- Já disse que eu não vou ver esse filme! – abraçou sua mochila, lembrando uma criança de cinco anos.
- Ai, , deixa disso. Você sabe que é tudo de mentirinha – disse , saindo da cozinha com um balde de pipoca nos braços. rapidamente pegou algumas e enfiou na boca.
- Credo – disse ela. – Tá sem sal.
Nisso pegou o saleiro e virou no balde.
- AAAAAH! Louca! Agora vai ficar extremamente salgado!
- É que nem pega sal. Fica tudo no fundo.
- Meninas, se importam de vir sentar logo? – disse , mas elas ignoraram.
- Ainda não vou ver o filme – lembrou .
- Relaaaaxa, , eu te protejo – disse , recebendo olhares gelados de .
- Agora que eu não vou ver mesmo! – gritou, jogando os braços pra cima. – Não preciso de nenhuma assombração me protegendo!
- Que mancs – disse , e eles riram.
Finalmente sentaram-se na seguinte ordem: , e em um sofá e , e no outro. Ligaram o filme.
- É só fechar os olhos quando ficar com medo, – disse , acolhedor, passando um braço por seus ombros.
- Tá, desde que você fique aqui comigo – respondeu ela, pondo suas pernas por cima das do rapaz, que lhe deu um selinho carinhoso.
Os trailers já chegavam ao fim, e a sala estava ficando silenciosa.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH – gritou .
deu pause no filme, resmungando.
- O que foi? – perguntou ele.
- PEGARAM. NA. MINHA. BUNDA – disse pausadamente, com uma expressão de desprezo.
- Ops – sussurrou , e todos começaram a rir, entendendo a situação. – Eu achei que fosse a .
então se espremeu no outro extremo do sofá enquanto corava. se aproximou dela.
- Eu tava achando sem graça demais pra ser você – sussurrou em seu ouvido, e deu play no filme.
Após uma cena calma, o título do filme apareceu de repente na tela, com letras grandes: Atividade Paranormal.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH – Gritou , surtando.
- Que foi, mulher? – perguntou . – É só o título do filme.
- É que eu me assustei – respondeu, com uma risadinha.
- Meu Deus, , vai tomar no cu, fica assustando a gente, meu – disse , revoltado.
- Ela não pode! – disse . – Quer dizer, só se o estiver a fim, né.
- Ok, ok, parando com a putaria agora. Vamos ver o filme – disse .
- MEU DEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEUS! – gritou – É IMPRESSÃO MINHA OU O FALOU PRA PARAR COM A PUTARIA? , FILHA DO CRIADOR, O QUE VOCÊ DEU PRA ELE?
- A bunda, né, anta – disse rindo e recebendo um dedo do meio de . – Agora chega. , dá play aí.
O filme prosseguiu sem mais interrupções por alguns minutos, até que começaram as partes realmente assustadoras.
- T-tá se mexeeeeeendo! Aquele abajur se mexeu, vocês viram? Haaaaaaarry! – disse , mergulhando o rosto no peito de e agarrando sua camiseta.
- Relaxa, – ele disse acariciando seus cabelos.
- Não vou conseguir dormir de noite – ela disse, sua voz abafada pela camiseta de .
- E quem disse que a gente vai dormir? – sussurrou ao ouvido de , que olhou para ele e riu. Ele, aproveitando-se da proximidade, beijou-a.
- Ah não, não comecem vocês dois. SEMPRE que a gente vai fazer alguma coisa, o e a começam a se pegar – reclamou .
- E esse ciúme, hein, ? – disse , e eles riram.
- Não é ciúme, eu só não quero dividir o sofá com o casal ternura aqui.
- Não precisa ter ciuminho, , eu te amooooo! – disse , abraçando a cabeça do rapaz e quase o sufocando. Todos riram, inclusive , que não se conteve.
- AAAAAAAAAH, UM ESPÍRITO! – berrou . – AAAAAAAAAAAAAAAAA...
