Ela é Amiga da Minha irmã 2: Ele é Irmão da Minha Amiga


Escrita por: Juh Malik
Betada por: Larys




CAPÍTULOS: [Único]



Capítulo Único


Toquei a campainha meio relutante. Eu não sabia com que cara olhar para depois da noite passada, afinal, ele era irmão mais velho da minha melhor amiga e eu tinha me pegado com ele ontem à noite sem nenhum pudor. Eu não devia ter vindo aqui hoje, bem em cima do acontecido, mas me encheu tanto o saco quando eu dei a desculpa de uma dor de cabeça insuportável, que acabei cedendo. Ok, ela não sabia de nada, mas eu estava tentando evitar o irmão dela, morta de vergonha das minhas atitudes, e ela, pois sabia que não conseguiria mentir.
A porta se abriu, revelando minha amiga sorridente e pulante.
- Hey! Achei que você não chegaria nunca! – disse e me abraçou em seguida.
- Eu disse que estava com dor de cabeça, . Vim devagar. – falei.
- Mentira! Quando você tem dores de cabeça parece um zumbi e você está linda. – ela disse, apontando para minha roupa. Droga! Ela me conhecia muito bem.
- É que já está melhorando, . – falei e entrei. Pude vê-lo da porta. estava largado no sofá, segurando uma lata de cerveja. Seu cabelo estava molhado e despenteado. Ele usava uma bermuda larga que deixava metade da sua cueca vermelha com ursinhos para fora e nada na parte de cima. Eu riria de sua cueca incrivelmente infantil se não tivesse me perdido completamente na parte descoberta de seu corpo. Na hora que bateu a porta, com seu jeito estabanado de ser, virou-se para nós e nossos olhares se encontraram. Tenho certeza que corei violentamente por ele ter me pego no flagra admirando seu corpinho.
- Oi, ! – ele disse, sorrindo lindamente. Lhe direcionei um sorriso fechado e envergonhado.
- Heey! – falei e corri escada acima. Eu sei, infantil. Mas eu não conseguia ficar no mesmo lugar que ele sem ter uma vontade louca de agarrá-lo. Adentrei o quarto de e sentei na cama, ofegante pela corrida. entrou logo atrás de mim, me olhando como se eu fosse louca.
- O que foi isso? – perguntou, sentando-se na minha frente, na cama.
- Isso o quê? – dei uma de louca e revirou os olhos.
- Você! Correndo aqui pra cima. – ela disse e riu. A olhei sem entender. - Foi engraçado.
- Nada, . Senti um enjoo repentino e achei que fosse vomitar. – menti.
- Amiga, você tá legal? – ela perguntou, preocupada.
- Tudo está legal, . Eu acho que estou pegando uma virose. Só isso. – falei. - Mas vamos mudar de assunto. – falei rápido, assim que percebi que me mandaria ir ao médico. Tudo para ela era motivo de ir ao médico! Estava começando a desconfiar que era tudo pelo doutor. – Como foi sua noite? – perguntei e pareceu se esquecer de minha doença de mentira.
- Garota! Que homem era aquele?! – ela gritou e soltou uma risada gostosa. Ri juntamente com ela. – Ele era, além de completamente gato, totalmente gentil e cavalheiro. - Ela contou e eu sorri. – Nós nem transamos. – completou, corando, e eu abri a boca impressionada e arregalei os olhos. A nunca tinha saído com um cara e não tinha transado com ele!
- Ele era gay? – perguntei e ela riu, vermelhinha.
- Não. Nós até ficamos, mas ele disse que tinha realmente gostado de mim e não queria agir como com as outras. – ela dizia e meu olhos brilhavam.
- E... – incentivei.
- E... Que nós trocamos telefones e ele disse que nós íamos sair novamente. – terminou e suspirou.
- Você acha que é verdade? – perguntei hesitante e ela afirmou com a cabeça.
- Sim! – disse, de repente, felicíssima. – Nós já até trocamos mensagens hoje. – ah, entendi a felicidade. – E... – fez suspense e eu ri. Era realmente bom vê-la feliz. – Marcamos de sair hoje! – ela se jogou para trás na cama, agarrando sua almofada de coração.
- Que maravilha, ! – comemorei. Até me esqueci momentaneamente do meu problema no andar debaixo. – Espero que ele não queira só se aproveitar de você, porque você tem uma amiga que manja dos paranauê. – falei e ela riu escandalosamente.
- E quem é essa? – perguntou.
- Oras! – me fiz de indignada. – Quem mais poderia ser? – perguntei e logo emendei. – Aquela garota do seu curso que deu uma surra no cara da sorveteria. – disse séria e gargalhou, me levando junto em seguida. – Ok, vamos parar de brincadeira. – falei, recuperando o fôlego. – Espero mesmo que dê certo, amiga.
- Eu também! – disse com o sorriso maior que a cara. – Você vai ficar aqui até de noite pra me ajudar com a roupa, não vai, ?
- Bem, ...
- Por favoooooooor... – pediu e eu suspirei.
- Tudo bem, eu fico. – disse derrotada e saiu correndo pelo quarto, rindo. Ela parou de repente e se virou para mim, séria.
- Que péssima amiga que eu sou! – disse e correu até mim, se jogando em minha frente na cama e segurando minha mão. Ela sorriu pervertida e olhou para os lados, como se tivesse alguém nos ouvindo e ela quisesse assegurar de que ninguém nos ouviria. – Como foi a sua noite, hein mocinha? – perguntou e eu gelei. Eu não conseguiria mentir para ela. E se eu mentisse e desmentisse? Bom, pra todo caso, só tinha uma coisa a fazer. Desmaiei.
Brincadeirinha. Resolvi contar a verdade.
- , promete que não vai me odiar? – perguntei, já sentindo minha garganta se fechar.
- Por que eu te odiaria, amiga? Claro que não. – ela disse, sorrindo acolhedora. – Me conte tudo sobre o bofe que você pegou. Como ele era, atitudes, se era bom... – ela me olhou sorrindo maliciosamente e eu ri fraco.
- Eu... – hesitei.
- Fala, .
