Poderiam ser oito, nove, dez da manhã; ela não se importava. Não dava a mínima para o fato de ser sexta-feira, de ainda estar cansada por não ter dormido, de ter que ir para a escola, ou de seu celular estar repleto de mensagens de todos os seus amigos a perguntando se estava bem. Porque, sinceramente, ela não estava. Seus olhos, embora não mais inchados, estavam avermelhados, assim como seu rosto. As lágrimas já haviam parado de cair, e a deu graças a Deus por isso, mas tirando esse fato, estava completamente acabada.
Pelo menos, ela pensava, sua mãe não estava ali para a obrigar a se arrumar para ir à escola. Esse sim era um ponto positivo de morar com seu querido irmão mais velho. Mas por outro lado, tinha que aguentar todas as suas sacanagens. Tinha que suportá-lo todos os dias, no café da manhã, almoço e jantar; tinha que esperar noites acordada, com medo de que algo pudesse ter acontecido enquanto ele saia para beber e se divertir. Tinha que limpar o apartamento, e pagar com seu próprio dinheiro - sendo que ainda estava na escola - parte do aluguel. Mas o mais irritante de tudo isso, era que tinha que aguentar os seus amigos babacas, que a enchiam o saco, bem quando tinha acabado de terminar com o namorado.
- Ei, . Está de TPM hoje? - Thomas McTravor, um dos melhores amigos de , irmão de , falou ao vê-la se aproximar da mesa de café da manhã com a cara fechada. Além de Tom, que era moreno e alto, estavam sentados naquela mesma mesa três outros brutamontes, como gostava de chamá-los, sem contar com seu irmão. Não que fossem sempre chatos ou coisa parecida. Pelo contrário, já se divertira muito com aquela turma, sem falar que todos eram extremamente lindos e musculosos, mas hoje em especial, não estava com vontade de entrar na brincadeira.
- Por acaso isso é da sua conta? - a retrucou, se espremendo entre Jake Ryan e Scott Johnson, também amigos de , um e o outro moreno. Ambos tinham a mesma idade, 21 anos, enquanto , com seu cabelo ; Tom, meio ruivo, e o outro garoto sentado na mesa haviam acabado de completar 22. O "outro garoto" sendo ...
fazia questão de não falar seu nome, pelo menos não em seus pensamentos. Com seu cabelo platino bagunçado e seus olhos penetrantes, parecia atrair a atenção de qualquer uma em míseros segundos, e tudo o que a garota menos precisava era que sua imagem cativante rondasse sua mente agora... O que infelizmente já era tarde demais. já fazia parte de seus pensamentos há tempos, só não fazia a mínima ideia disso. Tudo naquele homem chamava a atenção de , absolutamente tudo. Mesmo namorando Sean, o que agora já era passado, porque haviam acabado de terminar de vez, o não saia de sua cabeça. e haviam se conhecido antes mesmo da faculdade. Os dois se tornaram grandes amigos, e não demorou muito para que os outros garotos se juntassem a eles. havia ficado encantada com desde o primeiro minuto que o vira, mas não podia dizer o mesmo pelo , que por sinal, era cinco anos mais velho. Isso mesmo, ela tinha 17 e ele 22.
- Vish, alguém acordou nervosa. - Jake murmurou, bagunçando os cabelos da menina enquanto devorava seus ovos.
- Será que dá para vocês calarem a boca? - falou revirando os olhos e se servindo de um pedaço de bolo.
- , você sabe que já são dez e quinze, né? - , sentado entre e Tom, perguntou ao notar que sua irmã não estava nem sequer vestida.
- É, eu sei, ... Mas não estou muito afim de ir para escola hoje... - ela respondeu baixo, recebendo olhares de todos na mesa. Os meninos já sabiam que algo estava errado, mas não se arriscariam a perguntar.
- Que bom. Isso quer dizer que você pode sair conosco! - Scott tentou animá-la e passou o braço pelos ombros da , que praticamente afundou na cadeira ao sentir os músculos pesados do rapaz.
