Enganos






Amava, sem mais, meus amigos. Sempre fomos, da melhor forma, algo inseparáveis - a não ser por , que se afastou. Sempre nos reuníamos quando podíamos. Mudei-me finalmente para Londres, estava morando sozinha! Graças a Deus meus pais bancariam até eu finalmente ter dezoito anos; claro, se minhas notas fossem boas. No final de semana, todos nos reuníamos aqui para comer salgadinhos e tomar refrigerante, talvez alguns filmes. Era noite de sexta e meu aniversário seria no dia seguinte, sábado. Viriam todos para cá e, surpreendentemente, também. Estava quase tudo arrumado, sabia que alguns teriam de dormir aqui, e já preparei os colchões, e comida, meu deus! Esqueci completamente da comida. Dirigi-me até a porta, esperançosa de dar tempo de ir e ninguém chegar, algo frustrado, dava para ouvir a gritaria de dentro do apartamento, mas que diabos estavam subindo de escada?
gritou, vindo em minha direção, envolvendo-me em um abraço apertado. Em seguida foi , e apenas acenou com a cabeça. Todos entraram para o apartamento, falando ao mesmo tempo.
– Por que diabos subiram de escadas?
– Porque são uns idiotas, me desafiaram. E eu os fiz vir junto – disse , gesticulando para a porta do apartamento. Certamente ela estava tentando apontar para a escada.
– Eu me esqueci de comprar os salgadinhos... Alguém se voluntaria a ir comprar comigo? – ficaram em absoluto silêncio, e em seguida começaram a rir. Exceto, claro, , que estava com a cara de bunda de sempre. – Sério gente, precisamos de comida...
– O vai, ele que tem carro.
– É verdade – afirmei, tentando puxar assunto com .
– Eu não quero ir...
– Me empresta seu carro, então? – estendeu a mão. a observou e deu alguns passos em minha direção, passando por mim em seguida. Seu perfume era um amadeirado perfeito. Um dos mais cheirosos que eu já senti; a combinação era impossível decifrar. Eu nunca entendi esse ódio repentino por mim. sempre foi o mais engraçado e brincalhão, o tipo de “perco o amigo, mas a piada? NUNCA!”. Isso era seu lema desde o dia em que o conheci. Segui-o em silêncio até o elevador, seu carro estava estacionado na frente da portaria do prédio. Fomos até ele, certificando-me de que estava com o dinheiro no bolso. me olhou estranho, bem na hora que eu estava apalpando a bunda.

– O que foi? Só tô vendo se estou com o dinheiro – abaixou a cabeça, dando uma leve risadinha. Após apertar o alarme do carro, adentramos o mesmo. havia acabado de ganhar o carro de presente de aniversário de 16 anos, mas claro que só começou a dirigir depois que tirou a carteira. O caminho todo silencioso. Pegamos várias coisas gostosas e me ajudou a pagar. Uma das únicas coisas que ele me falou durante esse tempo todo foi: “Eu ajudo, faço questão, muita folga se não ajudar”. Ao estacionar em frente ao prédio, me observou e fez menção em sair do carro, então segurei em seu braço, decidida em saber o porquê do mau tratamento que eu recebia constantemente.

, qual seu problema comigo? Você tá sempre me tratando super mal, o que aconteceu? Me fala o que eu fiz que te deixou chateado comigo, não foi minha intenção, babe! – me olhou por alguns segundos com aqueles grandes olhos ; sua boca se abriu, mas logo se fechou. Minha raiva se intensificou, e abri a porta do carro colocando meus pés pra fora o mais rápido que eu pude. Senti algo me puxar para dentro novamente. Eram as mãos de . Sua mão livre seguiu até minha nuca, puxando-me para um beijo. No início, foi apenas um toque de lábios. deslocou seus lábios dos meus, encarando-me. Saiu do carro com algumas sacolas, e fiquei ali por alguns segundos, perguntando-me o que havia acabado de acontecer. Depois, me lançou um olhar, que subentendi que era pra sair do carro; o fiz, peguei o restante das sacolas e bati a porta do carro, seguindo na frente de até o elevador. Ficamos em silêncio até entrarmos em meu apartamento, e todos nos atacaram ao nos ver com a comida. Comemos o que podíamos e aguentávamos, e decidiu que brincaríamos de verdade ou consequência. Sentamos todos em uma roda; eu estava totalmente desconfortável.

