– Então, você quer que eu te mostre a casa? – Ele girou o rosto, encontrando o meu, com um sorriso carregado de charme. Arqueei a sobrancelha, passando os olhos por Sara, que parecia ligeiramente interessada em nosso assunto. Belinha havia desfalecido em seus braços, dormindo com tranquilidade ao único som de pássaros que emanava o ambiente. – É um espaço... – Eu entreabri os lábios, prestes a responder, consequentemente interrompendo sua fala.
coçou a cabeça, sorridente. – Pode falar.
– Eu acho uma pergunta estúpida. – Gargalhei baixo, com medo de assustá-lo. Digamos que eu não possuía a risada mais discreta. – Quero dizer... É claro. Eu ia adorar conhecer a casa, . – Dei de ombros, encarando seu rosto concentrado e quase sorridente, aguardando minha resposta.
– Então, eu vou dar uma ajeitada lá dentro, enquanto você mostra aqui fora. – Sara se pronunciou, levantando do pequeno murinho que separava a área da piscina para a pequena copa onde e eu estávamos. Abri um sorriso sincero para ela, concordando com a cabeça, antes que a moça sumisse para dentro da casa que, aparentemente, era gigante.
– Vem. A primeira parada é naquele chafariz que não funciona há um bom tempo. – apontou, rindo, começando a caminhar pelo corredor extenso que havia do lado de fora; também, fazendo parte da copa, dando de frente para a cozinha incrivelmente simples. Eu o segui, tendo os olhos voltados para a piscina e a vista que ficava a alguns metros. – Psiu, olha para cá. – Ele despertou a minha atenção, fazendo-me voltar a encará-lo, imediatamente. Soltei o riso, meneando a cabeça.
– Estou olhando. – Respondi retoricamente, me aproximando do zagueiro. – Qual a história do chafariz que não funciona há um bom tempo?
– Na verdade, eu não sei. – riu, dando de ombros. Sua resposta me fizera rir de volta, encarando o objeto ressecado e quase sem a pintura azulada. – Fiquei um tempo sem vir aqui, depois da... – Ele suspirou, encarando um ponto qualquer, atrás de mim. – Copa. A rotina apertou e... Você sabe. Mal pisei nessa casa. Quando voltei, o chafariz havia perdido a coloração e também a água. Largaram para lá. – Deu de ombros, risonho. – Se eu soubesse que iam abandonar, eu teria colocado meus fones de ouvido quando Dona insistiu que deveríamos consertar o chafariz, assim que eu comprei a casa.
– Já consertaram uma vez, não faz mal consertarem de novo. – Sugeri, ainda tendo os olhos vidrados no objeto que, nitidamente, não recebia cuidados há um bom tempo. me encarava, calado. Eu conseguia sentir o seu olhar queimando contra minha pele e, sem que pudesse controlar, a chama parecia incendiar o resto do corpo.
– Não se pode consertar tudo. – Ele retrucou, enquanto eu girava o pescoço para devolver o olhar. , novamente, abusava de sua expressão concentrada, me encarando. Semicerrei os olhos, me virando de frente.
Eu tinha a ligeira impressão de que suas palavras carregavam mais toneladas do que ele deixava transparecer. Por isso, resolvi não me meter. Não era da minha conta, muito menos, de sua vontade, me contar seus problemas pessoais.
– É só pintar e voltar a fornecer água. – Brinquei, trazendo um sorriso leve em seus lábios. No momento, eu me sentia especial por conseguir arrancar aquela cara amarrada que preenchia o rosto do cabeludo. – Deixa de ser preguiçoso. – Estendi o assunto, implicitamente, fugindo. riu, revirando os olhos.
– A piscina, nossa próxima parada. – Apontou com a cabeça, indicando. Eu me virei, sorrindo. – É pequena, mas dá para aproveitar. – Comentou ele, se aproximando de mim. Eu trepei no murinho, pulando, para o outro lado. Nas fotos, a piscina parecia maior. Ao lado, havia alguns utensílios que provavelmente mantinham a água limpa.
– Pelo menos não é aquela de mil litros. – Ele riu, fazendo-me afastar um passo para o lado; eu podia sentir a respiração do zagueiro navegar contra o meu pescoço. Surpreendentemente, diferente do que eu imaginava o significado de sua aproximação desnecessária, agarrou meus ombros, ameaçando me empurrar contra a piscina. Eu soltei um grito, apavorada, antes que seus ombros me impedissem de cair na água. – SEU... – Virei subitamente, erguendo o braço no ar. Ele gargalhava relaxado, tentando se proteger com as mãos.
– Meu o quê? – Implicou, erguendo o queixo, como se soubesse que eu não seria capaz de continuar a frase para ofendê-lo. Fechei a mão em punho, revirando os olhos. Queria rir, mas estava irritada e assustada suficientemente para deixar transparecer tal raiva.
– Vai te catar, vai! – Soltei, cruzando os braços. Meu coração estava acelerado e eu não sabia como administrar os sentimentos. A partir de qual momento nós deixamos de agir como “fã e ídolo”? soltou a gargalhada, se aproximando de mim.
– Me perdoa, em nome de Jesus. – Ele soltou, me encarando. Seu peitoral quase encontrava o meu braço e eu detestava a proximidade desnecessária. Eu ia ter um colapso se ele continuasse agindo tão intimamente.
– Nunca te disseram que colocar o nome de Jesus em vão é pecado? – Retruquei, arqueando a sobrancelha. entreabriu os lábios, contrariado, afastando o rosto.
– E quem foi que te disse que eu estou colocando o nome de Jesus em vão? – Então, arqueou a sobrancelha, me imitando. Eu entreabri os lábios, chocada, descruzando os braços. havia conseguido me irritar pela segunda vez, sem fazer praticamente nada.
Além de ser ele mesmo.
– Você é idiota demais. – Soltei a risada, cansada de resistir. acompanhou o meu sorriso, meneando a cabeça. Em uma atitude impensada, ele me envolveu ao redor de seus braços. Apertou-me, deixando um beijinho suave em minha testa.
– Não tem muito que mostrar aqui fora, você já viu praticamente tudo. – Ele falou, após me soltar. Eu estava dividida entre tentar esconder o rubor em meu rosto ficando de costas, ou pulando na piscina, de uma vez. Por sorte, parecia não estar prestando atenção em minha fase pimentão e, sim, no que estávamos cercados; procurando algo que pudesse me mostrar.
– Praticamente? – Questionei, soltando a respiração pesadamente, tentando voltar ao normal. desceu os olhos até o meu rosto, fazendo com que um sorriso bobo brotasse aos seus lábios.
– É... – Respondeu, ainda me encarando. Sem coragem, eu não quebrara o contato entre nossos olhos. – Vem cá. Ainda falta um lugar. – Ele envolveu meu pulso com a mão, ameaçando me puxar; eu firmei os pés no chão, impedindo sua locomoção. Ciente de que não aguentaria por muito tempo, uma vez que o cabeludo era quinhentas vezes mais forte do que eu, o interrompi a partir de palavras.
– Espera, espera. – Pedi, atraindo seus olhos de volta até mim; ele girou o pescoço e desistiu de me puxar. Encarava-me, atencioso.
– O quê?
– Quero fazer uma coisa. – Confessei, me aproximando. Eu sorria de leve, assistindo a expressão do jogador se formar em confusão; entretanto, um sorriso ousava a pintar os seus lábios, encorajando-me. – Mas... Não sei. Seria falta de respeito? – Arqueei a sobrancelha. ergueu os ombros, fazendo uma careta, como se não soubesse de nada.
– Tenta a sorte. – Desafiou, mesmo que não soubesse o que passeava a minha mente. Agora, ele exibia o sorriso, suavemente carregado por uma malícia que eu desconhecia.
– Não! – repreendi. – Deixe-me dizer o que eu quero.
soltou a risada, largando minha mão. Ele ajeitou a postura, parado a frente.
– Então, diga. – Autorizou. Eu devolvi o sorriso, abaixando a cabeça.
– Eu só quero dar-lhe um beijo. – Revelei, sentindo o rubor em minhas bochechas aumentar instantaneamente; como se, o que eu tivesse lhe pedido, fosse um absurdo. Não entendia o que passava na cabeça daquele homem, por isso também não subestimava. Mantive os olhos vidrados no chão, envergonhada suficientemente para não encará-lo.
– Você pode dar, pô. – respondeu, após alguns segundos em silêncio. Meu coração apertou e, curiosa, eu ergui o pescoço, sendo pega de surpresa; o jogador caminhava até mim, com a intenção de me abraçar. Seus braços fortes me envolveram cautelosamente. Ele deixara uma das mãos em minha cabeça, em instinto de proteção. Para finalizar, despejou-me um beijo no topo da testa, deixando a risada pairar contra a minha pele. – Dependendo do lugar. – Brincou, fazendo-me arregalar os olhos; contraí o cenho, me distanciando do próprio. Ele encarava meu rosto, envolto pelo gracejo que tinha para dar e vender, misturando-se com um toque de malícia.
