Escrita por: F. Leal
Betada por: Laura Aquino




Ps: Crie uma Playlist com a seguintes musicas para se sentir mais envolvida(o) na historia.
Sam Smith - Reminds Me Of You
Rihanna - Only Girl (In The World)
Clean Bandit - Rather Be
Katy Perry - The One That Got Away




"I walk the streets and there are beats and cities smoulder without a trade I'm under" - Reminds Me Of You - Sam Smith.



Estava eu sentada na terceira fileira, segunda carteira daquela pequena sala de aula na Califórnia. Jogava meu lápis para cima com uma mão e o pegava com a outra. Distraída em meus pensamentos e sem prestar atenção em uma se quer palavra que sairá dos lábios de , minha melhor companheira. O sol me afetava quase diretamente quando olhei para a porta e vi aquele pedaço caído de céu parado. Ele se aproximou, sentou- se ao meu lado, me deu um sorriso charmoso e olhou para frente.
- Psiu - Eu o chamei em tom baixo. - Bem Vindo ao colégio. Sou a !
- - Ele disse com um outro sorriso charmoso. Seu sotaque me atraiu de primeira. Era algo não muito preso como um Inglês. Era algo solto, com ar sexy sem tentar ser. Era algo como um...um Latino- americano faria. Quer dizer, nunca havia conhecido muitos, mas havia uma emissora latina em minha TV. Isso me dava conhecimento de causa... não dava? - Obrigado, .
Quando virei para observar quem mais o observava, percebo que aquela megera, aquela filha de Cruz- credo misturado com Chihuahua o observava. Claire Madeleine, a pior das piores. Minha melhor inimiga intima. A quem só de olhar, já me fervia o sangue. Até hoje não consigo digerir que aquilo já foi minha "irmã" um dia. Ela continuava o encarando quando Mr. Cooper, nosso professor de Física, entrou na sala. Ele deu sua maravilhosa palestra inicial sobre essa matéria que admiro tanto e logo depois nos pediu para que sentássemos em duplas. Pensei em chamar o aluno novo, mas Claire já o havia raptado. Sentei com no fim das contas.
- Amiga, você viu o ser que adentrou este estabelecimento? - dizia ela com seu sussurro que dava para ouvir da China.
- Vi. Vi muito bem! - falei olhando para ela e dando uma piscadinha.
- Pena que a Cobra- Chihuahua - Assim que chamávamos Claire carinhosamente. - já raptou ele! Pena do Gringo. Nossa senhora do chocolate com coco tenha dó dele, Amiga!
- Pior para mim. Tô sentada no meio dos dois. Se eu olho para um lado, sinto um mini tesão. Se eu olho pro outro, sinto uma raiva mortal...
- As pessoas acham que "Ser ou não ser" é a questão porque nunca estiveram numa situação como essa! Rezo por você.
- Mas eu não vou deixar ficar por assim não. Esse não! Não esse!
- Wow, será que teremos um capitulo novo da saga "Revenge: A Vingança da Chanel"?
- Algum problema aí meninas? - Mr. Cooper nos olhou decepcionados. Balançamos a cabeça negativamente.
- Em breve nos cinemas!- Pisquei outra vez para ela.
Eu tentava olhar pro professor. Juro que tentei. Mas meu olhos teimavam em observar aqueles dois.
Assim que o sinal bateu, voltou para o seu lugar, mas é claro que Claire não iria deixar passar assim. Ela teve que sair do seu ninho e sentar em cima da mesa dele. Cruzou as pernas deixando sua saia um pouco mais curta, colocou um lápis na boca e disse alguma coisa pro novato. Não pude deixar de perceber os olhos de perseguindo aquelas pernas sem curvas ou qualquer coisa do tipo.
Fiquei observando aquilo e imaginando como Claire ficaria bem em uma forca quando vejo dando uma volta por trás de nossas carteiras, indo calmamente até a mesa dele e "esbarrando sem querer" nela. Por Deus, como amo ! Claire não chegou a cair, mas a cara que ela fez ficara nas nossas memorias para o todo sempre.
Basicamente foi isso durantes as aulas daquela Segunda- Feira inteira. Claire dava em cima de , ele erguia as sobrancelhas querendo dizer algo que ainda não havia decifrado. Talvez seja "Que coisa horrenda é essa?!" ou "Que delicia essa Claire! Oh, estamos nos seduzindo! Oh!". Teve muitos momentos em que ele puxou assunto comigo também. Também puxei alguns com eles. "Cara, onde estão meus dons sociais?" era o que eu me perguntava mentalmente.
Bateu o ultimo sinal do dia. Hora de ir embora. Peguei minha mochila, abracei e fui em direção ao ponto. O caminho até lá, era somente eu. Havia pessoas de outros colégios indo na mesma direção que eu para não dizer que estava completamente sozinha. Ouvi alguém gritando meu nome e quando olhei, ele estava vindo em minha direção.
- Ei ..- coçou a cabeça - Aceita a companhia?
- Claro. Gostou do colégio?
- Inicialmente me surpreendi com a visão daqui. Depois, conheci alguns Tenho- Cérebro- Mas- Não- Vou- Usar. Uma montanha Russa de novidades, cara !
- Ao passar dos dias, essa montanha russa fará você sentir ânsia, caro !
- Não enjoo tão rápido com essas "batatas de Fast Food" que temos na sala. Tirando que tem algumas maças picadas para salvar...
- Bom achar alguém que goste de Metáforas tanto quanto eu!
