I Wanna Hold You
Autora: Juliana Lovatte
Beta: Julia Almeida


PRÓLOGO:


Inexplicavelmente a vida é complicada. Uma hora está tudo bem, outra hora tudo vira de cabeça para baixo. E como comigo não poderia ser diferente, eu já sofri inúmeras vezes por ELE.
Eu e nos conhecemos no Jardim de Infância quando tínhamos apenas 3 anos de idade. Ficamos super amigos, um grude. Nossos pais amavam nossa amizade.
Quando tínhamos 7 anos, ele se mudou para a minha rua (especificamente para uma casa ao lado da que eu morava).
Nosso primeiro beijo foi aos 14 anos em um parque de Londres. Nesse dia eu fiquei muito feliz, porém não tive coragem de admitir que o amava. Tudo estava confuso em minha cabeça... E se ele não sentisse o mesmo? E se isso atrapalhasse a nossa amizade?
Decidi-me que não contaria nada para ele.
Depois do nosso primeiro beijo, ‘ficamos’ algumas vezes... Mas, ambas as partes não falavam nada sobre AMOR.
Aos 17 anos perdi minha virgindade (n/a: foi com ele). Quando inteiramos 18 anos, decidi assumir que o amava, só que ele viajou para o Canadá e foi morar lá. Dois meses depois ele veio me visitar. E junto com ele estava Dakota, sua namorada. [Ódio eterno da vadia].
Pois é... Mas ele parecia estar feliz ao lado dela e, sendo assim, quem era eu para questionar alguma coisa?
Algo em meu coração me diz que um dia terei o em meus braços, poderei dizer o quanto eu o amo e saber que isso é recíproco.
Agora eu tenho 23 anos, terminei minha faculdade de Moda e já comecei a trabalhar. tem a mesma idade que eu e fez faculdade de Arquitetura, porém é integrante da McFly e não exerce a profissão de arquiteto.

~~Flashback 9 anos antes~~


~telefone tocando~

- Alô.
- !
- Hey, hey, . Boa tarde - Falei super animada
- Boa tarde, . Posso te fazer um convite? - Confesso que ele estava muito empolgado, ou ao menos parecia estar.
- Sim, sim. - Animei-me mais ainda.
- Vamos ao cinema comigo?
- Tenho que esperar minha mãe chegar aqui. Aí, eu peço à ela. - Falei um pouco tristonha, estava com medo de que minha mãe não permitisse.
- Ela deixou. - Ele disse seguro do que havia acabado de falar.
- Como? Deixou? Ãn? O quê? - Perguntei um pouco atordoada.
- Ela veio aqui em casa conversar com minha mãe sobre o que farão no aniversário da Susan. - Susan é muito amiga de nossas mães.
- E aí?
- Ela deixou. Mas você tem que chegar em casa antes das nove horas da noite.
- Ok, que horas nós vamos?
- Podemos ir às três horas. Tudo bem pra você?
- Sim! - Respondei com uma enorme empolgação.
- Então temos apenas 40 minutos para nos arrumarmos.
- Ok, vou me arrumar então.
- Eu também.
- Beijinhos, .
- Beijão, .

~~Fim da ligação~~


Desliguei o telefone e corri em direção ao banheiro. Tomei um banho rápido, passei meu hidratante corporal e meu novo perfume [N/a: Sou muito vaidosa]. Vesti um vestido lilás estampado, calcei uma sapatilha preta e coloquei um arquinho.
Quando bati os olhos no relógio, fiquei espantada, já eram 02:55 PM.
Peguei minha bolsa e desci as escadas. Nesse exato momento, tocou a campainha. Abri a porta e dei um abraço nele.
- , podemos ir?
- Sim, . - Sorri e ele retribuiu.
Tranquei a porta e puxou minha mão e sussurrou em meu ouvido que eu estava linda. Caminhamos até o shopping.
Assistimos '10 coisas que eu odeio em você'. O filme é muito L-I-N-D-O!
Em seguida, caminhamos até uma praça, tomamos sorvete de abacaxi e sentamos embaixo de uma árvore. Ele me abraçou e ficamos um tempão assim.
- , eu amo muito um menino, mas ele não me ama. O que eu faço?
- Esquece esse garoto.
- É impossível. Ele não sai dos meus pensamentos.
- É só você querer...
- Mas eu não quero - Realmente eu não queria esquecer e nunca conseguiria fazer isso.
- Mas ele não sabe o que está perdendo.
- E o que ele tá perdendo? - Algumas lágrimas escorriam por minha face.
- Você é linda, inteligente, sincera, alegre, delicada e simpática. Ele é um idiota de deixar você partir, ele é um canalha por quebrar seu coração. Você é uma princesa e merece alguém melhor que ele.
- Ele sabe o que tá perdendo e esse é o pior. E eu quero ele, apenas ele e mais ninguém.
- Não chore por ele. Esse filho da puta não merece uma lágrima que caia do seu rosto. Se ele não te quer, com certeza há quem queira, você apenas não percebe. -Dei um sorriso fraco
- , muito obrigada por tudo o que você faz por mim.
- Você merece, princesa. Não quero ver seu lindo sorriso ser substituído por lágrimas.
- O seu sorriso que é lindo. Realmente a garota que você ama é uma menina de sorte.
- Ela ama outro cara.
- Às vezes não. - Sorri e o abracei mais forte ainda. Dei um beijo em sua bochecha.