– Do quê está falando? – Fiz-me de ofendida, resolvendo entrar em sua brincadeira. – Eu quero dar-lhe um beijo no rosto, “pô”. – Imitei bobalhona, colocando a língua para fora; a atitude causou risadas a , que, como sempre, prestava atenção em tudo o que eu fazia.
– Ah, então, tudo bem. – Ele deu de ombros, simbólico. – A vontade. – E, então, inclinou o rosto para o lado, esperando com que eu me aproximasse. De imediato, senti as bochechas esquentando. – Nós temos o dia todo, mas... Não pretendo passá-lo nessa posição. – Confessou bem-humorado, jogando o olhar estreito em minha direção.
– Perdoe-me. – Redimi, me aproximando. Inclinei, também, o corpo; pronta para alcançar a bochecha do homem. Fechei os olhos, buscando aproveitar o momento mais intensamente.
E, de modo certeiro, FOI INTENSO, FOI.
FOI BONITO, FOI.
Aproximei-me na intenção de despejar um beijo na pele suave da bochecha de ; e eu cumpriria tal missão, se o dito cujo não virasse o rosto no exato momento. Ao contrário do que estava esperando, seus lábios emolduraram-se em junção dos meus em um selinho cauteloso e indeciso.
Quando caí de cara com a realidade, arregalei os olhos, desfazendo o beijo imediatamente. O coração palpitava forte, transformando o meu inferno particular no sambódromo. Eu estava surpresa. Assustada. Talvez, apavorada demais. Tão enlouquecida ao ponto de erguer a mão no ar e jogar, todos os dedos, espalmados, contra o rosto de .
– Você ficou doido, é? – Exasperada e, sem controle de minhas atitudes, as palavras foram cuspidas para fora do corpo. Eu não sabia exatamente como estava me sentindo. É claro que não havia sido ruim. Como também, eu não me arrependia.
Entretanto, estávamos, praticamente, em público; Sara poderia aparecer a qualquer instante com sua filha. Eu não gostava de pensar na ideia. Talvez, esse tenha sido o motivo de eu ter me descontrolado e... É claro, esbofeteado seu rosto.
O estalo ecoou por cada canto de meus ouvidos. O jogador foi impulsionado para o lado, devido ao impacto. Ele acariciava a região – visivelmente rubicunda e dolorida – com os dedos, parecendo mais chocado do que eu ao receber o beijo.
– Você ficou doida? – voltou-se para mim, repetindo a frase que antes escapara com petulância de meus lábios. Seus olhos, levemente avermelhados, me encaravam em um misto de sentimentos. Raiva, confusão. Eu não saberia explicar.
– Eu, não! – Respondi de imediato, sentindo-me irritada pela forma como ele se portava. – De onde tirou a ideia de me beijar? – Indaguei-o, diminuindo o tom de voz; temia ser ouvida por qualquer pessoa daquela casa.
– É? – arqueou as sobrancelhas, sarcástico. Deu um passo a frente, encurtando a distância entre nós. – De onde tirou a ideia de me dar um tapa na cara? – Ele me encarava, de lábios franzidos. Em um momento de fraqueza, meu olhar acompanhou o movimento de sua boca e, instantaneamente, engoli em seco, erguendo os olhos.
– Você me beijou. – Esclareci, tomando a atitude como o motivo do tapa.
– E você me deu um tapa. – Continuou. Eu revirei os olhos.
– Não é óbvio? – Esgotada, enchi o peito de ar, me aproximando. – E se alguém chega? Aliás, e se alguém viu? do céu! – Meneei a cabeça, desaprovando, novamente, o que o zagueiro havia feito. Uma risada em deboche escapou dos lábios de , enquanto ele parecia relaxar os músculos das costas.
– Por que isso te incomoda? – Colocou as mãos na cintura, adquirindo uma postura mais severa. Outra vez, engoli em seco, contrariada. Ele estava agindo como um idiota.
– Vou repetir. Não é óbvio? – Encarei-o, buscando, alguma verdade dentro daqueles olhos arredondados e exageradamente grandes. – A começar pelo seu namoro. – Dei de ombros, soltando uma bufada. , por sua vez, abriu um sorriso sarcástico.
– Sara? – Arqueou a sobrancelha. Ele nivelava nossos olhares, apesar da diferença de altura. – Você me conhece menos do que eu esperava. – Completou, fleumático. Minha testa contraiu em confusão.
– Vou tentar não me ofender. – Cruzei os braços, como se pudesse criar uma barreira entre nós. Devido ao nervosismo, mal havia notado que estávamos perigosamente próximos.
– Qual o seu próximo motivo? – Ele incentivou, petulantemente. Revirei os olhos.
– Essa casa está cheia, . Qualquer um pode aparecer aqui. Isso vai ser um tanto quanto constrangedor, você não concorda? – Inclinei a cabeça, encarando-o com sarcasmo. umedeceu os lábios, coçando a nuca.
– Quem voltou comigo ontem foi o Gustavo. Só. Minha mãe, meu pai, Dudu e o Gilmar ficaram. – Informou, soltando um suspiro. – Essa casa está praticamente vazia. – Contrariou minhas palavras sem dó e nem piedade, voltando a exibir o sorriso que tanto iluminava seus lábios.
– Quais são as suas intenções a partir disso, afinal? – Eu descruzei os braços, insegura; sentia as pernas tremerem constantemente e detestava a situação vulnerável em que me encontrava. O sorriso de se expandiu e, mais uma vez, ele envolveu-me o pulso com a mão.
– Vem, que eu te mostro.
Comprimi os lábios, hesitante. Ele me encarava com atenção, esperando qualquer resposta que viesse de meu corpo; no fundo, sabia que tinha consciência de que não era negativa. Por isso, permiti com que ele me guiasse pela casa. fizera o seu caminho de volta pelo corredor, calado, indo em direção a uma entrada que eu desconhecia. Era um espaço grande; estava levemente bagunçado com alguns brinquedos e papelões. Um pouco distante de nós, havia uma descida e um grande portão.
– Por que me trouxe aqui? – Eu perguntei curiosa, encarando o ambiente grande, vazio e praticamente sem saída. Os muros eram extremamente altos, tirando-me a respiração. havia entrelaçado alguns de nossos dedos e me mantinha por perto, provavelmente na espera de minha reação. Ele me encarava de cima para baixo, lançando um olhar desafiador. Eu, atenta, contraí o cenho.
– Porque, aqui... – soltou a minha mão, se posicionando a alguns passos a frente. Engoli em seco, movendo-me para trás. – Não tem ninguém para olhar. – Instantaneamente, prendi os dentes ao lábio inferior, aplicando uma força que não era necessária. Os olhos grandes de acompanharam o movimento, fazendo-o se aproximar mais um passo e, eu, voltar um para trás.
... – Hesitei, chocando as costas contra a parede que havia logo atrás. Assustei-me, soltando o ar pesadamente. – Você não acha que estamos sendo precipitados? – Um sorriso irônico brindou seus lábios, como se o que eu dissesse fosse algum motivo para comemorar. Meus pulmões protestavam, tendo dificuldade para armazenar o ar que, agora, mais do que nunca, parecia faltar.
posicionou-se a minha frente. Uma pequena e única inclinação nos traria a uma distância inexistente.
– Precipitados no quê, ? – Eu fechei os olhos ao ouvi-lo proferindo cada letra de meu nome, no tom mais sussurrado e sensual que eu já ouvira. Suavemente, seu nariz tocou-me o pescoço, fazendo um carinho tão lento e gostoso que senti-lo chegava a ser doloroso. A respiração do maior ia de encontro exato com minha pele, arrepiando pontos específicos no resto do corpo; por esse motivo, eu entreabri os lábios, tentada e incontrolada, erguendo o pescoço. Não sabia exatamente o porquê de estar dando-lhe passagem para fazer o que bem entendesse comigo, embora, no fundo, desejasse descobrir. – No quê? – Ele repetiu, permanecendo carregado de cautela. Eu ofeguei, um tanto quanto abobada ao quê acontecia, sentindo-me incapaz de formular qualquer frase coerente. A mão esquerda de encontrou o caminho de minha cintura, envolvendo-a com os dedos. Eu contraí o corpo em êxtase, soltando um gemido quase mudo. – Nisso? – Petulante, a risada do zagueiro se formou baixa e rouca, fazendo-me abrir os olhos. Ele me encarava, tendo os dentes presos ao lábio inferior; brincando com a região.
– Nisso o quê? – Soltei, ainda sem capacidade alguma para raciocinar. usou a mão livre para encaixar alguns fios de meu cabelo atrás da orelha, trilhando o caminho pelo rosto em um carinho suave, até pairar o polegar em meus lábios.