Continuamos nossa conversa sobre metáforas até o Ônibus se aproximar. Subi e ele subiu logo após. sentou na minha frente e durante a "viagem", percebi que ele observava muito o céu. E a cada pássaro que passava em frente a janela, ele anotava ou desenhava algo em um caderninho.
desceu junto a mim. Sua casa não era exatamente perto da minha. Ele morava na quarta casa da segunda rua enquanto eu morava na Quinta da Terceira. Ele gritou um "Nos vemos, !" e eu acenei com um tchau.
Cheguei perto de casa já sentindo o cheiro de chocolate. Com certeza, mamãe havia feito Brownes.
- Mãe. Adivinha quem chegou com noticias maravilhosas! - Disse enquanto dava um abraço na senhora mais linda do mundo.
- O que aconteceu de tão bom?
- Temos vizinhos novos!
- Que ótimo!
- A senhora não quer, de repente, levar alguma dessas delicias para eles e todas essas coisas que vizinhos fazem?
- Deixa eu adivinhar...esse vizinho novo é um gato!
- Não sei...talvez sim, talvez não...
- Amiga! - surge na porta e nos assusta.
- O que cê tá fazendo aqui criatura? - Eu pergunto.
- Vim te visitar ué!
- Não faz nem 30 minutos que a gente se despediu!
- E daí?
- Enfim...o aluno novo é meu vizinho!
- Aquela delicia em forma de carne gringa é teu vizinho?
Minha mãe nos encarou.
- Mãe, não liga para ela tá? - Eu disse um pouco sem graça. - Vamos subir, vai.
- Tá. Tá. Mais tarde nós vamos lá ou não?
- Sim! Te amo minha fofa! - Disse dando um beijo nela.
Subi as escadas pensativa e com fome. Deixaria os brownes para depois. Naquele momento, era hora de espiar pela janela meu novo vizinho com minha melhor amiga.
Da minha janela, dava para ver o quarto dele e a cozinha na parte de baixo. Se eu me virasse mais um pouco, conseguiria ver seu banheiro. Ficamos lá observando e esperando algum movimento, mas nada.
- Imagina se ele sai pelado do banheiro, amiga?- dizia toda alegre.
- Nós não somos tão sortudas!
- Eu sou. Já te disse que o me chamou para sair?
- O ? ? o garoto que você ama faz mais de três primaveras?
- É, minha filha...
- Parabéns, !
- Sou demais! Agora volta e se concentra no seu vizinho gato.
Depois de um tempo, até perdi a concentração e me embolei nos meus pensamentos. Talvez seja esse o motivo do meu grito de susto quando minha mãe abriu a porta.
- Vamos?! - Minha mãe disse.
- Que susto mãe! - Eu digo quase sem ar.
- O que vocês estavam bisbilhotando aí?
- Nada! Só admirando a paisagem! - Eu e falamos em um incrível uníssono.
- Vamos ou não?
- Eu acho que não tem ninguém em casa porque eu...
- A há! Você estava observando o tal do novo vizinho né?
- Ai mãe....
- Vamos logo vai. Caso eles não estejam em casa, a gente vem embora.
Nesse momento eu me toquei que ainda não havia trocado de roupa. Tirei aquele uniforme e coloquei um vestido, dei um jeito no meu cabelo e "arrumou meu sutiã". Ela dizia que era para dar sorte. Seu pai ligou, então ela teve que voltar para casa.
Mamãe colocou os bolinhos dentro de uma cesta enfeitada que já fazia anos que estava lá. Fomos obviamente andando até aquela pequena mansão mais conhecida como "casa do ".
Dona Geórgia, minha mãe, tocou a campainha e após alguns minutos, um com somente com uma calça jeans azul rasgada no joelho abriu a porta. Seu abdômen não era a coisa mais sarada do mundo, mas tinha suas marcas. Em sua casa, havia um ar rustico. Seus moveis cor madeira, suas paredes cheias de quadros pintado por ele mesmo. Sua sala cheia de discos de grandes músicos americanos. Um grande fã de Michael Jackson assim como eu.
- A gente veio te dar esse Brownes como presente de boas vindas! Tomara que você goste! - Minha mãe diz.
- Muito obrigado! - Pela reação de , ele devia amar chocolate. - Eu estava quase pedindo uma pizza, mas esses Brownes vão me fazer feliz por hoje. Serio, Obrigado mesmo Srta...
- Geórgia! De nada. - Minha mãe responde.
- E então... - Eu entro na conversa. - Você mora sozinho?
- Meus pais não quiseram trocar a América do Sul pela do Norte como eu. Eles continuaram no Brasil!
- Brasil? - Minha mãe se admira.
- O lugar é lindo e tudo mais, mas quero novas paisagens. Brasil já consumiu metade da minha arte! Olha aquela parede ali - Ele disse apontando para uma parte da casa onde só havia quadros relacionados a natureza, carnaval sorrisos e etc. - Tudo maravilhoso, mas agora é hora de novas paisagens, novas pessoas e novos sorrisos! Abandonar os tons de verdes do Brasil para conhecer os amarelo esverdeados daqui.

falava de um jeito estranho. Mamãe já chegou achar que da fruta que eu comia, ele comia até os caroços.
- Vocês estão adiantados por aqui. Quer dizer, talvez eu é que esteja atrasado na matéria do outro colégio, mas o que vocês estão aprendendo, não passou nem no pensamento do povo de lá.
- Eu posso te introduzir em algumas.
- Nessa Quinta?
- Pode ser. Quer começar com Física?
- Nada tira mais minha concentração e vontade do que essa matéria!
- Mas Física é o que da graça a vida!