De repente ela se silenciou, e quando eles olharam, viram que a tinha calado com um beijo. suspirou um “aaaawn”.
- Re-la-xa! - disse pausadamente, segurando seu rosto com as duas mãos. – Eu tô aqui, não to?
- Grande coisa, você seria o primeiro a sair correndo se viesse um espírito aqui – ela respondeu.
- Ouch, essa doeu! – disse e eles riram.
- AWWWWN, tadinho – disse apertando as bochechas de . – Fiquei com dó.
Ela então deu um selinho carinhoso nele, e voltou a posição em que estavam, meio embolados num nó, de mãos dadas.
- Mano – disse , mastigando uma pipoca –, eu to MORRENDO de sede!
- EU TAMBÉM! – disse .
- Minha garganta tá seca, véi – reclamou . – Deve ser todo esse sal que você colocou na pipoca! Vou pegar refrigerante.
Nisso, saiu dos braços de e foi até a cozinha.
- Eu vou... ajudar ela – disse , e foi atrás.
- Hmmm, ajudar, né? – disse , e eles riram.
Na cozinha...
- ? – disse . – Cadê você?
- Tô aqui – ela disse, abaixando para pegar a Coca. – Segura aí.
Ela enfiou os copos na mão dele, que logo os apoiou na bancada. Então, silenciosamente, foi se aproximando dela. Quando seus corpos estavam colados, ele abraçou-a por trás e repousou sua mão na barriga da mesma. Passou o nariz por toda a extensão do pescoço dela, acariciando-a.
- , temos que levar a bebida pra pessoas – protestou, mas cá entre nós, ela só estava fazendo doce, porque todos sabíamos que iria ceder.
- Relaxa, o tem um frigobar na outra sala, a garganta deles não vai secar.
- É? – perguntou suspirando, consequência dos beijos e mordidinhas ocasionais que dava em seu pescoço.
virou de frente pra ele, e passou a beijá-la furiosamente, porém de uma maneira delicada. Ela logo entrelaçou as pernas ao redor da cintura do rapaz. Sem hesitar, apoiou-a no balcão da cozinha, e arrancou sua camiseta. desceu as mãos delicadamente até o cinto do rapaz, onde abriu a fivela e o botão do jeans, fazendo com que a calça dele caísse e sua ereção de tornasse visível através do tecido fino da boxer que ele vestia. Ela apalpou o volume, arrancando alguns suspiros e gemidos dele.
- Não dá tempo pra isso – disse, desapontado.
- Eu sei. Só gosto de torturar – brincou.
- Ah, é? – Ele ergueu uma sobrancelha. – Então vem aqui.
Ele puxou-a pra mais perto, e puxou os sapatos dela, para que a calça justa finalmente pudesse sair. Ela, não querendo ficar em desvantagem, arrancou a camiseta de , que passou a beijá-la. Então foi com as mãos em direção ao fecho do sutiã sem alças de , que caiu facilmente.
- Eu gostei desse sutiã – sussurrou, provocante.
Em resposta, ela apenas apertou mais a ereção de , que suspirou. Numa sincronia quase sinistra, calcinha e cueca foram arrancadas ao mesmo tempo, algo que fez surgir sorrisos maliciosos nos lábios de ambos. Rapidamente, penetrou-a com força, e abafou um gemido alto de com sua boca. O ritmo das estocadas de foram cada vez mais rápidos, enquanto o suor escorria pelo corpo dos dois. Logo gozou ao mesmo tempo em que chegou ao orgasmo. Ela encaixou a cabeça no ombro do rapaz enquanto regulavam as respirações.
- Deus abençoe o anticoncepcional – disse .
- A gente precisa mesmo voltar pra lá? – perguntou.
- Aham – respondeu tentando se recompor.
- Você vai dormir em casa hoje, né?