– Então, quem começa? – perguntou, com a garrafa na mão – Bem, eu vou começar. Quem parar com o lado do bico será minha vítima – a garrafa deu algumas rodadas e parou em , que ergueu a sobrancelha.
– Verdade ou consequência, babe?
– Verdade, vamos começar de leve!
– Não acredito que a pediu verdade, ai ai ai! Meu Deus! – falei, rindo. jogou um olhar incisivo para mim, e depois começou a rir também.
– Vai logo, ! Não temos o ano inteiro.
– Quem você pegaria aqui dessa sala? – observou todos, parando o olhar em mim; joguei-lhe uma piscadela, fazendo-a sorrir.
– A , essa diva – todos riram e a encararam; era sua vez de rodar a garrafa. Parou em mim, observei-a, já a repreendendo pelo olhar. – Verdade ou desafio, babe?
– Desafio! Não sou frouxa que nem você – deveria ter pensado mais para responder.
– 3 minutos no armário com ! – meu sorriso se desfez. me observou, parecendo abrir a boca para falar algo, mas não falou. Ele foi o primeiro a se levantar, seguindo até a porta do armário, onde deveria ser meu mini quarto. Espantei-me por não ter falado absolutamente nada; talvez quisesse se explicar. Ao entrarmos no armário, acendeu a luz e assim que passei, ele fechou a porta.
– Agora me diz o que foi aquilo? – esforcei-me para não berrar.
– Sabe, eu sempre tive uma queda por você, desde o momento em que te vi, seus olhos, seu rosto. Sempre quis te dizer isso, mas começou a virar uma paixão, uma ilusão, e eu soube disso quando começou a namorar.
– Isso faz cinco meses, ! Nós terminamos! Ele só queria sexo, então eu terminei, não sou nenhum tipo de brinquedo sexual! Você é um idiota, sabia? – pensei em todas as vezes que nos entreolhamos e que cheguei a pensar que nunca rolaria nada por parte dele. Coloquei as mãos na cabeça, respirando fundo. – , eu só comecei a namorar o Mike por falta de interesse da sua parte.
– Da minha parte? Você, ou é lenta demais, ou é burra! Eu sempre te olhava, sempre puxava assunto.
– Estamos falando de pessoas diferentes, então, Grier!
– Não, eu só ficava nervoso e não conseguia falar direito.
– E eu não podia pensar que um garoto tão lindo como você olharia pra mim! Não sou perfeita como todas; não sou absurdamente magra, tenho imperfeições no corpo, meu cabelo nem sempre está totalmente liso... – me interrompeu; suas mãos foram para o meu rosto, segurando-o e colando nossos lábios com certa pressão. escorregou as mãos para minha cintura, puxando-me e colando ainda mais nossos corpos. Sua outra mão deslizou até minha nuca, entrelaçando seus dedos nos fios de cabelo; sua língua pediu passagem e eu cedi, dando início a um beijo cheio de vontade e precisão. trocava o lado do beijo junto comigo, parecíamos estar em sintonia. aprofundou o beijo, puxando-me ainda mais para si. Nunca havia percebido a nossa desigualdade absurda de tamanho - era alto, e eu, baixa. O beijo foi partido por batidas na porta. me encarou surpreso, e tentei disfarçar o máximo possível.

