Living For This Moment






, amor. Levante, levante, levante! Hoje é o grande dia. Lembra? Levante, amooor! – o estava pulando em cima de mim já fazia uns cinco minutos, tentando me acordar, o que foi muito mal sucedido, considerando que sou uma pessoa de sono muito pesado.
, deixe-me em paz, pelo amor de Deus. Você está pulando em cima de mim em pleno sábado de manhã. Tem noção disso? Está basicamente assinando seu atestado de óbito. Se eu fosse você, começava a correr agora e correr bem rapidinho – disse num tom ainda sonolento, obviamente brincando.
– Mas, amooor, você esqueceu que hoje é um dos dias mais especiais das nossas vidas? – ele disse, ainda meio que me chacoalhando. Juro que estava reprimindo a vontade de jogar o travesseiro na cara desse bobão alegre.
, comece a fazer sentido! – falei, agora abrindo um pouco os olhos.
– Hoje é o dia em que vou leva-la para o encontro mais divertido e especial do mundo. Vá se arrumar que o nosso dia vai ser longo, babe – o menino disse com aquele sorriso irresistível brincando em seus lábios.
– Ai, como é difícil ser eu – sussurrei para mim mesma, levantando-me da cama e indo direto para o banheiro. Escovei os dentes, o cabelo e coloquei uma roupa não tão glamorosa e nem tão básica. Desci as escadas. estava me esperando com uma camiseta branca, calça jeans preta e tênis.
– Aí está, minha linda. Venha cá, amor – pegou minha mão e me colocou na frente dele, virada de costas para o próprio. Pegou seu celular e bateu uma foto de nós dois.
– Então, o que temos planejado para hoje? – perguntei, virando-me para ele e colocando meus braços em volta de seu pescoço, enquanto as mãos dele descansavam em minha cintura.
– Mhmm, vejamos... Agora vou levá-la para tomar café no Starbucks e o resto falo depois –falou, sorrindo e me olhando nos olhos.
– Você sabe que não sou muito fã de surpresas, idiota – eu disse, brincando e dando um leve tapa no ombro dele.
– Mas juro que você vai gostar, amor. Sério. Confie em mim – falou, fazendo biquinho. Sorri e dei um leve selinho nele.
– Então tá. Vamos que já estou com fome – falei, enquanto procurava as chaves do carro.
– E me fale quando você não está com fome, dona – esse menino tirou o dia para ficar me atormentando. Não era possível.
– Olhe aqui, . Vai ficar falando de quando estou com fome ou não? Procure a chave do carro que você ganha mais – Falei enquanto sorria. A gente vivia nesse ritmo de "brincar de brigar".
– Ai, ela ficou toda mandona agora – o garoto falou, mostrando a língua e procurando as chaves. Achou e me entregou.
– Bom menino! – eu disse, dando dois tapinhas no alto da cabeça dele, igual quando algum cachorrinho obedece à dona.
– Que é isso, ? Virei cachorro agora?
– Sempre foi, babaca – eu disse rindo.
– Auuu. Au, au, au – começou a imitar um cachorro e explodi em risada.
, acho que você não tem noção de como você é babaca, né? Aff – falei sorrindo, enquanto íamos para a garagem. – Ah, queridinho, se você acha que vou dirigir, está muito enganado. Pode colocar o seu lindo bumbum no banco do motorista, porque estou muito cansada pra guiar. Não mandei você me acordar cedo, bobão – dessa vez quem mostrou a língua fui eu.
– Ah, a bonitona vai ficar aí de boa, né? Sou eu quem sempre dirige. Nossa, é sempre tudo eu. Quer alguma coisa? Peça para o ! Acho que vou até mudar meu nome para Escravo , já que é o que pareço mesmo – falou, fingindo estar bravo.
– Ahhh, está bravinho agora, bebê? – falei, apertando as bochechas dele. – Dirija mais e fale menos, . Vamos, vamos. Estou com fome.
Rimos e ele continuou dirigindo. Nem preciso mencionar que o dirige parecendo um louco que acabou de sair do hospício. Meu Deus do céu, só faltava me deixar louca. O garoto parou o carro e descemos. Enquanto andávamos em direção à porta central, seguramos a mão um do outro. Sentamo-nos e logo a garçonete veio anotar nossos pedidos.
, olhe aqui! – estava comendo uma rosquinha e parou pra me mostrar a comida dentro da boca dele.
, que nojo. Eca. Como posso namorar uma pessoa que nem você? Deus, pare com isso – eu disse, sorrindo e fingindo desaprovação.
– Ah, pare, bobona. Estou brincando. Vá, levante-se e vamos que o nosso dia é para lá de longo – ele pagou a conta e voltamos para o carro. O rapaz começou a dirigir.
– Aonde a gente está indo agora, ? – perguntei, olhando para o menino.
– Já disse que é surpresa, senhorita – falou, apertando o meu nariz.
– Ah, claro. Você pode estar me sequestrando e nem estou sabendo. Muito legal isso, hein? Joinha para você – falei, agora olhando para frente.
