Essa pode não ser uma história como várias outras. Ela se passa em Londres, no século XX, durante um baile de halloween. Dia 31 de outubro, à noite, uma sexta-feira, aproximadamente 22 horas.
e são muito amigos, já que basicamente nasceram juntos. A diferença de idade entre os dois é de quase um ano e eles ainda são pequenos; a garota tem apenas seis anos de idade. Os pais das crianças são muito amigos e foram convidados para ir a um baile de máscaras para comemorar o halloween. Naquele lugar não haveria muitas crianças, porém, eles foram, visto que a babá só poderia se disponibilizar a partir de uma hora da manhã.
O que seus pais queriam mesmo é que eles ficassem em casa, só que não sozinhos. Como a festa acabaria muito tarde, mais ou menos às quatro horas, aceitaram a proposta da babá, e então ela pegaria as crianças no baile uma hora.
- Crianças, vamos logo. , sua mãe disse que posso te levar também para você e irem brincando no caminho. – Disse a mãe da menina.
- Tá bom! – Eles gritaram e foram correndo para o antigo carro.
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estava um perfeito homenzinho, de terno e gravata, assim como estava parecendo uma princesinha gótica, com um vestido preto muito bonito. Mesmo sabendo que eles não ficariam por muito tempo, não poderiam ir desarrumados. Apesar de eles saberem muitas histórias de halloween e terem ouvido lendas pelo fato de sua cidade ter sido chamada de “a cidade do halloween”, eles ainda amam: tanto a cidade quanto o dia em especial.
Chegando ao local onde seria esse baile, e foram correndo e, quando entraram, perceberam os lustres e todo o cenário por trás daquela festa: tudo estava um pouco escuro e azul, entretanto não demorou muito para que voltassem a brincar por ai.
- Hey, o que você acha daquelas histórias que ouvimos várias vezes e algumas pessoas dizem serem verdade e tem muito medo?
- Do que você está falando, ?
- Das histórias sobre babás malvadas que, no começo, parecem ser boazinhas, e no halloween viram bruxas.
- Eu não acredito, mas tenho medo. Dizem que depois de duas horas podem ouvir crianças gritando por estarem sendo mortas pelas babás.
- Você já ouviu esses gritos, ?
- Não.
- Nem eu.
Os dois ficaram quietos por um tempo, sentados em uma mesa olhando as pessoas dançarem. Onde seus pais estavam? Dançando tranquilamente.
- ? – falava olhando para o “pátio” onde dançavam.
- O que foi?
- Você já ouviu falar na história dos monstros do dia das bruxas?
Qualquer pessoa por ali, se estivesse ouvindo a conversa, saberiam do que estavam falando. Há uma lenda falando sobre os monstros que vivem em baixo das camas e escadas; eles têm olhos vermelhos e dentes afiados, como de tubarões. Alguns dizem que essas criaturas são “parceiras” das tais bruxas, e gostam de matar todas as crianças no dia das bruxas. Essa história de matar as crianças não ocorreu por simples vontade de matar.
Antigamente, no dia das bruxas, as crianças costumavam sair batendo às portas das casas pedindo doces ou travessuras, e algumas pessoas não tinham doces. Havia um grupo de jovens que parecia uma família, de tão unidos que eram, e eles nunca davam doces; na época, tinham acabado de se mudar; também não gostavam nem um pouco das travessuras, já que tinham de limpar todo o ovo misturado com papel higiênico e algodão. Desde o segundo dia das bruxas que eles passaram lá, algumas crianças começaram a desaparecer, e apenas gritos eram ouvidos durante a madrugada. As famílias começaram a ficar preocupadas e, a cada ano que se passava, no dia das bruxas, mais crianças desapareciam.
Após longos dez anos disso, àquela “família” de repente, desapareceu. De um dia para o outro, tudo sumiu, porém, todos sabiam: eles continuavam ali, para se vingarem das ovadas e outras travessuras que crianças, inocentes ou não, fizeram.