– Já estão aí há quase vinte minutos! Daqui a pouco estão tendo filhos.
– Aparece hoje à noite no meu quarto. Conversamos direito – sussurrei para . Abri a porta do armário, saindo apressadamente; estava um calor absurdo ali dentro. saiu logo atrás. Depois de alguns minutos de pura idiotice, todos concordaram em ir dormir. Ainda era extremamente cedo, mas estávamos todos cansados de um dia longo. ficaria no quarto de hóspedes, e ficariam na sala - e provavelmente transariam -, e eu em meu quarto. Alguns barulhos vinham da sala, obviamente providos de . Minutos depois, fiquei encarando o teto, pensando seriamente no que havia acontecido no armário. Levantei-me, andando até o banheiro; provavelmente demoraria. Tirei minha roupa, jogando no cesto, e tomei um banho quente. Percebi que não tinha uma toalha no banheiro, a não ser pela de rosto... Ah, que se dane! Enxuguei-me com aquela pequena toalha e segui para meu quarto, indo diretamente até o guarda roupa. Abri-o em busca de um pijama.

– Você sempre troca de roupa na frente dos outros? – meu coração palpitou. Dei um salto, agarrando qualquer coisa que pudesse me cobrir.
– O que você tá fazendo aqui? Não me olha! Tampe os olhos – fez o pedido; estava sentado na beira da cama, curvado e com má postura, as mãos nos olhos. Vesti a primeira camisola que vi encontrei. – Pode abrir – abriu os olhos, encarando-me e meu Deus, que olhos!
– Você pediu que eu viesse, estou aqui.
– Só quero entender isso tudo, que até agora não entrou na minha cabeça – Sentei-me ao seu lado na cama, depositando minha mão sobre sua perna.
– Não sei o que você não entendeu até agora.
– Só não entendi ! Me explica.
– Eu te amo, era isso que você queria ouvir? Pois é! Eu amo! – praticamente berrou, levantando-se e caminhando rapidamente até a porta. Corri em sua direção, puxando-o bruscamente para dentro e fechando a porta atrás de si. me encarou e pude ver seus lábios curvando-se em um sorriso. Levei minha mão até sua nuca, entrelaçando os dedos em seus cabelos, puxando-o para um beijo. Suas mãos desceram até minha cintura, girando-me e me prensando contra a parede.
– Porque não vestiu suas roupas íntimas? – soou malicioso, e eu sorri entre o beijo.
– Pra ficar mais fácil – falei, descendo minha mão livre até a barra de sua blusa e a puxando para cima. entendeu perfeitamente o recado, e arrancou a mesma, voltando a colar nossos lábios. Minha luta com seu cinto foi incrível, até que desisti. o tirou em menos de dois segundos e suas calças se juntaram a blusa, em algum canto no chão do quarto. me pegou no colo, seguindo para a cama; pude sentir que seu membro já estava rígido. Ao deitarmos, envolvi minhas pernas em sua cintura, roçando minha intimidade descoberta em seu membro, por cima da cueca. Seus lábios percorriam a região do meu pescoço e colo.
... Para... Eu... – tirou os lábios do meu pescoço e me encarou.
– O que foi, babe?
– É que... Eu tenho vergonha, é isso – soltei um breve suspiro.
– Vergonha de quê?
– Você nunca percebeu? Não sou aquelas garotas perfeitas, modelos... Eu tenho imperfeições no corpo.
– Pra mim você é perfeita.
– O que os homens não falam pra conseguir sexo – contraiu a mandíbula, encarando-me e parecendo não acreditar no que tinha ouvido.
– Olha, se eu quisesse sexo, eu teria ido para qualquer outro lugar, menos pra sua casa. Não vim aqui com o intuito de te comer, e no outro dia fingir que você não existe, tenho princípios, não sou seu ex-namorado – se levantou, pegando sua blusa no chão.