– É lógico. Estou a sequestrando, sim, viu? Se eu fosse você, saía correndo agora enquanto ainda é tempo – falou, assentindo.
Apenas rolei os olhos. parou o carro e vi que estávamos em um parque de diversões, mas ele estava completamente fechado e vazio.
, o que a gente está fazendo aqui? O parque está fechado – avisei, olhando com uma expressão séria e pensativa para ele.
– Mas aí é que está o ponto-chave, amor. O parque é só nosso! – o garoto quase não podia esconder a animação.
– Não, mas espere aí, . Você Está querendo invadir o parque? É isso o que você está me dizendo? – eu disse um pouco incrédula.
– Mhmm, OBVIAMENTE! E não se preocupe que, se você está com o , está com Deus. Então vamos andando porque temos uma grade para pular.
– Haha, se está achando que vou pular uma grade, está muito enganad... , COLOQUE-ME NO CHÃO! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?! – comecei a gritar, quando ele me colocou em seus ombros e me carregou para a grade.
– Amorzinho, permita-se ter diversão pelo menos uma vez. Agora, você vai pular a grade ou vou ter que obrigá-la? – disse brincalhão.
, você não tem limite – falei, enquanto ia me posicionando para pular a grade. Comecei a escalá-la e nem era tão grande assim. Pulei e logo estava do outro lado. – Agora pule, . Ou você vai deixar uma pobre e indefesa garota dentro de um parque basicamente abandonado? – fingi uma cena dramática, o que o fez rir.
– E depois o idiota sou eu, né, amor? – ele disse, já pulando a grade.
– E você é o Homem-Aranha desde quando, ? Está hábil em pular grades, né, querido? – falei, sorrindo e adentrando o parque com ele.
– Minha querida, muita prática no jardim de infância resultou nisso – falou, rindo um pouco.
Enquanto estávamos entrando no parque, viu a montanha-russa e começou a ficar animado que nem um idiota. Logo falou:
, é ali mesmo. Venha – pegou minha mão e me guiou para a entrada da montanha-russa. Uma vez que chegámos lá, foi ajustar uma daquelas máquinas para dar apenas uma volta. Sentamos em um lugar da montanha-russa e ela começou a andar.
– Está legal, amor. Você sabe que não sou fã de altura, né? – perguntei em um tom preocupado, enquanto via a montanha-russa fazer a sua primeira subida.
– Quem diria? Você com medo de altura, né? – falou rindo, enquanto dei um tapa levemente no ombro dele. – Está bom, amor. Desculpe. Venha aqui – ele disse, colocando um braço em volta do meu ombro e o outro segurando a minha mão. Minha respiração começou a ficar acelerada, à medida que esse brinquedo ia atingindo o topo da primeira subida. Quando isso aconteceu, prendi a respiração e fechei meus olhos fortemente. deve ter notado, porque apertou seu braço em minha volta.
*ZAAAAAAAAAAAAAAM*
A descida foi tão rápida que o brinquedo continuou no mesmo ritmo até chegar ao seu ponto final. “Aleluia”, pensei para mim mesma.
– E então, amor, o que achou? – ele disse, enquanto saíamos da entrada da montanha-russa e caminhávamos em direção a uma espécie de barraca.
, essa foi uma das experiências mais torturantes que eu já tive. Ugh, deu até fome de novo – o menino começou a rir de um jeito um tanto descontrolado.
– Ok, babe. Venha que vou lhe ensinar como fazer morango com chocolate. Ou pelo menos tentar adivinhar como faz, né? Porque eu não sei – caminhamos em direção à barraca, que agora eu via bem que era aquele estilo que fica vendendo doces e salgados nesses tipos de parque. foi atrás dos morangos, enquanto eu procurava a calda de chocolate.
– Tudo certo, amor. Então, basicamente, a gente precisa mergulhar os morangos no chocolate e comer – disse com um sorriso um tanto quanto malicioso nos lábios, o que me deixou meio desconfiada.
– Ok – falei, ainda o olhando um pouco desconfiada. Peguei uma colher com um morango em cima e o mergulhei na calda, como tinha dito. Trouxe-a para os meus lábios e comi.
– Mhmmm, nada mal – falei, ainda terminando de mastigar o morango.
– Tudo bem. Minha vez – pegou a colher, mas, em vez de colocar o morango em cima, colocou direto na calda de chocolate e passou tudo na minha bochecha, antes de explodir em risada.
– AAAH! VOCÊ NÃO FEZ ISSO! – exclamei chocada.
– Oh, mas eu fiz – ele disse, ainda não conseguindo conter a risada.
– Dois podem jogar esse jogo, – eu disse. Logo após, peguei o recipiente em que estava toda a calda de chocolate e despejei na cabeça dele.