Ele sorriu e segurou meu rosto delicadamente. Ficamos com os rostos aproximadamente 1 cm distante do outro. Ele escorregou uma mão para minha cintura e a outra para a nuca. Passei meu braços ao redor de seu pescoço e ele me deu um selinho. Retribuí e selou nossos lábios.
A língua dele entrou em minha boca sem pedir passagem e eu estava muito feliz. Paramos o beijo pois estávamos quase sem fôlego.
Nos levantamos e fomos caminhando em silêncio - e de mãos dadas - até nossas casas. Assim que chegamos, me puxou e nos beijamos mais uma vez. Quando ele me soltou, segurou uma de minhas mãos e a beijou.
Nos despedimos com um selinho...

~~Fim do Flashback~~

CAPÍTULO 1:

Tomás: ''Eu posso não saber por que fui embora
Mas sei muito bem por que voltei''
(Sexo, amor e traição)


Acabei de receber uma ligação da minha mãe. Ela disse que tem uma surpresa para mim e que é para eu ir para a casa dela hoje à noite. Agora fiquei louca para saber sobre a tal surpresa... OMG, o que será?
Voltei a trabalhar, preciso terminar a nova coleção da minha loja ''Vogue Style'' o mais rápido possível.
Sim, eu tenho um atêlie de moda e uma boutique. E sim, eu também trabalho demais. E sim, eu que sou a dona.
Queria tanto que tivesse aqui. Há quase cinco anos que eu e ele não nos vemos. Raramente ele me liga, me manda sms ou me chama para conversar pelo chat.
Sinto tanta falta dele. Acho que vou viajar para o Canadá nas férias e passar uma ou duas semanas por lá. Preciso revê-lo e saber como ele está.

- Filha! - Minha mãe disse, abraçando-me fortemente.
- Mamãe! - sorri para ela
- Vamos entrar?
- Claro, mãe... - ela me deu passagem e eu entrei na casa de meus pais. Brittany (minha mãe) entrou logo atrás de mim.
Minha mãe me levou até a sala de jantar e, ao chegar lá, pude ver pessoas importantes para mim: Meu pai e os pais de .
- Pai... - Corri para abraçá-lo. Vi Hemilly e Robert e fui cumprimentá-los.
- Hemilly, Robert. Que bom que estão aqui. - Abracei-os - E ? Ele está bem?
- Sim, , está bem. Ele perguntou por você há alguns dias atrás.
- Sério, Hemilly? To morrendo de saudades dele - Meus olhos brilharam, pude ter certeza disso.
- Sério, . - Ouvi uma rouca voz masculina falar isso. Virei-me imediatamente. Não pude crer, era...
- ?
- Depois de me olhar, você ainda tem dúvidas disso, ?
- Não! - Corri até ele, pulei em seu colo. Ele me puxou pela cintura e ganhei um abraço meeeega apertado. E por incrível que pareça, lágrimas escorreram por minha face.
- Não chora, - Ele disse limpando meu rosto e dando um beijo em minha bochecha.
- Eu tava morrendo de saudades. - Disse um pouco manhosa
- Então somos dois... - ele riu, paramos de nos abraçar e fomos até a mesa onde jantaríamos.
Ele se sentou ao meu lado.
- , você vai ficar quanto tempo aqui em Londres?
- Vou morar aqui... - disse enquanto levava sua taça com champanhe até a boca.
- Quer dizer que voltarei a ter meu melhor amigo ao meu lado? - Perguntei empolgada.
- Você sempre me teve ao seu lado, .
-Own - fiz bico e todos riram.
Jantamos, conversamos e rimos. O jantar foi maravilhoso. Essa surpresa foi P-E-R-F-E-I-T-A!
Após o jantar, os pais de foram embora para a casa deles (que por sinal, é ao lado da casa de meus pais) e eu levei para minha casa.
- Que linda a sua casa, - disse assim que viu o lado de fora da mesma e eu estacionei o carro.
- Obrigada. - Saímos do carro, eu estava com algumas pastas na mão e uma bolsa Victor Hugo.
- Quer ajuda para levar as pastas? - perguntou.
- Obrigada... - Entreguei algumas pastas a ele e abri a porta de casa. Levei minhas coisas para o quarto e joguei em cima da cama. Enquanto isso, ficou na sala olhando um porta retrato com uma foto de nós dois.
- Voltei... - Disse sorridente ao descer as escadas e caminhar até ele.
- , essa foto não é aquela que nós tiramos ... - Interrompi-o.
- No parque naquele dia que nos beijamos?
- É... - Ele disse um pouco tímido.
- Aham... Foi sim.
- Então... eu estou com sono, onde posso dormir? – Ele mudou rapidamente de assunto e eu ri.
- Vem comigo. - Levei até o quarto de hóspedes (e modéstia a parte, era lindo).
- Dorme aqui, é ao lado do meu quarto. Deixarei a porta de lá aberta.
- Tudo bem... - Um tempo depois ele foi tomar banho no banheiro do quarto de hóspedes e eu no meu.
Uns 40 min depois, ele bateu na porta do meu quarto.
- Hey!
- Hey! Desculpa incomodar, mas só vim te dar 'boa noite'
- Você nunca me incomoda, seu palerma. - Rimos. É, as vezes nos chamamos assim. Ou chamávamos, antes dele ir embora....
- Ok, ok, boba. Agora eu vou dormir.
- Tudo bem. Boa noite pra você também, . - Ele me puxou e abraçou-me pela cintura. Logo em seguida depositou um beijo em minha testa.


