Copa do mundo. Um evento normalmente esperado por todos, ou quase todos, que ocorre de quatro em quatro anos. Aquela copa, iria acontecer no Brasil.
E, como eles estavam na Inglaterra, assistiriam a todos os jogos juntos, naquele dia, na casa de null e null. A época era de férias, tanto das faculdades quanto dos cursinhos, então todos podiam fazer coisas e assistir jogos o dia todo, todos os dias!
No dia da abertura, a festa foi grande. Não que os times do jogo os interessassem, afinal, os meninos torciam para Austrália e as meninas para Inglaterra. Saíram para comemorar, viver uma copa do mundo aos 18 anos é para poucos! E aquela Copa seria especial, muito especial.
O primeiro jogo da Austrália, contra o Chile, fora um desastre. Assistiram na casa dos meninos, a decepção foi geral. null quase chorou. A sexta-feira, que deveria ser de comemoração, acabou sendo de consolação. Quarta-feira teria o jogo da Austrália contra Holanda, era a chance do time se recuperar! null, null e null estavam super animados, acreditavam que o time fosse sair por cima! Mas null havia perdido as esperanças, assistiria com os amigos todos os jogos da copa, menos os da Austrália. null odiava sofrer em publico.
Quarta-feira havia chegado, null acordou mais cedo e animada para tentar deixar o apartamento um pouco mais organizado. null ainda dormia quando seu celular tocou várias vezes. E nem assim ela acordava.
- Bom dia, null! - null segurava o aparelho entre a orelha e o ombro.
- Oi, null! - sua voz era rouca e falha.
- Ta tudo bem?
- Na verdade... Eu acordei... - tosse - meio gripado... Sabe como é, acho que não me acostumei com o clima desse pa..- tosse novamente - ís...
- Ai, null... A null ta dormindo, e olha que você nem passou a noite aqui pra deixar ela tão cansada! - null riu ao ouvir o amigo resmungar.
- Da uns chacoalhões nela e pede pra me ligar?
- Claro! Toma chá que melhora, te esperamos hoje a tarde!
- Sobre isso... Não sei se vou conseguir ir até ai, sabe?
- Nossa, null, só por uma gripe você vai perder o jogo do seu time com os seus amigos?
- Se necessário, vou... Semana que vem eu e a null fazemos um ano de namoro, eu preciso estar saudável para...
- Tudo bem, entendi, não preciso de detalhes! - null o interrompeu rapidamente.
- Calma, null! Eu ia falar surpresa! Mas tudo bem...
- Ai, null.. Beijos!
- Beijão!
null desligou e balançou a cabeça negativamente. null e null eram o casal mais fofo que existia. Não eram aquela coisa melosa e 'bebê' pra cá, 'ursinho' pra lá. Eles demonstravam o carinho um pelo outro de forma verdadeira sem precisar ser exagerado e quase forçado. null queria ter um namorado... Mas não qualquer namorado, um namorado que, no caso, era quase seu amigo. Um namorado null null.
null e null se conheceram quando null e null começaram a namorar, esses dois não se desgrudavam, e acabaram aproximando seus melhores amigos. null se tornou melhor amiga de null, assim como null virou melhor amiga de null, e bom... Totalmente sem querer acabou se apaixonando perdida e secretamente por null, o quarto garoto do grupinho.
Não que não fossem amigos, mas null era um cara de poucas palavras, ainda mais com a null. E ela não sabia o motivo.
- null? - null acordou de repente, assustando a amiga - Meu celular tocou?
- Bom dia, null! Sim, seu namorado ligou mil vezes... Ele está meio doente e...
- Doente como? - ela finalmente acordou de vez - Mas ele ta bem? null, o que o null tem?
- Ele ta bem, null! Só ta meio gripado! Liga pra ele, ele pediu! - estendeu o celular pra amiga, que logo o pegou, discando a sequência de números já decorada.
- null null, como você me acorda doente e não avisa? Fiquei preocupada! - null ria enquanto saia do quarto. null amava null tanto quanto ele a amava.
***
Amarelo. A cor predominante no apartamento era amarelo. Bandeirinhas, copinhos, pratinhos, almofadas. Tudo amarelo. Claro, por causa do uniforme da Austrália.
null e null, apesar de não torcerem para o time, gostavam de futebol e gostavam mais ainda de ver o sorriso no rosto dos meninos ao encontrarem tudo decorado com pedacinhos de sua terra natal. Elas haviam até conseguido camiseta da Austrália em homenagem a eles! null comprara a de null e null ganhou em algum tipo de promoção uma extra, que resolveu dar para null.