- Não. A arte de imaginar, sonhar e amar é o que da graça á vida! - Lembro de pensar que o motivo de ser tão estiloso, tão bronzeando, falar desse modo era pelo simples motivo dele ser gay. Mas ele não era. Descobri isso mais tarde.
Minha mãe virou a distribuidora oficial de Brownes para um único vizinho naquele verão. Aquele latino a conquistou de jeito. Não desse modo em que acabara de passar em sua mente, mas sim do jeito mais puro possível. Ele morava naquela imensa casa sozinho e minha mãe o escolheu para mimar. "Sempre ouvi que Brasileiras tinham bumbuns de causar inveja, mas esse rapaz nos prova que os brasileiros também podem competir!" foi o que ela comentou quando perguntei o que achara dele.
No dia seguinte, possivelmente meio dia em ponto, ele apareceu lá em casa e ficou me esperando para irmos para escola juntos. Eu não tinha parado para pensar que já estávamos nessa intimidade, mas achei algo fofo da parte dele ir até minha casa para me esperar.
Eu estava amarrando meu velho laço florido sobre meus cabelos negros quando ele surgiu da cozinha em uma camiseta branca, uma jaqueta sem mangas jeans por cima, e uma calça preta. Estávamos em 2007, mas claramente vivia os anos 90. Pelo menos aquele dia. Roubei um dos vários bolinhos em sua mão e fomos andando até o ponto.
Descobri que o objetivo de vida do era achar e transformar em pintura a coisa mais linda e enigmática desse universo. Perguntei a ele o que era exatamente essa coisa, mas ele não soube dizer. Me disse que essa era a graça. Ela corria atrás de algo desconhecido, algo que ele nunca viu mas sabia que existia. Eu tive que dizer que aquilo me parecia loucura, "Se isso é loucura, eu sou o louco mais feliz deste universo!" foi o que ele me respondeu.
- Me parece que você gosta muito de pintar. A cada frase sua, uma palavra tem a ver com pinturas!
- Eu respiro isso. Me faz muito bem!
- Ainda acho que Física é e a melhor coisa do mundo.
- Fazemos assim: eu te mostro a arte e você me mostra a Física!
- Quer dizer eu gosto dessa coisa de desenhar. Costumo desenhar roupas e coisas desse tipo sabe?!
- Eu não vejo a hora de começar Física...Deve ser tão bom... - diz sarcasticamente.
- Sarcasmo em todos os lugares. Esse é o nosso mundo companheiro!
Rimos e logo depois o ônibus chegou. ele se sentou ao meu lado e continuamos nossa conversa. Nada que aumentasse o QI de ninguém, mas eu daria de tudo por uma conversa boba com ele só mais uma vez.
Já no Colégio, e eu sentamos em um velho e amigo pequeno muro que havia por ali e ficamos observando o local e seus integrantes. Resolvemos fazer algumas reflexões um tanto bobas só para descontrair. com certeza é o cara com o maior humor que já vi em minha vida. Ela sorria o tempo todo. Aqueles dentes brancos que contratavam com aquele cabelo preto e aquela barba mal feita. Alias, era algo que se destacava em . Sim, era um pouco rala, mas nada que atrapalhe a beleza daquele ser. Era como se houvesse anjinhos com arcos ao redor dele de tão esplendida que era.
Estávamos descontraídos até Claire, a bruxa das bruxas, se aproximar e começar a desfilar seu veneno em .
- Olá lindinho, vem aqui, vem! Quero te mostrar a escola! Do meu jeitinho - Claire faltava jogar seu decote com nada dentro em cima de . Nem irei comentar da piscada ao falar "Te mostrar a escola" que ela deu.
Eu já ia me afastar quando me surpreendeu com a resposta...
- Caso eu queira conhecer o colégio, posso fazer isso sozinho.. E se, por acaso, eu precisar de companhia, já tenho a incrível ...- fez um gesto para mim e entendi que era para dizer meu sobrenome.
- ...- Eu disse quase sussurrando.
- Eu tenho a incrível para me acompanhar. Mas se algum dia, eu precisar de prostitutas, já sei onde procurar!
- Ah novato - Claire latiu. - Posso te garantir que faço muito melhor do que essa...essa virgem aí!
Eu fiquei tão vermelha quanto uma pimenta. Eu até fugiria dali se meus pés ao menos funcionassem.
- Eu aposto que não. Gosto de companhias que sejam muito mais que um rosto bonito. Alias, acho que nem nessa categoria você se encaixa mais. Essa espinha aí esta quase dominando seu rosto por completo. Espreme ela, vai que a sua inteligência esteja aí. - contra- ataca e o colégio vai ao delírio. Claire se apavora com a possível "espinha", dá meia volta e some no meio da multidão de adolescentes a zoando.
Fiquei o olhando e olhando para o chão completamente perdida.
- Obrigado por me defender... - Eu disse.
- Estamos juntos nessa! - Ele disse com aquele sorriso de sempre.
- Eu ainda não acredito no que você disse a ela. É serio, você devia ganhar um Nobel por isso sabia?!
subiu em cima do pequeno muro e com suas mãos, fingiu estar segurando um troféu.
- Primeiramente, quero agradecer a minha mãe, também quero agradecer a amável por esse premio e dizer que nós a partir de agora, dominamos o mundo! - dizia em seu discurso de "Preparação para o Nobel".
- Que a loucura esteja conosco! - Eu disse rindo.
- Ela está no meio de nós! - completou. - Pelo visto aquela garota te odeia!
- Tudo bem porque eu odeio ela também.
- Por que esse ódio todo?
- É uma historia muito complicada...
- Não tem problema!