No dia seguinte acordei, conversei com sobre a casa onde ele iria morar e obtive como resposta um ''Ainda não sei, preciso escolher alguma casa''.
Não perdi tempo e convidei-o para morar comigo, alegando que me sinto desprotegida sem a presença de alguém. E ele... bem, ele aceitou! Pois é, fiquei mega feliz por ele ter aceitado. Decidimos que ele pegaria as coisas na casa dos pais na segunda-feira.
Falei que podíamos fazer uma festa social e convidar , , e .
Perguntei se ele queria convidar a galera da banda e ele aceitou. Sendo assim, convidamos as pessoas que acabei de mencionar e, além delas, o e o .
Eu e saímos para comprar algumas coisas. Compramos vinho, champanhe, cerveja, croissants, carne para churrasco, pão de queijo, empadas, cupcakes, trufas, muffins, tortinhas de frango, mini-pizza, crepe, crisps de chocolate, trufado de capuccino e etc.


Lá pelas 07:30 pm eu fui tomar banho. Usei uma roupa básica mesmo. Vesti uma blusa branca e um short jeans e calcei uma sapatilha super fofa -porém básica- que comprei há dois meses atrás. Passei um gloss e desci as escadas.

Capítulo 2:

Phil: ''Alguém me perguntou hoje: 'Se você pudesse estar em qualquer lugar do mundo, onde você gostaria de estar?'. Eu disse para ele: 'Provavelmente bem aqui'.'' (Feitiço do tempo)


Todos os convidados vieram... e foram os primeiros a chegar. Em seguida, chegou sozinha.
e vieram juntos. Já a foi a última a chegar [Ela chegou 08:40 pm]. fez questão de me apresentar aos meninos.
E confesso, eles são super legais. O que eu mais me identifiquei foi o . Sei lá, mas ele é muito fofo e engraçado. Ficava fazendo várias palhaçadas o tempo inteiro para nos divertir. Todos nós ficamos conversando por várias horas.
Depois de estarmos um pouco familiarizados uns com os outros, criamos um pouco de intimidade para falarmos abertamente sobre coisas aleátorias.

