Half a Heart
Escrita por: Tori C.
Betada por: Vanessa


Capítulo único

Eu estava tão mal, sentia tanta falta dela... De seus abraços, do seu calor, do jeito em que dormia toda enrolada no cobertor e sua perna enroscada a minha, de seus cabelos e olhos . De quando ela dormia com meu moletom e quando sorria envergonhada, ou quando estava irritadinha. Especificadamente, eu sentia falta dela por inteiro. Estou me sentindo incompleto sem ela por aqui. Sinto-me tão sozinho...
Tínhamos tido uma briga e tanto, e a nossa única fonte de informações sobre um ou outro era a e o . Durante a briga, ela havia levado meu moletom, eu fiquei sabendo pela que ela estava dormido todos esses dias com ele, que não parava de dizer que sentia minha falta e isso me deixava pior ainda. A maior parte da nossa discussão foi por minha culpa e isso era o que mais me dava dor de cabeça. O raramente vem até aqui, e isso não ajuda muito. Ele sempre diz para eu seguir em frente ou ir até a casa da assumir meus erros e pedir desculpas, mas isso era uma das coisas que eu não iria conseguir fazer. Eu detesto vê-la chorar ou vê-la mal e isso me deixaria pior ainda. Acho que o que tenho mais medo é de ela dizer que não quer mais me ver ou vê-la chorar na minha frente. Talvez fosse mais fácil seguir em frente do que fazer aquilo. Mas ela era tudo pra mim, metade de meu coração, toda a minha felicidade. Meu timão e eu seu pumba, era a estrela do meu céu, as pétalas de minha rosa, a melodia de minha música preferida e agora só tenho a outra metade de meu coração, sou apenas um recipiente de tristeza, o pumba sozinho, o céu com nuvens pesadas e totalmente escuro, apenas a letra de minha música preferida e o botão da minha rosa que agora está murcha. Eu não posso seguir em frente, eu preciso ir até lá pedir desculpas, assumir que estava errado e que preciso dela... Só espero que ela não tenha seguido em frente. Hoje a iria ficar com ela, como havia dito ontem, e o iria vir hoje. Seria complicado dizer tudo o que queria, pelo que falamos um para o outro naquela briga, não era nada bom e não seria nada fácil apagar assim desse jeito.

Flashback

– Imagina se eu tivesse que me mudar para a Alemanha? Você iria sentir minha falta? – ela falou pensativa e olhando para a janela.
– Não – falei brincalhão, olhando para o teto.
– O quê?! – ela virou-se para mim – Você não iria sentir minha falta, ? Pois quero que saiba que eu sentiria sua falta, sim, e muita. Agora, já que eu não faria falta pra você e que essa nossa relação se baseia apenas em você, eu realmente transformo essa hipótese em realidade. Não consigo acreditar que você esta fazendo isso, cara, eu faço tudo por você, te ajudo sempre que posso e você não me retribui pelo menos com um "Eu sentiria sua falta". Acho que é por que você nunca ficou sem mim ou não me ama de verdade – gritou.
– Só se baseia em mim, ? Nossa relação é muito mais que isso! Por que nós moramos juntos? Por que eu reorganizei meus hábitos? Quem te diz que te ama toda noite? Quem te esquenta quando sente frio durante a madrugada? Quem fugiu de um show pra te visitar no hospital? Hein, ? SOU EU, PORRA! Agora você me diz que nesses quatro anos essa relação só se baseia em mim, que eu nunca fiz algo por você ou lhe ajudei e que não te amo? Eu sentiria sua falta sim! – gritei.
– É, tudo se baseia em você – seus olhos lacrimejaram – Você não sentiria minha falta, e não grite comigo.
– Então por que você gritou comigo? Eu já disse que sentiria sua falta, deixa de cu doce! Eu só estava brincando, merda. Dá pra parar? – Não, eu não vou! Não parecia que você estava brincando... Quer saber? Eu vou embora.
– Não, você não vai, eu não vou deixar.
– Você não manda em mim.
– Mando.
– Não manda, você não é meu pai.
– Então para onde você vai? Você não tem nenhum lugar pra ir, a está com o e não iria quer você lá. Na verdade, ninguém te quer, eu não sei por que estou com você, já que ninguém te quer.
Ela olhou-me com seus olhos cheios d’agua e foi rapidamente até o quarto. Na mesma hora me arrependi amargamente pelo que falei e fui até nosso quarto.