- Minha mãe era casada com o pai dessa coisa estranha aí. A gente nunca se deu bem sabe? Ela mexia nas minhas coisas, deixava a casa uma bagunça e depois me acusava. E aí vem o tenebroso dia em que ela achou um diário onde havia todas as informações de uma garota de 14 anos que nunca havia beijado ninguém e suas duvidas cujo nome era " ", que pode ser chamada também de "eu". Depois de ler todo o diário, ela ficou me zoando, fazendo ameaças. Até um dia que me estressei com ela e quase arranquei todos os fios que haviam naquela cabeça. Ela com raiva foi contar pro papai dela. Ele brigou comigo, minha mãe brigou com ele, mas ainda sim continuaram juntos. Ah, em um outro dia eu me estressei de novo e esfreguei, com só um pouquinho de ódio no coração, uma bolsa cheia de zíperes e enfeites pontudinhos na cara dela causando uma cicatriz que hoje esta escondida atrás daquela franja ridícula. Um pouco depois disso, ela subiu minha saia na frente da escola inteira e foi quando eu dei um soco nela e ela meio que bateu a cabeça e desmaiou. Então, desde aí ela continua me odiando e eu a odiando muito mais.
- Uau...isso é historia para um filme!
- Pois é...
- Sua mãe ainda é casada com o pai dela?
- Graças aos Deuses que não. Você acredita que quando os dois se separaram, ela entrou no meu quarto, encheu uma sacola de calças minhas e jogou no lago?! ela é muito baixa.
- E o que que você fez?
- Ah, eu só peguei as bolsinhas da moda dela e rasquei. Também usei para aumentar o fogo da lareira lá de casa.
- Nossa...
- É que eu estava com raiva...mas não costumo fazer isso com as pessoas. Relaxa!
O sinal bateu e fomos para sala. Encontrei no meio do caminho e a apresentei melhor para . Já na sala, ele se sentou ao meu lado como no dia anterior. Quando eu disse a ele que a primeira aula seria de Artes, ele deu um suspiro de alivio. "Algo que eu gosto!" foi o que ele respondeu.
O tempo passava e e eu nós aproximávamos cada vez mais. Eu ia aos Sábados de manhã para atualiza- lo das matérias. Sobre pintar, o dom dele era algo impressionante. Ela sabia desenhar cada objeto e pessoas nos mínimos detalhes. A mente de funcionava a mil quando pintava um quadro. Ele era tão rápido e preciso que deixava qualquer um admirado. As vezes, ele colocava uma musica com aventura em seu ritmo e desenhava algo como se fosse um filme, não sei explicar, mas era magnifico. Ele me doou um pouco de seu dom, mas nada a comparar. As pinturas dele tinham mais haver com aventuras e ações, já a minha era mais relacionado ao mundo da moda.
Ele tinha um quarto dedicado somente para suas obras. Era lá onde ele sentava e o espetáculo começava. acabou virando meu melhor amigo. Éramos inseparáveis. Nas aulas de pintura e musica, nós nos destacávamos. Ninguém parava aquela dupla. Não me afastei de , na verdade ela havia arranjado um namorado e não desgrudava dele.
Os mês se aproximava enquanto o Outono chegava quando apareceu lá em casa ás 10h da manhã.
- Por que toda essa emoção? Espero que tenha motivos especiais porque...- Eu disse ainda me espreguiçando
- Eu tenho, Pequena! Eu tenho! - Ele disse todo feliz.
- E o que é? Fala logo!
- Meu pai! Ele vai vim morar aqui comigo. Pelo menos por um tempo!
- Isso é ótimo!
- Eu sei Pequena, eu sei! Estou tão animado que vim tomar café na casa da Sra. !
Ele entrou e contou a novidade para mamãe enquanto tomava o café da manhã. Fomos a casa dele, pintamos mais alguns quadros e rimos como sempre.
- Ei - disse. - Já parou para pensar que faz menos de um ano que nos conhecemos, mas...
- Parece que nos conhecemos a vida toda? sim eu já. - Eu completei sua fala.
- Já está até completando minhas frases...nossa!
- Só para você ver meu poder de ler mentes!
- Claro. E aí, o que vamos fazer hoje?
- Sabe, o Sol hoje não está de se deixar passar. A gente podia levar os pinceis lá pro parque.
- Parece quem alguém aqui está viciada hein...
- E esse alguém somos nós !
- E se a gente ficar aqui e ouvir algum dos meus discos maravilhosos? exatamente como costumamos fazer.
- Mas cê sabe que o disco tem que ser...
- O Rei do Pop? O cara do One Two Three? é, eu sei.
- Completar frases tá virando vicio, é isso mesmo?
Rimos. Ele colocou seu disco em uma de nossas musicas favoritas, pediu uma pizza e ficamos lá. É impressionante como coisas simples marcam um coração. Hoje, eu trocaria tudo que tenho por mais um momento desse.
Sr. , pai de , adorava sair com seu filho e comer em restaurantes chiques que haviam na cidade. Ele não aceitava minha "relação" com . Sua cabeça foi feita no dia de reunião de pais, quando o pai de Claire teve a capacidade de dizer que não era bom para andar comigo. Sr. ouviu "Olha, não e por nada não, mas deixei minha filha perto daquela garota por um tempo e minha querida Claire quase perdeu tudo que tinha. Aquela garota é uma das coisas mais baixas existentes. Acabou com os sonhos da minha filhinha" daquela família de bastardos. Isso gerou uma briga entre e seu pai. Sr. não queria minha presença naquela casa então eu costumava ir nos dias em que ele não estava presente.