– Hey, espera... – não me olhou. Eu queria aquilo, mais que tudo! Mas sempre fui muito gorda, e depois que emagreci consideravelmente, ainda sentia-me insegura sobre estrias e celulites. Deslizei a minha mão até minha intimidade, tocando-me suavemente, observando procurar seu sapato. – , vem aqui... – meus dedos massageavam lentamente meu clitóris. me encarou e ficou, durante alguns segundos, imóvel. Chamei-o com o dedo indicador, para que viesse até mim, e ele o fez, voltando à sua posição inicial. Sussurrei em seu ouvido: “Você está muito vestido, babe”, enquanto segurava o cós da cueca, forçando-a para baixo. a tirou, jogando-a em algum lugar do quarto. A mão de foi até seu membro, segurando-o. A glande se posicionava na entrada de minha intimidade; meu gemido foi audível, e então, pressionou novamente contra a entrada. A dor não era algo insuportável e o prazer me consumiu. Meus gemidos eram de dor e prazer ao mesmo tempo, e aumentou a velocidade a cada estocada, deixando-me extasiada de prazer. Seu sussurro foi quase um sopro: “Feliz aniversário, babe”. Ele lembrou! Sorri, e cada entrada e saída me fazia gemer ainda mais alto. Senti que atingiríamos o ápice, e como o previsto, retirou seu membro de dentro de mim - por não estar usando camisinha -, e gozou. Minha respiração era ofegante, mas eu ainda não havia chegado ao meu clímax. Mas resolveu isso rapidamente; pegou a toalha de rosto sobre o criado mudo, limpando seu líquido, e também o sangue que havia saído, e em seguida, sentando na poltrona na ponta da minha cama, suas mãos passaram pela parte interna de minha coxa, puxando-me de uma vez para perto dele. Isso me surpreendeu, e em segundos, uma sensação incrível me tomou: a boca de . Seus lábios deliciosos passeavam por toda a extensão da minha vagina, e junto de sua língua, seus dedos me invadiram em um ritmo absurdamente rápido. Sua língua estimulava meu clitóris, e em alguns segundos atingi o clímax. limpou toda a extensão da minha intimidade, e subiu o rosto, envolvendo-me em um beijo extremamente profundo. Ao me pegar no colo, levou-nos até o banheiro, colocando-me no chão suavemente. Entrei no box e abri o chuveiro; desta vez, lembrou-se da toalha. Fui rapidamente pegar e voltei, vendo que já estava debaixo do chuveiro, de olhos fechados. Sorri com a cena - a coisa mais linda que já havia visto -, e entrei silenciosamente, ajoelhando-me à sua frente. Seu membro ainda estava ereto, e o segurei, colocando-o suavemente em minha boca. abriu os olhos e me encaro; seu sorriso alargou-se maliciosamente e sua mão foi até meu cabelo, segurando-o em um rabo de cavalo. Meus movimentos eram devagar, passando a língua por toda a extensão do seu pênis e roçando meus lábios sobre a glande. Finalmente colocando-o na boca - até onde pude -, começou fazer movimentos de vai-e-vem, estocando seu membro. Seus lábios estavam entreabertos e os olhos, fechados. Comecei a fazer movimentos próprios com as mãos, chupando fortemente a glande. não pareceu aguentar muito mais, e assim que o coloquei todo na boca, masturbando o restante, senti seu gosto quente. Engoli, observando-o e em seguida levantando. Tomamos banho e conversamos um pouco, e ao sairmos do banheiro, algo nos surpreendeu.

– Parabééééééns, ! – era , entrando escandalosamente no quarto com . parou e nos observou.
– Então... Não te achei no seu quarto, mas não imaginei que fosse estar aqui. , , você tem muitas coisas para me contar.

Fim.



Nota da autora: Meu deus como estou feliz em ter terminado essa fic em apenas 1 dia. Serio, a inspiração me veio e PUM! Foi algo incrível, peço que comentem ai embaixo, isso incentiva agente a escrever cada mais, comentários construtivos são extremamente bem vindos! Leis me outra short fica: A clareira. Talvez terá uma continuação!


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