! CORRA AGORA! – ele disse e eu sabia que tinha que correr mesmo, pois o garoto faria bem pior comigo. Saí correndo o mais rápido que pude, ainda rindo, mas é claro o rapaz era mais rápido que eu.
– E agora você vai fazer o que, mocinha? – disse, sentado em cima de mim e segurando minhas mãos, enquanto eu estava deitada no chão. É, ele tinha me pegado.
– Olhe só, querido. Você pediu por isso! Não mandei você me sujar toda de chocolate.
– É, mas agora estou precisando me limpar. Sabe? – e, assim que terminou de falar isso, começou a passar o cabelo cheio de chocolate no meu rosto e pescoço.
– Ai, não, ! Pare! – falei, rindo muito agora. O menino me ajudou a levantar e tentou limpar a roupa.
– Ah, olhe aí, . Agora nós dois estamos todos sujos. "Enchocolatados" – o garoto adicionou, rindo.
– A culpa é sua! – falei, rindo com ele.
– Tanto faz. Venha que nosso encontro ainda não terminou, senhorita – pegou minha mão e me guiou de volta ao carro. E, de novo, eu não sabia aonde estávamos indo. Porém, não perguntei, porque sabia que ele não iria responder.
A gente foi em um silêncio confortável até nosso próximo destino, que pelo o que pude ver era a praia. Ele estacionou o carro e veio abrir a porta para mim. Pegou minha mão e me levou até a areia da praia, onde nos sentamos. me abraçando por trás e eu descansando minhas costas em seu peito, enquanto olhávamos as ondas se quebrarem. Depois de um tempo em silêncio, disse:
, levante-se. Quero lhe mostrar uma coisa – ele disse, sorrindo.
– Ok...? – levantei-me, ainda com um pouco de suspeita.
– Feche os olhos – ele disse.
– Ah, não, . Lá vem. Você vai aprontar outra comigo – falei um pouco séria.
– Não, amor. Vá logo – o menino terminou, enquanto eu ia fechando os olhos.
– Ok. , o que você vai faz...? ! COLOQUE-ME NO CHÃO! JÁ É A SEGUNDA VEZ QUE VOCÊ ME CARREGA ASSIM HOJE! NÃO FAÇA ISSO! – ele tinha me pegado de novo e estava correndo em direção ao mar.
– Tarde demais, babe – riu e logo depois me jogou na água. Terminei de mergulhar e voltei à superfície. Notei que o rapaz já tinha mergulhado também, porque seu cabelo estava molhado.
– Ah, seu filho de uma mãe. , eu odeio você! Venha cá – nadei rápido até ele e pressionei sua cabeça para baixo da água, querendo afogá-lo, mas brincando é claro.
– Ai, ! Está bom! Está bom! – disse rindo, voltando à superfície para tomar ar. Contudo, assim que tomou, afoguei-o de novo.
– Está bom nada. Vai ficar aí agora – falei rindo e, quando achei que era suficiente, afastei-me sorrindo. Mas não voltava.
, pare de ser idiota. Sei que você está só zoando com a minha cara de novo – chamei, enquanto o esperava de volta na superfície, mas ainda nada. - ...? ! – ok, agora comecei a ficar preocupada. Não dá para ficar esse tempo todo embaixo da água, então mergulhei e tentei achá-lo, porém ainda nada. Voltei à superfície. - ! – comecei a gritar de desespero e algumas lágrimas começaram a se formar nos meus olhos. De repente, senti duas mãos pegarem as minhas pernas e, quando me virei de costa, voltou, rindo mais que tudo. - , puta que pariu, cara. Você acha isso engraçado? – falei irritada dessa vez.
– Amor, desculpe. Eu tinha que fazer isso – ele falou, ainda rindo.
– Cale a boca, idiota – e, com isso, saí da água e fui andando até o carro. veio correndo atrás de mim.
– Amor, desculpe-me. Eu não sabia que isso ia chateá-la tanto. Mil vezes desculpas. Não quero estragar nosso encontro – o garoto falou sinceramente.
– Ai, , mas não faça mais esse tipo de brincadeira. Babaca. Assustou-me de verdade – falei, dando um tapinha de leve em seu rosto.
– Eu prometo, amor. Desculpe. Agora vamos que, por mais que o dia esteja chegando ao fim, ainda temos algumas coisas para fazer.
Eu estava abrindo a porta do carro, quando me interrompeu e disse:
– O que você está fazendo? Nossa diversão na praia ainda não acabou! – ele falou sorrindo.
– O quê? Eu me recuso a nadar de novo, – cruzei os braços, enquanto falava decidida.
– Não, boba. Venha comigo – e, de novo, ele pegou minha mão e foi me levando para o outro lado da praia, onde vi que tinha um pequeno palco, uns instrumentos em cima e algumas pessoas já posicionadas para assistir ao que fosse acontecer ali.
soltou minha mão e andou em direção à entrada do palco. Fiquei meio confusa, mas então ele pegou o microfone:
– Bom galera, hoje estou aqui para cantar uma música que gosto muito para uma pessoa de quem também gosto muito e junto com as outras pessoas mais especiais da minha vida.
E, com isso, os amigos do entraram no palco. , , e , todos se posicionaram.