- Eufiqueicomseuirmão. – falei rápido e o sorriso no rosto de sumiu. – , me desculpa. Eu juro que eu não tinha planejado nada disso, eu...
- O QUÊ? – ela gritou. – VOCÊ TRANSOU COM O MEU IRMÃO? – perguntou alto, se levantando da cama, nervosa.
- NÃO! – gritei para ela e ela arqueou as sobrancelhas. – Sim. – ela quase riu do meu desespero. – Não! Nós não transamos. Quase, mas não foi. , é sério. Me desculpa. – pedi, fazendo cara de gatinha faminta.
- Como isso aconteceu, ? – ela perguntou e eu vi que estava tudo bem entre nós.
- Eu estava dançando e ele veio e me beijou. Quando eu vi, já estávamos no banheiro, mas não aconteceu nada. – contei. – Você sabe que eu sempre meio que gostei do seu irmão, né?!
- Aquele cachorro! – ela gritou. – Eu vou matar ele! Ele se aproveitou de você! – disse, revoltada.
- , eu também quis. Não foi só culpa dele, foi minha também. – falei, olhando para minhas mãos sobre minhas pernas.
- Tudo bem, . Mas eu ainda vou matá-lo. – ela disse e eu ri.
- Tá tudo bem entre a gente? – perguntei.
- Lógico! Você é minha melhor amiga, eu não ficaria brava com você. Só o cachorro do meu irmão que tem que aprender que ele não pode pegar todas que ele quiser. – ela disse, emburrada.
- Ahn... . – chamei e ela me olhou. – Tem mais. – falei.
- Não, . Você não é qualquer uma e ele não pode te tratar como se fosse! – ela me interrompeu.
- Ele me disse algumas coisas... – falei baixo e me senti corar sob seu olhar curioso.
- O quê? – perguntou, extremamente interessada.
- Bem... – comecei, mas parei, com vergonha.
- Fala logo, mulher! – ela gritou. Soltei uma risada fraca e falei:
- Tipo, ele meio que disse que gostava de mim... – falei e levantou num pulo.
- Como é que é? – gritou.
- Para de gritar, garota! – falei rindo.
- O que mais? Conta, conta, conta! – me ignorou e se sentou na minha frente, batendo palmas, animada.
- Então, ele não disse com todas as letras, mas disse que sentia algo por mim e queria descobrir o que era. – contei e ficou boquiaberta. Eu também ficaria. – Também disse que viu eu me transformar de pirralha em mulher. – falei e senti minhas bochechas quentes.
- Você tá mesmo falando do meu irmão? – ela perguntou e eu ri envergonhada, balançando a cabeça afirmativamente. – Você não bebeu demais e viu meu irmão em outro cara?
- , eu não sou tão bêbada assim. E bebi nada ontem. – falei.
- Eu não acredito que ele tenha dito essas coisas.
- Nem eu. – falei e deitei na cama. Eu e ficamos conversando a tarde inteira. Em alguns momentos do dia, aparecia e perguntava se nós não íamos comer. Quando dizíamos que não, ele piscava para mim e saía. Ele só podia querer me matar do coração!
Quando deu mais ou menos cinco horas, correu para o banheiro pra se arrumar. Tinha marcado de se encontrar com o Joseph às oito e queria ficar perfeita, dizia ela. Depois de uma hora e meia no banho, ela saiu e começou a se arrumar. Escolhemos uma roupa bem bonita para ela e ela vestiu.
- Como estou? – perguntou ao sair do banheiro, já completamente pronta. Ela estava linda!
- Maravilhosa! – falei, sorrindo simpática.
- Será que o Joseph vai gostar? – perguntou, insegura.
- Não, . Ele vai amar! Você está perfeita. – terminei de dizer e ouvimos uma buzina.
- Bom, vou indo. – ela disse e eu me levantei, pegando minha bolsa do lado da cama.
- Também vou indo. – falei e me parou na porta.
- Nada disso! – disse, autoritária. – Você fica e resolve isso. – ela apontou para o andar de baixo, indicando , e eu revirei os olhos. – !
- Tá bom, mãe. – falei com a voz falsamente cansada e me deu um tapa no braço. – Ai, sua bruta!
- Deixa de ser burra, garota! Se meu irmão disse mesmo o que você disse que ele disse, então ele realmente pode estar nutrindo algum tipo de sentimento humano por você. – ela sussurrou.
- Sentimento humano? – perguntei, rindo.
- É! Coisa que aliens como ele não costumam ter. – ela disse séria, como se fosse verdade e eu explodi em risadas.
- ... Cala a boca. – falei em meio ao riso.
- E não o defenda, sua vaca!
- Acho que o Joseph não vai gostar de esperar tanto... – falei e ela arregalou os olhos.
- Estou me retirando. – falou, começando a andar apressadamente em direção à escada.
- Vai lá, amiga! Agarra seu homem! – falei, quando não podia mais vê-la.
- Eu vou! – a ouvi gritar e ri, indo para a escada. Cheguei à sala a tempo de ver a porta se fechando. Eu tinha que sair logo de lá! Virei-me para o centro da sala e me olhava, sorridente.
- Hum... . Eu também vou indo, ok?! – falei e ele se levantou. Caminhou até mim, sorrindo maroto.
- Acho que não. – ele disse, assim que chegou à minha frente. me puxou pela cintura, me colando a seu corpo, me fazendo largar minha bolsa no chão.
- Eu preciso ir. – falei e percebi que minha voz estava falha. Droga! Ele também percebeu. – Disse pra minha mãe que não demoraria. – completei e me senti ridícula. Cara! Quantos anos eu tinha? Doze?
- , você não sabe mentir... – ele disse, rindo. Eu tenho cara de palhaça?
- Você não sabe se é mentira. – falei, marrenta.
- Para! – ele disse rindo. – Agora que minha irmã finalmente saiu, podemos aproveitar. Temos a casa só pra nós. – falou e foi se aproximando lentamente do meu rosto.
- E quem disse que eu quero aproveitar alguma coisa com você? – sussurrei quando ele encostou sua testa na minha.
- E não quer? – ele perguntou no mesmo tom que eu.