– Amor, me desculpa... Eu não queria falar tudo aquilo, a raiva me consumiu, e... – ela me interrompeu.
– Me deixa em paz, – falou, colocando, grosseiramente, em uma bolsa que estava com as outras roupas dela, meu moletom que ela costuma usar.
– Por favor, ... Para onde você vai?
– Não te interessa mais, está tudo acabado – disse com sua voz trêmula e com lágrimas escorrendo pelo rosto.

Fim do Flashback

Fiquei olhando fixamente para a TV da sala, tentando ter alguma ideia, mas nada, nenhuma era boa o suficiente para tê-la de volta. Ela é teimosa demais, tem que ser algo realmente... Sei lá, eu tenho que falar verdadeiramente todas as minhas desculpas possíveis, não pode ser nada muito simples nem exagerado, pois ela não iria acreditar na mais pura verdade que eu estaria falando, por causa também de sua teimosia e do que eu havia dito. Nossa briga, a princípio, foi por besteira, mas eu que vacilei.

? ? - passou a mão na frente dos meus olhos – Cara, você ‘tá me assustando.
– Ah... Oi, – falei sem ânimo como sempre.
, para com isso, levanta desse sofá e vai espairecer, cara, você não sai daqui há dias, precisa tomar um solzinho.
– Não quero, ... Ela já seguiu em frente?
Ele sentou-se ao meu lado e disse:
– Não... Ela está bem pior do que você.
– Imagino... Eu não deveria ter dito aquilo, peguei pesado demais.
– Hum – murmurou – Então, você vai seguir em frente ou vai pedir desculpas para ela?
– Eu vou pedir desculpas agora mesmo. Não aguento mais ficar sem ela, sinto-me incompleto como se estivesse andando com apenas um sapato do par, como se só estivesse com uma parte de meu coração e que ela tivesse levado a outra consigo, eu sinto falta de tudo o que fazíamos, cara – falei, levantando-me e indo em direção à porta.
, vai trocar de roupa. Você só ‘tá de cueca. Por que não vai tomar um banho? Afinal, faz quanto tempo que você não toma banho?
– Tá bom, tá bom. Você me fez perder toda a graça.

***

– Obrigado por me trazer até aqui, cara.
– Não há de quê, você precisa fazer isso. Ela é sua metade, certo? Não pode deixá-la ir – sorriu sincero.
– Certo – retribuí o sorriso.
Toquei a campainha da casa da confiante e esperei a dona da casa abrir, entretanto, foi ela. A mesma estava com meu moletom e seus cabelos molhados, realmente ela estava péssima, e quando nossos olhares se encontraram vi que continham tristeza dentro deles, foi então que perdi toda a confiança.
– Posso falar com você?
– Não tenho nada para falar com você – deu uma pausa – oi, , quer entrar?
O Niall iria responder, mas o interrompi:
– Por favor, , eu só quero te... – ela não deixou que eu terminasse a frase, interrompendo-me em seguida.
– Eu já disse que não tenho nada pra falar com você.
Eu só queria ir embora agora, era quase tarde demais, toda a frieza e tristeza dela era por minha culpa. Do jeito que a conheço, não vai ser nada fácil tudo voltar ao normal.
... – finalmente conseguiu se manifestar.
– Tudo bem... – suspirou pesado e continuou – Entrem... , vá lá para o terraço, por favor.
Eu e o entramos, eu fui diretamente para o terraço e ele para o sofá. No terraço estava frio, mesmo que eu estivesse agasalhado. Sinto que iria ficar ainda mais frio quando ela entrasse, por culpa do clima que estava entre nós dois. Ela entrou no terraço e um vento frio passou por nós, fazendo com que os fios soltos de seus cabelos – que deveriam estar presos – balançassem. Ela se sentou em uma das cadeiras e ficou em silêncio, eu já sabia que era para eu falar logo.
– Por favor, esqueça tudo o que dissemos aquela noite, isso nem mesmo importa, porque eu sei que fomos partidos ao meio quando dissemos todas aquelas besteiras... Eu sei que lhe machuquei, mas não era a minha intenção, você sabe que quando eu fico com raiva as palavras saem da minha boca sem razão.
...
– Se você tiver uma hora livre ou algo assim, podemos almoçar? Podemos conversar realmente sobre isso.

