- Ei, opa! Haha. – ainda não criei coragem de olhar para baixo, mas sou capaz de reconhecer essa voz a quilômetros de distância. Tentei ignorar e acreditar que não era quem eu pensava, porém essa risada era inconfundível.
Olhei pela janela e o encontrei sentado em uma banqueta com o violão na mão, na frente de um microfone e ao lado de um amplificador de som. Estava virado na direção do meu prédio, de calça jeans e a camisa de flanela que eu havia dado no último natal. Eu amava aquela camisa.
- Oi, pessoal. - meus vizinhos começaram a sair dos prédios, alguns observavam através das janelas de seus apartamentos – Então, pra quem não me conhece, meu nome é . Eu... Eu vou tocar algo aqui, espero não incomodá-los.
começou a dedilhar o violão e logo os acordes chegaram aos meus ouvidos. Ao ver que ele elevou os olhos em direção a minha janela, distanciei-me da mesma. Não sei o porquê, mas não queria que ele me visse ali.
- , eu sei que você está aí e que pode me ouvir. Não precisa fazer nada, só me escuta mesmo.
Litlle do you know( (mal você sabe) How I’m breaking while you fall asleep( (como estou quebrando enquanto você dorme) Little do you know( (mal você sabe) I’m still haunted by the memories( (eu ainda estou assombrado pelas memórias) Little do you know( (mal você sabe) I’m trying to pick myself up( (estou tentando me reerguer) Piece by piece( (peça por peça) Little do you know I (mal você sabe que eu) Need a little more time (preciso de um pouco mais de tempo)
FLASHBACK ON
- Marcelo, você viu o por aí? – perguntei pela milionésima vez, mas nem o melhor amigo do meu namorado sabia onde o mesmo se encontrava. Revirei os olhos, bufando.
Eu sabia que ele já havia chegado, não parava de falar dessa festa há meses e já estava tarde. Decidi subir as escadas da casa, mesmo tendo certeza de que não o encontraria lá. Passei em frente de todas as portas, chamando o seu nome, sem sucesso. Ao passar novamente por uma das portas em direção à escada, tive a impressão de ouvir algum vidro ser quebrado. Achei que alguém precisaria de ajuda, então abri a porta sem pensar duas vezes.
Arrependi-me, assim que a abri. Ali, em um quarto escuro, na maior pegação e praticamente sem roupa, estava meu namorado e uma... alguma vagabunda qualquer. Não, não podia ser real. Não o meu . “Meus olhos estão me pregando uma peça”, pensei.
- ? – balbuciei.
Sim, era ele. me olhou, por um instante parecia que o mundo havia parado de girar, o ar parecia mais rarefeito, meu estômago parecia estar sendo dissolvido na mais ácida substância do mundo. Meus olhos ardiam enquanto ficavam marejados.
- – nenhum de nós havia reagido. Ele estava parado na frente da garota que nos olhava confusa, e eu parada na porta com uma mão na maçaneta. – – me chamou, novamente, tirando-me do transe. O que foi bom, pois assim consegui fazer minhas pernas movimentarem-se e saí dali o mais rápido possível.
Não lembro onde fui parar, nem por onde passei. Só lembro de esbarrar em várias pessoas e tropeçar várias vezes, até ouvir a voz de atrás de mim.
- , por favor, espera! ! Amor!
- Não. Não me chame assim – reuni toda a coragem que me restava para enfrentá-lo – Você perdeu o direito de me chamar assim, desde que beijou aquela vagabunda pela primeira vez.
- , por favor, me perdoa! – a voz dele soava arrastada, os olhos estavam vermelhos.
- Perdoar? Perdoar, ? Você tem noção do que fez?
- , por favor...
- Não me interrompa! Aliás... você está bêbado, ? – aproximei-me de seu corpo, que cheirava a bebida e perfume feminino. – Eu não acredito!
Dei as costas a ele, que segurou-me pelo braço.
- Me solta! Tire suas mãos sujas de mim!
- , por favor! – a súplica era evidente em sua voz.
- Não encosta em mim, . Nunca mais. Acabou. Tudo. Você acabou com tudo. – saí andando e, dessa vez, não tentou me impedir.
Caminhei sem rumo madrugada a fora e já não segurava mais as lágrimas, deixei-as correr por meu rosto. Tudo o que eu queria era gritar.