- Quero. – respondi e lentamente encostou nossas bocas. Passou sua língua quente e ágil pelo meu lábio inferior, sem nenhuma pressa, pedindo passagem para aprofundar o beijo. Abri minha boca mais rápido do que realmente gostaria, deixando que sua língua se entrelaçasse com a minha, sedenta pelo toque. Senti um calor incomum se espalhar por meu corpo, parando logo abaixo da barriga. Agarrei seus cabelos lisos e macios com força, fazendo-o arfar contra meus lábios, embalados pelos seus. Ele apertou minha cintura com força, fazendo com que nossos corpos ficassem extremamente colados. Senti certo volume ser pressionado sobre meu baixo ventre e suspirei. As mãos de desceram da minha cintura para meu quadril e apertaram fortemente, me fazendo gemer baixinho, sem desgrudar nossas bocas. Depois de alguns segundos, suas mãos fortes e rápidas desceram para minha bunda, onde ele fez questão de ficar. Eu, incomodada demais com a falta de contato de minha parte, soltei aqueles fios maravilhosos e tracei uma trilha em seu super corpo com minhas mãos. Passei pelo pescoço, peitoral (descoberto), barriga, onde fiquei fazendo carinho por algum tempo. desviou sua boca da minha e literalmente atacou meu pescoço, dando beijos, mordidas e chupões fortíssimos. Eu não conseguia fechar a boca, me sufocaria se o fizesse. Meus gemidos saíam cada vez mais altos, resultado de duas mãos apertando minha bunda, enquanto uma boca mordia meu pescoço como se ele fosse comestível. Desci minhas mãos de sua barriga para seu quadril, evitando seu membro latejante contra minha barriga. Apertei seu quadril quando ele chupou meu pescoço com vontade, fazendo-o gemer alto.
passou seu braço esquerdo pela minha cintura e o direito puxou uma de minhas pernas para cima, fazendo-a ficar na altura de seu quadril. Nossas intimidades em contato me fizeram arfar. Ele pegou minha outra perna e a fez ficar como a primeira, me fazendo ficar suspensa em seu colo. Minhas mãos voltaram para seu pescoço e eu o agarrei com força. Aquele cara, sim, era gostoso!
Voltamos a nos beijar vorazmente. começou a andar e eu abri minimamente os olhos, vendo o caminho para o sofá sendo percorrido. Voltei a fechar os olhos a tempo de sentir minhas costas se chocando contra algo, com um pouco de força. Resmunguei sem desgrudar nossas bocas.
- Desculpa. – disse, separando o beijo, ofegante. Ele me deitou cuidadosamente sobre o sofá e ficou por cima de mim, entre minhas pernas. Meu vestido já estava na barriga e aquilo estava me incomodando. Tirei minhas mãos dos cabelos de (para onde elas tinham voltado) e direcionei para meu cinto, que eu abri e joguei longe. me olhou sorrindo. Era um sorriso diferente de todos os sorrisos dele. Era gentil, cuidadoso, verdadeiro e... Feliz.
- O que foi? – perguntei, sentindo minhas bochechas queimarem.
- Por quê? – ele perguntou, soltando um riso fraco.
- Você tá me olhando diferente. – respondi. Suas bochechas ficaram vermelhas e ele desviou o olhar. Que bonitinho!
- É que eu não acredito que isso esteja mesmo acontecendo. – ele disse, agora olhando em meus olhos. Só então eu percebi o que estava fazendo. Eu ia mesmo transar com ele sem nem pensar duas vezes! Arregalei meus olhos por reflexo do pensamento e o empurrei, sentando no sofá em seguida. Puxei meu vestido para baixo, tampando minha calcinha que já estava a mostra, mas ele nem tinha reparado. – O que foi? – ele perguntou, confuso.
- Eu... Ahn... Não posso fazer isso. – falei, gaguejando.
- Por quê? – ele perguntou. Desviei meus olhos daquela imensidão azul. – ? – chamou e eu o olhei. Ele tinha uma expressão sentida no rosto. Olhei para baixo e MEU DEUS! O que era aquilo tudo na calça dele? Senti minhas bochechas esquentarem. Eu fiz aquilo?
- Eu simplesmente não posso. – falei num suspiro.
- Mas... Por quê? – perguntou novamente. – É por minha causa? Eu fiz alguma coisa errada? – ele parecia chateado. Ai Senhor!
- Não! Não é você...
- Não é você, sou eu. Sério? – disse irônico. Aquilo me irritou profundamente.
- O quê? Agora você vai me cobrar? – perguntei exasperada e me levantei, procurando minha bolsa com os olhos.
- Não! Mas eu tenho o direito de saber, você não acha? – perguntou, se levantando também. Ele já estava mais calmo e o volume em sua calça havia abaixado. Seria constrangedor se não tivesse.
- Eu não sei! – gritei e ele arqueou as sobrancelhas. – Não sei se quero que você saiba. – disse, envergonhada.
- O que poderia ser tão vergonhoso assim pra você ficar tão vermelha, ? – ele perguntou, se aproximando e enlaçando minha cintura com os dois braços. Apoiei minhas mãos em seu peito e fiquei observando ele subir e descer. Senti seu coração batendo sob minhas palmas e vi como estava acelerado. – Pode confiar em mim. – falou, carinhoso, fazendo um carinho gostoso em minha bochecha direita. Fechei os olhos e respirei fundo. Ao abrir os olhos, olhei bem dentro dos de .
- Eu sou virgem. – falei baixo e pude ver espanto em seu rosto. – Pois é.
- Eu... – ele começou, mas deixou a frase morrer.
- Ok. Tudo bem se você não quiser ficar comigo por causa disso. Eu sei que você já ficou com garotas muito mais experientes e... – comecei, mas ele me calou com um selinho demorado.
- Você fala demais. – ele disse, rindo, com a testa encostada na minha. – Eu não me importo com você ser virgem. Fico feliz de ser seu primeiro. – completou, sério.
- Bom... – comecei, mas me interrompeu.
- Você não quer? – perguntou, chateado.
- Não é isso... É que... Bem...
