Lightning


Escrita por: July Bertoni
Betada por: Carolina Bezerra




Último dia de aula do último ano. O frio na barriga era algo surreal, parecia que meu estômago havia se transformado numa barra de gelo.
Mal cheguei no colégio e lá estava ela, se escondendo do mundo atrás da porta do armário, enquanto todos se abraçavam e fantasiavam um futuro que não me interessava no momento.
Eu passei o ano inteiro observando ela e não passava de hoje, eu iria pelo menos, dar oi.
- Andrew! Vamos pra aula, cara. – Julian, um dos meus amigos me chamou, passei tanto tempo olhando pra ela que não ouvi o sinal soar estridente.

Enquanto o professor de filosofia explicava sobre o sentido de estarmos todos – ou a maioria – em estado de euforia por conta da faculdade, ela, dava um jeito de fugir daquela atmosfera e desenhava algo parecido com uma pena em seu caderno.
- Então eu acho que o senhor Andrew Garfield poderia nos explicar qual o grande sentido desse momento da vida de vocês, não é?! - O professor e toda a classe me encaravam.
- Eu?
- Sim, já que o senhor não está prestando atenção, certamente, já sabe tudo sobre a vida, sobre a matéria... – Ouvi alguns risinhos das garotas mais fúteis do planeta.
- Bom, eu não sei nada sobre muita coisa. Mas sei que esse é um momento de reflexão e de aprendizado. Nós nos sentimos imortais por estarmos indo pra faculdade, mas quando chegarmos lá, na segunda semana já vai ter sido um marasmo. – Algumas pessoas discordaram, mas, enquanto eu tentava terminar minha linha de raciocínio, ela parou de riscar o papel e soltou a caneta, então, ela se virou e olhou exatamente pra mim. – Não é bem como se a gente não fosse sentir esse frio na barriga nunca mais, eu mesmo já senti isso várias vezes, quando eu peguei num skate, ou quando eu pulei de algum lugar muito alto, ou quando eu me apaixonei. Eu me senti o imortal mais vulnerável do mundo e mesmo assim, eu arrisquei. Talvez, no futuro, quando não houver mais esse sentimento, significa que morremos e que enquanto nós sentirmos isso, nós vivemos.
- Que texto de mulherzinha, Garfield. – Ian disse fazendo algumas pessoas rirem. – O quê, Clarice Lispector escreveu isso?
- Eu concordo com ele – Ela disse fazendo com que todos se calassem. – Nós vivemos enquanto sentimos, e, quando nós não sentimos mais nada, morremos. Mesmo que não fisicamente, mas espiritualmente, e aí... Nós não valemos mais nada. – Ela olhou pra mim de novo, e sorriu, pegando a caneta e voltando a rabiscar.
- Eu acho que vocês são loucos. – Ian rebateu, mas, eu não prestei atenção nas palavras burras que ele disse. Eu estava encantado de mais com aquele sorriso e isso me encorajou ainda mais a falar com ela.

O último sinal soou naquele dia e eu não pensava em mais nada além dela e sobre o quê eu puxaria assunto.
- Andrew, vai rolar uma festa na casa do Marc. Você tem que ir. – Julian passou por mim e apontou o dedo em tom de ameaça, ele provavelmente iria pegar alguém na festa e, de algum modo, a minha opinião contava muito.
Entrei no estacionamento e a vi pegando uma das poucas bicicletas amarradas de qualquer jeito. Peguei o carro e saí dos arredores da escola esperando por ela numa ruazinha próxima a casa dela.
Não demorou muito e eu consegui avistar o verde do casaco que ela usava e os cabelos pretos e azuis cortando o rumo do vento.
- Ei, posso falar com você? – Parei na frente dela, fazendo-a apertar os freios rapidamente e quase tombar pra frente.
- O que você tá fazendo aqui? Eu quase caí, sabia? – Ela disse exasperada, mas ainda assim sorrindo. – Claro que pode o que houve?
- Oi. – Foi a única coisa que eu pude dizer assistindo aos movimentos dela pra descer da bicicleta e me olhar confusa.
- Oi
- Desculpa, eu, não sei onde estava com a cabeça. Você se machucou? – Eu não ouvia minhas próprias palavras e minhas mãos não paravam de tremer dentro dos bolsos.
- Não, não me machuquei. Mas, o que você quer? – Ela perguntou olhando pra cima da minha cabeça, acompanhei seu olhar e vi a enorme nuvem carregada que se desmancharia em breve sobre nossas cabeças.
- Bom, eu acho que vim te convidar pra uma festa. – Ela abriu a boca pra falar algo, mas logo a fechou, olhando pra mim ainda mais confusa. – Na casa do Marc, Marc Yang você o conhece?
- Sim, eu o conheço. Mas o que te faz pensar que eu aceitaria ir pra uma festa com você? – Vendo minha cara de espanto ela se adiantou a explicar. – Não, nada contra você, pelo contrário, é só que estudamos tantos anos juntos e só hoje você resolve falar comigo. Isso é no mínimo estranho. – Ela disse segurando firme o guidão da bicicleta.
- É eu sei. Me desculpe, só achei que.. Esquece. – Abri a porta do carro e coloquei metade do meu corpo pra dentro quando a ouvi dizer: - Venha me buscar as oito e eu realmente tenho que estar em casa às onze. – Assenti e entrei no carro de vez, vendo-a subir na bicicleta e olhar pra mim uma última vez antes de se virar e pedalar.