Shut the door, turn the light off.
(Feche a porta, apague a luz.)
I wanna be with you.
(Eu quero estar com você.)
I wanna feel your love.
(Eu quero sentir seu amor.)
I wanna lay beside you.
(Eu quero me deitar ao seu lado.)
I cannot hide this, even though I try.
(Não posso esconder isso, mesmo que eu tente.)

começou a cantar e eu já não podia esconder a emoção. Essa música, Moments, era a minha preferida e sabia disso. Lembro-me de ver os meninos e ele tocando pela primeira vez. Foi também a primeira vez que conheci o resto da banda e me apaixonei por esses cinco bobões. Um era meu namorado, mas os outros quatro eram como irmãos para mim.

Heart beats harder.
(Coração bate mais forte.)
Time escapes me.
(O tempo foge de mim.)
Trembling hands touch skin.
(Mãos trêmulas tocam a pele.)
It makes this harder
(Isto se torna difícil)
And the tears stream down my face.
(E as lágrimas escorrem pelo meu rosto.)

cantava olhando pra mim, sorrindo, e eu sorria de volta, enquanto relutava em deixar as lágrimas caírem. , palhaço como sempre, estava fazendo um coração com as mãos e balançando no alto, o que me fez rir um pouco.

If we could only have this life for one more day.
(Se nós apenas pudéssemos ter essa vida por mais um dia.)
If we could only turn back time.
(Se nós apenas pudéssemos voltar no tempo.)

cantou, olhando fundo nos meu olhos. Dessa vez eu tive certeza, de novo, de que tinha feito a escolha certa. Sabia que ele era o cara que ia me fazer sorrir por muitos anos à frente.
You know I'll be
(Você sabe que eu serei)
Your life, your voice,
(Sua vida, sua voz,)
Your reason to be my love.
(Sua razão para ser meu amor.)
My heart is breathing for this.
(Meu coração está respirando por isso.)
Moments in time.
(Momentos no tempo.)
I'll find the words to say
(Acharei as palavras para dizer)
Before you leave me today.
(Antes que você me deixe hoje.)