- null, to indo! - null levava sua camiseta em uma mão e a bolsa na outra. null parou de arrumar os guardanapos azuis, os amarelos estavam em falta.
- Pra onde? O jogo é daqui a duas horas! Os meninos já devem chegar!
- null, eu to indo pra casa deles ficar com o null! Ele ta bem, bem mau e não queria ver o jogo sozinho, sabe? - sorriu fraco, sabia que a amiga ficaria chateada. Elas sempre viam os jogos juntas.
- Tudo bem, não tem problema... Pelo menos o null e o null vem, eu espero... - deu de ombros, dessa vez ela deixava passar.
- Eles vem!! E, caso não apareçam, você vai lá pra casa deles ver comigo e com o null! - arqueou as sobrancelhas animada.
- E ficar de vela? Não mesmo! Obrigada, null! Divirtam-se, ta? - piscou forçadamente.
- Sempre!!! - riu fechando a porta atrás de si.
***
Assim que null saiu do banho, viu seu celular piscando na cama. Caminhou até ele e percebeu que havia recebido uma mensagem de null.
"null!!! Convenci o null a ir cmg! Tamo saindo de Maidstone agr, em 1 hr e meia to ai. Bj"
O que eles estavam fazendo em Maidstone uma hora e quarenta e cinco minutos antes do jogo?
"Tudo bem! Venham logo! null, não corre xx"
Pelo menos null vinha, ela não ficaria tão presa em null se tivessem mais duas pessoas presentes.
***
Eles sempre combinavam de chegar uma hora antes do jogo, e null sempre chegava meia hora atrasado. Então, teoricamente, ela só teria que aguentar ficar sozinha com ele por 40 minutos, já que null e null se atrasariam um pouco.
Sim, teoricamente. Justo naquele dia, null decidiu chegar no horário.
- Oi, null! - ele sorriu fraco. Nunca sabia como deveria cumprimentar a garota, optou então por se aproximar e apenas encostar a bochecha na dela leve e rapidamente, logo entrando no apartamento.
- Oi, null... - respirou fundo, fechando a porta. Tremeu apenas com o simples e quase imperceptível toque do garoto. Virou-se para ele calmamente, observava a decoração. Ele se sentiu confortável naquele lugar que remetia sua 'casa'. Um sorriso brincava no canto de seus lábios, null pode perceber.
- Cadê todo mundo? - encarou a garota, que o encarava. Ela sentiu suas bochechas corarem, merda. Foi rapidamente em direção a cozinha enquanto explicava o ocorrido.
- O null ficou em casa e a null foi ver o jogo com ele. Você deveria saber, afinal, vocês quatro moram juntos - riu debochadamente. Ele gostava quando ela fazia isso, achava bonitinho.
- Desculpa se eu passei a manhã fora! - encostou-se no batente da porta da cozinha, com as mãos nos bolsos. Viu a garota brincar com as mãos em cima da pia, ela estava confusa sobre o que fazer no momento.
- Posso saber onde? - virou-se para ele com um sorriso questionador e sobrancelhas arqueadas.
- Fui com o null e com o null atrás de um maçarico especial pra bolo, sua curiosa - ela riu e virou-se novamente para a pia, ele riu e desencostou da porta.
- Maçarico para bolo?
- O null decidiu cozinhar sobremesas agora, você sabe, e quis essa droga. Fomos a três shoppings e uma loja de utensílios, nada - deu de ombros, aproximando-se aos poucos da garota, sem que ela notasse - por isso eles estão em Maidstone agora, parece que vendia esse negócio na unidade de Maidstone da loja.
- Ai, null... Será que ele não podia esperar outro dia pra comprar esse treco? - ela batia levemente os dedos em cima da pia, simplesmente não sabia o que fazer. O cara que ela gosta e ela no mesmo espaço ao mesmo tempo, sozinhos.
- Ainda bem que ele não podia esperar - null se assustou com a voz do garoto ao pé do seu ouvido, muito mais próxima de si do que esperava. Viu null depositando suas mãos ao lado das de null, prendendo-a sem tocá-la. Estava nervosa, apertava fortemente o mármore da bancada com os dedos, não sentia mais suas extremidades e seu coração pulava. Tinha medo que ele pudesse ouvir. Só não podia imaginar que ele tinha o mesmo receio.