Underneath it all, I’m held captive (lá no fundo, estou cativa ) By the hallowed sight (da visão santificada) I’ve been holding back by the feeling (eu tenho aguentado pelo sentimento) You might change your mind (de que você pode mudar sua mente)
***
Um mês. Para ser mais exata, trinta e nove dias, desde o fatídico dia. Depois da festa, fiquei dez dias sem ir à faculdade, para quando voltar descobrir que a vagabunda frequentava o mesmo campus que eu. Dez dias recebendo em torno de vinte ligações no celular por dia; uma visita todos os dias, a qual eu ignorava completamente; dez dias tentando enrolar minha mãe para não contar o que acontecera. Dez dias acabaram sendo poucos para que todo mundo esquecesse o ocorrido, a fofoca correu tanto que até quem não me conhecia direito me dirigia aquele “olhar de pena”. Então ali estava eu, trinta e nove dias sem nem olhar na cara da pessoa que eu mais amava na Terra. Sem tocá-la, abraçá-la, beijá-la... Como eu sentia falta. Escutei a porta do banheiro se abrir e vozes preencheram o local. Eu estava em uma das cabines e ficaria ali até que todas saissem do banheiro e eu ficasse sozinha. Se não fosse...
- Ai, de hoje você não passa! – começou uma voz. Parecia uma daquelas calouras filhinhas de papai que entram na faculdade apenas pensando em festas e rapazes.
- Passo do quê? – questionou outra voz, que eu julgava conhecer.
- , não se faça de boba! Você sabe do que a gente ‘tá falando! – outra voz? Ótimo, tudo o que eu precisava era de três crianças para me encherem o saco. – Já se passou mais de um mês desde que você deu uns pegas no e tirou aquela idiota da do caminho. E ainda não contou nada pra gente!
- Contar o quê? Vocês já sabem o que aconteceu! – sim, eu conhecia aquela voz. Inspira e expira, , relaxa.
- ! – disseram as outras duas, em coro – Nós queremos saber os detalhes!
- Ai, como vocês são chatas! – resmungou – Tudo bem, eu falo – era só o que me faltava! Não bastava todos os comentários e fofocas, agora eu vou ter que saber os detalhes? Cadê o meu fone de ouvido nessa horas?! Eu não quero escutar, não quero relembrar. – Então, desde que entramos na faculdade, eu só tenho olhos para o , vocês sabem. Ele é todo fofo, inteligente, simpático... O que estragava era aquele estrupício que não o largava nunca. Aquela garota era insuportável.
- Também, era a namorada dele. Óbvio que eles estariam sempre juntos. – contestou uma das meninas.
- Cale a boca, Carla. Continuando, o era muito inocente, ou se fazia, pelo menos. Nas raras vezes em que eu o encontrava sozinho, eu me insinuava tanto... e mesmo assim, ele não notava que eu o queria. Era super simpático e educado, mas não só comigo, com todo mundo. Eu já estava quase desistindo, quando, por um presente do destino, encontrei naquela festa. Ele estava podre de bêbado, mas eu não me importei, porque logo ele começou a me abraçar e mordiscar meu pescoço. Então ele disse que queria privacidade, e nos fomos para um dos quartos no andar de cima da casa. Mal havíamos chegado lá e ele já me agarrou. Eu estava tão feliz, estava radiante! Até que... até a hora em que ele me chamou de “”. – seguiu-se um silêncio entre as garotas e meu coração disparou, querendo rasgar-me o peito.
Passei a mão no rosto e a senti molhar, eu estava chorando e nem havia percebido. Ele a chamara de ... Isso era bom ou ruim?
- Por um momento, eu vacilei, mas não deixei aquilo me abalar. Não quando eu o tinha para mim. Mas não sei se o destino queria me beneficiar ou tirar uma com a minha cara, porque aí a abriu a porta do quarto, chamou pelo , depois saiu correndo. E ele saiu correndo atrás dela, me deixando sozinha no quarto, com a cara no chão.
- Hmm... e aí? Depois?
- Depois nada. Tentei falar com , mas ele me ignora totalmente. Certa vez ele virou para mim e perguntou-me se eu não o deixaria em paz.“Então numa noite você me agarra, quase me leva pra cama e depois me ignora?”, “Eu estava bêbado! Bêbado, ok? Não tinha noção do que estava fazendo, pensei que era minha namorada. Você ainda se aproveitou de mim! Agora me deixa em paz!”