Dizem que, as únicas crianças que podem se salvar, são aquelas com um bom coração e que amam alguém de verdade [alguém que não seja sua família] e as que os têm, quando crescem, se tornam “bruxos”, mas apenas os que forem infectados pela ‘maldição’, entretanto, algumas pessoas dizem que as crianças não amam e que não tem capacidade para isso, então quase nenhuma sobrevive.
- Conheço sim, . Tenho muito medo.
O silêncio tomou conta da conversa.
- Hm... Estou com sono.
- Também.
Após isso, os dois encostaram suas cadeiras na parede e sentaram. colocou a cabeça sobre o ombro de e ele a abraçou. Assim eles dormiram.
- , , acordem. – A babá tentava fazê-los acordarem. – Vamos crianças, temos que ir, meus amores.
- Oi? – disse tentando acordar e ficou ainda mais apoiada em .
A babá era muito simpática e os amava muito, ou pelo menos é o que parecia, então pegou os dois no colo e levou até o carro, onde acordaram. acordou e logo depois , então um sussurrou no ouvido do outro algumas coisas e, após isso, olharam para a babá que dirigia e sorriram.
- O que vocês dois querem? – Ela perguntou.
- Doces ou travessuras. – A princípio, a babá deu um sorriso, porém, se aborreceu, e voltou a sorrir novamente.
- Tudo bem crianças; vamos para a casa de pegar suas fantasias e depois que pedirmos os doces vamos à casa da para vocês dormirem.
- Tá bom. – Disseram juntos.
As fantasias eram umas graças. A do garoto era uma roupa preta com o desenho de esqueletos, já a da garota tinha um ar mais antigo, do “século passado”; era uma roupinha parecendo daquelas meninas que moravam em bosques ou vales distantes da cidade. Após vestirem suas roupas, foram caminhando até algumas casas à frente, onde as luzes ainda estavam acesas.
- Doces ou travessuras? – E assim seguiram.
A maioria das casas dava os doces, porém, algumas logo fechavam a porta e as crianças jogavam os ovos e o papel higiênico. Quando chegou a uma rua deserta, nas últimas casas, parecia não haver ninguém e, a última que estava toda destruída, tinha uma luz acesa. As crianças então foram correndo, mesmo a babá não querendo que elas fossem.
- Aonde vocês vão? Voltem agora, AGORA!
Os dois não quiseram ouvir, e a babá saiu correndo atrás deles, então, quando eles bateram a porta, ela caiu.
[n/a: solte a música]
Pelo visto, aquela era a casa mal assombrada de que todos falavam. Se olhasse bem, parecia que todos os fantasmas saíram de lá; ninguém ia ali há anos. Os três – o menino, a menina e a babá – saíram correndo para a casa de , onde os garotos saíram correndo para o quarto da menininha e a babá começava a fazer barulhos estranhos com a boca. Aparentemente, parecia que ela estava morrendo ou ressurgindo; era indescritível.
e se esconderam debaixo das cobertas e a cama começou a tremer estranhamente.
Criaturas estranhas começaram a aparecer em seu quarto, e as crianças se espremeram ainda mais. Alguns tentavam chama-los para desvendar todo o resto daquela cidade do halloween. Abóboras saíam das plantações vizinhas com pernas e braços, todas indo em direção a casa. Dava para se ouvir cada um dos “bichos estranhos” dizendo que entre doces ou travessuras, os vizinhos preferiam morrer ou se assustar. Ouviam-se gritos, fazendo-os gritar também.
Debaixo da cama de , um monstro com olhos vermelhos e dentes gigantes; os dois ‘brilhantes’, então saíram correndo, desceram a escada. tropeçou, a garota o ajudou e continuaram correndo, e quando chegaram no andar de baixo, olharam debaixo da escada. Havia um estranho ser que tinha dedos de cobra e seus cabelos eram aranhas. Continuaram correndo. Passaram na sala de estar e na sala de jantar e, quando chegaram na cozinha, viram sua babá como uma bruxa, que queria os perseguir custe o que custar.