- Se você está achando que eu vou a algum lugar com vocês, está muito enganado. - respondeu, tirando o braço do homem de seus ombros frágeis.
- Isso não foi uma sugestão. Só estava tentando ser educado, mas já que você não me dá escolha... - Scott largou seus talheres e se levantou, arrastando a cadeira de até que pudesse segurá-la pela cintura.
- Ei, o que voc... - tarde demais. A já estava sendo levantada a alguns metros do chão, e não podia fazer nada a não ser se debater, inutilmente, pedindo para que ele a pusesse no chão. - Estou falando sério, Scott. Me põe no chão agora! - deu um soco nas costas do garoto, como se tentar machucá-lo fosse adiantar, mas o homem continuou andando, levando-a até o seu quarto. Pelo menos a garota não tinha que dividir o quarto com . Esse era um ponto que ambos concordaram, e talvez o único...
- Bem, agora se arrume, porque vamos sair logo. - Scott falou posicionando a garota dentro do banheiro.
- Eu não vou, Scott. Pare de insistir! - tentou argumentar, mas sabia que o moreno não desistiria.
- Você vai sim, . Ande logo e coloque uma roupa. - ele ordenou, mas ainda sim com um sorriso divertido no rosto, e tudo o que pôde fazer foi bufar e obedecê-lo.
- Posso pelo menos saber aonde vamos? - agora estava realmente curiosa. Nova York era uma cidade grande, mas noturna. O que diabos iriam fazer na rua às dez da manhã?
- Provavelmente ao pub mais próximo, então vê se capricha no visual. - ele sorriu por completo, dando uma piscadela, e apenas revirou os olhos.
- Sério mesmo que estão querendo beber à essa hora do dia? - a abriu seu armário e retirou um vestido preto do cabide. - E comigo ainda por cima?!
Olha, , você pode achar que está nos enganando, mas sabemos que aconteceu alguma coisa. - Scott a olhou nos olhos - Por isso estamos te levando para beber. Você realmente está com cara de quem precisa de uma boa dose...
~ * ~
Andavam em passos calmos pelas ruas de Nova York. Não tinham pressa nenhuma, já que o dia seguinte seria sábado e não teriam nada para fazer até lá.
andava atrás do grupo, ao lado de e Jake, que não paravam de falar por um segundo. Até participaria da conversa se não estivesse muito ocupado observando a andando entre Tom e Scott, e tinha que admitir que isso já estava se tornando rotina. Mas... Simplesmente não conseguia se segurar. Não era a primeira vez que a via usando aquele vestido, e certamente esperava que essa não fosse a última. Observava o jeito como seu quadril balançava gentilmente enquanto caminhava, e o modo como suas coxas se esbarravam toda vez que o fazia. O vestido realmente caia bem na garota. Não era colado, não era curto, mas era perfeito com sua saia solta até os joelhos, cintura marcada e preso como um biquini atrás do pescoço. Se lembrava muito bem da primeira vez que a vira o usando. estava bêbado e ficara com a responsabilidade de levá-lo para casa. Chegou no lugar ao mesmo tempo que a , que havia acabado de sair da casa de uma amiga, e os dois levaram para seu quarto juntos.
O discretamente passara a observá-la desde então. Sentia-se confuso às vezes, não sabia ao certo o que pretendia ao encará-la como fazia, mas simplesmente não parecia conseguir parar. Haviam momentos que até se sentia desconfortável na presença da menina, e tinha que se esforçar muito para não deixar isso transparecer. Sentia-se mais confuso ainda pelo fato de estar confuso. Oras, não era assim! Ele era o confiante. O pegador. Era ele quem animava todas as festas, quem atiçava todas as garotas. Ele era o bad boy que toda mulher sempre sonhara em ter, e ainda assim, sentia-se confuso por conta de uma criança? Não que sequer representasse algo infantil. Não. Aos olhos de , era simplesmente um símbolo da perfeição e do pecado. Sua beleza americana. E isso o irritava profunda e completamente...
