I Love You Without Knowing
Autora: Cathy
Beta-reader: Bia


Era a quarta vez naquela semana que ia àquele lugar.
Estão pensando que era porque gostava do ambiente? Talvez.
Ou era porque não conseguia ficar afastado de uma boate? Definitivamente não.

Sua motivação tem nome e sobrenome.
null null.

A garota era responsável pela iluminação e som do clube, e mandava realmente bem. Toda pista era iluminada por luzes incandescentes que faziam uma espécie de malabarismo pelas pessoas que dançavam, as músicas eram daquelas que sempre tinham o poder de te fazer ficar preso à pista, sempre dançando.

Dessa vez, ele resolvera levar seus amigos junto, afinal, passar duas semanas secando a garota do som sem companhia poderia ser estranho.

- Cara, vai falar com ela de uma vez! – Caio falou, tirando o garoto de seus devaneios.
- Caio, eu não consigo! – ele se desesperou, nunca tinha sido bom com garotas.
- Pelo amor, null! Você vem aqui há duas semanas e nunca falou com ela? – null se irritou
- Não! – eles fizeram uma expressão aliviada. – Eu pedi desculpas quando derramei minha bebida nela sem querer. – as expressões foram de fúria à diversão e, quando null percebeu, seus amigos estavam rolando de rir às suas custas.
- Me admiro que você saiba o nome dela, null! – o garoto ficou roxo de raiva, será que os amigos não entendiam?
- null! Onde você pensa que vai?! – gritou desesperado assim que viu o amigo se direcionar à mesa do som.
- Bem, null, se você não vai tomar nenhuma atitude em relação à garota, eu vou. – ele sorriu cínico, mas na verdade não tinha intenção nenhuma de dar em cima dela. Tudo bem, não era homem de uma mulher só, mas entendia o que ela significava para o amigo.
- Hey, gatinha, quer uma bebida? – perguntou à garota, que o olhou incrédulo, mas depois sua expressão logo se suavizou.
- Claro, me traz um...
- null, acho que vi uma garota que é perfeita para vocênull sussurrou para o amigo, que entendeu o recado, dando as costas e sussurrando de volta um “não faz besteira, hein?” para o amigo.
- Então, qual dos dois veio aqui a fim de me cantar?! Por favor, andem rápido, eu preciso voltar ao trabalho. – null falou irritada, afinal, esses deveriam ser mais um dos centenas que sempre lhe atormentam na hora do trabalho.
- Bem, m-meu nome é null e... – null se atrapalhou, mas na hora null não se importou, apenas abriu um grande sorriso enquanto mudava a música na pista.
- Hey, então finalmente sei o nome do garoto que vem aqui todo o dia? – ela perguntou, fazendo uma brincadeira. null apenas assentiu. – Então, achei que nunca iria se apresentar! Prazer, null. – como se eu não soubesse seu nome, o garoto pensou, mas, ao invés de estragar suas chances, preferiu ficar calado.

Os dois passaram a noite toda conversando, null só não podia tirá-la dali para dançar por um motivo bem básico: se tirasse, não haveria música.
Quando o turno dela finalmente acabou, ele se ofereceu para levá-la em casa, seus amigos já deviam estar em casa há muito tempo, provavelmente com uma garota que acharam no clube.
null aceitou, achando o rapaz realmente um fofo por se atrapalhar todo. Sorriu internamente. Fazia muito tempo que não podia chamar um homem de “fofo”.
À varanda de seu prédio, null se permitiu um ato de coragem e beijou a garota que, surpresa nos primeiros instantes, apenas ficou parada, mas logo se entregou ao beijo, a língua de null nem precisou pedir passagem, pois essa já fora dada antes mesmo do pedido.

null já vinha observando null desde que ele fora no clube a primeira vez: seus cabelos castanhos desgrenhados, seus olhos esverdeados, seu rosto que aparentava ser completamente inocente, mas que conseguia ser bem sensual se quisesse.
Desde o princípio, perguntou-se porque ele não vinha falar com ela, já que era óbvio que mostrou interesse. Não que os pretendentes lhe faltassem, mas nenhum de fato lhe chamou atenção. Nenhum, a não ser ele.

null continuava indo à boate sempre que podia, mas dessa vez não ficava apenas babando pela garota do som, agora ele ficava junto à ela. Certa vez até ajudou na escolha das músicas, coisa que não se repetiu, pois ele quase quebrou o equipamento.