– Talvez, nisso. – E, então, ao responder-me a pergunta, deslizou os dedos, buscando fixá-los em minha nuca. Inclinou o pescoço para frente e uniu nossos lábios em uma lentidão que fizera todos os meus órgãos revirarem de tanta ansiedade. Eu duvidava que as batidas do coração não pudessem ser ouvidas. Por isso, respirei, quebrando o beijo. não se afastou; pelo contrário, permaneceu imóvel, roçando nossos lábios. Inconscientemente, sem necessidade de pedidos ou palavras, o beijo retomou com mais ritmo. Uniu-se aos meus lábios calmamente, estimulando uma velocidade mais feroz, eu diria. Sua língua pediu passagem, onde não houve hesitações. Logo, misturou-se com a minha, compartilhando o gosto um do outro. Eu estava viajando para longe daquele planeta. Sentia-me flutuar a cada vez que nossos lábios se emolduravam no perfeito encaixe e davam a permissão necessária para que as línguas fizessem o seu trabalho de excitar. Um milhão de coisas passavam por minha cabeça naquele instante. Eu tentava me concentrar somente em , entretanto, eu não tinha um único foco; não mais. Meus dedos correram para os cachos de seu cabelo, iniciando um carinho estimulante. Ao mesmo tempo, massageava-me a nuca, instigando o beijo que cada vez mais perdia o ritmo e se juntava ao principal problema: a falta de ar.
Até porque, havia me feito esquecer em um piscar de olhos de todos os empecilhos que nos impediriam de continuar aquela loucura.
– Espero não me arrepender. – Eu parti o beijo, por falta de ar; suspirei contra seus lábios, ainda extremamente próximos. Eu não sabia em qual momento eu havia agarrado sua camisa, e, ao notar que eu prendia o próprio pelo pescoço, espalmei as mãos na parede, abaixando a cabeça.
– Você não vai. – Ele retrucou prontamente, seguro do que dizia; apesar de não retribuir o olhar, eu tinha certeza de que seus olhos me secavam com o fogo que crescia dentro de ambos os corpos. fez questão de firmar o toque em minha cintura, em uma tentativa de demonstrar posse. Eu levantei a cabeça, focando os olhos no céu. Não gostaria de encará-lo. A forma como ele se portava colocando-me como um objeto pertencente a ti, trazia arrepios que eu desconhecia a lugares dos quais eu não estava acostumada. – Acho que interpretou errado o que está acontecendo. – quebrou o silêncio, fungando a região perfumada de meu pescoço; eu fizera questão de exagerar antes de sair de casa. Engoli em seco, prendendo a respiração. Ele, por sua vez, próximo suficientemente, despejou um único beijo na clavícula. Eu me encolhi, fechando os olhos; totalmente desconcertada.
– Diga-me como eu deveria interpretar. – Respondi, girando o pescoço para frente. Com lentidão, voltei a abrir os olhos, mantendo-os focados ao chão. apertou os dedos dos pés no chinelo, soltando o ar pesadamente.
– Eu não preciso dizer. – Eu acompanhei o movimento de sua mão até pousar ao meu queixo, em um pedido mudo para que eu erguesse a cabeça; assim, obedeci-o, calada. Nossos olhares se encontraram novamente e eu congelei, absurdamente caindo em tentação. No mesmo instante, seus dedos soltaram-me a cintura. Arqueei a sobrancelha. – Você me pediu um beijo. – Assenti com a cabeça, respondendo a pergunta. – Agora, sou eu quem te peço algo. – Continuou. Eu entortei os lábios, curiosa.
– Tipo?
– Um abraço. – Enchi os peitos de ar, erguendo os braços, para envolvê-lo pelo pescoço; sem maldade. pousou as mãos em minha cintura e, a partir do momento que nossos quadris se uniram, eu pude entender o motivo do pedido indecente. Sua ereção pulsava contra minha barriga e, inconscientemente, os lábios liberaram um gemido descontentado.
Por isso, eu resolvi agir por impulso. Ele estava excitado em poucos toques; deste modo, eu não gostaria de ser a responsável por estragar o momento. Até porque, eu não me encontrava muito longe do que o jogador sentia. Movi a mão até o volume formado, envolvendo-o com os dedos. Devagar, acariciei a região. fechou os olhos, engolindo em seco. Agora, eu obtinha a resposta de não precisarmos de palavras para compreender o que estava acontecendo. Era um fogo constante; aumentando e empurrando-nos contra a fogueira na intenção de gerar queimaduras.
Implicitamente, eu confessava; era o que eu mais gostaria de provar.
Meus dedos, antes de darem início a algo mais perigoso, deixaram um aperto leve ao volume. franziu a testa, concentrado, voltando a abrir os olhos. Ao encontrar os meus, ele lera as intenções que cada um carregava. Malícia, desejo, fogo. Vontade. Insanidade. Lentamente, eu invadi a barra de sua cueca com os dedos, trazendo a cabeça de seu pênis para fora. As sobrancelhas finas do jogador se moveram para baixo, acompanhando o movimento agoniado de seus lábios, a ponto de liberar o gemido enviado pelo corpo. Eu semicerrei os olhos, permitindo-me fazer de malvada. Sem pressa, puxei o elástico da roupa íntima, abaixando a cabeça para checar o que estava a ponto de encarar. Inconscientemente, lambi os lábios, nunca estive tão faminta.
Nunca estive tão sedenta para colocar-me de joelhos por alguém.
Eu ainda não havia tocado a região que tanto ansiava. Ele também olhava para baixo, usando uma máscara rubra no rosto. Soltei o elástico da cueca cuidadosamente, temendo machucá-lo; de certa forma, eu não estava longe de cometer tal ato. Até porque, parecia levar uma chicotada a cada movimento que eu fazia com a mão.
– Para a parede. – Ordenei, mesmo que não soubesse como ser autoritária, possessiva, ou sexy. Eu estava apenas tentando e, bom, pelo volume em sua cueca, estranhamente parecia funcionar. soltou uma risada sem humor. Ele colocou as mãos na cintura, pressionando a língua contra a bochecha. Protestava em silêncio, eu sabia. O jogador pensava no quê poderia falar para me contrariar e bancar o teimoso, da forma como eu já havia me acostumado.
Entretanto, surpreendentemente, ele se moveu até a parede, invertendo nossas posições.
Ergui o pescoço, curiosa – e, talvez, bastante satisfeita por ter sido obedecida sem reclamações –, me virando de frente para .
– Quem vai ajoelhar, de um jeito ou de outro, é você mesmo. – Ele declarou, dando de ombros, como se fosse o dono da razão. Eu entreabri os lábios, sentindo a garganta coçar pela vontade de contrariá-lo; entretanto, nada saíra de minha boca. Pelo contrário. Voltei a fechá-la, soltando o ar com alívio. Ele estava certo. Eu seria a responsável por ajoelhar diante de suas pernas. Como também, poderia, muito bem, ser a responsável de fazê-lo se arrepender por ter sido tão grosseiro.
Deste modo, ajoelhei-me. Os olhos de acompanharam a minha movimentação, agora, diante de seu quadril. Ciente de como ativar os homens a partir de um olhar, eu levantei a cabeça, estabilizando o contato entre os nossos olhos. Ele me encarava de volta, esbanjando uma seriedade que, talvez, eu já tenha visto. Fitava-me do mesmo modo ao estar diante da bola, o goleiro, e as grandes traves que formavam o gol. Concentrado. Quieto. Levemente suado devido ao calor e o sol clareando-nos. A testa franzida em diversas ruguinhas. Chegava a ser fofo e, ao mesmo tempo, intimidador. Por isso, fiz a minha parte de voltar a correr os dedos pela barra de sua cueca, preta. Com cuidado, abaixei-a, por outra vez, libertando o membro que já escapara desde o meu primeiro toque. Resolvi colocá-lo todo para fora. Neste momento, eu poderia imaginar os olhos arredondados de adquirindo um brilho gigantesco. O motivo? Pois bem, eu lhe respondo. Ele se orgulhava do brinquedo que possuía entre as pernas. Ainda mais, deliciava-se ao meu olhar fogoso e surpreso. Não, o brilho em seus olhos não era a única coisa gigantesca naquele espaço. Eu mordi o lábio inferior, desejando tê-lo de uma vez.
E poderia, é claro. estava ereto ao ponto de engravidar vinte mulheres.
Entretanto, no momento, eu não tinha pressa. Não existiam relógios. Eu estava tranquila e segura do quê poderia fazer.
Confiante seria a palavra certa para a usar.
Mas, como não estamos usando palavras...
Eu prefiro utilizar, apenas, a boca.