- Nossa.
- É – suspirou – Mas não importa. está fora do meu caminho e eu terei para mim, nem que tenha que embebedá-lo novamente. – e as outras começaram a gargalhar.
Eu não estava mais com , mas não o deixaria cair nas garras daquela víbora. Limpei meu rosto e respirei calmamente antes de destrancar a porta da cabine e batê-la com toda a força possível. A cara de susto das três foi impagável. Dirigi-me a uma das pias para lavar as mãos, ao mesmo tempo em que se recompôs e me encarou.
- Quer dizer que, além de ser corna, você ainda arranja tempo para ouvir a conversa dos outros, queridinha? – não pensei muito, quando dei por mim, estava jogada no chão com as mãos no rosto, tentando esconder a belíssima marca dos meus dedos em sua bochecha. Minha mão ardia um pouco, mas nada comparado a dor que eu queria que ela sentisse.
- Cale a boca, vadia – cuspi as palavras, enquanto ia em direção à saída do banheiro. foi mais rápida e agarrou meu cabelo. Depois disso eu só lembro de uma grande confusão, um emaranhado de cabelos, unhas, tapas e xingamentos. Ouvi as amigas de gritarem por ajuda, mas parecia tão distante...
Tudo o que eu pensava era destruir a garota que se contorcia abaixo de mim. me arranhava e tentava puxar meu cabelo enquanto eu distribuía socos por seu corpo. Estava descontando toda a raiva, mágoa e dor que eu havia guardado durante trinta e nove dias. sairia dali bem acabada se um grupo de professores, inspetores e até o reitor não tivessem aparecido para apartar a briga. Senti um par de braços agarrando minha cintura e tirando-me de cima de , ao que repreendi com gritos e mais xingamentos.
- Me larga! Eu quero acabar com aquela vagabunda, me deixa! Eu ainda não acabei... – sim, eu estava descontrolada e não me importava com isso.
O campus inteiro havia se aglomerado na porta do banheiro, a fim de ver a briga. Iam abrindo passagem, conforme a pessoa me arrastava cada vez mais para longe dali. Eu ainda gritava e me debatia.
- Caramba, ! Quando foi que você ficou tão forte assim? – congelei assim que ouvi meu nome. Há tanto tempo eu não escutava aquela voz... Apenas trinta e nove dias? Bom, pareceram anos, para mim. – Para de se bater, daqui a pouco me acerta!
Virei-me lentamente, os braços ainda envolviam minha cintura.
- V-Você? – criei coragem para olhar em seu rosto. Se eu não estivesse num momento de crise, o teria beijado ali, naquele instante. – O que você está fazendo aqui? Me solta! – desvencilhei-me de seus braços, enquanto observava seu sorriso esvair-se de seu rosto. Comecei a andar para longe, mas fui impedida.
- , nós precisamos conversar...
- Já falei para não encostar em mim! – puxei meu braço – E eu não tenho nada para falar com você. – fiz menção de sair, mas dessa vez segurou meu braço com mais força, de maneira que eu não pudesse fugir.
- Mas eu tenho, ! – gritou – E, dessa vez, você vai me escutar!
Não tentei correr, nem gritar, nem nada. Apenas olhei para os olhos de e me perdi dentro deles.
I’m ready to forgive you (estou pronta para perdoá-lo) But forgetting is a harder fight (mas esquecer é uma luta mais difícil) Little do you know I (mal você sabe que eu) Need a little more time (preciso de um pouco mais de tempo)
***
- Foi tudo culpa minha. Fazia tanto tempo que eu não bebia, porque sei que você não gosta, mas no dia da festa os rapazes ficaram me enchendo e eu acabei virando um copo. Era para ser só um, que virou dez, que viraram quinze, que viraram muitos outros. Ao chegar na festa, eu já estava podre. Vi a , a confundi com você e... Depois você nos encontrou. – suspirou. A cabeça abaixada não escondia as lágrimas que saltavam de seus olhos e escorriam em suas bochechas. Ele estava visivelmente arrependido, mas minha mágoa ainda me consumia.
- Se não tivesse me ignorado, isso não teria acontecido. Se tivesse me ouvido, seguido meu conselho e não tivesse bebido, isso não teria acontecido, . – respondi, amargamente.
