danielle e Perrie. apertou a mão de , quando avistou a Barbie do Mal. Perrie continuava linda: super maquiada. A única diferença era que, agora, seu cabelo estava roxo.
- Olá, meninas – Danielle sorriu e acenou pra elas.
- Hey! – Harry levantou e foi cumprimentá-las.
- O que querem beber? – Niall perguntou, aproximando-se.
- Uma caipirinha! – disse e olhou espantada pra amiga.
- Uma o quê?! – Niall perguntou.
- Posso te ensinar a preparar, se a Dani liberar a cozinha – disse.
- Sinta-se em casa! – Danielle disse, levantando seu copo na direção da outra.
Harry, Niall, e foram para a cozinha. O cômodo estava um pouco cheio e demorou um pouco para achar os ingredientes necessários.
- Você fazendo caipirinha? – perguntou, em português.
- Ah, eu precisava sair de lá! – respondeu na mesma língua.
- Não comecem! – Harry disse, fuzilando as duas com os olhos.
- Desculpa – Elas disseram juntas.
- Aqui – chacoalhou a vodka, o limão e o açúcar e depois colocou a bebida em quatro copo pequenos.
- Vamos brindar a quê? – Niall perguntou. Ele ergueu seu copo, assim como os outros três.
- Ao futuro? – propôs.
- Ao futuro! – Todos concordaram e brindaram seus copos, logo em seguida virando a caipirinha num gole só.
- Uaaaau! – se apoiou no balcão da cozinha, enquanto ria de olhos fechados.
- Muito bom! – Harry disse, já enchendo seu copo outra vez.
- Muito forte – Niall estava vermelho e todos riam dele.
- Quero experimentar isso – Louis disse entrando na cozinha, enquanto enchia seu copo.
- Vamos – Ela disse, entrelaçando seu braço com o de Niall – Acho que você precisa de ar! – E os dois saíram da cozinha, indo para o quintal.
olhou pra Louis e depois pra Harry, que balançou a cabeça.
*-*-*-*-*-*
estava sentada em um banco, no jardim da frente. Ela estava sozinha, com seu terceiro copo de caipirinha, admirando a noite fresca. Ela percebeu quando alguém sentou do seu lado e, só pelo perfume, já sabia quem era.
- Hey – Zayn disse.
- Oi – respondeu, sem olhar pra ele. Ela tomou mais um gole.
- Então agora você bebe? – Ele perguntou, olhando pra ela.
- Então agora você mente? – Ela retrucou, ainda olhando pra rua.
- Eu menti? – Zayn perguntou, depois de um tempo.
- Você disse que não falava mais com ela.
- Isso foi há três anos!
- E por que você não me contou que estavam juntos? – perguntou, dessa vez olhando pra ele – Você teve tempo pra isso.
Zayn não respondeu. Agora era ele quem olhava pra rua.
- O que foi, Zayn? Você esqueceu? – perguntou. Talvez fosse o efeito da bebida, mas ela sentia vontade de lhe falar tudo o que estava preso – Quem sabe vocês já estavam juntos quando eu fui embora...
- Eu nunca menti pra você – Zayn disse, seu maxilar se contraiu.
- O que você tinha em mente? – Ela levantou-se, ficando na frente dele e aparentemente ignorando o que ele falara – Pretendia esconder isso de mim até quando? Até ficar comigo de novo?
- O que você pensa que eu sou, ?! – Zayn perguntou, elevando um pouco a voz.
Ela terminou seu drink e olhou pra ele.
- Sinceramente, Zayn, eu não te conheço mais. – E voltou pra dentro da casa.
- Merda! – Zayn disse, fechando os olhos e passando as mãos pelo rosto.
Assim que entrou na sala, ela esbarrou em alguém.
- Desculpa – Ela disse e, quando levantou os olhos, se deparou com Perrie.
Perrie apenas levantou a sobrancelha e sorriu. teve vontade de deixar o seu rosto da cor de seu cabelo, mas apenas balançou a cabeça e saiu.
*-*-*-*-*-*
e Liam estavam sentados nos balanços que havia no quintal da casa. Liam estava apoiado em uma das correntes e olhava pra porta da casa, onde Danielle conversava com algumas amigas.
- Você está apaixonado – disse, percebendo o jeito que ele olhava pra Danielle.
- Eu acho que sim – Liam corou um pouco.
- Me desculpa, Liam – Ela disse, olhando pra ele – Sabe, por ter te feito sofrer...
- Ei, para com isso – Liam apertou a mão dela – Você ainda é uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida.
riu.
- Eu tô muito feliz por vocês. A Danielle é muito sortuda.
Eles ficaram sem silêncio por um tempo e começou a balançar.
- Acho que eu te conheço o suficiente pra saber que você não está feliz, – Liam disse.
parou o balanço e olhou pra ele.
- É claro que eu tô! Tô morando no lugar que eu mais gosto no mundo, minha carreira está muito bem...
- Eu não tô falando disso, – Liam disse, interrompendo-a. – Eu tô falando do seu coração.
- Ele continua batendo – tentou fazer graça, mas Liam não riu.
- O que você tá fazendo com o Josh? – Liam perguntou.
- Ah, Liam – Ela suspirou, balançando a cabeça – De novo essa história?
- Quero dizer, ele é mesmo um cara legal. E com toda certeza merece ser feliz. Mas ele não é o cara certo pra você, . E você sabe disso. Lembra quando você me fez prometer que ia pelo menos tentar ser feliz? Pra dar uma chance pra Danielle?
- Lembro.
- Agora sou eu quem tá te pedindo isso. Da uma chance pro Louis.
- Liam, acho que nosso tempo já passou.
- Ah, como você é teimosa! – Eles se levantaram do balanço e Liam a abraçou.
*-*-*-*-*-*
estava sentada em um sofá na sala. Havia falado com Jean Patrick há poucos minutos. Ela tinha esquecido de dizer pra ele que sairia depois do trabalho e Jean Patrick estava furioso. Disse que ia buscá-la e desligou o telefone na cara dela. estava brava. Não tinha certeza se estava brava com Jean Patrick, apesar de que algo lhe dizia que ela deveria estar. A única certeza que tinha era que estava bêbada. Depois que a caipirinha acabou ela passou pra cerveja e já estava na terceira garrafa. O mundo parecia girar e ela agradeceu por estar sentada. As pessoas ao seu redor estavam desfocadas e ela ria por isso.
- Aí está você – Jean Patrick disse, entrando na sala. Seu cabelo loiro era curto, porém ele fazia um pequeno rabo-de-cavalo na nuca, coisa que achava ridículo. Ele sempre usava alguma peça de roupa branca, mas hoje estava totalmente vestido de branco. Até os sapatos. olhou pra ele e começou a rir mais ainda.
- Você é ridículo! – Ela disse em português. Jean Patrick fez uma careta, sem entender o que ela dizia. Ele se aproximou e a levantou do sofá.
- Vem, vamos embora daqui – Ele disse, passando seu braço ao redor da cintura dela.
- Ah, eu não quero ir embora! – sentou de novo e terminou sua garrafa de cerveja – Você acabou de chegar, senta ai – Ela já estava falando enrolado.
- Eu não vou ficar aqui. E você vai embora comigo – Mais uma vez, ele a levantou.
- Eu não quero ir! – choramingou.
- Você está bêbada – Jean Patrick disse, quase com nojo na voz.
- Me solta, eu não quero ir com você! – gritou.
- Cale a boca! – Jean Patrick gritou de volta.
- Hey! – Harry apareceu na porta. Ele olhava para os dois, tentando entender.
- Harry – o chamou – Eu não quero ir embora com ele – Ela disse, tentando se soltar dos braços de Jean Patrick.
- Você a ouviu – Harry disse, dando um passo à frente – Ela não quer ir.
- Ela está bêbada, não tem o que querer – Jean Patrick disse. Ele fez menção de sair e Harry se pôs entre ele e a porta. – Me dá licença.
- Não – Harry disse – E você vai soltá-la agora.
- Ou o quê?
- Ou eu vou te dar um soco tão forte, que você vai parar no topo da Torre Eiffel, seu francês de merda.
Jean Patrick ficou imóvel por um instante, Harry percebeu que ele estava com medo.
- Ótimo. Quem vai limpar vômito é você – Jean Patrick disse e, literalmente, jogou nos braços de Harry.
Harry segurou a garota pela cintura, ajudando-a a manter o equilíbrio.
- Que filho da puta – Harry disse e soluçou. Quando ele olhou pra ela, percebeu que ela estava chorando. – Ei, o que foi? – Harry perguntou.
A sala agora estava vazia e, antes que pudesse responder, Zayn entrou. viu o garoto parado na porta. Ela escondeu o rosto na curva do pescoço de Harry.
- Me leva embora daqui – Ela pediu, ainda chorando.
Na manhã seguinte, acordou com seu despertador tocando. Estava sentindo-se estranha: apesar de estar deitada, ela sabia que estava um pouco tonta. viu alguém deitado no sofá de frente pra cama, mas, como ainda estava sonolenta, esfregou os olhos e esperou até a visão entrar em foco.
- Harry? – Ela o chamou, quando percebeu que era o garoto deitado no sofá.
Harry passou a mão no rosto e olhou pra ela. Quando percebeu que a garota estava acordada, ele despertou completamente e foi até ela.
- Ei, como você está se sentindo? – Harry perguntou, sentando-se ao lado dela.
- Estranha. E com bafo! – colocou um pedaço do cobertor em frente aos lábios – O que aconteceu? – Sua voz saia abafada.
- Você não se lembra?
- Me lembro de estar fazendo caipirinha. Depois eu tive uma discussão com Zayn... – Ela parou de falar, lembrando-se da discussão que tivera com o garoto, na noite passada.
- Certo... – Harry levantou-se da cama e espreguiçou-se. Quando ele esticou os braços pra cima, sua camisa levantou um pouco e não pode deixar de notar o elástico de sua boxer preta. – Vou trazer seu café da manhã e te conto o que aconteceu – Harry sorriu e deixou sua covinha aparecer. Ele passou o polegar na bochecha dela e saiu.
Alguns minutos depois, Harry voltou com uma bandeja. Nela havia suco de laranja, torradas e alguns remédios.
- Que remédios são esses? – perguntou, assim que ele sentou-se na cama.
- Remédios pra ressaca. Acredite, você vai precisar deles – Harry colocou a bandeja em seu colo e ela sentou-se, apoiando as costas na cabeceira da cama. – Tudo bem... Ontem à noite, aquele francês de merda foi buscá-la na casa da Dani. Você não parecia muito feliz em vê-lo, na verdade você não queria ir embora com ele. Ele não queria deixá-la em paz, então eu meio que tive que ameaçá-lo...
- Ameaçar? Como?
- Nada demais. Eu só disse que ia lhe dar um soco tão forte, que ele ia parar no topo da torre Eiffel – Harry deu de ombros e riu. – Bom, claro que ele a soltou. Então eu a trouxe pra casa. Ahn, desculpa ter deixado você dormir de calça jeans, mas... Você não estava em condições de se trocar – Harry riu.
- Ah! Claro, não tem problemas – Ela riu, tentando imaginar a cena: ela, bêbada, e Harry tentando trocar sua roupa. - Droga! Não acredito que eu fiz tudo isso. - tomou um gole do suco de laranja e sentiu uma pontada na cabeça – Algum remédio pra dor de cabeça?
- Este aqui – Harry lhe mostrou um comprimido azul e ela tomou, com mais um gole de suco.
- Obrigada por me salvar – Ela riu, sem humor.
- É pra isso que os amigos servem – Harry e sua covinha sorriram.
Amigos. Ela repetiu a palavra mentalmente e olhou pro sofá onde Harry passara a noite.
*-*-*-*-*-*
Na editora, e praticamente não fizeram nada o dia todo. A não ser contar os acontecimentos da noite passada por MSN. Elas se despediram por ali mesmo, já que Jean Patrick viria buscar .
Assim que saiu do prédio, ela avistou Klaus e seu quepe. Ela riu sozinha e foi até o motorista. Até que ela gostava dessa coisa de ter um motorista particular, mas hoje estava com vontade de ir andando.
- Olá, Klaus!
- Boa noite, senhorita – Ele respondeu, já abrindo a porta traseira.
- Na verdade, Klaus, eu gostaria de ir andando para casa hoje. Então você está dispensado.
- Como quiser, senhorita – Klaus bateu na aba do quepe e entrou no carro.
Mais uma vez, riu sozinha e saiu na direção oposta do carro. Estava anoitecendo e a cidade estava toda colorida de laranja. Não estava tão frio, mas o vento fazia os cabelos de voarem contra seu rosto. Ela tirou os óculos e passou a mão no cabelo, jogando os fios para trás. Quando colocou os óculos novamente, ela avistou uma banca de jornal do outro lado da rua. Ela segurou nas hastes dos óculos e apertou os olhos, tentando enxergar a manchete de uma das revistas, mas não conseguiu. atravessou a rua e quase teve um infarto quando leu a manchete: Louis Tomlinson em almoço romântico.
A revista custava um euro, remexeu nos bolsos e encontrou uma moeda. Ela estava quase pegando a revista, quando uma voz atrás dela a assustou.
- O que você tá comprando?! – Louis perguntou e deu um pulo. Ela pegou a revista e escondeu nas costas.
- Nada que seja da sua conta!
- Era uma revista de fofoca, não era?! – Louis riu e se aproximou – Deixa eu ver, .
- Não, Louis – Ela tentava se desvencilhar de suas mãos – Sai daqui!
- Me deixa ver! – Louis tentava alcançar a revista que mantinha nas mãos para trás – Qual o problema se você gosta de revista de fofoca?!
- Eu já disse que não é da sua conta!
Louis foi por trás dela e praticamente a abraçou, tentando pegar a revista. Então, Eleanor apareceu na banca. Era tudo o que queria! Bendita hora em que viu a tal revista. Ela ficou estática e, aparentemente, Louis também.
- Louis! ! – Eleanor sorriu ao vê-los – , o Louis me contou que você tinha voltado para o país, mas não me contou que vocês estavam juntos! – Eleanor fez cara feia pra Louis e deu um tapinha no braço dele.
- Mas não – tentou falar, mas Eleanor a interrompeu.
- Eu acho ótimo isso! Na verdade é perfeito! – Eleanor parecia mesmo feliz – Ele te contou que eu vou casar, né?! – Ela mostrou o anel com o enorme diamante no topo – Então você pode acompanhá-lo ao casamento. Por favor?! Eu adoraria ter os dois lá – Eleanor sorriu, ela não parava de falar e Louis parecia ter perdido a língua – Ótimo! O casamento é este sábado, {as 19h. O Louis te pega as 18h! Até mais – Eleanor sorriu e acenou, caminhando na direção contrária a eles.
- Ótimo! – levantou as mãos. Ela esqueceu da revista por um instante e virou-se para Louis – Isso é tudo culpa sua! Agora terei que ir a um casamento!
- Então você vai? – Louis perguntou, era notável seu entusiasmo.
não respondeu, ela simplesmente deu as costas e virou-se para o jornaleiro. Ela pagou a revista e a guardou na bolsa e depois começou a caminhar na direção oposta a de Louis.
- Ei, onde você vai? – Louis perguntou, correndo até ela.
- Pra casa.
- Me deixa te dar uma carona.
- Eu não preciso de uma carona. E se precisasse, eu ligaria para o meu namorado – Ela se arrependeu de ter dito isso na mesma hora em que as palavras saíram de sua boca. Ela ficou em silêncio por alguns minutos, apenas olhando pra Louis, que estava inexpressivo. suspirou e continuou sua caminhada pra casa.
Quando finalmente se jogou em sua cama, ela tirou os sapatos e pegou a revista de dentro da bolsa. Ela folheou rapidamente o exemplar até encontrar a matéria de Louis. Era apenas uma página e na parte superior estava uma foto de Louis entrando em um restaurante que ela demorou um pouco pra identificar como o Maddy’s. A matéria dizia que Louis estava em um “almoço romântico com uma morena desconhecida.” E logo abaixo estava uma outra foto. Esta era um pouco mais longe e, mesmo com o zoom da câmera do fotografo, não era possível reconhecer os rostos das pessoas sentadas na mesa. Mas reconheceu: era Louis e ela, no dia em que almoçaram no Maddy’s. A revista era tão chinfrim e mentirosa que na matéria estava escrito que “Louis e sua acompanhante pareciam estar muito apaixonados, não pararam de sorrir durante todo o almoço”. Obviamente o paparazzi não esperou que o almoço acabasse. bufou. Ela jogou a revista longe e foi tomar um banho longo e quente.
*-*-*-*-*-*
estava ansiosa. Mas não exatamente por ver Jean Patrick e sim pela conversa que teriam. Ela não se lembrava de muita coisa da noite passada mas, de acordo com Harry, Jean Patrick não havia sido bem um exemplo de namorado. Eles precisavam conversar. Era nisso que ela pensava, quando ele entrou em sua sala com um buquê de rosas vermelhas, uma caixa de bombom em formato de coração e um ursinho de pelúcia – branco.
- Boa noite, minha flor – Ele sorriu, colocando os presentes em cima da mesa dela.
- O que é tudo isso? – perguntou, olhando pra todas aquelas coisas em sua mesa.
- Presentes pra minha namorada linda – Ele sorriu, passando a mão em seu rosto.
- Olha, nós precisamos conversar.
- Precisamos? – Jean Patrick olhou pra ela e franziu o cenho – Na verdade, eu acho que não. Eu sei que o seu comportamento de ontem não foi nada elogiável, mas eu te perdôo – Ele sorriu e mal acreditou no que ouvia – Sei que você estava fora de si. E, para recompensarmos a noite passada, eu vou te levar pra jantar com uns amigos.
- Amigos? Não sabia que você tinha amigos.
Jean Patrick levantou uma sobrancelha, mas logo voltou a ter seu sorriso galanteador estampado no rosto.
- Na verdade, são seus amigos – Ele sorriu e pegou sua mão, a levando pra fora da sala.
- Meus amigos? Quem?
- Isso é surpresa, querida – Ele lhe deu um selinho e os dois entraram no elevador.
Durante todo o caminho até o restaurante, Jean Patrick não falava outra coisa a não ser sobre a viagem que fariam no sábado. apenas concordava quando era conveniente e sorria quando ele olhava pra ela. Na verdade, ela gostaria de chutá-lo pra fora do carro e ir correndo pra casa. Só queria sua cama e sua jaqueta colegial.
Jean Patrick estacionou o carro em frente a um restaurante de aparência tão chique e cara, que teve certeza de que eles cobrariam impostos apenas por olhar a fachada do lugar. Eles entraram e parou, vendo as duas pessoas que estavam na mesa logo a frente. Ela virou-se para Jean Patrick e perguntou entre os dentes:
- Como você fez isso?
- Bem, consegui o telefone dele com o Josh. Quem atendeu foi a garota e nós marcamos. Ela pareceu ter adorado a idéia. Você gostou? – Jean Patrick sorriu e, sem nem mesmo esperar a resposta, ele deu um selinho em e a conduziu até a mesa.
- Boa noite – Ele sorriu, quando chegou até a mesa onde Zayn e Perrie estavam sentados.
Pela cara que Zayn fez quando a viu, teve certeza de que ele também não sabia onde estava se metendo. Ela estava com tanta raiva, não sabia quem matar primeiro. Talvez começasse por Josh e assim também ajudaria . voltou à vida quando Perrie falou.
- Surpresa, amor – Ela riu e deu um beijo estalado na bochecha de Zayn – O Jean Patrick ligou para o seu celular mas, como você estava tomando banho, eu atendi. E adorei a idéia de ter um jantar de casais! – Perrie bateu palminhas e teve certeza de que iria morrer naquela noite.
Obviamente, o restaurante era de cozinha francesa. nem tocou em sua comida e Zayn também não. Os dois estavam muito quietos, diferentemente de Perrie e Jean Patrick, que não paravam de elogiar a capital francesa.
- Com licença, - disse, levantando-se – Vou ao toilette.- E sem esperar respostas, ela retirou-se da mesa.
Antes mesmo de entrar no banheiro, ouviu quando Zayn disse que iria até o bar. Ela entrou no banheiro e olhou-se no espelho. Estava sentindo-se tonta. Talvez fosse fome ou algum resquício da ressaca matinal. Ela desejou ter algum dos remédios que Harry lhe dera mais cedo.
- Harry... – Ela disse sozinha e teve vontade de ligar para o garoto, mais uma vez, salvá-la de todo aquele pesadelo.
respirou fundo e encarou seu reflexo no espelho. Não, ela não iria fugir. Ia enfrentar toda aquela situação ridícula lá fora. Precisava provar umas coisas para algumas pessoas. Ela lavou as mãos e saiu do banheiro. Antes que pudesse sair da área reservada dos banheiros, sentiu alguém puxá-la para trás de um dos biombos decorativos.
- Zayn! – Ela quase gritou, tirando a mão do garoto de seu pulso – O que é isso?
- Olha, eu não sabia que você viria – Zayn disse, olhando pra ela. Ele parecia muito transtornado – A Perrie não me falou, ela inventou outra história.
- Não importa.
- É claro que importa, . O que você acha que é isso?
- Não sei, me diz você. Ah, espera! É mesmo, você não me diz as coisas. – E antes que Zayn pudesse responder, passou por ele e voltou para a mesa.
- Acho que precisamos ir – disse, sentando-se ao lado de Jean Patrick. – Temos que acertar os detalhes da viagem – Ela improvisou.
- Viagem? – Perrie meteu-se na conversa.
- Sim – Jean Patrick concordou – Estamos indo a Paris este sábado. É aniversário de minha mãe.
- Ah! – Perrie abriu um sorriso – Você ouviu, amor? – Ela disse, quando Zayn voltou para a mesa – O Jean Patrick vai levar a para conhecer a sua mãe. Isso é tão fofo – Perrie disse com voz de criança e agradeceu por não ter nada no estômago, senão, teria vomitado ali mesmo, em cima da mesa.
- Adorei o jantar, foi uma noite muito agradável – Jean Patrick disse, levantando-se. Agradável só pra você, pensou enquanto levantava-se também.
- Espero que passamos repetir – Jean Patrick disse, enquanto pegava a mão de Perrie – Mademoiselle – Ele disse e lhe deu um beijo na mão. – Malik – Ele acenou com a cabeça para Zayn, que repetiu o gesto.
- Boa noite – disse e, entrelaçando seus dedos com os de Jean Patrick, eles saíram do restaurante.
- Por que você fez isso? – perguntou, assim que entraram no carro.
- Fiz o que?
- Não banca o idiota. Você sabe muito bem. Conhece minha história com o Zayn.
- História – Jean Patrick repetiu – Pelo o que eu sei, já está no passado. Então, não vi nenhum problema. Ainda mais porque ele parece estar muito feliz com a Perrie. E devo admitir – Jean Patrick disse, dando a partida no carro – Ela é uma garota adorável.
fechou os olhos e cerrou os punhos por alguns segundos. Ela permaneceu quieta todo o caminho até seu apartamento, só falava quando Jean Patrick lhe perguntava algo. Ele não pareceu se incomodar com a sua economia de palavras.
- Boa noite – Ela disse, mais do que depressa quando ele estacionou em frente a seu prédio. já estava desafivelando seu cinto, quando Jean Patrick a segurou:
- Ei, espera – Ele a puxou de volta para o banco – Eu tenho que resolver alguns assuntos na Holanda, tenho alguns eventos por lá também. Então, ficarei fora o resto da semana. Volto na sexta à noite, tudo bem? – Ele segurava em seu queixo, então era impossível pra ela desviar o olhar.
- Tudo bem – concordou, sentindo-se um pouco aliviada por ter alguns dias pra ficar sozinha.
- Vou sentir sua falta – Ele a beijou. Um beijo um pouco demorado demais.
- Boa noite – forçou um sorriso e, finalmente, foi pra casa.
No dia seguinte, as meninas tiveram que recuperar o que não fizeram no dia anterior. Por isso, trabalharam o dia todo. Até almoçaram no escritório mesmo pra poder adiantar o serviço que tinham.
Estavam no carro, indo pra casa, quando perguntou:
- O que você tem, ?
- Nada.
- Tem sim, ficou estranha o dia todo.
- Não é nada... Só o trabalho.
- Você tá mentindo. Pode me falar a verdade!
- Tá bom! – afundou no banco do carro – Mas não vai rir de mim.
- Conta logo! – já estava rindo, sem nem mesmo saber o que era.
- EutiveumsonhoeróticocomoHarry – disse baixinho e rápido.
olhou pra cara dela e caiu na gargalhada.
- Como foi?
- Não vou te contar!
- Era tipo 50 Tons de Cinza ou mais leve?
- Mais leve... Mas mesmo assim. – se abanou, provavelmente lembrando do sonho que tivera noite passada - Ah, esquece isso! – virou pra janela, enquanto ainda ria.
Mais tarde naquele dia, as meninas já estavam em casa e esperavam os garotos chegarem para uma sessão pipoca. Iriam assistir ao DVD de Os Vingadores, que Niall estava trazendo.
e Josh já estavam no sofá, quando a campainha e tocou e foi atender. Liam e Danielle foram os primeiros a entrar. Depois Niall e Louis. quase teve uma síncope quando viu que Zayn também estava lá. Ele apenas lhe deu um “oi” e passou por ela, indo para a sala com os outros.
- Como está sendo seu dia pós primeira ressaca? – Harry perguntou rindo.
- Haha, estou muito bem, Styles. Obrigada.
Niall e Zayn estavam sentados no tapete. estava entre Josh e Louis no sofá grande. Liam e Dani ficaram com o sofá pequeno e e Harry ficariam com a poltrona quando voltassem. Os dois estavam na cozinha fazendo pipoca.
Enquanto a os grãos de milhos estouravam na panela, começou a rir sozinha.
- O que foi? – Harry perguntou.
- Nada, eu só me lembrei de uma coisa – mordeu o dedo pra tentar parar de rir, mas não conseguiu.
- Eu quero rir também! Conta pra mim.
- Não posso!
- Por que não?
- A me mata.
- Eu não vou falar pra ela. Vai, conta.
- A teve um sonho erótico com você! – disse e voltou a rir. Por um breve momento, Harry corou. Mas logo começou a rir também.
- E isso é engraçado? – Ele perguntou, cruzando os braços.
- Ah, é sim. – disse.
- Hum... Será que no sonho eu fazia isso? – Harry se aproximou e a abraçou pela cintura, trazendo-a para bem perto de si. Harry mordeu o ombro dela de leve e depois começou a beijar seu pescoço.
- Harry! – estava rindo, mas logo parou quando começou a sentir os arrepios que os beijos dele lhe proporcionavam.
Harry deu um passo e a encostou na bancada da cozinha. Ele apertou sua cintura e puxou seu cabelo de leve. Ela mordeu o lábio quando sentiu que ele havia mordido seu pescoço. fechou os olhos, ela deslizava as mãos pelas costas dele e quase se perdeu naquele momento, quando ouviram um barulho na cozinha e se afastaram num pulo.
- Eu só... – Era Zayn. Ele tinha derrubado uma panela que estava na beirada da pia – Eu só vim ver se-se a pipoca estava pronta – Ele gaguejou e Harry riu. Zayn olhou para as mãos dos dois e só então percebeu que Harry segurava sua mão.
- Quase esquecemos disso – Harry soltou sua mão e foi ver a panela de pipoca, que queimaria dali alguns segundos.
Zayn ficou na cozinha até os dois voltarem para a sala com vários baldes de pipoca. Durante o filme, milagrosamente todos ficaram quietos.
e Harry dividiam a poltrona, que era grande o suficiente para os dois. Ela tinha a cabeça apoiada em seu ombro e ele estava com o braço em volta de sua cintura. percebeu Zayn olhando de soslaio para os dois, várias vezes.
estava sentada entre Josh e Louis e acabou adormecendo. Ela acordou quando o filme estava quase no final, com a cabeça no colo de Josh e as pernas no colo de Louis. Louis diferentemente dos outros, não prestava atenção na tv, e sim, na garota. Ele sorriu quando ela acordou e ela não pode deixar de retribuir o sorriso. Louis estava com as mãos sobre as canelas dela. Ele percebeu que olhava e fez menção de tirá-las, mas ela sacudiu a cabeça negativamente.
- Ei, você acordou. – Josh disse baixinho, quando ela se mexeu. olhou pra cima e sorriu, então Josh a beijou.
- AH! – gritou, atraindo a atenção de todos.
- Que foi, doida?! – perguntou.
olhava pra Louis, fuzilando o garoto com os olhos.
- Nada... Minha perna dormiu. – Mas a verdade era que Louis tinha beliscado a perna dela, com certa força. Quando olhou pra ele novamente, ele olhava pra tv, com um sorriso debochado nos lábios.
O filme acabou e Niall levantou-se do tapete em um pulo.
- Adorei! – Ele disse, fazendo cara de criança. As meninas riram.
- Até parece que ele nunca tinha visto o filme antes – Zayn disse, levantando-se também e Niall lhe mostrou a língua.
Depois, Liam pediu algumas pizzas e eles ficaram conversando até bem tarde. Só quando Danielle lembrou das horas é que eles foram embora.
O resto da semana passou bem rápido na editora. As meninas tinham muito trabalho pra fazer. via Josh apenas na hora do almoço, quando o garoto trazia algo para eles comerem no escritório mesmo. Os outros meninos também pareciam bem ocupados, cumprindo sua agenda e e Harry conversavam apenas por mensagem de texto.
A sexta-feira chegou e o estômago de já estava revirando, apenas por pensar que veria Jean Patrick dali algumas horas.
- Puta que pariu! – entrou em sua sala. Ela estava com as mãos na cabeça e andava de um lado pro outro.
se assustou com a entrada inesperada da amiga.
- Que foi?! – Ela perguntou, levantando-se da cadeira.
- Hoje é sexta-feira.
- Sim. Feliz ou infelizmente, isso eu não sei. Mas o que tem?
- O casamento é amanhã e eu não tenho nenhum vestido decente!
- Você podia ir com aquele vestido que o Louis te deu no Brasil – disse rindo e lembrou da ocasião em que ganhara o vestido.
- Haha, sua besta.
- Bom, como ele mesmo disse: é mais fácil pra tirar.
- Ele não vai tirar nada!
- Tudo bem, pode ser uma rapidinha então...
- Você tá andando muito com o Styles, hein – disse, enquanto lhe mostrava a língua.
- Vamos comprar seu vestido hoje à noite. Na verdade – olhou para o relógio digital que havia em cima de sua mesa. O aparelho marcava 17:14 – Acho que nós trabalhos demais esta semana... Merecemos sair mais cedo hoje!
- Ótima idéia!
voltou para sua sala, ela desligou o computador e pegou a bolsa. Quando voltou para o corredor, já a esperava em frente ao elevador.
- Oi, Klaus! – cumprimentou o motorista.
- Boa tarde, senhoritas – Ele fez uma pequena reverência – Pra onde vamos?
- Vamos às compras! – disse, entrando no carro – Precisamos de um vestido bem chique e fácil de tirar, pra .
- Ei! – lhe deu um tapinha no braço, enquanto Klaus ria, olhando as duas pelo retrovisor.
Meia hora depois, elas estavam em uma rua larga e comprida. Havia várias lojas de vestidos sofisticados dos dois lados da calçada. As duas paravam na frente de cada vitrine, admirando alguns vestidos, odiando outros e comentando todos.
O celular de tocou e ela soltou o ar pesadamente, enquanto atendia a ligação.
- Jean Patrick... – Ela disse, quase em tom de conformidade.
- Olá, minha querida. Como você está? Está com saudades? Eu sim...
Ela sabia que ele estava com aquele sorrisinho presunçoso nos lábios. riu. Mais por achar a situação cômica, do que por estar feliz.
- Aham, sim. Claro! – Ela exagerou e as duas pararam em frente a outra vitrine. Essa era grande, assim como a loja. observava a amiga ao telefone.
- Estou chegando dentro de alguns minutos. Passo na sua casa?
- Na verdade, estou fazendo compras com a . Você sabe, ela tem um casamento amanhã e eu quero comprar algo pra usar na festa da sua mãe – improvisou a última parte. Não queria comprar nada, sua vontade era de nem ir ao aniversário.
- Tudo bem. Tenho certeza de que você será a mulher mais linda de toda Paris – Jean Patrick disse, todo meloso. revirou os olhos – Boas compras, meu amor – Ela ouviu o som de seus lábios estalando, quando ele mandou um beijo pelo telefone e desligou. Mais uma vez revirou os olhos, achando aquele gesto ridículo. Coisa que antes ela achava extremamente fofa.
- Ainda bem que você tem que comprar um vestido. Tá me salvando! – riu.
- O que você tá fazendo, hein? – perguntou, enquanto guardava o celular na bolsa.
- Procurando um vestido pra você? – Ela disse, sem certeza.
- Não, não estou falando disso. Sabe... Esse Jotapê! Ele é um pé no saco, um francês de merda, como diria o Styles. Você não gosta dele, .
- Ahn, ... Não é assim. – Mas talvez essa fosse a verdade. sabia que as coisas com Jean Patrick não estavam boas. Parando pra pensar, talvez nunca estiveram boas. – Eu tô tentando, sabe? Porque acho que ficar presa ao meu passado não me leva a nada... Até porque, pelo o que eu sei, meu passado nem se lembra de mim – Ela deu de ombros e riu sem humor – Então, talvez... Talvez o Jean Patrick possa ser meu futuro.
- Sabe o que eu acho? – virou-se de frente pra ela – Acho que, talvez, você esteja se preocupando demais com o futuro, quando deveria estar vivendo o presente. E, se você olhar bem, talvez tenha uma parte do seu passado que vale MUITO a pena ser revivida – piscou e refletiu suas palavras. Ela não tinha certeza, mas pensou que, talvez, não estivesse falando de Zayn. Mas, antes que ela pudesse ter certeza, a puxou para dentro de uma loja.
- Vem, acho que essa aqui tem coisas legais.
As garotas entraram na loja e imediatamente, uma vendedora com um sorriso simpático veio atendê-las.
- Boa tarde, posso ajudá-las?
- Ah, sim. – disse – Estou procurando um vestido para ir a um casamento.
- Você será madrinha?
- Não, não. Apenas convidada.
- Por aqui, por favor.
A moça subiu três degraus e as meninas as seguiram. A loja era bem espaçosa, elas passaram por uma porta e entraram em uma sala quadrada, cheia de araras com vestidos de todas as cores. Um enorme espelho ocupava toda a parede no fundo da sala. A vendedora indicou algumas araras e se apaixonou por um vestido longo e verde água. Ele era tomara que caia e acinturado abaixo do peito com uma faixa prateada e trançada.
- O que você acha? – Ela perguntou, indicando o vestido pra .
- É lindo. Adorei.
- Então vai ser esse mesmo – sorriu, enquanto pegava o vestido da arara. – Acho que vou provar. Você não vai levar nada?
- Vou provar esse aqui também – escolhe um vestido tomara que caia, na altura do joelho. Ele era cinza e tinha delicados desenhos de rosas negras. [É o do meio, viu? Haha]
As duas experimentaram seus vestidos e ficaram satisfeitas com eles. Depois de pagar, elas foram direto pra casa. Elas estavam muito cansadas, tanto física quando emocionalmente.
estava deitada, já pronta pra dormir, quando seu celular tocou indicando que havia recebido uma mensagem. Ela até pensou em ignorar, mas quando viu que era Harry, abriu a mensagem recebida. Vai mesmo me abandonar?
Ela riu e digitou uma resposta. Não estou te abandonando. Domingo à noite já estarei aqui.
Ela enviou e Harry respondeu logo em seguida. Okay, domingo. Não mais do que isso. Boa noite, minha pequena grande garota x
leu a mensagem algumas vezes antes de responder Boa noite, meu grande pequeno garoto x
Às 18h em ponto, a campainha tocou. pegou sua bolsa de mão prateada assim como a sandália de salto e abriu a porta. Ela sentiu o perfume de Louis antes mesmo de vê-lo direito. Seu coração disparou quando ele sorriu pra ela. Louis estava tão lindo usando um smoking preto, gravata preta e camisa branca que teve certeza de que poderia casar-se com ele ali mesmo, na porta de casa.
- Ai, meu Deus, – Louis disse e a garota voltou pra realidade.
- O que foi?
- A Eleanor vai te matar.
- Por quê?!
- Porque você tá tão mais linda do que ela jamais vai ser – Louis sorriu, enganchando seu braço no dela e foram até o elevador. agradeceu mentalmente por ele estar segurando-a.
- Você também não está de se jogar fora, Tommo – Ela ergueu a sobrancelha, entrando no elevador com ele.
- Espero que você não jogue mesmo.
riu, olhando seu reflexo no espelho do elevador.
*-*-*-*-*-*
passou quase toda a tarde de sábado no salão de beleza com . As duas fizeram as unhas das mãos e dos pés, o cabelo e a maquiagem. Ela iria direto pra festa quando chegasse e agora estava sentada na luxuosa cabine do trem de viagens. Jean Patrick entrou na cabine, trazendo uma bebida pra ela. Suco de limão, ela percebeu, depois de tomar um gole. Não sabia se aquilo era uma indireta, mas preferiu ignorar.
Ele sentou-se ao seu lado e pegou sua mão, dando-lhe um beijo.
- Ansiosa? – Jean Patrick perguntou, entrelaçando seus dedos com os dela.
- Bem animada – Ela mentiu. sorriu e virou o rosto pra janela, fechando os olhos por um breve instante. Então, ela prometeu que tentaria fazer aquilo dar certo.
A viagem foi mais rápida do que esperava, logo eles estavam desembarcando. Assim que chegaram a estação, um funcionário veio até Jean Patrick e o cumprimentou. O homem os levou até o carro e, assim que estavam instalados dentro do veículo, Jean Patrick começou a falar de Paris, e da mãe, e da casa. Sempre ressaltando que iria adorar tudo. Ela, por sua vez, tentou mesmo prestar atenção ao que o namorado dizia e teve certeza de que sorriu nas horas certas.
- Chegamos – Jean Patrick disse. Em algum ponto, o motorista tomara uma estrada paralela e entrara em uma estrada de pedra.
Jean Patrick saltou do carro e ajudou a fazer o mesmo.
- Ai. Meu. Deus. – Foi tudo o que conseguiu dizer.
- Gostou? – Jean Patrick sorriu.
Eles estavam parados diante de um enorme e antigo castelo francês.
*-*-*-*-*-*
Louis parou o carro em frente ao luxuoso hotel, onde seria a cerimônia. Pela janela, conseguiu ver que era um hotel muito antigo e a construção era muito bonita. A rua estava lotada de carros e manobristas, e fotógrafos. engoliu em seco, lembrando da matéria que vira na revista.
- – Louis a chamou – Eu só queria te agradecer por vir comigo, sabe... – Ele deu de ombros e sorriu.
- Não precisa agradecer. Vem cá – inclinou-se por cima do câmbio e ajeitou a gravata de Louis. Ela sentiu quando o garoto ficou tenso, devido a proximidade dos dois.
- Pronto. Tá parecendo um popstar bonitão que eu conheço. – Os dois riram e saltaram do carro. Um manobrista veio pegar as chaves com Louis e imediatamente uma chuva de flashes de câmeras fotográficas caiu sobre eles. A área da escada estava cercada e eles conseguiram entrar sem muitas interrupções. Louis falou com alguns repórteres, sempre sendo muito simpático. sentiu orgulho do garoto ao seu lado e eles entraram no salão de braços dados.
- O que é isso, Louis? – perguntou baixinho, enquanto eles passavam pelo tapete vermelho no corredor do salão. – Você tá nervoso?! – Ela percebeu o jeito como ele mordiscava o lábio inferior.
- Um pouco, talvez.
- Relaxa, não precisa disso. Você só vai ficar quietinho no altar. Eu tô aqui – sorriu. Louis lhe deu um beijo na testa e assumiu seu posto no altar, ao lado de Richard, o noivo. Ele era bem alto, alguns centímetros mais alto que Louis. Seu cabelo era bem enrolado e seus olhos eram muito verdes. Louis o cumprimentou com um abraço. sentou-se na terceira fileira de bancos e continuou a observar os dois garotos. Agora era Louis quem tentava passar tranqüilidade para Richard, que estava muito nervoso. riu sozinha.
*-*-*-*-*-*
- Você nunca me disse que morava em um castelo! – disse, enquanto os dois caminhavam sob o gramado verde até a porta principal.
Jean Patrick riu.
- Eu não moro num castelo. É apenas uma das propriedades da família – Ele deu de ombros e os dois entraram. Jean Patrick estava com o braço em volta da cintura de .
Por dentro o lugar era ainda mais incrível. Totalmente aristocrático, sentia como se tivesse voltado alguns anos na história da França. Ela suspirou, olhando o enorme lustre que pendia do teto.
- Ai está o meu bebê! – Uma voz um pouco fina disse atrás dos dois e eles se viraram.
se deparou com uma senhora de uns 50 e poucos anos. Muito branca e muito loira, os olhos eram iguais aos de Jean Patrick. A mulher era baixinha e gordinha e sorriu ao ver os dois.
- Mamãe – Jean Patrick caminhou até a mulher. Ele era tão mais alto que ela, que a senhora sumiu em seus braços quando ele a abraçou – Mamãe, essa é a – Jean Patrick as apresentou. – , essa é minha mãe. Angeline.
- Ah, você é a brasileira? – Angeline perguntou, olhando pra com certo interesse.
- Sim, sou de São Paulo – confirmou, já ficando desconfortável com aquele par de olhos azuis a encarando.
- Bom... Eu esperava alguém mais morena, você sabe. – Angeline deu de ombros – Você é da América Latina.
- América do Sul – corrigiu.
- Exato! E vocês são famosos por suas mulatas – A mulher deu um sorriso. Jean Patrick limpou a garganta.
- Bem, talvez eu esteja precisando tomar um sol – sorriu ironicamente – Feliz aniversário – Ela disse, enquanto Jean Patrick lhe entregava o presente. Era uma pintura de alguém que não fez questão de saber quem era, mas comprou um livro de arte contemporânea pra mulher.
- Obrigada, meu bebê – Angeline beijou a bochecha do filho – Vamos entrar – Ela sorriu pra e eles atravessaram o hall abobadado do castelo.
*-*-*-*-*-*
sentiu seus olhos ficarem marejados quando os noivos disseram “sim” e fizeram seus votos. Ela não admitiria nunca, mas pensou em como seria seu casamento com Louis o tempo todo.
A cerimônia acabou e os noivos saíram, indo direto para outro salão do hotel, onde seria a recepção e a festa. Louis chegou até ela e ele parecia calmo outra vez.
- Você foi ótimo – Ela elogiou, enquanto enganchava seu braço no dele. Os dois caminharam lentamente junto com os outros convidados até o salão de festas.
- Fiquei com medo de fazer alguma piada e estragar tudo. Na verdade, foi difícil ficar sério por muito tempo! – Os dois riram e entraram no salão. Eles pegaram a fila que os outros convidados fizeram para cumprimentar os noivos.
Eleanor e Richard estavam lindos: ela usava um vestido branco de mangas compridas e uma longa cauda. Durante a cerimônia, Eleanor ficou com um véu na cabeça, que Richard tirou na hora do beijo. Richard vestia um smoking cinza claro, quase branco, e uma flor azul estava em sua lapela. Eles estavam tão felizes, pareciam completar um ao outro.
- Parabéns – e Louis disseram ao mesmo tempo, quando foram cumprimentá-los.
- Logo chegará a vez de vocês – Eleanor sorriu. Louis e se entreolharam. não sabia se Louis havia lhe contado que não estavam juntos. Entretanto, ela não se incomodou com o comentário da noiva. Ela até desejou que Eleanor tivesse algum tipo de poder adivinhatório.
- Acho bom você cuidar muito bem desta moça aqui! – Louis disse em tom de ameaça para Richard. O garoto apenas riu e concordou.
Depois, e Louis foram até a mesa onde estavam marcados seus nomes. A mesa era bem perto do palco, onde a banda contratada começava a tocar um jazz bem lento.
- Ahn... Se você quiser ir embora, tudo bem – Louis disse, mexendo no guardanapo de pano que estava em cima da mesa.
- Eu me arrumei toda, estou completamente linda. Acha que vou perder a oportunidade de dançar? – ergueu a sobrancelha e Louis riu.
*-*-*-*-*-*
Incrível. não conseguia pensar em outra palavra para descrever o castelo e o enorme jardim onde estavam as mesas. Ela estava saboreando um delicioso suco de pêssego fresco e observando Jean Patrick conversar com seus familiares. Agora estava explicado de onde vinha seu lado arrogante e mesquinho. estava começando a achar que todas as pessoas ali estavam, consciente ou inconscientemente, disputando pra ver quem era o melhor em tudo.
caminhou até a rodinha próxima ao chafariz, quando Jean Patrick fez sinal, chamando-a.
- Esta é Charlotte, minha prima – Jean Patrick a apresentou a uma garota alta e magérrima. Seu cabelo era curto e bem preto, com um corte chanel.
- Encantada – Charlotte deu um sorriso falso, enquanto fingia dar um beijo no rosto de . – Então, o que você faz?
- Sou editora chefe.
- Ah, é essa a sua editora? – Uma outra garota perguntou. Elas eram todas altas e com cara de modelo. Estava ficando difícil para distingui-las.
- Vejo que você já conheceu Charlotte – Angeline disse, aproximando-se da rodinha – Jean Patrick e Charlotte sempre foram muito unidos. Na verdade, até namoraram por um bom tempo. Chegamos a pensar que eles iriam casar. Vocês se lembram?! – De repente, as pessoas da roda começaram a rir e a lembrar, nostalgicamente, como era o namoro de Jean Patrick e sua prima Charlotte.
Disfarçadamente, conseguiu se afastar das pessoas. Ele foi até o castelo e entrou, sem nenhuma interrupção. Uma vez lá dentro, se viu andando por corredores dourados e vermelhos e sentiu como se estivesse dentro de um livro de época. Ela passou por uma porta aberta e o que viu lá dentro a convidou a entrar.
A sala não era tão grande, porém todas as paredes estavam forradas de prateleiras de livros. se aproximou de uma prateleira e passou os dedos pela lombada de um dos livros. Todos pareciam ser exemplares muito antigos.
- A ia pirar aqui! – Ela riu.
- É mesmo muito bonito, não é? – Uma voz disse atrás dela e ela se assustou. Quando virou-se, viu uma senhora de uns 80 anos sentada na cadeira da escrivaninha. O encosto da cadeira era alto e vermelho, o que só destacava o cabelo totalmente branco e o vestido de seda azul royal que a senhora usava.
- Desculpa, eu não sabia que a senhora estava aqui – começou a explicar-se – A porta estava aberta, eu só vim ver os livros.
- Não tem problema, querida. É mesmo muito bonito, não?
assentiu.
- Venha, sente-se comigo – A senhora indicou a cadeira de frente a sua. aproximou-se e sentou – Você deve ser ? Certo? A namorada de Jean Patrick.
- Sim, sou eu mesma – respondeu, já pronta para agüentar piadas ou competições.
- Eu sou Genevieve – A senhora lhe estendeu a mão – A avó dele.
apertou-lhe delicadamente a mão.
- É um prazer conhecê-la – disse. E realmente era. Jean Patrick sempre falava de sua avó. E ela realmente parecia ser a única pessoa sensata daquela família.
Genevieve sorriu.
- Escute. Estive observando você e meu neto. E, claramente, você não está feliz. Na verdade, ele não a faz feliz. Ele é meu neto e eu o amo. Mas eu o conheço e sei que Jean Patrick é um bebê mimado. Não posso culpar a Angeline por mimá-lo tanto. Você sabe, desde que meu Gerard se foi, Angeline tem se dedicado única e exclusivamente a Jean Patrick – Gerard era o pai de Jean Patrick. Ele morrera quando Jean Patrick tinha 5 anos, de infarto. - Ele merece ser feliz, assim como você, minha querida. Mas ele não é o homem certo pra você.
ficou em silêncio, apenas absorvendo as palavras sinceras daquela senhora.
- Vá, querida. Vá ser feliz. – Genevieve sorriu.
levantou-se. Ela se aproximou de Genevieve e lhe deu um beijo na testa.
- Obrigada por isso.
nunca pensou que sentiria aquilo algum dia, mas estava feliz por estar deixando um castelo pra trás. No estacionamento, o segurança chamou um táxi para ela e logo ela já estava em um trem, de volta para Londres.
Ela estava ansiosa, feliz e animada ao mesmo tempo. Tinha finalmente se livrado de algo que nunca a faria bem algum. Então, antes que ela percebesse, já estava tocando a campainha daquela casa. A mesma casa que conheceu tão bem, três anos antes.
- Hey – Harry abriu a porta e tudo que viu foi seu sorriso.
Seu coração batia tão forte que ela pensou que pudesse sair do peito.
- Tá tudo bem? – Harry perguntou, franzindo o cenho. Ele reparou que ela ainda estava com o vestido do aniversário.
E, antes que perdesse a coragem, antes que pensasse demais, antes que começasse a colocar a razão na frente de seus sentimentos, deu um passo na direção de Harry. Ela fitava sua boca, aqueles lábios carnudos e vermelhos que, hoje mais do que nunca, pareciam tão convidativos. abraçou Harry pelo pescoço e ele, finalmente, acabou com a distância entre os dois. se arrepiou quando sentiu a língua de Harry na sua. Ele a puxou para dentro e fechou a porta sem quebrar o beijo. puxou de leve seu cabelo e Harry gemeu, com os lábios ainda grudados aos dela. Relutantemente, ela se afastou dele. Harry a olhava com um misto de confusão e diversão. se livrou de suas sandálias de salto e deu a mão pra ele. Harry sorriu e entrelaçou seus dedos com os dela. Eles subiram as escadas e entraram no quarto dele.