Inclinei o corpo para frente, jogando o olhar acima. permaneceu imóvel quando, eu, primeiramente, envolvi toda a espessura de seu membro com os dedos. Ele suspirou, respondendo ao toque de minha pele aquecida contra a região mais sensível de todo o seu corpo. Fazendo a linha Geezer, coloquei a língua para fora, abrindo um sorriso maldoso. De imediato, as mãos de se fecharam em punho. Eu decidi que estava levando um tempo desnecessário. Pressionei a língua contra a glande, fechando os olhos; envolvi a cabeça de seu pênis com a boca, chupando pela primeira vez. soltou o ar e, ao voltar a abrir os olhos, assisti-o escorar a cabeça na parede. Cada vez que seus lábios se entreabriram em resposta ao quê eu fazia, meu corpo estremecia e declarava guerra por mais. Eu estava longe de acabar. Para atiçá-lo, escorreguei os dedos por toda a extensão de seu membro, buscando umedecê-lo. Novamente, envolvi a cabecinha, chupando devagar; em seguida, tentei abusar de meus limites, deslizando a boca. , instantaneamente, levou a mão à minha cabeça, entrelaçando os dedos a alguns fios do cabelo. Eu fechei os olhos, incomodada, ao senti-lo empurrar-me o pescoço contra seu membro, como se eu pudesse envolvê-lo todo com a boca. Ele sabia que era praticamente possível.
E, ainda assim, só parou de pressionar-me brutamente, ao ouvir meus protestos, engasgada. Eu conseguira sentir a cabeça de seu membro encostando-se a minha garganta. Ele suspirou em êxtase, mordendo o lábio.
Eu segurava o pênis de com os meus dedos ao redor, agora, inteiramente melado. Ele me encarava, ofegante, tendo a mesma expressão rubra e dolorida. Meu rosto estava levemente avermelhado. Eu não queria mais brincar. Queria continuar e poder concluir a minha “vingança”, mesmo ciente de que talvez, eu estivesse longe de conseguir. Sem mais delongas, dei início à movimentação em seu membro, envolvendo-o com a boca. Imitei aos movimentos de vai e vem; para me auxiliar, permitiu-se enrolar o meu cabelo em um rabo, libertando-me a continuar os estímulos com mais facilidade. Eu me esforçava, carregando a intenção de querer atingir a base, como fizera anteriormente. Por mais humilhante e doloroso que fosse, nada se comparava a expressão prazerosa que preenchera o rosto do zagueiro de lado a lado. Enfeitando cada mínimo músculo de sua face. Eu pus-me a encará-lo novamente. Sabia que gostava da sensação de poder. De sentir que estava no controle de tudo. Aquilo era o que mais lhe excitava. Por isso, investi nos movimentos lentos e intensos. Deixando o seu membro grosso escorregar por minha boca, atravessando qualquer veia pulsante. Abusando dos carinhos feitos pela língua, circularmente, ao redor da cabecinha. Estimulando a glande, onde eu podia ouvi-lo gemer meu nome, inconscientemente. Eu sabia. Ele estava perto do que mais queria. De seu momento glorioso.
Subitamente, eu interrompi os movimentos, me distanciando. Os olhos de voltaram a se abrir, encontrando-me, ajoelhada, limpando o entorno de meus lábios. Eu aguardava sua resposta, tendo o corpo inteiro contraído. Talvez, medo. Nunca o vira tão agressivo e, em poucos segundos, acabei descobrindo um lado absurdamente obscuro e bruto de . Ele franziu a testa, envolvendo o próprio membro com a mão. Meus olhos acompanharam o movimento, vidrados.
– Só sei que preciso de você. – Sussurrou, atraindo-me a atenção de volta ao seu rosto. Entreabri os lábios, surpresa, me atrevendo a levantar. Sem pestanejos, envolveu a minha nuca com a mão e puxou-me a cintura, para unir nossos corpos; atrevidamente, emoldurou nossos lábios, que iniciaram um beijo apressado e um tanto quanto agressivo. Eu não me importava. Pousei as mãos ao seu peito, massageando-o e atravessando a gola da camisa, podendo encontrar sua pele, agora, levemente suada e aquecida. Nossas línguas, ao invés de brincarem com delicadeza como da última vez, travavam uma batalha brutal, trazendo-nos a falta de ar mais rapidamente. Eu ofegava contra os lábios inchados de , tentando me concentrar no beijo; tudo o que eu menos queria era parti-lo. seguia a mesma linha de raciocínio, firmando a mão em minha nuca e mantendo-se focado no quesito “engolir a ”.
Ele inverteu nossas posições, me jogando contra a parede. Eu soltei um gemido em desaprovação, ainda, sem abrir os olhos. O zagueiro fez-se apressado ao descer as mãos pelas curvas de meu corpo, adentrando os dedos pela calça legging que eu escolhera. Suspirei, sentindo a pele aquecer-se ao toque firme de ; ele puxou o tecido para baixo, despindo minha bunda. Envergonhada, aninhei-me contra seu corpo. , rapidamente, aproveitando o espaço livre que agora tinha, apertou as nádegas descobertas com força. Respondi-o gemendo contra seu ouvido, erguendo os pés para alcançar o lóbulo, onde eu deixei uma mordida. Ele sorriu, beliscando-me a bunda.
– De costas. Para a parede. – Voltou a sussurrar seus pedidos indecentes, fazendo-me morder o lábio, deliciando-me ao tom autoritário que ele usara. Se não estivesse errada, essa era a forma de se vingar por eu ter sido tão mandona e, ao mesmo tempo, rancorosa. Afastei-me levemente, podendo encontrar seus olhos vidrados. Ele sorria de lado, onde surgiam covinhas longas ao rosto marcado por antigas acnes. Eu acariciei a região com os polegares, logo, seguindo a linha até seus lábios. Então, permiti-me tocar o chão; antes, usava os pés levantados, numa tentativa – falha – de nivelar nossas alturas.
Virei-me de costas, espalmando ambas as mãos na parede e, por fim, empinando a região que mais iria favorecer naquele instante.
Ele soltou um suspiro; eu jurava vê-lo admirado com a visão privilegiada. Ainda calado e, provavelmente sorridente, o zagueiro fazia a ansiedade aumentar entre ambos os lados. Eu estava explodindo por dentro.
Subitamente, a ardência em minha nádega direita se concentrou fervente e escandalosa; eu pudera sentir, espalmados, todos os cincos dedos achatados que possuía, indo de encontro à pele sensível de minha bunda, em um tapa agressivo. Eu mordi os lábios com urgência, tentando controlar o gemido doloroso que a garganta enviara, respondendo à atitude brutal do zagueiro. Certamente, eu não estava esperando apanhar do próprio. A região, agora, provavelmente contendo a marca de seus cinco dedos em um vermelho piedoso, ardia com constância. Como se eu pudesse pressentir o que iria acontecer, fechei os olhos antes de receber o tapa e, até então, não tive coragem de abri-los.
– Perdão. – se pronunciou, enquanto eu tentava encontrar, em qualquer lugar daquela parede, algo onde pudesse me apoiar. Ele tomou a liberdade de acariciar a região atingida, fazendo-me temer outro tapa. – Não pude me conter. – Soltei o ar, abrindo os olhos. Eu encarava o chão. , por sua vez, arrastou o pano de minha calcinha para o lado; fechei as mãos em punho. Eu o queria tanto. Sabia que, a partir do momento que seus dedos tocassem a região mais sensível de meu corpo, ele encontraria uma grande surpresa. Estava ofegante, desconcertada. Principalmente, molhada. Estupidamente excitada por aquele zagueiro grosseiro.
escorregou os dedos pelos meus lábios vaginais, vistoriando a área. Pude ouvir sua risada confortável ao notar o estado em que eu me encontrava. Logo, seguiu o caminho ao meu clitóris, onde dera início a movimentos estimulantes e circulares com o polegar. Inclinei a cabeça para trás, instantaneamente, deleitando-me à sensação. Eu adorava agonizar diante da aproximação que estávamos de nosso principal destino. Infelizmente, não permaneceu em um único ponto. Logo, desceu os dedos, indicador e o do meio, até a minha entrada. Contraí o corpo, agônica, entreabrindo os lábios para liberar um suspiro de prazer. aproveitava cada mínima resposta que meu corpo lhe enviava. Por isso, contornou a região com os dedos, antes de penetrá-los em uma lentidão torturante. Eu jurava que poderia cometer suicídio a qualquer momento. Senti-lo me explorando era mais prazeroso do que eu sequer chegara a imaginar um dia, nos meus pensamentos mais sacanas. Ele deu início a movimentos lentos e controlados, de vai e vem; entrando e saindo cautelosamente, fazendo questão de escorregar até o limite de seus dedos. Parando ao atingir o final. Soltando um suspiro para coincidir ao meu gemido. Estava adorando. Adorando ver-me tão entregue e desesperada por senti-lo, completamente e pulsante, dentro de mim.
