A mulher olhava para a tela do notebook, mas suas mãos estavam paradas em cima do teclado. Uma taça de vinho se encontrava ao seu lado, porém seu conteúdo estava quase vazio. Um suspiro cansado foi-se ouvido, e ela tirou seus óculos, massageando as têmporas.
- Isto está acabando comigo. - ela sussurrou - Cansei.
Em uma descarga de adrenalina, ela fechou a aba que estava lendo e abriu outra. "Pacotes de viagens para a Europa" foi o que ela escreveu. Ao achar um que a agradou, não hesitou pensando em coisas desnecessárias e logo pegou seu cartão de credito; cinco minutos depois ela tinha impresso as informações de sua viagem. Celular na mão, ela discou:
- Alô, chefe? Lembra daquelas férias prolongadas que eu adio desde ano retrasado? Sim, então, eu quero usá-las. Hum, para este final de semana... Três meses no total... Tenho todo o direito. Claro... Obrigada, chefe, você é o melhor... É claro que eu vou compensar... Beijos.
Ela ficou escutando o tu-tu-tu do telefone até cair a ficha do que fizera. Um sorriso abriu em seu rosto, e duas covinhas apareceram em suas bochechas. Fechando o notebook, ela foi ao quarto para arrumar as malas, cantarolando uma melodia animada.
*****
's POV
Eu estava no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, fazia duas horas; feito o check-in, esperava sentada em uma cafeteira o anuncio do embarque. Depois, enquanto caminhava pelo aeroporto lotado, algo me chamou a atenção: Uma pequena livraria do lado da loja de perfumes. Com o pensamento que aquilo poderia me distrair um pouco, entrei e procurei algo que me interessava. O achei na última prateleira.
Era um guia de viagem de Londres.
Grosso, parecia ser bem informativo, então decidi comprá-lo, mesmo porque era o meu primeiro destino. O pacote que comprei era mais para um tour na Europa; ele me levava até Londres, e depois me dava cinco passagens de trem para viagens internas entre os países da União Europeia, e eu escolhia o meu destino. Três meses depois, eu partia de Madrid, Espanha, de volta para o Brasil. Nesse meio tempo eu poderia fazer o que quiser; não havia um roteiro, não havia um plano. Era apenas... Liberdade. Soltei uma risada, enquanto lia meu guia.
- Todos os passageiros do voo 1288, para Londres, por favor, embarcar no portão 15.Todos os passageiros do voo 1288, para Londres, por favor embarcar no portão 15.
Sim, liberdade.
Abri meus olhos sonolentos quando estávamos pousando em Londres. Segui o fluxo de pessoas, enquanto percorria todo aquele aeroporto; pedi informação a um guarda, e agradeci a Deus por trabalhar em uma companhia internacional que exigia de seus funcionários o conhecimento de, pelo menos, três línguas. Peguei o taxi, e em poucos minutos me encontrava em frente ao Hotel Big Ben; tudo acomodado e era apenas nove da noite, cedo para alguém que trabalhava até altas horas. Tão acordada que parecia que havia tomado café, decidi sair pelas ruas a procura de um lugar para jantar. Fiquei curiosa com um pub que nos levava para debaixo da terra, com uma decoração de pedra, mas com um interior surpreendentemente moderno. Sentei em um banco no balcão do bar e pedi um drink com tequila. E depois outro. E outro.
Quando já estava cogitando ir para a pista de dança que havia por ali, um cara sentou ao meu lado. Com cabelos negros e olhos claros, tinha uma boca suculenta, o que me fez instantaneamente lamber os beiços. Ele percebeu e vi seu sorriso travesso. Depois que terminou sua própria bebida, ele me olhou de lado:
- Eu poderia perguntar se você vem sempre aqui, mas como eu venho e nunca te vi, seria uma coisa idiota de se fazer.