- Chegamos. - falou ao parar em frente à um frequentado bar chamado 4th Ave Pub. Sua fachada era toda de madeira, e pelas vitrines de vidro podiam ser vistas algumas pessoas bebericando diferentes líquidos em grandes copos com cerveja.
- Nós andamos tudo isso para vir até aqui? - perguntou, e os garotos apenas a ignoraram e entraram no lugar, fazendo-a bufar e segui-los. Pegaram uma mesa na parte de trás do pub, onde todos cabiam sem faltar espaço, e Scott foi pedir as bebidas.
- Preparada, ? - virou seu rosto ao ouvir o apelido que não admitia, mas gostava, na direção da voz carregada com um sotaque britânico enlouquecedor, olhando diretnmente dentro dos olhos de e prendendo a respiração ao fazer isso. Sabia que o havia morado na Inglaterra antes de vir para os Estados Unidos, coisa que o deixava ainda mais irresistível, e não pôde deixar de sorrir com a pergunta.
- Pode apostar que sim. - nesse momento, decidiu que estaria disposta a esquecer de sua briga feia com o (ex) namorado, e se deixaria levar pelo álcool. Quase que imediatamente, Scott retornou à mesa com várias garrafas diferentes na mão, e foi enchendo o copo de cada um, deixando o de por último.
- Caras, estamos prestes a presenciar um momento sagrado. - anunciou enquanto observava o amigo derramar o que parecia ser Vodka no pequeno copo da única garota da mesa. - Pode beber com cal...- mas nem sequer terminou sua frase, porque já havia virado toda a bebida garganta a baixo.
- Wow, . Ponto para você... - falou, pegando o copo e virando-o de cabeça para baixo em cima da mesa, com um sorriso torto em seus lábios. Bebeu seu copo também e o virou ao lado do dela, que arqueou uma sobrancelha.
- Está me desafiando, ? - silabou, lambendo os lábios em seguida, o que o fez sorrir mais ainda.
- Só se você prometer não chorar quando perder. - o a encarava intensamente e diretamente nos olhos, e ambos estavam debruçados sobre a mesa.
- Isso nós vamos ver. - a falou e encheu mais dois copos. Os outros presentes encaravam os dois desconfiados, mas decidiram não intervir. O que quer que tivesse chateado mais cedo não a estava incomodando mais, e isso bastava para que todos entrassem na brincadeira e começassem a encorajá-los.
e viraram os copinhos mais uma vez. E mais uma, e mais uma, e mais uma... Continuaram com isso por mais algum tempo, até que ambos já estavam tontos, mas se recusavam a desistir. Os outros homens, apesar de só assistir, também começaram a sentir o efeito do álcool, e logo, todos estavam completamente bêbados.
virou seu vigésimo copo na mesa, seguido por , que o olhava com a visão embaçada. Ambos pensavam coisas incoerentes, completamente sem sentido, enquanto, sem desviar o olhar, viraram mais um copinho.
sentia-se nas nuvens. Sentia o mundo girar a sua volta, e tentava manter seus olhos abertos. O sono estava começando a tomar conta de seu corpo, e não demorou muito para que sua cabeça caísse na mesa de madeira escura, fazendo todos os homens gritarem. Tom pegou uma das mãos de e a levantou, declarando que o era o vencedor. A não estava dormindo. Na verdade, estava tentando se manter estável e não cair no chão. Mesmo sentada, sentia como se estivesse caindo, afundando em seu próprio corpo.
- Pessoal, acho melhor irmos para casa. - Jake, o mais sóbrio do grupo, falou, ajudando seus amigos a se levantarem. Em meio a grunhidos e risadas, os homens e a voltaram para casa, hora ou outra tropeçando em seus próprios pés. Algumas horas haviam se passado, e o sol escaldante das 4 da tarde os deixava quase cegos. Quando finalmente puseram os pés no apartamento dos , cada um se jogou em algum canto do lugar, e adormeceram em menos de um minuto.