Como também o zagueiro não ficava para trás no quesito ansiedade, removeu os dedos que me estimulavam. Eu brincava com os meus lábios, mordiscando-os, nervosa. pousou-me a mão esquerda na cintura, um lugar onde pudera se apoiar. Em seguida, massageou o próprio membro, parando ao segurá-lo na base. Colei as mãos na parede, aflita. Ele se aproximou, roçando o pênis na região mais sensível do meu corpo; revirei os olhos, ao sentir a cabecinha de seu membro encostar-se ao clitóris. Quase instantaneamente, eu reagi com um gemido, jogando a cabeça para trás. deu prosseguimento ao seu objetivo, atingindo-me a entrada. No mesmo instante, o corpo contraiu em um pedido mudo para que ele fosse direto ao ponto. Eu tremia por dentro e por fora. Cada vez mais, bambeando as pernas. Eu estava errada ao dizer a Sara que poderia despencar a qualquer momento enquanto não via ; agora, mesmo, que eu estava a ponto de me desmontar por inteira naquele chão. Tão aflita, ansiosa e excitada. Enlouquecida. Tomada pela insanidade. Surtando e explodindo por dentro. , tão próximo e ao mesmo tempo tão longe. Posicionado à minha entrada. Entre um único movimento para me expandir. Eu ia pirar. Meus órgãos inventavam uma coreografia desgovernada. Eu só conseguia pensar em uma única coisa.
Isso é tão errado... – Disparei, tentando expelir a insegurança que insistia em me preencher. parou, soltando um suspiro. Imediatamente, me arrependi de ter aberto a boca.
– O quê quer dizer? – Ele respondeu, severo. Lambi os lábios.
– E o tal do “Eu Escolhi Esperar?” – Hesitei, lembrando-me de seu discurso. Novamente, soltou o ar com pesar, contraindo o corpo.
Que se dane.
No segundo seguinte, ele impulsionou os quadris para frente, deslizando o membro para dentro de minha intimidade. Quase no mesmo instante, os lábios liberaram um gemido agoniado em resposta. pulsava, aquecido. Até então, só havia penetrado a cabeça de seu pênis. Estava certo de que, mais cedo ou mais tarde, eu iria explodir. Seus dedos prendiam-me a cintura com força, servindo-lhe de espaço para descontar a ansiedade que aumentava os batimentos cardíacos do zagueiro. Ele arfava, logo atrás de mim, tornando-se ofegante; enquanto, eu, tentava segurar-me entre a dor e o prazer. Já fizera antes, entretanto, uma única vez. Não estava acostumada; muito menos, com o tamanho que iria me invadir. Deste modo, meu corpo regulava e, a intimidade lubrificava-se numa tentativa de dar-lhe o espaço necessário para me atravessar. Com a outra mão, enrolou-me os cabelos, como fizera anteriormente. Eu lambi os lábios sedenta a partir do momento que seu pênis começara a deslizar um pouco mais. Expandindo-me as paredes interiores. Invadindo as regiões mais sensíveis e escondidas de meu corpo. Eu só sabia que queria e, calada, pedia por mais.
O cabeludo voltou a impulsionar-se para frente, onde eu me atrevi soltar um gemido escandaloso. Ele estava em vantagem. Eu não gostaria de imaginar quantas mulheres já haviam passado por ali. Entretanto, mostrando-se assustado com minha reação, interrompeu sua movimentação.
– Está tudo bem? – Ele perguntou, sussurrando. – Posso continuar? – Eu fechei os olhos, soltando o ar.
– Por favor. – Respondi, praticamente inaudível.
– Shh... – pediu, subindo a mão que antes estava apoiada nas costas, até os meus lábios; eu entreabri-os, dando a passagem para os três dedos que ele oferecera. Eu não entendi o que estava fazendo, como também não pudera questionar. – Pode morder. – Autorizou, novamente, tornando-me confusa ao que ele iria fazer. No entanto, não demorou até que me respondesse à pergunta insistente que me pipocava a cabeça. O zagueiro jogou o quadril contra o meu, penetrando-me de uma vez. Seu pênis expandira cada parede interior, massageando-as, ao mesmo tempo, com o sangue quente que o fazia pulsar dentro de mim. Ao mesmo tempo em que me parecia extremamente gostoso, eu sentia como se estivesse sendo rasgada por dentro; da mesma forma quando perdi a virgindade. Exasperada, eu arregalei os olhos, tomada pela onda de dor que me invadira rapidamente; estava a ponto de soltar um gemido gritado. Isso, se, antes, não me lembrasse dos dedos de em minha boca. No mesmo instante, prendi os dentes contra os três dedos, arrancando um suspiro descontentado do zagueiro, logo atrás de mim. Eu buscava me conter, temendo que qualquer outra pessoa pudesse ouvir-nos. – Vem cá. – Finalizou, certo do que estava fazendo. Abraçou-me a cintura, unindo nossos troncos. Eu podia sentir o membro de buscando seu espaço, mesmo que parecesse não caber; imediatamente, notei que aquela ideia de que formava o encaixe perfeito, era estupidez. Acomodei-me ao seu ombro, tentando favorecer nossas posições. , desta vez, estava em desvantagem, pois precisaria se esforçar mais para iniciar os movimentos.
Entretanto, não se abalou. Moveu o quadril para trás, voltando a preencher-me, cautelosamente, no medo de voltar a machucar. Ele sabia que era um intruso e que meu corpo não estava acostumado. Por este motivo, mostrou-se eficaz para me invadir cuidadosamente, pela segunda vez. Felizmente, meu corpo parecia aceitar e abrir-se, ainda mais, para receber quem lhe batia na porta. Eu relaxava inteiramente, onde a dor dava lugar ao prazer. Começava a me acostumar à sensação de estar sendo preenchida. Ouvia o coração bater forte. A cabeça voltava a trabalhar constantemente, lotando-me por um milhão de sentimentos ao mesmo tempo. recuou, despejando um beijo quente em meu ombro; logo em seguida, deslizou toda a extensão grossa e longa de seu membro, até que atingisse o limite. Nossos corpos acompanharam o movimento, permitindo-nos soltar o ar em um suspiro aliviado. Eu levei uma das mãos para trás, encontrando o caminho dos cachos de . Mordi o lábio inferior, impulsionando a bunda contra o quadril do jogador, tentando unir-nos, ainda mais, mesmo ciente de que era praticamente impossível. Ele sorriu com o carinho, serpenteando a mão livre, até que pousasse em minha cintura. Recuou e controlou a movimentação, puxando brutalmente meu quadril contra o seu, voltando a me preencher, desta vez, com mais agressividade. Eu mordi o lábio, impossibilitada de manter-me quieta. Queria limitar os gemidos embora não tivesse controle do meu corpo. Estava sendo, inteiramente, guiada por . Ele me possuía como ninguém jamais fizera antes. Tinha-me literalmente em suas mãos.
buscava o início de seus movimentos; por isso, recuou outra vez, preenchendo-me vagarosamente. Eu revirei os olhos, deixando o prazer me invadir, juntamente, ao membro de . Cada veia de meu corpo saltava em resposta, aquecendo-me como uma fogueira repleta de lenha.
, por sua vez, suspeitoso, pressionou nossos corpos contra a parede. Ele calou-me a boca utilizando a mão, contraindo o corpo. Eu franzi a testa, confusa.
sumiu, Belinha. – A voz estava próxima. Eu a reconhecia. Era Sara. Provavelmente, posicionava-se, do outro lado do muro. Fechei os olhos, começando a rezar, de imediato. Minha tremedeira aumentara intensamente.
sumiu. – A menininha repetiu, trazendo uma risada aos lábios de sua mãe. Eu estava cada vez mais apavorada.
, sai! – Sussurrei, abusando da minha autoridade – que era falha, só para constar. Ouvi-o soltar uma risada sem humor, apertando-me a boca com mais força.
Calada. – Ordenou, severo; como se não estivéssemos a ponto de ser pegos pela assessora de sua mãe. Nus, e transando, na área externa da casa. Eu revirei os olhos, sentindo-me exausta para tentar discutir com o “dono da razão”.
Vem, vamos terminar o serviço lá dentro. Logo ele aparece. – Eu juro. Nunca senti tanto prazer ao ouvir tais palavras. Se não me segurasse, eu ia acabar gozando. Meu corpo inteiro relaxou ao membro de , a ponto de me fazer desfalecer. Logo, riu, achando graça de minha reação. Sussurrou novamente para que eu permanecesse em silêncio, até Sara desaparecer dali e dar-nos a permissão para continuar aquela loucura.
– Você é doido... – Eu disse, ao debruçar contra o muro. riu fleumático, enrolando-me os fios do cabelo. Como se não tivesse autorizado a minha distanciação, puxou o rabo formado com delicadeza, trazendo alguns gemidos aos meus lábios.
