— Porra, quero ir embora. Tô com tanto sono e cansaço que eu poderia me jogar aqui no chão mesmo e desmaiar! Acordar em 2014, sei lá.
— , sua animação e seu otimismo me comovem, viu. Isso tudo é por causa do ? Ainda estamos no primeiro tempo de aula... Vê se se anima! Amanhã vai ser a festa de Halloween. Vamos nos divertir e você vai poder tirar essa cara de bunda daí.
— , presta atenção no que eu vou te falar: essa cidade tem 7 mil habitantes, onde todo mundo se conhece como se fosse da família. Tu acha mesmo, de verdade, que essa festa vai ser interessante? Aposto dez reais contigo que essa porra acaba antes das dez e que a gente vai fazer o que sempre faz: ir pra praia com os meninos e ficar bebendo até amanhecer. Tô cansada.
— Porra, . Tu só fode. Relaxa que vai dar tudo certo. Aposto 20 reais que essa festa vai ser mais do que interessante.
— É bom que seja, senão algumas cabeças vão sair rolando pelo salão.
A única coisa boa do dia é que ele estava passando rápido. Ótimo. Acho que nem eu estava me aguentando reclamar mais. Mas acho que a meio que entendia. Eu tinha uma relação mal resolvida com , havíamos brigado, e a TPM resolveu mostrar as caras pela primeira vez na minha vida. Achava que isso era coisa de menininha mimada que fazia o que queria e botava a culpa na TPM. Pobre TPM, se fodendo no lugar dos outros. Mas não, ela existe e eu não poderia ficar mais feliz por causa disso. Só que nem tanto.
Já estava na hora do lanche, e eu e a estávamos andando pelos grandes corredores da escola. Só se falava nessa festa, sobre roupas que iam usar e sobre quem pretendia ficar com quem, quem pretendia comer quem. Aquele papo era muito escroto pra mim. Mas aí, no meio dos meus devaneios, encontramos e , mais conhecido como namorado/propriedade privada da .
— Oi, amor! – disse. Eles saíram conversando pra lá, deixando-me sozinha com o .
— Pois é, anh... Vai pra festa amanhã?
— Não tô muito a fim, só vou porque a tá querendo e etc...
— Ah, espero te ver por lá.
Me deu um beijo na bochecha e saiu pra encontrar com um grupo de amigos, particularmente, muito estranhos. Não entendi esse negócio todo já que tínhamos brigado ontem, mas de boa. Fiquei estática, mas decidi parar de pagar papel de idiota e andei até a sala. Sentei lá no fundão e fiquei olhando as pessoas lá em baixo, pela janela. É, realmente nada de interessante poderia acontecer nessa festa amanhã.
Sábado tinha chegado. Era o dia da tão esperada festa de Halloween da Houstler School. Fui pra casa da me arrumar, e ela reclamou durante 3 horas sobre a minha cara de enterro. Tava indo obrigada, mesmo. E já sabia até o tipo de pessoa que ia encontrar por lá. Uns empolgadinhos fumando, outros caindo de tão bêbados. Outras dançando quase mostrando a calcinha. E os retardados dos meus amigos. Entramos no salão e tocava uma música bem alta. Pude reconhecer... Era Enjoy The Silence. Os organizadores da festa já tinham ganhado pontos comigo só por essa música. Eu amava. Tentei puxar pra dançar, mas... Já estava com . Um dia mato essa criatura. Então fui dançar sozinha mesmo.
Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand
Oh my little girl
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm
Vows are spoken
To be broken
Feelings are intense
Words are trivial
Pleasures remain
So does the pain
Words are meaningless
And forgettable
All I ever wanted
All I ever needed
Is here in my arms
Words are very
Unnecessary
They can only do harm
Vi no bar, conversando com uma garota que, pelo cabelo loiro, julguei ser uma da minha sala, mas tava nem ligando. Ele que pegasse quem ele bem entendesse. Ou não... Eu gostava dele, mas era tudo muito complicado. Ele, o fodão da escola, e eu, uma esquisita (na visão de muitos). O vi se aproximando, e as minhas pernas começaram a tremer. Eu só conseguia pensar: que merda é essa, ?