- Queridos, o que acham de brindarmos? - propôs.
- Brindar como? - perguntou.
- Com taças, dã! - respondeu.
- Eu sei, mas você propõe esse brinde a quem ou a quê?
- A volta do , ué! - Me intrometi na conversa.
- Esse é um ótimo motivo a ser brindado - concordou comigo.
- Mas se for assim, todos da banda merecem um brinde. - disse.
- Ah, é? E por quê? - questionou.
- Porque se não fosse por nós, ele não teria voltado. - interveio.
- Por nós uma ova, ele voltou por outros motivos... - interveio.
- Ou outra pessoa. - concluiu.
- Ah, que foda-se o motivo dele ter voltado. Vamos brindar logo? -, impaciente, disse isso.
- Credo, amiga. - Eu falei.
- Ah, mas é que eu quero brindar. E já está mais do que claro o motivo dele ter voltado para Londres. Todo mundo já sabe quem é a pessoa que fez isso acontecer.
- Claro... Se não fosse pelo piloto do avião, neste momento ele não estaria aqui. - disse.
- Nhenhenhe, vocês são muito engraçadinhos. - Ele disse e eu ri.
- Eu tenho uma ideia melhor. - Eu resolvi me pronunciar.
- E que ideia é essa, ? - .
- Já que a propôs um brinde e o propôs que fosse à banda, por que não brindamos à McFly?
- Ótima ideia, - disse batendo palminhas.
- Amiga, se controla. Você não pode ser retardada na frente de todos. Que coisa feia, tsc tsc - Eu disse entre gargalhadas.
- Retardada é você que não disse ''eu te amo'' para o homem da sua vida e o perdeu. E se não fizer isso logo, corre sérios riscos de perdê-lo novamente. - Ela disse e eu fiquei com os olhos um pouco marejados.
- Não chora, . - me abraçou e eu derramei algumas lágrimas, mas ele logo secou. - Não liga pra isso. Você pode ter o cara que quiser. - Me apertei ainda mais no corpo dele e nós nos sentamos. Ele disse em meu ouvido ''Você é linda. Não chore, minha princesa'' e eu sorri. Ele secou novamente as lágrimas teimosas que escorriam por minha face e deu um beijo em minha bochecha. Todos os nossos amigos ficaram olhando.
- Você está melhor, ? - chegou perto de mim e sentou-se ao meu lado.
- Sim.. - Sorri.
- Amiga, não fica assim. - chegou e sentou no colo de . - , me perdoa. Eu não queria que você chorasse. Não foi minha intenção. - falou e eu sorri.
- Me perdoa? - Ela perguntou novamente...
- Mas é claro que sim, . - Levantei e dei um suuuper abraço de urso nela.
- E por favor, não o perca novamente. Eu sei que você o ama - Ela falou baixinho e apenas eu escutei essas palavras.
- Sim...
Ficamos conversando por muito tempo, até que eles foram embora às 02:30 da manhã.

Já haviam se passado 2 meses que estava morando na mesma casa que eu. Eu sempre dormia bem, dormia feliz e tranquila por saber que ele estava bem agora. Por saber que ali eu poderia ter noção do que ele faria ou não.
Porém, naquela noite eu não estava conseguindo dormir.
Quando eram 03:30 da manhã eu fui ao quarto dele e abri a porta delicadamente. Ele estava lendo um livro e nem percebeu que eu havia chegado.
- Hey! - Ele fechou o livro e olhou para mim com um sorriso.
- Hey.
- Bem, eu vim aqui porque não estava conseguindo dormir.
- E o que você quer que eu faça? - Ele disse com um meio sorriso no rosto.
- Me ajuda a dormir? - Fiz cara de cachorrinho sem dono.
- Vem cá. - Ele bateu na cama e eu me deitei ao seu lado.
Ele cantou uma música linda para mim.
Fez com que eu lembrasse de várias coisas que aconteceram conosco no passado e me fez um cafuné maravilhoso. Eu sorri enquanto ele passava sua mão em meus cabelos. Acabei pegando no sono e dormindo no quarto que agora era dele...

Na manhã seguinte, ao acordar, percebi que estava sozinha. Aonde será que estava? Resolvi levantar e prendi o cabelo em um coque mal feito e andei com minhas pantufas lilás até a sala.
Quando cheguei lá, vi cantando um trecho de ''Help!'' dos Beatles [N/A: Já comentei o quanto eu amo THE BEATLES?].
Aproveitei e comecei a cantar junto com ele. Assim que ele me viu, ou melhor, ouviu, parou de cantar e caminhou até mim com um lindo sorriso. Comecei a dançar pela cozinha e ele apenas me olhava rindo. Mas era um sorriso carinhoso e meigo.
- Boa tarde, dorminhoca.
- Boa tarde. Que horas são?
- Já são duas horas da tarde.
- Duas horas da tarde? OMG - Levei um super susto.
- Sim, Bela Adormecida.
- E o que vamos fazer?
- O que acha de almoçarmos na casa dos meus pais? e vão para lá.
- Acho ótimo.
- O almoço vai ser às 03:00 Pm, portanto é melhor você se arrumar logo.
- Tá bom... Mas você vai me esperar, né?
- Espero sim, ! - Ele sorriu.
Subi as escadas correndo e tomei um banho. Vesti meu vestido preto e calcei uma sapatilha de mesma cor. Peguei minha bolsa e desci as escadas.
Ele já estava arrumado - e muito lindo. Perguntei quem iria dirigir, eu ou ele. me respondeu que seria ele.
[N/A: Ele dirigiu o MEU carro. Como vocês já sabem, estava morando no Canadá e voltou de lá há alguns dias atrás. Mas como vocês ainda não sabem, ele comprou um carro no mesmo dia que chegou de viagem. Mas o veículo estava na casa de seus pais].
Fomos até lá e, ao chegarmos, Hemilly nos cumprimentou e mandou que entrassemos. O Sr.Robert também veio falar conosco.
e já estavam lá, portanto o almoço foi servido rapidamente. Ficamos conversando durante um bom tempo. Até que Hemilly resolveu levar eu e para o quarto dela, deixando apenas os homens conversando na sala.