E olha que eu nem comecei a te enlouquecer. – Eu soltei o ar em uma risada, ciente de que agora, daríamos início ao que tanto almejávamos. deslizou para fora, despejando ambas as mãos em minha cintura. Eu mordi o lábio, segurando na parede. Ele penetrou-me vagaroso, antes de começar a se movimentar; logo, seus movimentos tornavam-se mais brutos e acelerados. Nossos quadris se encontravam com agressividade, reproduzindo um barulho desnecessário; eu me sentia apanhando na bunda, se fosse parar a ponto de ser sincera. Ele era o responsável por massagear cada parede interior, aquecendo e lubrificando-me em suas investidas, por mais que se resumissem a um ritmo que eu era incapaz de acompanhar. usava-me pela cintura, pegando impulso ao apertar as mãos pesadas. Surpreendentemente, atingiu um tapa contra a minha bunda, no mesmo local de antes; eu gemi, descontentada, mordendo os lábios em repreensão. Ele correu os dedos urgentemente até os fios de meu cabelo, buscando algum tipo de castigo ao puxá-los; provavelmente, por eu não ter conseguido me controlar. Encostei a cabeça na parede, na caça por concentração; parecia querer se superar, enquanto, eu, me sentia incapaz de limitar os gemidos. Era o prazer misturando-se com o desconforto e a dor. Ainda assim, não o pediria para parar. Muito pelo contrário. A minha vontade era de gritar por mais. Eu poderia afirmar com toda a certeza: ele estava me levando à loucura. À insanidade. Eu me sentia a ponto de perder a cabeça. Perto de me desmontar. Seu pênis pulsava em uma briga por espaço em minhas paredes úmidas e cada vez mais incomodadas pelo intruso. Tentando expeli-lo, mesmo que continuasse me invadindo brutalmente, nos movimentos acelerados de vai e vem. Penetrando-me com força. Abusando de sua sensualidade. Buscando minha cintura contra o seu quadril. Chicoteando-me a bunda, a cada investida. Deslizando o membro grosso e ignorando as tentativas frustradas de minha intimidade em engoli-lo. Ele caminhava para o mesmo estágio de loucura que eu. parecia perdido em seus movimentos. Nossos gemidos se encontravam em uma dança prazerosa; em pedidos sussurrados para a constância. O zagueiro atreveu-se a levar uma das mãos ao meu seio, deixando um aperto. Eu mordi o lábio com força, respondendo-o com um gemido agoniado. Ele deitou o corpo ao meu, preenchendo-me por outra vez, em um baque surdo e forte. Entreabri os lábios, sufocada, espalmando a mão na parede. – Porra... grunhiu severo, despejando um beijo suave na pele descoberta – e agora, levemente suada – de meu pescoço. – Diz pra mim. – Sussurrou, ao pé do ouvido. Eu engoli em seco. – Diz para mim que você quer mais. – Ordenou, interrompendo seus movimentos, lentamente, até tornar-se imóvel. Fechei os olhos, agoniada. Ele não podia estar falando sério. Eu começava a ofegar. – Diz, .– Continuou, tentando-me a mente. Eu já conhecia a sua fama de atazanar quem estivesse perto. Infelizmente, nunca levei tão a sério. Senti-lo pulsar, cada vez mais fervente pelo sangue, dentro de mim, trazia-me a sensação de estar nadando em um mar de espinhos.
Eu... Quero mais, . – Eu respondi, rangendo os dentes; obviamente, o que me restava, era dar-lhe o que tanto pedia. Imediatamente, imaginei-o abrindo um sorriso satisfatório, em junção ao som que seus lábios formaram ao me ouvir, grunhindo. Obedecendo-o, como tanto queria. Abusando da lentidão, o desgraçado remexeu-se, obrigatoriamente, fazendo as paredes se expandirem e chuparem seu membro pulsante.
Foi aí, neste exato momento, que tudo começou andar para trás.
Estávamos tão próximos.
Até ouvirmos o barulho do interfone.
Em seguida, o som do portão sendo aberto.
Eu arregalei os olhos, desesperada.
script>document.write(David)! – Disse com urgência, girando o pescoço em uma tentativa falha de alertá-lo. Ele me devolveu o olhar com desaprovação, continuando a estocar-me. Grunhi, ainda envolvida por seus estímulos. Eu deveria ser forte, se não quisesse que fôssemos pegos no pulo, por toda a família do zagueiro. O motor do carro fez-se presente no segundo seguinte, provavelmente subindo o pequeno morro da casa. – , seus pais! – Reclamei novamente, tentando impedir a movimentação; levei a mão até seu quadril, recebendo uma bombeada ainda mais forte. Gemi alto, desesperada.
, não! Agora não dá. – Ele correu os dedos por meus pulsos, imobilizando-me, com as mãos nas costas. – Fica quietinha. Eu vou gozar. – aumentava a velocidade na qual se movia dentro de mim, cada vez mais próximo ao orgasmo. Eu ia despencar a qualquer momento.
– Não! Segura, ! Segura! – Repreendi-o com urgência, tentando desprender meus braços. Ele respondeu com um tapa na minha bunda, petulantemente. Arregalei os olhos, a ponto de gritar. – Você perdeu a cabeça, cacete? – Ele grunhia, mantendo as estocadas.
– Com certeza. A minha cabeça está perdida nesse rabo maravilhoso. – Brincou, fazendo-me revirar os olhos, extasiada.
Oi , está boa? – Eu arregalei os olhos. – Seu . Fizeram boa viagem? – Era Sara. Provavelmente, cumprimentando os pais de , que acabaram de chegar.
– Segura, ! Seus pais! – Apertei os dedos da mão, tentando manter-me calada, ao meio de tanta brutalidade. Eu não sabia qual sentimento me dominava mais no momento. Medo, prazer, ou dor.
Tudo ótimo. Fizemos boa viagem sim. Célia. Eu ia desmaiar. – Como está tudo por aí? Cadê o ? Ainda não acordou?
Você é um péssimo zagueiro. – Encostei a cabeça na parede, buscando o mínimo de sanidade que ainda me restava. Quem dera se pudesse cair na real e perceber que estávamos transando há menos de cinco metros de distância de seus pais.
Eu defendo bolas, não espermas, .
Franzi a testa, incrédula.
Grosso. – Contrariei, ainda irritada com todo o seu ego elevado.
Grande também. – Ele puxou-me o corpo pelos pulsos, unindo-nos, novamente.
Já acordou, para atender a menina de ontem. – Novamente, ouvimos a voz de Sara. Eu fechei os olhos, já começando a fazer minhas orações.
Que milagre. – Brincou , arrancando risadas de mais três pessoas. Instantaneamente, lembrei-me de Gilmar, Eduardo e Cida.
– Segura, Dav... – Ele me interrompeu.
– Vou gozar. – Informou. Eu arregalei os olhos.
E onde estão os dois? – Questionou a loira, mãe do idiota que ainda estava me estocando.
Não sei, . – Disse Sara.
– Não, você vai segurar! – Protestei, tentando recuar. , novamente, puxou-me contra o seu corpo.
Ele disse que ia mostrar aqui fora para a menina, mas ambos sumiram. – E finalizou a assessora, fazendo parecer que, quem estava me fodendo, era a própria.
– Segura, ! SeguRAAAAAAA... – Exigi desesperada, soltando um berro ao senti-lo recuar, estapeando-me a bunda, logo em seguida.
subiu a minha calça, segundos antes de Dona surgir em nossa frente, com a expressão facial formada em horror e surpresa. Ao ver-nos, afastou um passo para trás, confusa.
– Oi, mãe. – Cumprimentou , como se nada estivesse acontecendo. Girei o pescoço com urgência, assistindo-o coçar a cabeça. – A Senhora tá boa? Como foi de viagem? – Ele caminhou até a mulher, envolvendo-a em um abraço carinhoso. Beijou suas bochechas, paparicando-a, com um sorriso amarelo. Pelo canto do olho, ela me encarava, desconfiada.
– Foi tudo bem, filho. – Respondeu, devolvendo um beijo em , sorridente. – Essa é a mocinha que viria aqui? – Referiu-se a mim, fazendo parar de fingir que eu não existia.
– Sim, ela mesma. – Informou para a mãe, atravessando o braço por seus ombros. – Estava aqui mostrando onde vocês deixam as coisas para a ação social. Não é, ? – Então, olhou para mim, com a sobrancelha arqueada. Eu gostaria de mandá-lo tomar naquele lugar; entretanto, estava diante de sua mãe. E, infelizmente, não me restavam saídas, a não ser concordar e entrar em seu joguinho sujo.
– Sim, claro! – Respondi, entusiasmada, aproveitando-me do espaço que eu tinha. – É maravilhoso... Uh... Um lugar tão... É, digamos que... Especial, hmm? – Olhei ao redor, abrindo um sorriso de orelha a orelha, mesmo que a minha vontade fosse de espancar a expressão graciosa que desenhava em seu rosto. Logo atrás, apareceu acompanhado de Gilmar, Eduardo e Cida. Tudo bem. Como se não pudesse ficar pior. – Perdoem-me se os assustei com o grito. – Pigarreei, insegura. – É porque eu acabei me emocionando por estar pisando onde vocês... Bom, montam sonhos. É... Isso. – Juntei as mãos aproximando-as do rosto, tentando imitar qualquer expressão que me tornasse fofa; eu só queria me livrar da situação mais constrangedora de toda a minha vida.
