Fortunate Fools
Autora: Maria | Beta-reader: Brunna



Ele estava definitivamente apaixonado por ela. Não... Paixão remete a algo efêmero, que vem forte e de repente vai embora. E o sentimento dele era algo maior, melhor. Era mais. Mais que tudo ou todos, mais forte que qualquer coisa ou pessoa. Era mais. Tão mais. Seu estômago contraía ao vê-la, mesmo a metros de distância. Ao inalar seu perfume, os olhos reviravam de prazer.

“O que fazer?”
“Deixe-se levar.”


Ele estava incontestavelmente louco por ela. E não tinha ideia de como disfarçar. Não conseguia. Não podia.

“E se eu simplesmente voltar? Não porque quero, mas porque preciso. Por que me obrigam? O que fazer então?”
“Volte, então.”


Ele queria que ela soubesse, mas o medo o impedia. Não que ela já não soubesse. Sabia, tinha certeza desse sentimento dele.

“E se meu desejo for ficar?”. “Fique.”

Ela estava assustada: alguém a amava, a necessitava, a queria. E a queria mais. Mais que tudo. Mais que todos. Mais. Não mais ou menos. Era mais.

“E se meu sentimento não for compartilhado? Se não quiserem que fique?”.

Ela estava enlouquecida por ele. O modo como sorria ao longe ao vê-la. Como os pelos da nuca se arrepiavam ao tocá-la. E o modo como seus olhos brilhavam. Pequenos devido ao sorriso, mas grandes como o universo em seu amor.

“Por que perguntas algo que sabes que não serei capaz de responder? Se as respostas não te agradam, formule uma, então. A dúvida do que teria acontecido se fosse ou ficasse permanecerá até que vá ou fique. E se ir ou ficar já não for mais seu desejo, saberás que o sentimento se foi. E talvez não volte. Talvez não se repita.”

Ele não imaginava que ela o queria tanto quanto ele a queria. Quem sabe ainda mais... Mais que ele a queria mais que tudo ou todos. Mais que tudo e todos.

“E então, o que farei?”.

Eles se perguntavam como uma amizade tão forte havia se transformado naquilo. Uma sensação de vazio ao se distanciar. Mãos suadas ao se aproximar. Um nervosismo jamais sentido, uma felicidade jamais experimentada. E a relação que não se concretizava os faziam querer um ao outro ainda mais. Queriam tanto. Queriam mais. Mais que tudo e mais que todos. Queriam amar e finalmente serem correspondidos. Queriam espalhar a felicidade que sentiriam juntos aos outros. Talvez ficassem felizes por eles também. Talvez os invejassem. Não que eles fossem se importar: continuariam querendo mais. E se esse mais deixasse seus corpos, suas almas e seus corações – talvez até suas mentes –, estaria acabado. Não mais amor. Nem fraterno, nem conjugal, nem nada. Não mais. E esse risco era alto demais. Era um preço caro a pagar caso entregassem-se a esse sentimento. Deixassem-se ser apossados pela sensação. A dúvida do que viria depois os consumia, os amedrontava.

“Deixe-se levar.”

E eles deixaram.

Fim


N/a: Oi, gente! Sei que é bem pequena e bobinha, mas deu uma vontade de escrever qualquer coisa (aquela sensação de calma ao ouvir Jack Johnson seguida pela ansiedade de mostrar um pedacinho da sua imaginação pros outros) e saiu assim... Não sei se é bem o que vocês esperavam, nem sei se é o que eu esperava! Hahah Enfim, não é minha primeira fic, é bem a décima na verdade! Tenho umas duas por aqui – mas não gosto que saibam que são minhas, tenho vergoinha, nem adianta perguntar! Hahaha – e resolvi colocar uma short pras apaixonadas de plantão! Acho que a notinha tá maior que a fic toda, mas só o que queria dizer é que espero que as românticas tenham gostado, que as céticas como eu se deixem levar e às sofredoras: tentem! Beijocas, M.

Qualquer erro nessa fanfic é meu, então me avisem por e-mail caso encontrem algum.



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