- Cara, a festa seria perfeita se o esquema da piscina ainda estivesse de pé. – Julian lamentava do outro lado da linha enquanto eu abotoava a camisa. – Maldita chuva.
- Eu não diria isso, agora só as pessoas interessantes vão.
- Eu gosto das pessoas interessantes, mas, as garotas de biquíni são impagáveis. – Ele disse fingindo soluçar.
- Calma cara, pode ser que alguém mude de ideia e resolva entrar na piscina mesmo com a chuva.
- Há pessoas que podem e as que não devem fazer isso.
- Você é ridículo, Jorris. Ridículo. – Disse desligando o telefone. Faltava meia hora pra eu ter que ir busca-la, e eu estava nervoso. E se ela tivesse mudado de ideia? E se ela não quisesse ou não pudesse mais sair por causa da chuva? Então, eu voltaria pra casa e me sentiria um idiota por ter perdido tanto tempo observando.

Ali estava a porta e a campainha da casa dela. Ali estava eu suando frio. Ali estava a incessante chuva. Ali estava o meu dedo apertando a campainha. Ali estava o som.
Ding Dong
- Você deve ser o Andrew. – Um senhor meio grisalho usando óculos abriu a porta.
- Boa noite. Sim, sou eu. – Estendi a mão e ele a apertou.
- Entra, acho que a já deve estar pronta. – Entrei na casa dela e tudo o que vi não me parecia novo, parecia com... Ela. Tudo na sala de TV lembrava ela, tudo no corredor lembrava ela, tudo o que vi lembrava ela. Tudo tinha o jeito dela, exceto as latas de cerveja do lado do sofá, a caixa de pizza em cima da mesinha de centro e o futebol americano nas alturas. – Gosta de futebol? – Ele não prestou atenção na minha resposta, graças ao avanço do time adversário.
- Pai, você já está intoxicando meu amigo com seu futebol? – A voz dela era tão melodiosa que mesmo com o futebol tão alto na TV eu consegui ouvir perfeitamente o que ela disse. Eu levantei para cumprimenta-la, mas, o pai dela passou a minha frente.
- Você está linda, querida. – Ele a abraçou pelos ombros com um carinho que eu já conhecia, era o mesmo carinho que o meu pai tinha com a minha irmã.
- Obrigada, pai. – Ela se soltou dele com dificuldade, mas, era incrível a maneira como ela fazia as coisas sorrindo.
- E você, rapaz, cuide muito bem dela hoje. Quero ela em casa as dez e cinquenta e nove, tá bem? – Ele dizia sério, mas ela rolava e olhos e puxava a barra do vestido azul pra baixo.
- Pode deixar, as dez e cinquenta e oito nós vamos tocar a campainha. Não se atrase. – Rimos e ela me puxou pela mão até a saída.
- Oi. – Ela disse fechando a porta atrás de si.
- Oi. – Disse olhando pros sapatos dela. – Você está muito linda hoje.
- Hoje? – Ela disse fingindo frustração
- Não, você sempre está linda, mas hoje está espetacular. – Ela riu. – Eu disse espetacular?
- Sim, você disse. – Ela riu mais ainda.
- Olha o que você fez comigo. Tá satisfeita? – Disse divertido, vendo ela assentir.
Abri e fechei a porta do carro pra ela, sentindo os olhos do pai dela me seguirem a cada passo dado, ao dar a volta no carro acenei rapidamente e entrei no carro, a chuva havia diminuído, mas não sanado.