- Pode me falar, linda. – ele disse, carinhoso, acariciando minha nuca e eu me derreti.
- É que isso tudo é incerto, . – falei. – O que a gente tem é incerto, você é incerto, eu sou... A situação em si, é. E eu não me sinto segura sobre esse passo. – desabafei e ele sorriu, desgrudando nossas testas. Ele me olhou encorajador e soltou minha cintura, pegando em minha mão e me levando para o sofá. se sentou no canto e me fez sentar de lado em seu colo. Me senti um pouco desconfortável com aquela posição, mas deixei do mesmo jeito.
- Eu sei que você tem motivos pra se sentir assim. Eu nunca me mostrei uma pessoa para ter confiança, mas eu sou. Pergunta pros caras. – ele disse, agarrando minha cintura, como se, se me soltasse, eu fosse fugir, e olhando bem dentro dos meus olhos. – Você pode não acreditar, mas o que eu sinto por você já é velho. Não começou agora. – confessou e eu me surpreendi. Só não sabia se acreditava ou não. – Eu juro que não estou dizendo nada disso pra te convencer a transar comigo. Se você quiser esperar mesmo assim, eu espero com você. O tempo que precisar. O tempo que você quiser. – disse e eu não precisei mais pensar sobre acreditar. Acreditei de primeira. Sorri para ele e ele sorriu de volta; um sorriso cúmplice e lindo. Passei minha mão sobre sua bochecha, vendo-o fechar os olhos. Acariciei o local com a maior delicadeza e carinho que consegui juntar em mim, indo para a orelha em seguida e indo para o cabelo, onde penteei com meus dedos. virou a cabeça e beijou suavemente a palma da minha mão. Sorri fechado. Ele era perfeito!
Peguei seu rosto com as duas mãos e encostei nossas testas, passando meu nariz no seu, num carinho. Me afastei minimamente só para ver seu rosto, que sorria de olhos fechados, como se estivesse sonhando.
- E essa história de sentir coisas por mim faz tempo? – perguntei divertida e seu sorriso virou uma risada. abriu os olhos e me olhou profundamente.
- Você não pegava mesmo minhas pistas, não é? – ele perguntou e eu arqueei as sobrancelhas. – Acho que não. – ele disse e riu.
- Do que você tá falando? – perguntei, confusa.
- , desde que você tinha dezesseis anos eu te dou algumas pistas de que você seria minha algum dia. – ele disse e eu senti meu coração disparar.
- Eu não sou sua. – brinquei e ele riu alto.
- Ainda. – disse, em meio ao riso.
- E que pistas eram essas? – perguntei, curiosa.
- Bom, lembra da festa do Judd, aqui em casa? – ele perguntou e eu afirmei, lembrando do dia. – Você estava no quarto da minha irmã, fazendo alguma coisa.
- Procurando um gloss. – falei e ele afirmou com a cabeça.
- Aí eu cheguei. – ele continuou e eu me lembrei do acontecido. tinha bebido pra caramba naquele dia. – Você estava sentada na cama, com seu vestido super curto, cobrindo quase nada. – ele olhou para cima com um olhar sonhador. Lhe dei um tapa fraco na cabeça e ele me olhou.
- Prossiga. – mandei. Sim, mandei mesmo. Quero ver ele me contrariar!
- Você vai ter que colocar aquele vestido pra mim um dia. – falou, sorrindo malicioso e eu lhe dei um tapa no braço. Só que agora forte. – Ai!
- Continua! – pedi, aflita.
- Ok. Então, você estava lá sentada e eu sentei ao seu lado e perguntei: “O que minha gata tá fazendo aqui sozinha?” – ele riu e eu acompanhei. – E você respondeu...
- Não sou sua gata! – interrompi, rindo. Eu era tão patética!
- Exatamente. E ai eu mandei a pista. – ele disse. Quando ele começou a falar, uma luz se acendeu na minha mente e acabamos falando juntos. – “Isso a gente ainda vai mudar”.
- Você estava bêbado! – acusei e ele riu.
- Eu fingi estar. , você era muito mais nova que eu e era menor de idade.
- E a outra? – perguntei, meio que pulando sentada, de animação. me repreendeu com o olhar e eu sorri sem graça pra ele. – Desculpa.
- Bem, a outra foi mais ou menos um ano atrás. Você tinha dezessete. – ele disse.
- Eu sei quantos anos eu tinha um ano atrás, . Para de enrolar! – disse brava e ele riu.
- Então para de me interromper, cacete!
- Desculpa. – pedi e ele me deu um beijo na bochecha.
- Então, você e a estavam assistindo um filme aqui na sala e eu cheguei cansado da gravadora. – ele disse, mas eu não lembrava desse dia. – Eu me joguei no sofá, ao seu lado, e tomei o controle da TV da sua mão. – Ah! Esse dia.
- Você era um insuportável. – disse, revirando os olhos.
- Posso continuar? – ele perguntou, rindo do que eu disse.
- Pode.
- Você me xingou muito porque eu tirei daquele filme chato e coloquei no futebol. – rimos. É, eu tinha mesmo xingado muito ele.
- Você não pode simplesmente tirar de Titanic bem na parte que o Jack tá morrendo. É pura maldade! – falei e ele me repreendeu com o olhar. – Desculpa.
- Aí eu falei: “Quando nós formos mais íntimos, você pode exigir o controle. Por enquanto não”.
- É. Você disse mesmo.
- É. Aí você disse que nunca seríamos íntimos.
- Então você disse: “É o que veremos”. – fiz uma voz grossa e riu.
- Exatamente. – ele disse rindo. Ah! A pista!
- Cachorro! – eu ri e dei um tapa fraco em seu peito nu.
- Ok, vamos parar com as agressões agora, pode ser? – perguntou, passando a mão pelo local recém atingido.
- Tem mais? – perguntei, como uma criança.