- , você tem que contar pra ele o que você sente. - disse.
- Não, não e não. Ele não sente o mesmo - Respondi.
- Quem disse que não? - perguntou novamente.
- Eu disse que não. - Respondi.
- , conte-me a história detalhadamente. - Hemilly pediu.
- Hemilly, há 9 anos atrás eu e nos beijamos em uma praça daqui de Londres. Depois disso, acabamos ficando várias vezes. Mas ele não dizia nada para mim e eu não dizia nada para ele.
- E aí? - Ela perguntou curiosa.
- E aí que depois de 3 anos, nós dois não nos controlamos e perdemos a nossa virgindade.. Juntos. Quando inteiramos 18 anos, eu iria dizer que o amava. Então ele foi embora. Isso doeu muito em mim e fez com que eu me sentisse rejeitada. Perdi a conta das vezes que chorei por ele, mas depois de alguns meses ele veio nos visitar e a Dakota veio junto. Eu fiquei com ódio eterno da vadia da garota. Mas se ele estava namorando com ela, devia ser porque a amava demais. Sendo assim, eu tive que fingir que estava feliz por ele, mesmo não estando, mesmo sabendo que aquela escolha poderia ser terrível para a vida dele. Depois que ele voltou para o Canadá, eu fiquei pensando se ele casaria-se com ela e se os dois teriam filhos. Essa hipotese me deixava tão abalada que eu estava profundamente magoada.
- Termina de contar, amiga. - pediu, mesmo já sabendo da história toda. - Nós nos falávamos raríssimas vezes. Eu continuava sofrendo e depois de tanto sofrer, achei que um dia eu conseguiria superar esse amor. Mas... -Suspirei.
- Mas? - Hemilly .
- Mas depois de cinco anos, o voltou. E agora aumentou todo o amor que eu sentia por ele. Mas eu não sei se estou pronta para sofrer novamente. Não sei se vou aguentar passar por tudo isso de novo. Então eu resolvi convidá-lo para morar comigo, quem sabe essa não é uma maneira de passar mais tempo com ele? Não quero, não posso e não devo perdê-lo novamente.
- , eu preciso te contar uma coisa.
- Que coisa, Hemilly?
- Ele também te amava, amava muito. E ainda ama, posso ter certeza disso.
- Como ele me amava se foi embora e arrumou outra por lá?
- A Dakota foi uma tentativa de que ele te esquecesse, mas não deu certo. Ele não queria te esquecer e não conseguiria.
- Mas...
- Não tem nada de ''mas'', . Você sabe por quê ele voltou?
- Não...
- Depois você pede ao para te contar a história da volta do . Ele sabe de todo o ocorrido.
- Por quê você não me conta?
- Eu não posso contar, não sei a história. Apenas , e . Mas é o que sabe de todas as coisas que aconteceram, pois ele é o melhor amigo de . Assim como você é a melhor amiga do meu filho. A melhor amiga que fez ele descobrir o que é amar.
- Depois eu vou conversar com ... Mas eu não sei se vou conseguir dizer o que sinto, não agora. Talvez demore um pouco, eu preciso ter certeza que ele me ama. Preciso ouvir isso da boca dele.
- Você não precisa ter pressa. Pode esperar para dizer, só diga quando realmente quiser. Mas tenha certeza de uma coisa, ele te ama. -Hemilly disse.
- Espero que um dia você seja minha cunhada... - super fofa ao dizer isso.
- E eu espero ser sua sogra. Tenho certeza que um dia isso vai acontecer. -Hemilly disse isso e nós três rimos.
- Tomara que esse dia chegue logo -Eu disse e elas me deram um abraço. Nós rimos e depois ficamos conversando por horas lá no quarto. A conversa foi interrompida quando girou a maçaneta da porta e entrou no quarto.
- Com licença. , está na hora de irmos, não acha? Já tá ficando tarde. -Olhei para meu relógio de pulso e constatei que era verdade. - Vamos então. Mas antes eu vou me despedir da sua irmã, do seu cunhado e dos seus pais.
- Tá bom, te espero lá embaixo. Ok?
- Tá.
Desci as escadas com a Sra. Domingues e minha amiga . Despedi-me das duas e logo depois eu me despedi do Sr.Robert e do .
Eu e caminhamos até a garagem, onde meu carro estava estacionado. Ele resolveu que iria em seu carro e eu no meu, assim ele não precisaria pegar meu carro emprestado para sair. Liguei para antes mesmo de sairmos de lá e combinei de passar na casa dela e buscá-la para irmos à pizzaria. Assim que chegamos lá (à pizzaria), vi que tinha uma ligação perdida de e retornei.