Olhei para minha mão direita que havia sido cortada no colar de e agora estava enfaixada. fizera questão de cuidar de meus machucados, ainda que não fossem muitos. estaria pior.
– Você acabou com tudo, . Três anos jogados fora. – respirei fundo, reprimindo o choro.
- Eu sei, – ajoelhou-se à minha frente, com as mãos em meus joelhos – Eu sei. Fui um completo idiota, um otário, nunca cometi um erro tão grande. Minha idiotice acabou me custando a pessoa mais importante para mim. Você não tem ideia do quanto eu sinto sua falta, . Esse últimos dias são piores do que algum dia imaginei que seriam. Minha vida esta sem brilho, sem cor, sem vida, melancólica. Falta alguma coisa nela. Alguém. – suspirou pesadamente, enquanto as lágrimas desciam por seu rosto e caiam em meu colo. – Eu preciso que você me perdoe, . Só... me perdoe.
- Desculpa, . Agora não dá – levantei-me, preparada para caminhar. Não aguentaria mais ver naquele estado. – Por favor, não me procure mais. – saí, deixando um arrependido, coberto por lágrimas, ajoelhado no concreto frio da quadra de vôlei da faculdade.
FLASHBACK OFF
I’ll wait, I’ll wait (eu esperarei, eu esperarei) I’ll Love you like you’ve never felt (te amarei como se você nunca tivesse sentido) The pain, I’ll wait (a dor, eu vou esperar) I promise you don’t have to be afraid (eu prometo que você não precisa ter medo) I’ll wait (eu esperarei) My love is here and here to stay (meu amor está aqui e veio para ficar) So lay your head on me (então deite sua cabeça em mim)
Seis meses se passaram desde então. Agora eu estava ali, no chão, escorada na parede enquanto um misto de sentimentos e emoções pelas quais eu havia passado nesses meses invadiram-me de uma só vez. Confusão, angústia, medo, tristeza. Esse emaranhado fazia meu estômago revirar-se. Eu o havia perdoado, claro. Na verdade, acho que nunca fiquei realmente brava com . Esses sentimentos apenas me atormentaram por estar longe dele e todos eles fundiam-se em um só: saudades. Saudades do meu . Levantei-me, enxuguei as lágrimas e olhei pela janela. Lá estava ele, com seu violão, os olhos direcionados à minha janela. Meu coração rodopiou quando abriu o mais encantador sorriso que já vi. A alegria de vê-lo ali era tão grande que todos os órgãos do meu corpo pareciam derreter-se. Deus! Como eu sentia falta dele!
Little do you know (mal você sabe)
I know you’re hurtin while I’m sound asleep (eu sei que você está machucada enquanto eu pareço estar dormindo) Little do you know (mal você sabe) All my mistakes are slowly drowning me (todos os meus erros estão lentamente me afogando) Little do you know (mal você sabe) I’m trying to make it better piece by piece (estou tentando melhorar, peça por peça) Little do you know I (mal você sabe que eu) I love you ‘til the sun dies (eu te amo até o sol morrer)
Essa era a minha deixa. Atravessei o apartamento correndo e desci as escadas do prédio da mesma maneira, carregando uma certeza no coração. Certeza essa que eu tinha comigo desde três anos atrás e que nesses meses só havia ficado mais clara: eu amava . E ainda podia ouvi-lo cantar...
Oh wait, just wait (oh, espere, é só esperar) I’ll love you like you never felt the pain (eu te amarei como se você nunca tivesse sentido a dor) Just wait (é só esperar) I’ll love you like you’ve never been afraid (eu te amarei como se eu nunca sentisse medo) Just wait (é só esperar) Our love is here and here to stay (nosso amor está aqui e veio para ficar) So lay your head on me (então deite sua cabeça em mim)
Assim que cheguei na porta de meu prédio, encontrei-o com um sorriso frouxo enquanto ainda olhava para minha janela. Conhecendo-o bem, por certo estaria pensando que eu não queria falar com ele ainda, ou até que eu não o amava mais. Ah, como estava enganado... Finalmente percebera minha presença e alargou o sorriso, com os olhos arregalados. Correspondi ao sorriso e diminui nossa distância, correndo. levantou da banqueta e pôs o violão de lado, enquanto eu me jogava em seus braços. Ambos sorríamos, e eu fiz a coisa que mais desejava nesses seis meses que mais pareceram uma eternidade. Selei nossos lábios em um selinho carinhoso, que logo transformou-se em um beijo intenso. Não um beijo feroz, com malícia e voracidade, mas um beijo terno, doce e suave, cheio de sentimento. Um beijo que irradiava amor e felicidade. Um beijo de dois jovens agraciados pelo mais puro e verdadeiro sentimento: o amor. Ouvi alguns “awn”, “que lindos” e até alguns tímidos aplausos, mas nada importava. O que importava era que, naquele momento, eu era a mulher mais feliz e completa do mundo. partiu o beijo sorrindo e sorriu mais ao ver minha cara de contrariedade. Por mim, ficaríamos naquele beijo até o mundo acabar. Como para desculpar-se, deu um sorriso torto.