~ * ~
A noite já chegava ao seu apse. A lua e as estrelas tomavam conta do céu, e o barulho dos poucos carros era o único que poderia ser ouvido.
estava deitada de lado em um emaranhado de cobertores, com suas pernas encolhidas e suas mãos entre as coxas. Não tinha coragem de abrir os olhos. Sua cabeça pulsava de dor, e sentia um leve enjôo no estômago. Seus músculos também doíam, provavelmente por conta de caminhar mais de 12 quilômetros para ir e voltar do bar. Estava estranhamente quente, mas o calor não a incomodava, só a deixava mais confortável e aconchegada.
pensou em abrir os olhos devagar, mas ao sentir algo segurar sua cintura, o fez rapidamente, quase caindo da cama ao ver o rosto de a centímetros do seu. Os olhos do estavam fechados, e sua boca levemente aberta. Tinha um dos braços dobrado entre sua cabeça e o travesseiro, e o outro, envolvendo de um modo protetor.
Sua expressão era tão calma, tão serena... nunca havia o visto tão... Vulnerável... E mesmo assim, o homem nunca estivera tão bonito aos olhos da como agora. Agora todo aquele calor estava explicado…
Poderia ter ficado horas o admirando. Memorizando cada traço da perfeição que era seu rosto. Mas antes que pudesse fingir que estava dormindo ou sequer desviar o olhar, os olhos do se abriram. Aqueles olhos penetrantes e hipnotizantes que a cativavam, que a deixavam perdida em seu brilho único e misterioso, a encararam, e também levou um susto, mas não teve coragem de se mexer. Não teve coragem, também, de parar de fitá-la. Os dois se observavam como se há tempos não se vissem. Como se tivessem acabado de se encontrar e, pela primeira vez, realmente percebessem a presença do outro.
não sentia mais dor nenhuma. Seu corpo fora anestesiado no momento em que olhara dentro dos olhos do rapaz, quentes e frios ao mesmo tempo. , por outro lado, sentia várias emoções de uma vez. Confusão, desejo, ansiedade, excitação... Tudo chegava em ondas, espalhando-se pelo seu corpo gradualmente até que não houvesse mais para onde despejar sentimentos.
, sem saber direito o que estava fazendo, moveu sua mão da cintura da garota até seu quadril, e depois até suas coxas. Estava desesperado para senti-la, mas seria paciente, pelo menos uma vez na vida. Calmamente, observou a reação da , que fechou os olhos e respirou fundo. Os lábios do se curvaram em um sorriso torto, e esticou sua mão até as costas da garota, a trazendo ainda mais para perto. A ponta de seus narizes se encostaram, e abriu seus olhos para encarar os dele mais uma vez. Ela o queria, mas nunca imaginaria que o sentimento seria recíproco...
- ... - ela sussurrou ao sentir os dedos macios do rapaz subirem pelo seu corpo e passarem por baixo do fino tecido de seu vestido - Eu... - nem sequer se deu ao trabalho de continuar a frase, uma vez que o homem pressionou os lábios contra os seus. , ao contrário do que pensara, não ficara paralisada, e retribuiu o beijo com ferocidade, tentando ao máximo acabar com o mínimo espaço entre os dois. A essa hora, nenhum dos dois se preocupava com mais nada. A única coisa que passava por suas mentes era que tinham que experimentar mais um do outro, e assim o fizeram.
O empurrou a levemente, ficando por cima da garota e mais uma vez juntando seus lábios em um beijo mais intenso. não precisou pedir passagem com a língua, e sorriu ao sentir a garota envolver sua cintura com as pernas. Não importava se alguém entrasse no quarto nesse momento, ou se alguém já estivesse dentro do lugar os observando. Os dois estavam pegando fogo! Não iriam parar agora. Não conseguiriam. "O que estaria acontecendo?", ambos se perguntavam. Não havia mais dúvida de que se sentiam atraídos um pelo outro, mas até onde essa atração chegaria? Até onde estariam dispostos a levar aquele sentimento, mesmo sabendo que era, de certo modo, proibido? Bem... Certamente até onde pudessem…
As mãos de percorriam toda a região do torso de por baixo de sua camisa social, o arranhando com suas unhas grandes. , apesar da dor, não reclamava. Como poderia reclamar, sendo que esperava por aqueles toques da garota desde que se conheceram?