Ele abriu um negocio com o pai de Claire e por aí foi. Aquela megera começou a frequentar a casa de semanalmente. Pelo o que ele me contou, ela se atirava nele, mas ele não dava bola. Imagine comigo, você é um garoto e uma loira fácil dá em cima de você prometendo chupar partes do seu corpo que você nem sabia que eram chupáveis. Você não iria negar simplesmente não é mesmo?
Em dia nublado de manhã, percebi que Sr. estava saindo de casa. "Hora perfeita para ver o !" pensei. Me arrumando, acabei demorando mais que o esperado. Desci, tomei café com minha mãe e conversamos um pouco. Depois, fui até a casa de e toquei a campainha. Ter que ver a cara daquela infeliz em plena 8 horas da manhã, ninguém merece. Sim, Claire estava parada na minha frente com aquela cara de nojo de sempre. Nessa hora me veio tantos pensamentos sujos que eu tive me segurar para não ter um surto ali. Pelo que parece, ela tinha dormido ali. Se ela tinha dormido ai, havia probabilidades de...EU NÃO ACREDITO QUE FEZ ISSO! NÃO, NÃO, NÃO MESMO! COM AQUELA COISA? AQUELA COISA? possivelmente eu estava vermelha de raiva quando Claire disse:
- Já veio pedir autografo, Fã?
- Se eu quisesse algo seu, eu iria na sua casa. Ou no lixeiro, que é praticamente a mesma coisa! Agora some que eu quero falar com o e...
- Ah, oi ! - aparece atrás da Coisa. - Entra aí enquanto a Claire sai!
- Eu não pretendo sair não , lindinho! - Claire late.
- Mas eu não disse que você pretendia, eu disse que você VAI sair.
- Você está me expulsando garoto?
- O que você acha?
- Você realmente vai continuar pagando de mal comigo? Não esquece do acordo dos nossos paizinhos queridos tá? Não quero te prejudicar, então não provoca! Beijinhos. - Ela se virou de um jeito que os seus pelos pubianos localizados no couro cabeludo balançassem com o vento, me olhou e entrou no seu carro.
- Acordo? - Eu perguntei enquanto entrava.
- O pai dela veio aqui de manhã apresentar uns negócios pro meu pai. Os dois viraram sócios ou qualquer coisa do nível. Como se minha situação não tivesse complicada o bastante...
- Mas como ela te prejudicaria com isso?
- O pai dela que financiar meus quadros, mas para isso...
- Tô até com medo do que vem por aí.
- Eu vou ter que gostar da Claire...Eu não sei cara. Só sei que aquela coisa disse pro pai dela que a gente se amava ou que ela me amava, não sei...
- Explica direito.
- A Claire disse pro pai dela que era loucamente apaixonada pro mim. O pai dela começou a falar umas besteiras lá e disse que me ajudaria nos quadros se eu fizesse a filha dele feliz.
- E por que seu pai não te ajuda?
- Porque ele diz que meu lugar é controlando a empresa dele e não fazendo quadros.
- Nossa.
- E daqui á alguns meses vai ter uma exibição de artes importante, e o cara pode mostrar meus quadros para alguém de lá.
- E você vai aceitar?
- Só até um dos meus quadros chegar á alguém importante!
- Você esta me dizendo que vai ser o capacho da Cobra tingida?!
- Não. Sim. Não sei.
- Você sabe que a Claire vai querer que você se afaste de mim né?
- Mas eu não vou fazer isso. Vou continuar na sua cola o dia inteiro, !
- ...
- Meu aniversario de 21 está chegando. Sei lá, só para avisar.
- Sei. "Só para avisar". Relaxa, seu presente já esta garantido!
- Nossa. Que rápida você é! E o que seria?
- Segredo. - Eu não fazia a menor ideia do que dar para . - Segredinho.


II


O aniversario de se aproximava e eu ainda não sabia o que lhe dar de presente. Enquanto isso, Claire já fazia coleção de quadros com seu rosto.
Passando em frente ao teatro, comprei dois ingressos para um show de tributo á Era Thriller de Michael Jackson. Esse seria o presente ideal para . Ele amava Michael tanto quanto eu e eu não podia dar á ele uma exposição chique com pessoas famosas e etc. tal como o pai de certo alguém fez.
Na manhã do seu aniversario, bateu em minha porta completamente eufórico. Ao abrir a porta, ele me puxou sem dizer muitas coisa até o quintal de sua casa onde um Mustang preto novo em folha estava estacionado.
- Eu queria esse carro desde os meus 12 anos! Você deve tá se perguntando "Mas não poderia ser um carro mais atual?" e a resposta é Não! É esse Morena, esse o que eu sempre quis! Exatamente assim! - dizia enquanto andava ao redor do carro.
- Ele é lindo, ! Parabéns! - Eu disse quase no mesmo nível de alegria que ele.
- Obrigado!
- Eu também te comprei algo, mas não é um carro ou qualquer coisa do tipo...
- E o que é, Morena?!
- Calma! vamos lá em casa para eu te entregar!
Caminhamos até minha residência e fomos até meu quarto onde ele esperava ansioso na porta. Vasculhei minha gaveta atrás dos convites que minha mãe havia amarrado carinhosamente um laço vermelho para ter mais cara de presente. O entreguei um pouco sem graça, mas essa foi a reação dele:
- Era Thriller?! Você é a melhor do mundo! - Disse isso enquanto me erguia no ar. - Já temos um lugar para estrear meu carro novo!
- Não...espera...não me balança...e...você só conhece duas ...- Eu dizia em meio aquela felicidade toda.