- E você acha que eu trouxe mala pra quê? Pra casa da é que não é, né? – ela sorriu divertida, enquanto se vestia.
Na sala...
- Por que será que eu to com essa impressão de que o refri não vai vir nunca mais? – disse , e eles riram.
- Dude, eles tão demorando demais! – disse . – Será que rolou mesmo?
- Eu não quero nem saber! – disse . – Vou pegar refri no frigobar mesmo, nem a pau que eu entro naquela cozinha.
Nesse momento, e retornaram à sala, rindo de alguma coisa que um dos dois havia dito.
- Oi, gente – disse , sentando-se em seu lugar com a maior cara de inocente. Todos os encaravam com malícia no olhar. – Que foi?
- Nada, imagina – disse , segurando o riso. – Cadê o refri, hein?
- Ai meu Deus, esqueci! – ela disse, corando.
- Relaxa, a gente já pegou no frigobar – disse , e os olhou maliciosamente. – Por que demoraram tanto, hein?
- N-nada, é que a quebrou um copo, só isso – disse , e concordou.
- Tá, gente, vamos fingir que acreditamos, senão esse filme não vai acabar nunca mais! – disse , e deu play no filme.
Mais um tempo se passou, e as meninas só faltavam se fundir aos corpos de e , de tanto se espremerem de medo. e dormiam, assim como . A diferença? não tinha motivos.
- Eu to com medo – disse baixinho ao ouvido de .
- E eu te amo – disse ele.
corou, não costumava dizer (ou melhor, admitir) isso com muita frequência. Ela o beijou, e, quando se afastou, ele juntou seus rostos novamente, intensificando o beijo. debruçava-se sobre , aproveitando que dormia ao lado dela.
escorregou uma mão por baixo da blusa de , arranhando-lhe toda a extensão do abdômen, sem dó. Este grunhiu, apertando a cintura de com mais força sob si.
- Hã, galera – chamou , mas eles ignoraram. – Ah, não, vão se comer em outro lugar.
e riram e subiram para o quarto de , atrapalhados com a escada. Entrando lá, derrubaram algumas coisas que estavam sobre a cômoda. Eles se beijavam com fúria. Naquele momento, a fofura dos dois tinha dado lugar ao desejo. Seus lábios já começavam a latejar quando afastou sua cabeça para que arrancasse sua blusa. Eles rolavam na cama, atrapalhados com suas roupas. , apenas de boxer, tirou o sutiã de com certa dificuldade, e o jogou longe. arrancou a boxer de , quase a rasgando e jogou, mas acertou a janela, que estava aberta. Eles riram com aquilo.
Na sala...
- Ou, dudes, acho que eu acabei de ver uma cueca voando ali na varanda – disse a e , já acordados.
- Acho que eu também vi! – disse . – Olha essa , que cachorra!
No quarto...
penetrava com uma força que não sabia que tinha, enquanto ela estava quase aos gritos. Ele tampou sua boca com uma mão, fazendo com que ela revirasse os olhos. Ele riu daquilo, num suspiro.
já revirava os olhos sentindo o orgasmo chegar, quando mordeu a mão de para que ele a tirasse dali.
- Cacete! – ele disse, se referindo à mordida, e ao orgasmo que acabara de atingir. Seu corpo caiu sobre o de .
Levantaram-se e começaram a se vestir. teve que pegar outra cueca, já que a sua anterior descansava em algum lugar do andar de baixo naquele momento. Voltaram à sala e encontraram seis pares de olhos maliciosos os perfurando.
- Oi – disse .
- OI? OI? VOCÊ FALA OI? – gritou , olhando para a cueca que escondia atrás do corpo.
- Ué, tchau então – respondeu , pegando pela mão e fingindo que ia levá-lo pra cima de novo.
- AH NÃO, SE COMER DE NOVO NÃO! – protestou , acordando do nada, cheio de recalque.