Por outro lado, o depositava beijos e mordidas por todo o pescoço de . Sabia que aquilo, seja lá o que fosse, alguma hora acabaria indo longe demais. Não queria admitir que alguma hora, as consequências do que estavam fazendo iria vir à tona, mil vezes mais fortes que todas aquelas emoções que estavam presenciando naquele momento. Mas quem era para questionar o que seu corpo o mandava fazer? Quem era ele para desperdiçar a chance de sentir o gosto de , mesmo que apenas uma vez? nunca ligara para o futuro, e não seria agora que deixaria de viver o presente para concertar aquilo que eventualmente seria feito.
se segurava com todas as suas forças para não arrancar a camisa do de uma vez, e tentava se contentar em mater suas mãos nas suas coxas e bunda da garota, e nelas apenas. Os dois não queriam parar, parte porque estavam gostando, e parte para evitar ter de explicar o que haviam acabado de fazer. Mas chegou uma hora em que o ar faltava seus pulmões, e relutantemente desgrudaram suas bocas.
sorriu torto com a imagem da com os lábios vermelhos, e a garota corou levemente. "Como ele conseguia ser tão… sexy?” pensava enquanto observava a expressão divertida de . Ele a olhava com admiração. Tinha quase certeza que isso estava escrito em sua testa, estampado em seus olhos. Tanta certeza que, de fato, acertou sua próxima pergunta:
O que foi? - a voz rouca da menina entrou em seus ouvidos pela primeira vez no dia.
Nada… - ele respondeu, percebendo finalmente que ainda a segurava em seus braços, e se afastando devagar. Não queria fazer aquilo. Não queria ter que ficar longe da pele branca e macia de , mas não queria tornar aquele momento ainda mais constrangedor.
… - falou, agora se apoiando em seus cotovelos - Fala. - sua voz estava firme, mas seus olhos mostravam insegurança. "Por que a mudança repentina de humor?", ela pensava. Teria feito algo errado?
Eu só… Droga, eu não sei, … - ouvir seu apelido saindo da boca de deveria acalmar , mas ao invés disso, ficou mais nervosa. - Eu não sei o que está acontecendo, é só isso…
Uh… O que isso significa exatamente? - a perguntou, agora sentada de frente para , que havia se jogado no colchão ao seu lado. Por sorte, haviam acabado por dormir no quarto da garota, e nenhum dos meninos estava ali para ouvir aquela conversa.
Aquilo era exatamente o que o estava tentando evitar. Não queria falar o que estava pensando, por mais que as palavras quisessem sair de sua boca. Por um segundo, até desejou que nada disso tivesse acontecido, mas na verdade, imaginava esse momento fazia tempo. E o pior de tudo isso era aquele sentimento de confusão. Maldito sentimento era aquele. Sua única certeza era de que o que havia de errado com , nem ele mesmo sabia responder…
O que isso significa?! - o homem elevou o tom de voz, finalmente encarando a garota ao seu lado - Isso, , significa que eu estou confuso. - , a esse ponto, já estava de pé, e a fez o mesmo. se aproximou de em dois largos passos, pegando sua mão e a posicionando em seu peito - Você está sentindo isso, ? Está? - Ele perguntou. Parecia irritado aos olhos da garota, que sentia o coração de martelar em seu peito. - É isso o que acontece quando você me toca. É isso o que você me faz. - ele soltou a mão de , se virando de costas para ela. - Eu sinceramente não sei mais o que fazer… Caso você não tenha percebido, - fez uma pausa, lentamente direcionado seu olhar para a menina, que estava sorrindo - Você, , está me enlouquecendo...