Todos começaram a cantar dessa vez e não pude evitar. Desabei em choro enquanto os olhava. Agora eles estavam todos de pé, na frente do palco, olhando para mim. olhava como se estivesse dizendo que estava tudo bem. estava olhando para mim também. Sempre o amei demais. Poderia até dizer que tinha uma LEVE, apenas LEVE quedinha por ele, porque o menino era tão doce, lindo, brincalhão, e eu sabia que ele sempre estaria ali por mim. Se alguma coisa acontecesse comigo, o garoto sempre seria o primeiro para quem eu iria correr. Era mais como meu melhor amigo. , e estavam com sorrisos nos seus rostos, enquanto ainda cantavam.
Quando terminaram a música, vieram até mim.
– E aí, , o que achou? – perguntou, sorrindo e me abraçando.
– Ai, , for perfeito. Vocês são perfeitos, cara. Olhe aí. Até me fizeram chorar – falei sorrindo, enquanto limpava meu rosto, e todos eles me abraçavam.
– Ah, que fofinha a chorando – disse, o que fez nós todos rir.
– Cale a boca, ! – disse, brincando. – E venham vocês todos aqui, porque quero tirar uma foto. Esse momento tem que ser guardado – falei, enquanto pegava meu iPhone.
Pedi para um cara que estava passando bater a foto. Guardei meu celular no bolso e virei para os meninos:
– Eu amo vocês demais, pessoal. Outro abraço família. Aproveitem que hoje estou carinhosa! – alertei enquanto eles me abraçavam, porém esse abraço nos fez cair no chão e todos eles estavam em cima de mim.
– Meu Deeeus, está cada dia mais difícil ser eu! – falei rindo, enquanto os meninos se levantavam rindo também.
– Ok, mas, pessoal, tem uma coisa a dizer! – disse.
– É, , ainda tem a parte final do nosso encontro. Por isso vamos para casa e lá a gente se arruma – ele falou, enquanto caminhávamos em direção ao carro.
– Tudo bem. , você me carrega até o carro? – perguntei sorrindo.
– Claro que sim, minha dama – "o é o melhor amigo que já pude ter", pensei para mim mesma, enquanto subia nas costas dele.
– Olhe que desse jeito eu fico com ciúmes, hein! – disse sorrindo, enquanto andava na frente com , e , conversando. Assim, eu e fomos deixados um pouco para trás.
– Você sabe que o ama você, né, ? – perguntou.
– Claro que sim, . Também o amo muito – falei sorrindo. Meus braços estavam em volta de seu pescoço e minhas pernas, em sua cintura.
– E eu também a amo muito. Você sabe que sempre vou estar aqui para o que der e vier, né? – ele perguntou sorrindo.
– Sim, lindo, e o mesmo vai para você. Pode ser três da madrugada de um domingo, ou dez da noite de um sábado, você sempre pode contar comigo – com isso dei um beijo em sua bochecha e chegamos ao carro. Desci de suas costas e me sentei no banco da frente, ao lado do que estava dirigindo, e com os outros no banco de trás.
– Não tem jeito melhor de terminar um encontro, galera. Sério! Nossa família toda reunida – falei, sorrindo de orelha a orelha, referindo-me ao fato de ter o e os meninos todos juntos comigo.
Ouvi um coro de "awwwn" deles.
– Que bonitinho, . A gente se sente assim também – disse, enquanto apertava minhas bochechas.
A gente foi o resto do caminho conversando sobre coisas aleatórias, até que chegamos.
– Ok, agora vamos todos nos arrumar, pois vamos ter um jantar formal – anunciou.
Entramos no meu lar e os meninos já se sentiam em casa. Havia quatro banheiros, então eu fui para um, para outro, e o resto dos meninos revezou nos outros dois. fez piadinhas sobre tomar banho comigo, mas, como tinha mais gente na casa, eu disse que era deselegante, o que o fez rir.
Depois de tomar banho, coloquei meu vestido preto colado que ia até a metade da coxa, fiz a maquiagem, coloquei o salto, arrumei o cabelo e desci as escadas. Como de manhã, estava me esperando no final delas, vestindo uma camisa branca, blazer preto com lenço vermelho, calça jeans um pouco apertada e sapato. Como sempre, lindo.
, estou sem palavras – ele disse, olhando-me de cima até abaixo.
– O mesmo para você – falei sorrindo, enquanto colocava um braço em volta do dele. Os meninos também já estavam prontos, quase no mesmo estilo de . Também lindos. – Meninos, vocês estão lindos! – exclamei, apertando o bumbum de cada um, enquanto ouvia coros de "obrigado".