Já era noite e o quarto estava escuro, mas eles não precisavam de luz para saber o que fazer. Harry trancou a porta e prensou contra a mesma. Ele beijava e mordia seu pescoço, enquanto ela arranhava levemente sua barriga. logo se livrou da camiseta de Harry e mordeu o lábio quando sentiu as mãos quentes e macias dele em suas coxas. Harry ia subindo cada vez mais o vestido dela, conforme acariciava suas coxas. estava com calor, muito calor. Na verdade, ela estava quente e podia sentir que Harry estava também. Mas, afastar-se daquele garoto não era uma opção. Não agora.
- Você não sabe o quanto eu esperei por isso... – Ele sussurrou em seu ouvido e ela sentiu todo seu corpo se arrepiar. fechou os olhos e inspirou seu perfume, enroscando seus dedos por entre seus cachos mal feitos.
Ela abriu o botão e o zíper da calça jeans de Harry e, sem dificuldade alguma, ele tirou seu vestido. Ele a abraçou e ela sentiu seus corações descompassados, batendo no mesmo ritmo. Harry a segurou com firmeza pela cintura e a conduziu até a cama. Ele deitou por cima dela e sorriu, quando sentiu as cócegas que os colares dele faziam em seu peito. Harry mordeu o lábio e depois mordeu o queixo dela. Ele foi descendo os beijos cada vez mais, até chegar na única peça de roupa que ela ainda vestia. Sem demoras, a calcinha rosa e a boxer preta já estavam no chão, junto com as outras roupas.
- Harry... – sussurrou em seu ouvido. Ela mordeu a pontinha de sua orelha e arranhou suas costas com força. E foi quando ela sentiu, e teve certeza de que Harry também sentia: eles completavam um ao outro de uma forma preguiçosamente deliciosa.
- Então vamos dançar – Louis levantou e ofereceu sua mão para .
A vocalista da banda tinha a voz suave e doce, o que combinava perfeitamente com o jazz tranqüilo que estava cantando. hesitou por um instante: a música era lenta. Mas estava em uma festa, e queria dançar.
- Vamos – Ela sorriu e aceitou a mão de Louis, que a conduziu para a pista de dança.
Louis mantinha as mãos na cintura dela, enquanto estava com os braços sobre seus ombros.
- Oi – Louis disse, depois de um tempo.
- Oi? – riu, sem entender.
- Uma vez você me disse que eu a tinha ganhado no “oi”. Então, oi.
riu e balançou a cabeça, olhando pra baixo.
- Bom, e eu não me lembro de ter dito que você me perdeu – disse e a música acabou, então a vocalista começou a cantar uma música bem mais agitada.
se afastou um pouco, agora dançando de frente pra Louis. Mais convidados iam para a pista de dança, à medida que as músicas ficavam mais animadas. Eleanor se aproximou e começou a dançar com Louis. Era bem engraçado vê-la tentar acompanhar o ritmo da música com aquele vestido enorme. Quando a música acabou, Eleanor deu um beijo na bochecha de Louis e foi falar com os outros convidados.
- Que bom que vocês se dão bem – disse, aproximando-se um pouco de Louis e falando em seu ouvido, por conta da música alta.
- Pois é, nos tornamos grandes amigos. – Louis aproveitou que estava perto e colocou as mãos em sua cintura, ela não pareceu se importar com isso.
- Depois que eu fui embora, vocês não... Não voltaram mais?
- Não. Até porque o Richard logo apareceu. Mas, mesmo que não tivesse aparecido. Eu ainda estava muito envolvido por uma tal brasileira que apareceu e roubou meu coração.
riu.
- Até parece que não teve outras depois de mim.
- Teve. Mas elas eram apenas isso: outras.
- E o que me diferencia delas? – Agora estava olhando em seus olhos.
- Você é única – Louis sorriu e passou o polegar na bochecha dela.
Ela engoliu em seco. Louis ainda sentia o mesmo, ela sabia. estava com vontade de se estapear. Por que ela não conseguia simplificar as coisas? Talvez tivesse medo de que o destino interferisse outra vez. Ela não merecia sofrer de novo, assim como Louis também não.
- O seu problema, – Louis começou a falar e a banda parou de tocar – É ser muito teimosa. Infelizmente eu ainda não sei o que se passa nessa sua cabeça dura. Mas, assim que descobrir, eu vou arranjar um jeito de provar que eu sou o cara pra você.
Antes que pudesse responder, Eleanor subiu no palco e falou no microfone.
- Meninas, vou jogar o buquê agora! – Ela riu e imediatamente, todas as mulheres da festa se aglomeraram na frente do palco.
- Vai lá – Louis riu e deu um leve empurrão em .
Ela se aglomerou na pequena multidão, enquanto Eleanor começou a contar no microfone.
- Um... Dois... Três! – Eleanor riu e, de costas, jogou o pequeno buquê de flores amarelas.
As mulheres em frente ao palco pularam para tentar alcançar as flores. ficou parada, apenas olhando o buquê que vinha em sua direção. Ela deu um pulinho e pegou.
- Peguei! – Ela disse, sem acreditar. olhou pra Eleanor e depois pra Louis, que tinha um sorriso debochado nos lábios.
- Quem sabe logo não teremos uma Sra. Tomlinson?! – Eleanor fez graça. A banda voltou a tocar, enquanto ela descia do palco.
Louis aproximou-se lentamente de . Ele tinha as mãos nos bolsos da calça e sua cabeça estava inclinada. Ele olhou para o buquê e depois pra ela.
- Destino, baby. – Louis disse, pegando as flores – E posso dizer que ele está ao meu favor. – Louis piscou e riu.
- Você é impossível!
Depois disso, eles passaram a noite toda dançando. Músicas lentas ou agitadas, eles não se desgrudavam. Louis não conseguia ficar sério por muito tempo e era impossível pra ela não rir de suas piadas.
- Ah, eu tô tão cansada – disse, jogando-se na cadeira. Já não calçava as sandálias de salto há muito tempo.
- Bom, temos algumas opções... – Louis disse, afrouxando ainda mais sua gravata.
- E quais são?
- Podemos passar a noite aqui no hotel, ou ir pra casa.
A idéia de passar a noite em um quarto de hotel com Louis era extremamente tentadora. Mas uma série de fatores fez com a garota escolhesse a outra opção:
- É melhor irmos para casa – Ela disse, já calçando suas sandálias.
Eles se despediram dos noivos e foram para o estacionamento do hotel. O manobrista trouxe o carro de Louis e os dois entraram. Louis ligou o rádio e foi cantando o caminho todo. não fez nenhum esforço pra esconder que o estava encarando. A sensação de ter que voltar para o mundo real tomou conta dela, assim que ele estacionou em frente ao seu prédio.
- Obrigada. Eu me diverti muito essa noite – disse, soltando o cinto.
- E eu me esforçaria muito pra que todas as suas noites e dias fossem assim, se você fosse minha outra vez.
passou a mão em seu rosto e Louis fez bico.
- Não faz isso comigo! – Ela lhe deu um rápido selinho e saiu do carro. Louis foi embora com um enorme sorriso no rosto.
tinha acabado de deitar, quando a campainha tocou. Ela estava com tanto sono e cansada que, por um momento, achou que estivesse sonhando. Só quando tocou novamente, foi que ela levantou. Já passava das cinco da manhã e ela não sabia quem poderia ser. olhou rapidamente pelo olho mágico e abriu a porta.
- Jotapê?
- Jean Patrick! – O francês disse e passou por . Ele parecia nervoso, seu cabelo estava bagunçado e os primeiros botões de sua camisa estavam abertos. – Onde ela está?
- Opa, calma ai, garotão. Do que você está falando?
- Da ! – Jean Patrick passou as mãos pelos cabelos – Onde ela está?
- Bem, até onde eu sei ela está contigo, na França... Mas, você está aqui. Então...
Jean Patrick soltou um palavrão em francês.
- Diga a ela que eu estive aqui.
E, sem dizer mais nada, ele saiu. voltou pra cama, mas estava tentando entender a situação. não estava na França. Onde ela estaria? Com certeza, se estivesse com problemas, já teria ligado ou mandado uma mensagem. Pensando nisso, , finalmente, conseguiu dormir.
virou-se na cama e sentiu que não estava sozinha. Relutantemente, ela abriu os olhos e viu cabelos cacheados. Ela piscou e lembrou o que tinha acontecido, noite passada.
Ela sorriu sozinha e se espreguiçou. Harry acordou e disse:
- Ainda bem que você não está com cara de quem se arrependeu.
- E por que me arrependeria? – Ela perguntou, batendo o indicador na pontinha de seu nariz. Harry riu e tentou morder o dedo dela. – Eu tô com fome.
- Podemos sair e tomar café em algum lugar. O que acha?
- Maravilhoso! – sorriu.
- Okay – Harry lhe deu um selinho e levantou. Ele estava nu e ter aquela visão logo cedo, deu à a impressão de que aquele seria um ótimo dia.
Vinte minutos depois, eles já estavam entrando em uma pequena padaria no centro de Londres. ainda estava com o vestido da noite passada, porém usava uma jaqueta jeans de Harry por cima. Harry estava com uma touca preta e óculos escuros. Eles comiam em silêncio, mas havia certas coisas que precisava falar.
- Harry. O que aconteceu ontem à noite... Eu.
Harry a interrompeu.
- Tá tudo bem. Eu entendo, não precisa falar. Não vou te pressionar a fazer nada.
riu.
- Acho que sou eu quem deveria estar te falando isso, né?
Harry riu.
- É sério... Sei que as coisas estão complicadas pra você agora. Quero dizer, você terminou com o francês babaca. Mas sei que seu coração é de outro. – Harry entrelaçou seus dedos por cima da mesa – Não quero que você se sinta mal, mas eu t^p aqui... Pra tudo, você sabe – Harry piscou e riu. – Você deve estar se perguntando como ficamos agora, certo? Por que você é mulher, e mulheres fazem esse tipo de pergunta.
- Claro!
- Bom... Podemos ser amigos com benefícios?
- Vamos ver como isso funciona.
Depois que terminaram de comer, Harry a deixou em casa. No elevador, estava pensando em tudo o que havia acontecido em tão pouco tempo: ela terminou um namoro que, sendo sincera, nunca foi tão bem assim, transou com o ex (coisa que não faziam quando namoravam) e agora tinha uma amizade com benefícios! Ela riu sozinha, entrando em casa.
acordou tarde naquele domingo. Depois de um longo banho, ela se sentia descansada. Porém, sua preguiça era permanente. Ela desceu pra sala e encontrou deitada no sofá assistindo Encantada.
- Hey, bitch – disse, deitando-se no outro sofá.
- Hey, bitch – respondeu.
- O que aconteceu? Você voltou mais cedo? O Jotapê passou aqui de manhãzinha... – mexia no celular, que tinha uma mensagem e uma ligação perdida de Josh.
- Ele veio aqui? – perguntou.
- Sim – mandou uma mensagem pra Josh, pedindo para ele passar no apartamento mais tarde. – O que aconteceu? – Ela perguntou, dessa vez prestando atenção na amiga.
sentou-se e contou tudo para . Desde a chegada em Paris, até o café da manhã com Harry.
- AIMEUDEUS! – praticamente gritou – Eu não acredito! Quero dizer, ainda bem que você terminou com o francês de merda. Mas, cara, você dormiu com o Styles! Isso é totalmente emocionante! – bateu palminhas e riu.
- Eu não sei... Sabe, as coisas ainda vão se complicar mais.
- E daí? Se no final do dia você puder descomplicar com o Styles... Pra mim tá ótimo!
riu e jogou uma almofada em .
- E o casamento, como foi? – Ela perguntou e contou tudo, nos mínimos detalhes. – Você pegou o buquê! Que fofo! E quando você vai se resolver com o Tommo?
- Me resolver?
- Não se faça de Jones – revirou os olhos. – O Josh é um cara legal. Mas você não é apaixonada por ele, .
- Você é apaixonada pelo Harry?
- É diferente...
- Sei... – levantou e foi fazer algo pra comer. Aquela conversa não ia levar a nada. Até porque as duas estavam certas.
A noite, e Josh estavam no quarto. Ela aproveitava suas mãos habilidosas, enquanto ele lhe massageava as costas. Ela ouviu quando a campainha tocou mas, como sabia que estava na sala, nem se deu o trabalho de levantar.
- Qual o seu problema?! – Foi a primeira coisa que Jean Patrick disse, quando abriu a porta. Ela deu um passo pra trás, espantada com sua visita. Ele passou por ela e entrou no apartamento.
- Você foi embora sem me falar nada!
- E que diferença faria se eu ficasse?
- Você é minha namorada. Tinha que ficar comigo.
- Olha, acho que a Charlotte ficaria muito feliz em assumir esse posto. Na verdade – tirou do dedo o anel que Jean Patrick lhe dera – Agora ela pode – Ela jogou o anel pra ele.
- O que você pensa que está fazendo? – Ele olhava, incrédulo, do anel pra ela.
- Eu não penso. Essa sou eu terminando contigo.
- Você não pode fazer isso...
- É claro que eu passo! – respirou fundo. – Nós nunca demos certo. Com certeza, não temos nada em comum.
- Nós passávamos horas conversando!
- Pela Internet! – se alterou – Eu não sei. Pessoalmente, você é outra pessoa. Arrogante, esnobe. Mesquinho, egoísta. Eu não sou seu brinquedo, muito menos seu troféu, Jean Patrick. E foi assim que eu me senti ontem. Você não gosta de mim... – balançou a cabeça – Você só queria uma boneca do seu lado. Me desculpa. Mas acabou. Eu nunca vou conseguir te amar.
- Você não sabe como esta enganada. O que você está esperando? Acha que vai viver um conto de fadas com o Zayn? Acorda! Por que ele trocaria uma garota como a Perrie por alguém como você?! – Jean Patrick já estava gritando. Ele olhava pra da cabeça aos pés.
estava sem palavras. Como alguém podia ser tão insensível pessoalmente e escrever poesias tão bonitas?!
- Ei, Jotapê... – apareceu no topo da escada – Eu acho melhor você sumir da minha casa agora, senão eu chamo a polícia – Ela deu um sorriso cínico e desceu as escadas.
- É JEAN PATRICK! – Ele gritou com um sotaque horrível e saiu, batendo a porta com força.
- Você tá bem? – perguntou, abraçando a amiga.
- Pelo menos uma parte da minha confusão agora acabou de vez - riu e enxugou uma lágrima intrusa.
- Tá tudo bem aqui? – Josh perguntou, chegando na sala.
- Tá sim... – respondeu – Mas será que você se importa de nos deixar sozinhas? Acho que eu preciso de um tempo com a minha amiga.
- É claro. Tudo bem – Josh aproximou-se e lhe deu um selinho – Me liga, se precisar de alguma coisa – Josh sorriu pra elas e saiu.
Aquela semana seria curta, devido ao feriado prolongado que começaria na quinta. Entretanto, estava sendo estranha. e Harry estavam passando muito tempo juntos, porém só sabia disso. Eles estavam tomando cuidados e sendo discretos, mas sabiam que uma hora teriam que contar para seus amigos.
O verão finalmente chegara. Claro que não era um calor escaldante como no Brasil, mas era possível usar roupas mais leves e pegar uma piscina. E era justamente por esses motivos que eles iriam passar o feriado em Dublin [N/A: Tinha escrito Dubink, haha], perto da cidade natal de Niall. Então, na quinta-feira à noite, todos se encontraram na estação de trem. Como estavam em 10, eles praticamente fecharam um vagão.
Durante toda a viagem, se esforçou muito pra ignorar a presença de Perrie que, pelo contrário, queria ser notada. Ela ria escandalosamente, não parava de falar e gesticulava muito.
Era engraçado o jeito que Zayn agia quando estava com Perrie e no mesmo lugar: ele ficava quieto, quase como se estivesse com vergonha. Era nisso que pensava quando Harry entrou em seu campo de visão. Ele se esticou pra pegar uma bolinha de papel que Louis jogara e grande parte de sua boxer verde ficou a mostra. inclinou a cabeça e começou a lembrar do sonho que tivera.
- Olha a cara da – disse baixinho pra Harry – Aposto que ela tá lembrando do sonho – A última parte ela falou alto. Harry olhou pra e não pode deixar de rir. Foi só então que percebeu que estava de boca aberta. Ela teve vontade de se jogar pela janela mas, invés disso, se escondeu atrás de Josh.
Assim que chegaram à cidade Irlandesa, alugaram dois carros. Niall foi dirigindo, com ele estava Louis no banco do carona, , e Josh atrás. No outro carro, Zayn ia dirigindo. Perrie estava no banco do carona e Harry, Liam e Danielle ficaram atrás.
A casa não era tão próxima da estação então, aproximadamente uma hora e meia depois, eles chegaram. O lugar parecia uma fazenda. Era uma grande construção de tijolinhos vermelhos com cercas marrons.
- Sintam-se em casa – Niall disse, entrando com os outros na sala.
O piso era de madeira batida. Em uma das paredes laranjas estava uma grande tv e, na parede oposta, uma lareira. Os sofás eram vermelhos e bem espaçosos. Pela porta dupla que separava a casa do quintal, era possível ver uma enorme piscina. Como a casa era de Niall, ele ficou com a suíte principal. Os casais dividiam um quarto, assim como Louis e Harry. E, como se tivessem combinado, depois que todos se instalaram, foram direto pra área da piscina. O sol ardia no céu e uma brisa suave chacoalhava as folhas das árvores mais próximas.
-Ah, eu não aguento isso! – Louis disse quando se aproximou de , Harry e Liam que estavam perto do quiosque de tijolinhos que havia na borda da piscina.
- O quê? – Harry perguntou.
- Aquele babaca alisando minha garota – Louis apoiou a cabeça na bancada de mármore branco.
Os outros três olharam na direção de e viram que Josh passava protetor solar em suas costas. Harry riu.
- Vem, vamos dar uma refrescada neles – Liam disse e Louis o olhou.
Como se fosse uma espécie de código entre eles, os dois saíram correndo e pularam na piscina. Uma grande quantidade de água espirrou, deixando e Josh completamente ensopados. Liam e Louis riam vitoriosos com sua pequena maldade. Harry gostou da idéia e fez o mesmo. Logo todos os garotos, inclusive Josh, já estavam dentro da piscina. Eles jogavam água e tentavam afogar uns aos outros.
- Adorei o seu biquíni – Danielle dizia, quando foi até o quiosque do outro lado da piscina, onde as garotas estavam.
- Obrigada! – agradeceu, segurando a alcinha de seu biquíni lilás.
- Queria que tivéssemos uns biquínis mais bonitinhos desse lado do oceano. Os nossos são tão enormes! Parecem roupa de vovó – Dani falou e todas riram, menos Perrie. A ex-loira atual cabeça de uva analisava os biquínis das garotas a sua frente.
- Na verdade, eu não me sentiria bem usando tão pouco pano assim – Perrie disse, balançando a cabeça.
- Provavelmente é porque não ficaria bem mesmo em você. Sabe, é preciso ter corpo pra usar um biquíni assim – disse e riu alto, enquanto Dani tentava esconder a risada.
Perrie cerrou os olhos e quando ia falar algo, a interrompeu:
- Vamos fazer um suco – E levou pra dentro da casa.
Mais tarde naquele dia, aproveitou que todos estavam descansando dentro de casa e mandou uma mensagem para Harry, dizendo para se encontrarem na varanda dos fundos da casa. Era pra lá que ela estava indo, quando ouviu vozes um pouco alteradas, vindo do lado de fora da casa. Sua curiosidade falou mais alto: ela ficou atrás da porta do lado de dentro e pôs-se a ouvir a conversa.
- Qual o seu problema?! – Era Zayn. Ele tentava controlar a voz, mas não com muito sucesso.
- O meu problema?! – Harry retrucou – Qual é o seu problema!
- Você não podia fazer isso, Harry.
- E por que não, Malik? Que eu saiba, você está muito bem com a Perrie. Tão bem que nem sequer tinha lembrado de contar isso pra .
- Você não tem nada a ver com isso – Zayn disse, entre dentes.
- Aparentemente você também não – Harry disse e suspirou – Olha... Você é meu amigo, Zayn. Nós não vamos brigar. Mas, ao contrário de você, eu protejo a de qualquer coisa. Você devia saber disso, Zayn...
ouviu passos e, dando uma rápida olhada pela porta, pode ver que Harry se afastara, provavelmente indo para a varanda.
- Eu deveria fazer isso... – Ela ouviu quando Zayn disse.
deu alguns passos pra trás e se encostou em um dos armários da cozinha. Ela estava se sentindo mal. Não queria que Zayn e Harry brigassem. Não queria que brigassem por ela! Ela estava confusa. Sabia que gostava muito de Harry, adorava estar com ele. Mas isso nem se comparava com o que sentia por Zayn. Por três anos ela alimentou esse sentimento. Mesmo antes de saber que se mudaria para Londres, nunca deixou de amá-lo. E, agora que estava ali, simplesmente não podia ficar com Zayn. Podia ser coisa de sua imaginação, mas ela sabia que ele sentia algo por ela. Senão como antes, pelo menos um pouco. Ela só queria que ele fizesse algo. já estava cansada de palavras: precisava de ação.
Zayn entrou na casa mas, como estava distraído, acabou esbarrando com a garota.
- Desculpa – Zayn disse – Eu... estava meio distraído. Você tá bem? – Ele perguntou, percebendo pela sua expressão que não parecia nada bem.
- Não sei, Zayn. Eu tô bem? Eu vou ficar bem? Eu não sei, Zayn... – Sem esperar que ele respondesse, ela saiu da casa e foi até a varanda onde Harry a esperava.
À noite, e Josh estavam deitados no gramado perto da piscina. Josh cochilava e observava o céu estrelado. Josh se remexeu e acordou.
- Ei, vamos para a cama – Ele disse, sentando-se sob a toalha amarela que estavam usando.
- Pode ir. Vou ficar mais um pouco aqui.
- Tudo bem, não demora. – Josh lhe deu um selinho e entrou na casa.
Uma brisa fria fez se arrepiar e ela fechou os olhos. Ela sentiu quando alguém deitou por cima dela e abriu os olhos.
- Louis! – se assustou com a proximidade do garoto e imediatamente seu coração começou a bater mais forte.
Louis estava com as mãos apoiadas uma de cada lado do corpo dela, seu rosto estava há alguns centímetros.
- Olha nos meus olhos. – Ele pediu e o fez – Eles brilham mais do que essas estrelas quando eu tô te vendo...
Louis continuou olhando-a nos olhos e levou sua mão até o coração dela. não se importou em deixá-lo sentir seus batimentos acelerados.
- Tá sentindo? – Louis perguntou, levando a mão dela até o seu coração, que batia tão rápido quanto o dela. – Eles batem no mesmo ritmo porque pertencem um ao outro. Eu sei que talvez eu tenha esperado demais. Só que isso eu não posso mudar. O que eu sei é que você tá aqui agora. E eu não vou desistir. Até porque eu sei que você sente o mesmo. – Ele sorriu e passou a mão pela bochecha dela.
continuava hipnotizada por aqueles olhos verdes, aquele sorriso lindo e sincero que era só pra ela. Ela riu, enquanto o abraçava pelos ombros.
- Acho que eu continuo apaixonada por você, Sr. Tomlinson.
- Eu tenho certeza de que eu te amo, Sra. Amor da minha Vida – Louis disse e a beijou.
Na manhã seguinte, todos estavam na cozinha enquanto e preparavam o café da manhã. Eles não conversavam, aparentemente cada um estava perdido em seus pensamentos matinais, quando Zayn se aproximou de Louis e disse:
- O que é isso, Tommo?! – Zayn começou a rir, atraindo os olhares curiosos de todos os seus amigos.
- O quê? – Louis perguntou sem entender porque Zayn abaixava a gola de sua camisa.
estava no fogão preparando ovos mexidos e ficou branca. Noite passada, depois que Louis a beijara, eles meio que se empolgaram um pouco. O resultado estava no pescoço de Louis.
- É um chupão? – Zayn perguntou e agora ele e Niall analisavam a marca roxa no pescoço do amigo.
- Não! – Louis disse. Ele tentava não olhar pra e deu um tapinha na mão de Zayn.
- A noite passada foi boa, hein?! – Niall disse. – Quem foi? – Ele perguntou, rindo com Zayn.
Harry percebeu o desconforto de , que quase estava entrando dentro da frigideira e, antes que Josh pudesse ligar os fatos, disse:
- Fui eu – Harry disse, dando de ombros.
- Ok, eu sempre soube que vocês se amavam... – Liam disse e todos riram.
Louis olhava pra Harry, ao mesmo tempo agradecido e espantado.
- A gente tava brincando, só isso – Harry explicou. – Acabei deixando uma marca.
Por fim, todos pareceram engolir a história. Claro que passaram o resto do dia fazendo piadinhas com o mais novo casal Larry Stylinson.
Mais tarde naquele dia, eles estavam se preparando para ir a uma balada na cidade. Porém Perrie não estava se sentindo bem. Ela espirrava muito e seu nariz estava vermelho.
- Acho que eu tô gribada – Ela disse, assoando o nariz em um lencinho de papel. Perrie estava deitada no sofá. Zayn estava do seu lado e Dani estava sentada na mesinha de centro.
- Eu posso ficar aqui com você – Dani se ofereceu.
- Não, pode ir – Perrie disse e espirrou mais uma vez.
- Eu fico – Zayn disse e passou a mão pelo rosto dela.
- Não, você tabém vai. Não quero que você fique be vendo nesse estado.
Dani e Zayn riram. O garoto até insistiu mais um pouco, mas Perrie foi bem convincente e ele acabou indo com os outros.
Duas horas depois, eles já estavam entrando na Irish Bells. Por fora, o lugar parecia apenas um grande galpão com as paredes pretas. Por dentro, era totalmente diferente: todas as paredes eram vermelhas e havia três andares. O último era o mais tranquilo, onde estavam os sofás e uma varanda que dava para o terraço, onde os fumantes iam se aliviar. No térreo, a pista de dança era oval e havia vários pequenos bares espalhados por todo canto. O palco era bem grande e espaçoso. Havia uma bateria e vestígios de outros instrumentos em uma extremidade e, na outra, o DJ discotecava em sua pick-up.
As garotas foram direto pra pista de dança, assim como Liam. Os outros meninos foram até o bar. No intervalo entre uma música e outra, se aproximou de :
- Então você não ia me contar mesmo?
- O quê?
- Não se faça de boba, mocinha! – disse e riu.
- Não... Ia contar, sim. Na hora certa.
- O que você vai fazer agora? – perguntou, quando outra música começou a tocar.
- Dar um jeito na minha bagunça! – As duas riram e voltaram a dançar.
Harry começou a dançar com e, no meio da música, os dois se beijaram. percebeu quando seus amigos se entreolharam, porém ninguém ficou realmente tão surpreso. A não ser Zayn, que terminou sua garrafa de cerveja em um gole só. Então todas as luzes do lugar se apagaram. A batida de uma música que e conheciam muito bem começou a tocar, ao mesmo tempo em que a luz negra começou a piscar.
I love a girl in a whole another language
People look at us strange
Don't understand us, they try to change it
I try to tell her don't change
Joe Jonas começou a cantar e imediatamente a pista de dança pareceu ficar mais quente, mais apertada, à medida que os corpos das pessoas se mexiam no ritmo da música. sabia que Josh estava atrás dela, porém sua atenção era toda de Louis. Sem parecer, os dois dançavam um de frente pro outro.
Talk love and they say it sounds crazy
Love's even more wild when you're angry
Don't understand why you wanna change it
Girl listen to me
sentia as mãos de Harry percorrem suas costas nuas, devido ao decote invertido do vestido. Ela não conseguia pensar em muita coisa com Harry assim tão próximo. Tinha uma vaga lembrança de que estavam se beijando na presença de Zayn, e ela sabia que isso não era totalmente legal; porém, esqueceu de tudo quando sentiu Harry morder a pontinha de sua orelha. Um arrepio lhe subiu pelo corpo e ela puxou o cabelo de Harry, fazendo suas bocas se encontrem novamente.
You're just running from the truth
And I'm scared of losing you
You are worth too much to lose
Baby if you're still confused
Os olhos de Louis pareciam brilhar na direção de . Por mais que a luz negra a deixasse um pouco tonta quando piscava, ela quase conseguia sentir a boca do garoto na sua. Foi só então que ela percebeu que Louis estava bem mais próximo. Josh deve ter percebido também, já que lhe apertou a cintura com certa força. balançou a cabeça e riu.
(Girl I'm) girl I'm just in love with you
Girl I'm just in love with you
No other words to use
I'm just in love with you
I'm just in love with you
Oh yeah!
sabia que as coisas poderiam sair de controle, já que seu coração queria uma coisa e seu corpo... Bem, seu corpo queria desesperadamente o garoto que estava na sua frente. Harry terminou o beijo com um selinho e sorriu de lado, passando a mão em seu rosto. Ele mordeu o lábio, ainda olhando pra . Ela não queria pensar muito, especialmente em uma balada. E com certeza Harry era uma ótima fonte de distração.
When I tell you I would never leave you
Do you hear what I say?
Don't understand you, say you need time
You be callin' all day
They talk love and they say it sounds crazy
Love's even more wild when you're angry!
Don't understand why you wanna change it
Girl listen to me!
You're just running from the truth (from the truth)
And I'm scared of losing you
You are worth too much to lose (oh baby)
Baby, if you're still confused
(Girl I'm just in love) Girl I'm just in love with you
Do you hear what I say? (I'm just in love with you)
Can't nobody change it! (no other words to use)
I love you baby!
I'm just in love with you (I'm just in love with you)
I'm just in love with you (I'm just in love)
I'm just in love with you (wooooooah)
Louis cantava pra , ela sabia disso. E por um momento, ela quase se esqueceu de tudo. precisava sentir os braços de Louis ao redor de seu corpo. Ela queria que ele cantasse em seu ouvido. A pequena distância que os separava estava quase insuportável. acordou quando Josh a virou de frente para si e a beijou. No começo, ela não correspondeu. Depois, ela teve uma idéia. se afastou de Josh e começou a dançar ao redor dele. Josh riu e tentou puxá-la de volta para si, mas ela foi mais rápida: se aproximou de Louis e começou a dançar ao redor dele. Ela conseguia ver o esforço que Louis fazia para não agarrá-la ali mesmo. Então, Louis começou a dançar com ela e, finalmente, segurando-a pela cintura, ele cantou em seu ouvido:
Never knew what we have
They don't understand
We're just a waste of time
But we know this is real
I don't know how you feel
When you put your hand in mine
Girl I'm just in love with you
Girl I'm just in love with you
There's no other words to use
I'm just in love with you
Let me say it again, let me say it again
I'm just in love with you
Just in love, just in love, babe
I'm just in love with you
sorriu ofegante quando a música acabou. Antes que fizesse algo que não devia, ela se espremeu por entre as pessoas e foi em direção ao banheiro mais próximo.
A luz negra também não teve um bom efeito em . Quando a música acabou, ela estava totalmente apoiada em Harry, que tinha os braços em volta de sua cintura.
- Você tá bem? – Harry perguntou.
- Acho que preciso sentar um pouco.
- Tudo bem, vamos lá pra cima.
Os dois saíram da pista e, quando estava subindo as escadas para o mezanino, esbarrou em Zayn. Ele estava encostado em uma parede e ela chegou a sentir medo da expressão em seu rosto: raiva, paixão, confusão. Tudo isso estava misturado por trás daqueles olhos amendoados que ela tanto amava. Zayn olhou para a mão de , que estava entrelaçada com a de Harry. Ele sacudiu a cabeça e sumiu por entre a multidão.
e Harry estavam no terceiro andar. O vento que vinha da varanda estava um pouco frio e fazia o cabelo de voar para o seu rosto. De repente, a música parou e as pessoas no lugar começaram a vaiar. Os dois se apoiaram no parapeito da grade e olharam pra baixo. No palco, havia um funcionário da casa, o feixe de luz iluminava seu rosto.
- Boa noite, senhoras e senhores – Ele disse, e as pessoas pararam pra escutar – Temos uma surpresa pra vocês – O homem fez uma pausa e todos gritaram. – Quem gosta de One Direction? – Mais uma vez, as pessoas gritaram. Dessa vez, grande parte dos gritos eram femininos. – Então, uma salva de palmas para Zayn Malik.
Zayn entrou no palco e o feixe de luz o iluminou. Ele sorriu, tentando manter a imagem profissional. Mas sabia que havia algo errado com ele, além da alta quantidade de álcool em seu sangue.
- Boa noite, Dublin – Zayn os cumprimentou e os gritos femininos foram ensurdecedores. Ele riu, tentando lutar contra sua timidez costumeira. – Bom, eu vou cantar uma música pra vocês. Essa música conta a história de um cara. Esse cara tinha a garota mais perfeita do mundo. Mas ele era muito estúpido pra perceber – Zayn deixou escapar um risinho anasalado. Ele olhou para os músicos da banda atrás de si e fez um sinal. Eles começaram a tocar uma melodia lenta.
- Ah, meu Deus – segurava a grade com tanta força que já não sentia mais os dedos – O que ele... – Ela não conseguiu terminar a frase porque Zayn começou a cantar:
,i>Same bed but it feels just
A little bit bigger now
Our song on the radio
But it don't sound the same
When our friends talk about you
All it does is just tear me down
Cause my heart breaks a little
When I hear your name
It all just sounds like (oooooh)
Mmm too young too dumb to realize
Zayn também apertava o pedestal do microfone com uma força desnecessária. Ele tentava olhar pra multidão a sua frente e percebeu que ele a estava procurando. Ela se arrepiou ao ouvir a voz de Zayn: tão linda, tão pura. Mas ela não conseguia sair do lugar, seus pés pareciam pesar 500 kg. Harry colocou a mão em suas costas, e só. Ele também estava bem desconcertado com a situação toda.
That I should've bought you flowers
And held your hand
Should've gave you all my hours
When I had the chance
Take you to every party
Cause all you wanted to do was dance
Now my baby is dancing
But she's dancing with another man
Zayn cantava com todo seu coração e sua alma. Era como se tudo aquilo estivesse lhe causando dor e libertação ao mesmo tempo. Ele fechou os olhos e continuou cantando. Em sua cabeça, ele não estava mais naquele palco e sim revivendo todos os momentos que passara com .
My pride, my ego, my needs and my selfish ways
Cause the good strong woman like you to walk out my life
Now I'll never never get to clean up the mess I made
Ooh and it haunts me every time I close my eyes
It all just sounds like (oooooh)
Mmm too young too dumb to realize
That I should've bought you flowers
And held your hand
Should've gave you all my hours
When I had the chance
Take you to every party
Cause all you wanted to do was dance
Now my baby is dancing
But she's dancing with another man
percebeu que as pessoas lá embaixo, e até mesmo na varanda, dançavam. Casais, amigos, pessoas felizes e apaixonadas. Todas dançavam alheias à sua situação. Por um segundo ela desejou ser uma daquelas pessoas que não tinham nada a ver com a música que Zayn cantava.
Zayn abriu os olhos e encontrou apoiada na grade do terceiro andar. Ele deu um sorriso e ela não conseguiu agüentar mais, deixou as lágrimas escorrerem. Ao cantar a última parte, Zayn também tinha os olhos marejados. E ele não pareceu se importar quando as lágrimas caíram.
Although it hurts
I'll be the first to say
That I was wrong
Oh I know i'm probably much too late
To trying apologize for my mistakes
But I just want you to know
I hope he buys you flowers
I hope he holds your hand
Give you all his hours
When he has the chance
Take you to every party
Cause I remember how much
You love to dance
Do all the things I should've done
When I was your man
Do all the things I should've done
When I was your man
Quando a música acabou, Zayn ficou em silêncio. Ele ainda olhava pra cima, mesmo sabendo que já não estava mais lá. Ele voltou pra realidade quando as pessoas começaram a gritar e bater palmas, pedindo por mais. Zayn agradeceu e desejou uma boa noite para todos. Ele saiu do palco e, para aproveitar o clima, o DJ começou a tocar Little Things.
- – Harry a chamou. A música tinha acabado e ela tinha se afastado da grade.
- Eu tô bem – se apressou em dizer. – Eu só preciso ficar um pouco sozinha.
- Você tem certeza?
- Tenho, tenho. Obrigada – Ela tentou sorrir e então deu as costas para Harry, descendo as escadas.
Ao chegar no térreo, encontrou com que, aparentemente, a esperava lá embaixo.
- ! – passou pelas pessoas que estavam entre elas e foi até a amiga.
- Tá tudo bem – Mas, mesmo sorrindo, ela sentiu que as lágrimas voltavam.
- Vem, vamos sair daqui.
As duas saíram do Irish Bells e pegaram um táxi.
Era fato que estava com medo do que aconteceria na manhã seguinte. Entretanto, ninguém tocou no assunto e ela até preferiu assim. Mais cedo ou mais tarde ela teria que lidar com aquilo, se ela pudesse escolher, seria mais tarde.
Então, como se fosse pra tentar animar alguns ou mesmo só pra passar o tempo, afinal eles teriam apenas mais uma noite na Irlanda, Niall improvisou um paint ball e lá estavam todos jogando. , e Danielle estavam em desvantagem já que Perrie ainda se sentia mal. Eram os seis meninos contra as três, mas elas não pareceram se importar. Eles tinham toda a área da piscina e os jardins para brincar.
Estava tudo muito quieto. já estava quase sem munição, quando se escondeu embaixo da escada da entrada principal. Ela estava quase relaxando quando captou um movimento com a visão periférica e apontou a arma pra pessoa.
- Eu me rendo! Eu me rendo! Não tenho munição! – Zayn disse, parando onde estava.
o observou por um instante. Assim como os outros ele estava com as roupas toda manchada de tinta. Porém seu cabelo continuava intacto e perfeito. teve que ser muito forte para lutar contra a enorme vontade de atirar uma bexiga de tinta azul naquele cabelinho perfeito. Ela riu sozinha.
- O que foi? – Zayn perguntou, se aproximando dela.
- Só imaginando como você ficaria de cabelo azul – sorriu, erguendo a sobrancelha e Zayn deu um passo atrás – Eu tô brincando, babaca!
- Sei lá, você é meio louca mesmo – Ele riu e sentou-se ao lado dela.
Por um momento, eles ficaram em silêncio. Apenas recuperando o fôlego e tentando ouvir se alguém se aproximava. foi a primeira a se manifestar.
- Linda a música que você cantou ontem.
Zayn ficou tenso.
- Obrigado... – Ele sussurrou.
- Mas seria mais lindo ainda se você realmente fizesse algo – falou sem pensar. É claro que sabia que não tinha o direito de se meter na vida de e Zayn, mas já estava cansada de ver os dois sofrendo tanto – Sabe, é realmente muito lindo você ficar cantando músicas mais lindas ainda pra , mas você já parou pra pensar que, talvez, ela precise de mais do que apenas músicas?
- Esquece isso, ...
- Não, Zayn! Eu to falando sério. Vocês se amam! E você finge que tá tudo bem, sendo que não está! Você tá se escondendo de alguém que realmente te ama!
- O que é que você sabe, hein?! – Zayn disse, seu tom de voz se elevando um pouco – Você não está fazendo a mesma coisa com o Louis? Pensa que eu não sei que aquela marca é culpa sua?! Você tá se escondendo tanto quanto eu, . – Zayn a encarava e a garota ficou quieta. Ele tinha razão. Porém, ela também tinha. Antes que pudesse dizer algo, eles ouviram passos se aproximando.
- Corre! – Os dois disseram ao mesmo tempo e saíram correndo na direção oposta aos passos.
- Zayn! – Harry gritou – Você se aliou ao inimigo! – Harry tentava acertar em .
- Traidor! – Liam gritou e começou a acertar bexigas de tinta colorida em Zayn.
Josh e Louis estavam escondidos no quiosque da piscina. Eles sabiam que e Danielle estavam por perto, mas não queriam deixar o esconderijo antes delas.
- Acho que já podemos ir – Louis disse.
- Espera – Josh pediu e segurou o pulso dele – Queria te falar uma coisa.
Louis soltou seu pulso.
- O quê?
Josh respirou fundo, como se pra tomar coragem:
- É o seguinte: eu cansei de você e da sua insistência em tentar roubar minha namorada.
- Como é? – Louis ria.
- É isso que você ouviu. Acho que já tá na hora de você superar e entender que a é minha agora.
- Pode falar o que você quiser, babaca. Eu sei que é a mim que ela ama – Louis deu de ombros e se levantou. Josh também levantou e continuou:
- Você tem certeza disso, Tomlinson? Será que ela ama mesmo? Porque... Bom, é comigo que ela está, não? – Ao ouvir as palavras de Josh, Louis ficou imóvel. Josh se aproximou mais um pouco – Você é um cara esperto, Louis. Sabe que se ela realmente quisesse algo contigo, já teria me chutado há muito tempo! E, bom... Ela continua comigo.
- Cala a boca, você não sabe do que tá falando. – Louis engoliu em seco.
- Eu acho que eu sei, sim... – Josh sorriu, irônico – Ela não te ama, Louis. Ela é minha.
E sem pensar mais de uma vez, Louis apontou sua arma de paint ball para Josh e atirou nele repetidas vezes. Josh estava na beira da piscina, ele perdeu o equilíbrio e caiu dentro d’água.
- O que você tá fazendo?! – Danielle perguntou, ela e saíram de trás da porta que dava para a varanda.
- Louis, ele é do seu time! – disse, ao mesmo tempo em que os outros apareceram e tudo estava confuso: Liam atirava em Zayn, que corria loucamente, assim como tentava se esquivar dos tiros de Harry. Então, Niall pulou de cima de uma árvore e caiu dentro da piscina. Danielle se assustou com a aparição de Niall e deu um grito, puxando pra sua frente, o que fez com que o tiro que estava mirando em Harry acertasse na amiga.
Não havia mais times, então eles atiravam no primeiro que aparecesse na frente. Por fim, todos pularam na piscina e ficaram fazendo bagunça até o sol se por. Por um tempo, todos esqueceram de seus problemas e apenas curtiram o dia. Era visível no olhar de alguns deles que aquele era um de seus desejos: que os problemas não existissem.
Mais tarde naquele dia, as garotas estavam na cozinha. e faziam uma salada de frutas e Danielle mexia em seu tablet.
- Tudo bem, eu não queria falar – Ela começou, atraindo a atenção das outras – Mas é impossível! Todos os sites de fofoca estão loucos por causa da música que o Zayn cantou ontem. Estão achando que foi pra Perrie...
- Ótimo! – ironizou.
- Ótimo mesmo, não quero nem pensar em uma confusão maior ainda – se manifestou.
- Qual confusão? – Perrie perguntou, entrando na cozinha. Seu nariz ainda estava um pouco vermelho e seu cabelo estava preso em um coque frouxo.
- Confusão de frutas! – improvisou apontando para a tigela, onde ela cortava os pedaços das frutas e Perrie fez uma careta.
- Sua estranha – Perrie disse, pegando um copo de água.
- Você já se olhou no espelho hoje, querida? – perguntou e riu. Perrie terminou de tomar sua água e saiu da cozinha, ignorando as outras.
*-*-*-*-*-*
e Harry estavam sentados na porta da frente da casa. A rua era iluminada, porém nenhum carro passava. O silêncio era quase que completo, não fosse pelas risadas vindas do interior da casa. O céu estava totalmente estrelado, mas a brisa estava um pouco fria. apertou seu casaco contra o peito e suspirou.
- Pela primeira vez, eu não sei o que fazer... – Harry disse.
- Como assim?
Ele se virou de frente pra ela e começou a brincar com seus dedos.
- Eu sei que você ama o Zayn. Nunca deixou de amá-lo. Eu entendo isso. Eu também sei que o que acontece entre a gente não é amor. Quero dizer, é. Mas não daquele jeito – Ele fez uma cara pseudo-fofa e fingiu suspirar e riu – Mas... Eu já não sei se isso está te fazendo bem, sabe? Se eu estou te fazendo bem! – Harry coçou a nuca – É muito ruim saber que eu não posso fazer muita coisa pra ver o seu sorriso mais vezes, ...
- Harry, ultimamente você tem sido a única coisa que me faz sorrir.
- , eu não sou suficiente – Harry olhou pra ela e sorriu – Você e o Zayn... Vocês deveriam estar juntos, droga! Ele também é meu amigo...
Eles se encararam por alguns segundos. entendia o lado de Harry. E também era tão grata à ele por se importar tanto assim, ao ponto de até mesmo discutir com um de seus melhores amigos.
- Eu não consigo ficar longe de você – Harry disse rindo e balançou a cabeça, corou levemente – Mas, se você me falar que quer apenas ser minha amiga, eu juro que vou me esforçar muito pra fazer isso dar certo.
Era essa a questão. queria mesmo ser apenas amiga de Harry? Harry, aquele que sempre estava presente para ela, em qualquer momento. Aquele que já provara que a amava e, sim, se importava muito com ela. Aquele Harry que a fazia sorrir, suspirar e sentir calor! Uma parte dela dizia que ela queria e devia abrir mão disso. A mesma parte que não parava de pensar em Zayn. A mesma parte que sentia o coração disparar toda vez que ele estava perto. Aquela parte que ria sozinha quando lembrava de tudo que haviam feito juntos. Aquela parte que sempre pensava em Zayn antes de dormir e desejava que ele estivesse em seu futuro.
Tudo seria mais fácil se ela perguntasse “Harry, o que eu faço?”, para o garoto na sua frente. não tinha certeza sobre muitas coisas. Mas naquele momento, ela sabia: precisava ficar sozinha.
- Eu realmente te odeio por me conhecer tão bem assim, Styles – Ela fez graça e Harry riu – Eu acho que, talvez, agora seja melhor eu ficar sozinha. Sabe? – Ela deu de ombros – Pensar em tudo o que está acontecendo.
- Eu sei que você vai achar uma solução – Harry se aproximou e lhe deu um beijo na testa – E, em caso de dúvidas, você sabe meu número – Harry piscou e se levantou. ouviu quando ele entrou na casa, mas ela continuou sentada no portão. Ela colocou os fones de ouvido e no player, When I was your man estava no repeat.
Harry encontrou os amigos jogando vídeo game na sala. Zayn estava com o violão no colo, dedilhando uma melodia qualquer e esperando sua vez de jogar.
- Ei – Harry o cutucou no ombro – Vem cá.
Zayn deixou o violão em cima do sofá e os dois foram até a cozinha.
- Malik... – Harry começou. Ele passou as mãos pelo rosto e suspirou alto. – Eu não sei o que se passa nessa sua cabeçona, mas, por favor. Me escuta. Você precisa se resolver com a , cara! Não precisa ser aqui, nem agora. Só... Converse com ela. Eu tenho certeza de que vocês vão se entender.
- Mas, Harry... Vocês não... – Zayn não terminou a frase, pois Harry o cortou.
- Não. Ela não olha pra mim do jeito que olha pra você, Zayn. E é óbvio que eu quero isso pra mim, um dia. Até lá, eu tenho que passar por muitas platéias – Harry riu e empurrou Zayn de leve com o ombro. – Não desperdiça a chance. A vida é muito curta pra não viver um grande amor – Harry piscou e saiu da cozinha, deixando um Zayn pensativo. Porém, decidido.
No andar de cima, estava saindo de seu quarto quando Louis a puxou para dentro de um armário e fechou a porta antes que a garota pudesse dizer algo.
- Louis! – Ela riu, mas logo foi silenciada pelo beijo urgente que Louis lhe deu.
Talvez fosse o espaço pequeno, ou a proximidade de Louis. Não. Com certeza era a proximidade de Louis. Mas os batimentos cardíacos dela estavam descontrolados e ela sentia suas pernas bambas.
- Eu não quero mais esperar... – Louis disse baixinho, olhando de seus lábios para seus olhos.
- O que eu posso fazer, Louie? – Ela perguntou, no mesmo tom.
- Terminar com aquele babaca, agora.
Ela riu.
- Eu vou fazer isso. Mas não posso fazer agora.
- E por que não? – Louis perguntou e de repente sentiu a garganta fechar. Seria verdade tudo o que Josh lhe dissera?
- Porque é muito mais complicado. – respondeu e sentiu um vazio lhe atingir o estômago quando viu a expressão no rosto de Louis: ele não era mais aquele garoto sorridente e sempre feliz. Louis estava preocupado e, mais do que isso, com medo.
queria dizer a ele todas as coisas que estavam em sua cabeça. Dizer que o amava repetidas vezes não parecia o suficiente. Ela o amava tanto e era isso que a assustava: nunca havia sentido sentimento tão intenso antes. Tinha medo de que não desse certo.
- ... – Louis a chamou, passando a mão em seu rosto.
- Desculpa, meu amor – Ela lhe deu um selinho e saiu do armário correndo.