- Tem, mas fica pra próxima. – ele disse, divertido. Fiz um bico e cruzei os braços em frente ao busto. – A gente tem coisa melhor pra fazer agora, coisa linda. – disse carinhoso e eu não consegui deixar de sorrir. Passei a mão novamente por seus cabelos, observando seu rosto. Ele me olhava com ternura, talvez até paixão. Me aproximei lentamente de seu rosto e encostei nossas bocas. Passei a língua entre seus lábios já entreabertos e ele os abriu completamente, enroscando sua língua deliciosa na minha. Levantei de seu colo, sem desgrudar nossas bocas, para mudar de posição. Passei minhas coxas por sua cintura, sentando novamente em seu colo, só que de frente. apertou com força minha cintura, fazendo com que eu me remexesse gostosamente em seu colo, o que resultou em um gemido sôfrego de sua parte. Ele mordeu meu lábio inferior e o puxou pra ele, me fazendo suspirar, deliciada com as sensações que aquilo tudo causava em meu corpo. Agarrei seus ombros com força e os arranhei. largou meu lábio inferior e atacou brutamente minha boca, descendo suas mãos da minha cintura para minha bunda e a apertando com tanta força que me fez levantar minimamente o corpo. Senti seu membro duro e ereto contra minha intimidade, coberta somente pela calcinha, e gemi alto contra os lábios de . Ele segurou em minhas costas e praticamente me jogou sobre o sofá, ficando entre minhas pernas abertas e se esfregou em mim. Joguei minha cabeça para trás, gemendo continuamente e apertando minhas coxas em volta de seu quadril. Passei as mãos por suas costas, indo para o cós da sua bermuda. Passei o dedo pelo elástico, parando no botão. O desabotoei e puxei o zíper para baixo. empurrou a bermuda e ela desceu por suas pernas, deixando-o somente de boxer. Ele desabotoou meu vestido e foi tirando-o lentamente. Quando meu sutiã apareceu, os olhos de até brilharam. Eu não acharia isso tudo de um sutiã rosa rendado. Acharia até patético.
- Uau. – ele disse, maravilhado. Minhas bochechas esquentaram. Desviei meu olhar do seu.
- Tô meio desconfortável. A gente pode subir? – perguntei e ele puxou minha cintura, levantando meu tronco. Foi puxando meu vestido pra baixo, tirando-o por completo. Eu infelizmente estava com o conjunto do sutiã, que era uma calcinha rendada, o que prendeu os olhos de . – Você pode parar de me olhar assim? – pedi, corada.
- Você é linda. – ele disse sorrindo e voltou a me beijar. Levantamos do sofá e eu me pendurei em sua cintura, me agarrando ao seu pescoço. andou comigo em seu colo até as escadas e subiu. Já no corredor, senti minhas costas nuas se chocarem com algo gelado. Me remexi com vontade sobre o membro de , que arfou sobre minha boca, fazendo um movimento meio brusco com seu membro em direção à minha intimidade. – Eu... não... vou... conseguir chegar... ao quarto. – ele disse, ofegante. Sorri comigo mesma. Ele tirou as mãos da minha cintura e apoiou na parede ao lado do meu corpo, ofegando mais.
- Eu confio em você. – falei em seu ouvido, com a voz mais sexy que consegui e mordi sua orelha, causando arrepios nele. Eu vi, não tô inventando!
- ... – ele gemeu, com a cabeça enterrada em meu pescoço e o arrepio que senti me deixou ainda mais excitada. O que aquelas merdas de roupas estavam fazendo entre nós?
me desencostou da parede e seguiu para seu quarto. Ele abriu a porta com o pé mesmo, já que suas mãos estavam ocupadas demais apalpando minhas coxas. Me deitou em sua cama (que era extremamente confortável), e se encaixou novamente em mim. Suas mãos foram imediatamente para minhas costas, onde abriram o fecho do meu sutiã. Seus lábios desceram do meu pescoço, indo em direção aos meus seios, agora descobertos, e rodeando-os com sua língua. Gemi, agarrando seus cabelos e os puxando com força. Isso só o motivou a continuar. Ele passou seus lábios por um de meus seios, dando beijos carinhosos e leves chupões. repetiu os movimentos no outro seio, descendo até minha barriga e a acariciando com sua língua quente. Apertei o lençol da cama ao meu lado, me segurando para não fazer qualquer besteira. As mãos de foram para meu quadril, onde pegaram minha calcinha e começaram a tirá-la. Sua boca voltou para a minha e me deu um selinho demorado. encostou sua testa na minha e me encarou ofegante. Ele ficava lindo suado.
- Você quer mesmo isso? – perguntou. Acariciei sua bochecha e sorri fechado para ele.
- Eu sempre quis que fosse com você. – falei e me senti boba, mas seu sorrido radiante me fez sentir imensamente feliz.
- Você é perfeita. – ele disse carinhoso. Sorri a acariciei sua nuca.
- Você que é. – respondi e o beijei. terminou de tirar minha calcinha e tirou sua cueca em seguida. Nossos corpos nus se tocaram com intimidade e eu senti um choque percorrer todo meu corpo. segurou minha mão, virando a palma para cima e entrelaçou nossos dedos. Enquanto nos beijávamos calorosamente, o corpo de se afastou minimamente do meu e eu senti a cabeça de seu membro sobre a entrada da minha intimidade. Ele me penetrou sem aviso algum, fazendo-me sentir um prazer tão doloroso que eu não pensei que fosse existente. Apertei sua mão com força, enquanto mordia seu lábio inferior. gemeu contra minha boca, começando movimentos de vai e vem dentro de mim. Soltei sua mão e arranhei suas costas com minhas unhas grandes. Os movimentos foram aumentando de velocidade, fazendo os gemidos serem contínuos, tanto meus, quanto dele. Suas mãos apertaram com vontade minhas coxas, enquanto ele me beijava com paixão. Sua língua rodeava a minha, tão faminta por contado que eu estava começando a achar que não beijava uma garota fazia tempo, mas ele tinha me beijado ontem!
Suspirei contra seu rosto assim que ele começou a fazer movimentos mais fortes. Retirou seu membro de dentro de mim e o enfiou com força total em seguida.
- ... – gemi e isso parece que só o fez ficar mais excitado. Senti que chegaria ao orgasmo logo e também. Seus movimentos ficaram extremamente rápidos e logo em seguida gozamos juntos, gemendo descontroladamente.