- Quem disse que a gente se comeu? – abrindo a boca pela primeira vez, pronunciou-se puxando em direção ao sofá, onde os olhava com desprezo.
- Que nojo – disse , enquanto concordava com a cabeça. – A galera aqui fedendo sexo, meu.
- Tem cheiro agora? – disse, rindo.
- DÁ PRA ALGUÉM DAR PLAY NA PORCARIA DO FILME? – revoltou-se, revelando sua bicha interior.
- CAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAALMA, SEU GAY – disse , abraçando-o e dando-lhe um selinho demorado.
- É, sou tão gay que você....
- CALADO! – gritou, tapando a boca de , que riu.
- Agora termina de contar! – atiçou , pondo lenha na fogueira.
tirou bruscamente a mão de de sua boca, e começou a gritar igual um hipopótamo.
- NÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓS TRANSAMOS NA COZINHA DO , DAÍ TEVE QUE SER UMA RAPIDINHA, NÉ, MAS A FICOU GEMENDO, EU TIVE QUE TAPAR A BOCA DELA, PORQUE GEME IGUAL UMA HIENA A COISA AQUI, NÉ. MAS TUDO BEM, PORQUE TAVA MUITO BOM, ENTÃO EU PERDÔO – gritou, DO NADA.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH, NA MINHA COZINHA????? – protestou – EU VOU TER QUE MANDAR DETETIZAR A MINHA COZINHA PRECIOSA!!!
corava igual um abacate maduro, e se ela fosse pra uma tourada, eu tenho certeza que ela morreria.
- Meu, , na boa, acho que você devia demolir aquela cozinha, porque até a gente já transou lá – falou um pouco mais alto do que deveria.
- AAAAAAAAAAAAAAAAH, MEU! – foi a vez de surtar. – A e a já cozinharam coisas QUE A GENTE COMEU naquela cozinha.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – Todos surtaram em uníssono e então repararam que na verdade haviam morrido pela comida envenenada da cozinha do , só que não, pois estão vivos. Sorte.
- Ah, até perdeu a graça de zoar eles por causa da cueca que caiu da janela agora – lembrou , jogando a cueca de volta no jardim.
- Tá, agora vamos ver o filme? – disse, sem querer lembrar do destino triste da cozinha.
- Ah, cansei. Não quero mais ver filme – disse , voltando para a posição meio nó em que se encontrava com antes de tudo, enquanto ao seu lado tentava desvendar a posição.
- Põe aí no Kitchen Nightmares, alguém – disse enquanto ela e davam risadinhas abafadas.
colocou rapidamente no programa, porque estava com medo de que se se desenroscasse de para mudar o canal, o nó seria tanto que abriria um buraco de minhoca no tempo espaço sideral, e o mundo acabaria.
- Por que dessas risadinhas? Posso saber, hein? – perguntou.
- Nada não – disse . – Vai, que eu quero ver o Chef Ramsay.
- É... – disse . – Põe aí no Chef Ramsay.
- Sério, tá me assustando. Conta logo – tentou mais uma vez.
- Dude, você é retardado? – fez cara de sábio. – Tá na cara que rolou uma suruba com o Chef Ramsay.
e começaram a rir escandalosamente enquanto eles assistiam o programa. A telepatia entre as duas as lembrara de que mês passado haviam discutido se pegariam o Chef Ramsay.
e estavam abraçados, trocando mordidinhas e sussurros maliciosos, como sempre. Já, e , ainda estavam enrolados naquele nó, que não pretendiam desfazer em algum tempo, para o alívio de , que os encarava de minuto em minuto, certificando-se de que não estaria perto quando se soltassem. dormia tranquilamente, e tudo estava exatamente do jeito que deveria ser.
comments powered by Disqus N/A. OOOOOOOOOI GENTE! Isa aquii! Estou na casa da Cami, a gente tava muito entediada então resolvemos fazer a fic, e até que ficou legalzinha né? :P