Então, a segunda-feira havia chegado. Infeliz ou felizmente, as garotas ainda não sabiam. As duas estavam na sala de . estava no sofá tentando se concentrar em um manuscrito que Rose lhe dera. Entretanto, a simples tarefa de ler algumas linhas lhe parecia impossível: era a quarta vez que ela lia o mesmo parágrafo. E tudo que entendia era: Zayn. Zayn. Zayn. Zayn. Zayn. Zayn. Zayn.
estava tomando uma xícara de chocolate quente com chantilly e seus pensamentos estavam perdidos por entre as nuvens que ela observava pela janela.
- Eu não consigo! – exclamou. Ela se levantou e deixou o manuscrito na mesa de – Tenta você... Eu vou... Sei lá! – balançou a cabeça e saiu, antes mesmo que pudesse responder.
Ela chegou em sua sala e se jogou em sua poltrona. Ela queria poder fechar os olhos e conseguir se concentrar no trabalho. Parar de pensar em Zayn. Na música. Aquilo tudo parecia demais para ela. Seu celular tocou, a trazendo de volta para realidade, e ela atendeu sem nem olhar no identificador.
- Alô?
- ?
Mesmo estando sentada, escorregou da cadeira e teve que apartar o braço do móvel para manter o equilíbrio.
- Si-sim? – Ela quis se estapear por ter gaguejado.
- Sou eu... Zayn.
Como se algum dia ela fosse esquecer aquela voz. quase podia ver o sorriso tímido estampado no rosto de Zayn do outro lado da linha.
- Você está ocupada? – Zayn perguntou e percebeu que ele estava no estúdio, já que ouvia alguns instrumentos ao fundo.
- Não. Pode falar.
- Podemos nos encontrar hoje à noite? Acho que precisamos conversar.
- Certo.
- Okay.
Zayn e combinaram de se encontrar em uma padaria próxima ao apartamento dele, quando ela saísse da editora. Eles se despediram e demoraram talvez um segundo a mais que o necessário para desligar.
Se antes da ligação de Zayn já estava difícil para se concentrar no trabalho, depois ela desistiu totalmente: passou o dia conversando com no MSN da empresa.
por sua vez também estava com a cabeça cheia de problemas que começavam com L e J. Ao menos ela conseguiu terminar um manuscrito que havia começado na semana anterior.
Ao fim do dia, ela se encontrou com Klaus e foi para casa sozinha, já que estava indo se encontrar com Zayn. sorriu ao se lembrar do pequeno encontro dos dois, e desejou que tudo desse certo para os amigos. Quando estava saindo do carro, ela encontrou Liam estacionando do outro lado da rua. o esperou terminar de manobrar e, quando o garoto saltou do carro, ela o chamou.
- Payne! – Ela disse com as mãos em forma de concha ao redor da boca e depois acenou. Liam sorriu ao vê-la e atravessou – Você está me seguindo?!
Liam fez uma careta.
- Ainda tomo meus remédios – Ele fez graça e riu – Por quê?
- Acabei de chegar da editora – Ela deu de ombros, apontando o polegar para o carro.
- Sincronia perfeita – Liam lhe ofereceu o braço e ela aceitou – Só queria te ver – Ele explicou, enquanto os dois passavam pelo hall do prédio e entravam no elevador.
Quando chegaram ao apartamento, foi tomar um banho enquanto Liam se sentia em casa, literalmente. Quando ela voltou, já com uma roupa mais confortável, Liam estava esparramado no sofá, atacando uma caixa de chocolate.
- Ah, que delícia! – disse, sentando-se ao lado dele.
- Sou delicioso mesmo – Liam disse, chupando o dedo que estava sujo de chocolate derretido e riu, revirando os olhos.
Por alguns minutos, eles apenas comeram o chocolate e conversaram sobre coisas mais amenas: a viagem, o CD novo da banda, os aparelhos de Niall e as tatuagens de Harry.
- Você não está muito bem – Liam observou. estava com a cabeça deitada em seu colo e ele mexia em seu cabelo – O que te preocupa?
- Sr. Payne, leitor de mentes – fez graça e Liam riu. Ela realmente estava preocupada, para não dizer angustiada. Precisava conversar com alguém. E era Liam quem estava ali. Talvez, três anos antes, eles não acreditassem se alguém lhes contasse que seriam amigos tão próximos. Porém, eram gratos por terem um ao outro. Assim como há três anos, os dois ainda se conheciam tão bem, a ponto de saber o que o outro pensava, só de olhar.
- Eu tô com medo, Liam. – disse, encarando-.
- Medo. How can I love if I’m afraid to fall – Liam cantou um pedaço de A thousand years e sorriu.
- É, tipo isso…
- Medo é perda de tempo. Ainda mais em relação ao amor. Tudo bem, você está admitindo que está com medo e isso já a torna corajosa. É um passo.
- Mas... Como você tem certeza? Como você sabe que é a pessoa certa?
- A gente não sabe, até tentar. Eu pensei que tivesse encontrado a pessoa certa. E, talvez, até tivesse. Mas quando a Dani e eu tentamos de novo, as coisas foram totalmente diferentes. – Liam sorria enquanto falava – Era como se tudo o que aconteceu em nossas vidas tivesse nos levado para aquele ponto: onde você sabe. Ela é a mulher da minha vida... – Liam balançou a cabeça e corou levemente.
- Isso é tão lindo! – Ela apertou a bochecha dele – E, supostamente, deveria doer. Saber que eu não fui a mulher da sua vida. – Ela fez graça e Liam riu, tentando morder o dedo dela.
- É como eu disse, tudo o que aconteceu em nossas vidas, nos trouxe até aqui. E, sabe por que não dói? Porque eu não sou o homem da sua vida. – Liam sorriu - Ele tá tão perto, . Você só precisa se permitir.
Antes que ela pudesse responder, a campainha tocou. reuniu toda sua boa vontade e foi até a porta, abrindo a mesma sem nem olhar no olho mágico.
- – Louis cambaleou para dentro do apartamento.
- Louis? – o segurou e ele se apoiou nela.
- Você tá tão linda – Louis disse com a voz arrastada e ela percebeu que ele estava bêbado.
- Você tá bêbado – Ela disse e o arrastou até o sofá.
- O que você fez, cara? – Liam perguntou, quando conseguiu fazer Louis sentar no sofá.
- Liam?! – Louis disse com a língua enrolada. Ele parecia surpreso em ver o amigo ali – O que você tá fazendo aqui? Ah, . Não, . – Louis mudou o foco da atenção. Agora ele olhava para a garota, mas não prestava atenção nela realmente. Seus olhos estavam desfocados.
- Não, Louis! – entendeu o que ele pensava – É o Liam! Nós somos amigos e você sabe disso.
- Nós somos amigos, ? – Louis perguntou e pegou as mãos dela.
- Sim... Mas eu te amo de um jeito diferente do que eu amo o Liam.
- Então você me ama?! – Louis elevou seu tom de voz e soluçou.
- É claro que amo.
- Não foi isso que o Josh me disse – Louis soluçou mais uma vez. Liam e se entreolharam.
- O que o Josh te disse? – Liam perguntou.
- Você ainda está com ele – Louis disse, ignorando a pergunta de Liam – Você não vai terminar com ele pra ficar comigo. Por que você faria isso?! – Louis disse baixinho, mas depois se levantou do sofá – Eu não sou o tipo de cara pra você – Ele soluçou mais uma vez e uma lágrima escorreu por sua bochecha esquerda. Ele a limpou rapidamente – Por que você se interessaria por mim? Você não me ama... Você e o Liam eram... Tão intensos! – Louis fez gestos exagerados com a mão – Sempre tão sérios e apaixonados – Ele soluçou de novo – O que você veria nesse bobão do Tomlinson, não é?! Eu sou um palhaço, imaturo! Eu não te mereço, . Não sou tão profundo quanto o Liam, ou tão talentoso quanto o Josh – Louis soluçou mais uma vez, só que já não era um soluço de bebedeira e sim um soluço de choro.
- Ei, para com isso! – foi até ele se ajoelhou na frente dele – Pode parar com isso! De onde você tirou essas coisas? Você sabe que eu te amo, sim! Você é tudo o que eu sempre quis. Eu te amo do jeito que você é, Louis. Eu nunca mudaria nada em você – apertou suas mãos, fazendo-o encará-la.
Louis ficou em silêncio por alguns segundos. Então, ele se levantou e foi indo em direção a porta.
- Eu não te mereço, – Foi tudo o que ele disse, antes de sair do apartamento.
olhou pra Liam, sem saber o que fazer.
- Eu vou atrás dele! – Liam pegou as chaves do carro e a jaqueta e saiu atrás de Louis.
*-*-*-*-*-*
já estava na padaria. Na verdade, ela estava 15 minutos adiantada, mas não se importava agora que faltava tão pouco. Passar a tarde inteira contando as horas foi extremamente demorado. Ela beliscava uma torta de morango, para não ficar encarando o relógio. Em alguns minutos Zayn chegaria.
*-*-*-*-*-*
Zayn estava saindo de seu apartamento, quando deu de cara com Perrie. Sua aparência já estava melhor, porém ela ainda estava um pouco frágil.
- Oi, meu amor! – Ela sorriu e lhe deu um selinho.
- Pe... – Zayn disse, sem muita animação.
- Você está saindo?
- Sim.
- Mas eu tenho que te contar uma coisa!
- Tô atrasado, Perrie. Depois você me conta. – Zayn sorriu e os dois passaram pelo hall do edifício.
- Zayn, é muito importante! Eu não posso esperar.
*-*-*-*-*-*
Dez minutos de atrasado. Tudo bem. Ele era britânico. Mas trabalhava e morava em uma cidade com trânsito. Atrasos acontecem. Era isso que ficava se repetindo silenciosamente.
*-*-*-*-*-*
Zayn respirou fundo e parou na frente de Perrie. Ele estava há apenas um quarteirão da padaria. Compensaria o atraso. Ele revirou os olhos, quase que imperceptivelmente.
- Tudo bem. Me conta.
Perrie deu um sorriso gigante.
- Eu tô grávida! – Ela juntou as mãos e ficou esperando a reação de Zayn.
De imediato, a reação não veio. Ele apenas continuou encarando-a.
- Zayn? Você me ouviu.
Ele piscou e pareceu voltar à realidade.
- Sim. Sim.
- E o que você acha?! Você não está feliz, está?! Ou... Você não gostou? – Perrie fez um bico e depois uma cara de choro. Zayn sabia que ela seria capaz de começar a chorar ali mesmo.
- Feliz. Feliz! Sim, eu tô feliz!
- Ah, que bom, meu amor! – Perrie se jogou nos braços dele e o abraçou pelo pescoço.
*-*-*-*-*-*
Vinte minutos de atraso. Agora já estava mesmo preocupada. Aquilo não era normal. Ela estava prestes a discar o número de Zayn, quando olhou para fora da padaria e deixou a mão que segurava o celular repousar sobre a mesa. Zayn e Perrie passavam na outra calçada. Ela estava pendura em seu pescoço e ele tinha os braços em volta de sua cintura. Perrie não parava de falar e Zayn tinha um sorriso no rosto.
Vinte minutos de atraso. estava preocupada. Mas a possibilidade de ser esquecida nunca havia lhe passado pela cabeça.
Não fazia nem 10 minutos que Liam tinha saído atrás de Louis e não conseguia ficar calma. Ela pegou o celular e ligou para Josh que, como sempre, atendeu no primeiro toque.
- Meu amor – Ele disse e ela teve que ser muito forte pra não xingá-lo pelo telefone.
- Onde você está?
- No estúdio. Por –
Josh não terminou a frase, porque ela o interrompeu.
- Ótimo, eu tô chegando.
Vinte minutos depois, estava entrando no estúdio. Ela passou pela recepção e foi direto para a sala de som. abriu a porta e percebeu vagamente que Harry e Niall também estavam ali, sentados no sofá.
- Oi, Harry. Oi, Niall – Ela os cumprimentou e foi até Josh, que estava sentado no banco da bateria. – O que foi que você disse pro Louis?! – Ela perguntou. empurrou o peito de Josh com as duas mãos e o garoto cambaleou para trás, por pouco não caiu do banco. Ele se levantou, assustado.
- N-nada, – Ele gaguejou.
- É MENTIRA! – Ela gritou – O que você disse pra ele?
- Eu só disse a verdade – Josh deu de ombros, tentando parecer relaxado.
- E qual é a verdade, Josh? – perguntou em uma voz extremamente calma. Ela bateu os cílios algumas vezes e Josh deu um passo pra trás.
- Bom, que nós estamos juntos agora. E que ele tinha que superar o que vocês tiveram no passado. E que você ama a mim e não a ele.
Sem pensar, a garota deu um forte tapa no rosto dele. Ela mesma se surpreendeu com sua reação, porém se manteve firme. Josh arregalou os olhos e levou à mão a bochecha vermelha.
- Você é um babaca – Ela disse em um tom de voz baixo – Nunca mais se meta na minha vida. Nunca mais confunda a cabeça do meu homem. Pra sua informação, eu amo o Louis. E caso não tenha ficado claro: o que você e eu tínhamos, não existe mais, Josh. – deu uma última olhada no rapaz. Josh estava quieto e sem palavras, quase se fundindo à parede as suas costas. Ele não disse nada.
- Tchau, Harry. Tchau, Niall – Ela disse ao passar pelos amigos que estavam boquiabertos com o show que acabara de acontecer.
*-*-*-*-*-*
Quando chegou em casa, logo percebeu que não estava. Por um lado ela ficou desapontada: gostaria de conversar com alguém agora. Por outro lado, ficou aliviada: precisava mesmo de um tempo sozinha.
Ela tomou um banho quente e demorado e entrou embaixo das cobertas. Sentia-se exausta, mais mentalmente do que fisicamente. Apesar de que sentia que logo ficaria com dor de cabeça. Ela estava na esperança de cair no sono logo mas, depois de meia hora revirando-se na cama, ela desistiu.
pegou o celular e abriu sua caixa de mensagens. A última que recebeu fora de Harry. Ela sorriu, passando o polegar pelo visor e logo soube o que fazer.
Então, uma hora depois, Harry estava tocando a campainha de seu apartamento. O sorriso que ele tinha no rosto se desfez assim que ele viu a expressão de .
- O que aconteceu? – Harry perguntou, franzindo o cenho. Os dois sentaram-se no sofá.
respirou fundo, deixando que Harry entrelaçasse seus dedos.
- Bom, eu não sei se deveria estar te contando isso, já que não envolve apenas a mim... Mas, como eu também estou envolvida na história de algum modo – Ela deu ombros – O Zayn me ligou hoje. Nós íamos nos encontrar depois que eu saísse da editora.
- E vocês se resolveram? – A ansiedade de Harry o traiu: aquilo tudo também estava sendo bem confuso pra ele. Era amigo de Zayn e também de . Obviamente ainda tinha sentimentos por ela. Mas estava disposto a sair do caminho para que seus amigos se resolvessem.
estava prestes a dizer que não, que não tinha chegado a se encontrar com Zayn porque ele esqueceu do encontro, já que estava muito ocupado sendo feliz com Perrie. Mas, num último momento, ela resolveu mudar a ordem dos fatos.
- Na verdade, não nos encontramos...
- Por que não? – Tão logo as palavras saíram de sua boca, Harry mordeu os lábios. Precisava tentar se manter relaxado.
- Porque eu percebi que isso não estava certo. Olha, Harry – começou a dizer mas, no fundo, ela sabia que dizia aquilo mais pra ela mesma do que pra Harry. Ela precisava se convencer de que estava fazendo a coisa certa. – O Zayn e eu... Nosso tempo já foi – Ela deu de ombros e fez força para engolir as lágrimas – Ele parece muito bem com a Perrie. Eu não quero nadar contra a corrente, sabe? E... Depois de tudo o que você fez por mim – Agora ela já sentia sua voz ficando embargada – Eu não sei se o Zayn faria o mesmo, sabe? – sorriu, deixando as lágrimas escorrerem – E eu acho que... Eu acho que eu preciso de você, Harry.
viu o sorriso no rosto de Harry e isso foi mais do que ela podia agüentar. Ele a abraçou, enquanto ela chorava com o rosto encostado em seu peito. Nada daquilo era certo, tão pouco justo. Mas, realmente, ela estava cansada de nadar contra a corrente. Talvez aquele fosse o destino lhe dando uma lição: ela não podia controlar os fatos. Zayn não estava com ela, ele estava com Perrie e iria superar aquilo. Ela seria feliz com Harry.
*-*-*-*-*-*
já estava indo pra casa quando Liam ligou dizendo que Louis estava bem e em casa. Ela não pensou duas vezes e foi para a casa dele. Quando chegou, Liam ainda estava lá.
- Obrigada por cuidar dele – disse, dando um abraço no amigo.
- Ele é da família – Liam deu de ombros. Ele deu um beijo no rosto de e foi em direção a porta – Se precisarem de alguma coisa, me liga.
- Pode deixar – sorriu e Liam foi embora.
foi para o quarto de Louis e o encontrou dormindo. Ele usava outras roupas, o que significava que Liam havia lhe dado um banho. O pensamento fez gargalhar alto. Louis se remexeu na cama e ela tapou a boca com as mãos. tirou os sapatos e deitou-se ao lado dele. Não muito tempo depois, ela também adormeceu.
acordou durante a madrugada. O relógio de cabeceira de Louis marcava 02:33. Louis continuava dormindo, ele tinha uma das mãos pousada sobre a coxa da garota. Ela sorriu e lhe acariciou a bochecha, lentamente ele abriu os olhos.
- Hey – disse, baixinho.
- – Louis disse com a voz rouca e abriu um sorriso que fez o coração da garota parar de bater por alguns segundos. – O que você tá fazendo aqui? – Louis esfregou os olhos e se aproximou dela.
- Só cuidando do meu namorado – riu, mordendo o lábio.
- Namorado?!
- Só se você não quiser mais.
- Haha! – Louis fingiu uma risada irônica – Quero ver você escapar de mim agora. – Ele deitou por cima dela e a beijou antes que ela desse uma resposta.
*-*-*-*-*-*
Mais tarde naquela noite, e Harry estavam quase dormindo quando o celular dela começou a tocar. Ela se levantou e pegou o aparelho dentro da bolsa. O nome no visor fez seu coração congelar: era Zayn. não atendeu. Ela voltou pra cama e deixou o celular no criado mudo. Assim que ela deitou, o telefone começou a tocar de novo.
- ? – Harry a chamou, abraçando-a junto ao seu corpo – Você não vai atender?
Ela balançou a cabeça.
- Não. Já não é mais importante. – se aninhou em Harry e finalmente conseguiu dormir.
*-*-*-*-*-*
Duas semanas haviam se passado. As coisas estavam bem dentro das possibilidades. e Louis estavam tão felizes e apaixonados que era impossível ficar perto deles e não se contagiar com aquele clima de amor no ar. E adorava saber que a amiga finalmente estava feliz, no fundo, isso lhe dava esperanças de um dia também poder se acertar com Zayn. Enquanto esse dia não chegava, ela e Harry estavam cada vez mais próximos um do outro. Às vezes ela sentia culpa, mas estava se esforçando e com Harry tudo parecia mais fácil.
Depois do dia do quase encontro com Zayn, ele tentou falar com ela mais algumas vezes. Ela não atendia aos telefonemas e nem respondia às mensagens. Um dia, estava almoçando em sua sala, quando ouviu alguém bater na porta. Ela achou estranho, já que todos haviam saído para almoçar, mas mesmo assim pediu que entrasse.
- Entra! – Ela disse, terminando de comer o seu sanduíche.
Zayn abriu a porta e entrou, fechando a mesma atrás de si.
- Oi – Eles disseram ao mesmo tempo. não conseguia esconder a sua surpresa. Zayn andou até a mesa e sentou-se na cadeira de frente pra ela.
- Como você tá? – Zayn perguntou, visivelmente nervoso.
- Bem – respondeu, quase que automaticamente.
- Ahn... Eu acho que a gente precisa conversar. Na verdade, eu te devo algumas explicações.
- Olha, Zayn. Tá tudo bem, de verdade. – sorriu e cruzou os braços. Era óbvio que nada estava bem! Ela desejou que o garoto à sua frente não a conhecesse tão bem ou que, ao menos, suas emoções não estivessem tão estampadas em sua cara. – Nós não podemos controlar a vida, não é? Muito menos as pessoas a nossa volta. Então, talvez, esteja na hora de aceitarmos isso e levar a vida... Sabe? – deu de ombros.
- Não. Eu não acho que seja isso. Na verdade, é muito mais simples.
- Zayn, naquele dia eu te vi com a Perrie. – riu, mas Zayn sabia que era de nervoso – É sério, tá tudo bem! Vocês ficam mesmo bem juntos – Ela engoliu em seco. Jesus, como doía dizer aquelas palavras – E... O Harry tá me fazendo muito bem.
Zayn não sabia mais o que dizer. Ele e Perrie ainda não haviam contado para ninguém sobre a gravidez. Ele chegou a cogitar a idéia de contar para e assim, talvez, ela entenderia. Mas logo descartou a idéia quando pensou que ela poderia nunca mais querer dar uma chance para ele. Zayn levantou, balançando a cabeça.
- Desculpa. Só me desculpa... Um dia eu ainda vou dar um jeito em toda essa bagunça – Zayn sorriu. O mesmo sorriu que ele dera no dia em que cantou When I was your man e apertou o braço da cadeira com força.
Depois disso, não se falaram mais. Apenas “oi” quando, inevitavelmente, se viam.
Agora estava na casa de Harry, comemorando seu aniversário. Ela não queria uma festa enorme, por isso decidiu comemorar por lá mesmo. Apenas algumas pessoas foram convidadas, entre elas Ed Sheeran que, três anos depois, era um sucesso inegável. estava pensando se Zayn apareceria, quando Harry entrou em seu campo de visão. Ele percebeu que a garota estava olhando e sorriu, deixando sua enorme covinha a mostra. Por um momento aquele sorriso fez suspirar e foi o que bastou para ela realmente começar a curtir sua festa de aniversário com seus amigos. O que aconteceria dali para frente estava nas mãos do destino.
Niall, Liam e Danielle conversavam com algumas pessoas da editora. Harry e Ed estavam mais próximos da varanda.
- Vocês viram a e o Louis? – perguntou, aproximando-se do namorado.
- Não – Harry respondeu. Ed balançou a cabeça negativamente.
Então, dez minutos depois, e Louis entraram na casa. Eles carregavam um enorme pacote embrulhado em papel pardo, o que chamou a atenção de todos na festa.
- Ai, meu Deus! – já estava rindo antes mesmo de saber o que tinha por trás do embrulho.
- Abre! – pediu, batendo palminhas.
- Com certeza você vai amar – Louis disse – Foi idéia minha – Ele passou a mão pelo cabelo, enquanto ia até o embrulho.
Ela soltou as fitas e depois rasgou o pacote. Assim que o presente ficou visível, todos começaram a rir.
- Eu não acredito! – ria. Liam e Niall se aproximaram para ver melhor.
Era um boneco de cera em tamanho real do Danny Jones. Nas mãos, ele segurava uma placa dizendo “Team ”.
- Como vocês conseguiram isso? – perguntou. Ela estava com a mão apoiada no ombro de “Danny”.
- Digamos que fazer parte do One Direction tem suas vantagens – Louis disse rindo – Eu só dei alguns ingressos para o homem que faz esses bonecos levar suas filhas.
- Vocês são incríveis! – abraçou os amigos e colocou Danny, que virou atração da festa, no pé da escada.
Todos pareciam estar se divertindo, estavam conversando e rindo e isso deixou feliz. Ela estava encostada na porta da varanda com um copo de coca, quando se aproximou.
- Oi! – Ela riu. Já devia estar no seu terceiro copo de tequila.
- E aí, Sra. Louis Tomlinson?
- Olha, eu até pensei em mandar a Barbie do Mal pro Japão, sequestrar o Malik e dá-lo de presente pra você, com uma fita vermelha no pescoço... – tomou mais um gole de seu drink – Mas o Louis achou que você ficaria mais feliz com o Danny de cera.
- Ele tá certo – disse, rindo de verdade. Ainda bem que aquelas pessoas existiam para animá-la. lhe deu um beijo estalado na bochecha e voltou para sala. Então Harry chegou. Ele lhe deu um beijo na testa e a abraçou por trás.
- Eu queria que você estivesse feliz... – Ele sussurrou em seu ouvido.
- Mas eu tô feliz.
- Você entendeu o que eu quis dizer... – Harry suspirou e apertou os braços em volta da cintura dela.
- Eu só... Tô com saudade da minha família. Você sabe, eu não costumo passar datas comemorativas longe deles – improvisou, dando de ombros. Não era inteiramente mentira.
- Se a gente for pra cama mais cedo, o dia acaba logo... – Harry mordeu a pontinha de sua orelha e riu da promessa oculta que havia naquelas palavras.
Mais tarde naquela noite, todos já haviam ido embora. A casa estava bem bagunçada, porém, além de Danny, eles estavam sozinhos: Louis e estavam no apartamento delas e Niall tinha saído com uma das garotas da editora.
- Droga, acabou a coca – Harry disse, fechando a geladeira.
- Não – disse em tom choroso.
- Tudo bem, eu vou comprar mais – Harry pegou a chave do carro e já estava quase saindo quando disse:
- Não, eu vou!
- Claro que não. É seu aniversário, você não tem que fazer nada hoje.
- Harry, para de ser bobo – Ela riu – É sério, eu quero ir. – Na verdade, ela estava pensando que seria bom sair e ficar um pouco sozinha para colocar os pensamentos no lugar. Harry pareceu entender isso.
- Tudo bem, não demora.
concordou. Ela lhe deu um selinho e saiu de casa, dispensando o carro. A noite estava agradavelmente fresca e as ruas estavam movimentadas. Havia um mercado algumas quadras dali. Ela andava distraidamente, com os fones no ouvido ela ouvia Simple Plan, quando alguém pegou sua mão. Ela se assustou e puxou os fones.
- Zayn – Ela disse, colocando a mão no peito.
- Desculpa, eu não quis assustar. Eu te chamei, mas você não ouviu – Ele pegou o fio do fone e sacudiu algumas vezes.
- Ah, tá... – coçou a nuca.
- Não achei que seria legal aparecer por lá... Ainda mais agora que a Perrie não larga do meu pé. – Zayn parou de falar abruptamente. Ele olhou pra . – Mas é claro que eu não esqueci seu aniversário. Parabéns...
- Obrigada.
- Aqui – Zayn lhe entregou um envelope. – Mas, por favor, leia mais tarde. E sozinha, de preferência. – Ele disse, colocando as mãos no bolso e ela sorriu, era fofo a timidez que ele tinha.
- Claro. Obrigada – Ela bateu o envelope na mão e guardou na bolsa.
Eles ficaram em silêncio por alguns momentos. mordeu o lábio quando percebeu que Zayn não tirava os olhos dele.
- Ahn... Eu vou indo, então – Ela apontou o polegar para trás.
- Ah, sim! Eu também. Claro. – Zayn pareceu ter voltado à realidade. – Posso te dar um abraço de aniversário?
riu.
- É claro que pode!
Zayn sorriu e se aproximou dela. Ele a abraçou pela cintura, deixando seus corpos bem próximos. respirou fundo, inalando todo o perfume inebriante dele e passou os braços por seu pescoço. Ela ficou na ponta dos pés e ele se afastou um pouco, para olhá-la nos olhos. Ela já não conseguia lembrar de mais nada, respirar já estava difícil. Então, ela fechou os olhos e deixou que o destino decidisse. Zayn colocou os lábios nos dela e ela sentiu todas as terminações nervosas de seu corpo reagirem. Ela puxou de leve os cabelos de sua nuca e ele apertou sua cintura. Por alguns eternos segundos, os dois se entregaram àquele beijo. Não era um simples beijo, era como se dissessem tudo o que queriam, sem proferir nenhuma palavra. E mais: aquele beijo apenas confirmou o que os dois, no fundo, já sabiam: eles deviam ficar juntos!
foi a primeira a se afastar. Ela colocou a mão na boca e olhou para todos os lados. Zayn, lembrando que era uma pessoa pública e estavam no meio da rua, também começou a olhar em busca de paparazzi.
- Zayn – disse, entre os dedos.
- Desculpa! Mas eu precisava fazer isso.
Antes que fizesse alguma besteira, ela foi embora.
- A gente se vê – disse e saiu na direção oposta a ele.
Quando ela chegou com a Coca, Harry jogava vídeo-game na sala. tirou as garrafas da sacola e pôs na geladeira, sentindo o peso do que havia feito tomar conta dela. Então, se lembrou da carta.
- Vou tomar um banho... – Ela disse e, sem esperar a resposta de Harry, subiu as escadas.
Já no banheiro, ela trancou a porta e sentou-se no vaso. Suas mãos tremiam quando ela pegou o envelope azul e ela se obrigou a respirar fundo algumas vezes. abriu o envelope e leu a carta:
,
Me desculpe, acho que não sou muito bom com as palavras. De qualquer jeito, acho que não consigo falar contigo! Isso tem sido muito difícil ultimamente. Mas não é por isso que eu iria me esquecer de um dos dias mais especiais do ano, pra mim. Sim, porque se esse dia não existisse, você não estaria aqui. E eu posso dizer com toda certeza, parafraseando o poeta Thomas Fletcher: “you’ve made my life worth while”.
Eu sei que as coisas entre a gente estão estranhas e eu sinto, e tenho certeza de que você também sente, que não deveria ser assim. Eu não consegui te falar pessoalmente, então aqui vai.
Caso você não tenha percebido, caso eu não tenha demonstrado isso, eu não desisti de você. Eu não desisti de nós. Eu te disse e eu vou dar um jeito nisso tudo.
Eu poderia te comprar um presente, mas achei que minhas palavras poderiam valer mais... Espero estar certo quanto a isso. Sei que não deveria te pedir nada, mas... Será que você poderia esperar por mim? Não quero que você pare sua vida, de forma alguma. Só me dê mais algum tempo. Se você achar que eu mereço, que nós merecemos. Do contrário, eu vou entender. Até porque você parece mesmo feliz.
But I can love you more than this.
Nunca vou sentir por alguém o que você me faz sentir.
Eu te amo.
Z.M.”
Naquela noite, dormir com Harry pareceu ter sido a coisa mais difícil que fez em toda sua vida. Harry logo adormeceu, enquanto ela ficou se remexendo na cama e revivendo o beijo que Zayn lhe dera. Ela fechava os olhos e quase podia sentir os lábios dele novamente. As palavras dele na carta também não saiam de sua cabeça e, por um momento, ela desejou que ele nunca tivesse feito nada.
- Eu não acredito! – praticamente gritou. As duas estavam em sua sala e acabara de contar como foi o fim de seu aniversário.
- Talvez se você gritar mais um pouco, a rainha também te ouça!
revirou os olhos e depois encarou a amiga.
- O que você vai fazer?
- Sumir. Quero fazer isso.
- Okay, mas isso não é uma opção. Ainda mais porque hoje à noite vai todo mundo lá pra casa.
- Vai? – perguntou, um pouco confusa.
- Sim. É noite de filme, lembra?
- Ah, sim... É verdade – disse, sem muito entusiasmo. Ela respirou fundo. – Tudo bem, eu não posso continuar fugindo da minha vida, né?
- Assim que se fala, garota. – deu um tapinha na bunda de enquanto ela saia da sala, e as duas riram.
Então, à noite, todos estavam espalhados pela sala do apartamento das garotas. Todos, inclusive Zayn e Perrie. Todos tentavam, se esforçavam muito pra fingir que estava tudo bem e, na maioria das vezes, conseguiam. Mas ali, na casa delas, em um ambiente pequeno... O clima não estava totalmente leve. Obviamente, Louis e Niall não perderam tempo: sempre faziam graça e todos acabavam rindo.
- O que vocês querem beber? – Danielle perguntou. Ela e Liam estavam na cozinha pegando as bebidas.
- Eu quero só uma água – Perrie disse.
- O quê?! – Danielle se espantou – Você não vai beber? Que milagre é esse? – Ela fez graça.
Perrie olhou para Zayn.
- Conta pra eles – Ela disse, entrelaçando seus dedos com os garoto e encostando a cabeça em seu ombro.
Por um instante, Zayn pareceu estático.
- Contar o quê? – Dani perguntou.
Agora, todos olhavam para Zayn e Perrie. tentava se fingir de indiferente, parecendo absolutamente entretida com os trailers que passavam na TV. Ao contrário de , que estava quase pulando no pescoço de Zayn para que ele contasse logo.
- Tudo bem, eu falo! – Perrie disse, soltando um risinho. – Eu estou grávida! – Ela bateu palminhas e várias reações aconteceram ao mesmo tempo: Danielle e Liam se entreolharam. Louis e Niall soltaram um “O QUÊ?!”, Harry e olhavam pra e ela se permitiu olhar pra Zayn por um breve segundo. Depois voltou a prestar atenção na TV, mas seu maxilar estava cerrado.
- Você está grávida?! – Niall disse, olhando pra Perrie como se ela fosse uma criatura totalmente nova ao seus olhos.
- Do Zayn?! – Louis perguntou, olhando pro amigo e depois para Perrie.
- É claro, seu idiota. – Perrie revirou os olhos.
Depois da notícia bombástica, todos ficaram muito quietos. Os meninos não sabiam como reagir, mas mesmo assim cumprimentaram Zayn. Mesmo quando o filme começou, todos pareciam perdidos em seus próprios pensamentos.
O resto da semana se passou em um piscar de olhos: todos estavam muito ocupados. Na editora, as meninas não tiveram nenhum segundo de folga sequer. Já os meninos tiveram que fazer uma rápida visita à Los Angeles para uma premiação.
Naquele final de semana eles iriam a uma festa beneficente com a temática dos anos 60. Talvez alguns não estivessem em clima de festa, mas por se tratar de um evento da gravadora e também uma causa nobre, todos foram.
O salão estava lindo: o piso era xadrez branco e preto, havia discos de vinil colados à parede como parte da decoração e bolhas de sabão voavam pelo ar. Todas as pessoas estavam vestidas a caráter. As meninas usavam vestidos de frente única, alguns com bolinha. Os meninos usavam jeans, jaqueta de couro e topetes gigantes. O lugar estava lotado e havia muitas pessoas famosas e importantes, algumas bandas iriam se apresentar e todo o dinheiro arrecadado seria revertido para uma instituição que amparava crianças órfãs.
- Desculpa por te fazer vir a uma festa – Harry disse – Eu sei que esse não é o melhor momento. – Ele deu de ombros e parecia mesmo chateado pela situação.
- Hey... – colocou as mãos no rosto dele – Você não me obrigou a vir. Eu vim porque quis. Além do mais, é uma causa muito legal e... Eu estou com saudade de você – deu de ombros. Harry sorriu e encostou sua testa na dela e os dois começaram a dançar no ritmo da música que tocava.
Os meninos iam se apresentar dentro de alguns minutos e Louis percebeu que precisava ir ao banheiro antes de subir ao palco. Na verdade, ele realmente precisava ir muito ao banheiro. Ele se esgueirou por trás do palco e entrou no primeiro banheiro que viu. Foi só então que ele percebeu que não havia mictórios.
- Merda! – Louis disse quando a porta se abriu e ele entrou correndo em um reservado. Ele estava tão apertado que acabou se aliviando ali mesmo.
As garotas que entraram no banheiro pareciam não estar com pressa, ao contrário de Louis que precisava estar no palco dentro de 10 minutos. Então, ele começou a prestar atenção na conversa das garotas.
- O que você vai fazer? – Uma delas perguntou. A voz não era totalmente estranha, mas ele não reconheceu.
- Eu não sei! – A outra respondeu, ela parecia estar um pouco nervosa.
- Ele não desconfia de nada?
- Não. Acho que está em choque ainda.
- E se ele quiser ir ao médico com você?
- Ele não vai! – A outra quase gritou e Louis reconheceu imediatamente de quem era a voz – Eu sei que preciso dar um jeito nisso, só não posso perdê-lo.
- Por que você não engravida de verdade, Pe?
- O quê? Você está louca? Claro que não!
Finalmente elas saíram do banheiro. Louis esperou mais algum tempo e quando teve certeza de que estava sozinho, também saiu. Ele correu de volta para o palco e pela primeira vez teve de se concentrar muito para cantar.
Quando a apresentação acabou, eles posaram pra algumas fotos que também teriam os lucros revertidos para o orfanato. Eles voltaram para a mesa onde as meninas os esperavam e Louis parecia inquieto.
- O que foi? – perguntou, percebendo a agitação incomum do namorado.
- Não estou me sentindo muito bem.
- O que você tem?
- Dor de cabeça! – Louis levou a mão a testa, ele realmente estava sentindo dores. Louis precisava sair logo dali e conversar com – Você se importa se formos embora?
- É claro que não.
Eles se despediram dos amigos e foram para o apartamento de .
e Harry continuaram na festa. Ela estava perto do bar que, incrivelmente, não estava lotado, já que a maioria das pessoas estava dançando rockabilly na pista de dança. Harry havia ido buscar bebidas e o esperava quando Perrie surgiu na sua frente. A garota sorriu. Ela usava um vestido branco e uma jaquetinha de couro preta. Seu cabelo loiro-arroxeado estava preso e, obviamente, ela estava linda.
- Oi. – estava tentando ser educada.
- Estava pensando. Eu preciso comprar roupas de grávida. Você vai comigo?
- E suas amigas?
- Pensei que você também fosse minha amiga.
gargalhou alto, jogando a cabeça pra trás.
- O que você quer, Perrie? – perguntou, cruzando os braços.
- Só estou tentando ser educada. – Perrie deu de ombros – Não quero que meu filho cresça em um ambiente hostil. Você sabe.
- Perrie. – Zayn a chamou. As duas garotas se viraram para olhá-lo. Zayn estava estonteante. Não eram todos os garotos daquele lugar que conseguiam ficar tão charmoso vestido ao estilo dos anos sessenta. Tudo bem, ele era charmoso com qualquer roupa. Mas aquela jaqueta de couro o deixava incrivelmente atraente. Ele podia não ter mais a mecha loira no topete, mas ainda assim, estava lindo. Zayn apertou os olhos na direção de Perrie e a garota foi até ele. Ele se demorou mais do que devia olhando pra . Ela usava um vestido preto com bolinhas brancas e seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto. Ele sorriu discretamente e se virou pra Perrie, segurando-a pelo braço. conseguiu ouvir um pouco da conversa, antes que eles se afastassem demais.
- Qual é o seu problema? – Zayn perguntou, ele parecia realmente bravo. Ainda estava segurando o braço dela.
- O que eu fiz? Só estava tentando ser educada!
- Você pode ser educada ficando longe dela!
- Me solta, você está me machucando – Perrie disse, e Zayn a soltou imediatamente. A garota alisou a barriga, que não tinha volume algum – É assim que você trata a mãe do seu filho? – Ela não esperou a resposta de Zayn e logo sumiu na multidão. Antes que Zayn fosse atrás dela, ele olhou uma última vez para .
*-*-*-*-*-*
Assim que e Louis chegaram, os dois foram direto para o quarto e ele se jogou na cama.
- Você quer tomar um remédio? – perguntou, sentando-se ao lado dele. Louis tinha o braço sobre os olhos.
- Não... - Ele sacudiu a cabeça, tirando o braço do rosto. – Eu preciso conversar com você.
- Ai. – A expressão dela mudou no mesmo segundo.
- Não! – Louis sentou-se na cama – Não é nada disso...
- Ufa... – suspirou e Louis riu.
- É o seguinte... Eu acabei ouvindo coisas que não devia hoje.
- O que aconteceu?
Então ele lhe contou tudo.
- Eu não acredito que aquela vadia está mentindo!
- É o que parece. Mas, ... Isso não podia acontecer comigo. O que eu faço?
- Conta pro Zayn!
- Você acha?
- É claro que sim.
- Mas e se ele não acreditar em mim?
- Ele vai ser um babaca se não acreditar. – revirou os olhos – Mas vocês são amigos. Ele vai te agradecer por isso.
- Ahn... – Louis deitou-se novamente – Eu só queria que coisas dessem certo pra ele, sabe?
- Eu sei. Eu também queria. Mas quer saber? Eu sei que tudo ainda vai dar certo.
- Assim como aconteceu com a gente – Louis sorriu e lhe acariciou o rosto – Aliás, você está linda hoje.
- Você acha? – Ela perguntou se levantando e girou, fazendo seu vestido branco com bolinhas pretas ondular.
- Eu acho isso todos os dias – Louis a puxou para a cama e a beijou.
Na manhã seguinte, assim que chegou ao estúdio, a primeira coisa que Louis fez foi puxar Zayn para um canto para que pudessem conversar.
- Cara... Eu preciso te contar uma coisa – Louis começou, passando a mão no cabelo.
- O que foi? – Zayn franziu o cenho, estranhando a visível preocupação de Louis.
- Eu sei que pode parecer estranho, até mesmo pra mim. Mas você me conhece, Zayn, sabe que eu não seria capaz de confundir a sua cabeça desse jeito.
- O que você fez, Louis?
- Eu não fiz nada! – Louis esticou as mãos e deu um passo pra trás – É a Perrie. Ela está mentido pra você, Zayn. Ela não está grávida .
- O quê? Como assim? Aliás, como você sabe disso?
Louis contou a mesma história que havia contado pra . Ao fim, Zayn parecia mesmo chateado.
- Desculpa, cara. Eu sei que é uma situação estranha.
- É – Zayn concordou – Mas agora eu estou mais aliviado. Pelo menos uma parte dessa confusão toda está resolvida.
A vontade de Zayn era de ir atrás de Perrie na mesma hora, mas ele não podia. Tinha de ser profissional. E foi o que ele fez. Ficou o dia todo no estúdio e trabalhou como se nada o estivesse incomodando. Porém, assim que conseguiu terminar o trabalho do dia, Zayn foi direto para o apartamento que Perrie dividia com as garotas de sua banda. Zayn tinha acesso livre ao condomínio então subiu até o 17º andar sem avisar. Ele bateu na porta e, segundos depois, Perrie atendeu.
- Oi, amor – Perrie sorriu, mas parecia um pouco surpresa com a visita inesperada do namorado. Zayn tentou retribuir o sorriso e entrou no apartamento. Perrie fechou a porta e o seguiu.
Zayn estava no quarto dela e o lugar parecia um santuário a ele - aos dois, na verdade. Uma das paredes era abarrotada de fotos de Zayn e dos dois se beijando, sorrindo. Por um momento Zayn se lembrou de como as coisas eram no começo.
- Está tudo bem? – Perrie perguntou, enquanto Zayn olhava fixamente para uma das fotos.
- Está sim. – Ele virou-se para ela – Só estive pensando... Acho melhor irmos ao médico, certo? Para ver se está tudo bem... – Zayn deu de ombros. Ele notou como a expressão de Perrie mudou.
- Ah. S-sim, sim. Você tem razão. – Ela gaguejou – Vou marcar uma consulta. – Perrie sentou-se na cama e pegou uma tigela de cereal – Quer? – Ela ofereceu, mas Zayn recusou.
- Na verdade, eu já marquei – Zayn mentiu, para ver qual seria a reação dela. – É daqui uma hora, melhor você se arrumar – Ele caminhou a até a escrivaninha e se encostou na mesma, cruzando os braços.
Os olhos de Perrie estavam tão arregalados que quase saiam das órbitas.
- Ah, não. Não estou me sentindo muito bem agora, estou enjoada. Iremos outro dia. Tudo bem?
Zayn fechou os olhos por um momento, sacudindo a cabeça. Ele soltou um riso anasalado, sem humor algum.
- Eu não acredito nisso, Perrie. E podia jurar que te conhecia.
- Do que você está falando? – A garota perguntou, colocando a tigela de cereal de volta ao criado mudo.
- PODE PARAR COM ESSA MERDA! – Zayn gritou. O susto que Perrie levou foi tanto que ela até pulou no colchão. – Eu sei que você está mentindo pra mim. Por que você fez isso, Perrie? Por que inventou essa história toda?!
- Calma, Zayn. Não é o que você está pensando.
- Ah, não? O que é então, Perrie? Você não pode mentir sobre uma coisa dessas! Olha a nossa idade. Não podemos ter um filho, isso é uma responsabilidade muito grande.
- Eu sei, Zayn. Me desculpa eu... Eu só... – Perrie começou a chorar, mas Zayn ainda estava com muita raiva.
- Eu não acredito que você mentiu sobre isso pra me prender a você! Que coisa mais ridícula!
- Eu estou te perdendo, Zayn. Eu sinto isso. E eu não posso... Eu não posso ficar sem você!
- Você preferiria ficar comigo por pena?
- Qualquer coisa já é alguma coisa – Perrie tentou sorrir entre as lágrimas.
Zayn balançou a cabeça e foi até a cama, onde a garota estava sentada.
- Perrie, nós já não funcionamos há muito tempo. Nós dois sabemos que eu amo outra pessoa...
- Não! – Perrie gritou, agarrando Zayn pelos ombros – Você não pode me deixar, Zayn. Não pode!
- Eu não posso continuar fazendo isso! Todo mundo está se magoando! Olha só pra você, eu já não te faço bem. – Zayn tentava se soltar dos braços da garota, enquanto ela tentava se aninhar nele.
- Por favor, não. Não... Zayn. Por favor – Perrie repetia incansavelmente, chorando cada vez mais.
- Desculpa. Desculpa, eu não posso fazer isso. Desculpa – Zayn finalmente conseguiu se livrar dos braços da garrota e saiu do apartamento correndo, literalmente.
Zayn estava com a cabeça a mil. Era óbvio que Perrie não estava bem, de verdade. Ele estava pensando que talvez ela precisasse de ajuda. Ainda se importava com a garota. Mas, tudo o que queria naquele momento era ver . Ele se apressou e conseguiu chegar à editora bem na hora em que as garotas estavam saindo do prédio, ao fim do expediente.
- ! – Zayn gritou, atravessando a rua.
e olharam para o garoto que foi até elas correndo.
- Eu preciso falar com você – Zayn disse, ofegante.
- O que foi?
- Vem comigo.
- Ah... Melhor não. Me liga mais tarde então – fez menção de entrar no carro, mas Zayn a segurou pelo pulso.
- Vem comigo, por favor.
- Não posso, Zayn. – Ela disse, tentando se soltar.
Zayn estava visivelmente desesperado. Ele olhou para , meio que pedindo ajuda. A garota mexeu os lábios dizendo “pega ela”, sem emitir som. E foi o Zayn fez. Ele pegou no colo e a jogou sobre os ombros. começou a rir. começou a gritar.
- O que você está fazendo? Me põe no chão! – Ela pedia, enquanto esmurrava as costas de Zayn.
- Eu devo fazer alguma coisa? – Klaus perguntou, de olhos arregalados.
- Não! – disse, ainda rindo. – Só me leva pra casa. Ela vai ficar bem.
Ainda com nas costas, Zayn foi até seu carro do outro lado da rua. Ele colocou a garota no banco do carona e deu a volta para se sentar ao volante.
- Qual é o seu problema, Malik? – despejou, assim que o garoto fechou a porta – Você não tem noção do quanto foi ridículo o que acabou de fazer, né? – bufava de raiva.
- Sinceramente, agora eu não me importo. Eu só preciso conversar com você. Mas não aqui. – Então ele dirigiu o mais rápido que pode até a sua casa. Durante todo o caminho, eles ficaram em silêncio. ainda estava com muita raiva, já Zayn estava totalmente ansioso e nervoso.
Finalmente eles chegaram à casa do garoto e permanecia em silêncio, com os braços cruzados.
- Da pra você falar logo? – Ela pediu.
- A Perrie estava mentindo. – Zayn falou, simplesmente.
ficou quieta por alguns segundos.
- Ela não está grávida?
- Não.
- Ah... – Ela sentou-se no sofá.
- Naquele dia em que íamos nos encontrar, ela apareceu e me disse que estava grávida – Zayn começou a contar o que nunca realmente tinha conseguido falar pra ela – Eu fiquei completamente perdido. E ela parecia extremamente feliz. Ela me arrastou pra uma sorveteria e passou a tarde toda empolgada, falando sobre como a nossa vida ia ser perfeita agora. Quando eu finalmente consegui chegar em casa, eu te liguei. Mas você não atendeu, e isso aconteceu muitas vezes depois. Quando fui ao seu escritório, eu quis te contar. Mas fiquei com medo. Percebi que, talvez, você nunca me daria uma chance. – ouvia tudo, prestando muita atenção – Não sei o que eu pensei. Na verdade, eu não sabia o que fazer. Te ver com o Harry, me matava lentamente e eu me sentia um lixo por não ser o cara que te fazia sorrir. Mas agora... – Zayn deu de ombros, se aproximando dela no sofá – Agora não tem mais nada entre a gente, se você ainda me quiser.
- Meu Deus – suspirou. Ela já estava completamente perdida nos olhos dele – Eu cheguei a pensar eu esse dia nunca chegaria!
Zayn riu, dessa vez uma risada de alívio. Ele finalmente acabou com a distância que havia entre os dois e a beijou da forma mais apaixonada que alguém pode ser beijada. O coração de batia com tanta força que ela ficou com medo de que Zayn pudesse escutar. Ela passou a mão por seu pescoço, arranhando a pele levemente com suas unhas. Zayn gemeu baixinho com os lábios ainda colados aos dela e a puxou para si, fazendo-a sentar em seu colo, de frente para ele. Zayn beijava seu pescoço e ela tirou a camisa preta que ele usava. E não demorou muito para que as outras peças ficassem no chão também.