— , não quero ficar de mal contigo.
— Tô de boa, relaxa.
— De boa nada, você sabe que não.
— A gente pode não discutir isso agora, no meio da festa?
— Claro, não tava a fim de discutir mesmo.
Então ele me pegou pela cintura e me beijou. Aqueles beijos de cinema... Bem gay falar isso, mas é, foi. Ele era bem alto e me segurou tão forte e com tanto desejo que me senti sair alguns centímetros do chão. Aos poucos o beijo foi diminuindo de intensidade e se transformando em vários selinhos e, por fim, ele deu um beijo na minha bochecha.
— Vou pegar bebida pra gente ali rapidinho, ok?
— Anh... O-ok.
Ainda tava meio dispersa no mundo e o vi se afastar até o bar, onde há poucos minutos estava de conversinha com a loira. Então, de repente, ouvimos um barulho e a luz foi embora. Ficou um breu muito louco e ninguém se reconhecia. Só senti alguém colocando um lenço na minha boca, me impedindo de gritar, e com certeza tinha algo ali, porque minha visão foi sumindo, sumindo e sumindo...
Acordei como se tivesse de ressaca, chapada e como se tivesse sido espancada por uns três dias. Eu tava num lugar escuro, meus olhos ardiam e estavam pesados. Meu estômago parecia estar revirado e eu tava com uma vontade de vomitar que... Foi só eu pensar que coloquei tudo pra fora. Então, um cara alto e forte, julguei pela silhueta da criatura, apareceu na porta, conversando com um outro numa língua que eu não entendia. Merda. Só queria sair dali e voltar pra minha vida em Houstler, praticamente calma, com meus 7 mil familiares. Queria me levantar, dar um soco nesse cara e fugir. Mas quem era eu? Uma guria pequena em relação ao cara, fraca e vomitando. Queria dar uma de forton, mas nem rolava. A vida definitivamente não estava do meu lado.
— Ei, guria. Te levanta. Tá na hora.
Hora de quê? Mas que merd...
— Bora, caralho.
Me levantei lentamente, tava tudo doendo, não conseguia mais nem pensar. Tudo girava e, de repente, me lembrei da festa... De eu vendo com uma loira, de dançar, do melhor beijo do mundo, do apagão e de tudo escurecer. Mas que escroto. Fui pra onde o cara estava me mandando e entramos numa outra sala mais clara que a de antes, mas ainda escura. Meus olhos também estavam tremendo, sei lá que coisa era aquela, mas tava com dificuldade pra enxergar direito. Quando abri totalmente meus olhos, pude ver meus amigos, , Josh, Carlo, , Anne e... . Todos pendurados no teto, enforcados, ensaguentados e cheios de hematomas. Dei um grito. Olhei para mim e vi meu estado. Também com hematomas e ensaguentada... Só faltava...
— Você é a próxima. - o cara falou.
FIM
N/A: Hellooooooooooo! Então, gente.... Essa é minha primeira fic publicada e yay! Sempre quis mandar uma, mas nunca ficava do jeito que eu queria e sempre desistia. Aí vi o especial de Halloween e me animei! Escrevi a fic em 2 horas e só depois fiz uns ajustes e pá. Queria estendê-la pra vocês saberem o que acontece com a personagem no final, mas isso vai ficar na curiosidade de vocês hahah será que ela morre? Ela dá um jeito de fugir? Ela tem um plano? Hm, não sei. Não deu pra fazer um negócio mais elaborado pois era pra ser finalizada, mas quem sabe não tem um Houstler's Serial Killer 2? Beijinhos! Se quiserem me seguir no twitter, reclamar, me bater, xingar, me chamar de doida, falar que odiou a fic ou qualquer coisa: @mainebrubs