Meu corpo relaxou e o peso do de caiu sobre mim. Acariciei seus cabelos molhados e sorri. Eu não sabia o que poderia dizer: “Uau”; clichê demais. “Nossa, isso foi bom”; vadia demais. “Isso foi perfeito”; santinha demais. “Eu te amo”; cedo demais. Estava tão perdida em pensamentos, olhando para o teto, que nem reparei que tinha levantado a cabeça de meu peito, onde estava apoiada, e me olhava interrogativo. Quando percebi, sorri corada e tapei meu rosto com as duas mãos.
- Você foi espetacular para uma primeira vez. – ele disse e todos os meus pensamentos sobre o que dizer se resumiram a:
- Você também. – disse tímida e quando ele riu, eu arregalei os olhos e consertei. – Não para a sua primeira vez, não foi sua primeira. Mas para a minha. – Alguém me dá um saco, por favor? Minha cabeça precisa ser enfiada dentro de um buraco.
sorriu e eu só percebi que ele ainda estava dentro de mim quando ele saiu e deitou ao meu lado. O quarto estava escuro, mas eu conseguia enxergá-lo normalmente por causa das luzes que vinham da janela. Ele estava maravilhosamente gostoso, lindo, sorridente e fofo. Sorri de volta e me aninhei em seus braços, deitando a cabeça em seu peito. Seu coração batia forte sob minha orelha. Só não mais forte que o meu. Eu me sentia imensamente feliz e completa.
- Seu coração tá acelerado. – falei e o olhei. Seus olhos se prenderam aos meus e ele disse com a voz mais apaixonada de todas:
- Ele fica assim quando estou com você. – sorri verdadeiramente e mordi meu lábio inferior. Como eu queria mais dele agora!
- Mas você nem fica muito comigo. – falei brincando e nós rimos.
- Ok, reformulando. Ele fica assim quando você está por perto. Tipo, eu lá na sala e você enfurnada no quarto da . – ele disse e eu gargalhei. – Você quebrou totalmente o clima de romance que eu tinha feito! – ele disse e eu ri mais.
- Eu posso fazer um novo clima, facinho. – falei e sorri maldosa. semicerrou os olhos para mim e arqueou as sobrancelhas.
- Ah é? – perguntou, aderindo ao sorriso sacana.
- Quer ver? – perguntei e ele mordeu o lábio inferior, afirmando com a cabeça. Sorri para ele e passei minha perna por sua cintura novamente, ficando em cima dele. Me aproximei lentamente, começando a beijar seu pescoço. apoiou suas mãos em minha cintura e ficou fazendo um carinho gostoso nela. Fiz uma trilha de seu pescoço até sua boca, que estava entreaberta soltando suspiros baixos. Passei minha língua por seu lábio superior e depois pelo inferior, invadindo o interior de sua boca em seguida e atacando sua língua, que já esperava pelo contato e se embalou na minha. Sentei sobre seu membro, que já começava a se agitar, e me esfreguei nele, fazendo com que gemesse contra minha boca e apertasse minha cintura com força. É, eu queria um segundo round! Me julguem!
Com uma mão, eu puxava os cabelos da sua nuca e com a outra, arranhava seu ombro nu. Já sentia o prazer começar a me preencher novamente quando separou nossas bocas cuidadosa e carinhosamente. Ele encostou sua testa ainda suada na minha e ficou um tempo ofegando.
- Você é o quê? Ninja? – perguntou com a voz falhando. Eu soltei uma risada fraca e mordi o lábio. Sim, eu adorava fazer isso.
- Tá cansadinho? – perguntei debochada e ele riu.
- Claro! Você conseguiu essa proeza. Eu não sou fácil de cansar não, amor. – ele me chamou mesmo de amor? Sorri pra ele e acariciei seu rosto. Saí de cima dele e deitei novamente ao seu lado, com a cabeça apoiada em seu braço estendido sobre a cama. ficou acariciando meus cabelos, enquanto eu traçava desenhos sobre sua pele, com o indicador.
- , eu quero um segundo round! – disse, como uma criança e riu.
- Nós teremos muito tempo pra isso, fofa. – ele disse e eu sorri, olhando em seus olhos.
- Outra pista?
- Com certeza. – sorri e lhe dei um selinho, sentindo uma felicidade incomum.
- , tô com sono. – disse manhosa e ele riu.
- Parece que eu também consegui te cansar. – ele disse em meio ao riso.
- Sem sombra de dúvidas. – falei e bocejei. Me aninhei no peito de e o abracei pela cintura. Ele rodeou meu corpo com os dois braços e me prendeu para si.
- Acho que não tem problema nós dormirmos um pouquinho, né?! – disse com a voz arrastada e também bocejou.
- Quando a chegar, ela vai pirar. – falei, num sussurro.
- Por quê? – estava quase dormindo e sua voz saiu mais baixa que a minha.
- Nossas roupas jogadas na sala. – falei, fechando os olhos.
- Ah... Vai mesmo. – sua respiração já estava calma e quando olhei pra cima, dormia feito um anjinho. Puxei o edredom que estava no pé da cama e nos cobri, apagando logo em seguida.

Quando acordei, o sol já brilhava alto. ainda dormia tranquilamente ao meu lado, na mesma posição que dormira. Sorri comigo mesma e me levantei lentamente, para não acordá-lo.
Peguei meu sutiã e uma camisa de que estava no banheiro. Parecia limpa e seu perfume era forte na peça. Vesti e fui até o quarto da , onde sempre deixava algumas peças de roupas minhas. Peguei uma calcinha básica e vesti, preferindo ficar com a camisa de , que caía super bem em mim. Peguei minha escova no banheiro da minha amiga e escovei os meus dentinhos. Lavei meu rosto e prendi meu cabelo.
Depois que já estava pronta, saí do banheiro e olhei para o quarto. A cama de estava bagunçada o que significava que ela estava em casa e eu não teria nem tempo de catar as roupas da sala. Merda!
Desci as escadas devagar. Talvez tivesse pego no sono no sofá... Ou não. Ela não estava na sala e nem nossas roupas. Fodeu!