*-*-*-*-*-*
- Querida, cheguei! – Louis disse, assim que entrou no apartamento de . Ela riu, enquanto Louis ia até a cozinha, onde estava preparando o jantar. – Eu pedi a flor mais bonita, mas infelizmente eles não tinham nenhuma com seu rosto.
riu, mas por dentro sentiu aquele calorzinho gostoso que aquecia seu coração toda vez que Louis estava por perto.
- Elas são lindas – Ela lhe deu um selinho e pegou as tulipas vermelhas que Louis lhe dera. colocou as flores em um vaso na janela. – Uma vez eu li em um livro que tulipas significam amor eterno. [N/A: Alyson Noel feelings, ahaha]
- Obviamente eu sabia disso por ter lido o livro – Louis fez graça e riu – Que cheiro bom! O que você está fazendo? – Ele perguntou abrindo a tampa da panela.
- Strogonoff.
- Minha garota é tão prendada... – Louis disse e mordeu de leve a bochecha dela.
Mais tarde naquela noite, eles estavam quase dormindo. tinha um dos braços sobre a barriga de Louis e ele fazia carinho em seu ombro.
- Você é o melhor marido do mundo – Ela disse, já bem sonolenta.
- Marido? – Louis riu.
- Eu disse marido?
- Disse.
- Bem, estamos parecendo casados mesmo. Você está passando tanto tempo aqui. Não que eu não goste disso, porque eu adoro – apertou o braço em volta de Louis e, como ela estava com muito sono, pode ter sido coisa de sua cabeça, mas ela sentiu os músculos do garoto se enrijecerem.
Na manhã seguinte quando acordou, Louis não estava mais na cama.
- Louis? - Ela o chamou, ainda sonolenta. Mas não obteve resposta.
Ela achou estranho. Louis não costumava sair sem se despedir. Muitas vezes ele lhe acordava para lhe dar um beijo ou deixava um bilhete. Ele devia estar atrasado, ela pensou, e voltou a dormir.
*-*-*-*-*-*
Quando acordou, a primeira coisa que viu foi Zayn dormindo ao seu lado. Ele parecia tão tranquilo e um discreto sorriso estava em seus lábios.
- Para de olhar pra mim – Ele disse, ainda de olhos fechados.
Ela riu e passou a mão no rosto dele. Zayn sorriu e abriu os olhos.
- Bom dia.
- Dormiu bem?
- Sim, sim... Graças ao que eu fiz antes – Zayn se aproximou e lhe beijou a pontinha do nariz. corou levemente.
- O que nós vamos fazer agora? – Antes que ela pudesse pensar, as palavras saíram de sua boca. Ela não queria perguntar, mas precisava saber, afinal, ela ainda estava com Harry.
- Eu sei que temos que resolver algumas coisas. Mas, contanto que você ainda seja minha no fim do dia, eu faço qualquer coisa.
sorriu ao ouvir o que Zayn dissera. Ela estava tão feliz e tão apaixonada que não conseguia parar de sorrir. Ia pensar em como resolver os problemas mais tarde.
- Eu vou ser sua para o resto da vida.
Zayn a puxou para mais perto e eles começaram o dia muito bem.
Mais tarde, Zayn tinha que ir para o estúdio, e foi com ele. Chegando lá, ela percebeu que não podia, e não seria justo, adiar a conversa com Harry.
- Vou falar com ele... – disse baixinho, enquanto entravam na sala de som.
- Você tem certeza?
- Por que, Malik? Você já se arrependeu?
Zayn revirou os olhos e riu, entrando na sala.
- Psiu – chamou Harry da porta.
- Hey, você está aqui – Harry sorriu e foi até ela.
- Ei, nós também estamos aqui! – Niall disse, fazendo bico.
- Ela não nos ama mais, Niall... Essa é a verdade – Louis disse, abraçando o amigo pelo ombro.
- Tudo por causa desse magrelo descabelado! – Liam disse de uma forma engraçada e todos riram.
- Ah, como vocês são ciumentos! – disse.
- Não! Não queremos mais! – Niall fez uma cara pseudo-esnobe e os três se viraram de costas, ao mesmo tempo que Harry e iam até o corredor do estúdio.
Harry se encostou na parede e ficou de frente para ele. Ele estava quieto, porém mantinha um pequeno sorriso no rosto.
- Ai, meu Deus, Harry. Essa é provavelmente a coisa mais difícil que eu vou dizer pra você. – realmente estava nervosa. E se sentindo péssima. Agora, mais do que nunca, a sensação de ter usado Harry lhe atingia como uma bola no estômago.
- Está tudo bem... Se você preferir, não precisa dizer.
- Não, Harry. Ai, meu Deus. Como você pode ser tão... Tão perfeito assim? Eu sou uma péssima pessoa. Eu sinto como se estivesse te usando todo esse tempo e... Você não merece isso, claro que não! Você merece alguém que te faça feliz.
- Ei, para com isso. Você não estava me usando, não mesmo. Desde o começo eu sabia dos seus sentimentos e mesmo assim, eu quis. Você não me usou. E pode ter certeza de que eu fico muito feliz por ter sido o responsável por amenizar sua dor, nos momentos certos. Agora, eu espero que dê tudo certo entre vocês dois, porque vocês merecem isso.
roía a unha num imenso esforço para não deixar as lágrimas rolarem.
- Você é a melhor pessoa que eu conheço – Ela disse, baixinho e Harry a abraçou.
- Eu nunca vou deixar de te proteger. Nunca.
Eles ficaram abraçados por mais um tempo e, embora ainda se sentisse péssima, ela também sabia que estava fazendo a coisa certa e quase pode ter certeza de que, dali pra frente, as coisas melhorariam.
Naquela noite, e estavam na cama dela fazendo as unhas. acabara de contar pra sobre os últimos acontecimentos e as duas estavam em silêncio, quando disse:
- Vou pedir o Louis em casamento.
- Oi? – olhou para a amiga, o pincel do esmalte preto parado no ar.
- Sim! – Os olhos de brilhavam – Eu vou fazer isso.
- ... – guardou o pincel dentro do vidro de esmalte – Você tem certeza? Não acha que é... Um pouco precipitado?
- Precipitado? Por que seria precipitado? O Louis é o amor da minha vida. E... Acho que o Pierre Bouvier não vai mais me pedir em casamento – deu de ombros, fazendo uma cara pseudo-chateada.
- Sim, e eu concordo com as duas coisas! É só que... Não é o Louis quem tem que fazer isso?
- Quem disse? Pare de ser machista.
- Não é isso! Sei lá, eu só acho que você deveria esperar mais um pouco.
- Esperar o quê? Por quê? A vida é muito curta pra pensar demais – riu e deu de ombros. Estava claro que ela não ia tirar aquela ideia da cabeça.
No domingo à noite, todos estavam reunidos na casa de Liam. Eles faziam uma espécie de despedida para Harry, já que o garoto iria até Nova York representar a banda em uma premiação. Os outros meninos ainda tinham muitas gravações marcadas para a semana, então, só Harry poderia comparecer.
Estavam todos na sala, Liam e Harry faziam piadas maldosas a respeito dos meninos do The Wanted, no rádio Fun tocava no último volume. puxou para um canto.
- Olha – Ela tirou do bolso uma pequena caixa preta aveludada. abriu a caixinha, revelando uma linda aliança prateada.
- Porra! – disse e logo tapou a boca com as mãos – Você vai mesmo fazer isso, ?
- Vou – riu. Ela tomava cerveja assim como os outros, mas não estava bêbada. – E vou fazer agora.
- Bom, acho que tudo o que eu posso fazer é te desejar boa sorte, né?
riu e voltou para a rodinha onde os amigos estavam, ela puxou Louis e os dois foram para a varanda da casa. A noite estava fria e abraçou Louis, assim que uma brisa passou por eles.
- Vou sentir falta do Harry – Louis disse. Ele estava com a bochecha apoiada no topo da cabeça dela e por isso sua voz saia embolada.
- Por favor, serão só três dias! – disse rindo. – E, além do mais, eu estou aqui pra te manter ocupado.
- Ainda bem! Senão eu morreria... Ficar sem meus dois amores? Não aguentaria... – Louis dramatizou, e riu.
- Na verdade, eu gostaria de te manter ocupado por muito tempo... Para o resto da vida, se possível.
- Hum... Não vejo problemas nisso.
- Não?
- Não.
- Então... – se afastou um pouco e se ajoelhou na varanda. Louis ergueu a sobrancelha, sem entender o que ela estava fazendo. pegou a caixinha no bolso e abriu. – Casa comigo?
Louis olhou da aliança para ela e então, pra aliança de novo. Ele mordeu o lábio e se ajoelhou para ficar da altura dela. Louis envolveu as mãos dela com as suas.
- Não.
Por um momento, o mundo todo pareceu ficar em silêncio e a única coisa que ouvia, repetidamente, era o “não” que Louis lhe dissera.
- Espera aí. Você disse “não” pra mim?
- , eu posso explicar.
- Não! – Ela quase gritou. empurrou a mão dele pra longe e se levantou.
- Espera, me deixa falar.
- Não, Louis. Parece que você me disse tudo o que eu precisava saber. – Ela jogou a caixinha do anel com força no chão e voltou para dentro da casa.
Assim que viu a cara da amiga, foi falar com ela.
- Ai, .
- Se você me falar “eu te disse”, eu juro que me jogo da London Bridge! – disse, com os olhos já marejados.
- Eu não vou te falar isso, besta.
- O que aconteceu? – Liam perguntou, aproximando-se das garotas.
- Nada de mais, só estou com cólicas – respondeu, desligando o celular.
- Você mente muito mal, . Pelo menos pra mim.
- Eu vou com ela pra casa – disse.
- Eu também.
Eles se despediram de Harry. Liam fez um breve resumo da situação para Dani e fez o mesmo com Zayn e, assim, os três foram para a casa delas, no carro de Liam. No caminho, contou exatamente o que tinha acontecido.
- Você fez mesmo isso? – Liam perguntou, entrando no apartamento com elas.
- Eu fiz! Qual o problema, Payne?
- Não, nenhum... Eu só não entendo por que o Louis disse não... – Liam sentou-se no sofá. Ele realmente parecia estar pensando em um motivo plausível pra Louis dizer não.
- Mas você também nem deixou ele se explicar, poxa... – disse, sentando-se ao lado de Liam.
- E ele vai explicar o quê? Como eu fiz papel de palhaça?
- Espera... – Liam levantou-se e pegou o celular – Tem alguma coisa errada aqui. Já volto. – Ele foi pra varanda e de lá, ligou para Louis.
- Sim?
- Louis, qual o seu problema? Aliás, por que você não está aqui, conversando com a ?
- Eu não vou conversar com ela agora, Liam. Ela está puta.
- É claro que está puta. E até parece que você não a conhece. Quanto mais tempo você demorar pra vir, mais puta ela vai ficar.
Louis ficou em silêncio por alguns segundos.
- É, você está certo. Estou indo.
- Isso. E acho bom você consertar essa merda toda.
Liam desligou e voltou para a sala, onde já atacava um pote de sorvete de pistache.
- O que você foi fazer? – Ela perguntou.
- Nada, nada...
- Você mente muito mal, Payne. Pelo menos pra mim. – usou a frase de Liam contra ele e ele revirou os olhos.
- Olha, eu acho que vocês deviam conversar. E não ficar nessa palhaçada. Certo, ele disse “não”. Mas você não sabe o porquê, .
- Não vou conversar com ele agora – disse, dando mais uma colherada no sorvete.
e Liam se entreolharam.
Eles estavam assistindo Em busca da Terra do Nunca, quando a campainha tocou. Como nenhuma das duas fez menção de levantar para atender, Liam se manifestou.
- Tudo bem, eu vou... – Ele se levantou e foi até a porta. – Até que enfim - ele disse, quando Louis entrou.
- Ela está muito brava?
- Não sei se brava é a palavra certa. Talvez decepcionada. Mas acho bom você se acertar com ela, senão quem vai ficar bravo aqui sou eu.
- Pois é, e eu estou morrendo de medo de você, Payne. – Louis passou por ele e foi até a sala, onde as meninas estavam – Hey.
olhou pra ele, mas depois voltou sua atenção pra televisão de novo. Atrás de Louis, Liam fazia gestos para sair da sala com ele, mas ela não estava entendendo.
- O quê? – Ela perguntou, por fim.
- Vem pra cá!
- Ah! Ok! – Ela levantou e saiu da sala com Liam.
Louis sentou-se ao lado de e desligou a televisão.
- Eu estava assistindo.
- Eu sei. Mas eu quero conversar com você.
- Mas eu não.
- ...
- Louis, eu te amo. Acho que mais do que a mim mesma. Só que, neste exato momento, eu te odeio tanto que não posso nem ouvir sua voz!
- Nossa. Essa doeu.
- Pois é. E eu só falei. A hora que eu resolver fazer alguma coisa, você realmente vai sentir dor. Então é melhor você ir embora agora.
Louis ficou quieto. Por um momento, ele realmente considerou a ideia de ir embora e falar com ela depois, quando já estivesse mais calma.
- Não, eu não vou embora.
- Por que não? Você não tem perspectiva de futuro comigo! – se levantou e foi até a porta, abrindo a mesma. – Vai embora.
Louis suspirou e passou as mãos pelo rosto. Ele se levantou e foi até ela.
- Eu – Ele começou a falar lentamente – Não – A medida que ia falando, ele ia se aproximando mais dela – Vou embora. – Louis a prensou contra a porta. Sua testa estava encostada na dela, seus lábios muito próximos – Nem agora, nem nunca.
Por mais que estivesse com raiva de Louis, ela não conseguia resistir a ele assim, tão perto. Era só olhar para os olhos dele e esquecer-se de tudo ao seu redor.
- Eu te odeio muito, Tomlinson – Foi o que ela disse antes de, finalmente, beijá-lo.
Quando e Liam voltaram para a sala, puderam ver que os dois subiam as escadas.
- Espero que eles não se matem – disse, enquanto ouvia a porta do quarto de se fechar.
- Ou pelo menos que se matem de uma forma boa... – Liam disse, dando de ombros. Os dois se entreolharam e começaram a rir.
Na manhã seguinte, quando acordou Louis ainda dormia ao seu lado. Ela sorriu quando sentiu que seu coração batia mais rápido, apenas por vê-lo.
No criado mudo estava um caderno que ela não se lembrava de estar lá na noite passada. colocou os óculos e se levantou, com o caderno na mão foi até a varanda para ler.
“Era uma vez um garoto muito bobo que achava que tinha tudo na vida: uma namorada legal, uma banda legal e um cabelo legal.
Ele pensava que era feliz apenas com isso e, por muito tempo, ele realmente foi.
Até que um dia, ele conheceu uma linda garota de um reino muito, muito distante. Essa garota era diferente de todas as outras que ele conhecia. Ele ficou louco por ela, mas não podia fazer nada, já que tinha uma namorada legal e a garota do reino distante parecia estar feliz com seu amigo.
Um dia, esse garoto bobo percebeu que não seria feliz se aquela garota não fosse sua. Então ele foi à luta e depois de muitos dragões, ele finalmente tinha conquistado sua princesa. Mas ela precisava voltar para o seu reino tão, tão distante.
Por três longos anos eles ficaram separados, e quando finalmente ela voltou, ele pensou que teriam o seu “felizes para sempre”. Porém, um forasteiro foi mais rápido e pegou a garota antes do nosso herói. Mas ele não ia desistir tão fácil assim. E ele não desistiu.
Então, parecia que tudo estava bem novamente: aquele garoto bobo achava que tinha tudo na vida: a namorada dos seus sonhos, a banda dos seus sonhos e... Um cabelo legal.
Uma bela noite, a sua princesa o pediu em casamento. Sim, ela fez o pedido! E mais uma vez ele pensou “minha garota é diferente de todas!”
Porém, esse garoto bobo foi realmente MUITO bobo dessa vez. Ele estava com medo. Medo de não fazê-la feliz como ela merece. E ele disse o que não queria dizer. Ele disse “não”.
Como de costume, a garota do reino tão, tão distante foi embora. Dessa vez para o seu apartamento e não para o seu reino, o que facilitou bastante as coisas para o nosso herói, já que foi preciso exatamente uma hora para ele perceber que, se ele mal pôde respirar sem ela por uma hora, quem dirá pelo resto de sua vida!
Assim, ele montou em seu cavalo branco e foi até o castelo dela. Ele escalou a torre mais alta e pulou para dentro do quarto da princesa e disse:
, eu sei que sou a pessoa mais retardada que você conhece. Mas também sei que sou a pessoa que mais te ama nesse mundo. Me desculpa por ter surtado e não ter falado logo que é você a mulher da minha vida e é contigo que eu quero dormir e acordar todos os dias.
Casa comigo?”
Quando terminou de ler a pequena história de Louis, ela já estava chorando rios de lágrimas. Ela ria e chorava ao mesmo tempo. Ela pegou uma caneta e começou a escrever também.
- Meu Deus. Eu morri e estou no céu? – Ela estava de costas na varanda, quando ouviu Louis dizer.
- Por quê? – Ela perguntou, sem se virar. Ela tentava limpar as lágrimas e não conseguia parar de rir.
- Porque você é a coisa mais linda que eu já vi na minha vida. – Louis estava deitado na cama. Ele não conseguia tirar os olhos da garota na sua frente. Ela usava uma camisola branca, longa e acetinada e a brisa fresca da manhã balançava o tecido contra a sua pele, assim como a cortina.
- Haha, como você é bobo – Ela finalmente virou-se para ele.
- Você está chorando? – Louis perguntou, sentando-se na cama.
- Sim. Eu estava lendo sua história...
- Ah. – Louis engoliu em seco. – E o que você acha? Vai ter um final feliz?
sorriu e mostrou o caderno para ele. Na folha branca havia apenas uma palavra com sua letra:
e Louis saíram para comprar alianças, já que só ele estava usando uma. Assim que eles bateram a porta do apartamento, ligou para Zayn.
- . – Ele atendeu, com a voz rouca de sono.
- Ai. Você estava dormindo. Eu te acordei. Desculpa!
- Não tem problema. Eu adoro quando você me acorda. Mais ainda quando é pessoalmente.
quase podia ver o sorriso preguiçoso que Zayn tinha nos lábios naquele momento.
- Queria que você viesse aqui.
- Com a máscara de Zorro ou sem? – Zayn fez graça e riu, lembrando-se da última vez em que eles brincaram de Zorro.
- Só vem rápido!
Zayn desligou o telefone sorrindo. Ele realmente pretendia chegar ao apartamento de o mais rápido possível, mas quando chegou até a sua sala de estar, percebeu que isso não seria possível: Perrie dormia em seu sofá. Ela estava descabelada e sua maquiagem borrada, o rímel escorria pelas bochechas em marcas secas, indicando que ela havia chorado.
Zayn respirou fundo e passou as mãos pelo rosto antes de ir até o sofá e acordar a garota.
- Perrie! – Ele a chacoalhou delicadamente – Perrie, acorda.
Depois de mais duas chacoalhadas, a garota abriu os olhos. Sua vista estava desfocada, mas quando ela reconheceu o garoto a sua frente, Perrie sorriu.
- Zayn – Ela disse, tocando sua bochecha com a ponta dos dedos frios.
- O que você está fazendo aqui?
- Eu só queria te ver – Ela deu de ombros, sentando-se no sofá. Pelo hálito dela, Zayn percebeu que ela estava bebendo.
- Olha, você não pode mais fazer isso. Você vai me devolver a chave do apartamento. – Zayn estava calmo e falava pacientemente com ela.
- Eu não posso mais te ver? – Assim que as palavras saíram de sua boca, a fisionomia da garota mudou. Ela parecia estar sentindo dor.
- Eu não falei isso, Perrie. Você só não pode ficar entrando assim na minha casa, sem me avisar. Eu não faço isso.
- Mas você pode!
- Mas eu não quero. Vem. Eu vou te levar pra casa – Zayn estava ajudando-a a se levantar do sofá, quando Perrie puxou a mão, bruscamente.
- Eu não quero sua ajuda – Ela disse entre os dentes. Perrie deu uma olhada em Zayn e depois levantou, indo até a porta.
- A chave – Zayn disse, indo atrás dela.
Perrie o encarou por alguns instantes. Então ela abriu a bolsa de oncinha e jogou no chão o chaveiro do Mickey.
- Eu te odeio – Ela sussurrou, saindo do apartamento.
- Isso vai passar – Zayn disse, mais como se fosse uma promessa.
*-*-*-*-*-*
- Poxa, você demorou – fez bico, quando Zayn entrou em seu apartamento.
- Desculpa, mas aconteceu uma coisa...
- O que foi? – perguntou, percebendo a preocupação do namorado. Os dois se acomodaram no sofá, enquanto Zayn contava a sua história.
- Você tem que tomar cuidado com essa garota – o advertiu, olhando em seu olhos.
- Ela não era assim... – Zayn parecia pensativo.
- Vamos esquecer isso agora – disse, ligando o DVD. Ela se aninhou em Zayn enquanto passavam os trailers. Mas, mesmo estando em segurança nos braços dele, sentia uma angústia bem no fundo do coração.
Na manhã seguinte, as garotas foram trabalhar e pararam na banca de jornal que havia em frente à editora para comprar uma revista de vestido de noivas. Enquanto ela escolhia a revista, não resistiu e foi olhar as revistas de fofoca teen. O One Direction estava na capa de todas as revistas, mas uma em especial chamou sua atenção: na capa só estava Zayn e a manchete era “Zerrie ainda existe? Descubra com detalhes (temos fotos!) o motivo da crise no namoro de Zayn Malik e Perrie Edwards.”
sabia que não devia, porém sua curiosidade foi mais forte e ela comprou a revista, logo guardando-a dentro da bolsa para que não visse.
O dia na editora foi corrido. Foi só perto do fim do expediente que teve tempo de abrir seu perfil no twitter. Ela riu alto quando viu que a notícia do noivado de e Louis estava em primeiro lugar na lista dos trending topics. Ela tinha certeza de que a amiga não fazia ideia disso já que, de todas as redes sociais disponíveis na Internet, a única que ainda mantinha era o Facebook.
- Tenho que te mostrar uma coisa – disse, entrando na sala da outra sem bater.
estava debruçada em cima de uma das revistas de noiva que havia comprado e se assustou quando entrou na sala. Ela deu um pulo e endireitou as costas na cadeira.
- O que foi?
- Entra no seu twitter.
Depois de alguns minutos tentando lembrar o login, finalmente conseguiu logar.
- Ok, o que tem?
- Olha os trending topics.
Mais uma vez, riu alto quando os olhos de pareceram saltar das órbitas.
- Como é que esse povo sabe disso?! – perguntou, perplexa.
- Eu não sei! Mas eles são fodas, você tem que admitir...
- Sim... Sim. Mas, porra! Nem a minha família sabe disso! Vou ligar pro Louie...
Enquanto se afastou e foi pegar o celular na bolsa, lembrou-se da revista que comprara e voltou para sua sala. Ela sentou-se em seu pequeno sofá e alcançou sua bolsa, logo pegando a revista. procurou a página no sumário e depois abriu direto na página 68.
A matéria não era muito grande, tinha apenas duas páginas. Na primeira página havia uma foto grande de Zayn e algumas dele com Perrie, fazendo uma linha do tempo. Foi a página oposta que mexeu com os nervos de . Nela havia várias fotos dela com Zayn, também fazendo uma linha cronológica. A última era da noite de seu aniversário.
Conforme lia a matéria, ia xingando o paparazzi, o redator, o editor, enfim! Todos que contribuíam para aquela revistinha desprezível. “Elas são fodas, você tem que admitir!” a frase que dissera para alguns minutos atrás veio a sua cabeça e ela teve vontade de gritar.
- Ok, isso é muito louco! – Dessa vez, foi quem entrou sem bater.
até tentou esconder a revista, mas percebeu.
- O que é isso? – Ela perguntou, enquanto lhe entregava a revista. Em silêncio, leu a matéria que, basicamente, comparava a relação de Zayn e Perrie com a relação dele e . E no final completava dizendo “Somos team Zerrie!”.
- Que ridículo! – disse, largando a revista no sofá.
- Eu estou me sentindo tão exposta...
- Você não pode ligar pra isso, e você sabe! Agora que preciso usar meu twitter com mais frequência, vou postar outro team – disse e riu, mesmo sabendo que no fundo não era tão simples assim.
Quando estavam prestes a entrar no elevador, Rose as chamou. Ela usava um conjunto social verde limão, fazendo parecer que o sol estava dentro do prédio.
- – Ela bateu os cílios, delicadamente – É verdade o que estão falando pelo twitter? Você está noiva?
- Er... Sim – sorriu sem jeito e riu.
- Bom, então meus parabéns! – Rose a abraçou forte, quase sufocando-a.
- Obrigada! – agradeceu, quase sem ar e retribuiu o sorriso que Rose deu.
À noite, e Zayn estavam na casa dele quando ela lhe contou sobre a revista.
- E por que você comprou isso? É sério, você não pode acreditar em tudo o que eles escrevem. – Zayn disse, enquanto folheava novamente a revista.
- Eu sei que não. Mas tem um monte de revistas falando e falando... Eu não consigo não me importar.
- Me desculpa por isso.
- A culpa não é sua! Eu só tenho que aprender a me desligar disso.
- Eu sei que é difícil. Eu também não gosto de saber que estou em capas de revistas toda semana, mas é o preço que eu tenho que pagar por fazer o que amo. – Zayn a abraçou, deixando que seus lábios roçassem em seu pescoço – Só, por favor, não deixe que isso nos atrapalhe.
- Não, claro que não. – retribuiu o abraço, enterrando seus dedos por entre o cabelo dele.
*-*-*-*-*-*
Na noite seguinte, todos estavam reunidos na casa de Liam. Dentro de alguns minutos os meninos fariam uma videoconferência, para agradecer ao prêmio que Harry receberia em nome deles em Nova York.
, e Danielle estavam na varanda. Elas estavam conversando sobre o casamento, mas o assunto mudou para as revistas de fofoca, quando Dani comentou do twitter.
- Eu odeio essas revistas – bufou.
- Você tem que esquecer que elas existem – disse.
- É verdade, você não pode ligar para o que elas dizem. Claro, existem algumas poucas que realmente falam a verdade, não podemos generalizar todos os profissionais da área, né? Mas eu bem sei como é difícil ser alvo deles... – Danielle suspirou.
- Vai começar! – Elas ouviram Niall gritar e saíram correndo para a sala. Os meninos estavam no estúdio no andar de cima.
ligou a televisão e Harry subiu ao palco para agradecer. Ele explicou porque os meninos não puderam comparecer e depois cortaram a imagem para o estúdio onde eles estavam. Elas ouviam os meninos falando no andar de cima e depois pela televisão. Eles também agradeceram e pediram desculpas por não estarem lá. Quando a imagem voltou para a premiação, as meninas subiram para o estúdio.
- Parabéns, Mr. Payne – Dani sorriu e deu um beijinho em Liam, assim como as outras meninas fizeram com seus respectivos namorados.
- Mas que injustiça! – Niall disse, batendo a mão na coxa – Eu não ganho nenhum beijo! – Ele fez bico e Dani riu.
- Não mesmo – disse – Você ganha três ao mesmo tempo! – Então ela e as outras duas foram até Niall e lhe deram vários beijos estalados na bochecha.
- Uau! – Niall se abanou, cheio de marcas de batom pelo rosto.
- Okay, acho que chega de beijos por hoje – Liam disse, puxando Danielle para seu lado.
Quando e Zayn chegaram a casa dele, Zayn foi direto para a cama. estava quase indo deitar também, quando ligou o notebook.
- Vem dormir... – Zayn disse, quase dormindo.
- Já vou... – disse, enquanto logava no twitter.
- Acho bom você vir agora, senão vou chamar o Zorro – Zayn disse e riu junto com ela.
- Então vou ficar aqui até o Zorro vir me pegar.
Zayn levantou a cabeça do travesseiro e olhou pra .
- Você está me cansando, mulher!
riu alto, enquanto abria o link de uma foto. Ela não entendeu muito bem sobre o que as meninas no twitter falavam. Só tinha certeza de que era sobre Harry.
Assim que a foto abriu, a boca de formou um pequeno O.
- O que você está vendo aí? – Zayn perguntou, virando o notebook para si. – Parece que tem alguém aproveitando Nova York – Era uma foto de Harry na festa pós-premiação. Na foto ele dançava bem perto de Taylor Swift.
- Acho que chega de twitter por hoje, não? – Zayn disse, enquanto abria a gaveta do criado mudo. Ele tirou a máscara de Zorro e a prendeu na cabeça.
riu, deixando o computador no chão e Zayn deitou-se por cima dela. Ele puxou seu lábio e soltou bem lentamente, sentiu um arrepio por todo o corpo e deslizou suas unhas pelas costas nuas do garoto.
- Eu te amo – Ele disse em português, com o sotaque mais fofo do mundo.
Ela não conseguia falar, sabia que dizer as mesmas palavras não seriam o suficiente. Ela sorriu, sentindo seu coração bater cada vez mais rápido. passou a mão pelo rosto de Zayn, que estava com a barba por fazer.
- Eu odeio borboletas. Mas aquelas que você me faz sentir são a melhor sensação do mundo. – E assim, ela o beijou.
Às 5 da manhã, eles foram acordados por batidas na porta e a campainha tocando insistentemente.
- O que é isso? – perguntou, enfiando a cabeça embaixo do travesseiro.
- Fica aqui, eu vou ver o que está acontecendo – Zayn levantou e vestiu seu moletom, já que estava apenas de boxer.
Zayn desceu as escadas segurando firme no corrimão, ele estava com tanto sono que mal conseguia abrir os olhos. Zayn abriu a porta sem olhar no olho mágico e se deparou com uma garota de longos cabelos cacheados e ruivos. Ela vestia um macacão justo e brilhante e um salto muito alto.
- Ahn... Oi?
- Zayn, desculpa te acordar. Eu só vim até aqui porque não sabia mais onde procurar.
Zayn esfregou os olhos e então reconheceu a garota. Era Jesy Nelson, uma das garotas da Little Mix, a banda de Perrie.
- O que aconteceu?
- Nós tivemos um show essa noite. E, depois da apresentação, a Perrie sumiu. Ela parecia bem no show, nada de estranho aconteceu. Mas eu sei o que vem acontecendo entre vocês dois, e estou realmente preocupada. Ela não atende ao celular e eu já procurei em todos os lugares possíveis que ela pudesse estar.
- Droga... – Zayn encostou a cabeça no batente da porta e respirou fundo. – Espera aqui. Vou me vestir e vamos procurá-la.
- Tudo bem. Obrigada.
Jesy ficou na sala, enquanto Zayn voltava correndo para o quarto. Ele vestiu a primeira camiseta que encontrou e calçou chinelos.
- Hey, o que foi? – perguntou, ainda sonolenta.
- Só um probleminha, mas preciso resolver agora. Volta a dormir, logo estarei aqui – Zayn lhe deu um beijo na testa e saiu.
*-*-*-*-*-*
Era muito cedo, mas e Louis já estavam no aeroporto de Heathrow. Eles esperavam por Lottie, a irmã mais velha de Louis que chegaria dentro de alguns minutos.
- Mas e se ela não gostar de mim? – Era a terceira vez que perguntava isso.
- Não tem problema se ela não gostar, eu te amo e isso é o que importa. – Louis repetia, apertando os braços ao redor da garota.
- Mas vai ser um saco se sua irmã não gostar de mim, Louis!
- , por que alguém não gostaria de você?
- Porque eu sou chata, insuportável, bipolar, antissocial e não quero dividir você com mais ninguém.
Louis ficou em silêncio por alguns instantes, como se estivesse pensando. Na verdade ele estava pensando em como era fácil pra dizer coisas a seu respeito que muitas outras pessoas se esforçavam demais para esconder.
- Tem razão, você é tudo isso mesmo – Ele deu de ombros e riu, quando lhe deu um tapinha de leve.
- Hey! Essa é a hora em que você diz que eu não sou nada disso, que eu sou perfeita e a mulher da sua vida! – fez bico e Louis lhe deu um selinho.
- Sua boba. Você ainda não percebeu como é especial, não é? – Louis colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha da garota - Mas você é, . É o motivo pelo qual eu sorrio todos os dias, mesmo quando as coisas não estão tão boas. Porque eu sei que, no final, você sempre vai estar lá comigo. E eu tenho certeza de que a minha irmã vai te adorar, assim como toda a minha família. Você é a melhor parte da minha vida. – Louis a abraçou pela cintura, deixando seus corpos bem juntos.
- Ai, meu Deus... Acho que vou morrer antes do casamento se você continuar sendo fofo assim, Tommo – riu, mesmo sentindo seus olhos marejados. Ela escondeu o rosto na curva do pescoço de Louis e lhe deu um beijinho, quando ouviu alguém dizer:
- Olha só, o casal mais fofo da Inglaterra.
virou-se para ver quem era. Com certeza, era Lottie. A garota aparentava ter seus 17 anos, era loira e seu cabelo era comprido e ondulado. Ela vestia uma saia jeans e uma blusa vermelha, estava bem simples, mas seus olhos azuis realçavam todo o resto. Ela se aproximou dos dois e Louis a abraçou.
- Minha coisa pequena! – Ele disse, tirando a garota do chão e ela soltou um gritinho. – Lottie, essa é a – Eles a apresentou.
- Até que enfim eu estou conhecendo a minha cunhada! – Lottie disse abraçando-a e surpreendeu-se com o gesto – Parece que sei tudo sobre você, só faltava mesmo te conhecer.
- Sério? – perguntou, olhando de Lottie para Louis.
- Sim, ele me contou muitas coisas sobre você. Principalmente quando você voltou para o Brasil. Todo dia ele me ligava e ficava falando sobre você.
- Lottie! Chega – Louis pediu, as bochechas ficando ligeiramente vermelhas.
- Obrigada por me deixar com todas as malas! – Uma garota disse, carregando quatro malas muito grandes.
- Me desculpa! – Lottie se apressou para pegar suas malas. – Mas eu precisava ver logo meu irmãozinho.
- Não vai me cumprimentar, Louis? – A garota sorriu de lado. Seu cabelo era liso e castanho muito escuro, assim como seus olhos. Ela usava um vestido azul claro e havaianas brancas. Ela era realmente muito bonita. Mais uma vez, olhava de Louis para Lottie, sem entender muita coisa.
- Pam? – Louis perguntou, depois de alguns instantes encarando a garota.
- Eu mesma! – A garota sorriu, abrindo os braços. E, sem esperar, foi até Louis e o abraçou.
- Poxa, você cresceu... – Ele disse, coçando a nuca e dando um passo atrás.
- Isso é uma coisa boa, né? – Pam sorriu e entrelaçou seus dedos nos de Louis.
- Pam, essa é a minha noiva. – Louis as apresentou.
- Olá – Foi tudo o que se limitou a dizer, sem sair de seu lugar.
- Oi! – Pam deu um sorriso muito grande, que na visão de não foi nada sincero – Então você vai mesmo casar, Tommo? Haha, eu não acredito nisso.
- Pois é! – Louis realmente estava desconfortável ali. apertou sua mão, tentando manter o sorriso no rosto – Bom, vamos indo!
*-*-*-*-*-*
Zayn apertava o volante enquanto dirigia. Ele e Jesy já haviam passado por dois lugares, mas não encontraram nenhum sinal de Perrie. Ele já estava ficando realmente nervoso, quando parou em um sinal vermelho. Zayn olhou para sua esquerda e lá estava uma senhora regando seu jardim de pequenas e delicadas margaridas.
- Eu sei onde ela está! – Zayn disse, lembrando-se de um dos primeiros encontros que tivera com Perrie.
Assim que o sinal abriu, Zayn seguiu reto e virou apenas duas vezes. Ele parou em uma pequena praça. O parquinho de crianças ao lado estava vazio, devido ao horário. Mas o jardim de margaridas continuava como da primeira vez em que ele e Perrie estiveram ali: os dois passeavam de mãos dadas, era uma tarde ensolarada. Havia muitas crianças no parque. Perrie se encantou com as margaridas, então Zayn se abaixou e pegou um punhado delas, entregando-lhe um delicado buquê e os dois se beijaram pela primeira vez.
- Ali! – Zayn e Jesy disseram ao mesmo tempo.
- Tudo bem, eu vou – Jesy disse.
- Não – Zayn soltou o cinto – Pode deixar comigo – Ele disse, já saltando do carro.
Perrie estava sentada em um dos balanços, de modo que ficava de costas para o carro. Zayn correu até ela.
- Hey – Ele disse, enquanto abaixava-se para nivelar seus olhos. Perrie estava chorando silenciosamente, ela segurava uma garrafa de vodka pela metade. Assim como na noite em que estivera na casa de Zayn, sua maquiagem estava borrada e o rímel escorria pelas bochechas.
- Zayn... – Ela praticamente sussurrou.
- Vem, vamos embora daqui – Zayn a ajudou a levantar e, no trajeto até o carro, ele jogou fora sua garrafa.
Zayn colocou Perrie deitada no banco de trás, onde Jesy já a esperava e depois dirigiu em silêncio até o apartamento das meninas. Quando chegaram, Perrie dormia e Zayn a carregou no colo. As outras meninas não estavam lá, então Jesy lhe deu um banho e a pôs na cama.
- Vou deixar vocês a sós... – Ela disse, saindo do quarto.
Perrie ainda estava um pouco bêbada e estava quase dormindo, mas mesmo assim Zayn sentou-se ao seu lado na cama e pegou sua mão, que estava muito fria.
- Pe... O que você está fazendo? – Zayn perguntou, quase que de maneira retórica. Ele realmente estava preocupado com a garota. Perrie podia ter seus defeitos, mas nunca fora assim tão descuidada consigo mesma. – Você precisa se cuidar mais, senão vai acabar se machucando uma hora dessas.
- Não me importo – Perrie disse. Sua voz podia estar sóbria, mas seus olhos estavam desfocados – Qual o sentido de tudo isso?
- Do que você está falando? – Zayn perguntou e antes que ela pudesse responder, ele a cortou – Você precisa me prometer que vai se cuidar.
- Não sei, Zayn... Eu já não sei de mais nada – Perrie virou parou o outro lado e, ainda com seus dedos entrelaçados no de Zayn, ela adormeceu.
Zayn a observou por alguns instantes. Delicadamente ele puxou sua mão e, antes de sair do quarto, lhe deu um beijo na testa.
- Qualquer coisa que acontecer, me ligue. Por favor – Ele pediu a Jesy, quando encontrou a garota na sala.
- Tudo bem. Obrigada por me ajudar hoje – Jesy agradeceu e o acompanhou até a porta.
Antes que pudesse perceber, Zayn já estava em casa novamente. Ele entrou no quarto sem fazer barulho, pois ainda dormia. Zayn entrou embaixo do edredom, e abraçou a garota por trás. Ele pensou em como seria perdê-la e até conseguiu entender a dor que Perrie estava sentindo.
acordou com uma respiração quente em seu pescoço. Ela virou-se de frente e deu um selinho em Zayn, que ainda dormia. Ele apenas se mexeu e, depois de ficar alguns instantes admirando o garoto deitado a sua frente, outra coisa chamou a atenção de . Ela esticou o braço e pegou o notebook que estava no chão, ao lado da cama.
sabia que não devia, mas antes que pudesse fechar a página, já estava no site daquela revista que comprara há alguns dias. Obviamente havia fotos e noticias dos garotos por todo o site. E foi então que ela viu um novo post. clicou no link e na tela apareceu uma foto de Zayn entrando com Perrie no prédio da garota.
- Então era esse seu problema? – perguntou pro nada, já que Zayn ainda dormia.
Ela se levantou e enquanto se vestia ligou para Klaus ir buscá-la.
- Harry, eu vou te matar! – Liam praticamente rosnava pelo telefone. Harry havia ligado para avisar que ficaria mais uma semana em Nova York, e Liam não estava gostando muito da situação.
- Relaxa, Payne! – Niall disse, pegando o celular do outro – Nós temos tudo sob controle – E saiu da sala para falar com Harry. Liam bufou e saiu pisando duro.
e Danielle riram da cena. Estavam todos reunidos na casa do garoto para o almoço.
- Será que ele está mesmo pegando a Taylor? – Dani perguntou.
- Não sei, mas a deve saber. Já que agora ela não sai mais do twitter...
mostrou a língua, mas disse:
- Uma coisa é certa: logo Harry ganhará uma música. – As outras riram, mas no fundo não queria que o rumor fosse verdade. Não que ainda tivesse algum sentimento por Harry, mas porque apenas preferia quando ele estava solteiro.
Louis chegou com as duas garotas e, aparentemente, ele e Pam estavam em uma conversa animada. continuou na cozinha preparando a salada de macarrão. É claro que ela tinha algumas coisas para perguntar a Louis, mas estava tentando se controlar.
- Niall! – Lottie disse, assim que Niall e Liam voltaram pra cozinha. Ela soou um pouco animada demais, então todos a encararam e ela tentou disfarçar o rubor das bochechas.
- Olá, menininha – Niall disse, indo até a garota – Então você finalmente chegou – Ele sorriu e a abraçou. e se entreolharam e trocaram olhares cúmplices.
- Já está todo mundo aqui, né? Então vamos comer! – Liam disse e foi o que fizeram.
Depois do almoço, todos foram para sala assistir a um filme. Niall e Lottie estavam sentados juntos no tapete, um pouco afastados dos sofás. Liam e Dani estavam deitados no sofá grande e e Zayn estavam no sofá pequeno. estava muito quieta. Ela iria falar com Zayn, mas não ali.
- O que você tem? – Ele perguntou baixinho em seu ouvido, depois lhe beijou a mão.
teve que se esforçar bastante para ignorar o arrepio que sentira quando Zayn falou em seu ouvido.
- Nada, só um pouco cansada. – Ela disse, quando o filme começou.
estava na cozinha e quando voltou para sentar-se ao lado de Louis, viu que Pam já ocupava o puff ao lado do garoto. respirou fundo e tentou pensar que era porque Louis era o único ali que a garota conhecia, já que Lottie estava mais ocupada com Niall.
- Ah, desculpa! – Pam disse – Eu saio daqui pra você sentar com ele – Ela fez menção de se levantar.
- Não precisa, querida – disse sorrindo e sentou no colo de Louis. – Quer sorvete, amor? – Ela perguntou, já colocando uma colher de sorvete de pistache na boca de Louis. O garoto arregalou os olhos e levantou as sobrancelhas. Ela lhe eu um selinho e voltou sua atenção para o filme, não sem antes olhar para Pam e lhe dar um sorrisinho.
*-*-*-*-*-*
- Quer fazer alguma coisa, ou vamos pra casa? – Zayn perguntou, enquanto saia da casa de Liam com .
- Na verdade, eu estou indo pra minha casa.
Zayn franziu o cenho e os dois pararam em frente ao carro dele.
- O que foi?
- Nada. Só não quero te atrapalhar.
- Atrapalhar no quê?
- Caso você precise resolver um probleminha – disse de forma cínica e mostrou no celular a foto que vira de manhã para Zayn.
- Ei, eu ia te contar.
- Sério? Quando? – perguntou, cruzando os braços.
- Hoje! Mas quando eu acordei você não estava mais em casa. Não queria falar pelo telefone.
- Tudo bem, Zayn... – sacudiu a cabeça, guardando o celular no bolso.
- , você não pode acreditar em tudo que lê...
- O problema não é esse, Zayn. O problema é você não me contar as coisas.
- Mas eu ia te falar!
- Tanto faz, boa noite. – não esperou que Zayn respondesse, ela saiu correndo e entrou no carro de Louis.
Quinze minutos depois, Louis parou o carro em frente ao prédio das garotas. se despediu de todos e subiu. e Louis saíram do carro e foram para o hall do prédio.
- Desculpa não dormir com você hoje – Louis disse, abraçando a garota pela cintura.
- Tudo bem, você vai dormir pelo resto da sua vida quando a gente casar – disse com um sorriso enorme e Louis mordeu a pontinha de seu nariz.
- Hã... Eu queria te perguntar uma coisa. Qual é a dessa Pam? – disse o nome da garota fazendo uma careta e Louis riu.
- Eu não sabia que ela vinha. Ela é amiga da Lottie desde sempre.
- Hum. Sei. Só tranca a porta quando você for dormir, tá? – pediu, espalmando as mãos pelo peito de Louis e ficou na ponta dos pés para beijar-lhe os lábios.
- Eu te amo – Ele disseram juntos e ela subiu, enquanto Louis voltava para o carro e ia pra casa.
sabia que devia dormir, afinal no dia seguinte ela acordaria cedo para ir trabalhar. Mas ela não conseguia parar de ler as notícias daquele maldito site. Ela estava devorando as atualizações sobre Zerrie e sobre Haylor, quando o relógio marcava 03:27. Zayn havia lhe mandado uma mensagem algumas horas antes, dizendo boa noite e que a amava. Ela lhe respondeu apenas com uma carinha sorrindo. Quando finalmente conseguiu desligar o notebook, já era quase seis horas da manhã e ela adormeceu lendo a mensagem de Zayn várias vezes.
acordou com seu despertador tocando às sete horas da manhã e se sentindo extremamente cansada. Ela rolou na cama, se embolando no edredom. Então ela sentiu um gosto horrível na boca e saiu correndo para o banheiro.
ouviu os barulhos vindos do quarto de e entrou sem bater na porta.
- , tá tudo bem? – Ela perguntou, mas viu que não estava na cama. foi até o banheiro e encontrou a amiga ajoelhada no chão e vomitando dentro do vaso.
- Ai, ai, ai... – Ela foi até e segurou seus cabelos pra trás.
Quando terminou, ela se levantou e lavou a boca, escovando os dentes logo em seguida.
- O que foi isso? – perguntou, encostando-se no batente da porta.
- Não sei. Deve ter sido sua salada de macarrão.
- Hey! – protestou enquanto ria.
*-*-*-*-*-*
Louis, Niall e Lottie tomavam café na cozinha, quando Pam desceu.
- Bom dia – Ela sorriu e pegou uma tigela de cereal.
- Hey, o Niall vai comprar uma guitarra e me chamou para ir junto – Lottie disse – Quer ir também?
- Na verdade, ainda estou um pouco cansada da viagem – Pam espreguiçou-se – Acho que vou ficar por aqui.
- Tudo bem então – Lottie fez um bico, mas deu de ombros.
- Então vamos – Niall se levantou junto com Lottie.
- Ei – Louis chamou, quando eles já estavam na porta – Cuidado com a minha irmã. Não é só porque eu tenho mais 500 que ela não é especial – Ele fez uma cara de brava e depois riu com os outros.
Louis terminou de comer e depois foi para a sala, onde ligou a televisão e jogou-se no sofá. Instantes depois, Pam chegou. Ela levantou os pés do garoto e sentou, de modo que deixou os pés dele em cima dela.
- Desculpa, eu sento direito – Louis disse e endireitou o corpo.
- Não tem problema, Tommo – Pam riu, dando um tapinha no braço de Louis.
Ele apenas sorriu e continuou zapeando pelos canais da tv a cabo, parando na MTV, onde passava um clipe da banda.
- Adoro as músicas de vocês – Pam disse.
- Obrigado – Louis sorriu.
- Mas você não canta muito, né?
- Como assim?
- Você não tem solo em todas as músicas.
- Ah. É porque, antes de gravarmos, ensaiamos para ver qual timbre fica melhor para cada canção. Mas eu canto, sim. Em todas.
- Só gostaria de ouvir mais vezes a sua voz – Pam sorriu, batendo os cílios algumas vezes – Como antigamente, lembra?
Louis apenas sorriu e voltou sua atenção para a tv.
- Você já pensou em seguir carreira solo? – Pam perguntou, depois de alguns minutos.
- Não.
- Nunca mesmo? Porque eu acho que você se daria muito bem, Louie. Você é lindo, simpático, carismático. E canta muito bem! Sabe que não precisa ficar se escondendo atrás de outras pessoas...
- Pam, eu não estou me escondendo atrás de ninguém. Eu realmente amo a banda e adoro fazer parte dela.
- Tudo bem, só disse o que eu penso...
Louis voltou sua atenção novamente para a televisão.
- Nossa, como está quente aqui... – Pam disse, depois de alguns minutos. Ela tirou sua camiseta larga, ficando apenas com um top que só lhe cobria os seios.
Louis limpou a garganta.
- Vou tomar um banho – Ele disse e passou por ela sem olhar, mas mesmo assim Pam riu.
*-*-*-*-*-*
- Tem certeza que você não quer passar no médico, ? – perguntava pela segunda vez. Já era hora do almoço e sentia-se melhor, era verdade. Só estava cansada.
- Tenho sim, . Só estou cansada, eu não dormi bem...
- E você não vai comer nada?
- Vou pedir alguma coisa.
- Tudo bem. Me liga se precisar. – mandou um beijo no ar e saiu da sala da amiga.
Naquela manhã, enquanto iam para o trabalho, contou o que havia acontecido com ela e Zayn na noite passada. não achava justo a atitude da amiga e, mesmo sabendo que não deveria se meter, ela mandou uma mensagem para Zayn; porque sabia que ele e ainda não haviam se falado. Na mensagem, contou que a garota passara mal e que estava sozinha no escritório.
Isso foi o bastante para Zayn sair de casa. Assim que recebeu a mensagem, ele se arrumou e depois passou em um restaurante e comprou uma comida leve: legumes cozidos e torradas e suco de pêssego.
estava deitada em seu pequeno sofá, ela só conseguiu tomar um pouco de suco de maçã, pois estava com medo de passar mal de novo. Ela estava ignorando os protestos que seu estômago fazia por algo mais sólido.