A noite chegava e a hora do Tributo também. Estava terminando minha maquiagem quando a buzina soou e minha mãe abriu a porta. "Oh Deus! Como você está charmoso, !" foi o que ouvi minha mãe dizer. "Obrigado Srta. Geórgia! e sua filha? já está pronta?" foi o que ele perguntou. "Daqui a alguns minutos, ela desce!" minha mãe respondeu. Não demorou muito para eu aparecer na escada. Depois de muitos elogios, entramos no carro. Enquanto colocávamos o cinto, eu perguntei:
- Claire não te prejudicaria se descobrisse que esta levando eu ao invés dela?
- Não. Eu prometi para ela um quadro em tamanho real do seus cabelos. O ego dela me impressiona.
- Então vamos nessa!
Sim, aquele tributo fora uma das melhores coisas que presenciei junto á . Confesso que até me emocionei em algumas partes. Eu não via a hora de Michael anunciar alguma nova turnê ou algum cd novo.
Já era tarde quando me levou para casa. Dei- lhe um beijo na bochecha e entrei. Subi rapidamente para o observar entrando em sua casa quando percebi que seu pai estava parado lá. Aquilo não seria nada bom e com certeza, pela manhã, haveria péssimas noticias.
Na manhã seguinte, acordei sorrindo. Havia sonhando com a noite anterior. Logo meu sorriso cessou ao lembrar do pai dele. Olhei pro relógio que marcava 10 p.m. Desci e fui preparar minhas panquecas. Me arrumei e fui para a escola. Logo depois, chegou em seu carro junto a Claire. Ele não parecia muito alegre embora ela parecia criança com doce. Entramos na sala, ela se sentou de um lado e ele de outro. Fez um gesto que queria conversar comigo depois e eu assenti.
Mais tarde, nos encontramos atrás dos banheiros.
- Ontem quando eu estava chegando na garagem, dei de cara com meu pai. - Ele disse de cabeça baixa.
- Serio? - Fingi surpresa. Não iria entregar a ele que fiquei o observando noite passada!
- Foi uma das nossas piores brigas. Ele disse que eu tinha que ser fiel a Claire e que você não estava me fazendo bem.
- ...
- Eu tentei dizer que a coisa era completamente ao contrario, mas acho que foi nessa hora que ele aumentou a voz e eu também. Quando a raiva abandonou minhas veias, me toquei do que tinha acontecido.
- ...
- Ele vai viajar pro Japão e me obrigou a ir. Disse que preciso me afastar disso aqui e me concentrar na empresa dele.
- Nossa.
- Sabe os meus quadros? Não vou poder levar nenhum. Muito menos pintar nada.
- Ele não pode tirar isso de você. Quer dizer, isso é o que você ama e...
- Eu devo ter gritado isso para ele também.
- Se eu pudesse te ajudar...
- Ele disse que o que eu estava fazendo com Claire era errado. Que ela é a mulher certa para mim.
- Talvez ele esteja certo. Eu odeio profundamente aquela garota, mas não posso mentir que ela deve ter seus dotes. E tirando que ela é Claire Madeleine Von Ponchwik. A única herdeira da fortuna da família. O sobrenome dela deve ter influencia em alguma coisa e...
- Eu não me importo! - não me pareceu o garoto triste de alguns minutos atrás. Agora era algo relacionado a revolta. - Eu não me importo. Ela pode ser essas coisas aí, mas ela não é...
- Ela não é...?
- Ela simplesmente não é. - Ele se quietou novamente.
- Enfim, vamos tentar ver o lado positivo!
- Eu vou ficar longe dela por um tempo.
- Isso é maravilhoso!
- Hoje de manhã...ela tentou me beijar.
- Serio?
- É. Ela também tocou em algumas partes de mim e...
- Não sei se sinto medo ou nojo...
- Ela pode ser uma idiota, mas sabe o que fazer com as mãos e...
- Eu realmente não quero saber!
- Calma. Não foi tudo isso. Quando eu vi, a mão dela já estava invadindo minha cueca, mas eu sai.
- Eu ainda não quero saber então...
- Entendi.
- Pois é.
- É.
- Claro.
- ...
- ...
- ...
- Por que você deixou que ela fizesse isso? E não vem com desculpa. Pela sua cara, você gostou e...isso é nojento e...
- Eu não deixei nada! Eu estava tentando desviar o rosto dela e manter os corpos separados. Meus olhos insistiam em ficar olhando pros seios dela quase nus e...
- COMO É QUE É?
- Ela estava de lingerie.
- E POR QUE ELA ESTAVA DE LINGERIE?
- Eu acordei com ela assim no canto do quarto!
- NO CANTO DO QUARTO?
- Deixa eu explicar. Eu estava dormindo e fui acordado com ela chamando meu nome. Me assustei quando ela pulou sobre mim. Eu tentei tirar ela dali, mas ela começou a tentar me beijar. eu estava com as duas mãos ocupadas tentando levantar ela quando ela puxou meu cabelo com uma mão e com a outra enfiou na minha calça.
- ...
- Foi difícil de controlar, mas eu tirei ela dali e pulei fora.
- Hm, nossa. Que bom para você Senhor "Foi Difícil De Controlar".
- Não fica estressada, eu jamais faria algo com ela.
- Eu não estou estressada e você faz o que quiser com quem bem entender. - Eu disse completamente rude.
- Não fica brava comigo. Nos temos poucas semanas. Não vamos estragar, por favor?!
- Essa escola vai ser um desastre sem você sabia?
- Nem parece que cheguei esse ano mesmo.
- É como se você estivesse aqui a vida toda!
- Falando assim, você até parece que é fofa!
- Vai se ferrar, garoto.
- E voltou.