é assim. Intensa. – me acobertou, direcionando-se até o pai, que o recebeu em um abraço. – Tudo bem, pai? – E acariciou a cabeça do homem, por cima do boné. Pela primeira vez desde o constrangimento, eu pude sorrir verdadeiramente com a imagem.
– Tudo, filho. Você também, né? – Seu brincou de volta, bagunçando os caracóis de . Mordi o lábio. Ele riu, desconcertado.
– Pois bem. Fico feliz que esteja gostando do espaço, . – Dona voltou a se pronunciar. Obriguei meus próprios pés a caminharem, mesmo que temesse desmanchar se desse algum passo. Eu ainda estava sobre efeitos de .
– É um prazer estar aqui, Dona . Com todos vocês. – Disse, recebendo-a no abraço que ela oferecia, surpreendentemente. Ainda parecia não ter engolido a história, mas demonstrava-se simpática. Que ótimo jeito de conhecer a mãe de meu ídolo.
– Lembro-me de você, . – Eu levantei os olhos, encontrando Seu com um sorriso sincero. Sorri também, me desvencilhando de .
– Impossível te esquecer, Seu . – Revelei, abraçando-o também.
– Então quer dizer que ela conseguiu conhecer o marmanjo? – Gilmar, logo ao lado, cumprimentou-me com o sorriso mais brilhante que eu já vira. Soltei o riso, tentando me concentrar, apenas, nos meus primeiros momentos com . Posicionei-me na frente de Gilmar, controlando as pequenas lágrimas que nasciam ao redor de meus olhos.
– É, Tio Gilmar. Eu consegui. – Ele me puxou para um abraço apertado, do qual eu recebera carinhosamente de volta. Naquele instante, permiti-me esquecer de tudo o que acontecera nos últimos minutos e purificar a alma, com o único sonho que carregava.
– Você mereceu . – Parabenizou-me por fim, fechando os olhos para receber o meu beijo em sua testa. Atrás dele, encontrei Eduardo Pluto, parado, com as mãos no bolso. Estava sorrindo, mas parecia alheio ao que acontecia.
A partir do momento que eu me movi para apresentar-me, Dona interrompeu-nos, parecendo apavorada.
– Misericórdia, ! O que é isso na sua calça? – Imediatamente, eu abaixei a cabeça, encontrando o motivo de seu desespero.
e eu nos entreolhamos.
Em seguida, o olhar de encontrou o meu.
Eu ia matar o .
– Seu filho, Dona . Esse seu filho, irresponsável! Eu não acredito que você gozou na minha calça, seu nojento! – Desvencilhei-me de cada telespectador ao nosso redor, partindo para cima do cabeludo com agressividade. Usando as mãos, puxei seu cabelo. Ele resmungou, irritado, tentando me afastar.
Quem dera se fosse verdade.
? – Dona despertou-me do devaneio agressivo que eu mergulhara a poucos segundos. Eu arregalei os olhos, encarando, novamente, a sujeira que havia feito em minha calça.
– Catarro. – Por impulso, declarei, começando a esfregar a mão. Ao meu lado, assisti Eduardo se afastar. franziu a testa, enojada. – Desculpem-me, de novo. – Grunhi, tentando limpar onde havia sido atingida. Eu me sentia desconfortável pelos tapas que havia recebido mais cedo. A minha vontade de voar no pescoço de só aumentava. – Eu estou de babá da minha sobrinha, sabe como é... – Soltei uma risada sem graça, esfregando as mãos. Será que essa “porra” – literalmente – era boa para a pele? Todos me encaravam com o horror pingando de suas expressões faciais. – Ela é praticamente um bebê ainda. Não sabe se segurar. Fica agarrada na minha perna o tempo todo, e, às vezes, isso acontece. Eu estou morrendo de vergonha. – Não era capaz de encará-los; talvez, por estar me sentindo constrangida suficientemente; primeiro, ao transar com ; segundo, por ele ter gozado na minha calça; terceiro, a história esfarrapada e nojenta que eu inventara. Ou, por outro lado, seguindo a linha de raciocínio, eu deixava a raiva me dominar. E, ao invés de estar rubicunda pela vergonha, a raiva conseguia transparecer acima de tudo. Sabia que, se viesse a encarar , eu não iria conseguir me controlar e logo causaria um barraco ainda pior.
O ruim era gostar tanto daquela criatura. Até porque, eu preferia passar vergonha com uma história nojenta, do que quebrar a imagem que a família tanto zelava sobre ele. Respirei fundo, criando coragem para encarar . Ela me olhou penosa, se aproximando.
– Você pode usar o banheiro daqui, se quiser. – Ofereceu, com um sorriso complacente. Eu sorri de volta, sentindo-me aliviada, por dentro e por fora.
– Eu mostro o caminho. – se pronunciou, parando ao meu lado. Contraí a testa, surpresa, girando o pescoço para encará-lo.
– Você mostra? – Indaguei, uma gota de incredulidade escorrendo no canto de meus lábios.
– Eu mostro. – Repetiu sorridente.
E, naquele instante, percebi que ainda não havíamos terminado.
– Para lá. – Ele pousou as mãos em meu ombro, indicando que deveríamos sair da cena do crime, para desenhar outra com safadeza. De cabeça abaixada, eu me despedi com um aceno, sendo guiada por .
– Espero que saiba o quanto eu te odeio. – Revelei, caminhando normalmente; tentava não levantar nenhuma suspeita. Nós seguimos o caminho pela cozinha, atravessando um corredor longo. ainda me indicava pelos ombros. Ele soltou uma risada bem humorada, atrevendo-se a separar meus cabelos, despejando-os em um único lado. Senti a pele queimar por onde passeava os dedos.
– Se você odiasse mesmo, teria me entregado. – Retrucou, indicando que eu deveria subir as escadas. Assim, obedeci, mantendo os olhos nos degraus. – Além disso, eu sei que você não resiste a mim. – Gargalhei baixo, achando graça de sua sentença.
– Até onde eu sei, quem insistiu para vir comigo, foi você. – Respondi com tranquilidade, girando o pescoço para o lado, tentando buscá-lo com os olhos. abaixou a cabeça, lançando-me um olhar carregado de segundas intenções. Ele sorria, fleumático.
– Eu não poderia deixá-la vir sozinha. Iria se perder. A casa é grande. – Desconversou, arrancando-me novas risadas. Assenti com a cabeça, entrando na brincadeira.
– Com certeza. É praticamente um labirinto. Nem estou vendo que o banheiro é a última porta do corredor do segundo andar. Seria difícil de me explicar. – Zombei, usando um sorriso brincalhão nos lábios. Desprendi-me de suas mãos, virando de frente para o zagueiro. – Pobre . – Continuei, erguendo os braços no ar, fazendo-me de confusa. parou no corredor, com as mãos pousadas na cintura. Assistia a cena, divertido, tendo um sorriso maldoso no rosto. Ele se aproximou, dando alguns passos para frente, enquanto eu me desvencilhava caminhando para trás.
– Você está pedindo. – Sentenciou, arqueando as sobrancelhas. Eu umedeci os lábios, erguendo os ombros como se não tivesse entendido.
– O quê, ? – Provoquei, nivelando nossos olhares. Eu não sabia de onde tirava coragem para agir tão libertada; como também, havia decidido não questionar. Estava me divertindo e, apesar de todo o constrangimento, conseguimos escapar sem muitos arranhões. – Ainda temos muito que conversar. Por exemplo, sobre você ter babujado a minha calça. – Apontei, onde ainda restava uma marca nojenta. Ele abriu os lábios em um sorriso largo, lembrando-se da cena. – A babá vai ter que te deixar de castigo. – Brinquei, parando no corredor, cruzando os braços. ria, descontraído.
– Talvez eu seja mesmo um volante melhor. – Palpitou, caminhando todo molengo até mim. Eu gostava da imagem. Vê-lo tão à vontade, com uma bermuda larguinha e um chinelo velho. atravessou as mãos por minha cintura, entrelaçando os dedos na lombar. Eu o encarei em silêncio, soltando um suspiro. Estava tolamente encantada por aquele emaranhado de confusão que completava . – Mas, isso não vem ao caso. Não agora. – Eu alarguei os lábios em um sorriso, entrelaçando o pescoço de ao redor de meus braços; pronta para recebê-lo em um beijo que eu já sentia falta.
Só que, ao invés de sentir seus lábios contra os meus, envolveu-me o rosto com a mão, apertando. Eu arregalei os olhos, indignada, sentindo-o me empurrar para trás.
– Shh. – Ordenou, puxando a maçaneta da porta. Franzi a testa.
– Poxa, Abner. A mamãe já falou para você comer direitinho! – Eu conhecia aquela voz tão doce. Era . me empurrou contra a porta do banheiro, fechando-a com urgência. Logo, girou a chave, trancando. Não tirou a mão da minha boca. – Ah, não! é você? – Ela bateu na porta, parecendo indignada. – Quantas vezes eu vou brigar contigo para você usar o banheiro lá de baixo? – Eu o encarei, desesperada, sentindo o coração espancar-me o peito com força. , por outro lado, parecia tranquilo com a situação, sem esboçar nenhuma reação.