- Está aberta – Ela disse, quando alguém bateu na porta.
- Vim almoçar com você – Zayn disse, entrando na sala dela.
tirou o braço de cima dos olhos para ver Zayn carregando algumas sacolas. Ele se aproximou dela e lhe deu um selinho.
- Desculpa a comida de doente, mas um passarinho verde me contou que você não estava muito bem... – Zayn deu de ombros, enquanto sentava-se no chão. fez o mesmo.
- Um passarinho verde... Aquela ali está mais pra passarinho listrado. – Eles riram e sentiu seu coração se encher de amor enquanto Zayn desembalava a comida especialmente para ela.
- O que foi? – Ele perguntou, quando percebeu que ela o encarava.
- Você se preocupa comigo.
- É claro. Você é tudo o que eu tenho de mais precioso na minha vida – Zayn sorriu.
engatinhou até ele, desviando da comida e o abraçou.
- Me desculpa por ter sido tão impulsiva ontem. – Ela disse, se aninhando no garoto. – Eu só não consigo entender por que aquela garota não nos deixa em paz...
- Não, me desculpa você. Eu realmente não sabia onde estava me metendo. – Zayn a abraçou mais forte – Mas de uma coisa eu sei, . A Perrie realmente não está bem. Ela precisa de ajuda. Estou pensando em falar com os pais dela sobre isso.
- Nossa – levantou os olhos para ele – É tão sério assim?
- Infelizmente, eu acho que sim. Mas mesmo assim, me desculpa por não ter te contado logo.
- Tudo bem – sorriu e lhe deu um beijo lento e calmo que foi interrompido por seu estômago roncando – Opa! – Eles riram e foram comer.
*-*-*-*-*-*
e Louis iriam almoçar juntos. Assim que saiu do elevador, ela avistou o garoto esperando por ela. Ela sorriu e bateu palminhas, mas sua felicidade logo foi embora quando percebeu que Louis não estava sozinho. Ele se adiantou até ela e a abraçou, falando em seu ouvido:
- Me desculpa mesmo por isso. A Lottie saiu com o Niall e sobrou pra mim.
- Tudo bem, você só vai ter que me recompensar por isso.
- Acho que sei o que fazer – Louis soltou o abraço e piscou para a garota, que riu.
- Onde vamos almoçar? – Pam perguntou, assim que os dois se aproximaram dela.
- Hoje é a inauguração de uma churrascaria brasileira – respondeu sorrindo, reunindo toda a simpatia que conseguiu.
- Ah – Pam fez bico – Eu sou vegetariana.
- Não tem problema, lá tem várias opções para vegetarianos – respondeu, enganchando seu braço no de Louis e saindo do prédio da editora.
- Mas também tem muitas carnes. Só o cheiro... – Pam não terminou a frase, balançando a cabeça.
olhou pra Louis e revirou os olhos.
Por fim, eles comeram em um Baked Potato que havia ali perto. estava puta, Louis sabia. Mas, mesmo assim, estava tentando com muito esforço, ser simpática.
- Hoje à tarde é nosso último dia de gravação – Louis disse, enquanto eles comiam – Depois o resto é com o pessoal da produção. Acho que a gente já pode começar a pensar no casamento – Ele sorriu, pegando a mão de . – Vamos ver umas casas amanhã, o que você acha?
- Acho ótimo! – adorou a ideia, estava muito ansiosa para começar a organizar seu casamento.
- Lembra quando nós brincávamos que iríamos morar na casa da árvore? – Pam se manifestou. olhou para Louis e ele apenas concordou. – E falávamos que iríamos casar embaixo da chuva? – Pam jogou a cabeça pra trás e gargalhou alto – Namoro de criança é tão engraçado... – Ela balançou a cabeça e tomou um pouco de sua Coca Light.
- Namoro de criança? – perguntou, olhando de Pam para Louis, que estava visivelmente desconfortável.
- Ah, nós namoramos há um tempo – Pam disse, com um sorriso enorme no rosto.
- Há muito tempo – Louis enfatizou.
estava quase soltando um “O QUÊ?!” muito alto, mas engoliu em seco.
- Era coisa de criança – Louis disse, dando de ombros.
- Pra mim era sério.
- Pamella, isso foi há muito tempo. E ficamos juntos apenas por uma semana – Louis disse, encarando a garota.
- Sim, mas... E as outras vezes na casa da árvore?
- Tudo bem, chega – Louis pediu, muito sério dessa vez.
Ele se levantou e foi pagar a conta, enquanto as duas garotas o esperavam do lado de fora. Quando voltou, eles caminharam até o prédio da editora em silêncio. Louis tentou entrelaçar seus dedos com os de , mas como ele já suspeitava, ela cruzou os braços.
- Pam, você pode esperar aqui um pouquinho? – disse, entrando no hall do prédio – Preciso mostrar uma coisa pro Louis na minha sala.
- Tudo bem – Pam concordou e foi sentar-se.
Eles entraram no elevador e não falaram nada até entrarem na sala de . Louis sentou-se no sofá, enquanto ela encostava a porta atrás de si.
- Vocês namoraram, Louis – encostou-se em sua mesa. Louis estava sentado na ponta do sofá, os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos juntas – Por que você não me contou?
- Porque foi uma coisa tão besta que eu achei que não tinha importância.
- Obviamente pra ela teve. Tem!
- , a Pam ainda pensa como uma criança... Deixa isso pra lá.
- Você devia ter me contado, Louis.
- Eu sei. – Ele se levantou – Me desculpa, tá? – Louis foi até e apoiou suas mãos na mesa atrás da garota, de modo que ela ficou presa de frente pra ele – Prometo que vou te contar tudo. Qualquer detalhe insignificante.
- Isso, por favor – fez um bico, já o abraçando pelo pescoço – Eu sabia que tinha um motivo pra eu não ter ido com a cara dessa garota...
- E isso não tem nada a ver com o fato de você não gostar de ninguém assim, tão rápido? – Louis riu. Ele encostou sua testa na dela e depois a puxou pela cintura, deixando seu corpo bem colado ao dela.
- Eu gostei de você logo de cara – deu de ombros e sentou-se na mesa, deixando Louis entre suas pernas.
- Isso é porque eu sou irresistível e o amor da sua vida – Louis passou a mão pelo cabelo e ela riu. Ele deixou suas mãos nas coxas dela e a beijou.
apertou as pernas em volta da cintura dele, enquanto deslizava as mãos pelas costas de Louis. Ele passou a beijar seu pescoço e, quando a coisa estava ficando realmente boa, eles foram interrompidos.
- – entrou na sala, sem bater.
- Uau, quanta energia – Zayn riu, vendo o estado dos amigos.
- Droga, Malik – Louis disse, virando-se de frente para eles – Eu estava prestes a estrear essa mesa!
e Zayn riam, enquanto morria de vergonha atrás de Louis.
*-*-*-*-*-*
Assim que Zayn chegou em casa, seu celular começou a tocar. Ele não reconheceu o número que aparecia no visor, mas atendeu mesmo assim.
- Alô?
- Zayn? Sou eu, Jesy.
- Oi! Aconteceu alguma coisa?
- Bom, na verdade não. Ela parece estar bem. Eu só queria te pedir uma coisa.
- Tudo bem. O que é?
- Amanhã eu e as garotas da banda vamos para Essex. Ficaremos lá por umas duas semanas, já que conseguimos esse tempo de folga. Só que a Perrie não quer ir. Como eu disse, ela parece estar bem. Mas mesmo assim, Zayn. Será que você poderia passar aqui? Só para conferir?
Zayn ponderou por alguns instantes. não ia gostar nada disso, ele tinha certeza. Porém, ele também não podia deixar Perrie sozinha.
- Tudo bem, sem problema – Ele decidiu, por fim. Ligaria para assim que Jesy desligasse e contaria. Pronto.
- Muito obrigada! Obrigada mesmo... E desculpa todo o inconveniente. Mas eu acho que talvez ela se sinta melhor, sabendo que você esta por perto.
- Não tem problema, está tudo bem.
Eles se despediram e assim que Jesy desligou, Zayn ligou para e explicou a situação. Obviamente ela não gostou, mas tentou ser compreensiva e entendeu o lado de Zayn.
Na noite seguinte, Zayn estava saindo para se encontrar com , quando lembrou que Perrie já estava sozinha em casa àquelas horas. Ele decidiu passar no apartamento da garota antes de buscar na editora. Não iria demorar.
Zayn tocou a campainha do apartamento de Perrie e esperou por alguns instantes. Como não houve resposta, ele tocou de novo. E mais uma vez depois. Ele achou estranho e tentou a maçaneta. A porta estava aberta, então ele entrou.
- Pe? – Zayn chamou, passando os olhos pela sala e cozinha vazias.
Ele ouviu uma música vindo do andar de cima e subiu atrás do som. A música vinha do quarto de Perrie, que estava com a porta fechada. Mas, assim como a porta da sala, esta também não estava trancada. Zayn entrou no quarto e desligou uma ópera fúnebre que tocava no último volume do som.
- Pe? – Ele chamou. Zayn já estava ficando tenso. Ele foi até a porta do banheiro e deu duas batidinhas. Novamente, nenhuma resposta. Zayn entrou no banheiro e o que viu o fez ficar congelado no lugar por um instante.
Perrie estava na banheira, ele sabia. Porém a água estava num tom intenso de vermelho. No chão, perto da banheira, havia um estilete sujo com o mesmo vermelho da água, várias embalagens de comprimidos e uma garrafa de vodka vazia. Zayn pareceu sair do transe e correu até a banheira.
- Perrie! – Ele gritou, puxando a garota que estava toda submergida na água gelada da banheira, apenas com a cabeça apoiada no encosto. Zayn percebeu que ela estava com cortes muito profundos nos pulsos, por onde o sangue ainda escorria. Ele começou a tremer, mas conseguiu alcançar uma toalha e a enrolou. Zayn pegou o celular no bolso e ligou para a emergência, com medo demais para verificar se ela ainda respirava. Assim que houve uma resposta do outro lado da linha, a atendente perguntou o tipo de emergência. E foi então que Zayn viu. No cantinho do banheiro havia um bilhete. A letra de Perrie estava escrita nele, Zayn reconheceu.
I can’t do this alone.
I just can’t breathe without you.
- Tentativa de suicídio – Zayn disse. Ele passou o endereço para a mulher.
Zayn encostou-se na banheira, ele mantinha Perrie enrolada na toalha e bem junto ao seu corpo. Zayn fechou os olhos e rezou para que ela ficasse bem.
- Zayn. – sussurrou quando encontrou o garoto na sala de espera do hospital.
Zayn correu até ela e a abraçou, sem poder conter suas lágrimas. sentia-se pequena, gostaria de fazer algo para aliviar a dor que o garoto estava sentindo. Eles sentaram-se. Zayn chorava silenciosamente e, enquanto apertava o abraço, sentiu que lágrimas também escorriam por suas bochechas.
Quando finalmente se acalmou, o garoto contou tudo o que havia acontecido para . Ela realmente não fazia idéia de que o estado de Perrie era tão grave, a ponto de tentar o suicídio. Isso a fez sentir-se mal por todas as vezes que desconfiou das boas intenções de Zayn.
- Ela precisa ficar bem... Ela precisa ficar bem – Zayn dizia, seus dedos estavam entrelaçados com os de e, naquele momento, tudo o que ela queria era poder dar essa certeza para Zayn. Ela sabia que, de alguma forma, ele se sentia responsável por tudo isso.
Aproximadamente duas horas depois, uma médica apareceu na sala de espera. Assim que viu a mulher puxar sua máscara, Zayn levantou-se.
- Como ela está? – Ele perguntou.
- Estável – A médica disse e sentiu que Zayn relaxava. Ele apertou ligeiramente a mão dela – Porém, ela perdeu muito sangue, tivemos que fazer uma transfusão. E também uma lavagem estomacal para retirar todos os resíduos nocivos que ela ingeriu.
- Mas ela vai ficar bem, não vai? – Zayn perguntou, mal contendo a ansiedade na voz.
- Sim, ela vai ficar bem. Agora ela está em observação mas, daqui meia hora vocês podem entrar para vê-la. Com licença. – A médica ofereceu um sorriso sincero e saiu.
Zayn sentou-se novamente, ele apoiou os cotovelos nos joelhos e passou as mãos pelo rosto. agachou-se em frente a ele.
- Fica calmo, amor. Ela já está fora de perigo – disse, enquanto acariciava sua mão.
Zayn sorriu. Ele se aproximou e lhe beijou a testa.
- O que eu faria sem você? – Ele disse e seus olhos ficaram marejados – Me desculpa por te fazer passar por tanta merda, .
- Ei, para com isso. – Ela levantou e sentou-se no colo dele, abraçando-o pelo pescoço – Eu vou passar por qualquer situação com você.
- Eu te amo tanto...- Ele disse baixinho, apertando seus braços em volta da cintura dela.
Eles ficaram em silêncio algum tempo. Apenas sentindo o calor reconfortante do corpo um do outro. tinha a bochecha encostada na testa de Zayn e ele deslizava a mão pelas costas da garota.
- Eu tentei avisar aos pais dela – Ele disse e se afastou para encará-lo – Mas eles estão fora do país. Estão na Suíça. O que eu faço? – Zayn mordeu o lábio.
- Eles precisam saber. Tenta ligar de novo – aconselhou e foi isso o que Zayn fez. E enquanto ele se afastava para tentar falar com o pai de Perrie, ligou para e contou o ocorrido.
Quando Zayn voltou, ele parecia mais tranqüilo.
- Consegui – Ele disse, guardando o telefone no bolso – Eles voltarão ainda hoje – Zayn respirou fundo e pegou sua mão.
*-*-*-*-*-*
estava realmente impressionada com o conteúdo da ligação de . Nunca tivera muita simpatia por Perrie mas, obviamente, nunca desejou algo tão ruim para a garota. Ela andava distraída pela calçada, enquanto guardava o celular na bolsa, quando sentiu alguém se aproximar. deu um pulo para trás quando percebeu que o homem estava tão perto dela.
- Desculpe-me, eu não tive a intenção de assustá-la – O homem disse e apenas balançou a cabeça e continuou seu caminho. – Ahn, com licença – Ela ouviu o homem dizer – Com licença! – Ele se adiantou alguns passos e se aproximou novamente da garota – Você é ? – Ele perguntou e pela primeira vez ela deu uma boa olhada no sujeito à sua frente: ele era alto e robusto, parcialmente careca e com olhos muito claros. Vagamente familiar, mas ela não conseguia se lembrar de onde.
- Quem é você? – perguntou, apertando o casaco contra o corpo, quando uma rajada de vento passou.
- Troy Austin, seu futuro sogro – O homem sorriu.
E então se lembrou. Aquele homem era o pai biológico de Louis.
- Desculpa, mas o meu futuro sogro é o Mark – Ela disse e assim que as palavras saíram de sua boca, pensou se não devia ser mais simpática com o homem. Não, ela não devia. Assim que concluiu isso, manteve a pose e até empinou o nariz.
- Desculpe, pensei que pudéssemos apenas nos conhecer.
- Pensou errado – disse e continuou seu caminho. E mais uma vez ela se perguntou se não estava sendo grossa demais. Talvez o homem só estivesse querendo ser simpático. – Olha, me desculpa. Mas é muito estranho você aparecer do nada e me abordar na rua.
- Sim, sim. Eu concordo. Mas eu estava passando e a vi sair do prédio. Desculpe meus modos.
- Hum... Certo. Ok. – estava prestes a se virar novamente, quando Troy falou.
- Será que podemos tomar um chá amanhã? – Ele parecia um tanto ansioso, para não dizer temeroso, quanto a resposta dela – Sei que parece estranho. Mas estou tentando me reaproximar do Louis e, agora que você vai entrar para a família... – Troy deu de ombros.
ponderou por alguns instantes. Sim, ela não gostava daquele homem pelo simples fato de ele ser um péssimo pai. Mas, talvez, ele realmente estivesse sendo sincero e queria apenas se aproximar do filho.
- Tudo bem. Um chá amanhã. Às cinco, na Casa do Chá.
- Estarei lá – Troy sorriu e virou-se, apertando o passo.
*-*-*-*-*-*
e Zayn estavam no quarto de Perrie. A garota estava muito pálida e embaixo de seus olhos haviam olheiras fundas e arroxeadas. Seus pulsos estavam enfaixados. Em uma das veias ela terminava sua última bolsa de sangue e na outra o soro pingava lentamente. estava assustada com a situação de Perrie. Não sabia como se sentir em relação a tudo aquilo. Aquilo não envolvia apenas Zayn, mas ela também. Não queria que Zayn se sentisse culpado, mas não sabia como ajudá-lo.
Zayn apertava a mão de , lutando contra os tremores que teimavam em açoitar seu corpo. Ele mordeu o lábio com força para as lágrimas não voltarem e, por um instante, se viu prestando atenção à respiração de Perrie só para ter certeza de que a garota estava viva.
- Droga... Eu sinto como se fosse eu quem tivesse feito isso com ela... – Zayn disse baixinho.
- Zayn, para. – disse, tentando manter a voz firme, mas estava quase chorando – Você mais do que qualquer um não queria que isso acontecesse. Você sempre se preocupou com ela. Tanto e eu achando que fosse outra coisa... – respirou fundo. Ela olhou para cima para impedir as lágrimas de caírem e então continuou – Ela está com um problema, Zayn. E isso não é culpa sua. O que você pode fazer agora é ajudá-la a entender que ela precisa de tratamento. Nada disso é culpa sua. Ela vai melhorar.
Zayn olhava para e para ele foi impossível não deixar uma lágrima cair. Então, ele delicadamente, pegou a mão de Perrie e disse:
- Você ouviu, Pe? Você vai melhorar. Você tem que melhorar. Você precisa brilhar muito ainda, as pessoas precisam ouvir a sua voz. Por favor, você precisa cantar de novo... – Zayn acariciou a mão de Perrie e olhou para .
- Ela vai ficar bem – disse, encostando-se em Zayn. – Nós vamos ficar bem, foi o que ela pensou.
Porque, naquele momento, ela soube que poderia confiar sua vida à Zayn. Ela quase pôde ver a alma do garoto ali, e ele era tão lindo. Não só por fora, mas por dentro também. Capaz de se preocupar com os outros de um jeito que ela não tinha certeza de que as pessoas podiam se importar. E não havia nada além daquilo. E ela percebeu que o coração dele era lindo e puro e o amor que sentia por Zayn apenas multiplicou por mil.
*-*-*-*-*-*
Zayn estava sentado em uma poltrona ao lado da cama de Perrie. havia ido até a lanchonete do hospital e Zayn estava quase dormindo, quando a voz de Perrie o despertou por completo.
- Zayn – Ela o chamou quase que num sussurro.
- Perrie! – Ele deu um pulo da poltrona e se aproximou dela na cama.
A garota piscou e engoliu em seco algumas vezes, fechando os olhos logo em seguida. Ela abriu os olhos, ainda um pouco desfocados e antes que Zayn pudesse falar qualquer coisa, Perrie começou a chorar.
- Ei! O que foi? Por que você tá chorando? Vai ficar tudo bem, eu juro. – Zayn dizia passando a mão pelo cabelo dela.
- D-desculpa por isso – Perrie soluçou – Eu não sei onde estava com a cabeça. Eu só queria chamar a sua atenção... Eu não sei. Zayn, me desculpa.
- Você não precisa me pedir desculpas. Você só tem que prometer que nunca, nunca mais vai fazer algo do tipo novamente.
Perrie sacudiu a cabeça, em concordância.
Logo que voltou da lanchonete, os pais de Perrie chegaram. Eles conversaram com Zayn por um tempo. O pai de Perrie estava com a cara fechada, já a mãe não parava de chorar silenciosamente. Perrie adormeceu novamente e, finalmente, Zayn e foram para a casa dela.
- Você tá bem? – perguntou, apoiando-se nos cotovelos ao lado de Zayn, que estava deitado com as mãos atrás da cabeça, ele fitava o teto, mas voltou sua atenção para a garota.
- Sim – Ele deu um sorriso fraco – Só um pouco preocupado. Não sei se ela vai querer ir para a reabilitação...
pôs a mão no rosto de Zayn e lhe deu um beijinho nos lábios.
- Você é a pessoa mais linda que eu conheço, sabia?
- É você quem me faz ser um cara melhor – Zayn puxou para seus braços e os dois adormeceram com um verdadeiro sentimento de segurança.
*-*-*-*-*-*
- Bom dia! – Harry disse, puxando o edredom de Louis e e deitou entre os dois.
- VOCÊ VOLTOU! – Louis gritou e pulou em cima de Harry.
- Ahn... – enrolou-se no edredom e tentou fingir que não existia, o que não deu muito certo já que Louis e Harry começaram a fazer cócegas na garota.
Os três desceram para a sala e logo Niall, Lottie e Pam juntaram-se a eles. Os garotos enchiam Harry de perguntas sobre a premiação de Nova York e, é claro, babavam na pequena estatueta dourada.
- É verdade que você tá namorando a Taylor Swift? – Pam perguntou. Os outros ficaram em silêncio e Harry riu.
- Nós nos divertimos – Harry sorriu e mudou de assunto.
ligou a televisão e estava em um daqueles canais de venda de imóveis. Foi então que ela lembrou que tinham um casamento a organizar.
- Louis – Ela o chamou e apontou o controle para a tv.
- Ah, sim! A e eu vamos ver algumas casas hoje.
- Vocês já decidiram a data? – Niall perguntou – O lugar do casamento? Os padrinhos? Não quero influenciar em nada, mas conheço um loiro de olhos azuis e irlandês que ficaria lindo no altar com vocês... – Niall deu de ombros e todos riram.
- Ainda não decidimos nada – fez um bico – Mas gostei dessa idéia de ter um irlandês como padrinho – Ela piscou para Niall e o garoto lhe mandou um beijo no ar.
- Posso ver as casas com vocês? – Harry perguntou.
- Claro – e Louis responderam juntos. Pam ia abrir a boca pra falar alguma coisa, mas Lottie percebeu e interrompeu a amiga.
- E nós vamos até Cambridge hoje. Certo, Pam? – Lottie perguntou, entrelaçando seu braço com o da amiga – Quem sabe não fazemos nossas inscrições para as provas? – E sem deixar a amiga responder, Lottie a arrastou escada acima.
riu e teve certeza de que já adorava a cunhada.
*-*-*-*-*-*
e Zayn estavam no hospital novamente. Perrie já estava de alta, mas sua mãe ligara para Zayn dizendo que a garota queria conversar com ele.
- Você não vai entrar? – Zayn perguntou, quando chegaram à porta do quarto.
- Não – sorriu – É melhor vocês terem essa conversa sozinhos. Vou te esperar, ok?
- Amo você – Zayn deu um beijo na testa da namorada e entrou no quarto.
suspirou baixinho soltando os braços ao lado do corpo e voltou para a sala de espera.
Perrie estava sentada na cama, penteando os cabelos. Sua aparência estava um pouco melhor, porém as olheiras estavam visíveis ainda e seus pulsos estavam enfaixados. Ela não usava maquiagem, o que só realçava seus olhos azuis. Seu cabelo estava preso e ela usava um simples vestido rosa.
- Olá – Zayn sorriu e sentou-se ao lado dela.
- Oi – Ela retribuiu o sorriso e deixou a escova de lado.
- Como você tá se sentindo?
- Cansada – Perrie sorriu – Mas bem melhor – Ela deu de ombros – Obrigada por vir, eu queria mesmo falar com você.
- Sim. O que foi?
- Bom... – Perrie levantou-se da cama e começou a andar de um lado para o outro – Eu queria te pedir desculpas. Por tudo – Ela parou na frente de Zayn – Sei que ultrapassei todos os limites. E você não merecia isso. Nem você e nem a . Eu demorei muito para entender, mas... Eu preciso seguir em frente, certo? – Ela deu um sorriso fraco – Então, eu decidi ir para a reabilitação.
- Sério? – Zayn perguntou, desencostando-se da cama – Você tem certeza?
- Tenho. Tenho. Acho que vai ser bom pra mim dar um tempo de tudo. Principalmente das loucuras dos últimos meses. E eu sei que pode parecer egoísta ou arrogante te pedir isso agora, mas eu queria que você não fosse me visitar quando eu estivesse lá – Zayn olhou bem para a garota. Perrie tinha os dedos entrelaçados e seus olhos estavam marejados – E não me ligue também. Pode parecer ridículo, mas acho que vai ser melhor assim.
- Tudo bem. Você tá certa, eu te entendo. Você vai se recuperar logo.
- Zayn. Obrigada por ter aparecido na hora certa. – Perrie sorriu e deixou as lágrimas escorrerem por seu rosto limpo.
- Tá tudo bem – Zayn aproximou-se e abraçou a garota, passando a mão por seus cabelos.
Eles ficaram assim por um tempo, até que Perrie se afastou e riu, enxugando as lágrimas.
Enquanto esperava, o estomago de começou a roncar. A lanchonete ficava um pouco longe, então ela resolveu pegar um chocolate na máquina que havia no corredor. comprou um Kit Kat e comeu como se nunca tivesse comido um chocolate antes. Quando Zayn voltou, a garota estava lambendo os dedos.
- Tudo isso é fome? – Ele perguntou rindo.
- Sim! – concordou. – Como foi lá dentro?
Zayn suspirou e colocou o braço em volta do ombro dela, enquanto saiam do hospital ele lhe contou toda a conversa. No fundo, ficou aliviada por saber que Perrie estaria longe. Mas não só por isso. Sabia que essa distância seria boa para todos eles. Quando Zayn parou em um farol vermelho, viu que há alguns metros havia um restaurante italiano. Mais uma vez seu estomago roncou e ela pôs a mão na barriga.
- Vamos almoçar ali? – Ela apontou para o restaurante, já sentindo sua boca encher de saliva.
- Sim, pode ser – Zayn disse, entrando na rua do restaurante e assim que ele estacionou, saltou do carro e foi logo encontrar uma mesa para os dois.
*-*-*-*-*-*
, Louis e Harry já tinham passado por três apartamentos e duas casas. Mas nada agradava nenhum deles. Eles não estavam muito longe do centro, o bairro era bem agradável e parecia ser totalmente residencial. As árvores em ambos os lados da calçada estavam quase mudando a cor de suas folhas, já que o outono se aproximava.
Harry estava quase virando o carro para entrar em outra rua, quando deu um grito.
- Não vira!
- Ai, meu Deus! – Harry gritou também, metendo o pé no freio. – O que foi, sua desajustada?!
- Styles, eu vou ignorar o elogio porque eu realmente estou com saudade de você.
- Eu sei, você me ama... – Harry piscou pra ela e riu.
- O que foi, amor? – Louis perguntou.
- Olha que bonitinha aquela casa ali – apontou para uma casa no meio da rua. A casa era amarela e quadrada.
- Parece o Bob Esponja – Louis disse, quando Harry estacionou o carro em frente à casa.
- Tão bonitinha – disse, enquanto saltava do carro com os outros dois.
Um corretor veio até eles e os conduziu até o interior da casa. Ao lado esquerdo ficava a espaçosa sala de estar e do lado direito a sala de jantar, seguida da cozinha que tinha uma bancada no meio. No andar de cima, havia quatro quartos. Todos com suíte sendo que a principal tinha uma linda varanda com vista para a piscina, parcialmente coberta. No terceiro andar havia um amplo espaço para ser usado de acordo com o gosto do proprietário.
- É tão linda – suspirou, descendo as escadas até o hall.
- E o preço está ótimo! – O corretor disse.
- Quanto? – Harry perguntou e o homem escreveu o preço em sua prancheta. se esticou para ver.
- Porra! – Ela disse, logo tapando os lábios com a mão. – Tudo bem, obrigada – Ela sorriu para o homem e puxou os garotos para fora.
- Você não gostou? – Louis perguntou.
- Eu amei! – disse, encostando-se no carro de Harry – Mas eu não posso pagar por isso.
- Você não tem que pagar, – Louis disse.
- Mesmo que a gente divida, eu não tenho tanta grana assim.
- Mas você não precisa se preocupar com isso – Louis disse, chacoalhando a garota pelos ombros.
- Não. Pode parar. A gente ainda vai encontrar uma casa legal – disse e entrou no carro.
Harry olhou para Louis e balançou a cabeça, rindo.
*-*-*-*-*-*
e estavam em casa. Os garotos estavam em uma reunião no escritório da gravadora. Eles iam começar a preparar o novo show da turnê, incluindo o show de lançamento do CD, que seria dali duas semanas.
estava terminando de se arrumar para seu encontro com Troy e estava sentada na cama da amiga.
- Você não contou pro Louis, né? – perguntou, procurando algum esmalte legal na caixinha de unhas.
- Não... – suspirou – Eu até perguntei se ele ia convidá-lo para o casamento. Mas ele só riu e mudou de assunto. Acho que isso foi um não.
- Você deveria ter contado, .
- Eu sei. Eu sei – virou-se para a amiga – E eu vou contar hoje. Só quero saber qual é a desse cara...
- Ele é um babaca – disse, escolhendo um esmalte roxo por fim.
- Irei confirmar isso. – mandou um beijo no ar para a amiga e saiu de casa.
Meia hora depois ela estava entrando na Casa do Chá. Troy já estava lá. Ele se levantou e sorriu quando a garota se aproximou.
- Boa tarde – Ele disse. sorriu e sentou-se na cadeira de frente para ele.
- Olá.
- Obrigado por vir.
- Eu costumo manter minha palavra – sorriu ironicamente e Troy limpou a garganta.
- Então... – Ele disse, depois que a garçonete lhes serviu chá de amora – Como você e o Louis se conheceram?
- Há quase quatro anos, quando eu vim pra cá pela primeira vez.
- Ah, sim. E de onde você é?
- Pode parar de fingir que você já não leu a minha ficha na Internet.
- Ahn – Troy remexeu-se na cadeira, visivelmente desconfortável. – Tudo bem... – Ele deu um gole em seu chá, enquanto comia um biscoitinho.
- Olha só. Eu até entendo que, às vezes, um casamento não dá certo. Mas um filho... Isso é pra sempre! – quebrou o biscoitinho entre seus dedos – Você só tinha que aparecer de vez em quando, sabe? O Louis era só uma criança...
- Eu sei disso! Mas as coisas ficaram difíceis com a distância.
- Não, isso não é desculpa.
- Bom, mas o que interessa é que agora eu estou tentando me redimir.
- Pois é... Por que só agora?
- O que você quer dizer?
- Bom, isso é um pouco estranho. Agora o Louis é famoso. Ele paga as contas, não é? – deu um gole em seu chá e viu Troy estreitando os olhos para ela – Mas existem muitas coisas sobre ele que você não sabe. Por exemplo: ele é uma ótima pessoa e com certeza toda a dignidade e honestidade que ele possui não tem nada a ver com você.
- Acho que você não tem o direito de querer me ensinar sobre o meu filho.
- Ele não é seu filho. Ele pode ter o seu sangue, mas o amor dele você não tem.
Troy encostou-se na cadeira. Ele cruzou os braços e deu uma risadinha. E foi então que percebeu que, três mesas à frente, havia uma mulher com uma câmera.
- Você é ridículo – Ela balançou a cabeça – Queria que eu fizesse um escândalo pra você conseguir publicidade com isso.
- Sabe o que dizem na Internet – Troy apoiou os cotovelos na mesa – Que você tem fama de esquentadinha.
mordeu o lábio e respirou fundo.
- Foi ótimo eu ter vindo aqui. Agora tenho certeza de que você é um lixo – Ela se levantou, mas Troy segurou seu pulso.
- Eu ainda não acabei – A vontade de era soltar o braço e jogar o chá quente na cara daquele homenzinho. Mas ela não podia, tinha que manter as aparências. Então sentou-se de novo.
- Você não contou para ele que está aqui.
- Isso não é da sua conta – disse, puxando seu braço.
- Não, você não contou. Ele já teria falado alguma coisa. O Louis não consegue ficar quieto e, pelo o que eu sei, ele não posta nada no twitter há uns dois dias – Troy balançou o iPhone e sorriu. – E, a menos que você queira aquelas fotos na Internet, é melhor prestar atenção no que vou dizer.
- Você é louco – disse.
- Você sabe que eu tenho direito a tudo o que Louis tem, certo? Afinal, eu sou o pai e você é a noiva estrangeira...
- Vai pro inferno – disse. Ela se levantou e passou por Troy. Quando passou pela mesa onde estava a mulher com a câmera, teve vontade de jogar o aparelho dentro do bule de chá.
A garota já estava quase há um quarteirão de distância da Casa do Chá, quando Troy a alcançou e segurou em seu braço com bastante força.
- Me larga! – disse, sentindo seus olhos ficarem marejados.
- Fica longe do dinheiro do meu filho – Troy disse entre dentes – E a propósito, as fotos do nosso chá darão uma ótima matéria de capa – Ele riu e soltou o braço dela com força, virando na esquina logo em seguida. ainda ficou parada por alguns instantes, massageando o braço dolorido e tentando entender a mente louca daquele homem.
*-*-*-*-*-*
estava assistindo The Vampire Diaries e se deliciando com seu terceiro Kit Kat. Ela levantou e foi até a cozinha pegar um copo d’água, quando sentiu uma tontura. apoiou-se na bancada da cozinha e tomou a água de olhos fechados. Quando abriu, estava um pouco melhor. Ela voltou para a sala e terminou seu chocolate, ainda sentindo-se um pouco tonta. deitou pra ver se melhorava, mas foi o gosto ruim em sua boca que a fez sair correndo para o banheiro e botar pra fora todo o chocolate que comera.
- Okay... – Ela disse sozinha, enquanto passava uma toalha no rosto, depois de ter escovado os dentes – Vamos dar um tempo com os Kit Kats...
estava voltando para sala, quando Zayn entrou no apartamento. Ele sorriu quando viu a garota.
- Ei, linda – Ele a chamou – Tenho uma surpresa pra você – Zayn disse e percebeu que ele escondia algo nas costas.
- Sério?! O que? – Ela foi até ele com os olhos brilhando.
- Isso! – Zayn mostrou uma caixa com mais ou menos 20 Kit Kats.
- Ah, não... – disse e tapou a boca com as mãos.
- O quê? Você não é viciada nesse chocolate?
- Sim... Sim, eu sou, mas... Merda – Ela voltou pro banheiro e só teve tempo de trancar a porta pra Zayn não visse.
- ? O que foi? Você ta passando mal?
Zayn esperou do lado de fora do banheiro, enquanto escovava seus dentes três vezes.
- Só vamos dar um tempo com os Kit Kats, ta? – Ela pediu, abrindo a porta.
- Você comeu demais, né? – Zayn perguntou, vendo as embalagens vazia no sofá.
- Sim – fez bico e ele a abraçou.
- Tudo bem, vamos esquecer os Kit Kats.
Mais tarde naquela noite, e Zayn estavam deitados na cama. Ele estava sem camisa e ela massageava suas costas. Zayn falava algo sobre a próxima turnê, mas estava muito difícil pra prestar atenção às palavras do garoto: suas costas estavam extremamente convidativas.
deu um beijo na nuca de Zayn e viu quando o garoto se arrepiou. Ele continuou a falar, mas parou quando percebeu que os beijos dela estavam descendo.
Zayn virou-se de barriga pra cima, segurando a garota pela cintura. Ela riu e recomeçou seus beijos lentos: a testa, o nariz, o queixo, o pescoço ela mordeu de leve e se arrepiou quando Zayn soltou um gemido baixinho. Com um movimento rápido e preciso, Zayn inverteu a posição, ficando por cima dela. Ele deslizava lentamente sua mão pela perna dela, quando entrelaçou a perna da garota em volta da sua cintura, deixando seus corpos realmente muito próximos. entrelaçou seus dedos no cabelo de Zayn e o puxou para um beijo, enquanto ele apertava a perna dela. Zayn quebrou o beijo apenas para tirar a blusa de alcinhas que ela vestia. Ele deslizou seus lábios pelo queixo dela até chegar ao pescoço, onde, inevitavelmente, fez pequenas marquinhas. Ela puxou o cabelo dele com certa força e Zayn deixou sua testa colada na dela, enquanto ia abaixando lentamente o short que ela vestia.
- Eu amo você, sabia? – Ele sussurrou, com os lábios colados aos dela, enquanto ela deslizava as mãos pelos braços dele, sentindo todo o calor que ele emanava só pra ela.
E as sensações que eles experimentaram depois só podiam ser descritas com uma única palavra: amor.
estava tomando banho no banheiro de Louis, quando o garoto chegou da reunião.
- Querida, cheguei – Louis disse do quarto e riu.
- Já vou sair.
Ela estava de olhos fechados enquanto tirava a espuma do shampoo do cabelo, quando sentiu mãos envolverem seu corpo. O arrepio foi instantâneo. Louis tirou o cabeço dela do pescoço e beijou lentamente a pele molhada, dando leves mordidas. fechou os olhos e mordeu o lábio, enquanto sentia o box do banheiro ficar muito quente, mas não por causa da água. Ela grudou seu corpo no de Louis, arranhando o pescoço dele bem de leve.
- Tava com saudade – Louis disse no ouvido dela, enquanto a água quente escorria entre os dois.
- Eu também – Ela virou-se para ele e lhe mordeu o queixo.
Louis sorriu e estava quase beijando-a quando parou no meio do caminho.
- O que é isso? – Ele perguntou, olhando para o braço direito dela.
- O quê? – olhou também e viu que seu braço estava roxo. Foi então que ela lembrou do apertão que Troy lhe dera.
Louis levantou a mão para tocar o roxo no braço dela, mas se afastou e ficou de costas novamente.
- Ahn. Não é nada... Eu devo ter batido em algum lugar.
- . O que é isso?
- Nada, já falei.
- – Louis disse mais sério dessa vez.
desligou o chuveiro e saiu do box, enrolando-se em uma toalha. Louis fez o mesmo e os dois foram para o quarto. sabia que uma hora teria que contar para Louis, só estava com medo da reação dele.
- Eu preciso te contar uma coisa... – Ela disse, encostando-se no guarda-roupa, enquanto Louis sentava-se na beirada da cama – Ontem o seu pai veio me procurar – Louis levantou a sobrancelha em sinal de desentendimento – O Troy, Louis. Ele veio falar comigo.
- O quê? Como assim?
- Eu tava saindo da editora e aí ele apareceu – contou a história toda e Louis ouvia atentamente – E hoje nós fomos tomar um chá.
- Por quê? , você não – Louis não terminou a frase. Ele levantou-se e se aproximou dela, olhando de seu rosto para a marca roxa – Foi ele quem fez isso?
- Me deixa terminar de contar.
- Foi ele, não é? – Louis passou as mãos pelos cabelos molhados – Eu não acredito nisso! – Ele soltou um palavrão.
- Calma, não foi nada demais.
- Nada demais?! , você tá com um hematoma no braço! Esse palhaço pode ser preso por isso.
- Louis, é do seu pai que a gente tá falando...
- Ele não é meu pai – Louis disse – Sério, eu podia muito bem denunciá-lo.
- Você não vai fazer isso. Porque é exatamente isso o que ele quer. Ele acha que eu vou casar contigo por causa do seu dinheiro.
- Ele disse isso? – Louis perguntou, soltando um riso de descrença e ela concordou – É claro que ele acha... Ele tá com medo de não conseguir nada...
- Desculpa – aproximou-se dele e o abraçou pelo pescoço. Ela podia ver e sentir a tensão de Louis – Eu não sabia que ia dar dão errado assim. Eu realmente pensei que ele só quisesse mesmo se reaproximar de você.
- Não, não é o que ele quer... – Louis balançou a cabeça, mas abraçou a garota pela cintura. Delicadamente, ele passou seus dedos pela marca roxa no braço dela e depois deu um beijo ali – Ele não vai mais chegar perto de você.
*-*-*-*-*-*
Na manhã seguinte, mais uma vez acordou passando mal. Ela escovava os dentes pela terceira vez, quando Zayn bateu na porta.
- Você está vomitando de novo? – Ele disse e tentou abrir a porta, mas estava trancada.
- Eu devo estar com intoxicação alimentar – disse abrindo a porta e deitando-se de novo.
- Vamos ao médico.
- Não... – escondeu o rosto embaixo do travesseiro
- Vamos sim. Não é normal uma pessoa vomitar tanto assim.
Então, duas horas depois os dois estavam no consultório médico. contara à doutora sobre seu incidente com os alimentos ultimamente, principalmente com os Kit Kats e a médica lhe pediu um exame de sangue.
- Tudo bem, vamos ver o que diz aqui – A médica, uma senhora de uns 40 anos, ajeitou seus óculos de armação grossa e abriu o envelope com o resultado do exame de – Uhum, certo.
- O que ela tem? – Zayn perguntou.
- Um bebê – A médica olhou para eles e sorriu.
- Oi? – e Zayn disseram juntos.
- Ops. Vocês não sabiam?
- Não. – Zayn balançava a cabeça fervorosamente.
- Então, meus parabéns. Ela está grávida. – Mais uma vez a médica sorriu.
- PORRA! – gritou. Ela levantou da cadeira tão rápido que o móvel até caiu no chão. Zayn olhava pra ela, mordendo a unha.
- Você tem certeza? – Ele perguntou pra médica, que revirou os olhos.
- É claro que eu tenho.
- Ai, meu Deus. – pegou a bolsa e saiu do consultório.
- Ahn. Obrigado. Eu acho... – Zayn disse sem muita certeza e foi atrás da garota.
Ele teve de correr para alcançá-la. Zayn a chamava, mas ela não respondia.
- Ei! – Ele correu e parou na frente dela, segurando a pelos ombros. – Por que você tá assim?
- Por que eu tô assim?! – praticamente gritou – Olha o que você fez comigo!
- Eu?!
- É claro que foi você! Ou você acha que foi quem? O Harry?
Zayn deu um passo para trás. Nunca tinha visto a namorada tão histérica assim.
- Não, claro que não. Não foi isso que eu quis dizer.
- Zayn Malik, tem uma pessoa dentro de mim! – disse, apontando pra barriga.
- Para de gritar! – Zayn gritou, voltando a segurá-la pelos ombros. Algumas pessoas que passavam por ali olhavam para os dois tentando entender – Vem, vamos pra casa.
- Não – cruzou os braços, se desvencilhando de Zayn e saiu na direção oposta. Ela fez sinal para um táxi e o carro parou.
- ! – Zayn a chamou pelo nome completo e ela teve que segurar o riso: era muito engraçado por causa de seu sotaque britânico.
- Eu só não quero falar com você agora – E dito isso ela entrou no carro.
Vinte minutos depois, estava entrando em seu apartamento. Ela bateu a porta com força e bufou, mas se assustou quando virou-se e se deparou com , Danielle, Eleanor, Lottie e Pam.
- Onde você estava? – perguntou.
- Ahn... No hospital – disse, apontando o polegar pra porta.
- Eu te liguei trocentas vezes – disse fazendo bico – O que você tem?
- Nada, tá tudo bem. Só fui fazer um exame – É óbvio que sabia que a amiga não engoliria aquela desculpa. Ela iria conversar com mais tarde, quando estivessem sozinhas. Não que não se sentisse confortável com as outras meninas, é só que aquele era um assunto muito, muito particular. Ela agradeceu mentalmente quando pareceu entender e mudou de assunto.
- Tudo bem. Só por isso eu vou desconsiderar o fato de que você esqueceu completamente que eu tinha combinado com vocês... – disse dando de ombros e bateu a mão na testa: realmente havia esquecido.
- Desculpa, – Ela fez bico e sentou-se no sofá ao lado de Eleanor.
- Okay! – se endireitou no sofá - Acho que vocês já sabem qual é o meu comunicado. Mas, sim... Gosto de um drama – Ela deu de ombros e as meninas riram – Meninas – entrelaçou os dedos e olhou para cada uma delas, batendo os cílios lentamente – Eu gostaria que vocês fossem minhas madrinhas.
- Sério?! – Eleanor disse um pouco alto demais, mas logo tapou a boca com as mãos.
- Claro que sim! – riu – A Dani e o Liam. A Eleanor e o Zayn, a com o Harry e a Lottie com o Niall. Tudo bem pra vocês?
- Pra mim tá ótimo – Dani disse – Ouvi dizer que esse tal de Liam é um pedaço de mal caminho...
- Ah, com certeza ele é... – disse em meio as risadas das meninas, mas quando entenderam o que ela dissera, as três pararam de rir só pra começar a rir da cara dela depois.
*-*-*-*-*-*
Zayn estava na mesma situação. Ele chegou atrasado à casa da banda, onde Louis iria comunicar algo. Ele largou-se no sofá e passou as mãos pelo rosto.
- Onde você estava? – Louis perguntou.
- No hospital com a .
- Aconteceu alguma coisa? – Harry perguntou.
- Sim... – Zayn suspirou e contou a história toda.
Ao final de seu relato, todos os garotos estavam sem reação.
- Puta que pariu... – Niall disse, depois de um tempo. Liam apoiou o queixo na mão e balançou a cabeça.
- E o que você vai fazer? – Harry perguntou.
- Eu não sei... Ela não quer falar comigo – Zayn disse, afundando no sofá.
- Desculpa. Mas isso é hilário, cara... – Louis disse – Ela não quer falar contigo! Normalmente acontece ao contrário. - Os meninos começaram a rir. Até mesmo Zayn riu um pouco.
- Relaxa – Liam disse, dando uns tapinhas no ombro do amigo – Vai dar tudo certo.
- E o que você tinha pra nos falar, Tommo? – Niall perguntou.
- Ah, sim! – Louis limpou a garganta – Tô precisando de alguns padrinhos pro meu casamento. Alguém se habilita?
- Depende de quem vai ser minha companhia...- Harry disse fazendo uma cara pseudo esnobe e Louis jogou uma almofada nele.
- O Liam vai com a Dani. O Niall com a Lottie. Zayn com a Eleanor e você, meu querido cupcake... Vai com a grávida.
- Ei – Zayn o repreendeu.
- Desculpa. Mas esse é o atual estado dela, não?
Zayn revirou os olhos e, mais uma vez, afundou no sofá.
Mais tarde, quando as outras garotas já tinham ido embora, puxou para o sofá e as duas sentaram-se.
- Okay. Me conta o que tá acontecendo.
respirou fundo. Não havia outro jeito de falar aquilo. Então, ela foi direta:
- , eu tô grávida.
arregalou os olhos.
- AIMEUJESUSCRISTO – Ela disse, em português. tapou a boca com as mãos e ficava olhando da barriga para o rosto da amiga.
- Para, assim você não tá me ajudando – disse fazendo um bico e, mesmo sem querer, começou a chorar.
- Não chora, não chora, não chora – disse, mas foi em vão já que ela própria começou a chorar.
As duas se abraçaram e por um tempo ficaram apenas em silêncio. deixou que chorasse tudo o que precisava. Quando a amiga parou, disse, em um tom divertido:
- Você sabe quem é o pai?
riu junto com a outra.
- É claro que eu sei – Ela fungou e se afastou, limpando algumas poucas lágrimas insistentes.
- Relaxa, vai dar tudo certo. Você não tá sozinha, pelo contrário: tem muita gente pra te ajudar com o baby direction.
- Eu sei, eu sei. Não é esse o problema. Não que eu não queira o bebê... É só que... Como eu vou fazer isso, ?
- Isso você vai aprender com o tempo, gata. E o Zayn?
- Eu não sei.
- Como não sabe? Você não contou pra ele?
- Contei. Na verdade, ele estava comigo no hospital... Mas é que eu fiquei tão louca que acabei brigando com o ele.
ponderou por alguns instantes.
- Sabe o lado bom disso tudo? Agora você vai poder por a culpa na gravidez: quando você ficar insuportável, por exemplo, você vai poder falar que está sensível, são os hormônios por causa da gravidez. Vai poder passar o dia comendo, porque não pode passar vontade e... Hum, sinto que vou te acompanhar nessa parte.
As duas riram mais uma vez e ficaram ainda mais um tempo conversando, na verdade, tentando imaginar como seria o futuro dali pra frente. Tantas mudanças estavam acontecendo: iria se casar. Sim, com o amor da sua vida. Mas, mesmo assim, sempre batia um friozinho na barriga. estava grávida. E totalmente apavorada. Mas não tanto quanto estaria se não tivesse Zayn do seu lado.
estava deitada fitando o teto, quando a porta de seu quarto se abriu. Ela ficou aliviada e seu coração disparou loucamente quando ela viu que era Zayn. Sem dizer nada, ele entrou no quarto, fechando a porta atrás de si e entrou embaixo do edredom com ela. Zayn abraçou , deixando sua testa colada à dela. Ela fechou os olhos, enterrando os dedos por entre o cabelo dele e aproximando o seu corpo do dele, sentindo o calor reconfortante que seu corpo emanava para o dela.
- Eu te amo. – Ele disse baixinho – Eu também to com medo. Mas nós estamos nisso juntos. Eu nunca vou sair do seu lado.
- Obrigada por existir na minha vida – Ela disse, enroscando-se ainda mais em Zayn e sorriu quando sentiu os lábios do garoto nos seus.
*-*-*-*-*-*
- Pra onde você tá me levando, Styles? – perguntou. Ela estava dentro do carro de Harry e o amigo estava vendando-a.
- Já disse, é uma surpresa.
- E precisa disso tudo?
- E você precisa ser tão insuportável?
Harry riu quando percebeu que estava mostrando a língua pra ele.