Ficamos um tempo em silêncio, eu já estava quase desistindo ou indo abraçá-la, mas ela não iria querer que eu a tocasse, era como se ela não quisesse a rendição. Então ela finalmente quebrou o silêncio:
– Tudo bem.
Um sorriso torto brotou em meus lábios e falei:
– Ok.

Saí do terraço e fui até a sala me despedir do e da , já que eu não tinha nada mais para fazer aqui, então iria voltar para casa ou “espairecer” como o disse. Despedi-me do e da , saí do apartamento e fui andando vagarosamente pela calçada até um ponto de táxi para ir embora. Ao longo do caminho para o ponto de táxi, algumas fãs me pararam, dei autógrafos, tirei fotos e fui para casa.
No dia seguinte, acordei um pouco tarde com muita dor de cabeça por ter tomado uma garrafa inteira de whisky que havia comprado quando estava voltando para casa. Minha cabeça latejava e a luz do sol me incomodava, assim como minhas costas. Finalmente me levantei e fui me organizar. Mandei uma mensagem para com a hora que eu iria buscá-la na casa da . Fiquei pronto trinta minutos antes, tomei água com açúcar e um calmante para me acalmar um pouco, fui até a garagem, entrei no carro, ligando-o e fui. Cheguei lá na hora marcada, e ela estava me esperando na frente do apartamento. Abri a porta do passageiro para ela, quando ela entrou, eu entrei no carro e dei a partida. Fomos o caminho inteiro em silêncio, a única coisa que interrompia era o rádio do carro, que estava ligado em uma estação qualquer.

Assim que chegamos ao restaurante, sentamo-nos em uma mesa para dois, o garçom veio até a mesa, fez os nossos pedidos e então eu falei:
– Eu quero te pedir perdão, , por tudo o que eu falei naquela noite. Quero que saiba que, embora eu tente tirar você da minha cabeça, a verdade é que eu fiquei perdido sem você. Desde aquela noite eu tenho acordado me sentindo incompleto, como se estivesse com apenas um sapato de meu par, sou metade de um coração sem você. E que na melhor das hipóteses, sou metade de um homem. Eu sinto tanta falta do que fazíamos... Eu não quero mais viver assim, eu te quero de volta, . Por favor, me perdoa – falei e coloquei minha mão sobre a mão dela.
– ela deu uma pausa – eu... – fez outra pausa – eu não aguento mais ficar sem você, eu te perdoo – falou com lágrimas nos olhos.
Aproximei-me mais dela, abracei-a e finalmente toquei em seus lábios macios e carnudos – como eu sentia falta disso.
– Eu te amo tanto! Acho que se isso acontecesse mais uma vez eu não iria aguentar, sofri demais dessa vez, imagina na próxima?! – ela falou.
– Não vai acontecer novamente, eu sei disso e eu também te amo mais do que você imagina.

Fiction betada por Luiza



Fim.


N/A: Desculpem-me pelo final, não gostei muito dele, porém não consegui mudar... Minha criatividade não estava tão boa assim. Espero que tenham gostado, é a minha primeira fanfic aqui no site. Se quiserem falar comigo o meu twitter é @paynewear. Até a próxima :)

comments powered by Disqus




Nota da Beta: Erros na fiction? Comunique-me:
Email | Twitter |