- Então,
- – ela corrigiu enquanto arrumava o cinto de segurança.
- – dei ênfase na correção, e ela riu. – O que você faz?
- Seja específico. – Ela disse olhando um relâmpago que iluminou o céu.
- Depois da escola, o que você faz? – Me senti burro por abordar um assunto tão fútil.
- Ah sim, bem, eu cuido do meu pai, da minha casa e do meu peixe. – Ela disse categórica.
- Você tem um peixe?
- Sim, eu tenho um peixe. – Ela riu do meu entusiasmo.
- Eu sempre quis ter um peixe.
- É os peixes são os verdadeiros amigos do homem. – Sorri de lado.
- Bem, então, tudo o que sei sobre você é que você tem mechas azuis no cabelo, você adora os sapatos que está usando hoje, sei que seu pai ignora o futebol pra olhar pra você, que você faz tudo sorrindo; exceto na escola e que você ama o seu peixe. – Enumerei nos dedos e ela ficou séria por um tempo.
- Então é você? – Ela virou pra frente e ficou mexendo na barra do vestido azul com mangas curtas de couro. – É você quem fica me observando? – Ela sorriu de forma até triste.
- Me desculpe, eu... Eu achei que... É que você é tão incrível que não dá pra não observar.
- Não, Andrew, não se desculpe. É só que eu tinha uma teoria e agora a minha teoria está um tanto arruinada. – ela riu e olhou pra mim com uma expressão tranquila. Então, estava tudo bem?
- Eu pensei que pararia de chover logo. – Mudei de assunto e conversamos sobre isso por um tempo até que outro relâmpago acendeu o céu e um raio caiu sobre uma árvore a nossa frente, fazendo com que ela caísse na estrada. Apertei o freio com toda a minha força, mas o carro saiu derrapando e tudo o que vi fora o branco e tudo o que ouvi fora o de uma grande explosão.

Senti uma brisa me balançar e então abri os olhos, o branco ainda me rodeava e eu não me importei com tanta claridade nos olhos. De repente, um desespero subiu do meu peito para minha garganta.
- ! ! – Ela estava do meu lado no carro, e agora, onde ela estava? – !
- Ela, está bem agora. – Uma voz feminina e acolhedora soou atrás de mim.
- Quem é você e onde está a ? – Perguntei olhando em volta e tudo parecia extremamente branco.
- Você tem uma missão agora, Andrew. – Ela disse calma, seus cabelos pretos voavam em volta do seu rosto como se não houvesse gravidade.
- O quê? Que missão? Moça, eu só quero saber onde a está e se ela está bem. – Passei as mãos por meu rosto e cabelos, um sinal transparente de frustração.
- Ela está bem, mas, só você pode salvá-la e devolver a ela o dom da vida. Eu estou desobedecendo todas as grandes leis. Vou te dar duas chances de mudar isso, mas fique calmo. No fundo você saberá o que fazer.
Eu não ouvi uma palavra sequer de tudo o que aquela moça tinha dito, tudo o que estava na minha cabeça era a e eu não queria saber de nada além dela.