Harry deu partida no carro e durante todo o caminho eles conversaram. Conversaram sobre a situação de Zayn e . Sobre o casamento. Sobre o novo CD e até mesmo sobre a Taylor Swift. Mesmo Harry dando respostas evasivas, não desistia.
- Graças a Deus você não trabalha em nenhuma revista de fofoca – Ele disse, parando o carro.
- Chegamos?
- Sim, sim... Vou ajudá-la a descer.
Harry saltou do carro e foi até a outra porta, ajudando a amiga temporariamente desprovida de visão a chegar a seu misterioso destino.
- Três degraus na sua frente – Harry orientou e levantou os pés, subindo lentamente os degraus.
- Se for uma piadinha sua, Harry... Eu juro que te soco muito – disse, enquanto Harry continuava conduzindo-a.
Ela sentiu quando entraram em um ambiente fechado e Harry ria da ansiedade da amiga.
- Prontinho – Ele disse e tirou a venda de seus olhos. teve de piscar algumas vezes para acostumar seus olhos.
- O que é isso? – Ela perguntou, olhando ao redor da sala vazia. Sabia que estavam na casa que visitara com Harry e Louis outro dia, aquela que ela gostara.
- Isso... – Harry disse, puxando uma chave do bolso traseiro da calça – É meu presente de casamento pra vocês. Também conhecido como sua nova casa. – Harry sorriu, deixando sua enorme covinha a mostra.
- Eu não acredito nisso, Styles! – disse e abraçou o amigo, se afastando só para lhe dar um beijo estalado na covinha. – Você não existe... Muito obrigada – já estava com os olhos marejados.
- Sei que sou o melhor padrinho do mundo – Harry fez pose, passando a mão pelo cabelo e riu.
*-*-*-*-*-*
Louis sabia que estava com Harry. Hoje ele não teria nenhum compromisso da banda, então foi resolver um assunto pendente. Ele respirou fundo e desceu do carro, entrando na loja de material de construção.
Assim que entrou na loja, uma vendedora veio atendê-lo e Louis disse que precisava falar com o dono do estabelecimento. Cinco minutos depois, a moça o conduziu até um corredor no fundo da espaçosa loja e lhe indicou a sala onde estava o proprietário.
Ele esperou que a moça saísse e então entrou na sala sem bater.
- Mas o que... – Troy ia dizendo, mas parou ao ver que era Louis quem estava ali – Louis. – O homem se levantou da cadeira – Filho, como você está?
- Isso não te interessa. Se fosse mesmo do seu interesse, você seria meu pai. Coisa que você não é.
Troy engoliu em seco, mas cerrou os olhos. Ele olhou pra Louis e ergueu a sobrancelha, ao mesmo tempo que um sorrisinho presunçoso lhe atravessava os lábios.
- Você está assim por causa da sua noivinha, não é? A estrangeira?
- Cala a boca.
- É claro que é por causa dela. Você nunca falou comigo desse jeito.
- Eu só vim aqui te dar um recado – Louis disse, olhando diretamente para os olhos do homem. Aqueles olhos claros que pareciam tanto com os seus.
- Você não vê o que essa garota está fazendo? – Troy disse, totalmente ignorando as palavras anteriores de Louis – Ela só quer seu dinheiro. Sua fama!
- Cala a boca! – Louis gritou – Você não conhece a . Você não ME conhece. Quem você pensa que é? Quem você pensa que eu sou?! [N/A: Daí ele começa a cantar Taken, né? Kkkk Okay, parei :X] Você pode ter tido alguma contribuição em me trazer pra esse mundo, mas só. Você não é meu pai e nunca vai ser. E você nunca mais vai chegar perto da outra vez. Nem dela e nem de mim.
- Louis, eu só quero me reaproximar de você... E essa garota... Essa garota está nos afastando.
Louis avançou, se aproximando perigosamente de Troy, que recuou até encostar na parede atrás de si.
- Você me entendeu? Nun-ca mais vai chegar perto da minha família. Ou eu juro, aquele roxo que você deixou no braço dela não vai ser nada comparado ao estado que você vai ficar.
- Você está me ameaçando? – Troy perguntou, sorrindo de lado.
Louis retribuiu o sorriso.
- Basta que alguma revista ou site fique sabendo dessa nossa conversa e, com certeza, a polícia vai entender que aquele hematoma no braço da é uma clara ameaça.
A expressão de Troy realmente mudou. Ele ficou até mais branco enquanto engolia em seco.
- Você é patético. – Louis disse. Ele deu mais uma olhada para o homem parado em sua frente e depois saiu. Sem olhar pra trás nenhuma vez.
Aquele provavelmente seria o último final de semana sossegado que os garotos teriam. Na semana seguinte seria o show de lançamento do CD e eles começariam uma turnê pela Inglaterra.
Por isso, alugaram um clube e marcaram uma partida de futebol. O dia estava totalmente a favor deles, já que o sol brilhava forte no céu azul e sem nuvens, deixando o clima quente e com apenas algumas brisas ocasionais.
Eles estavam divididos em dois times: Niall, Zayn, Liam, Harry, Louis, e mais seis caras da equipe da banda eram do time vermelho. Ed, Greg; o irmão de Niall, Richard; o marido de Eleanor, Josh, Daniel, Stan e mais outros seis caras eram do time branco.
Harry era o goleiro do time vermelho e estava em frente ao gol se aquecendo, quando chegou.
- Ei, vim te dar um beijo de boa sorte – Ela disse se aproximando dele no campo e protegendo os olhos do sol com a mão.
- Onde quiser – Harry fechou os olhos e fez bico.
riu e lhe mordeu sua bochecha com certa força.
- Outch! – Harry esfregou a bochecha – Bom, acho que agora eu posso escolher onde quero meu beijo.
pôs as mãos na cintura.
- O que é isso, Styles? Tem fetiche por garotas grávidas ou a Swift não deu conta do recado? – Ela riu.
- Talvez eu tenha um fetiche por você – Harry deu de ombros, enquanto pegava a bola.
- Babaca – se aproximou de novo – Não deixe nenhuma bola entrar por esse gol – Ela ficou na ponta dos pés e lhe beijou a bochecha.
- Pode deixar, treinadora – Harry e sua covinha sorriam e foi em direção a arquibancada. Talvez eu tenha um fetiche por você.
Talvez eu tenha um fetiche por você.
Talvez eu tenha um fetiche por você.
Era óbvio que Harry estava brincando! Certo? Sim, claro que sim. Tudo o que havia entre eles estava muito bem resolvido. Certo? Mas... E se... Se não estivesse? E se Harry ainda gostasse dela? realmente não sabia como se sentir em relação a essa possibilidade, por isso fez uma lista mental das coisas que tinha certeza: Amava Zayn. Queria ficar com ele pelo resto da vida. Eles teriam um bebê e seriam felizes para sempre.
Mas então por que ficara tão mexida com o comentário de Harry? Ele estava brincando, não estava? Bom... Devia ser os hormônios da gravidez. Ela deu de ombros e sentou-se na arquibancada, feliz de sua própria conclusão.
Lottie e Pam estavam vestidas de líderes de torcida e chacoalhavam seus pompons coloridos, enquanto cantavam as músicas que as líderes de torcida cantam. Eleanor ria das meninas, mas também tirava fotos do pessoal. Tirar fotos agora era o seu mais novo hobby, e ela parecia ser boa de verdade. Danielle terminava de customizar uma plaquinha para o time vermelho, quando apareceu com dois copos de suco de abacaxi com hortelã.
- Ah, eu tava mesmo precisando disso – agradeceu, pegando o copo.
- De nada – deu um sorriso a lá Demi Lovato. Ela sentou-se ao lado de e tomou um gole – Hum. Tá bom, né?
- Sim.
- Nossa. Muito gostoso, uma delicinha. Meu Deus do céu – mordia o canudo enquanto continuava a elogiar o “suco”.
- ! Eu já entendi – disse e só então foi perceber pra onde a amiga olhava.
Liam Payne entrava em campo com todo seu esplendor. Ele estava sem camisa e os músculos de seu braço se contraiam enquanto ele os aquecia. agradeceu mentalmente por estar de óculos de sol.
- Que maldade... – fez bico. Ela tomou mais um gole de suco e acabou ficando com bigode de espuma – Eu não posso passar vontade, sabia?
- Você tá com vontade do quê? – Zayn perguntou, trazendo as duas de volta à realidade. Ele havia saído por uma das portas laterais do vestiário, por isso as duas não o viram. Nada a ver com o fato de estarem, quase que literalmente, babando em Liam.
- Amor, você tá aqui! – improvisou. Ela sorriu e até bateu palminhas.
Zayn olhou pra ela com uma cara estranha e depois pra .
- Sim, eu tô aqui – Ele sacudiu as mãos – Vem cá, deixa eu limpar isso.
Zayn se aproximou de . Ele apoiou um dos pés no degrau da arquibancada, deixando o cotovelo sobre o joelho. Delicadamente, ele puxou pelo queixo e passou a língua por seu lábio superior, para tirar a espuma do suco. mordeu o lábio, enquanto Zayn sorria de lado.
- Ai, meu Deus! – gritou – GET A ROOM! Aliás, não sei se essa é uma boa idéia porque a gente já viu qual é o resultado disso, né? – riu, enquanto Zayn e reviravam os olhos.
*-*-*-*-*-*
Já estavam aos 25 minutos do primeiro tempo. Ed havia marcado o gol do time branco. Lottie e Pam não paravam de torcer, embora Pam parecesse mais interessada em torcer para o time branco, e dessa vez as outras garotas juntaram-se a elas.
Liam roubou a bola de Josh. Ele driblou Stan e Richard e passou a bola para Zayn, porém, Zayn tinha três em sua marcação. Ele passou a bola para Niall que, sem esforço algum, correu rumo ao gol.
Niall corria com a bola nos pés, enquanto os outros lhe davam cobertura. Ele estava perto agora. Greg era o goleiro. Ele era alto e forte, grande.
- Ai, ai, ai – dizia, enquanto fechava os olhos.
Pela visão periférica, Niall viu que os outros caras se aproximavam. Então, sem pensar duas vezes, ele chutou a bola com toda força. A medida que saia do chão, a bola ganhava velocidade e Greg não teve chance: a bola entrou pelo canto superior direito.
- GOOOOOOOOOOOOOOOOL! – As meninas gritaram, enquanto os meninos comemoravam no campo.
Então, Niall conseguiu sair do abraço em grupo e correu até a arquibancada em direção a Lottie. A garota pulou no colo dele, entrelaçando as pernas em sua cintura e os dois se beijaram.
Todos os presentes no campo começaram a rir e aplaudir. olhou para Louis e ele estava com os olhos cobertos pelas mãos, mas estava rindo.
O juiz apitou e Niall colocou Lottie no chão, correndo de volta para o campo. E mais do que depressa, Louis se aproximou e lhe deu um tapa na cabeça.
No intervalo, os meninos sentaram na arquibancada para descansar. teve que usar todo seu autocontrole, sua força de vontade para se concentrar em seu noivo. O garoto sentando em frente a ela. E não em Liam, o garoto delicioso, completamente suado, que derramava a água da garrafa pelo corpo, aquela barriga definida e...
- ! – Louis gritou – Minha água.
- Ah, desculpa – percebeu que apertava a garrafa d’água.
- Obrigado – Louis disse, tentando abrir a garrafa. Ele tentou mais uma vez. E mais uma. – O que você fez aqui?
pegou a garrafa das mãos dele e, sem esforço nenhum, abriu.
- Essa é minha garota – Louis riu e, finalmente, tomou sua água.
O segundo tempo começou sem grandes emoções. Foi só quando Richard fez um gol que as coisas começaram a esquentar.
- Você é um frango, Styles! – gritou e riu quando Harry lhe mostrou o dedo.
Harry chutou a bola, que foi parar no meio do campo. Stan pegou, mas logo perdeu para Zayn. Ele driblou o baixista e Ed logo depois. Zayn chutou para Niall, que estava em uma posição mais favorável. Porém, mal Niall conseguiu pegar a bola e Josh roubou. Ele estava quase na grande área, quando Zayn surgiu do além e mandou a bola para o meio de campo novamente. Liam estava preparado. A bola nem tocou o gramado: ele deu cabeceou lindamente. Na arquibancada, todas as garotas gritaram. Com a bola de volta a grande área, Louis e Stan saíram em disparada e, antes que Stan soubesse o que tinha acontecido, Louis deu uma bicicleta perfeita.
- GOOOOOOOOOOOOL! – Mais uma vez as meninas gritaram.
- Quem é o frango agora?! – Harry gritou do outro lado do campo.
Louis virou-se pra e lhe mostrou um coração com as mãos, gesto que ela lhe devolveu.
- Restart feelings – disse, batendo palminhas.
Faltavam apenas 5 minutos para o término do jogo e os times estavam empatados. Em uma jogada mal calculada, Liam acabou derrubando Richard e o juiz entendeu como falta.
Harry ia cobrar. E lá estava ele: de frente para o gol. Harry estava há uns 15 metros, tão concentrado que havia um vinco em sua testa. Ele passou a língua pelos lábios e começou a correr, parando apenas alguns passos antes de tocar a bola. Tudo indicava que Harry chutaria para a esquerda. Mas ele chutou para direita. Alto, bem alto. Assim como Niall, Harry também fez um gol.
- GOOOOOOOOOL! – As meninas batiam palmas e gritavam, enquanto o juiz dava a partida por encerrada.
Elas desceram para o campo, a tempo de ouvirem Greg reclamar.
- Culpa do Niall. – Ele disse, colocando o braço em volta do pescoço do irmão e lhe fazendo um cafuné doloroso – Ele é canhoto, então a gente sempre treinava pela esquerda. Acabei deixando a direita aberta. – Greg deu de ombros.
- Não precisa se justificar, Greg... – Louis disse, enquanto montava em suas costas já lhe entregando uma garrafa de água aberta – Eu sei que somos melhores que vocês – Ele riu, enquanto lhe beijava a bochecha.
*-*-*-*-*
Os meninos estavam tomando banho e as garotas esperavam na área da piscina. estava sentava embaixo de um guarda-sol, com as pernas em cima da mesa. Como de costume, ela estava conectada ao twitter. Segundo suas fontes, as pessoas já sabiam que Perrie estava na reabilitação. Ela tentava ignorar o grupo que apoiava Zerrie, e ficou imensamente feliz quando descobriu que já existia um grupo dela e Zayn. Aparentemente, ninguém sabia de sua gravidez. Zayn e ela haviam concordado em não divulgar e deixar as pessoas perceberem sozinhas.
- Adivinha quem é? – Zayn perguntou, tapando os olhos dela com as mãos. Os dois riram e Zayn lhe deu um beijo no pescoço, antes de sentar-se na cadeira a sua frente.
Ele estava sem camisa e passava uma toalha nos cabelos molhados.
- Larga esse telefone – Zayn disse, sua voz saindo abafada já que sua cabeça estava abaixada enquanto ele passava a toalha nos cabelos.
- Já vou...
- Vai... – Zayn sentou na ponta da cadeira e balançou a cabeça em direção a ela, fazendo a água de seu cabelo espirrar nela e na tela do celular.
- Para – Ela riu, sem tirar os olhos do celular.
- Não – Zayn levantou e pegou o celular da mão dela.
- Ei! – fez bico – Me devolve.
- Vem pegar.
- Zayn – Ela choramingou.
- Você não vai vencer dessa vez – Ele disse, dando passos de costas.
- Não! – Ela levantou e foi até ele.
Zayn levantou a mão e, mesmo se esticando, não conseguia alcançar o celular. Ele ria das tentativas falhas dela, enquanto lhe abraçava pela cintura.
- Você tá com ciúme do meu celular – disse, virando-se de frente para ele.
- Claro, ele tá ganhando mais atenção de você do que eu – Zayn fez bico e riu.
- Awn, meu amorzinho tá com ciúme... – Ela se aproximou dele, quase encostando seus lábios. Zayn estava mais concentrado nela e por isso não pode fazer nada quando puxou o celular de suas mãos.
- A-há! Peguei! – Ela riu, enquanto pulava com o celular nas mãos.
- Pegou nada – E, mais do que depressa, Zayn pegou o celular dela e saiu correndo.
- Zaaaaayn, me devolve – Ela correu atrás dele.
Zayn parou na borda da piscina e estava bem próxima a ele. Ele fez menção de se jogar e ela deu um grito.
- Nem mais um passo então – Ele disse, tentando ficar sério.
- Eu não posso passar vontade, sabia?
- Vontade de ficar com o celular na mão não conta.
- Conta sim! – deu mais um passo e Zayn se aproximou perigosamente da borda da piscina.
- Não! Tá bom, tá bom. Eu guardo o celular.
- Isso aí – Zayn sorriu e foi em direção a ela.
E, antes que ela pudesse perceber; num movimento rápido, Zayn deixou o celular no chão e pegou a garota no colo. Ele pulou na piscina e os dois se beijaram dentro d’água.
*-*-*-*-*-*
entrou no vestiário. Ela estava procurando Louis, já que o garoto estava demorando tanto lá dentro. Ela andava distraidamente pelos corredores do clube, quando se deparou com Josh e Pam se agarrando, encostados em uma parede. riu baixinho e estava passando por eles, quando Josh a chamou.
- – Ele disse, visivelmente empurrando Pam talvez uns dois passos para longe dele.
- Oi, Josh. Oi, Pam.
- Oi – Pam sorriu e passou o braço pelo pescoço de Josh.
- Ahn... Faz tempo que não nos falamos – Josh sorriu amarelo, ele parecia meio nervoso.
- Pois é...
- Ah, parabéns pelo noivado.
- Obrigada.
- Vocês vão mesmo se casar? – Josh perguntou e Pam lhe deu uma cotovelada.
riu.
- Sim, Josh. Vamos.
- Ah. É... Então parabéns de novo. Fico muito feliz por vocês.
- Obrigada – sorriu – Eu tenho certeza que posso ficar mais feliz por você – disse, olhando para Pam de cima a baixo. Ela sorriu mais uma vez e seguiu seu caminho.
estava quase abrindo a porta do vestiário, quando Liam apareceu.
- ! – Ele gritou e correu até ela, de braços abertos.
- Payne, você tá todo suado! Nem vem – Ela se afastou da tentativa de abraço de Liam.
- Em outras circunstâncias isso não era problema – Liam sorriu de lado, enquanto tentava pensar em uma resposta e ignorar a barriga definida dele.
Como a resposta não veio, Liam riu alto e abraçou a garota.
- Aaah, que nojo – Ela se debatia no abraço, o que só fazia Liam apertar mais os braços em volta dela. – Me larga! – riu e Liam a soltou.
- Você não vai entrar aí, né? – Liam perguntou.
- Por que não?
- Isso é um banheiro masculino – Ele disse, como se fosse óbvio.
- Ah... É, mas eu quero meu noivo.
- Eu falo pra ele que você tá chamando.
- Okay – estava virando-se, quando Liam segurou sua mão.
- Vamos fazer uma despedida de solteira, certo?
- Tá bom – Ela deu de ombros.
- Só eu e você.
Ela franziu o cenho. Até onde sabia, pensava que ela sairia com as meninas e os meninos levariam Louis pra ficar bêbado em algum outro lugar. Mas ela queria saber qual seria a idéia de Liam.
- Tá bom – Ela sorriu e Liam entrou no vestiário.
*-*-*-*-*-*
A semana seguinte passou voando. As meninas estavam lotadas de trabalho, cada uma com mais de três manuscritos ao mesmo tempo. Elas chegavam cedo à editora e saiam bem depois que o expediente acabava. Já os garotos ensaiavam todos os dias, o dia todo. Eles não se viram durante toda a semana, o que foi uma ótima oportunidade pra não desgrudar do telefone e monitorar tudo o que acontecia no mundo online, sem Zayn saber.
Então sexta-feira chegou e eles estavam no camarim. O show da noite seria no estádio de Wembley, que estava completamente lotado. Era possível ouvir a gritaria do lado de fora, mesmo dentro do camarim. Eles estavam ansiosos para mostrar as músicas novas para todas aquelas pessoas. Um cara da produção do show colocou a cabeça pra dentro do camarim e disse que eles começariam em cinco minutos.
- Beijo de boa sorte – Louis disse fazendo um biquinho enorme e riu antes de lhe desejar boa sorte devidamente.
- Cada verso que eu cantar hoje – Zayn disse, colocando a mão no rosto de – Vai ser pra você. Vocês! – Ele se corrigiu e colocou a mão na barriga dela.
- Ai. Eu quero te morder – Ela disse, agarrando o namorado pelo pescoço.
- Depois do show – Ele riu e a beijou.
Eles foram para o palco e as garotas assistiam da lateral. Obviamente aquele foi um dos melhores shows que eles fizeram e a animação deles era quase palpável.
E pelas duas horas seguintes eles fizeram o que sabiam fazer de melhor: encantar milhares de pessoas.
*-*-*-*-*-*
Quando o show acabou, eles mal tiveram tempo para se trocar. A produção já estava a caminho de Essex, onde seria a próxima apresentação.
- Estamos atrasados – Liam disse, enquanto subia no ônibus de turnê.
- Relaxa, ainda temos mais de 20 horas até o próximo show – Harry disse, subindo logo atrás dele.
O ônibus de turnê era preto e com dois andares. Por fora era simples, havia apenas o logo da banda em ambos os lados. Eles achavam que assim não chamariam tanta atenção. Mas estavam enganados já que, mesmo depois de quase uma hora do término do show haviam várias fãs correndo atrás do veículo.
- Tadinhas dessas meninas – disse, enquanto Zayn sentava-se na espaçosa poltrona ao lado dela. – Oi, namorado – Ela voltou sua atenção para ele – Adorei o show de hoje.
- Que bom – Zayn sorriu, lhe dando um beijinho – Tudo pra você.
- Hum... Sabe o que eu queria?
- O que?
- Manga.
- Manga? Tá... Vou ver se tem aqui. – Zayn levantou-se e foi até a cozinha do ônibus.
Logo o motorista já os conduzia por uma estrada vazia e silenciosa. Os casais dormiam em suas poltronas que, reclinadas, pareciam camas. Zayn ainda estava na cozinha tentando achar uma manga. Ele entrou em desespero quando percebeu que não havia nada lá parecido com a fruta, mas estava determinado a levar algo para comer. por sua vez estava ficando impaciente. Ela estava jogando pelo celular e percebeu quando começou a chover lá fora. Mais dez minutos, ela pensou. Mais dez minutos e então iria atrás de Zayn.
Louis e estavam deitados nas últimas poltronas. Baixinho, eles conversavam sobre o casamento. Já tinham escolhido o local e a data. Mas ainda faltavam tantas coisas! estava empolgada e a empolgação só aumentava à medida que ela lembrava das coisas que precisavam ser feitas. Louis também estava feliz, porém estava muito mais cansado naquele momento.
- Amor, você tá quase dormindo – disse, fazendo bico.
- Eu sei que eu te prometi que a gente ia ver algumas coisas depois do show... – Ele bocejou – Mas eu tô tão cansado.
- Eu sei. Vem cá – deixou a caneta e o caderno de lado – Vamos dormir, depois a gente vê o resto – Ela se ajeitou na poltrona, encaixando o rosto na curva do pescoço de Louis.
- Tem certeza de que não quer contratar uma organizadora? – Louis perguntou, fazendo carinho nas costas dela.
- Tenho – Ela riu.
Estavam todos dormindo quando se levantou e estava indo para cozinha. Ela encontrou com Zayn no meio do caminho, o garoto segurava uma bandeja de sanduíches. Ela ia abrir a boca para falar, quando ouviram um barulho do lado de fora e o ônibus parou.
- O que aconteceu? – perguntou, enquanto Zayn deixava a bandeja em cima de uma mesa.
- Não sei – Ele passou por ela e estava indo em direção à cabine do motorista, quando o mesmo apareceu na porta.
- O que aconteceu? – Zayn e perguntaram juntos.
- Um pneu furou.
- Ah. Tem como trocar? – Zayn perguntou.
- Até teria – O motorista coçou a nuca – Mas estamos sem os equipamentos.
- Como assim sem equipamentos? Não acredito que a gente saiu sem equipamentos! Isso é perigoso, sabia? – disse tudo muito rápido.
O motorista olhava para ela e depois para Zayn, sem saber o que dizer.
- Bom, podemos passar a noite dentro do ônibus?
- Está chovendo muito, a previsão é que chegue uma tempestade.
- Ai, meu Deus! Uma tempestade no meio do nada! Era só o que faltava... – foi até a mesa onde estava os sanduíches e começou a comer – Isso não é manga, Malik. – Ela disse, mas mesmo assim continuou a comer.
Zayn fez uma cara estranha pra ela e então voltou sua atenção para o motorista.
- Existe uma pousada aqui perto – O homem disse.
- Aqui perto quanto?
- Um quilometro, mais ou menos.
Zayn olhou pra . A garota estava com a boca cheia e segurava um sanduíche em cada mão.
- Eu não vou sair na chuva! – Ela disse, com a boca ainda cheia.
- É melhor irmos logo, antes que a tempestade chegue. – O motorista disse, voltando para sua cabine.
ajudou Zayn a acordar os outros e lá estavam eles: todas embaixo de uma chuva torrencial, se arrastando em direção à pousada. Cleaver, o motorista, ia na frente os guiando. Niall carregava Lottie nas costas e a garota parecia não se importar com a chuva.
- , me carrega também – Louis pediu.
- Claro, sobe aí.
Louis fez mesmo menção de subir nas costas da garota e ela gritou, se afastando um pouco dele.
Zayn tentava desesperadamente acender um cigarro. Obviamente por causa da chuva e do vento, não estava nada fácil.
- Você percebe que está chovendo, certo? – perguntou.
- Sim, mas... Eu só... – Zayn tentou, mas uma vez e então desistiu, soltando um palavrão baixinho.
- Você tem que parar com isso – entrelaçou seus dedos com os dele. – Está se matando aos poucos. E meu filho precisa do pai dele.
Zayn olhou pra ela e sorriu, lhe dando um beijo na testa. Era incrível o poder que ela tinha de desarmá-lo mesmo nas situações mais estranhas.
- Vou tentar – Ele prometeu, trazendo a garota pra mais perto de si.
- Falta muito? – Danielle perguntou. Ela segurava inutilmente uma toalha já encharcada na cabeça.
- Gata, você sabe que seu cabelo já tá molhado, né? – Liam riu.
Louis e Liam começaram a brincar de luta no meio da estrada que, ainda bem, estava deserta. Depois eles tentaram derrubar Lottie das costas de Niall, até que Louis conseguiu. E aí os três garotos começaram a correr na frente. Lottie fez bico quando percebeu que sua carona agora estava mais interessada em brincar na chuva com os amiguinhos.
Quando finalmente chegaram ao lugar, que parecia um pequeno vilarejo no meio do nada, estavam encharcados e com frio até os ossos.
Harry tocou a campainha e todos se espremeram sob o toldo da pousada, que apesar do horário ainda tinha algumas luzes acesas, assim como o bar do outro lado da rua. Uma garotinha de uns 12 anos abriu a porta. Seus cabelos eram tão lisos e pretos que chegavam a brilhar, assim como seus grandes olhos azuis.
- Oi – Harry sorriu pra ela – Será que vocês teriam quartos para a gente?
- Mãe! – Ela gritou, virando a cabeça pra dentro da pousada – O One Direction tá aqui!
Segundos depois uma senhora e outra garota, essa com seus 20 anos, apareceram na porta.
- Ai, meu Deus... – Foi tudo o que a garota mais velha disse, antes de desmaiar.
Harry olhou para os outros e então pegou a garota do chão.
*-*-*-*-*-*
Finalmente, estavam todos instalados. Bem, nem tanto. A verdade era que a pousada estava passando por uma reforma, ou seja: todos os quartos estavam desativados. Eles estavam todos deitados em colchões espalhados pela sala.
Fleur, a dona do lugar, era uma mulher muito simpática e prestativa. Ela havia emprestado roupas secas para todos eles e com a ajuda de Vegan, a filha mais velha e Tilly, a garotinha, arrumaram as camas para eles passarem a noite.
- Espero que vocês fiquem confortáveis – Ela sorriu antes de sair. Mas voltou ao perceber que Vegan estava plantada, olhando para os garotos. Ela olhava para todos, mas sempre se demorava mais em Harry. – Vegan, vamos.
- Assustador – Niall disse, e todos riram.
e Zayn esperavam na cozinha e assim que Fleur apareceu, levantou-se:
- Moça, você tem manga aí?
- Desculpa o inconveniente, é que ela está grávida... – Zayn se justificava.
- Você me chamou de inconveniente? Zayn, eu tô grávida! – colocou as mãos na cintura.
- Eu não disse isso. Eu só tô explicando pra ela.
- Calma vocês dois – Fleur disse, rindo. – Não precisam se explicar. E, sim, eu tenho manga.
- Graças a Deus! – quase chorou quando a mulher abriu a geladeira e pegou uma enorme manga.
salivava à medida que a mulher descascava a fruta e Zayn realmente estava assustado com aquilo.
- Você quer que eu corte? – Fleur perguntou, depois de descascar a manga.
- Não, obrigada. Assim tá ótimo! – pegou a fruta e começou a comer como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo.
Zayn estava encostado na geladeira e sorria ao ver a namorada se deliciar com a fruta.
- Eu vou deixar vocês a sós – Fleur disse, aproximando-se dele – Podem ficar a vontade, caso ela queira mais alguma coisa. Os armários estão cheios.
- Obrigado – Zayn agradeceu.
- E não precisa ficar com essa cara de assustado – Fleur disse – A tendência é piorar.
- Ahn... Certo.
- Mas no final, a recompensa é ótima – Fluer sorriu e deixou os dois sozinhos.
mal tinha comido uma metade da manga, quando empurrou o prato pra longe.
- O que foi? – Zayn perguntou.
- Não quero mais – Ela fez uma cara sofrida e lavou as mãos na pia, tomando um copo de água depois.
- Você tá bem agora?
- Sim... – Ela respirou fundo e depois abraçou o garoto pelo pescoço – Desculpa pelos meus ataques histéricos. É que... Sei lá, eu não consigo me controlar.
- Não tem problema. Eu sei que no fim a recompensa é ótima – Zayn sorriu e sentiu seu coração derreter.
- Eu amo você, sabia? – Ela perguntou, lhe dando um beijinho.
Eles estavam saindo da cozinha, quando viu seu reflexo na geladeira espelhada.
- AIMEUDEUS! – Ela praticamente gritou, apertando a mão de Zayn – Olha isso.
- O quê? – Zayn olhava pra ela, tentando entender.
- Isso! – apontou para a barriga. Ela vestia uma camiseta amarela muito justa, tinha certeza de que aquela roupa era de Tilly. E então Zayn percebeu o que via: bem pequeno, quase que imperceptível. Mas estava ali no seu baixo ventre. Uma pequena barriguinha.
- Uau – Zayn sussurrou, achando aquilo a coisa mais fofa do mundo.
- Meu bebê – abraçou a barriga e foram pra sala.
*-*-*-*-*-*
Harry estava deitado bem perto do corredor. Por isso, só ele acordou quando Vegan derrubou alguns baldes de alumínio.
- Me d-desculpa. Eu não queria te a-acordar – A garota gaguejou, abaixando-se para pegar os baldes.
- Tá tudo bem – Harry sentou-se no colchão e se espreguiçou.
- Ahn – Vegan teve que morder o lábio pra não gritar, quando viu o elástico da boxer azul de Harry.
- Por favor, não desmaia! – Ele disse, levantando-se e passando a mão no rosto e depois no cabelo. – O que você vai fazer com tudo isso? – Harry perguntou, olhando para os baldes de alumínio.
- Pegar leite – Vegan disse, enrubescendo no mesmo instante.
- Sério?! Posso ir com você?
- Você quer ir tirar leite de vaca comigo? – A garota perguntou, arregalando seus enormes olhos verdes.
- Qual o problema? Deve ser divertido. – Harry deu de ombros.
- Tudo bem. Vamos.
Harry passou no banheiro para dar um jeito na cara de sono e depois foi até o estábulo aprender a tirar leite de vaca com Vegan.
Mais ou menos ao meio dia, tudo já estava pronto: o ônibus já os esperava na estrada, dessa vez com todos os pneus e os equipamentos de segurança. Os garotos agradeciam a hospitalidade de Fleur, e Liam lhe deu alguns ingressos para os próximos shows. Estava indo para o ônibus, quando Niall percebeu a ausência de Harry.
- Cadê o Harry? – Ele perguntou.
- É verdade. Eu não o vi ainda hoje – Zayn disse.
- A garota assustadora também não deu as caras hoje... – Pam se manifestou.
- Será que eles estão juntos? – Lottie riu.
- Tive uma idéia... – Zayn entrou no ônibus e buzinou algumas vezes.
Cinco minutos depois, Harry apareceu. O cabelo bagunçado, a boca vermelha. Ele correu até os outros e sorriu.
- Onde você estava? – Niall perguntou.
- Curtindo a vida no campo – Ele disse rindo e entrou no ônibus.
Naquele final de semana, e percebem uma coisa: por mais que adorassem aquela vida de cair na estrada e irem a todos os shows com os meninos, aquela não era a vida delas. Pelo menos, não por completo. Não nesse momento.
precisava de estabilidade agora, para ela e para o bebê. precisava organizar seu casamento. Além disso, elas ainda tinham seu trabalho. A editora contava com elas, aquela filial fora aberta praticamente por causa delas. E foi por isso que decidiram não irem para a turnê na Inglaterra, pelo menos por enquanto.
Depois do show de Essex, eles viajariam na próxima quarta e só voltariam dali a duas semanas. Eles não teriam um dia só de folga: havia shows marcados para toda as noites, as vezes em mais de uma cidade. E os dias e tardes eram repletos de entrevistas e sessões de fotos.
- Não vou conseguir cantar sem você lá... – Louis reclamava. Era noite de terça-feira e na manhã seguinte eles viajariam para Yorkshire. – Vou esquecer todas as letras.
- Para de drama... São só duas semanas. – disse, tentando ignorar o fato de que já estava sentindo falta dele.
- Mas eu quero te ajudar a organizar o casamento, . Quero saber de tudo!
- Você pode me ajudar. Na verdade, até quero que me ajude. Você sabe como sou indecisa. E para isso a tecnologia nos ajuda...
- E como vai ser depois que a gente se casar? – Louis perguntou, deitando-se ao lado dela. – Vamos nos ver apenas por uma tela?
- A gente vai dar um jeito, certo? – disse, olhando bem dentro dos olhos claros dele. Louis queria que ela largasse a editora e caísse na estrada com ele. não queria isso, não mesmo. Mas também não queria ficar longe dele.
- Você sabe que eu não vou ficar longe de você, não sabe? – Louis disse, enquanto deitava-se sobre ela. deslizou as mãos por suas costas nuas, tentando memorizar cada centímetro dele.
- Você sabe que eu não vou deixar você ficar longe de mim, não sabe? – Ela perguntou, enquanto beijava o pescoço dele.
Louis se ajeitou entre as pernas dela, segurando uma delas em volta de sua cintura e a beijou como se sua vida dependesse daquilo. Enquanto estava perdida em todas aquelas sensações que só ele a fazia sentir, ela considerou, mesmo que por um momento, como seria se largasse tudo, só para sentir aquilo que estava sentindo agora.
*-*-*-*-*-*
- Bom dia, luz do dia! – disse, enquanto abria as cortinas do quarto da amiga – Levanta essa sua bunda enorme da cama, porque temos um casamento pra planejar.
- Ahn... – se enrolou no edredom.
- Larga de ser preguiçosa – puxou o edredom da amiga – Uau, então o senhor Cenoura passou por aqui ontem e deixou uma lembrancinha pra você. – riu.
- O quê? – perguntou, esfregando os olhos. lhe entregou um espelho de mão e ela viu a marca roxa que estava seu pescoço. escondeu o rosto entre as mãos, se lembrando da noite passada.
- A noite foi boa, né? – riu – Sua safada! Agora levanta daí que as meninas já estão nos esperando na loja.
Quarenta e cinco minutos depois, elas estavam em uma loja de vestidos. Segundo Eleanor, aquela era uma das melhores lojas de toda Londres.
- Ai, meu Deus. É tudo tão lindo! – Pam disse, com sua voz extremamente estridente. olhou pra ela, cerrando os olhos. Ela tentava lembrar o motivo pelo qual aquela garota estava ali, já que não seria madrinha.
- Por que ela tá aqui, ? – cochichou para a amiga.
- Porque ela é amiga da sua cunhada, que vai ser sua madrinha.
- Ah, certo!
- Qual vai ser a cor, ? – Lottie perguntou, trazendo-a de volta a realidade.
- Laranja.
- Laranja é cor de Halloween – Pam disse. – Roxo é mais bonitinho.
- Roxo é a cor que sua cara vai ficar, se continuar sendo tão chata – disse sorrindo e Lottie puxou a amiga pra trás.
- Olha, tem alguns vestidos bem legais ali... – Danielle disse, levando as garotas pro fundo da loja.
Depois de uma hora, várias conversas e vários vestidos, elas finalmente pareciam ter encontrado o vestido perfeito.
- Esse é tão bonitinho – disse, pegando o vestido da arara – O que vocês acham? – O vestido era longo e do tom certo de laranja: nem tão claro e nem tão escuro. Havia uma fina camada de seda trabalhada com flores e outra fina camada de tule que ia até os pés, duas alcinhas e uma echarpe davam todo um toque especial.
- Adorei – Eleanor e Lottie disseram juntas.
- O que você achou? – Danielle perguntou pra .
- Acho que deve ser esse.
Ao final do primeiro dia, pelo menos os vestidos das madrinhas já estavam definidos. Aos poucos, sentia que o casamento estava tomando forma. E quanto mais tinha certeza disso, mais nervosa ficava.
Na noite da quarta-feira da semana seguinte, exatamente uma semana depois que os meninos haviam partido, estava em seu quarto e alimentava seu pequeno vicio: se informava sobre as fofocas mais recentes que rolavam pelo twitter. Foi quando entrou em seu quarto.
- O que você tá vendo? – Ela perguntou, se aproximando ao perceber que na tela do notebook havia uma foto de Louis.
- N-nada! – até tentou fechar o computador, mas já estava com o aparelho nas mãos.
Era o site de alguma revista teen, isso ela logo percebeu. Na foto, Louis estava com uma garota. Os dois saíam de um starbucks e estavam rindo, a garota apoiada no ombro dele. Era Pam. “Is he still getting married?”, era o que dizia a manchete abaixo da foto.
- , isso não é nada... – disse, tentando pegar o computador da outra.
- Eu sei que não. – forçou um sorriso e devolveu o notebook para a amiga. – Eu não acredito nesses sites, você sabe.
Até podia ser verdade, sabia. Porém, também sabia que a amiga ficara chateada com aquela nota. Talvez nem tanto pelo o que dizia no artigo um tanto quanto apelativo, mas mais pela foto em si.
Mais tarde naquela noite, depois de passar um bom tempo escrevendo, foi pra sala e encontrou sentada no sofá. Ela tinha uma tigela de pipoca apoiada na barriguinha de três meses de gestação e chorava silenciosamente.
- , o que foi? – sentou-se ao lado dela e então olhou pra televisão, onde passava A walk to remember.
- Nada – fungou – Por quê?
- Esquece, já entendi – se recostou no sofá e riu – Ei, eu estava pensando... Podíamos ir pra Bradford esse final de semana, fazer uma surpresa pros meninos. O que você acha?
- Acho ótimo! – disse, enfiando um punhado de pipoca na boca e depois limpando as lágrimas – Sabe, eu estava pensando... Você vai se casar e vai ter uma casa, certo?
- Sim.
- E eu vou ter um bebê. Ahn... Eu acho que, sei lá... Talvez o Zayn e eu devêssemos morar juntos – deu de ombros e pegou um pouco de pipoca.
- Claro que sim!
- Mas ele nunca falou nada sobre isso. Então eu não sei se ele quer.
- Vocês deviam conversar.
- Sim, eu sei... Mas, sei lá, . Não quero que ele pense que eu o estou pressionando a fazer algo que ele não queira. Ou então que só quero morar com ele porque vamos ter um filho.
- , aquele garoto te ama! Ele nunca pensaria isso. Por que você não aproveita nossa viagem pra conversar sobre isso com ele?
- Ai. Será? – Ela mordeu o cantinho da unha do dedão – Mas e se eu estragar tudo?
- , para com isso! – riu – Você não vai estragar nada. E outra: ele vai precisar de um bom motivo para se justificar, se não quiser morar contigo.
- Tá bom, eu vou tentar.
Então, na sexta-feira à noite elas saíram direto da editora já com suas malas e Klaus as levou até o aeroporto. Assim que chegaram à terra de Zayn, elas pegaram um táxi no aeroporto e foram direto para o local onde seria o show. Chegando lá, elas foram para a entrada que a banda usa e, como já eram conhecidas de toda a equipe de produção, conseguiram entrar no lugar sem muitas dificuldades e deixaram suas malas com um dos seguranças. Elas encontraram o camarim e abriram a porta sem bater:
- SURPRESAAAAA! – Ela disseram ao mesmo tempo, enquanto entravam na sala espaçosa.
- HEEEY! – Os garotos se levantaram e foram abraçá-las.
- Sabia que vocês não agüentariam de saudade de mim... – Harry disse, enquanto abraçava as duas ao mesmo tempo.
- Desculpa, Hazza – Niall disse, puxando as garotas para ele – Mas elas vieram por minha causa – Ele sorriu, agora um sorriso sem aparelho.
- Onde está meu futuro marido? – fez bico.
- Foi tomar uma massagem – Harry respondeu – A sala fica no fim do corredor.
Enquanto ia procurar por Louis, e Zayn estavam agarrados um ao outro.
- Senti sua falta – Ele disse, enquanto acariciava a barriga dela.
- Nós também – Ela ficou na ponta dos pés e lhe deu um beijinho – Hum, eu queria conversar uma coisa com você.
- O quê?
- Não é nada importante, pode ser depois do show.
- Tem certeza?
- Claro – Ela sorriu e o abraçou.
*-*-*-*-*-*
encontrou a sala de massagem e, mais uma vez, entrou sem bater. E se arrependeu por isso: Louis estava sem camisa e, sim, recebia uma massagem. Porém, não era de um profissional e sim de Pam. Como sempre, os dois conversavam animadamente.
- Oi – Foi tudo o que ela conseguiu dizer, olhando fixamente para as mãos da garota que estavam bem abaixo da cintura dele.
Ao ouvir a voz dela, Louis virou-se rapidamente e, quando viu a garota parada lá, ele levantou-se num salto.
- ! – Ele foi até ela com um sorriso gigante – Amor, você tá aqui. – Ele riu e a abraçou bem forte.
Só que ela não retribuiu o abraço. Ficou lá sentindo todas aquelas coisas que sempre sentia quando via Louis: as borboletas no estômago, o coração acelerado, a sensação de que o mundo parava...
- Eu odeio surpresas – Ela disse baixinho, antes de se afastar dele e sair da sala.
Louis olhou pra Pam e soltou um palavrão baixinho antes de ir atrás de pelo corredor.
- Ei! , espera. – Ele correu até ela e a segurou pelo braço.
- Pode soltar, eu não vou fugir. Só vou ficar no camarim.
- Eu não estava fazendo nada...
- Eu sei que não. Mas ela sim.
- , para com isso.
- Parar com o que, Louis? Não sou eu quem tem que parar! Você não vê o jeito como essa garota te olha? Eu sei que ficamos só uma semana longe, mas pra mim foi horrível! Eu mal consigo me concentrar no meu trabalho de tanta falta que você me faz... Mas, pelo visto... – Ela se afastou dele e riu sem humor – Você com certeza tinha uma distração.
Antes que Louis pudesse responder, os outros garotos e saíram do camarim naquela empolgação pré show.
- Vai cantar assim? – perguntou rindo, já que Louis ainda estava sem camisa.
- Ah, com certeza – Liam respondeu por ele – Porque agora nós somos uma boyband que vende o corpo, não a música.
- Se a gente for depender do corpo do Louis, será nossa ruína – Niall fez graça e todos riram.
- Cinco minutos, Tommo – Harry disse. – A menos que você queira mesmo cantar desse jeito – Ele riu e Louis tentou forçar um sorriso.
Louis olhou pra e ela só balançou a cabeça, seus olhos estavam marejados mas ela virou-se e foi em direção ao palco.
*-*-*-*-*-*
Depois do show, foi com Zayn para o hotel e estava esperando ele sair do banho para conversar com ele. Ela roía a unha nervosamente, quando ele deitou-se ao seu lado.
Zayn mordeu sua bochecha de leve e ela riu, voltando sua atenção para ele.
- Ahn... Então. O que eu queria te falar – Ela começou, meio incerta – A vai casar, você sabe. E eu vou ficar sozinha no apartamento. E eu sei que vocês vão começar uma turnê agora, e é meio ridículo te falar isso, mas... Já que a gente vai ter um bebê, talvez... Talvez fosse melhor se morássemos juntos – Ela terminou falando tudo muito rápido e gesticulando a medida que ia ficando mais nervosa. – Mas tudo bem se você não quiser. Eu entendo. Sério, não quero que se sinta pressionado a nada.
- Mas eu acho uma ótima idéia.
- Sério?
- Claro que sim – Ele sorriu e ela pode respirar mais aliviada. – Por que você pensou que eu não aceitaria?
- Ah... Não sei. Porque não é como se nós fôssemos casar e não queria que você pensasse que eu tô usando o bebê como desculpa pra te prender – Ela deu de ombros e Zayn riu. – O que foi?
- Você não sabe mesmo o efeito que tem em mim, não é? – Ele perguntou, olhando bem fundo dos olhos dela e sentiu como se pudesse evaporar ali mesmo. – Eu nunca pensaria que você tá usando nosso filho pra me “prender” – Ele fez aspas com os dedos – Até porque, você já fez isso... Há muito tempo.
Ela sorriu com as palavras dele e passou a mão por seu pescoço, trazendo-o para mais perto. Zayn sorriu, segurando-a pela cintura enquanto sentava-se em seu colo.
- Como posso te amar tanto assim? – Ela disse, encostando sua testa na dele.
- Ainda bem que você tá aqui... – Ele respirou fundo, abraçando-a o mais próximo que conseguia e a beijou longa e demoradamente.
*-*-*-*-*-*
Assim que saiu do palco, Louis foi procurar por , mas não a encontrou. Ele trocou de roupa e, com os outros meninos, foi para o ônibus. Ela estava lá, esperando por eles. Mas Liam chegou nela antes.
- O que aconteceu? – Liam perguntou. Ele não precisava de muito para saber que ela não estava bem. sorriu com a pergunta dele e sentiu as lágrimas voltarem aos olhos. Ela teve que fazer muito esforço para engolir o choro.
- Vamos sair daqui – Liam entrelaçou seus dedos com os dela.
- – Louis chamou.
- Agora não – Ela disse baixinho.
Louis olhou para ela e depois para Liam, que balançou a cabeça negativamente. Os dois saíram do local do show e entraram no primeiro táxi que passou. Assim que entrou no táxi, se aninhou em Liam e começou a chorar baixinho. Ela ouviu quando ele disse um endereço ao taxista, mas não se importou em saber pra onde iam.
Por um momento, Liam não disse nada. Apenas a deixou chorar, enquanto ele passava os dedos por entre o cabelo dela. Liam a mantinha em um abraço firme e assim ela se sentia muito confortável pra poder chorar o quanto quisesse.
- Vamos descer – Ele disse, quando o táxi parou.
Eles estavam em uma mini galeria de restaurantes. Liam a conduziu até o que parecia ser uma padaria e sentaram-se em uma mesa do lado de fora, o mais afastado possível da porta.
- O que tá acontecendo? – Liam perguntou olhando pra garota. Os olhos contornados de preto dela já estavam borrados, porém ela havia parado de chorar. contou o motivo de sua visita surpresa, a foto que vira no site. E como havia encontrado Louis naquela noite, mais cedo.
- , a Pam e a Lottie chegaram ontem, mas só hoje elas apareceram. E eu posso te dizer com certeza que o Louis é completamente apaixonado por você. A ponto de não ter olhos pra mais ninguém quando você não ta por perto. Ele só consegue pensar no casamento.
Ela respirou fundo, sentindo a garganta fechar por causa das lágrimas de novo.
- Você o conhece – Liam continuou – Sabe que ele jamais te magoaria intencionalmente, certo? – Liam entrelaçou sua mão na dela e deu um leve sorriso – Agora vem – Ele se levantou com ela – Quero te levar em um lugar.
*-*-*-*-*-*
Zayn estava quase dormindo, quando a campainha do quarto de hotel o acordou. Ele abriu apenas um dos olhos, bem a tempo de ver abrir a porta e pegar uma enorme taça de sorvete com bolo de chocolate e um pacote de Ruffles. Ele sentou-se na cama e esfregou os olhos.
- Você acordou! – Ela disse, já de deliciando com a taça de sorvete.
- Sim – Zayn sorriu quando ela sentou-se ao seu lado. – Pra onde vai tudo isso, hein?
- Pra ele – disse, apontando pra barriga.
- Ah... Eu estava pensando – Zayn disse se espreguiçando e, por um segundo, se esqueceu do sorvete e se concentrou apenas na barriga chapada do namorado – Já que estamos aqui, podíamos visitar minha família. Eles querem mesmo te conhecer.