- Tenho que acabar a música. – sorri, ternamente, enquanto observava-o pegar o violão novamente. Dessa vez, não sentou na banqueta, mas ajoelhou-se a minha frente.
I’ll wait, I’ll wait (eu esperarei, eu esperarei) I’ll love you like you’ve never felt the pain (eu te amarei como se você nunca tivesse sentido a dor) I’ll wait (eu esperarei) I promise you don’t have to be afraid (eu prometo que você não tem que ter medo) I’ll wait (eu esperarei) Our love is here and here to stay (nosso amor está aqui e veio para ficar) So lay your head on me (então deite sua cabeça em mim) Lay your head on me (deite sua cabeça em mim) So lay your head on me (então deite sua cabeça em mim)
levantou-se, deixando o violão no chão. Aproximou-se de mim e colou nossas testas, entrelaçando nossos dedos.
- ‘Cause little do you know I (porque mal você sabe que eu) – cantei os últimos versos junto com , com nossos olhos fechados – I love you ‘til the sun dies (eu te amo até o sol morrer).
puxou-me para um abraço apertado. Parecia que todo o condomínio havia ido até ali e agora todos aplaudiam-nos veementemente, direcionando-nos inúmeras palavras carinhosas. Minha mãe se encontrava em um canto com as mãos vermelhas de tanto aplaudir e o rosto vermelho de tanto chorar.
Eu também chorava, chorava feliz. Feliz por estar de volta com o homem da minha vida. Feliz por estar em seus braços novamente. Feliz por amar e ser correspondida. Só havia uma coisa errada na letra de Little Do You Know. Eu não amaria até o sol morrer, eu o amaria mais que isso. Eu o amaria eternamente.
FIM
Nota da autora: (01/12/2014) - No momento me acabando aqui, haha. Essa songfic é o meu xodó, gente <3 Para quem não conhece, Little do You Know é uma música do casal Alex & Sierra (vencedores da última edição do The X Factor USA), que são, tipo, muuuito amorzinhos <3, sou apaixonada por eles (nem deu pra perceber, né?)! Eles acabaram de lançar seu álbum e estreia “It’s About Us” e fazem covers incríveis, então quem não conhece corre pro Youtube! Enfim, o que acharam? Espero que tenham gostado de It’s About Us (a fic, não o cd, haha) tanto quanto eu. Não esqueçam de comentar ali embaixo para me deixarem feliz e pra mim saber o que acharam. Quem quiser também pode me gritar no Twitter (@vpthayna).
Beijos, e até a próxima!
Thayna, xx.
Ná Vieira
Quando criança eu sonhava em ser médica. Com 16 anos e prestes a me formar no Ensino Médio, já não tenho tanta certeza. Sou por vezes indecisa; curiosa e simpática também. Apesar de ser “falante”, não gosto de debater; gosto mesmo é de rir até chorar, mas odeio chorar (de tristeza) na frente de alguém. Amiga, companheira e conselheira, não gosto de expor meus problemas, e sim ouvir os dos outros e ajudá-los. Nunca namorei e/ou tive relacionamentos. Não espero um protótipo de príncipe encantado, mas alguém que me entenda, abrace-me sem eu pedir e seja, antes de tudo, meu melhor amigo.
Fã de One Direction e Demi Lovato, interessei-me por fanfics porque sempre imaginei demais.Tenho uma imaginação bastante fértil, e às vezes tento passar minhas ideias ao papel, nem sempre com êxito. Mas eu tento. Gosto bastante de livros, também; a leitura é uma das minhas paixões. E foi assim que eu encontrei, me apaixonei e não largo mais o FFObs! Hahah ♥