Dei um tapa em seu ombro e rimos logo após. Só de pensar que teria poucas semanas para admirar aquele riso, meu coração já preparava seus pedaços.
As semanas passaram rápido demais. Me vi de repente, dando um tchau fraco para ele pela janela do meu quarto. caminhava devagar até o carro do seu pai carregando suas malas. Não havia um sorriso naquele rosto tão lindo e isso me machucava também. Claire estava lá se despendido fisicamente dele. Não olhei por muito tempo aquele beijo forçado. Ela estava lá, mas eu não. Eu não poderia. Sr. não iria gostar nem de ver minha sombra naquele jardim. Ah, o meu coração estava tão apertado. Meu olhos estavam molhados, mas eu não iria permitir o rolar de lagrimas. Quando notei que Sr. havia entrado em sua mansão e Claire se distraia com seu espelho e batom rosa, peguei uma folha e uma caneta grossa preta. No papel, eu escrevi "Não se preocupe, tudo vai ficar bem!" e o ergui de um jeito que pudesse ver. Ao ler, de longe, ele sorriu fraco e negou com a cabeça. não era o tipo de ser humano negativo. Aquilo que estava errado. Sr. com sua pressão psicológica, Claire com seu afobamento todo. Nem o que ele mais amava, tinha permissão mais.
Eles entraram em seu carro e seguirão até o aeroporto. Eu continuei ali, olhando o nada e esperando que por um milagre, aquele carro voltasse e eu tivesse aquele olhos de novo nos meus.
Os meses sem foram um droga completa. Novembro nunca fora tão sem brilho. Dezembro nunca fora tão anti- natalino. Janeiro, Fevereiro, Março nunca foram tão desesperados. Abril nunca fora tão aguardado.
Era só mais um dia de um ano novo. Eu acordei, fu na janela não esperando nada de novo quando vi um carro a mais ali. Sim, era ele! Ele havia voltado! A felicidade me tomou por completo. Senti vontade de pular aquela janela e correr até ele, mas isso não daria certo. Eu estava com meu pijama de uma banda mexicana e possivelmente me esborracharia no chão. Hm, nada sexy. Desci as escadas pulando como uma criança que acaba de ganhar um cd dos Jackson 5 (Tá, esse não foi um dos meus melhores exemplos, mas me baseei nas futuras crianças que pretendia ter!). Quando me preparava para banhar minha montanha de panquecas com aquele doce mel, me assusto com três batidas na porta. Vou correndo abrir e quase atropelo minha pobre mãe. Ao ver aquele filho de Zeus com Afrodite (Casal que existe na MINHA mitologia grega), quase caio dura no chão. Nos abraçamos e ele fez meu mel escorrer (o mel do pote de mel das panquecas e não esse aí que você estava pensando!) sobre sua camisa. Ele entrou e sentou na sala com minha mãe. Ao passar pela televisão, vejo meu reflexo e me lembro da minha linda roupa. Daquele cabelo maravilhosamente bagunçado e daquelas pantufas de suricato. Fico tão vermelha quanto minha calça- pijama e subo as escadas correndo. largo o pote de mel que me acompanhou nessa trajetória inteira e coloco algo decente. Desço as escada como se nada tivesse acontecido.
Ele me conta sobre a viagem e eu lhe conto sobre a nova turma do Colégio.
- Ainda continuo estudando com a Claire e a trupe dela, mas também continuo com a então está tudo bem. - Eu digo.
- Sentiu minha falta?
- Tá brincando?! Eu quase surtei aqui. A cada feriado, eu imagina o quanto de quadros que você criaria inspirado naquilo.
- Lá é diferente, então foi bem estranho para mim. Eu quase enlouqueci lá! Fiquei sem meus quadros, meu carro, meus discos e o mais importante; eu fiquei sem você! é demais para um ser humano só.
- Eu te entendo. Ficar longe de uma pessoa tão maravilhosa quanto eu deve ser horrível mesmo!
- Acho que você esta com Virose de Claire aguda!
- Credo. Pode trazer todas a vacinas do mundo para mim pelo amor de Deus!
- Ei, quer jantar comigo?
- Cara, a hora do almoço nem chegou ainda e...
- Eu quero te levar para um restaurante. Daquele que uma agua custa cindo dólares sabe? Topa?
- Topo, mas pode ser um que a agua custe quatro dólares e meio? eu me sentiria menos culpada.
- Te pego mais tarde, Morena.
- Tá bom, Brasileiro com bronzeamento japonês.
Mais tarde um vestido maravilhoso que contrastava com o tom da minha pele foi entregue lá em casa. e o seu bom gosto.
Fomos á um restaurante que me lembro até hoje. Um lugar maravilhoso.
- Eu já disse que você está deixando as misses Universo no chinelo? - disse enquanto puxava minha cadeira.
- Um milhão de vezes! - Eu disse agradecendo o gesto - Você que poderia entrar pro NSync! com esse charme todo!
- Serio? Tô tão Justin Timberlake assim?
- Você esta a quilômetros dele, mas você ficou ainda mais lindo de terno.
- Obrigado pela parte que me toca!
Rimos e apreciamos o vinho. Depois de um jantar maravilhoso, entramos novamente em seu Mustang. Ele ligou radio e Radiohead estava em sua melhor musica. Fomos cantando o caminho inteiro. Ele me parecia um pouco ansioso para algo. Seus olhos mexiam e suas mãos estavam gélidas temidas. Quando me preparei para descer, diminui o volume do radio e sua voz começou a sair:
- Ok . eu tenho que te falar algo e vai ser agora. Eu planejei nesses cinco meses inteiro então eu espero que dê certo porque eu não...eu não...