– Desculpa maninha, tô apertado. – Respondeu a ela, com uma voz sofrida. Meneei a cabeça, desaprovando a ideia do rapaz.
! Você infesta essa esse segundo andar inteiro quando usa o banheiro daqui. – E, pela segunda vez, o vi constrangido por algo. – Sai daí logo! – Bateu na porta novamente. Eu tive vontade de rir.
– Ah, mana. Você vai ter que esperar. – Deu sua resposta final, encarando-me como um caçador. Com a testa franzida, assisti-o libertar minha boca, começando a se agachar. Por sorte o banheiro era espaçoso; até porque, eu já começava a suar. fez questão de levar ambas as mãos para a barra de minha calça, abaixando-a, de uma vez. Eu encarava o teto, desesperada. – Não se preocupa com o tênis, mas levanta o pezinho. – Pediu, assustando-me. Ia começar tudo de novo. Eu não estava preparada psicologicamente.
Entretanto, o obedeci, levantando o pé com facilidade, livrou-me da calça, o nosso empecilho anterior.
Aproveitando-se de nossas posições, ele despejou um beijo em minha intimidade, por cima da calcinha (vale constar, toda mal colocada). Encaixou dois dedos por entre o pano fino da calcinha, movendo-o para baixo, até livrar-me totalmente de ambas peças.
levantou, dando-me um selinho breve. Eu sorri com o carinho, colocando as mãos em seu rosto, em um pedido para que ele não se afastasse. Ele me impulsionou pela bunda, trazendo-me ao seu colo. Fechei os olhos, escorando a cabeça na parede, enquanto ele explorava a região de meu pescoço; a única descoberta, por eu ainda estar vestindo a blusa. Não poderíamos abusar tanto da boa vontade de sua irmã, e nem de ninguém naquela casa. Se alguém aparecesse, estávamos ferrados, outra vez.
mesmo para me colocar em tanta furada num curtíssimo período de tempo.
– Você já está satisfeito. Por que ainda quer correr riscos? – Eu murmurei, contra seus lábios, em um sopro calmo. Ele sorriu, beijando-me. Posicionava-se em minha entrada.
– Porque eu não pude te satisfazer. – Esclareceu, empurrando a cabecinha. Entreabri os lábios, mordendo-o, logo em seguida. – Não, ainda. – Ele deslizou toda a extensão de seu membro por dentro de minha intimidade, buscando atingir o limite. Espremi os olhos, controlando os gemidos que viriam a vibrar meus lábios. Rapidamente, eu já sentia as paredes interiores se lubrificando para dar o espaço necessário a , logo podendo começar a se mover.
– Isso é loucura. – Eu enrolava um de seus cachinhos ao redor do dedo, a procura de um lugar para fixar a atenção. Lentamente, abri os olhos, encontrando o rosto tranquilo do zagueiro. Ele esbugalhou os olhos, como costumava fazer em algumas fotos, achando engraçado o que eu havia dito. – Você é completamente louco. – Continuei, mordiscando o lábio, ao senti-lo remexer dentro de mim.
– Certamente, eu acho que esse não era o jeito que você imaginava me conhecer. – Brincou risonho, inclinando o pescoço para frente, alcançando meus lábios em vários selinhos breves.
– Quem disse? – Subestimei, arqueando uma das sobrancelhas. franziu a testa, recuando os quadris, pronto para começar a se movimentar. Soltei a respiração pesadamente.
– Você vai precisar me contar essa história direito. – Ele deslizou-se por toda a extensão, arrancando-me uma arfada. Voltei a fechar os olhos, deliciando-me ao prazer de senti-lo dentro de mim.
– Não agora. – Finalizei, apertando seu ombro.
riu, iniciando os movimentos de vai e vem; começara vagarosamente, recuando e preenchendo-me em uma lentidão torturante. Como estávamos frente a frente, eu apostava que assistir a forma em que eu me entregava, proporcionava-o muito mais prazer do que anteriormente. Sua respiração pesada, cansada, estapeava-me o rosto suavemente, se misturando com a onda de prazer que emanava todo o ambiente. Ele pulsava fervente, dentro de mim, encaixando-se no meio da lubrificação. Remexendo, recuando e deleitando-se no caminho apertado. Voltei a abaixar a cabeça, segurando o rosto de . O zagueiro deixava apertos delicados em minha bunda, soltando lufadas de ar; logo, acelerava sua movimentação, tornando-a cada vez mais bruta. colou nossas testas. Esforçou-se para aumentar a velocidade na qual me estocava, afastando e penetrando-me com mais intensidade. Chocando nossos quadris pela agressividade usada. Eu gemia contra seus lábios, sendo abafada ora ou outra pelos beijos que ele me entregava.
Estávamos nos movimentando em união; diferentemente de antes, pudemos alcançar um ritmo que favorecia ambos os lados. parecia tão próximo quanto eu de atingir o ápice; entretanto, se esforçava para continuar me estimulando. Seus gemidos chegavam a sobressair e, em algum momento de suas estocadas, ele espalmou a mão na parede podendo aumentar a velocidade. Eu mordia os lábios, tentando me saciar no meio de tanto prazer. estava se esforçando. Se esforçando para ME satisfazer. Entrando e saindo, remexendo-se, completando-me; seus movimentos agora perdendo a força e a brutalidade. Voltando a me acolher com carinho. Recuando e deslizando cautelosamente, esfregando-se às minhas paredes interiores que o sugava, próximas a expelir o prazer que me bombeava por dentro. , ciente do que estava prestes a acontecer, calou-me com um beijo afobado, antes que qualquer gemido viera a surpreender-nos aos meus lábios.
No segundo seguinte, pude sentir o meu orgasmo escorrer por toda a extensão de .

Enquanto isso, do lado de fora...

– Ué, ). O que foi? Que cara é essa? – Questionou , ao ver a filha sair da casa, de braços cruzados e a cara amarrada. Ela ajudava a descarregar as malas dos carros.
– O , poxa! – Reclamou a irmã, revirando os olhos. – Já falei para ele não usar o banheiro lá de cima. Infesta a casa inteira. – Ela puxou uma das cadeiras para se sentar. Estava grávida novamente, não poderia se estressar.
– Mas ele foi levar a mocinha para limpar a calça dela, . – Explicou a mãe. A morena fez uma careta em confusão, ainda, incompreendida.
– Pelo o que eu sei, estava sozinho no banheiro mãe. – Disse ela, tranquilamente. – E fazia o número dois. – Completou.
– Espera um pouco... – Suspeitou , largando a mala no chão.
, não. – tentou se intrometer, impedindo a esposa. – Deixa ele. Não deve ser nada disso.
– Mas ! – Ela bateu o pé no chão. – Os dois estavam bem esquisitos para o meu gosto. E agora isso? Eu tenho que ir lá conferir. – Cruzou os braços, irritada com a postura de .
– Você é difícil, Dona . – Deu-se por vencido, descarregando a última mala. Meneou a cabeça, achando graça da reação de sua mulher.
– Sempre fui, e vou continuar sendo.

– Eu vou pegar esses dois no pulo! – Franzi a testa, ao ouvir a voz de no final do corredor. Entretanto, dei de ombros. Ela parecia irritada, mesmo que não tivesse motivos para isso.
– Tudo bem com a Senhora, ? – Saí do banheiro, sacudindo as mãos, para diminuir a água. A loira franziu a testa, contrariada.
– Como assim? – Perguntou, me encarando. – Ouvi dizer que você estava lá em cima, com .
– Lá em cima com o ? – Fiz-me de desentendida. – Ele me ofereceu água e eu aceitei. Depois, mostrou o caminho do banheiro e subiu as escadas sozinho. – Expliquei a mãe do cabeludo, tentando segurar o riso. Ela semicerrou os olhos, ainda desconfiada.
– Ah, sim. Entendo. – Soltou o ar, parecendo aliviada com o que ouvira.
– E aí, Dona . Voltou para incomodar a ? – surgiu no topo da escada, como havíamos combinado. Só então, pude soltar uma risada, acalmando-me. Ele desceu alguns degraus, parando ao meu lado.
– Deixa de ser implicante, . Você espirrou o bom ar no banheiro? – Colocou as mãos na cintura, marrenta que só ela. Sorri novamente, achando graça da postura da mulher, como se eu fosse alguém intimo ao ponto de escutar tais conversas.
– Eu não. Espirra você. – Brincou o filho, se aproximando da moça para recebê-la em outro abraço carinhoso.
– Você é mesmo uma vergonha. O que essa menina deve estar pensando de você agora? – Ela me olhou durante alguns segundos, meneando a cabeça em desaprovação. riu, nivelando nossos olhares.
– A Senhora nem imagina.

Fim



Nota da autora: (25/07/2015) Sem nota.




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