- Mesmo? – passava um pedaço de bolo de chocolate no sorvete. A ideia de conhecer a família de Zayn a deixara um pouco nervosa, mas era uma coisa que aconteceria mais cedo ou mais tarde. – Tudo bem, vamos.
- Posso provar esse sorvete? – Zayn perguntou, cheio de intenções.
Antes que ela pudesse responder, Zayn pegou a taça e deitou a garota sobre o colchão, subindo a camiseta dela até a barriga estar toda a mostra.
- Zayn! – Ela riu, antes mesmo de saber o que ele ia fazer.
Ele retribuiu o sorriso e então, passou o dedo no sorvete e depois melou a barriga dela. se arrepiou quando sentiu o sorvete gelado contra a sua pele quente, mas se arrepiou mais ainda quando Zayn começou a lamber o sorvete com a ponta da língua. Ela fechou os olhos e enroscou seus dedos por entre o cabelo dele. A língua de Zayn ia descendo perigosamente e ela apertou o ombro dele.
- Melhor sorvete da minha vida – Ele disse, antes de beijá-la com a boca gelada.
*-*-*-*-*-*
e Liam andaram apenas alguns quarteirões e então pararam em frente uma pequena porta embaixo de um letreiro em néon verde e vermelho onde lia-se as palavras “The Bar’s”. Liam empurrou a porta e entrou atrás dele.
O lugar parecia um bar de motoqueiros de estrada. A fumaça de cigarros encobria a maior parte do ambiente. Quatro mesas de bilhar estavam dispostas ao fundo e todos os presentes, a maioria com jaqueta de couro e cabelo comprido, estava com alguma bebida na mão.
- Liam Payne – disse, observando o lugar – Eu não conhecia esse seu lado rebelde.
Liam gargalhou, jogando a cabeça pra trás.
- Foi o Zayn quem me trouxe aqui, a primeira vez. Nós costumamos vir aqui quando estamos na cidade – Liam explicou, dando de ombros – Vamos jogar.
Então, ele e foram até uma mesa de bilhar vazia. Liam pegou um tacou e passou um pouco de giz na ponta, a garota repetiu seu gesto. Liam posicionou as bolas coloridas no meio da mesa e então tirou o suporte.
- Primeiro as damas – Ele disse.
segurou o taco da maneira apropriada e, mirando na bola branca, ela acertou a azul e todas as outras se espalharam. Porém, ela não mandou nenhuma para o buraco.
- Ahn, você sabe que eu não sei jogar isso direito, né? – Ela disse, enquanto Liam jogava três bolas de uma vez para o buraco.
- Sério? – Ele levantou as sobrancelhas. – Que bom, assim eu ganho mais fácil – Ele riu com a cara dela – Tô brincando, eu ajudo.
Liam foi até a garota e ficou atrás dela. Passando seus braços ao redor dela, ele segurou o taco por cima de suas mãos.
- Você é canhota. Então, sua mão esquerda vai ser seu apoio – Ele dizia, enquanto posicionava a garota corretamente. Liam estava falando com a boca no ouvido de e ela se esforçou muito para ignorar os arrepios que subiram por seu corpo.
- Inclina um pouco – Liam disse e deu um passo pra frente com ela. se inclinou um pouco sobre a mesa, sentindo que Liam estava muito mais perto do que era recomendável. Então, com um movimento rápido, Liam mirou a bola branca e acertou a laranja.
- É assim que se joga, baby - Ele piscou pra e deu a volta pela mesa enquanto ela se recuperava de sua pequena aula de bilhar.
*-*-*-*-*-*
pensava que nada era mais lindo do que o Big Ben em noite de ano novo, ou a vista do topo da Torre Eiffel. Mas nada se comparava com aquele par de olhos castanhos tão doces que estavam olhando pra ela. E foi assim que ela acordou na manhã seguinte.
- Há quanto tempo você tá me olhando? – Ela perguntou, piscando demoradamente os olhos.
- Tempo o suficiente pra conseguir memorizar os detalhes do seu rosto – Zayn respondeu, enquanto deslizava o indicador pelo nariz dela.
- Você não pode ser tão fofo assim, sabe? – disse, enquanto sentia o carinho de Zayn.
- Claro que posso. Você é minha e é meu dever te fazer sentir especial, todas as horas do dia.
- Awn! – Foi tudo o que ela conseguiu dizer. esticou os braços e Zayn a abraçou, rindo.
Zayn esperava terminar de se arrumar para irem até a casa de seus pais, incrivelmente ele tinha ficado pronto antes dela.
- Zayn, olha isso! – saiu do banheiro e ficou parada na frente dele. Ela estava apenas de sutiã e com uma calça jeans aberta.
- O quê? – Zayn perguntou, sem entender o que a namorada queria.
- A minha calça não fecha mais! – disse, tentando em vão fechar o botão do jeans. Ela desistiu, derrotada e sentou ao lado dele, bufando.
- Isso é bom. Quer dizer que nosso bebê tá crescendo. – Zayn riu, enquanto passava a mão na barriga dela.
- E o que eu faço? Ando pelada por aí?
- Não é o que eu recomendo. – Zayn disse, passando a mão no queixo.
suspirou e levantou, indo procurar outra roupa.
*-*-*-*-*-*
Era quase onze horas da manhã quando e Liam entravam no hall do hotel. Eles ficaram a noite toda jogando bilhar, melhorando a cada partida, e até jogaram com outras pessoas. Quando estavam voltando para o hotel, Liam viu um estúdio de tatuagem e teve uma idéia. O resultado foi uma tatuagem conjunta: ele tatuou metade do símbolo do infinito no tornozelo esquerdo. A outra metade estava no tornozelo dela.
Eles estavam esperando o elevador e, quando este finalmente chegou, e Zayn saíram de dentro dele.
- Awn, meu Deus! – disse, abraçando a amiga. estava usando um vestido azul que deixava sua barriga bem marcada – Que coisa fofa você tá!
- Você tá bêbada a essas horas da manhã? – perguntou, quando a soltou.
- Claro que não – Liam respondeu por ela – Ela estava comigo.
- Como se isso garantisse alguma coisa – deu de ombros e ignorou a cara pseudo-indignada de Liam.
- Onde vocês vão? – perguntou, segurando a porta do elevador.
- Vamos até a casa dos meus pais – Zayn respondeu.
- Que bonitinho, vai conhecer a sogra, – disse e revirou os olhos. A verdade era que ela estava mesmo nervosa com esse encontro: não sabia o que esperar! Havia 50% de chance da família de Zayn gostar dela, assim como também havia 50% de chance de eles não gostarem, e era essa parte negativa que a preocupava. O que iria falar para o seu filho quando ele pedisse para visitar os avós?
- Até mais tarde – se despediu dos amigos e saiu com Zayn.
e Liam entraram no elevador e ele apertou o botão do 22º andar. Ela encostou no canto do elevador e, antes que pudesse pensar, Liam já estava abraçando-a.
- Obrigada por ter ficado comigo ontem à noite – Ela agradeceu, apertando o abraço.
- Eu ficaria com você todas as noites para ter certeza de que na manhã seguinte você estaria sorrindo. – Liam disse baixinho e, mais uma vez, ela se arrepiou.
O elevador chegou ao andar deles e Liam soltou a mão dela.
- O quarto do Louis é o último do corredor – Ele sorriu e entrou em seu quarto.
ficou parada na porta de número 801. Ela encarava os números. pegou o celular, só pra ter certeza de que não tinha mesmo nenhuma mensagem ou chamada perdida de Louis. E não tinha. Ela estava irritada por ele não tê-la procurado, mas também estava aliviada: assim não brigariam de cabeça quente. tocou a campainha e instantes depois, Louis abriu a porta: aqueles olhos claros que podiam ser, com certeza, sua cor favorita. O cabelo bagunçado da maneira mais linda do mundo. O cavanhaque e a barba for fazer...
- – Louis disse. Eu ficaria com você todas as noites para ter certeza de que na manhã seguinte você estaria sorrindo.
Ela repassou a frase de Liam na cabeça.
Liam podia fazê-la sentir arrepios, mas nada se comparava ao que sentia quando olhava para Louis. E ela teve mais certeza ainda disso quando ele passou os braços em volta de sua cintura e a beijou como se sua vida dependesse disso.
- É aqui – Zayn disse estacionando o carro em frente a uma grande casa. A construção era simples, porém bem moderna. Ele saltou do carro e foi até a porta de , abrindo-a para ela. – Vamos?
- Zayn... – Ela choramingou, enquanto entrelaçava seus dedos com os dele – E se eles não gostarem de mim? – fez bico e Zayn riu, logo em seguida passando o polegar por sua bochecha.
- Eles vão te adorar, é impossível o contrário acontecer. Até porque é você quem vai passar o resto da minha vida comigo... , você é mãe do meu filho! – Zayn encostou sua testa na dela e fechou os olhos, tentando se acalmar – Eles também vão ficar felizes por isso.
sorriu, absorvendo as palavras dele. Ela colou seus lábios aos dele e se demoraram um pouco ali.
- Eu amo você – Ela disse, antes de saltar do carro. Zayn segurou firme em sua mão e os dois foram até a porta.
Zayn tocou a campainha e imediatamente uma gritaria começou dentro da casa. olhou para ele de soslaio e percebeu que o garoto sorria.
- ZAYN! – Três garotas gritaram ao mesmo tempo, quando abriram a porta.
- Hey! – Ele deu um abraço de urso nas três.
- Mas por que você tocou a campainha? – A menor delas perguntou.
- Porque eu sabia que vocês iriam ficar loucas pra atender – Ele riu, bagunçando o cabelo dela. – Meninas... – Zayn abraçou pelo ombro – Essa é a , minha namorada.
- OI! – As duas mais velhas praticamente pularam em cima da garota. riu, retribuindo os abraços. A mais nova apenas acenou de onde estava.
Eles entraram e foram direto para a cozinha, onde os pais de Zayn os esperavam. A mãe dele largou o fogão e o abraçou demoradamente.
- Quanta saudade – Ela disse e teve certeza de que ela fazia um enorme esforço para não chorar ali mesmo. Depois o pai dele o cumprimentou também com um abraço.
- Você deve ser a – O pai de Zayn sorriu, tocando o ombro da garota.
- Sim, sim.
- Você é linda! – A mãe de Zayn disse, abraçando-a e depois acariciando-lhe a barriga.
- Obrigada – riu, sem jeito. Estava um pouco mais aliviada.
As três garotas arrumaram a mesa e logo todos já estavam sentados para o almoço. As meninas não paravam de fazer perguntas a Zayn e sempre mantinham na conversa. Menos Safaa, a mais nova. Ela fazia questão de não olhar diretamente para a namorada do irmão.
- Espero que você goste de panquecas – A mãe de Zayn disse, colocando uma bandeja na mesa.
- Eu adoro – respondeu, visivelmente aliviada por não ter de experimentar nenhuma comida típica paquistanesa.
- Quando vocês vão se casar? – Doniya, a irmã mais velha perguntou. Todos na mesa ficaram quietos, esperando a resposta. Principalmente . Ela e Zayn nunca haviam falado em casamento. Claro, iriam morar juntos e, para alguns, isso já poderia ser considerado um casamento; mas ela deixou que Zayn respondesse.
- Vamos morar juntos – Zayn disse e, para sua surpresa, ficou um pouco desapontada. Não sabia o porquê. Ela não esperava que ele a pedisse em casamento, muito menos num almoço em família. Mas no fundo, queria que a resposta dele fosse outra.
- Mas não é a mesma coisa! – Waliyha disse, olhando de para Zayn – Vocês precisam casar, de verdade! Com vestidos, festas e tudo o mais. Adoraríamos ser as madrinhas. Não é meninas?! – Doniya concordou efusivamente. Safaa continuou comendo e apenas balançou a cabeça negativamente.
- Meninas – O pai de Zayn as repreendeu, mas com um sorriso no rosto – Tenho certeza de que eles sabem o que o melhor para eles.
sorriu com a resposta do sogro. Ela concordava com ele.
*-*-*-*-*-*
- O que é isso? – Louis perguntou. Ele e ainda estavam deitados. Ele sentou na cama e puxou o edredom, aproximando-se para ver o tornozelo da garota. – Tatuagem nova?
- Sim... Fiz essa noite com o Liam.
- Você tatuou o símbolo do infinito com o Liam?
- Sim – respondeu simplesmente e viu a expressão de Louis mudar. – O que foi? – Ela perguntou, antes que ele pudesse dizer algo.
- O símbolo do infinito, . Com o Liam.
- O que tem, Louis? Nós somos amigos.
- Muito, pelo o que posso ver.
- Sim, muito pelo o que você pode ver.
- Eu tenho medo do que eu não posso ver – Louis disse e foi para o banheiro, batendo a porta depois que entrou.
- Mas que merda! – disse sozinha, afundando o rosto no travesseiro.
cochilou, mas acordou quando Louis saiu do banheiro.
- Você tá bravo comigo. – Ela disse, enquanto o garoto se vestia. Louis não respondeu imediatamente. Ele suspirou depois de algum tempo e sentou na ponta da cama.
- Eu não tô bravo, . Na verdade, não acho que eu consiga ficar bravo com você... Mas, sei lá. Eu tô com ciúmes, e eu sei que isso é ridículo.
- Não é ridículo, eu te entendo. – Ela disse, engatinhando até ele. sentou no colo de Louis, abraçando-o pelo pescoço. – Eu só não consigo entender essa desconfiança que você tem... Poxa, Louie. Eu te amo e o Liam também. Acha que faríamos algo tão baixo assim com você?
- Não... Não é isso... – Louis escondeu o rosto na curva do pescoço dela. – Eu só tenho um pouco de medo de que, um dia, o Liam acorde e perceba a garota maravilhosa que ele perdeu – Louis apertou o abraço e sentiu como se ele estivesse abraçando seu coração. Ela riu baixinho, enterrando os dedos no cabelo dele.
- Isso não vai acontecer. Sabe por quê? Porque o Liam nunca me teve, não da maneira como você tem e sempre vai ter.
Louis se afastou um pouco para olhá-la nos olhos e quase perdeu o fôlego com aquele par de olhos claros a encarando. Ela engoliu em seco, assustada com o efeito que ele tinha sobre ela, mesmo depois de tanto tempo.
- Me desculpa por ser um idiota.
- Contanto que você seja o MEU idiota, eu posso te desculpar pro resto da vida. – Ela mordeu a bochecha dele – Me desculpa por ser ciumenta.
- Contanto que você só tenha ciúme de mim, pro resto das nossas vidas... – Ele riu, dando de ombros.
*-*-*-*-*-*
Depois do almoço, Zayn foi ajudar as garotas com a louça enquanto seu pai procurava álbuns de família para mostrar pra . Ela e a mãe de Zayn estavam na sala conversando.
- Eu gostaria de ter te conhecido antes – A mãe dele disse. – Mas a agenda do Zayn é tão louca e lotada... – Ela deu de ombros – Bom, só queria que você tivesse certeza de que é muito bem-vinda nessa família. E eu estou ansiosa para ser avó.
- Obrigada – disse e sentiu que seus olhos ficaram um pouco marejados. Não sabia se era por causa dos hormônios da gravidez, mas estava extremamente feliz e aliviada por ter sido aceita.
Depois de algum tempo de conversa, pediu licença para ir até a cozinha pegar um pouco de água. Ela parou na porta quando viu que Zayn conversava com Safaa. A garota estava sentada num banco alto e Zayn estava na frente dela, mexendo em seus cabelos.
- O que foi, Safaa? Por que você tá com essa carinha?
- Eu não quero que você se case... – A garota disse, cruzando os braços.
- E por que não? Você não gostou da ?
A garota não respondeu de imediato. Depois de um tempo, ela disse:
- Não é isso – Ela levantou o olhar até Zayn. Era possível ver o quanto ela o adorava. – Ela é muito legal. Mas... Você passa tanto tempo longe, Zayn! E agora você tem ela e vai ter um bebê... Você nunca mais vai voltar. Ela vai te roubar de mim. – Ao final, a garotinha já estava chorando e Zayn a abraçou.
- Ei, isso não é verdade – Ele dizia, enquanto passava a mão pela cabeça dela. Safaa mantinha suas mãos bem presas à cintura do irmão. – Você sabe que eu venho sempre que consigo. E você também pode me visitar sempre que quiser. – Zayn olhou para e fez sinal para que ela se aproximasse. – A é mesmo uma pessoa muito legal, Saf. Ela nunca me roubaria de você, e nem o bebê. Aliás, eu tenho certeza de que ele vai adorar ter você como tia. – sorriu ao ver todo o cuidado e carinho que Zayn tinha com a irmãzinha. Eram gestos como esses que a faziam amá-lo cada vez mais. E ela teve certeza de que ele seria o melhor pai do mundo.
Movendo os lábios, ela perguntou se poderia conversar com Safaa e Zayn balançou a cabeça positivamente, se afastando do abraço em que mantinha a irmã para que as garotas pudessem conversar.
- Safaa – chamou e a garota olhou para ela, enxugando as lágrimas com a ajuda de Zayn – O seu irmão está certo: eu nunca vou tomar seu lugar e nem o das suas irmãs. E na verdade eu estou muito feliz, porque acho que você vai poder me ajudar com o bebê – olhou pra Zayn e ele sorriu.
- Sério? – Safaa sorriu em meio as lágrimas.
- Claro que sim.
- Obrigada! – A garotinha abraçou , que riu – Desculpa por ter sido chata com você. Eu quero mesmo que vocês se casem pra eu usar um vestido lindo!
riu alto e Zayn abraçou as duas garotas.
Zayn e voltavam para o hotel e uma chuva fina começou a cair. Eles estavam muito animados, principalmente a garota que não parava de elogiar a família dele. Someone like you tocava baixinho dentro do carro, e Zayn ria da tentativa falha de de imitar Adele.
- Ainda bem que você não depende da sua voz pra viver – Zayn disse rindo. olhou pra ele e fez uma cara pseudo-indignada.
- Você está insinuando que eu canto mal, Malik? – perguntou, lá fora a chuva aumentava e Zayn teve que ligar o pára-brisas.
- Não estou insinuando nada, eu estou afirmando. – Zayn mostrou a língua pra ela e se aproximou para lhe morder a bochecha.
*-*-*-*-*-*
estava saindo do restaurante do hotel, quando viu Lottie e Pam se aproximarem. Ela cumprimentou a cunhada, mas não foi tão amável quando se dirigiu à Pam:
- Escuta aqui – segurou no braço dela – Eu não gosto de você, realmente não gosto. Só te tolero porque você é amiga da Lottie. E essa é a última vez que eu vou te falar educadamente: pare de gracinhas com o Louis. Não sei se você percebeu, mas ele não está interessado. Ele só é muito educado. – sorriu e soltou o braço da garota que ficara sem reação.
*-*-*-*-*-*
A chuva estava muito forte e Zayn mal conseguia enxergar o que estava a sua frente na estrada lá fora. estava com os pés apoiados no painel do carro e estava quase dormindo.
- Hey – Ele se virou pra ela – Vai me deixar sozinho aqui?
Ela sorriu e tirou as pernas do painel, mas não teve a chance de responder. A próxima coisa que viu foram faróis muito fortes vindo em direção ao carro. E então tudo ficou escuro.
Zayn acordou a tempo de ver o motorista do outro carro sair cantando pneu na pista escorregadia. Ele estava confuso, sua cabeça doía e ao passar a mão na testa ele sentiu que estava sangrando. Lentamente ele virou a cabeça para o lado e o que viu o fez soltar um grito de pavor.
- Não... Não... – Ele repetia enquanto tentava, com mãos trêmulas, soltar seu cinto de segurança.
estava desacordada, com a cabeça encostada na janela estilhaçada. O carro batera contra o seu lado, por isso ela havia sofrido o maior impacto. A parte de baixo de seu vestido estava completamente ensangüentada. Zayn conseguiu soltar o cinto e levou os dedos ao pescoço dela, pra sentir seu pulso. Ele suspirou aliviado quando conseguiu achar sua pulsação; fraca, mas estava lá. Então ele alcançou o celular e chamou a emergência.
Quando Zayn acordou, ele sabia que já estava no hospital. Entretanto, algumas coisas ainda estavam confusas: ele se lembrava da emergência chegando e que foram levados para Londres em um helicóptero. Depois disso, não lembrava de mais nada.
- Ele acordou – Uma voz desconhecida disse e Zayn percebeu que duas enfermeiras estavam no quarto com ele. Uma delas se aproximou e checou seus sinais vitais no monitor, logo em seguida fazendo algumas anotações.
- E a minha namorada? – Ele perguntou, sentindo a voz sair rouca – E o bebê?
As duas mulheres se entreolharam, porém não responderam. Zayn sentiu quando uma delas lhe injetou um remédio na veia, que logo começou a fazer efeito.
- Ei... Eu preciso saber – Ele tentava dizer, mas logo sua voz sumiu assim como sua visão.
*-*-*-*-*-*
Zayn acordou sozinho no quarto e sua garganta queimava de sede. Ele virou a cabeça e, com dificuldade, conseguiu alcançar o copo com água que havia no criado mudo ao lado de sua cama. Ele estava terminando de beber, quando um senhor de meia idade entrou no quarto.
- Olá, Sr. Malik – O médico sorriu ao ver que Zayn estava acordado. – Eu sou o Dr. Duncan.
- A está bem? – Foi a primeira coisa que Zayn perguntou.
O médico ajeitou seus óculos meia lua e se aproximou da cama.
- Ela sofreu o maior impacto da batida. Quebrou o tornozelo esquerdo, sofreu uma concussão na cabeça e perdeu muito sangue... – A medida em que o médico ia falando, Zayn escutava sua voz ficar mais longe.
- Ela vai ficar bem? E o bebê? Ele está bem?
- Sim, ele está bem. Felizmente, nada aconteceu com ele. Mas ela está em coma. A concussão foi realmente muito grave.
- O quê? E o que isso quer dizer? Quando ela vai acordar?
- Infelizmente não há como saber. Pode demorar um dia ou 10 anos. O cérebro humano ainda é um mistério, porém a medicina está avançando muito. O meu conselho é que você seja otimista. – O médico tentou oferecer um sorriso. Ele anotou algumas coisas em sua prancheta e foi até a porta – Os seus amigos estão aqui para vê-lo.
O Dr. Duncan saiu e segundos depois os garotos e entraram. Todos estavam muito quietos e abalados. Eles não disseram muita coisa, porém o abraço que deram em Zayn foi mais reconfortante do que qualquer palavra. ficou segurando sua mão, enquanto ele contava o que conseguia lembrar da noite do acidente.
- Há quanto tempo nós estamos aqui? – Zayn perguntou, tomando mais um pouco de água.
- Há dois dias – Niall respondeu.
Eles ficaram com Zayn até o horário de visitas acabar e a enfermeira teve que pedir que se retirassem. Eles saíram a contragosto e prometeram que voltariam no dia seguinte. Já passava das duas da manhã, mas Zayn não conseguia dormir. Ele não sentia mais dor, os sete pontos que levara na linha do cabelo apenas incomodava. Então ele se levantou e foi procurar o quarto de . No caminho, encontrou uma enfermeira que o ajudou a chegar ao quarto dela.
estava muito pálida por baixo de todos aqueles tubos que a ajudavam a respirar e havia um curativo em sua têmpora esquerda. Zayn puxou a cadeira e sentou-se ao seu lado, entrelaçando sua mão com a dela.
- Por favor, acorde logo... – Ele disse baixinho, já sentindo as lágrimas rolarem por seu rosto. – Eu não posso ficar sozinho sem você e o nosso bebê também não... Eu sei que você é forte, mas eu não... Nunca conseguiria nada sem você do meu lado. Por favor, ... – Zayn lhe deu um beijo na mão e adormeceu pensando que trocaria de lugar com ela se pudesse.
- O que você está fazendo aqui? – Zayn acordou com a pergunta do Dr. Duncan. Ele passara a noite segurando a mão de .
- Eu dormi aqui – Zayn respondeu enquanto se levantava. – Ahn, Doutor... Eu tenho uma pergunta.
- Sim?
- Existe a possibilidade de o bebê nascer mesmo com ela estando em coma?
- Sim – O Doutor respondeu – Sim, isso é possível. É claro que ele teria que passar alguns dias na incubadora para se fortalecer, mas isso é possível. – Zayn apenas concordou com a cabeça. – Vamos – O médico o chamou – Você vai receber alta.
Zayn já podia ir para casa. Ele teria que esperar duas semanas para que os pontos cicatrizassem e então voltaria para tirá-los. Fora isso, estava apenas com alguns hematomas nas costelas direitas. Mas ir para casa nunca foi realmente uma opção, então ele ligou para e pediu que ela trouxesse algumas roupas pra ele.
foi para o hospital assim que Zayn ligou e os dois estavam tomando um chá, quando ele lhe contou o que o médico dissera.
- Você entendeu o que isso quer dizer, ? – Zayn perguntou – Isso quer dizer que ela pode ficar em coma pra sempre.
- Você não pode pensar assim. É sério, em momentos assim é preciso reunir toda nossa fé e esperança.
- Eu nunca vou me perdoar se algo acontecer...
- Ei, nada disso foi culpa sua, Zayn.
Zayn passou a semana seguinte com , sempre conversando com ela. Seu estado permanecia igual, ela não havia piorado, porém nenhuma melhora foi constatada. Todos os dias seus amigos iam para o horário de visitas e todos os dias as enfermeiras tinham de lembrá-los que precisavam ir embora.
Um dia, depois de alguns exames de rotina, o Dr. Duncan perguntou se Zayn sabia o sexo do bebê.
- Não.
- Bom, de acordo com este novo ultrassom, é um menino. Parabéns. – O médico sorriu e entregou o ultrassom para Zayn, saindo do quarto logo depois.
- É um menino – Zayn disse, acariciando a barriga de que parecia crescer mais a cada dia. – Você precisa acordar logo pra gente pensar no nome.
Naquela noite, Zayn acordou com alguém lhe acariciando o rosto. Lentamente ele abriu os olhos e despertou por completo quando viu que estava acordada.
- Daniel – Ela disse num sussurro.
- O quê?
- Eu gosto... Eu gosto de Daniel – Ela piscou e engoliu em seco – Quero que esse seja o nome do nosso bebê.
- Você ouviu? – Zayn perguntou, enquanto acionava o botão pra chamar e enfermeira.
- Sim... Eu ouvi tudo.
- Eu juro que tô bem! – dizia pela terceira vez.
Depois que acordou do coma, ela passou mais três dias no hospital e então recebeu alta. Agora estava em casa com Zayn e todos os seus amigos preocupados com ela.
- Sim, mas você não pode se esforçar – Harry a lembrou.
- Eu não estou me esforçando, só estou me sentando. – Ela disse, enquanto ajeitava o travesseiro em suas costas.
recebeu várias recomendações do médico, entre elas, ficar de repouso pelas próximas duas semanas. Zayn também não podia correr uma maratona, por isso cancelaram todos os shows das próximas semanas. Estavam todos no quarto reunidos na cama ao redor de , quando percebeu que a amiga estava quase dormindo.
- Ai, você tá cansada! – Ela disse, levantando-se da ponta da cama. – Vamos embora, cambada.
- Não, podem ficar! – protestou, mal conseguindo manter os olhos abertos.
- Não, .- Niall concordou – Você precisa descansar.
- É, nós voltamos amanhã – Liam sorriu e lhe beijou a testa, assim como todos os outros garotos. Eles se despediram de e Zayn e foram embora, deixando os dois realmente sozinhos desde a noite do acidente.
esticou os braços para Zayn e ele deitou-se na cama ao seu lado. Ela logo se aninhou a ele, encostando a cabeça em seu peito.
- Me desculpa... – Ele disse, enquanto acariciava as costas dela.
levantou os olhos para ele.
- Te desculpar? – Ela perguntou sem entender.
- Sim... Eu fiquei tão apavorado. Não me perdoaria nunca se algo acontecesse com vocês...
- Ei! Nada disso foi culpa sua. – segurou no rosto de Zayn, acariciando seu queixo. – Para de se culpar.
Zayn selou seus lábios com os dela e finalmente puderam dormir em paz.
*-*-*-*-*-*
As duas semanas seguintes se passaram em meio a muitos cuidados e atenção extra. Quando os garotos ficaram sabendo que o bebê seria um menino, eles ficaram eufóricos. Zayn já estavam sem os pontos e muito preocupado se ficaria com uma cicatriz na testa. Para seu total alivio, o médico lhe passou uma pomada realmente milagrosa e a cada dia a cicatriz desaparecia mais. também estava quase totalmente recuperada, não fosse por seu tornozelo.
- Nós vamos adiar o casamento – disse. Era um domingo chuvoso e preguiçoso e as duas estavam jogadas no sofá. Ele e os outros garotos estavam gravando um programa de tv.
- O quê? Por quê?
- É melhor você se recuperar totalmente.
- Não! Claro que não, . Eu já tô bem. E o casamento é só daqui um mês, até lá estarei totalmente recuperada.
- Não sei, ... O médico disse que você não podia se esforçar.
- , qual o esforço em ser madrinha de casamento?! É sério, não faz isso... Vou me sentir péssima.
- Okay, tudo bem!
As duas voltaram a atenção pra televisão onde passava Tudo para ficar com ele, e logo os garotos chegaram. Eles riam e conversavam alto.
- Eeeei, o que é isso?! – perguntou, desligando a tv e ignorando totalmente o fato de que estava mesmo assistindo ao filme.
- Estamos planejando a despedida de solteiro do Louis! – Niall disse, pulando nas costas do amigo.
- Despedida de solteiro? – repetiu.
- É mesmo! – se manifestou – Temos que planejar a sua também, .
- Não, espera aí... – se levantou. – O que vocês vão fazer?
- Vamos a um clube de strippers, baby – Liam disse, fazendo uma cara pseudo-sexy.
- Como se a Danielle fosse deixar – disse e Liam calou a boca, sentando-se no braço do sofá.
- É mentira, não vamos a nenhum clube de strippers – Louis tranqüilizou a noiva.
- É – Zayn concordou, entrelaçando seus dedos com os de – Na verdade, ainda não sabemos o que fazer.
- Temos que fazer algo que o Louie nunca mais poderá fazer depois que casar. – Harry disse e todos os garotos, inclusive ele, explodiram em risadas. e se entreolharam sem entender.
- Eu tive uma idéia – disse, depois que eles pararam de rir. – Normalmente as despedidas são um dia antes do casamento, certo?
- Bom, se formos ao clube de strippers não poderemos ir um dia antes. Senão não acordaremos a tempo do casamento! – Liam disse e os outros garotos riram.
- Para de ser tarado, Payne! – disse e jogou uma almofada nele.
- Qual sua ideia, ? – Louis perguntou.
- Vamos todos a um spa! – sorriu seu melhor sorriso Demi Lovato.
- Adorei! – e Harry concordaram.
- Mas um spa é muito parado – Zayn disse.
- Quem vê pensa que você é o maior baladeiro, hein, Malik – dissse, batendo de leve na coxa do namorado.
- Spa é relaxante – argumentou – E é disso que precisamos antes do casamento: estar relaxados.
- Precisam renovar as energias para a lua de mel, né? – Harry disse, fazendo todos rirem.
- Bom, então vai ser isso! – concluiu a conversa.
- Ótimo, já vou fazer nossas reservas – Niall disse, indo até o escritório onde ficava o computador de Zayn.
- Ele me assusta com essas inclinações á organizador de eventos – Louis disse.
- Bom, se nada der certo, ele pode ser promoter! – disse.
No dia seguinte, e Zayn foram até o shopping. Eles iam começar a montar o quarto do bebê e estavam em uma loja de móveis. Eles andavam distraidamente por entre camas e mais camas, quando ouviram alguém chamar Zayn. Os dois se viraram:
- Perrie?! – Zayn disse, realmente surpreso. Não menos surpreso que .
- Olá – A garota sorriu e acenou de onde estava. Fisicamente a garota estava muito bem: os cabelos loiros estavam soltos e muito brilhantes, a bochecha rosada e não por causa de blush e os olhos bem delineados como sempre. se perguntava se emocionalmente ela também estaria tão bem.
Zayn se aproximou e a abraçou.
- Como você está? – Ele perguntou, mas queria mesmo perguntar se ela tinha melhorado.
- Bem, muito bem. Já tem um mês que recebi alta – Perrie sorriu e voltou sua atenção pra que ainda estava de mãos dadas com Zayn – Vejo que vocês estão ótimos! – Ela disse, olhando pra barriga de .
- Você está sozinha? – Zayn perguntou e o agradeceu mentalmente por fazer Perrie mudar o foco. Não sabia o que faria se a garota quisesse tocar sua barriga.
- Não, na verdade...
Perrie estava falando, mas foi interrompida quando um rapaz tocou seu ombro.
- Amor – Ele disse e imediatamente reconheceu aquele sotaque.
- Jean Patrick – disse, olhando para o rapaz que não mudara em nada: muito loiro, com o cabelo preso em um pequeno rabo de cavalo na nuca, os olhos muito azuis indo da barriga de para Zayn.
- Olá – O francês disse, meio desconcertado.
Zayn olhou para e teve que segurar para não rir da cara dela.
- Ahn... – Perrie limpou a garganta, percebendo o quão estranha era aquela situação. – Bom... Jean Patrick e eu estamos namorando... Viemos comprar algumas coisas. Vamos morar juntos – Perrie sorriu e esticou a mão, mostrando o enorme anel de diamante em seu dedo.
- Que ótimo! – disse. – Fico muito feliz por vocês. – E ela realmente estava, afinal, os dois ficavam muito bem juntos e, além do mais, se Perrie estava com Jean Patrick era sinal de que tinha esquecido Zayn!
- Eu também. – Zayn disse, com um sorriso enorme. – Vocês foram feitos um para o outro!
Eles se despediram e saíram rapidamente da loja, morrendo de rir. Porém, teve que parar duas vezes no banheiro para vomitar. Ela tinha certeza que era culpa daquele francês de merda, já que só de olhar pra cara dele ela lembrava daquela comida francesa nojenta.
*-*-*-*-*-*
e Louis estavam na casa em que morariam depois do casamento. O lugar ainda estava vazio, devido às pequenas reformas que estavam fazendo: Louis queria uma sala de jogos e um jardim de inverno. Já estava anoitecendo e os operários não estavam mais trabalhando.
- Eu tô tão ansiosa pra me mudar! – disse, enquanto Louis acendia algumas velas, já que a lâmpada do quarto estava queimada. O cômodo também estava vazio, a não ser pelo colchão e edredom que Louis levara mais cedo.
- Não, ... – Louis disse – Esse é o momento em que você diz que está ansiosa para ser minha mulher. – Louis balançou a cabeça negativamente, fingindo estar decepcionado e depois riu com ela.
- É óbvio que eu quero que o casamento chegue logo... Não vejo a hora de usar meu vestido. – Ela bateu palminhas.
- Poxa, obrigado por me fazer sentir a parte menos importante desse evento. – Louis cruzou os braços e fez bico. riu e se aproximou dele.
- Bobão. – Ela o abraçou pelo pescoço. – Você é a melhor e a mais importante parte desse evento.
- Pois é. – Louis suspirou, enquanto a abraçava pela cintura. – Sou mesmo.
Ela riu antes de Louis a beijar. Louis apertou sua cintura, trazendo a garota para mais perto e, sem quebrar o beijou, ele a encostou na parede. colocou suas mãos por dentro da camisa dele e arranhava de leve sua barriga, enquanto ele deixava uma trilha de beijos por seu pescoço. Louis se afastou um pouco e tirou a blusa dela, logo em seguida voltando sua atenção para o pescoço da garota. arranhava sua barriga com mais força e ele contraria cada vez que sentia o toque dela.
- Agora eu sei porque você trouxe o colchão... – Ela disse, enquanto deitava com Louis pairando sobre ela. Ele riu, enquanto tirava a camiseta.
- Vamos estrear a casa nova. – Louis disse, beijando-a intensamente. Ele colocou a mão na coxa dela, por dentro da saia e foi subindo, levantando o tecido junto e ela se sentiu tão quente quanto a chama da vela que queimava.
e Zayn estavam parados na porta do quarto do bebê, que ficara pronto antes do esperado. O quarto não era tão grande, mas era o suficiente para um bebê, todo azul e branco assim como os móveis
- Tá tão bonitinho! – disse e Zayn riu.
- Eu também gostei.
- Cara... Eu não vejo a hora de ele nascer. Essa barriga já tá ficando desconfortável – fez um bico e Zayn lhe deu um selinho.
- Só mais seis meses, eu sei que você agüenta. – Zayn riu quando ela rolou os olhos. - Vem aqui, quero te mostrar uma coisa – Zayn pegou sua mão e a levou até o quarto deles. Lá, ele abriu a gaveta do criado mudo e pegou um envelope. – Abre. – Ele pediu, entregando o envelope a ela.
- O que é isso? – perguntou, enquanto abria o envelope. – Nós vamos para a Austrália? – Ela perguntou, examinando as duas passagens aéreas.
- Sim. Nunca fui...
- Muito menos eu! – Eles riram e guardou as passagens – Por que não me contou antes?
- Era surpresa. Aliás, só o começo da surpresa.
- Tem mais?
- Tem sim, mas eu não vou te falar nada!
- Zayn, que maldade. – se levantou junto com ele e desceram as escadas. – Me fala o que é!
- Eu não vou te falar... – Zayn esperou que ela saísse do apartamento para bater a porta. Ele e os outros garotos iriam experimentar o terno para o casamento.
- Mas eu não posso passar vontade – cruzou os braços entrando no elevador.
Zayn riu, balançando a cabeça.
- Isso não vai funcionar dessa vez. E eu acho que você vai preferir que seja surpresa. Se quando você descobrir, você não gostar... – Zayn deu de ombros, saindo do elevador junto com ela quando o mesmo parou na garagem do prédio. – Você me avisa e ai eu penso em algo.
- Vou falar que não gostei de propósito – disse, afivelando o cinto de segurança enquanto Zayn saia da garagem. – Só pra ver você se virar. – Ela riu da cara de desespero que Zayn fez.
- Eu realmente espero que você goste.
Eles foram os últimos a chegarem na loja e foi com Zayn até o provador dos meninos. O provador, na verdade, era uma enorme sala com espelhos em todas as paredes. Ao fundo, havia cabines para que os rapazes pudessem se trocar e no meio da sala havia um sofá redondo. Além deles, lá dentro também estavam dois funcionários da loja.
- Cadê a ? – Ela perguntou, quando Zayn entrou.
- Pequena criatura... – Niall disse, ele se aproximou da amiga e a abraçou pelo ombro – Você percebe que este é um provador masculino, certo? – Niall disse e riu.
- Eu sei, seu palhaço – Ela lhe deu um tapa no braço e Niall riu, mandando beijo logo em seguida.
- Ela tá provando o vestido – Louis disse, roendo a unha do dedão.
- Obrigada, Tommo. Você é um moço educado – mostrou a língua para Niall e saiu, indo até o provador onde estava. O provador feminino era igual ao masculino. Uma funcionária da loja ajudava fechar o seu vestido, quando entrou.
- Amiga! – fechou a porta atrás de si e se aproximou de .
- Ai, o que foi? – perguntou numa voz chorosa. – Tá muito exagerado? Muito simples? – O vestido era branco e tomara que caia. A saia era de tule com cetim por cima e bem rodada, na barra havia pequenas pedrinhas prateadas e as mesmas pedrinhas estavam no bolerinho de renda que usava por cima, já que ela se casaria no outono.
- , ta perfeito! – disse, enquanto passava a mão no tecido do vestido. – Sério, tá lindo.
- E os meninos? Você os viu?
- Não, eu saí de lá antes... O que você vai fazer no cabelo? E o sapato, já escolheu?
- Não sei o que vou fazer no cabelo, mas vou usar essa tiara – pediu para que a moça da loja lhe trouxesse a tiara e a colocou na cabeça, depois ela calçou o escarpin prateado que usaria.
As duas garotas estavam admirando o vestido refletido no espelho, quando ouviram bater na porta do provador.
- , a gente pode te ver? – Niall perguntou.
- Claro que podemos, o Louis não ta aqui. – Harry disse, já entrando com os outros meninos.
- Nossa! – Zayn disse, colocando a mão na boca.
- Nossa mesmo! – Harry disse. Ele se aproximou e, pegando a mão da garota, a fez dar uma volta. – ? Tem certeza que é você?
- Cala a boca, Styles – disse rindo e lhe deu um empurrão de leve.
- Você tá linda – Liam disse, sorrindo.
- Tá parecendo uma princesa. – Niall disse, dando voltas ao redor da amiga.
- Para, vocês vão me fazer chorar antes da hora. – disse, sacudindo as mãos e então reparou que todos eles estavam vestidos com o smoking preto. – Awn, vocês estão tão lindos – Ela disse, admirando os amigos e os mesmos fizeram pose.
- Estão até parecendo gente... – fez graça e eles riram. Ela até tentou, mas era impossível tirar os olhos de Zayn.
- Tudo bem, nós temos que dar notícias pro Louis – Harry disse saindo com os meninos.
- Ah, eu quero ver o Louis também. – saiu com eles.
- Isso! – bateu palminhas. Ela também estava curiosa para ver Louis de smoking.
Louis os esperava na porta do provador masculino, ainda roendo a unha.
- Então? – Ele perguntou, assim que os meninos se aproximaram.
- Nunca vi a tão linda... Até eu me casaria com ela. – Harry disse.
- Arranja uma pra você – Louis riu, dando um soco de leve no braço de Harry. – Isso é muito injusto, queria muito vê-la.
- Injusto com a gente. A gente só pôde vê-la, você vai casar com ela... – Niall disse, batendo nas costas de Louis.
- Ei, mas o que é isso? Todo mundo resolveu dar em cima da minha noiva agora?
- Não é isso, é que ela tá linda mesmo. – Zayn disse, arregalando os olhos. – Tá vendo?! A nem brigou comigo porque sabe que é verdade. – Zayn disse e todos riram.
- Incrível o que um smoking faz com as pessoas... – disse, olhando os detalhes da roupa de Louis para contar a amiga.
- Tô bonitão, né? – Louis deu um sorriso gigante e abriu os braços.
- Tá sim, Tommo – concordou, rindo. – Bom, vou lá buscar a . A gente se encontra na recepção da loja. – deu um selinho em Zayn e Niall também fez bico. A garota riu, balançando a cabeça e deu um beijo estalado na bochecha do amigo.
O resto do mês passou voando, cada dia havia algum detalhe do casamento para arranjar. As famílias das garotas chegariam uma noite antes da cerimônia e ficariam hospedadas no The Tavern Hole, a pensão em que elas ficaram por um tempo a primeira vez que foram para Londres. Arthur, o taxista irmão da dona da pensão iria buscá-las no aeroporto e fazer todas as viagens de carro que precisassem fazer enquanto estivessem na cidade. já estava totalmente recuperada, ela já tinha voltado para o trabalho mas ainda usava o gesso no tornozelo esquerdo. Zayn, finalmente, havia terminado de se mudar para o apartamento da garota. Ele e os outros meninos remarcaram os shows cancelados por causa do acidente e, depois que cumprissem a agenda, entrariam de férias. Louis e viajariam em lua de mel – ele ainda não lhe revelara o destino, mas a garota tinha uma leve suspeita -, e Zayn iriam para a Austrália e os outros meninos ainda não tinham decidido.
Era tarde de sexta-feira e as garotas estavam quase no fim do expediente quando entrou, sem bater, na sala de .
- Hey, . Bater na porta ainda é algo comum de onde você vem? – perguntou rindo, mas foi interrompida quando colocou um manuscrito em cima de sua mesa.
- Trabalho pra você! – disse e sorriu.
- Ah, não! Por que você não edita? – fez bico, mas mesmo assim pegou o manuscrito.
- Não sei se a Rose me deixaria editar meu próprio livro... – deu de ombros, enquanto abria o manuscrito.
- ! Você terminou!
- Sim – se jogou na cadeira de frente para a amiga. – Mas não sei se é muito bom. Eu prefiro ouvir a verdade de você do que de outra pessoa. – Enquanto falava, já estava terminando de ler a primeira página – Mas não é pra ler agora! Eu não tenho pressa... Vamos entrar de férias, você pode ler lá.
- Acha mesmo que vou ter tempo pra ler? – perguntou, guardando o manuscrito dentro de sua bolsa. – Estarei na Austrália com meu homem. – Ela piscou e riu, enquanto as duas saiam da sala dela.
- Meu Deus, tô vendo que esse barrigão não te atrapalha em nada. – disse, chamando o elevador.
- Você vai entender quando chegar a sua vez.
- Minha vez... – repetiu. As duas entraram no elevador e o assunto foi esquecido por ora, já que haviam outras pessoas com elas agora.
Naquela noite os meninos fariam seu último show antes das férias e a apresentação seria no estádio de Wembley. Klaus as levava para a arena.
- Você sabe que existem algumas fãs que não estão nada contentes com o casamento, né? – dizia, enquanto se atualizava no twitter.
- O que importa é que o Louie e eu estamos – respondeu.
- Elas também não gostaram de saber que o Zayn vai ter um filho.
- Essas meninas extremistas me dão medo. Elas esquecem que eles também são seres humanos.
- E elas não ficaram nada felizes em saber que a banda entraria de férias...
- Isso eu entendo. Mas elas precisam entender que ninguém é de ferro, eles precisam de descanso e, oi! Eu tenho uma lua de mel pra aproveitar. Além do mais, a banda não acabou.
riu do comentário da amiga, porém continuou dando sua atenção para o celular.
- Será que você pode largar essa merda? – perguntou quando Klaus parou em um sinal vermelho e o motorista a olhou pelo espelho.
- Larguei essa merda por tanto tempo que nem sabia que a Perrie estava com o Jotapê... – disse e as duas riram.
- Eu sempre soube que aqueles dois eram farinha do mesmo saco...
- Ai, como você é malvada.
- O quê?! Vai dizer que eu tô errada? – Mais uma vez, apenas riu e não deu a devida atenção à conversa. – MALIK! – gritou.
- O que foi, sua louca?!
- Eu acho melhor você guardar isso, senão...
- Chegamos, senhoritas! – Klaus disse, antes que pudesse terminar sua pseudo-ameaça. Ela estreitou os olhos na direção da amiga,
apenas riu e saiu do carro.
Elas colocaram suas credenciais e foram até o camarim. Elas já eram conhecidas das pessoas que trabalhavam na produção e algumas vieram cumprimentá-las: pelo bebê e pelo casamento.
- Que demora, hein. – Zayn disse, assim que as duas entraram no camarim.
- Estávamos dando autógrafos, você sabe... – abanou o ar e Zayn riu. Ele se aproximou e lhe deu um beijinho.
- , tenho um presente pra você. – Lottie disse. Ela se levantou do colo de Niall e pegou um embrulho. – Aqui – Lottie entregou o embrulho para .
- O que é? – perguntou, enquanto abria. – Ai, que coisinha fofa. – pegou os sapatinhos azuis e levantou para que os outros pudessem ver.
- Ah, mas eu queria ter dado o primeiro sapatinho dele...- disse baixinho em português e fez bico. Como ela estava abraçada com Louis, só ele ouviu.
- É verdade, meu amor... – Louis disse, acariciando o ombro dela. – Agora você traduz pra mim. – Ele também fez bico. riu e disse pra ele, agora em inglês. – Mas sapatos são comuns... Você pode dar a primeira zebra pra ele!
- Ah, é verdade! – bateu palminhas – É por isso que eu te amo.- Louis riu, enquanto a garota lhe enchia de selinhos.
- Não, os próximos serão o Louie e a ! – Harry disse, e os outros dois voltaram a atenção para a conversa do grupo.
- Seremos os próximos? – Louis perguntou, sem entender.
- Sim, os próximos a terem um bebê! – Harry sorriu e deu mais um gole em sua água.
- Ah, não... Não teremos um bebê tão cedo. – Louis respondeu. – Vamos aproveitar antes de trocar fraldas. – Ele sorriu, abraçando a noiva pelo ombro.
Mas percebeu que ficara meio chateada. Liam também. E foi para socorrer a amiga que ele disse:
- Tudo bem, então nós seremos os próximos! – Liam, que abraçava Danielle por trás, deu um beijo estalado na bochecha da garota.
- Só depois que você colocar um anel aqui. – Danielle disse, indicando o dedo anelar.
- Você e essa sua síndrome de Beyoncé! – Liam fez bico e todos riram.
Então, a porta foi aberta abruptamente por Pam e Josh. O garoto estava com o cabelo totalmente bagunçado e ambos tinham os lábios muito vermelhos.
- Oi. – Pam disse, um pouco envergonhada.
- Oi, galera. – Josh também parecia envergonhado. – Então, estamos entrando no palco.
Os outros riram da cara deles e depois saíram do camarim.
e Louis estavam no banco de trás do carro de Niall, que dirigia com Lottie ao seu lado. Os dois estavam vendados.
- Horan, se isso for alguma gracinha... – dizia. Ela e Louis estavam vendados porque a despedida de solteiro não seria mais no spa, como previsto. Agora era uma surpresa.
- Obrigado por confiar em mim – Niall disse, fazendo uma cara pseudo-chateada, que a garota não podia ver. Lottie riu e mordeu sua bochecha de leve.
- Relaxa, ... – Louis disse, entrelaçando seus dedos com os da garota. – Tenho certeza de que eles não teriam coragem de fazer uma gracinha nessas alturas do campeonato.