~~Ligação On~~
- Alô.
- , que bom que atendeu. Vi que tinha uma ligação perdida no meu celular e era sua. Aconteceu alguma coisa?
- Claro que aconteceu. - Ele disse com a voz nervosa - Você devia estar em casa há meia hora. Por acaso você está presa no trânsito?
- Ér, bem.... É que....Ah, você sabe.... Então.... - Eu me embolei todinha para falar.
- Fala logo. - Ele estava bravo, pude perceber.
- EuEstouAquiNaPizzariaComA.
- O que? Repete, mas fala devagar.
- Eu estou aqui na pizzaria com a .
- E por que não me avisou? Eu poderia ter ido com vocês. Ou você não quer mais minha presença? Se não quer, ao menos telefonasse e me dissesse aonde ia. Pois eu sou tão palerma que estava aqui te esperando, achando que tinha acontecido alguma coisa com você, que alguém tivesse te sequestrado, que você tivesse sido assaltada, que tivessem feito algum tipo de coisa com você ou que tivesse sofrido um acidente. E onde você está? Na pizzaria se divertindo com a e esquecendo que eu existo.
- Eu não esqueci de você em momento algum. Apenas achei que você estivesse muito cansado e não fosse querer vir.
- E ESTOU cansado. Você não percebe que o fato de eu ter ficado preocupado com você me cansou?
- Ah, então é isso. Você está cansado de mim. Você me odeia.
- Eu não disse que te odeio, muito menos que estou cansado de você. Só estou dizendo que você poderia ter tido o bom senso de me avisar. - Ele gritava.
- Eu ia ligar assim que chegasse. Aliás, eu não liguei?
- Ligou porque viu minha ligação perdida.
- Ou porque eu me preocupo com você ao ponto de te avisar aonde eu vou para que você não se desespere.
- Nós estávamos juntos há horas atrás, você poderia ter me avisado. - Ele continuou gritando.
- Tá bom. Não importa se eu te avisei ou não. O que interessa é que você não precisa ser assim o tempo todo.
- Assim como? Um idiota que se preocupa com você? Eu concordo, eu não deveria ser assim. Mas o que eu posso fazer se sou burro ao ponto de querer saber por onde você anda?
- Você não é idiota, muito menos burro. Me ouve, eu tenho que falar com você.
- , eu cansei das suas desculpas esfarrapadas. Quer saber de uma coisa? Me erra, esquece que eu existo.
- Não, por favor, deixe eu me explicar.
- Você não tem o que explicar.
- Tenho sim. Mas se você não quer ouvir, não me importarei em não dizer. Aliás, pra você é indiferente o que eu faço ou deixo de fazer. - E desliguei o telefone na cara dele.
~~Ligação Off~~
- Amiga, você se importa se eu for embora? - Perguntei à .
- O que aconteceu?
- Discuti com o . Não vou conseguir sentir o gosto da pizza. A gente marca outro dia, ok? Aí eu te conto tudo.
- Então tudo bem. Só não quero que ele machuque seu coração.
- Mais?
- Mais.... - Ela me deu um abraço e disse que eu poderia ir tranquila, que ela chamaria um táxi para voltar para sua casa.
Acabei concordando, afinal, eu estava mega mal.
Não sei nem como consegui dirigir até chegar em casa. Acho que furei o sinal algumas vezes. O fato é que eu cheguei em casa chorando e encontrei na sala. Ele me olhou e quando ia dizer alguma coisa, eu me adiantei e disse o que estava entalado.
- Contente agora? Você arruinou minha noite, não pude nem conversar com minha melhor amiga, estou com fome, cansada, com olheiras, rímel borrado e a cabeça explodindo. Acho que agora você finalmente conseguiu o que queria.
- Você tá louca? Eu não queria que nada disso acontecesse, a culpa foi sua.
- Sempre a culpa é minha. Você sempre é o certinho, o coitadinho, a vítima.
- VOCÊ QUE TÁ SE FAZENDO DE VÍTIMA - Ele gritou e começamos a gritar um com o outro.
- EU POSSO ESTAR ERRADA, MAS VOCÊ TAMBÉM ESTÁ.
- EU SOU SEMPRE O INÚTIL NA HISTÓRIA, NÃO É?
- PELO VISTO, ESSES 5 ANOS QUE VOCÊ PASSOU MORANDO NO CANADÁ SÓ FIZERAM COM QUE VOCÊ SE TORNASSE ESSE SER HUMANO RÍDICULO.
- EU SOU RIDÍCULO PORQUE ME PREOCUPO COM VOCÊ. DEVE SER POR ISSO QUE VOCÊ NÃO ME DÁ VALOR.
- EU NUNCA DISSE QUE NÃO TE DOU VALOR, PORRA.
- NÃO DISSE, MAS DEMONSTRA. JÁ VOU LOGO DIZENDO QUE EU NÃO SOU UM BRINQUEDO QUE PODE SER MANIPULADO. EU NÃO SOU UM FANTOCHE. VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE ME MAGOAR, DE AGIR ASSIM COMIGO.
- VOCÊ ACHA QUE NUNCA ME MAGOOU? QUE NUNCA ME FERIU? QUE NUNCA FEZ COM QUE EU ME SENTISSE ESTRAÇALHADA?
- O QUE VOCÊ TÁ DIZENDO?
- O QUE VOCÊ OUVIU. AGORA, COM LICENÇA QUE EU VOU SUBIR PARA O MEU QUARTO, TOMAR MEU BANHO E DESCANSAR. NÃO QUERO OLHAR PARA VOCÊ POR MAIS NENHUM SEGUNDO.
- VOCÊ É LOUCA.
- FORAM OS ANOS DE CONVIVÊNCIA COM VOCÊ QUE ME DEIXARAM ASSIM. AGORA, PASSAR BEM. - Joguei minha bolsa nele e subi as escadas correndo.
Fui para meu quarto, tomei meu banho e deitei para dormir. Ele não apareceu em meu quarto para pedir desculpas e eu tinha plena consciência de que ele não faria isso. Não nessa noite.