- E você? Não podia esperar? - ela não se responsabilizaria mais por seus atos, estava decidido, meteria os pés pelas mãos e, se desse errado, mudava de país. Virou-se ficando perigosamente perto de null, podia sentir a respiração dele se intercalando com a sua. Fechou os olhos tentando respirar normalmente quando sentiu as mãos frias do garoto pressionando sua cintura.
- Eu não podia esperar mesmo... - null se aproximava cada vez mais e null já não respirava a alguns segundos quando ouviram o toque alto de seu celular. Afastaram-se tão rápido quanto se aproximaram, em um pulo.
- Já venho! - null atravessou a porta correndo em direção ao seu quarto e voou em direção a cama. O que havia acabado de acontecer? Lembrou-se de atender a droga do celular, droga.
- O que foi, null? - sua voz falhava sem querer.
- Errr... null, é que... Eu e o null, nós... - null também tremia, estava nervoso.
- Puta merda, null, me dá essa droga - null tomou o celular das mãos do amigo - Olha, null, o seu amigo idiota simplesmente ignorou o aviso de 'revisão imediata' por três meses. Três meses, null! Caralho, agora estamos presos numa cidade fim de mundo que fica entre Maidstone e Londres e faltam vinte e cinco minutos para o jogo! Merda, null! Eu não queria ver o jogo com ninguém, eu não queria vir pra Maidstone, TUDO POR CAUSA DESSA MERDA DE MAÇARICO PRA BOLO!!! - sim, ele estava realmente puto.
- null, está tudo bem! Fica tranquilo, tadinho do null! Deixa eu falar com ele, por favor? - a situação estava grave.
- Certo, desculpa, null... Segura isso, null, ela quer falar com você.
- null! A culpa não é minha, eu só...
- Está tudo bem, null! O null só está bravo por causa do jogo, fica calmo pelo menos você! - ele não podia se desesperar também, null quase achou que null fosse chorar - Procurem alguém ai perto! Vocês estão numa cidade, não estão? - viu null aparecer de testa enrugada no batente da porta de seu quarto. Seu quarto.
- Estamos! Tem um barzinho que eu to vendo daqui, acho que conseguiremos ver o jogo lá e quem sabe o null se acalme e NÃO ME BATA!!!
- null, olha... - null lançou para null um olhar preocupado. Este se aproximou e ela lhe estendeu o celular, em seguida, deitou-se de bruços em sua própria cama. Teria que assistir ao jogo todo sozinha com null null.
- null, é o null. - disse sério, fazendo a garota rir abafado na cama.
- null, a gente não vai conseguir chegar e o null ta puto e...
- null, cala a boca. Fica calmo, encontra algum lugar com cerveja e TV, leva o null lá, assistam o jogo e no final da tarde, se for muito necessário, eu vou buscar vocês com o meu carro. Fechado? - null sentiu a cama afundar ao seu lado. Respirou fundo.
- Certo... - null pareceu mais calmo. Boa, null.
- Certo, até mais tarde - desligou o aparelho e olhou para a garota deitada ao seu lado, com a camiseta do seu time do coração e um short curto, bem curto.
O silêncio tomou conta do espaço e null deitou de barriga pra cima. Percebeu que null a encarava fixamente.
- Tira uma foto que dura mais - riu debochadamente e cobriu o rosto com as mãos logo em seguida.
- Se você deixar... - null tirou as mãos dela e começou a se aproximar novamente. Ainda bem que null estava deitada, se não ela provavelmente não se aguentaria em pé. Ele sorria tão ternamente, ele era realmente muito bonito... Novamente, null sentiu suas respirações falhar em conjunto. E, justo naquele momento, foi possível ouvir o barulho da TV ligando sozinha na sala. Claro, null havia colocado um timer pra tv ligar quando faltasse 15 minutos para o início do jogo.
null bufou e se jogou na cama, deitando de barriga pra cima.
- O jogo já vai começar, vem... - null levantou e lhe estendeu a mão. O garoto bufou novamente e pegou na mão dela, muito macia por sinal. Estava cansado de ser interrompido nas melhores oportunidades que nunca lhes apareceram antes!
null sentou na extremidade direita do sofá, e null sentou na extremidade esquerda do mesmo. Os jogadores já entravam no campo. Austrália precisava ganhar.