Os dois gritaram e saíram pela porta, chegando à rua, onde monstros vinham dizendo algo como: “Nessa cidade que chamamos de casa, todos gritam com a música das abóboras; nessa cidade, vocês não a amam agora? Todos esperam pela próxima surpresa”. Eles foram correndo até a esquina mais próxima; um homem estava escondido na lata de lixo e lobos começaram a uivar, fazendo-os correr ainda mais.
Tudo estava escuro, com detalhes das cores preto e vermelho. Para o lado onde estavam indo, começaram a ouvir gritos de crianças inocentes, e os dois correram para o outro lado. Duas horas da manhã.
- BU! – As crianças de assustaram enquanto um ‘monstro’ dizia. – A vida não é divertida sem um bom susto, não?
Um esqueleto os atacou, e eles foram correndo de volta a casa. Quando chegaram lá, não havia mais ninguém, porém, o esqueleto terminou de “agarra-los” e os arranhou profundamente, onde um “veneno do mal” foi injetado, como uma praga.
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Quatro horas da manhã.
- , a mãe chegou. O está ai com...
As duas crianças estavam deitadas na cama de ; tudo parecia bem, tudo estava normal e a babá deixara um bilhete colado na porta:
Queridas, “Chefes”,
O tempo que passei trabalhando com as crianças foi ótimo, e agradeço muito por isso. Não precisa me pagar este mês; acabei de me mudar para um lugar distante. Deixei e dormindo e logo fui embora. Espero vê-los um dia, talvez, mesmo sabendo que isso será muito fácil de acontecer. Agora eles não precisam mais de mim, então vou embora. Desculpe ir assim, mas foi necessário.
Sentirei saudades.
Babá.
Mesmo achando estranho o sumiço repentino da babá, tudo ficou bem, e ninguém além dos garotos souberam o que aconteceu. De fato, eles deveriam estar mortos, só que, como dizem, o amor vence todas as barreiras.
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Oito anos depois...
- Mas, , meu amor, eu não posso tocar no show do McFLY de hoje. É HALLOWEEN!
- , relaxe, nada vai acontecer.
- Ainda estamos com a maldição em nosso sangue, eu sou um monstro e...
- Shiiiiu! – o calou com um beijo. – Nada pode acontecer, você não é um monstro e o show acaba meia-noite. Depois disso vamos para casa.
- Será necessário. Não quero matar ninguém, nem ousar fazer isso como a nossa antiga babá.
- Ainda estamos com a praga, mas somos diferentes, até porque fomos os primeiros a sobreviver desse ataque. Sabe por quê?
- Porque somos especiais?
- Não, idiota! Porque a gente se amava, e ainda se ama [eu acho]... Bom, pelo menos eu te amo.
- Também te amo minha linda!
Os dois se abraçaram e deram um selinho. foi para o show e tudo ocorreu bem. Como o combinado, depois eles foram para sua casa, já que moravam juntos e dormiram; assim, não precisariam matar nem deixar ninguém ferido.
Eu adoro Halloween. É o dia do ano em que todos usam máscaras, não só eu. As pessoas acham divertido fingir ser um monstro, eu passei a vida inteira fingindo não ser um.
FIM.
N/A:YAY! O que acharam? De boa, escrevi em cima da hora, mas acho que quase valeu a pena. Não é aquela coisa super romântica nem aquela coisa que dá medo até nos cadáveres, mas achei que ficou legal. Dedico essa short pra @HarryDespreza porque ela disse “queria ser amiga deles desde pequena, porque dai a gente se apaixona” ou alguma coisa assim, haha. Então é isso. Obrigada beta e capista [as duas são uma graça, sério; muito legais] e obrigada você que leu. Comentem o que acharam e... Tchau!
Nota da Beta: Caso tenha algum erro nessa fanfic, não use a caixinha de comentários. Entre em contato comigo pelo twitter ou pelo e-mail. Obrigada. Xx
Quer saber quando essa fic irá atualizar? Fique de olho aqui.