- Fala. Vai, fala!
- Eu...eu...bem, é que...
- Fala logo!
- Você é aquele tipo de ser humano que transforma um dia chato em algo incrivelmente viciante. É como se meus desejos saíssem do quadro e se formassem em uma belíssima figura.
- ...- Eu estava muito ocupada mergulhada em sentimentos para mover meus lábios em palavras.
- A minha arte é você. Minha pintura é você. O brilho do sol que faço nos quadros é o seu sorriso! Você é minha pintura perfeita, minha Monalisa. A perfeição dos quadros, eu encontrei fora deles! Me da uma chance? Me deixa acordar toda manhã olhando esses olhos? , me deixa ser sua melodia?
Eu devo ter ficado vermelha e com cara de boba pois ele me olhou, sorriu e cochichou "Não precisa falar. A nossa arte sempre se fez no silencio!" e logo após, foi aproximando seu rosto. Pude sentir seu cheiro másculo outra vez. Encostou seu nariz gélido no meu e eu sorri acariciando suas bochechas. os beijamos ao som de Radiohead e mesmo fazendo 45 anos que isso aconteceu, ainda sorrio com uma boba ao me lembrar. Para selar nosso compromisso, fui presenteada com uma colar com nossas iniciais em um lindo arcar de anjos. Eu ainda mantenho este colar no meu pescoço, agora enrugado. Talvez esse mesmo colar o traga de volta.
foi o primeiro a me mostrar o amor carnal. Nossos corpos se entendiam tão bem quanto nossas mentes. Dançávamos no escuro, corpo e alma. Ele fazia eu me sentir como á única a entende- lo. A única com permissão para invadir sua alma. Não havia palavras para descreve- lo. Tudo o que eu sabia é que ele me levava a um lugar somente nosso. Era impossível não sorrir com ele ao meu lado. Sim, ele era a razão de eu dançar no espelho, de cantar no chuveiro.
Viramos o casal mais charmoso da escola. Talvez o mais talentoso também! Nós sentávamos em sua sala e passávamos o dia. Era tão lindo, tão apaixonante o jeito como nos dávamos bem. Ainda lembro muito bem o dia em que ele pintou meu retrato em sua parede. Na pintura, Meus cabelos negros cobriam um dos meus olhos e meu sorriso do jeito que ele tanto amava. Meus olhos verdes vivos como na via real davam vida a parede. Ele adorava me comparar com a pintura. Colocávamos roupas estranhas e tirávamos fotos para depois, agarrados no chão, podermos rir juntos. Eu era sua June e você, meu Johnny Cash. Nunca, jamais um sem o outro.
No meu aniversario, fizemos tatuagens iguais, roubamos bebida de seu pai e subimos no telhado para conversar sobre o futuro como se soubéssemos o que o destino nos reservava..
Nem tudo que é bom, dura para sempre. Sem saber, essa frase marcaria minha vida.
estava pintando um quadro, para ele o mais importante pois seria o exibido na Mostra de artes. No dia anterior, havíamos brigados e nesse dia de chuva ainda havia magoas não curadas. Ele continuava pintando enquanto nós discutíamos. Eu completamente equivocada e nervosa, joguei uma tinta vermelha em seu desenho preto e branco. Desenho que ele fazia há meses e que tinha uma importância extrema em sua vida. Obviamente, ele ficou furioso com meu ataque e começamos a gritar mais alto ainda. Estávamos naquilo quando eu simplesmente gritei "Eu te odeio Moleque!". Ficamos em silencio, um olhando para o outro. Nossa respiração era o único som que preenchia o lugar. Eu completamente arrependida, mas muito orgulhosa para voltar atrás. Ele me olhou novamente, pegou sua jaqueta e saiu sem dizer ao menos uma palavra.
Narrador POV's
Ele não tinha um destino em mente. Alias, a única coisa em sua mente era a voz de ao gritar "Eu te odeio". A chuva havia passado e o sol estava a brilhar. abaixou o Para- sol de seu carro e viu cair de lá uma tiara rosa que usará no dia de seu aniversario, quando eles haviam invadido uma festa para idosos. As lembranças começaram a vir em sua mente o distraindo de ver um amontoado de rochas que havia no meio da estrada. tentou desviar, mas já era tarde. o carro estava perto demais. Perdeu o controle e caiu ribanceira abaixo, capotando sem parar.
"Sometimes I like to think
There’s another you
There’s another me
A parallel universe
They’re still together
They’re still happy"


45 ANOS DEPOIS...

Me formei em Design, virei uma pintora famosa e muito bem sucedida. Mas todo esse dinheiro não poderá comprar uma máquina do tempo.
E pensar que eu nunca te disse "Eu te amo".
Eu deveria ter dito a você o que significava para mim ou sequer mostrado do jeito que você me mostrou, pois agora pago o preço.
Em outra vida eu seria sua garota.
Nós manteríamos todas as nossas promessas.
Seríamos nós contra o mundo.
Em outra vida eu faria você ficar, então eu não teria que dizer que você foi aquele que se foi.





FIM



Nota da autora:E aí Summer's Sweet? Gostaram da história? Tenho que confessar que essa é a primeira vez que publico no site então desculpe qualquer coisa. Me diz aí também, gostou da Claire? Se arrependeu de nunca ter dito "Eu te amo" ao PP? De não ter o impedido de entrar naquele carro completamente estressado e alterado? Bom, nada mais disso importa, pois agora ele é aquele que se foi.
Ps: Acham que eu devia postar mais historias? deixa aí nos comentários okay?
Beijos para vocês.


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