Andei lentamente até a porta da cozinha e pude ver sentada na ponta da mesa, segurando sua caneca favorita da Minie e comendo um cookie. Ela olhou para onde eu estava e sorriu ladina.
- Bom dia, Cinderela! – ela disse e eu corei, andando até a mesa e me sentando ao seu lado, depois de dar um beijo em sua bochecha.
- Cinderela? – perguntei, confusa. A sempre me deixava confusa.
- É! Não foi ela que foi para o baile pra se resolver com o príncipe, ficou no palácio até meia noite e depois deu pro cara? – ela perguntou e eu ri.
- De onde você tirou isso? Não é assim a história dela! – disse, indignada.
- Claro que é! As pessoas que fazem parecer que ela é santa. – disse e deu uma mordida no seu cookie.
- Você acabou de estragar a minha infância. – falei. – Obrigada!
- Por nada! – ela respondeu, cínica. Dei língua e roubei seu cookie, que estava a meio caminho da sua boca. – Ei!
- Calada! Você estragou a história da minha princesa favorita, tenho todo direito de roubar seu cookie.
- Ok. Agora vamos ao que interessa. – Jazz soltou a caneca na mesa e me olhou empolgada. – Parece que você e meu irmão se acertaram. – ela sorriu.
- É, parece que sim. – falei, sentindo minhas bochechas queimarem.
- E o que você está esperando pra me contar? – ela perguntou e eu corei mais ainda.
- Bom, quando você saiu, eu desci e disse pra ele que ia embora também. – falei e balançou a cabeça negativamente.
- Que vergonha de você, ! Fugindo do seu amor! Você é um homem ou um rato?
- ... Eu sou uma garota! – falei e me olhou feio. – Não sei se você percebeu.
- Você entendeu. Continue.
- Aí ele disse que eu não ia não e que tínhamos que aproveitar que tínhamos a casa toda para nós. – falei e riu.
- Então vocês começaram a se pegar no sofá, bagunçaram toda minha sala com aquelas roupas e quando estavam chegando aos finalmentes, subiram pro quarto para que quando eu chegasse não visse os corpinhos nus de vocês. Uau. – disse e eu dei de ombros.
- , preciso te contar uma coisa. – falei sem graça.
- Vocês não passaram pelo meu quarto, passaram? – ela perguntou e eu arqueei as sobrancelhas.
- Você tem problemas? – perguntei, indignada.
- Ah! Sei lá. – ela deu de ombros.
- Então... – falei.
- Conte. – pegou sua caneca e bebeu um pouco enquanto eu falava.
- Seu irmão foi meu primeiro. – disse e ela cuspiu o líquido que havia bebido.
- O quê? – ela gritou.
- Cala a boca que ele tá dormindo, sua cachorra. – falei e ela afirmou.
- Como assim? E todos os outros? – perguntou. É, eu tinha dito pra que tinha transado com vários outros, mas era mentira. Eu achava que as pessoas iriam me zoar demais por ser a única virgem da turma, então inventei isso.
- Não existem todos os outros. Eu menti. Achei que se soubessem que eu era virgem, me julgariam e achariam ridícula. Então eu dizia que dormia com vários. – expliquei. Não soube definir a cara que fez e me senti mal por ter mentido, mas seu sorriso doce me tranquilizou.
- Você não precisava ter feito isso. Eu gostaria de você mesmo se você fosse virgem. – ela deu de ombros. – E você era. – rimos.
- Então, podemos esquecer isso? – perguntei e ela afirmou. Ouvimos passos e olhamos ao mesmo tempo para a porta. descia os últimos degraus da escada e vinha em direção à cozinha. Seu cabelo era uma grande bagunça, ele usava somente uma cueca boxer preta e bocejava exageradamente. Mordi o lábio inferior, me lembrando da noite anterior. Aquilo tinha mesmo acontecido?
fechou a boca e olhou em minha direção, sorrindo lindamente. Sorri de lado, morrendo de vergonha por ter sido pega (de novo) admirando seu corpinho. Ele andou até a mesa e passou direto por mim, indo para perto da , que sorriu para ele.
- Bom dia, . – disse, se abaixando para lhe dar um beijo na bochecha.
- Bom dia, maninho. – respondeu. então se voltou para mim e seu sorriso ficou diferente, mais doce e carinhoso. Meus olhos deviam estar arregalados em questionamento ao pequeno momento que ele ignorou minha presença no recinto e isso o fez rir.
- Bom dia, amor. – ele disse e se abaixou, com aquele sorriso lindo, para perto do meu rosto e me deu um selinho. Acompanhei seus movimentos, mantendo os olhos grudados nos seus, refletindo sobre como ele era lindo.
- Amor? – ouviu-se a voz de e ela tinha uma expressão assustada no rosto.
- Amor? – perguntei e riu. Ele estava tão risonho hoje.
- Amor? – perguntou em meio ao riso. – Ah! Não ajam como se eu fosse incapaz de dizer essa palavra. – disse, sentando-se ao meu lado e pegando minha mão, entrelaçando nossos dedos sobre a mesa.
- E você é! – retrucou. Eu só conseguia assistir. Primeiro, porque ele tinha mesmo me chamado de amor e segundo, porque a relação deles me fascinava. Eles viviam brigando, mas se amavam acima de tudo e não sobreviveriam um sem o outro. E eu achava isso uma gracinha. Sorri com meus pensamentos.
- , eu sou um humano! Isso que dizer que eu posso, sim, dizer várias palavras e “amor” é uma delas. – disse.
- Não! Você é um E.T, . Não um humano. – respondeu e eu ri.
- Ok, vocês podem parar de discutir? – falei e os dois me olharam.
- , você tá me entendendo? O meu irmão é um E.T! – disse, infantilmente. Eu ri.
- E que E.T, hein?! – falei baixo, mas os dois ouviram. me olhou arregalando os olhos e sorriu sem graça.
- ! – exclamou e eu ri.
- Me deixa, . Vocês implicam demais um com outro! Senhor! Vocês não podem viver em paz só por um tempinho? – falei.
- Você está do lado de quem, afinal? – minha amiga perguntou, parecendo irritada.