- Andrew! Ei, Andrew. Andy. – cutucava o meu braço enquanto me chamava.
- Você – Não consegui segurar os instintos e a abracei. – Você tá bem?
- Eu estou ótima, você é que não parece estar muito bem. O que houve? Você empalideceu do nada. – Ela me olhava com preocupação, enquanto passava a mão na minha testa. E então, o pai dela abriu a porta da casa deles e só aí eu percebi que havia a levantado do chão e que estava de volta ao ponto de partida, eu ainda não havia ligado o carro, muito menos ido ao caminho da festa.
- Ah, me desculpe. – Disse enquanto a colocava no chão – Eu só estou muito feliz por poder leva-la a festa. – O pai dela sorriu sem mostrar os dentes.
- Tenha juízo. – Ele disse sério entrando na casa novamente.
- Meu pai não está acostumado a ver a filha dele sendo abraçada por garotos. – Ela disse rindo enquanto corria pro carro e eu a acompanhei.
Olhei para o céu e fiquei em dúvida sobre o que fazer e então eu toquei na maçaneta do carro ouvindo um barulho ensurdecedor e abrindo os olhos devagar para receber a claridade branca que eu estava começando a me habituar.
- Você me matou com um raio, sério? – Disse exasperado para a mulher que parecia me esperar. – Pelo menos dessa vez a foi poupada?
- Sim, ela foi, mas você não sabe o que está fazendo, não é? – Ela perguntou daquele seu jeito maternal de sempre.
- Claro que não sei, o que você quer que eu faça?
- Venha, vou lhe mostrar algo. – Ela me levou para um lugar ainda mais branco, só que nesse havia uma mesa e uma espécie de bola de cristal onde passava algum tipo de filme ou algo assim. – Andrew, essa é a história de vida da e peço que preste bem atenção nos detalhes. – Olhei para a esfera e ela pareceu me engolir, de repente, eu fazia parte do cenário da história dela. Ela estava pequenininha, com uns quatro ou cinco anos, sentada num banco com um vestidinho preto e os cabelos amarrados de formas aleatórias.
- ? – Uma voz masculina que eu conheci como sendo a do pai dela a chamou e ela sorriu triste pra ele, que estava mais novo e mais magro.
Então, a pequena correu até o seu pai e falou algo em seu ouvido “papai, é verdade que a mamãe foi para o céu? “ a mulher ao meu lado pareceu triste ao dizer aquelas palavras.
- Ela era tão pequena, Andrew, e as pessoas já esperavam tanto dela. – A mulher acrescentou.
- Por que estou vendo isso?- Olhei pra mulher ao meu lado e ela olhou pra mim respirando fundo.
- Porque você vai precisar saber o que fazer, e eu não posso te dizer.
Fomos interrompidos pelo barulho da porta batendo, uma um pouco mais velha acabara de entrar no quarto e parecia estar muito brava com alguma coisa.
“Eu odeio a minha vida” ela rabiscava no caderno e isso fez a mulher ao meu lado fechar os olhos com força numa expressão de culpa.
- Esse é o momento de transição dela. A está se curando de tudo aquilo que a fez chorar, ela está se libertando de toda a mágoa, de tudo aquilo que ela não precisa.
- Como você sabe? – Perguntei a ela, e ela apontou pra onde tudo estava em negativo e apenas o coração dela se movia. Ela estava realmente se curando, era como se o coração dela estivesse ficando novo e mais vivo.
- A falta da mãe dela e a cobrança a fizeram se fechar para o mundo. Mas, de alguma forma, ela se abriu pra você e isso te torna especial. Tanto pra ela, quanto pra mim. – Ela disse e tudo ficou ainda mais claro. Aquela ali na minha frente, era a mãe da , e ela estava me ajudando a fazer as coisas certas pra protegê-la.
- Eu já sei o que devo fazer. – Disse convicto de que aquilo funcionaria.
- Eu sei que sabe e eu agradeço muito a você. – Ela sorriu como a fazia e isso me fez perceber algo que era óbvio.
Então, eu fechei os olhos e os abri.
- Andrew, você tá me assustando. – estava de braços cruzados dentro do carro e eu dei meia volta e abri a porta do carona pra ela sair.
- Eu tive uma ideia melhor. – Gritei por causa da chuva que começou a cair mais forte.
- E qual é? – Ela gritou de volta colocando o casaco em cima da cabeça.
- Vamos ficar? Nem eu e nem você queremos ir a essa festa. – Ela sorriu e eu tive a impressão de que nada brilhava tanto quanto os olhos dela.
- Até que enfim. – Ela disse rindo e disparamos a correr pra frente da porta da casa.

- Porque não disse antes que não queria ir? – Perguntei enquanto ela fazia chocolate quente.
- Porque eu queria que você adivinhasse. – Ela riu me entregando uma xícara. – Cuidado, tá quente. – Ela sentou no banco ao meu lado e respirou fundo.
- Eu tive algumas chances pra perceber que não era uma boa ideia, na verdade, a festa era só um pretexto. – Ela riu.
- Na verdade, essa não é a primeira vez que você fala comigo. – Ela disse enquanto soprava o conteúdo de sua xícara.
- Não? – Perguntei confuso.
- Não, nós éramos pequenos e você me ajudou a desenterrar minha boneca da caixa de areia do parquinho.
- Eu não acredito, era você?