No dia seguinte, acordei e fui direto à uma padaria comprar algumas coisas para o café da manhã.
Levei 4 cupcakes, 2 capuccinos com creme, 2 sucos de laranja e 2 sanduíches naturais.
Voltei para casa em menos de meia hora. Vi descer as escadas e rapidamente desviei o olhar.
- Ér... Bom dia - Ele disse um pouco tímido.
- Bom dia! - Respondi seca e sem olhar para ele. - Comprei algumas coisas para o café.
- Não precisava.
- Precisava sim, eu estou com fome e suponho que você também esteja.
- Supôs certo. - Ele riu e eu rolei os olhos.
- Enfim... Tem dois cupcakes para você, um capuccino com creme, um suco de laranja e um sanduíche natural. Comprei as mesmas coisas para mim.
- Obrigado, depois eu te dou o dinheiro.
- Não precisa. - Fui ríspida com ele - Preciso comer, tenho que chegar ao atêlie em menos de uma hora. Marquei com a Sra.Hollister de vermos sobre o vestido que ela pediu para eu desenhar.
- Você está indo bem no trabalho. Fico feliz.
- Ótimo. Agora eu vou comer. - Peguei meu lanche e comi rapidamente. Arrumei-me e quando estava saindo para trabalhar, me chamou.
- Vai trabalhar?
- Não, eu estou com as coisas do meu trabalho mas vou passear no London Eye. - Falei irônica.
- Pensei que você fosse trabalhar. - Ele respondeu ironicamente.
- Mas é claro que vou e acabei de te falar isso. Hoje é segunda-feira. Eu não posso simplesmente ficar em casa descansando como você faz. Eu não tenho uma banda famosa, eu não tenho essa vida boa que você tem. Eu posso ser rica, mas isso não me impede de trabalhar. Com licença. - Fui até meu carro e segui diretamente para o ateliê.
Passei o dia inteiro trabalhando e quando chegou a noite, fui diretamente para casa.