***
Quando a Holanda fez o primeiro gol, aos 19 minutos do primeiro tempo, null e null já estavam os dois no centro do sofá. Ele com um braço nos ombros da garota lhe apertando levemente, ela com as pernas sobre as dele, alcançando o outro lado do sofá. Ambos extremamente nervosos, o único barulho que se escutava era da narração precária.
E, literalmente um minuto depois, Tim Cahill coloca a bola dentro do gol! Austrália empata! null levanta em um pulo e quase faz com que null vá de encontro ao chão. Os dois começam a gritar e pular e se abraçaram. null envolveu o pescoço de com os dois braços e ele envolveu sua cintura com os dois braços. null percebeu que ele cheirava muito bem. null percebeu que ela se encaixava quase que perfeitamente nele.
- Gol - null se afastou minimamente para dizer, ainda sorrindo. null concordou e simplesmente selou seus lábios rapidamente, surpreendendo a ambos. De onde ela havia tirado coragem o suficiente para tal ato?
- Vou pegar água! - saiu dos braços do garoto, que ficara estático durante alguns vários segundos, e se encaminhou em direção a cozinha. Não conseguia parar de sorrir, nunca se sentiu tão bem. Aquele garoto que passou um belo tempo perturbando sua mente estava na sua sala de estar, o mesmo garoto que ela acabara de beijar. Ainda podia sentir o leve, sensível, doce toque de null em seus lábios, suas pernas ainda balançavam. Pegou os dois copos e os encheu de água, em seguida, ligou para null. Não iria aguentar até o final do jogo.
- null?
- Oi, null!!! Gol!!! - ela ria do outro lado da linha.
- null, null, eu, null.
- Que foi, null? Ta tudo bem? - parou de rir quando percebeu o nervosismo da outra.
- Não. Quer dizer, sim. null, o null, ele... null, droga, eu... Beijei o null, null, ele ta sentado no sofá e eu beijei ele, eu gosto tanto dele, null, o que eu faço? - as palavras saiam rápidas e se null não conhecesse null o bastante, pensaria que ela estava passando mal.
- Fica calma e age normalmente. Observa a reação dele e finge que nada aconteceu, pelo menos até o final do jogo. Mas relaxa, não era isso que você mais queria?
- Sim, null, eu to tão feliz, null, eu gosto tanto dele, null... - respirou fundo
- Então vai la e não me liga mais! Aproveita seu homem, beijos! - desligou.
null segurou os dois copos de água e voltou para a sala. null olhava em direção a TV, mas seu olhar parecia longe. Ele também havia acabado de trocar algumas milhares de mensagens com null pedindo conselhos sobre como agir com a garota agora e dizendo como ela era tudo que ele esperava que fosse.
null deixou os copos na mesinha que ficava entre o sofá e a tv, voltou a se sentar no canto do sofá. Afastada de null, visivelmente envergonhada, abraçou as pernas. null olhou para ela confuso, por que não sentava mais perto? Revirou os olhos e foi até ela, envolvendo-a com seus braços.
- Garota chata - sussurrou perto demais de seu ouvido, ficando feliz ao ver a menina se arrepiar.
- Presta atenção no jogo! - riu e apoiou a cabeça no ombro dele.
***
Fim de jogo, 3x2 para Holanda... Austrália fora da copa.
null e null continuavam na mesma posição. Nenhum deles disse uma palavra depois da partida. null parecia desolado. null deveria estar puto, null triste, null chocado.
- null? - null se virou para ele, fazendo-o olhá-la. Ela fazia um carinho delicado em sua nuca, era confortante.
- Pois é, null... Estamos fo... - ela o beijou repentinamente. Mas beijou mesmo.
null ficou surpreso com a ação da garota, mas logo aprofundou o beijo. Afinal, era exatamente o que ele queria. Ele segurou-a fortemente pela cintura e ela o agarrou pelo pescoço, não o deixaria escapar. Não agora.
Foram somente interrompidos pelo celular do null, puta merda!
- Você tem mesmo que atender? - null se afastara só para que ele pudesse ver sua cara fofa de pidona, tinha até um biquinho.
- Tenho... É o toque do meu pai, sabe como é... - suspirou. Se fosse por ele, jogava o celular pela janela! Mas, quando se trata de pai... Levantou e atendeu.
null ficou deitada no sofá esperando. Aquilo havia sido muito bom? Muito melhor do que ela esperava? Definitivamente, sim. null era incrível, em todos os sentidos, não podia negar. Queria, se possível, ficar perto dele daquele jeito para o resto da vida!
Decidiu ligar para null, queria saber o paradeiro dos amigos.