*flashback*
- Ei, devolve a minha boneca! – Ela pedia e os meninos mais velhos continuavam a jogar areia sobre o brinquedo.
Minutos depois, lá estava ela cavando com as mãos enquanto algumas das crianças riam do desempenho dela.
- Eu vou te ajudar. – Um menino sorriu e lhe ofereceu uma pá de brinquedo, arregaçando as mangas de sua blusa do Homem-Aranha, ele começou a cavar também.
Quando ele encontrou a boneca, ele chacoalhou os cabelos de plástico pra tirar toda a areia e a devolveu pra menina.
- Obrigada. – Ela disse passando a mão na roupa da boneca.
- Você pode agradecer se casando comigo. – Ele disse e ela riu.
- Eu aceito.
E por todo aquele dia, eles brincaram. Mas nunca mais se viram.
*flashback off*

- Você não se lembra disso? – Ela disse incrédula.
- Não. Droga, como pude esquecer? – Ele bateu em sua própria cabeça fazendo com que ela risse ainda mais.
- Não faz mal, eu tenho mania de não esquecer as coisas. Eu ainda tenho a boneca, sabia?
- Não brinca? Eu quero vê-la. Exijo! - ele brincou e ela foi buscar uma caixa.
- Aqui estão objetos que me remetem as melhores lembranças. – Ela o entregou a caixa.
Vários objetos e pedaços de papel enchiam a caixa e quase a faziam transbordar. Não demorou pra eu achar a boneca ainda com um pouco de areia nos cabelos, ela não havia mudado nada. Vários desenhos e velinhas de bolo de aniversário, fotos de quando ela era pequena prenderam minha atenção, mas, a maior de todas as fotos prendeu meus olhos por algum tempo.
- Essa na foto comigo é a minha mãe, um ano antes de ela morrer. – Ela disse sorrindo triste, mas ainda assim, sorrindo. – Só eu sei como é difícil crescer sem ela pra me ajudar. – A voz dela embargou e os olhos marearam.
- Como você pode dizer isso? Ela sempre soube a falta que faz, e sempre ajudou você. – Só percebi que falei de mais quando ela olhou pra mim e levantou as sobrancelhas. – Quer dizer, eu acredito nisso.
- Eu tenho a teoria de que quando me sinto observada, é ela quem está me olhando. E eu gosto disso. – Ela sorriu apertando a foto contra o peito.
- Até na escola?
- Principalmente na escola. – Ela disse passando o dedo sobre a foto e guardando junto com as outras coisas.
- Ah então, nós dois estamos numa competição acirrada sobre quem te observa mais. – Ela riu e deu um soco de leve no meu braço.
- Obrigada, Andrew. – Ela ficou séria, mas o ar estava tranquilo.
- Eu que agradeço. – E então estávamos próximos, muito mais do que o pai dela recomendaria, muito menos do que eu gostaria. E aí, a luz piscou e faltou a energia. Senti a respiração dela bater no meu rosto, então, eu segurei a mão dela e a beijei calma e profundamente.
- Você ainda quer se casar comigo? – perguntei depois de separar o beijo.
- Sim. – Ela respondeu rindo.
- Eu amo você, . – Eu disse sem saber que estava dizendo, mas era a verdade.
- , eu vou até a estrada com o McDowell pra ver o que aconteceu, parece que uma árvore caiu na estrada. Comportem-se. – O pai dela disse e eu senti os pelos do meu braço se arrepiarem um por um.
- Eu amo você, Andrew.


FIM



N/A: (10/11/14) Primeiramente deixa eu surtar pelo site novo que tá um espetáculo! uhuuuul *--* Segundamente deixa eu surtar de novo por ter uma fanfic aqui, nesse site que eu tanto amo e acompanho há séculos! uhuuul. Chega de surtações, agora, Oi gente, eu sou a July (voz de locutor de rádio) a escritora apaixonada (/voz de locutor de rádio), e eu amo, amo, amo escrever fanfics que despertam esse lado mais romântico das pessoas, acredito muito nessa coisa toda de que o amor salva vidas, porque salvou a minha muitas vezes, todo dia na verdade. Agora, deixa eu agradecer à Beta Maravilhosa Carolina Bezerra Diva De Todas As Baladas que foi um amor, super compreensiva com minhas dúvidas - sem contar os emails da madrugada - Obrigada Carol <3
Então, é isso, quase que a n/a ultrapassa o tamanho da fic, acontece quase sempre, obrigada a vocês que leram e que leem isso aqui. Vocês são lindas, nhac. Qualquer xingamento, pedido, necessidade de conselho falem comigo pelo twitter recém feito @BertoniJuly e é isso, é isso. Obrigada de novo, até a próxima!




comments powered by Disqus


Qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.
Para saber quando essa fic vai atualizar, acompanhe aqui.



TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO SITE FANFIC OBSESSION.