- Sim, realmente seria. Além de ser uma cantada tão antiga que eu poderia pensar que você é um velho bem conservado.
Muito conservado. Minhas mãos se coçavam para percorrer os músculos definidos embaixo da jaqueta. Ele abriu mais o sorriso e se aproximou, quase tocando seus lábios no meu.
- Sabe, machuca meu orgulho masculino ver uma mulher como você pensar que eu possa ser um velho. - ele sussurrou.
- Seu orgulho é bem sensível, não? - devolvi, olhando para sua boca.
- Você não faz idéia. - eu pensei em responder, mas sua boca já tinha capturado a minha. Deixei minhas mãos fazerem o que quiserem, e elas prontamente começaram a passar e experimentar aqueles músculos. O beijo estava intenso e selvagem, e eu já começava a ofegar; as mãos dele também se moviam e percorriam da minha cintura até minha coxa. Eu me aproximei, e gemi entre o beijo quando ele apertou de leve minha bunda.
- Com licença. - alguém disse. Me separei dele, que grunhiu de insatisfação, e olhei para o barman que nos olhava irritado. - Por favor, façam isto em outro lugar.
- Desculpa. - disse, nem um pouco arrependida. O cara - Deus, eu nem sabia o nome dele! - colocou uma nota de cem na mesa, e me tirou dali. Bem na frente do pub eu vi um Camaro preto, e foi nesse carro que ele me colocou. Sentado no banco do motorista, me acomodei em seu colo, com cada perna de um lado, e continuei a beijá-lo. Suas mãos estavam em meus peitos, e os apertavam fortemente enquanto eu gemia. Ele tirou o vestido florido que eu usava, e eu me encontrei apenas de calcinha, sutiã e salto; não por muito tempo, porque logo depois ele arrancou meu sutiã.
- Muito sexy. - ele disse com a voz rouca, antes de abocanhar meu seio direito, arrancando um gemido forte da minha garganta. E enquanto o chupava, sua mão beliscava e apertava meu outro mamilo. Isso estava me deixando louca. Não agüentei e dei uma longa rebolada em cima de seu membro, foi a vez dele gemer.
-Vai, mais, mais. - ele pedia, chupando meu peito forte, e colocando suas duas mãos no meu quadril, comandando meu movimento, cada vez mais rápido. Qualquer pessoa que passasse poderia ver aquela cena, mas estávamos mergulhados demais em prazer para perceber algo; a mão dele desceu para a minha coxa, e foi subindo devagarinho, chegando a minha virilha e colocando de lado a minha calcinha de renda branca. Senti dedos superficiais pela minha intimidade, fazendo com que eu me inclinasse para uma penetração mais profunda.
- Pare de provocar... - disse entre gemidos. Ele tirou a boca do meu seio, e olhou para mim:
- Mas essa é a parte que eu mais gosto... - dizendo isto, ele penetrou dois dedos em mim.
-Aw-w, vai, vai. - eu falava. Seus dedos entravam e saiam lentamente, e eu precisava de mais; ele mordia meu pescoço, e aumentou a velocidade dos dedos.
- Quer mais rápido?
- Aham.
- Diga!
- Por favor! Mais RÁPIDO!! - gritei. Ele obedeceu. Os dedos vinham rapidamente, e um terceiro entrou na festa. Eu comecei beijando sua orelha, e logo mordi seu lóbulo, fazendo ele se arrepiar.
- Está na hora de você sofrer. - disse.
Puxei a alavanca do lado do banco, e o mesmo se abaixou até ficar plano. Fiz ele se deitar, e abri cuidadosamente cada botão de sua camisa branca, a retirando assim que o trabalho fora terminado. Uma trilha de beijinhos superficiais, do pescoço até o cós da calça, e com a mão eu passava de leve pelo seu membro, já ereto. Gemidos contidos saia de sua garganta, mas eu não queria isso. Eu queria descontrole.