- null? - atendeu rapidamente - Ta tudo bem? O null ainda ta ai? - lançou milhares de perguntas todas juntas.
- null, eu que te pergunto! Como vocês estão? Digo, o null ta mais calmo?
- Ele foi para o banheiro quebrar alguma coisa... Não acredito que estamos realmente fora da Copa, null... - era possível sentir a decepção em sua voz - Mas, pelo menos...
- Pelo menos o quê? - null queria evitar o assunto 'copa do mundo', sabia que os quatro garotos ficavam muito afetados com tudo isso.
- Pelo menos você e o null, você sabe, não vou nem dizer... - riu baixo.
- null !!! - como ele sabia? null ficou vermelha nas bochechas e sentiu-se feliz por null não estar presente na sala - Como ousa falar assim?
- Vai dizer que não aconteceu nada? Depois você me conta direito, mas sem detalhes, por favor.
- Você não vai saber de nada! - bufou
- Se você não contar, ele conta...
- E o carro? - revirou os olhos, queria mudar de assunto o mais rápido possível.
- Você sempre foge, não é, mocinha? - riu, mas ao ouvi-la xingar, desistiu das provocações - Brincadeira! Aqui perto tem uma oficina e o dono é Australiano, conhecemos ele durante o jogo e ele vai nos ajudar... Acho que daqui umas duas horas a gente volta pra casa...
- Ótimo! Passem aqui pra pegar o null e me dar um oi...
- Então quer dizer que o null vai passar o dia todo ai? - usou um tom malicioso.
- Tchau, null!
- Mas, null...! - e ela desligou.
- Meu pai queria comentar do jogo... Ele também tinha esperanças... Quem era? - null reapareceu na sala sorrindo, apontando para o celular e ficando em pé na frente de null, que continuava deitada.
- null... Liguei pra ele pra saber do carro, eles encontraram um cara pra ajudar lá e parece que voltam no fim do dia...
- Entendi – concordou.
- E te pegam aqui... - null falou baixinho, mas ainda sim null ouviu.
- No final da tarde? - arqueou as sobrancelhas, inclinando-se em direção a garota.
- Sim... A não ser que você queira ir embora mais cedo... - null sorriu ao perceber que ele, basicamente, deitava-se por cima dela.
- Se você quiser, eu durmo aqui - piscou e lhe deu um selinho, fazendo-a quase gargalhar.
- Se a null deixar... - sorriu envolvendo o pescoço do garoto com os braços levemente. null estava a ponto de acabar com o espaço que havia entre os dois, mas null o interrompeu brevemente - Só me deixa mandar uma mensagem pra null e pedir para ela chegar bem tarde?
- Acho que ela vai acabar dormindo com o null, do jeito que eles são... - deu de ombros.
- Então eu tenho a casa só pra mim, pra fazer o que eu quiser, com quem eu quiser... - disse como quem não quer nada.
- Vou desligar meu celular - null se apoiou pelos cotovelos nervoso e apertou alguns botões para logo em seguida lançar o aparelho longe, assustando null - pronto! Relaxa, esse não quebra nunca! - riu.
- Desliguei também, agora acho que ninguém mais pode nos atrapalhar... - voltou a puxá-lo pelos ombros.
- Espero que não, realmente espero que não... - selou seus lábios terna e eternamente.
Austrália havia feito um gol que gerou um, finalmente, avanço. Podiam perder que estava tudo bem, de quatro em quatro anos sempre tem Copa do Mundo. Nessa de 2014, o fato importante não foi a perda do time que tanto amavam, foi o começo de uma nova relação vitoriosa que, com certeza, duraria até a próxima Copa. E a próxima, e a próxima, e a próxima...
Nota da Autora: CONSEGUI ESCREVER ESSA FIC INTEIRA DIA 22!!!! Ainda não acredito que fui capaz e ainda por cima gostei do resultado! Obrigada Bali por me incentivar sempre e obrigada a Juubs! Essa fic eu to meio apaixonadinha por ela, porque foi meio que a partir de um sonho que eu tive na epoca da copa! Loucura hahahaha! Qualquer coisa, me chama no twitter, @calumuse ! Obrigada por ler, espero que tenha gostado :----))
Outras fics:
Time [5 Seconds Of Summer/Finalizadas]
Behind The Stage [Especiais/Equinócio de Setembro/Finalizada]
Love Me Like You Used To [5 Seconds Of Summer/ Em Andamento]