Fomos para o carr. Todos pegaram os mesmos assentos de antes e, mais uma vez, eu não sabia para que restaurante estávamos indo. parou o carro e vi que estávamos no Nando's.
, como você sabia que esse era meu restaurante preferido? Nunca nem lhe falei nada! – perguntei incrédula.
– Digamos que tive uma ajudinha – quando ele disse isso, olhei pra trás e piscou para mim. Claro. Sorri para o mesmo e descemos do carro.
Fomos andando em direção à porta. Entramos e pegamos uma mesa grande para todos. Sentei-me ao lado de e os meninos, na nossa frente. Fizemos nossos pedidos e, quando terminamos, disse:
– Acho que você devia falar para ela agora, .
– Falar o quê? – perguntei, limpando a boca com o guardanapo e olhando de para .
– Bom, ... – começou, enquanto subia na mesa.
, por que você está subindo na mesa, meu Deus do céu? – perguntei, sem entender nada.
– Eu disse que subir na mesa não era uma boa ideia! – alertou rindo.
– Ah, cale a boca. Assim é mais romântico – disse, sorrindo.
– Opa, claro. Subir em cima da mesa – disse, rindo junto com os meninos. E eu ainda sem entender nada. Foi aí que começou a se ajoelhar e fiquei chocada e imaginando o que estava por vir.
, você nã... – ele não me deixou terminar de falar e disse:
– Cale a boca, idiota. Não vou pedir para casar com você. Não agora – falou, sorrindo, e me senti um pouco aliviada. Não me culpe. Amo muito o menino, mas somos muito jovens para casar agora.
, sei que sou o cara mais palhaço desse mundo. Faço brincadeiras idiotas, deixo você irritada, acordo-a cedo em um sábado, irrito para caramba e, bom, acho melhor eu parar de falar dessas coisas antes que você pare de me amar – ele disse, rindo. – Mas o que acontece é: eu amo muito você. De verdade mesmo. Nunca me senti assim com alguém... Sabe quando você está com uma pessoa e tudo parece certo? É assim que me sinto com você. Amo os momentos bobos que a gente têm juntos, amo quando me faz rir. Amo quando me lembro daquela vez em que estávamos assistindo a um filme de terror na sua casa e lhe deu vontade de ir ao banheiro, mas você não queria ir sozinha. Então me fez carregá-la no colo até lá e ainda tive que esperá-la sair para carregá-la de volta ao sofá... Amo quando me liga de madrugada só porque perdeu o sono. Eu poderia ficar aqui um bom tempo falando das coisas que gosto, , porém a coisa é: posso brincar o tempo todo, ser o maior bobão alegre, contudo o que sinto por você é além de real. Quando digo que a amo, realmente quero dizer isso – ele parou para sorrir e pegar uma caixinha que estava no bolso dele. Abriu e mostrou uma aliança. – , não estou a pedindo em casamento e namorando a gente já está, então acho que eu só estou pedindo para a gente ter algo mais sério que namoro, mas não tão importante quanto um casamento. Sei lá. Só quero deixar as coisas mais sérias e firmes do que estão. E aí, o que me diz? – ele terminou e desceu da mesa, o que me fez rir. A essa altura, eu já estava com lágrimas nos olhos de novo.
– Sim, sim, sim, sim, . Mil vezes sim. Meu Deus, eu amo você – abracei-o forte e o garoto retornou o abraço.
– Eu a amo muito, – e, com isso, o resto dos meninos se juntou ao abraço e nós estávamos tendo outro abraço família. E eu chorando de novo.
– Devia ser proibido vocês me fazerem chorar desse jeito! – eu disse, limpando as lágrimas dos olhos.
– Pense que são lágrimas de emoção, linda – veio na minha frente e me ajudou a limpar as lágrimas. Em seguida, deu-me um beijo na bochecha.
Abracei cada um deles e depois fomos para o carro. ligou o rádio e, para minha surpresa, Moments estava tocando. Eu estava tão feliz. Estávamos todos aqui juntos. Sabia que nunca poderia pedir para estar com pessoas melhores. Todos eles me completavam tanto, de maneiras diferentes, mas ainda assim. Olhei para o rosto de cada um, que estavam cantando a música alto, e sorrindo. Por último, olhei para , que voltou o olhar. Naquele momento, eu sabia que nunca amaria outro cara como o amava. Esse idiota. Sorri para mim mesma e me juntei à cantoria deles.


Fim



Nota da autora: -





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