- Do meu! – respondi e soltei a mão de , me levantando da mesa. – Isso não é uma coisa que eu tenha que escolher. Que eu possa escolher. Poxa! Eu não vou te beijar ou fazer certas coisas com você, . Como também não vou falar do com ele mesmo! Eu preciso dos dois, não posso escolher um só. E eu sei que no fundo vocês também sentem isso. Você não pode escolher entre seu irmão e eu. – disse para . – E você não pode escolher entre mim e ela. – falei para . – Vocês não querem parar de brigar um pouquinho? Eu sei que vocês se amam e não viveriam um sem o outro.
- Eu viveria numa boa sem ela. – disse, rindo. Olhei feio pra ele. – Ok, é brincadeira, pirralha. – ele disse pra .
- Nem me importo. – ela deu de ombros e eu ri.
- Vocês me cansam. – falei num suspiro e voltei a me sentar na cadeira ao lado de .
- Vem cá, minha estressadinha. – disse e me abraçou, puxando minha cadeira mais pra perto da sua.
- Eu acho tão linda a relação de tapas e beijos de vocês, mas às vezes vai longe demais. – disse, me aninhando nos braços de .
- Argh, vocês estão me dando náuseas. – disse, vendo e eu abraçados. Eu ri e me acompanhou. Tomamos café conversando sobre nada.
- Tenho que ir embora. – falei, assim que terminamos e estávamos indo para a sala. se sentou no sofá de três lugares e quando eu fui sentar ao seu lado (por costume), pegou minha mão e me puxou para o sofá menor, sentando e me fazendo sentar entre suas pernas. Ele abraçou minha cintura e apoiou o queixo em meu ombro, enquanto eu acariciava suas mãos sobre minha barriga.
- Mas já? – perguntou manhoso e deu um beijinho no meu pescoço, causando arrepios no local.
- Você não tem que ir trabalhar, não? – perguntou, olhando para .
- Não. Nós tiramos alguns dias de folga, já que vamos sair em turnê, logo. – ele respondeu e eu o olhei imediatamente.
- Você vai sair em turnê? – perguntei, fazendo bico. Poxa! Logo agora que a gente estava começando a ter alguma coisa?
- Vou, linda. – ele disse carinhoso e me deu um selinho.
- Vocês são tão gays. – ouvi a voz de e nós a olhamos. – Tô saindo. – ela disse, se levantando e pegando a bolsa. – Tchau. – falou, assim que chegou à porta. Em alguns segundos, eu e estávamos sozinhos novamente. Me virei de frente para ele do jeito que dava e o olhei nos olhos.
- Então acho que é isso, né?! – falei.
- Isso o quê? – ele perguntou.
- Isso. Eu, você. Nós. Acaba aqui.
- O quê? – ele perguntou e tirou as mãos de mim. – Por quê?
- , você vai sair em turnê! Sabe se lá quando nós vamos nos ver de novo e quem me garante que não terão meninas mais interessantes que eu lá e que você não vai querer ficar com elas?! – desembestei a falar. – Eu disse que tudo isso era incerto. Eu sabia! Ficar com um astro do rock não é pra mim. – terminei e me levantei, segurando o choro. Eu sei, dramática. Mas fazer o quê? Eu era apaixonada por ele desde sempre e quando a gente começa a ficar, ele tem que sair em turnê.
- Hei, o que você tá dizendo, ? – se levantou e veio em minha direção. Ele tentou pegar minha mão, mas eu me afastei.
- É melhor a gente parar com isso, . – falei, olhando em seus olhos e pude ver mágoa neles. Aquilo me destruiu por dentro.
- Não dá mais pra parar. – ele disse com a voz baixa e olhando para os pés.
- Por quê? – perguntei. levantou os olhos para os meus e se aproximou. Não recuei dessa vez.
- Porque eu já estou apaixonado por você. – ele disse, me puxou pela cintura e me beijou fortemente. No começo, fiquei sem reação. Ele tinha mesmo dito aquilo?
Me agarrei em seu pescoço e o abracei forte, sendo correspondida na mesma medida. separou o beijo e me deu um selinho demorado, permanecendo com a testa encostada na minha e ofegando.
- Você pode parar com esse papo agora? – perguntou divertido e eu ri.
- Mas com certeza vai ter meninas mais interessantes que eu na sua turnê. – falei e revirou os olhos. Ele desencostou sua testa da minha e me olhou nos olhos.
- Mas eu não quero nenhuma delas! Eu quero você, cacete! Da pra entender? – ele disse e parecia bravo. Ele ficava lindo bravo.
- Ok, entendi. – falei e comecei uma trilha de beijos em seu pescoço, para ver se ele amolecia. Senti suas mãos apertando minha cintura e me separei dele. – Quando vocês vão?
- Daqui a duas semanas, então ainda temos bastante tempo pra ficar juntos. Ou você pode ir comigo. As namoradas dos guys sempre vão. – ele disse e seus olhos brilharam.
- Isso seria muito legal. – falei e sorri. – Mas não sei se dá.
- A gente resolve isso depois. Não vamos ficar pensando no futuro. Vamos pensar no agora. – ele disse e eu o beijei. Ai, cara! Ele é lindo demais, pelo amor! separou o beijo e fez um carinho gostoso na minha bochecha, parando a mão na lateral do meu pescoço. – E por agora, eu tenho uma pergunta para te fazer. – disse, sorrindo sapeca.
- Faça. – ele olhou bem dentro dos meus olhos e sua expressão ficou séria. Ele mordeu o lábio inferior e em seguida sorriu de lado. O sorriso mais sexy que eu já vi.
- Quer namorar comigo? – ele perguntou e eu paralisei. Ai. Meu. Deus!
Coloquei seu cabelo para trás da orelha e sorri, vendo sua expressão deliciada. Balancei a cabeça afirmativamente e sorriu lindamente.
- Quero. – falei e voltamos a nos beijar.
É, agora eu sou namorada de .

“Dá licença, namorada do cara mais gostoso do planeta passando... Sem muitos flashes... Abram alas...”.



FIM



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