Com isso em mente, desabotoei sua calça, a retirando junto com a cueca box vermelha, e parei por um instante para observar sua ereção; dei umas lambidas em seu saco, e ele já começara a respirar com dificuldade. Sorri. Beijei molhadamente a cabeça de seu pênis, e dei várias mordidinhas antes de abocanha-lo por inteiro. Eu o sugava, e minhas mãos o masturbavam em uma velocidade avassaladora; ele gemia do jeito que eu queria agora, mas mesmo assim parei meus movimentos.
- O que você está fazendo? - ele disse.
- Você quer que eu continue? - perguntei, manhosa.
-Sim! - ele gritou.
- Então me diga. - repeti o que ele fez primeiro.
- CONTINUA!
Fiz o que me mandou, com seu pênis pulsando fortemente. Um urro mais alto e ele gozou; engolindo tudo, subi novamente, beijando sua boca.
- Gostosa.
Me virando, fazendo com que ele fique por cima desta vez, segurou minha cintura. Me beijou na coxa e depois sua boca molhada lambeu minha vagina, fazendo com que eu agarrasse seu cabelos e o empurrasse com força para mais perto.Eu já estava em um estado alucinado e quando ele deu uma mordidinha em meu clitóris quase cheguei no meu orgasmo. Mas ele subiu lambendo minha barriga e mordeu meu lábio.
- Você vai gozar dentro de mim. - ele declarou.
E, então, penetrou fundo de uma vez. Um grito saiu de nossas gargantas, enquando meu líquido escorria, porém ele não parou; foi mais rápido e mais rápido, até que estávamos encharcados, e eu passava minhas unhas em sua costas, o arranhando. Sua boca estava atacando meu pescoço, o carro balançava e as janelas estavam embaçadas; quando ele começou a ficar cansado coloquei minhas pernas em sua cintura, fazendo nossos quadris se encontraram intensamente, o excitando ainda mais. Ele segurou meu seio e o mamou, dando uma estocada profunda. O orgasmo duplo acabou com nossa energia e por um momento ficamos deitados, ofegantes e ouvindo a respiração um do outro. Quando recuperei um pouco de fôlego, olhei a hora no visor do carro, 23:11.
- Droga. - disse enquanto tentava sair dos braços do homem do pub. Ele me ajudou a colocar a roupa, e eu dei um grande beijo de despedida naquela boca vermelha tentadora.
- Tenho que ir. - esclareci, enquanto descia do Camaro.
- Eu posso te dar uma carona. - ele ofereceu, já com calça e com a chaves na ignição. Peguei meus saltos que em algum momento tinham caído e uma baque foi-se ouvido, porém naquele escuridão não pude distinguir o que era.
- Não precisa, obrigada.
- Tem certeza? - ele insistiu.
- Claro. - respondi, em um sussurro na sua orelha, arrepiando os pelos de sua nuca.
- Então pelo menos me dê seu telefone.
Número dado, ele ligou o carro e partiu noite adentro. Depois de já não poder vê-lo, sai e acabei tropeçando em algo, descobrindo que era um objeto quadriculado que provavelmente tinha caído do carro quando peguei meus sapatos.
Me aproximei de um poste próximo, e não pude deixar de sorrir quando a luz fraca iluminou o produto em questão.
Era uma edição surrada de um Guia de Viagem de Paris.
Mesmo ainda havendo duas semanas de estadia em Londres, meu próximo destino estava escolhido. Era melhor revisar meu vocabulário de francês.
N/A: Hey, Girls. Safadinhas, este foi um encontro bem inusitado, hein?! Quero agradecer a minha beta linda, que teve a paciência de betar o GDV:L, e mandar beijinhos para todas as leitoras.
Mas, então, vamos partir para Paris, e há quem diz que ninguém beija melhor que um francês. Que tal vermos se isto é verdade?
Nota da Beta: Qualquer erro de português e/ou html/script, me informe pelo e-mail.