CAPÍTULO 3:

Christian: Meu presente é minha música E essa é pra você E você pode contar pra todo mundo Essa é a sua música Ela pode ser simples, mas agora que está pronta Eu espero que você não se importe, que eu tenha colocado em palavras Como a vida é maravilhosa Agora que você está no mundo. (Moulin Rouge),/center>

Uma semana se passou e continua sendo completamente ignorado por mim. Amanha à noite, a McFly vai fazer um show em uma praia de Brighton.
Obviamente que os meninos convidaram eu e minhas três amigas. e já namoravam há algum tempo, e se apaixonaram e namoram há um mês.
Já a e o estão apenas se pegando, mas eles se amam. Eu fico feliz por meus amigos. Nunca iria imaginar que isso um dia aconteceria. Mas enfim, aqui estou eu, dentro do ônibus da McFly com os quatro McGuys e minhas três melhores amigas.
Como já era de se esperar, o clima entre eu e não melhorou muito. Brigamos inúmeras vezes depois da briga da pizzaria.
Ele está tentando se aproximar de mim, mas eu venho ignorando-o. Dói muito em mim ter que agir assim com ele, eu o amo demais, mas acho que não estamos aptos para voltarmos a ter nossa grande amizade. E, sinceramente, se eu não posso tê-lo como meu namorado, meu marido, o pai dos meus filhos, ou seja lá o que for, contanto que ele seja meu.... Eu prefiro não ser amiga dele.
Eu e ele fomos sentados na penúltima poltrona do ônibus. Eu estava com a cabeça apoiada na janela e twetando pelo meu notebook, ignorando a presença dele.
As fãs da banda já sabem que sou muito amiga dos meninos e também sabem do namoro dos outros três integrantes. Elas adoram as meninas... Mas segundo as próprias, eu e somos as mais simpáticas.
Awwwn, elas são umas fofas! Tinham fã clubes até para mim, óbvio que tinham muito FC's para e eu. As meninas pediram para eu fazer um #Chat . Obviamente que eu o fiz. Tinham perguntas de todos os tipos.
''@: Vocês estão pedindo um #Chat, portanto é o que farei. Usem a Tag, ok?''

''@Cupcakedo: @, com qual dos meninos você tem mais intimidade? #Chat '' ''@: @Cupcakedo, eu tenho, ou melhor tinha, muita intimidade com o .

''@PrincesaDo: @, quem é a sua melhor amiga? #Chat '' ''@: @PrincesaDo, Minha melhor amiga é a @''

''@NoMundoDa: Qual a maior qualidade do ? E o maior defeito? #Chat '' ''@: @NoMundoDa, a maior qualidade dele é ter caráter. O pior defeito é ser ciumento''

''@CasaComigo: @, é verdade que você já ficou com o ? #Chat '' ''@: @CasaComigo, é verdade sim. Mas isso aconteceu há mais de cinco anos''


Respondi algumas perguntas desse tipo e resolvi parar com o #Chat. acompanhou tudo pelo Twitter dele. Ele retweetou TODAS as perguntas e respostas e Tweetou: ''@Roobert: Hey, fãs lindas. Estou com saudades daqui... Acabei de acompanhar o #Chat. Estava incrível...'' ''@Roobert: Eu e a @ estamos 'brigados'. Eu juro que já tentei fazer de tudo para que ela me perdoasse, mas não deu certo. Alguma dica, McLindas?

Oh, God! Ele quer que eu o perdooe.

''@Roobert: É o seguinte, gente. Hoje durante o show haverá uma surpresa para uma pessoa especial. Espero que gostem... Tentem adivinhar quem é a pessoa, não está tão difícil assim, eu juro. Haha''

Estou curiosa, quero saber que surpesa e essa é para quem é.
Depois de um bom tempo, chegamos ao hotel Brighton Hill Palace. Foram reservados quatro quartos. O pessoal se dividiu em casais e obviamente eu e ficamos no mesmo quarto. Relutei um pouco mas acabei aceitando. Seguimos para nossos quartos e assim que entramos no 709, perguntou se eu me importava em dividir o quarto com ele. Sim, eu disse que não me importava. Ele sorriu e disse que não aguenta mais as nossas brigas. Eu disse que é divertido brigar com ele, mas que eu me sinto SUPER mal. Resolvemos dar uma trégua enquanto estamos em Brighton.

FIM

N/A: Então, essa fic eu comecei a escrevê-la no final de 2012, mas ano passado eu a abandonei. Esse ano eu a vi no meu computador e decidi finaliza-la. Não ficou muito boa, além de ser superclichê. Mas se você leu até aqui, mil vezes muito obrigada (independentemente de ter gostado ou não). Se quiser comentar, fique a vontade. Simplesmente comente o que quiser, eu realmente não ligo. E preciso agradecer especialmente à Amanda e Thais, minhas melhores amigas, por sempre lerem o que eu escrevo e me incentivarem a nunca desistir do que quero.

Nota da Beta: Qualquer erro de português e/ou html/script, é meu. Me informe pelo e-mail.


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