Três meses depois

- E CAIO! Devolvam agora minha namorada! – null berrava para os amigos que prendiam null pelos braços, a fim de lhe fazer cosquinha, porém, a garota já ria antes mesmo deles começarem.
- Ah, agora o null é macho, viu, Caio? – null debochou, o que só fez null rir mais ainda, agora o objetivo não era mais lhe fazer cosquinhas, apenas irritar seu namorado, e estava funcionado.
- null, se você quiser a null de volta tem que responder a uma pergunta! – e num momento de distração dos dois amigos mais palhaços que poderiam existir, a garota se soltou e foi correndo para os braços do namorado.
- Ok, agora que a brincadeira acabou, podem saindo que eu quero ficar um pouco sozinha com o null XÔ! XÔ!
- É assim, né, null?! Vai nos expulsar na cara dura! Depois não vem atrás pedindo conselhos sobre... – Caio ia continuar quando null fechou a porta em sua cara.
- TCHAU, CAIO! T-C-H-A-U! - gritou para o amigo, ainda rindo. – Então, onde nós paramos antes daqueles dois invadirem a casa? – perguntou, fazendo a melhor voz sensual que pôde. Não que precisasse disso para que null continuasse onde eles haviam parado.

Um ano e meio depois

- null! Oh, me ajude aqui! – a garota se desesperou.
- O que foi, cunhadinha? – null, a irmã mais velha de null, chegou, trazendo toda a calma e tranquilidade que uma madrinha de casamento deveria trazer enquanto faltavam apenas dois minutos para a noiva entrar no altar.
- E-eu, eu não vou conseguir, null, eu estou muito nervosa, e-eu...
- Hey, null, FOCO! – ela pegou o rosto da garota, que estava tendo uma crise de pânico. – Vamos lá! Não me diga que vai abandonar meu irmão no altar? – ela perguntou, arrancando um sorriso de null. – Vamos, fica tranquila, pense apenas que, depois de tudo isso, você e meu irmão vão pertencer um ao outro, e é bom ele cuidar muito bem de você! – falou rindo. – Agora vamos, precisamos te pôr em posição com seu pai, daqui a dez segundos é a minha deixa!

null sorriu, a cunhada realmente a havia acalmado. Foco, era disso que ela precisava, daqui a pouco seriam apenas ela e null, vivendo sua própria vida!
A garota se perdeu em seus pensamentos sobre duas crianças de cabelos castanhos correndo pela casa, sorrindo e gritando “Mamãe, o jantar está pronto?!”.
Quando percebeu que era hora de tornar tudo definitivo, já tinha lágrimas nos olhos.

- Eu, null null, aceito amá-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, mesmo depois da morte. – sorriu com a pequena modificação que combinaram. Logo null lhe estendeu a mão para que ela colocasse o pequeno fio de ouro em seu dedo anular. Era engraçado o fato de que algo tão pequeno, tão delicado, tivesse uma simbologia tão grande.
- Eu, null null, aceito amá-la e respeitá-la, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza, mesmo depois da morte. - null também estava em êxtase. Enquanto proferia estas palavras, lembrou-se de todos os momentos que já passaram juntos, desde o dia em que ele finalmente tomou coragem e falou com ela, até o dia em que a pediu em casamento e, claro, nos momentos que ainda iam viver juntos.
Pegou a aliança e colocou no dedo delicado de null, depositando ali um beijo, selando o compromisso. Lembrava-se muito bem da garota falando que achava engraçado um anel tão pequenininho significar algo tão grande.

- E eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. – e estava feito, eles pertenciam um ao outro.

“Porque o amor não mede distâncias, porque, para o amor, não existem diferenças, porque, para o amor, somos todos um.”
- Autor desconhecido


N/a: Queria agradecer à Bia, minha beta fofolete, pela paciência com meus e-mail, Bia, valeu por tudo, e principalmente por me aturar : D
Também queria avisar que logo estarei mandando minha “long fic” para a Bia betar.
E para finalizar, deixem seu comentário aqui em baixo, é muito importante para mim : D
OS: TT: @Cathy1Direction

N/b: Não precisa agradecer, você que é fofa, Cathy! E espero pela sua long fic, viu? Leitoras, deixem um comentário, a autora merece!

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