- Não mesmo – Niall disse, estacionando o carro – Tenho medo da sua noiva – Ele fez uma cara estranha e todos riram.
Niall e Lottie ajudaram os outros dois a descerem do carro e os conduziram até um ambiente fechado.
- Surpresa! – Niall disse, puxando a venda dos dois ao mesmo tempo.
Eles estavam em uma pista de patinação do gelo. O lugar era fechado, mas estava totalmente iluminado por lâmpadas de natal, nos bancos ao fundo o resto do pessoal calçava seus patins.
- Niall, que lindo! – abraçou o amigo pelo pescoço.
- Eu disse que tenho medo dela... – Ele riu, retribuindo o abraço. - Ela estava querendo me matar agora mesmo e já tá me abraçando.
- Só estamos nós aqui? – Louis perguntou.
- Claro, festa exclusiva – Lottie piscou para o irmão e eles também foram calçar seus patins.
- Vocês chegaram – disse, quando os amigos se aproximaram. Ela e Zayn já estavam de patins e o garoto a mantinha bem junto de seu corpo.
- Isso ai, Malik – disse, aprovando a atitude do garoto – Segura essa coisa porque ela não tem equilíbrio nem descalça, imagine de patins.
- Pode deixar – Zayn riu. – Eu não vou soltar. – Ele disse, olhando pra e ela sorriu.
- Ai, meu Deus. Essas declarações de amor em pleno século vinte e um são lindas! – fez graça e os dois riram.
O DJ colocou Lollypop de Mika para tocar e todos começaram a patinar. Realmente aquela despedida de solteiro estava mais animada do que seria em um spa: Harry e Niall patinavam de mãos dadas, até Niall soltar a mão de Harry sem avisar e o garoto cair de bunda no chão. Danielle tentava ensinar a Liam como girar, em vão. Ele até conseguia, mas o que queria mesmo era sair do chão e já estava ficando tonto de tanto tentar.
- Vamos fazer um trenzinho! – Eleanor sugeriu e logo todos estavam patinando apoiados uns nos ombros dos outros.
e Zayn giravam lentamente ao som de Don’t Wanna Miss a Thing. Zayn cantava baixinho e estava ficando difícil para decidir se deixava o garoto cantar ou se o beijava. Por fim, ela encostou sua testa na dele e sorriu quando ele sorriu.
- A vai casar amanhã... – Ela disse, sentindo o carinho que Zayn lhe fazia na bochecha com o polegar.
- O Louis também – Zayn sorriu, quando a garota fechou os olhos – Olha que coincidência! – Ele fez graça e riu junto com ela.
- Você já pensou em casar? – Zayn perguntou, depois de um tempo.
abriu os olhos, mas demorou um pouco para responder. Na verdade, ela estava se deliciando com a sensação que as borboletas-macaco em seu estômago lhe proporcionavam. Era sempre assim, toda vez que olhava para aqueles olhos amendoados ela sentia como se estivesse flutuando, pairando sobre as nuvens. Era como se tudo fizesse sentido.
- Bom... – Ela começou – Eu não acreditava muito nisso, sabe? – Ela deu de ombros. – Essa coisa de se casar. Parecia algo tão falho! Mas aí você conhece uma pessoa que, literalmente, muda seu mundo completamente. E tudo o que você quer é estar junto, todo o tempo. Porque, quando você não está, é só nele que você pensa. E você não sabe se o melhor é quando ele te faz sorrir, ou ser o motivo do sorriso dele. – À essas alturas, Zayn já sorria abertamente e o coração de parecia querer sair de seu peito. – Então... Bem, não sei. Talvez seria uma coisa boa, sabe? Ter certeza de que encontrou a pessoa certa.
- Preciso te contar uma coisa... – Zayn disse.
- O quê?
Ele se inclinou para dizer no ouvido dela.
- Eu encontrei a pessoa certa. – Zayn se afastou e riu. – Eu vou te apresentá-la, logo.
- Estou ansiosa! – Ela sorriu e Zayn a beijou.
Era quase meia noite e todos estavam sentados; ou melhor, jogados nos bancos, quando Louis se levantou e puxou consigo.
- Pessoas... – Ele disse, atraindo a atenção de seus amigos. – Bom, eu sei que o dia dos discursos é amanhã, mas eu queria falar algumas coisinhas hoje...
- Agora é aquela hora em que você dispensa a pra ficar com o Hazza? – disse e todos riram.
- Muito engraçada você, menininha... Mas, como eu sou seu amigo, vou te dar uma dica: fica de olho no teu homem com o Liam. – Louis disse.
Zayn estava com o braço apoiado no ombro de Liam e os dois se separaram num pulo, causando uma onda de risos.
- Okay, tudo bem... Voltando. Então, eu só queria agradecê-los. Sério, vocês são as melhores pessoas que eu conheço e ter vocês comigo nesse momento tão especial da minha vida, torna tudo muito melhor. Então, obrigado por terem preparado isso pra mim e pra . E eu espero que nossa amizade seja como meu casamento com ela: que dure para sempre. – Louis terminou um sorriso, enquanto as meninas faziam um coral de “awn”.
- E eu vou me casar com essa coisa fofa amanhã. – riu, lhe dando um selinho.
- ABRAÇO EM GRUPO! – Liam disse e todos se abraçaram.
A casa de e Louis ainda não estava pronta. Como e Zayn já estavam morando juntos; durante a reforma, e Louis estavam ficando na casa da banda. Mas, naquela noite, Zayn ficaria na casa da banda e no apartamento.
- Meu Deus do céu! – Zayn reclamava pela terceira vez. Ele esperava Louis se despedir de para irem para casa. – São só algumas horas. Será que vocês podem se despedir logo?
- Tudo bem. Então até amanhã. – Louis sorriu, lhe dando um beijo na testa. – Te encontro no altar?
- Serei a mocinha de branco.
- Nesse caso, eu chegarei mais cedo.
riu.
- Eu tô ansiosa... Não vou conseguir dormir. – Ela disse fazendo bico.
- Ah, vai sim! – disse, segurando-a pelo pulso. – Você não vai ser uma noiva com olheiras. Vamos dormir! Boa noite, Tommo.
Zayn riu enquanto via puxar a amiga para dentro do prédio.
- Poxa, mas eu nem dei um beijinho de boa noite. – dizia, sendo arrastada pela outra.
- Melhor assim, aumenta a expectativa! – respondeu e elas entraram no elevador.
- That’s my girl... – Zayn deu de ombros, rindo da cara de Louis.
- Acorda! – gritou, puxando o edredom de .
- Putaquepariu! – sentou na cama, com as mãos na barriga. – O que é isso?!
- Tá na hora! – disse, batendo palmas.
- Você dormiu? – perguntou, enquanto esfregava os olhos.
- Sim.
- Tem certeza?
- Tenho. Acordei com o primeiro toque do despertador, mas dormi.
- Tudo bem então... – bocejou, mas levantou. Ela se espreguiçou e depois olhou para a amiga e sorriu – É hoje, . Logo você será a Senhora Tomlinson.
- Eu seeeeei! Senhora Tomlinson: eeeeeu! – estava tão animada que foi impossível para não ter uma crise de riso.
Uma hora depois as duas garotas estavam em um dos melhores spas de Londres: as duas teriam um dia de beleza completo. No fim do dia elas estavam lindas, cheirosas e maquiadas e seguiram para a igreja, onde fariam os últimos preparativos. As outras garotas já as esperavam lá e estavam quase prontas.
- Ai, merda. – disse e todas voltaram a atenção pra ela.
- Ai, meu Deus. O que foi? – perguntou.
- Lembra quando eu experimentei o vestido? Então... Eu ainda não tinha essa barriga enorme. Agora ele não fecha.
- Fodeu. – Foi tudo o que disse, antes de se jogar na cadeira mais próxima.
- Calma, acho que eu consigo dar um jeito...- Eleanor disse, remexendo em sua bolsa. – Aqui! – Ela disse, tirando uma agulha e um carretel de linha da pequena bolsa prateada.
- Você não vai me furar! – disse, dando um passo pra trás e Dani e Lottie riram.
- Não, ... – Eleanor ria também. – Eu só vou descosturar seu vestido e costurar de novo.
- Você consegue fazer isso? – perguntou.
- Sim. – Eleanor disse, já passando a linha no buraco da agulha. – Aprendi muitas coisas no dia no meu casamento. Uma delas foi sempre ter agulha e linha na bolsa.
- Então vai, gata. – se ajeitou na cadeira pra colocar sua tiara – Arrasa.
Meia hora depois, tinha um vestido novo que se adaptava ao seu corpo: a echarpe serviu para esconder os pontos que Eleanor fizera na nova costura, na altura da cintura da garota.
Niall, Liam e Zayn já estavam a caminho da igreja. Louis e Harry estavam na casa da banda, terminando de se arrumar. Harry ajeitou sua gravata e, olhando no espelho, passou a mão no cabelo uma última vez. Ele sorriu para o seu reflexo e saiu de seu quarto indo para o quarto de Louis. Lá, ele encontrou o amigo sentado na cama. Louis tinha a cabeça baixa e os cotovelos apoiados no joelho.
- Louis, você tá pronto? – Harry perguntou.
- Sim, sim... – Louis respondeu. Ele fungou e passou a mão na bochecha.
Foi só então que Harry percebeu que Louis estava com os olhos vermelhos.
- Louis? Você tá chorando? – Harry franziu o cenho e se aproximou de Louis, sentando-se ao seu lado.
- Não. Não tô, não. – Louis disse, passando as duas mãos no rosto.
- O que foi?
- Sei lá, Harry. – Louis levantou. – Eu acho que tô com medo.
- Medo do que?
- De estragar as coisas com a .
- Por que você acha isso? Cara, vocês vão se casar!
- Exatamente! E se isso for um erro? Sabe... Eu não queria estragar nada.
- E você não vai. É sério, vocês se amam... E casamento não é um erro quando existe sentimento de verdade. – Harry sorriu, deixando sua covinha a mostra. – Você só vai estragar tudo se se atrasar mais do que a noiva. – Harry riu junto com Louis.
- Tá certo. Vamos.
Eles estavam no meio da escada, quando Harry subiu correndo. Louis ficou parado, tentando entender. Instantes depois, Harry voltou correndo.
- Você tinha esquecido as alianças, certo?
- Odeio o fato de você me conhecer tão bem. – Harry riu com Louis e os dois entraram no carro.
A igreja estava encantadoramente linda, enfeitada com flores laranjas. Os familiares e amigos ocupavam os assentos enquanto os paparazzi e as fãs se aglomeravam na porta de entrada. No altar, Louis roía a unha nervosamente. Foi só quando a música começou a tocar que ele se acalmou um pouco.
Os convidados se levantaram para ver os padrinhos entrarem: Niall e Lottie foram os primeiros, seguidos de Zayn e Eleanor, Liam e Dani e então Harry e .
- Ainda bem que vocês chegaram. – Louis sussurrou quando estavam todos a postos no altar ao seu lado.
- Realxa, Tommo. – sorriu.
- A melhor parte ainda está por vir. – Liam disse no mesmo tom e sorriu para o amigo.
A marcha nupcial começou a tocar e todos se viraram para ver e Mark, o padrasto de Louis, entrarem na igreja. Ela estava linda e o sorriso estampado em seu rosto só realçava sua felicidade.
- Meu Deus. – Louis disse. Por um momento ele ficou estático, mas depois sorriu abertamente.
- Se você desmaiar eu fujo com sua noiva e me caso com ela. – Niall disse e os meninos riram parando imediatamente quando o padre fez “shhh” pra eles.
Louis queria que chegasse até o altar logo, mas ao mesmo tempo estava adorando admirar a garota. Então, ela finalmente chegou. Mark lhe deu um beijo na testa e sorriu para o enteado. Louis retribuiu o sorriso e enganchou seu braço no da garota, que estava tremendo.
O padre começou a cerimônia, que não foi exageradamente longa. Na hora do “aceito”, todas as madrinhas já estavam chorando e os meninos também estavam emocionados: Liam até estava com os olhos marejados.
- Eu vos declaro marido e mulher. – O padre anunciou. – Pode beijar a noiva.
E em meio às palmas, assovios e gritos os dois selaram os lábios pela primeira vez depois de casados.
Quando saíram da igreja, e Louis pararam na escada da mesma para algumas (muitas) fotos e depois foram na limusine preta que Klaus dirigia até o local onde seria a festa. Ao chegarem, a maioria dos convidados já os esperava e o lugar estava ainda mais encantador do que a igreja: as luminárias suspensas davam um toque aconchegante ao salão que também contava com flores laranjas na decoração. Os dois tiraram as fotos tradicionais com suas famílias e foi só então que a garota percebeu que havia um palco no fundo do salão. pediu licença para sua família e foi até Louis, que estava com Zayn e .
- Vocês vão tocar? – Ela perguntou.
- Também. – Louis respondeu e Zayn riu.
- Também? – repetiu. – Quem mais vai tocar?
- Não vou te falar... – Louis disse e deu um gole em sua taça de champanhe. – Não quero um divórcio precoce.
- Você sabe, né? – perguntou para Zayn.
- Claro que sei. E também não vou te contar.
- Ele não quis contar nem pra mim... – disse, fazendo uma cara pseudo-derrotada.
Antes que pudesse dizer algo, Louis a direcionou para a mesa deles.
- Hora do discurso, baby.
Louis foi até o DJ e pediu para que o mesmo diminuísse a música. Ele pegou o microfone e começou a falar, atraindo a atenção das pessoas.
- Boa noite, pessoas queridas do meu coração – Louis disse e foi a primeira a começar a rir.
- Ei, não! Espera aí. – Harry disse em um outro microfone – Você é o noivo, seu discurso tem que ser o último.
- Okay, tudo bem. – Louis sentou ao lado de e a garota lhe deu um beijo no rosto, logo voltando sua atenção para Harry.
- Boa noite, senhoras e senhores. – Harry disse, deixando sua covinha à mostra e todas as mulheres do lugar suspiraram. Ele riu e continuou – Eu vou começar porque sou o padrinho mais bonito e melhor amigo do noivo.
- Há controvérsias! – Zayn gritou e Harry mostrou a língua pro garoto.
- Bom, continuando... Eu pensei, e acho que todos os caras concordam, até mesmo o Louis, que o Liam seria o primeiro a casar. Mas coisas inesperadas acontecem... – Harry deu de ombros e riu com os outros. – Mas posso dizer com certeza que esse foi o melhor imprevisto que aconteceu na vida de vocês dois. Eu amo vocês, seus lindos. – As pessoas bateram palmas enquanto Harry foi até os noivos e os abraçou.
- Eu sempre soube que vocês eram perfeitos um para o outro. – Zayn começou a falar. – É como se vocês se completassem, mesmo tendo opiniões diferentes. E é muito bom saber que ainda existe amor de verdade nesse mundo. Felicidades. Amo vocês. – Zayn sorriu e levantou sua taça, gesto que foi imitado por todas as pessoas. Ele também foi abraçá-los e Niall começou a falar quando Zayn sentou-se novamente.
- Ah, meu Deus! Vocês estão casados, de verdade. E agora vão constituir uma família. – Niall já estava um pouco bêbado, ele falava meio choroso no microfone. – Mas por favor, não me esqueçam. Porque eu amo taaanto vocês. – Niall entregou o microfone a Lottie em meio às risadas dos convidados e deu um abraço apertado em cada um.
- Vocês não fazem ideia de como é bom ver seu irmão tão feliz. Obrigada, , por fazer o Louie sorrir tanto. Eu já te amo por isso e você, Louie, te amo por várias outras razões que não dá tempo de dizer aqui. – Lottie riu com Louis e foi abraçá-los também.
- Eu sei como pode ser difícil falar “eu te amo” quando esse sentimento é verdadeiro. – Liam começou a falar. Ele sorriu e continuou – Mas vocês passaram por isso e hoje estão aqui. O amor de vocês me inspira. – Algumas garotas fizeram um coral de “awn”, quando Liam disse a última frase. Ele riu e entregou o microfone pra . Liam foi até os noivos e abraçou os dois ao mesmo tempo.
- Eu amo vocês – Ele disse e Louis respondeu pelos dois, já que estava chorando.
- Você vai borrar a maquiagem. – Liam disse e secou uma lágrima dela com o polegar. Ele deu um beijo na testa da garota e voltou para o seu lugar, ao lado de Danielle.
- Vocês estão tão bonitinhos assim. – começou a falar – Tão felizes, radiantes. E eu desejo que isso nunca acabe, sei que vocês serão muito felizes juntos. Viu, ? Contos de fadas se realizam! Eu amo vocês dois! – e Louis se anteciparam até e amiga, que ganhou um abraço de urso dos dois.
Depois de alguns instantes para se recuperar, pegou o microfone e levantou. As pessoas prestavam atenção nela, então ela começou a falar:
- Eu sei que sou uma pessoa muito sortuda. E se hoje eu sou a pessoa mais feliz do mundo, isso tudo é graças a você, Louis. Obrigada por me fazer sorrir e rir a maior parte do tempo. Obrigada por me entender e me amar, mesmo quando a TPM é mais forte. Com você eu conheci o amor de verdade, e mais: eu aprendi a amar de verdade. Eu te amo por ser exatamente do jeitinho que você é. Eu amo seu cabelo bagunçado, eu amo seus olhos, eu amo seu nariz arrebitadinho, eu amo seu sorriso de garoto, eu amo seus lábios, eu amo suas mãos, suas costas... Ai, ai. – Ela suspirou e as pessoas riram, fazendo-a corar levemente. – Mas você é muito mais do que isso... Eu amo seu coração, sua bondade, sua gentileza, a sua felicidade, bom humor e pensamento positivo mesmo quando as coisas não estão fáceis. Eu te amo por me fazer ser uma pessoa melhor. E eu também te amo por não querer mudar nada em mim, por me aceitar com meus defeitos e por adorar minhas qualidades... Eu te amo por me amar. – A essas alturas, ela já estava chorando. estava com os dedos entrelaçados com os de Zayn e com a cabeça apoiada no ombro do namorado quando ele passou o braço por trás da cintura dela e a abraçou. – Eu sempre pensei que fosse boa com as palavras... E eu gostaria de poder expressar em palavras tudo o que eu sinto por você, mas não acho que seja possível... Mas, como o Liam disse, às vezes pode ser muito difícil dizer “eu te amo”, quando sentimento é verdadeiro. E tudo o que eu vejo quando olho pra você é isso: um amor infinito. Você ainda faz meu coração disparar, mesmo sem querer... E eu não quero que isso mude, nunca... Porque você sabe lidar comigo e cada vez que eu vejo que você realmente se importa, eu me apaixono mais. Eu te amo, Louis Tomlinson. – terminou seu discurso sorrindo entre as lágrimas. Louis também tinha os olhos marejados, já estava ficando difícil pra ele segurar a emoção. Ele passou o polegar na bochecha da garota e começou a falar:
- Hoje mais cedo, eu estava com medo de estar fazendo algo errado e estragar tudo com você. Mas agora eu tô percebendo que essa é uma das coisas mais certas que eu já fiz. E essa sensação de completude só você me faz sentir, . Eu acho que eu te amo desde o primeiro dia em que te vi... Eu sou encantado pelo seu jeito desde sempre! Porque você única e você não se esforça pra ser. Eu te amo por não querer agradar e ao mesmo tempo por se importar. Eu te amo por ser esse meio termo contraditório que só você é. Eu te amo por ser tão linda por dentro quanto é por fora. Eu te amo por me deixar ser quem eu realmente sou. Eu te amo por querer passar o resto da vida comigo... Porque eu amo quando eu acordo e você é a primeira coisa que eu vejo. E eu amo quando você é a última coisa que eu vejo antes de dormir. Eu te amo mesmo sem maquiagem, sem chapinha e sem entrar num jeans 38, porque você simplesmente é muito mais do que essas coisas. Você enxerga tudo de um ângulo distinto, e não é só por causa dos seus óculos, e sim porque você é incrível. Você é tão inteligente que eu acho que é um milagre estar casando comigo. – Louis fez graça e as pessoas riram junto com eles. – Obrigado por me fazer o cara mais feliz do mundo. Obrigado por ser o motivo da minha felicidade, a razão dos meus sorrisos... Obrigado por me inspirar a cada dia. Obrigado por ser minha. Eu amo você, Tomlinson.
Quando Louis terminou, não agüentou: ela abraçou o garoto pelo pescoço e os dois se beijaram tão apaixonadamente que inspiraram todos os casais presentes a fazer o mesmo.
- Ei, onde você pensa que vai com isso?! – disse, ao ver carregando uma bandeja cheia de drinks. – Você não vai se embebedar no dia do seu casamento, ! Você tem que lembrar das coisas.
- Mas eu não tô bebendo. Ia levar isso pra mesa da minha família. – se explicou e continuou olhando pra ela – O que foi?!
- AIMEUDEUS, JESSIE! – gritou. – Você tá grávida!
- Cala a boca!
pegou a bandeja das mãos da amiga e entregou para um garçom que passava.
- Leve pra mesa da família da noiva. – instruiu o rapaz e depois puxou para atrás do palco. – Você tá grávida, não tá? Por que não me contou antes?!
- Porque ninguém sabe... – respondeu em tom choroso.
- Você ainda não contou pro Louis.
balançou a cabeça negativamente.
- Por que não?
- Você viu o que ele disse aquele dia, antes do show... O Louis não quer filhos agora, . E eu fiquei com medo de contar e ele se assustar, sei lá, e desistir de mim.
- Nossa, para de ser idiota! Ele te a-m-a! Tenho certeza que ele vai ficar maluco quando descobrir. Até porque você não pode esconder por muito tempo, né? Logo você estará assim... – riu, apontando pra própria barriga.
- Encontrei vocês! – Zayn disse, se aproximando das garotas. – O que estão fazendo aqui?
- Conversa de mulher – improvisou, dando de ombros.
- Sei... – Zayn olhou de pra . – Enfim, a banda vai tocar.
- Oba! – bateu palminhas e voltou pra festa com Zayn e .
No salão, eles sentaram-se à mesa com seus amigos. Harry foi até o palco para apresentar a banda.
- Lembre-se que eu me recuso a ser um cara divorciado... – Louis disse e riu.
- MCFLY! – Foi tudo o que e ouviram Harry dizer e no mesmo segundo as duas garotas já estavam de pé.
Enquanto a banda subia ao palco, as duas garotas se aproximavam mais. Logo, a maioria dos convidados já estavam na pista de dança e eles começaram a tocar One for the Radio.
- Você sabia disso? – virou-se para perguntar para Zayn, que estava atrás dela abraçando-a pela cintura.
- Sim. – Ele riu. – E em minha defesa, o Louis pediu segredo...- Zayn deu de ombros e depois mordeu o queixo dela de leve.
sorriu e deslizou as mãos dos ombros do garoto para a barriga dele. Ela se aproximou dele e disse em seu ouvido:
- Você está muito sexy Mr. Malik... – mordeu de leve a pontinha de sua orelha e sentiu quando Zayn se arrepiou.
- Causo esse efeito nas pessoas... – Zayn disse, também se aproximando para falar no ouvido da namorada.
- Com certeza. – concordou. – Mas só eu desfruto desse efeito.
- Com certeza. – Zayn segurou a garota pela nuca e a beijou.
- Vem aqui... – quebrou o beijo e entrelaçou seus dedos com os de Zayn, puxando o garoto pra fora da pista de dança.
Logo os dois não estavam mais no aglomerado de pessoas da festa; estavam em uma área vazia do salão, quase no estacionamento do local. empurrou Zayn para a parede e ele a puxou para mais perto, com um sorriso no canto dos lábios.
- Eu adoro quando você sorri assim. – Ela sussurrou, com os lábios bem próximos aos dele. – Pensando bem... – disse, olhando dos olhos para a boca de Zayn. – Eu adoro todos os seus sorrisos.
Zayn acabou com a distância entre os dois e a beijou, enquanto deslizava as mãos por suas costas. mordeu o lábio de Zayn, quando sentiu que as mãos dele passeavam por suas coxas. Quase que instantaneamente ela sentiu o calor se espalhar por todo o seu corpo. desabotoou o terno de Zayn e colocou as mãos por dentro da camisa social dele, Zayn contraiu ao sentir as mãos da garota, vez ou outra, arranhando sua barriga. Com uma mordida, ele quebrou o beijo e escorregou os lábios para o pescoço dela. Zayn beijava e chupava o pescoço da garota, enquanto ela bagunçava seu cabelo. fechou os olhos e um gemido escapou de seus lábios quando Zayn lhe mordeu com certa força. A boca de Zayn estava descendo cada vez mais, ele lhe beijou o colo e, antes que chegasse ao seio, se afastou um pouco. Ela balançou negativamente o indicador, enquanto se ajoelhava na frente dele. Rapidamente, ela abriu o cinto de Zayn e logo ele estava de olhos fechados, sentindo e aproveitando as melhores sensações do mundo.
Quando os dois voltaram para a festa, o McFLY estava terminando de tocar All about you. e Zayn se entreolharam e caíram em uma gargalhada cúmplice.
Logo que a música acabou, já estava do lado do palco batendo palminhas freneticamente. juntou-se a amiga, não tão freneticamente, talvez um pouco estaticamente.
- Você está linda nesse vestido. – Harry Judd sorriu para e foi o bastante para a garota pular no pescoço dele. Judd cambaleou para trás, mas a abraçou de volta, rindo.
- Danny... – Como sempre, a garota suspirou quando o rapaz chegou perto dela.
- Você está grávida – Danny disse, olhando do rosto para a barriga de .
- E você está noivo, então estamos quites! – disse tudo muito rápido e no final mostrou a língua, cruzando os braços. Danny ficou com cara de taxo, mas logo a garota o abraçou também.
Depois que Louis e Zayn finalmente conseguiram tirar suas garotas de perto de Judd e Danny, eles conversaram um pouco, mas logo o McFLY teve que ir embora, já que ainda teriam um show naquela noite.
- Awn, obrigada! – disse, abraçando Louis pelo pescoço. – Você é o melhor marido mundo.
- Se fosse o Simple Plan, - disse. – Você seria o melhor ex-marido do mundo! A não soltaria o Pierre por nada! – Todos riram, menos Louis. Ele tentou fazer uma cara pseudo-brava, mas acabou só mostrando a língua mesmo.
- Acho que é a nossa vez agora. – Liam disse.
- Isso ai. – Niall concordou, levantando-se. – Vamos mostrar como é que se faz.
As garotas riram enquanto os cinco subiam no palco.
- A música que eu vou cantar agora, expressa exatamente como eu me sinto em relação à . – Louis disse, no microfone. As luzes baixaram um pouco e alguns casais já estavam na pista de dança. Niall começou a tocar no violão, seguido de Liam. E então Louis começou a cantar.
Oh, her eyes, her eyes
Make the stars look like they're not shining
Her hair, her hair,
Falls perfectly without her trying
She's so beautiful,
And I tell her everyday
Assim que reconheceu a música, sentiu seus olhos ficarem marejados. abraçou a amiga pelo ombro.
- Awn, ele é tão fofo. – disse, vendo que Louis só olhava para a amiga.
- Eu sei, e é só meu... – disse em tom choroso e as duas riram.
Yeah, I know, I know,
When I compliment her she don't believe me
And it's so, it's so
Sad to think that she don't see what I see
But every time she asks me, do I look okay,
I say
Zayn estava fazendo a segunda voz e não conseguia tirar os olhos dele. Ele lhe mandou um beijo no ar e riu.
When I see your face,
There is not a thing that I would change
Cause you're amazing,
Just the way you are
And when you smile,
The whole world stops and stares for awhile
Cause girl you're amazing,
Just the way you are, hey
Her lips, her lips
I could kiss them all day if she let me
Her laugh, her laugh
She hates but I think it's so sexy
She's so beautiful
And I tell her everyday
Oh, you know, you know
You know i'd never ask you to change
If perfect's what you're searching for
Then just stay the same
So don't even bother asking if you look okay,
You know i'll say
When i see your face,
There is not a thing that I would change
Cause you're amazing,
Just the way you are
And when you smile,
The whole world stops and stares for awhile
Cause girl you're amazing,
Just the way you are
The way you are
The way you are
Girl you're amazing,
Just the way you are
Louis desceu do palco, as pessoas abriram espaço para ele passar e chegar até . Ele lhe segurou a mão e cantou a última parte olhando nos olhos dela:
When I see your face
There's not a thing I would change
Cause you're amazing
Just the way you are
And when you smile,
The whole world stops and stares for awhile
'Cause girl you're amazing,
Just the way you are, yeah
Quando a música acabou, o salão todo explodiu em palmas e exclamações. Louis se aproximou de e os dois se abraçaram. Então, ele sussurrou no ouvido dela:
- Isso é só o começo do que eu vou te fazer sentir todos os dias, pro resto da sua vida.
- Eu te amo tanto. – Ela disse, enquanto Louis enxugava suas lágrimas e os dois se beijaram.
Louis voltou para o palco e junto com os outros meninos, tocaram algumas músicas. A pista de dança estava cheia e a festa estava parecendo um show do One Direction. Obviamente, e estavam o mais próximo possível do palco, cantando todas as músicas com eles. Quando o pequeno show acabou, subiu ao palco. Meio envergonhada, ela começou a falar:
- Oi, pessoas. Bom, eu tenho uma pequena surpresa pra e pro Louis. Como o Liam disse antes, o amor de vocês é inspirador. E eu acho que esse vídeo mostra bem isso. , lembra quando eu te pedi pra escolher uma música que te lembrasse o que você sente pelo Louis? Bom, esse é o resultado. – sorriu e as luzes se apagaram.
Então, o telão que ficava atrás do palco se iluminou com uma foto dos noivos vários corações desenhados. I love you da Avril Lavigne começou a tocar. O vídeo fazia uma retrospectiva do relacionamento dos dois, desde o dia em que se conheceram. Havia muitas fotos engraçadas e todos os convidados riam com elas.
Quando o vídeo acabou, mais uma salva de palmas tomou conta do lugar e, mais uma vez, estava chorando.
- Ai, povo que gosta de me fazer chorar... – Ela disse, limpando uma lágrima enquanto Louis ria e lhe dava um beijo na bochecha. desceu do palco e ganhou um abraço dos amigos.
O DJ assumiu seu posto e as pessoas se animavam cada vez mais na pista de dança. Zayn e Harry começaram um trenzinho que logo estava dando voltas no salão.
- Temos um avião para pegar. – Louis disse, quando o trenzinho acabou.
- Sério? – perguntou, já animada com a possibilidade de conhecer o destino de sua lua de mel.
- Muito sério. Mais sério ainda é o que faremos por lá... – Louis fez uma cara psedo-sexy e gargalhou alto.
- Então eu vou jogar o buquê. – Ela deu um beijo na pontinha do nariz de Louis e foi até o palco.
Quando a música abaixou, e disse no microfone que iria jogar o buquê, todas as mulheres (e alguns homens) do lugar se aglomeraram em frente ao palco. virou de costas e começou a contar.
- Três! – Ela gritou e quando virou, deu de cara com Zayn chacoalhando o buquê de flores laranjas acima da cabeça.
- Eu peguei! Eu peguei! – Zayn pulava, fazendo as pessoas rirem.
encontrou o olhar de por entre as pessoas e as duas riram enquanto dava de ombros.
e Louis já estavam quase chegando ao aeroporto. A garota passara o trajeto todo insistindo pra que Louis revelasse o destino da lua de mel, porém ele não deu nenhuma pista.
- Não adianta insistir, – Louis ria, enquanto o motorista estacionava o carro. – Até porque agora falta pouco, e eu quero ver a sua cara quando descobrir. – Louis sorriu e beijou a testa da garota. Depois ele saltou do carro e foi até a porta dela, abrindo a mesma.
Louis ajudou a saltar do carro e os dois entraram no aeroporto. Ele empurrava o carrinho com as malas com uma das mãos, enquanto a outra mantinha junto à dela. Eles passaram pelo raio-X e estranhou quando Louis começou a andar na direção contrária aos portões de embarque.
- Pra onde estamos indo? – Ela perguntou.
- Hoje nós não vamos de vôo comercial. – Louis disse e parou em frente a um portão de embarque menor. No guichê, uma moça simpática e bem maquiada os esperava.
- Não? – perguntou, reparando no sorriso da moça ao vê-los.
- Não, hoje não. – Louis sorriu para e depois se dirigiu para a moça – Olá.
- Olá, Sr. e Sra. Tomlinson. Por aqui, por favor. – O sorriso da moça só aumentou e pensou se era porque ela era treinada para ser simpática ao extremo, ou porque estava muito feliz por estar embarcando Louis Tomlinson do One Direction.
A moça os conduziu por um pequeno corredor; porém, quando o corredor acabou eles não saíram direto na aeronave como de costume. Eles saíram direto na pista de decolagem. Um pouco mais adiante um jatinho os aguardava.
- Já está tudo pronto. – A moça disse, indicando a aeronave. – Uma boa viagem e uma ótima lua de mel. – Ela abriu seu sorriso gigante.
- Obrigado. – Louis e responderam juntos. Depois, virou-se para Louis.
- Louis, você comprou um jatinho? – Ela perguntou, olhando pra aeronave e depois para ele.
- Não. – Ele riu. – Isso é presente de casamento do tio Simon. Ele nos emprestou.
riu e de mãos dadas os dois entraram no jatinho, onde os tripulantes os aguardavam.
- Meu Deus, isso é lindo! – disse, admirando o interior aconchegante e sofisticado do avião.
- Que bom que você gostou. – Louis disse e deu um beijo no pescoço da garota. E depois mais um. E no terceiro já estava de frente para ele. Os dois iniciaram um beijo calmo que foi ganhando intensidade. empurrou Louis que se deixou levar e caiu sentado na poltrona com a garota em seu colo.
- Ahn, desculpe. – Uma aeromoça os interrompeu, constrangida. – É que nós vamos decolar. – e Louis se separaram num pulo. –E... pelas normas de segurança, vocês tem que afivelar os cintos. Cada um no seu banco.- A aeromoça enfatizou a última parte e esperou até que estivesse sentada em sua poltrona com o cinto para voltar para a sua cabine.
- Obrigada. – Ela sorriu sem graça antes de sair.
Assim que a moça já não estava mais por perto, os dois explodiram em gargalhadas.
Louis esticou sua mão para que entrelaçou seus dedos nos dele.
- Eu te amo. – Ela sorriu.
- Eu te amo. – Ele lhe beijou os nós dos dedos e o avião decolou.
Quando e Zayn entraram em casa já passava das 5 horas da manhã. Os dois estavam rindo sobre alguma piada que Niall contara na festa e estava pronta para se jogar na cama assim que abriu a porta do quarto, mas deu um grito.
- AAHHH! – Ela gritou, com as duas mãos na barriga.
- O que foi? – Zayn perguntou, olhando pra barriga dela.
- Olha, Zayn. Ele tá chutando. – disse rindo.
Ela pegou a mão de Zayn e colocou no lugar em sua barriga onde o bebê estava chutando.
- Uau, nossa! – Zayn riu. Não era a primeira vez que o bebê chutava, mas sempre que acontecia era um evento. – Acho que ele também tá empolgado com nossa viagem.
- Viagem? – repetiu, erguendo a sobrancelha.
- Sim... Nossa viagem para a Austrália. Embarcamos hoje à noite.
- Sério?! – sorriu abertamente, enquanto tirava seu vestido de madrinha. Ela estava ansiosa para a outra parte da surpresa de Zayn.
- Sério. – Zayn riu da empolgação da namorada. Ele também estava muito ansioso para a outra parte da surpresa. Talvez até mais ansioso do que a garota.
Os dois estavam mega cansados, doloridos de tanto dançar. Mas foi mega relaxante dormir um ao lado do outro.
*-*-*-*-*-*
Louis gostaria de ter tirado uma foto da cara de quando a garota descobriu que estavam na Itália.
Antes que pudessem perceber, já estavam no quarto do hotel. Louis olhou para ela e sorriu um sorriso cheio de intenções. Mesmo sentindo as bochechas esquentarem, riu.
- Me dá só um minutinho, ok? – Ela lhe deu um selinho rápido e entrou no enorme banheiro da suíte, carregando uma bagagem de mão.
Depois de alguns minutos, já estava pronta. Ela havia colocado uma camisola curta, preta e transparente a não ser pelo sutiã de bojo. Ela olhou para seu reflexo no espelho e riu. Estava sexy, porém nervosa. Ela sentia um frio na barriga e estava tremendo um pouco.
- Tô parecendo a Bella na lua de mel... – Ela bufou sozinha.
saiu do banheiro e o que viu a fez perder o fôlego. Louis estava de costas pra ela, apoiado no parapeito da varanda. O garoto estava apenas com sua boxer preta e os músculos de suas costas estavam contraídos.
caminhou até ele e lhe deu um beijo na nuca, fazendo Louis se arrepiar por completo. Ela ficou na ponta dos pés e lhe mordeu o ombro e depois o pescoço. Louis virou-se de frente para ela e envolveu sua cintura, não sem antes lançar uma boa olhada para sua camisola preta. sorriu mordendo o lábio e sentiu seu coração derreter quando Louis a beijou. Sem quebrar o beijo, ele a guiou até a cama e a deitou na mesma, pairando sobre ela. O jeito como Louis olhava para ela demonstrava tudo o que ele sentia: amor, desejo. espalmou as mãos por seu peito e por suas costas nuas e mordeu seu queixo quando Louis fechou os olhos, absorvendo todas as sensações que o toque dela lhe proporcionava. Lenta e delicadamente ele se livrou da camisola dela, assim como logo depois ela cuidou de sua boxer.
Naquela noite eles não precisaram de palavras para demonstrar seus sentimentos.
*-*-*-*-*-*-*
e Zayn estavam na Austrália há dois dias e ela ainda não estava acostumada com a beleza daquele país. Era muito difícil saírem da praia particular do hotel, mas fez um esforço. Especialmente porque, naquela tarde, Zayn revelaria a outra parte da surpresa e não aguentava mais segurar a ansiedade. Zayn tinha sumido há algum tempo, mas deixara algumas instruções pra . Como um bilhete dizendo para encontrá-lo as 18:30 no fim da praia do hotel e um vestido. O vestido era curto, até a metade da coxa. Era branco e de uma malha bem fresquinha, o que era ótimo já que lá fora estava muito abafado.
terminou de se arrumar e então saiu a procura de Zayn. Ele realmente a esperava no final da praia e foi só quando se aproximou mais que ela percebeu que havia um homem parado perto do garoto.
O tecido da roupa de Zayn era o mesmo que o do seu vestido, porém, sua calça era preta e sua camisa era de azul desbotado que beirava o jeans. Ele sorriu quando se aproximou e lhe deu a mão.
- O que tá acontecendo? – perguntou. Ela já estava com o coração disparado. Talvez tivesse uma vaga suspeita do que aconteceria.
Zayn colocou uma pequena margarida atrás da orelha dela e então pegou suas duas mãos.
- Tudo bem, acho que agora eu posso te falar. Bom, sei que isso não é algo que você sempre pensou... Pra falar a verdade, eu só comecei a pensar nisso depois que te conheci. – Zayn fez uma pausa, passando o polegar na bochecha de – Eu tenho certeza de que você me completa e tenho mais certeza ainda de que só serei feliz se você for minha pro resto da vida. Então... Casa comigo?
- É claro que eu caso! – respondeu rindo e tentando controlar as lágrimas ao mesmo tempo. Zayn pareceu finalmente respirar.
pensava que sua vida não podia ficar mais perfeita: estava se casando com o amor de sua vida, em uma praia linda e com o sol se pondo no horizonte. Ela estava a ponto de se beliscar para ter certeza de que aquilo não era um sonho, quando Zayn selou seus lábios logo depois do “sim” dos dois. E aquele beijou confirmou apenas uma coisa: era sua vida, sim. Mas não deixava de ser um sonho.
*-*-*-*-*-*
se espreguiçou e abriu os olhos lentamente. Seu corpo estava moído, mas ela não podia reclamar. Sorriu ao lembrar da noite anterior e então sentou-se na cama. Ela riu ao se lembrar que o primeiro (e até o momento, o único) passeio que fizera com Louis na Itália foi pra um estúdio de tatuagem. “You are my sunshine, my only sunshine” estava tatuado no meio das costas de Louis; “You make me happy when skies are grey” era a continuação da música que havia tatuado na parte de baixo das costas. levou um susto ao ver o estado do quarto: lençóis, roupas, travesseiros espalhados por todos os cantos. Talvez estivesse na hora de fazerem um tour pela cidade. Louis não estava no quarto, provavelmente tinha ido pegar o café da manhã mas, assim que pensou em comida, teve que sair correndo para o banheiro e botar pra fora toda sua bile, já que o estomago estava vazio.
Ela escovou os dentes e estava lavando o rosto quando escutou Louis entrando no quarto. Bom, ela teria que contar.
- Bom dia, Sra. Tomlinson – Louis sorriu quando voltou pro quarto.
- Louie... – Ela disse em tom choroso – A gente tem que conversar.
- O que houve? – Louis largou o café da manhã em cima da mesa e se aproximou de , que estava sentada no sofá.
- Eu tô grávida.
Louis olhou pra ela e franziu o cenho.
- Amor, eu não sou médico nem nada mas... Acho que essas coisas não acontecem assim, não? Nós só estamos em lua de mel há três dias.
- Não... Eu já sabia.
- Você já sabia?
- Sim.
- Há quanto tempo?
- Umas duas semanas, ou mais... – deu de ombros e Louis ficou em silêncio.
- Por que você não me contou?
- Porque eu fiquei com medo. Eu sabia que você não queria um filho agora. Fiquei com medo de você desistir de mim... – disse a última parte baixinho. Louis continuou em silêncio, dessa vez um silêncio prolongado.
- Fala alguma coisa. – disse, já com a voz ficando embargada.
Louis suspirou, soltando o ar pesadamente. Ele passou a mão pelo cabelo e então foi até , sentando-se ao lado da garota. Ele pegou as mãos dela entre as suas.
- Sabe o que eu devia fazer agora? – Louis perguntou, olhando nos olhos dela. balançou a cabeça negativamente, deixando uma lágrima escorrer.
- Eu devia ficar puto. E sair pra beber e encher a cara. Mas não é isso o que eu vou fazer. E sabe por que? – Mais uma vez balançou a cabeça. – Porque eu te amo e não tô puto. Pelo contrário. Eu tô besta com essa notícia. Eu disse que não queria um filho agora, mas nunca disse que não seria bem-vindo se viesse. -
fungou, agora chorando abertamente e Louis a abraçou, deixando a garota esconder o rosto na curva de seu pescoço.
- Espero que agora você entenda que eu te amo mais que tudo e que vou amar todo os nossos pedacinhos.
- Só me promete uma coisa? – pediu, ainda abraçada a Louis.
- Claro. – Louis respondeu e ela se afastou para olhá-lo nos olhos.
- Se for um menino, nós vamos mantê-lo longe da Pam.
Os dois riram e deixou que Louis limpasse suas lágrimas.
Os dias se passaram e, inevitavelmente, a lua de mel das duas garotas chegou ao final. Entretanto, a vida estava tão boa, eles estavam tão apaixonados, que pareciam ainda viver aqueles dias maravilhosos.
Assim que voltaram para Londres, e Louis foram direto para a casa nova que já estava pronta. Ele fez questão de carrega-la no colo para dentro, só para não quebrar a tradição.
A banda ainda estava de férias, mas mesmo assim os meninos se encontravam quase todo dia e acabavam pensando em músicas novas. Em um desses encontros, na casa de Louis e , Liam anunciou que ele e Danielle estavam noivos e foi o que bastou para comemorarem pelo resto da noite.
No dia seguinte, um domingo preguiçoso, Zayn estava esparramado no sofá assistindo a uma apresentação antiga de Katy Perry e estava na cozinha fazendo brigadeiro. Em um certo ponto, parou na porta da cozinha e estava dançando, ou melhor, tentando e Zayn ria. Era cômica a cena, já que a barriga da garota estava maior que nunca. Até que parou abruptamente.
- – Zayn disse. – Você fez xixi na calça? – Ele perguntou, ao ver que a roupa da garota estava molhada.
- Não. Minha bolsa estourou.
E como se tivesse levado um choque, Zayn levantou-se do sofá num pulo. Ele correu escada a cima e voltou com a bolsa do bebê, que já estava preparada há alguns dias. Zayn pegou a chave do carro e passou por correndo, saindo pela porta como um raio. Instantes depois ele voltou e pegou a mão da garota.
- Desculpa, eu esqueci de você.
- Detalhe, né... – ria, enquanto saia do apartamento com Zayn.
*-*-*-*-*-*
Todos estavam no quarto de maternidade babando em cima do pequeno Daniel, quando e Louis chegaram.
- Awn, que coisinha mais fofa! – disse e automaticamente levou a mão à própria barriga, agora quase de 4 meses. – Temos um presente pra você, coisinha pequena. – conversava com Daniel. Então ela pegou uma pequena zebra de pelúcia, que segurava uma cenoura também pelúcia. Louis e Zayn riram.
- Vocês são os tios mais estranhos que meu filho vai ter – disse, rindo com os outros.
Três anos depois.
- Valerie! - gritava para a filha. – Valerie, saia das costas do Daniel!
- Mas ele é meu unicórnio. – A garotinha disse fazendo bico, mas desceu das costas de Daniel.
- Não, ele não é seu unicórnio. – riu.
- Tia, a gente pode brincar de banda de rock agora? – Daniel perguntou.
- Claro. Só não quebrem mais nada, certo? – riu, e olhou pra Niall que trocava uma corda de seu violão.
Então os dois saíram em disparada para a porta e trombaram com .
- Ei, onde vocês vão?
- Brincar de banda de rock, mamãe! – Daniel disse e voltou a correr com Valerie.
- Acho que tô ficando velho... – Niall disse. – Me canso só de ver a energia dessas crianças.
- Cansado você vai ficar quando tiver que cuidar dos seus... – disse, sentando-se ao lado de .
- Tô muito bem sendo só o tio Niall e a Lottie concorda comigo. – Niall piscou pras duas meninas, que riram.
A vida tinha tomado um rumo inesperado, mas totalmente delicioso. editou o primeiro livro de , que foi lançado pela editora em que elas trabalhavam. Porém, depois que Valerie nascera e depois de Louis muito convencê-la, saiu da editora pra dedicar-se totalmente aos seus livros e isso ela podia fazer acompanhando Louis na estrada.
Depois de editar o primeiro livro de , abriu sua própria editora: J. Austen. E assim também ficava mais fácil pra ela acompanhar Zayn na estrada.
Liam e Danielle se casaram alguns meses depois e ela estava esperando uma menina.
Niall e Lottie estavam namorando sério, porém ainda não pretendiam casar ou ter filhos.
Harry continuava a ser o solteiro mais desejado de todo o Reino Unido, talvez de todo o mundo.
Agora eles estavam no Brasil por dois motivos: ia lançar seu segundo livro em São Paulo e o One Direction faria um turnê no país.
- Acho que o tio Simon vai ficar interessado nesses dois logo menos... – Zayn disse rindo e entrando no camarim. – Eles estão fazendo um som na outra sala.
- Pensando bem – Liam disse também entrando no camarim com Louis e Harry. – Acho que dessa vez eu vou ser o empresário.
Enquanto eles ficavam discutindo sobre a pseudo futura carreira musical das crianças, um dos produtores veio avisar que subiriam ao palco em cinco minutos.
Harry, Niall e Liam se despediram das meninas e saíram na frente.
- Será que eu ganho um beijo de boa sorte? – Zayn perguntou, já trazendo para seus braços.
- Sorte? – Ela riu com a testa colada a dele. – Você sabe que não precisa disso...
- Verdade. – Zayn sorriu – Eu preciso de você. – E tudo o que viu antes de sentir aqueles lábios macios nos seus, foram os olhos amendoados que ela tanto amava.
terminou a rápida massagem que fazia nos ombros de Louis com uma mordida leve em sua bochecha.
- Vai lá e mostra pro meu povo o que meu marido é capaz de fazer.
- Só o que eu posso fazer no palco. – Louis disse, enquanto passava o braço em volta da cintura da garota. – Porque o que eu faço fora dele, só você sabe, baby. – riu e os dois se beijaram como se fosse a primeira vez.
Enquanto os meninos iam para o palco, e se entreolharam e riram. Mesmo depois desse tempo, as vezes elas ainda não acreditavam que aquela era realmente a vida delas. Parecia sonho.
Fim!
Nota da autora: (22/08/15) Oi, gente *-*obrigada a todo mundo que leu até aqui <3 Vocês fizeram de mim a autora mais feliz do mundo com todos esses comentários mais do que fofos!
Espero que vocês tenham gostado de ler a história, tanto quanto eu gostei de escrevê-la.
Um agradecimento especial à Luh, a Malik girl original. Graças à você essa história existe, Babu <3
Outro agradecimento à Flávia, a beta mais paciente do mundo com a autora mais desligada ever, haha.
E obrigada de coração a todo mundo que leu e comentou e a quem não comentou também, mas não precisa ser tímida, não! Haha.
Críticas, dúvidas ou sugestões, é só me chamar no facebook (www.facebook.com/jessiebjwl)
Tenho outras fics finalizadas também, pra quem quiser ler: People change and promises are broken (McFLY, finalizadas. A parte II ta em hiatus, mas pretendo dar um jeito nisso logo!).
Então, é isso. Logo menos tem história nova (:
Beijos, Jessie B. <3