Fic by: Cathy | Beta: Ste Pacheco



“O Carnaval de Nova Orleans é inesquecível. São dias e noites deslumbrantes com carros alegóricos desfilando pelas ruas, transportando bandas de jazz.”


É o que dizem os amantes dessa festa e eles não poderiam estar mais corretos. As ruas são cobertas por pessoas fantasiadas, cada uma mais diferente que a outra, uns cobertos da cabeça aos pés e outros com nem tanta roupa assim. O verde, roxo e dourado estavam quase que predominantes em todas elas — afinal, são as cores tradicionais da festa, cada uma com uma simbologia diferente² — seja em acessórios ou espalhadas por toda a roupa. Era incrível a forma como o elegante e o ridículo se misturavam ao ponto de não você não mais saber ao certo a diferença entre eles.
E eram assim durante todos os 12 dias que antecediam o Mardi Gras¹, o ápice de toda a festa, que no caso é hoje. Durante essas duas semanas ocorria uma espécie de aquecimento até o evento principal e nos últimos cinco dias ocorriam os desfiles maiores e mais elaborados.

O clima de festa que contagiava a cidade era algo complicado de entender. Você simplesmente sentia.

Como a maioria das ruas estavam fechadas devido aos desfiles dos carros alegóricos, era complicado de se chegar em qualquer lugar, mas não impossível. E nesse momento eu estava tentando ultrapassar um mar de gente que vinha em direção contrária a mim, a fim de chegar num dos bailes de máscaras mais importantes da cidade. O baile dos pais da .
era filha do prefeito da cidade, mas era o contrário de tudo que eu imaginei dela na primeira vez em que a conheci — aquela velha mania de julgar os outros antes mesmo de conhecê-los, baseando seu julgamento apenas no que ouviu falar deles. Sério, não faça isso —, na verdade, ela e toda a família eram umas figuras à parte, sempre bem humorados e dispostos a fazer qualquer loucura que você propor. era o oposto de mim, na maioria das vezes, mas deve ser por isso que ela é minha melhor amiga há tanto tempo, afinal, se eu fosse melhor amiga de alguém totalmente igual a mim, seria muito, muito chato, além de totalmente monótono.
e mais umas duas amigas nossas tinham ido à um desfile, hoje mais cedo, a fim de pegar colares de contas³, mas eu dispensei, afinal, já tinha muitos deles guardados em meu armário e esse ano eu realmente não estava afim de ter que apelar e mostrar meus seios4 a fim de conseguir mais alguns. Ok, peitos = colares não era bem uma regra, muito menos uma tradição e nem todas faziam isso só por causa dos colares, mas em 97% dos casos era a forma mais eficaz de atrair a atenção de um dos mascarados do carro alegórico.

Depois das duas quadras necessárias para ir da minha casa até a casa de — duas quadras estas, que nunca me pareceram tão longe — já era possível ouvir a música alta que tocava no jardim de trás e ver as pessoas chegando com suas fantasias. Essa era uma das partes mais legais, ver a criatividade dos outros em relação às fantasias. As mais clássicas são o bobo da corte, o rei e a rainha, e outras fantasias que remetem aos membros da corte real do século 17, mas no atual século 21, dá para se ver todo o tipo de fantasia e alguns, como disse antes, usam quase nada.
Cada convidado que aparece em uma festa no Mardi Gras deve usar uma máscara. Isso era obrigatório, seja em bailes ou mesmo nos desfiles de ruas. As mais populares são as grandes e com penas que cobrem dois terços do rosto, devido ao ar de mistério, que só era aumentado pelas luzes que piscavam em tons de verde e dourado. O Mardi Gras se trata, ao meu ver, de uma forma de poder ser quem você quiser e o que você quiser durante uma noite inteira, podendo comparar-se ao Halloween nesses quesitos, mas a diferença era que a terça-feira gorda era muito mais alegre.

! — Ouvi meu nome e olhei para trás, encontrando uma garota que estava vestida como uma espécie de rainha/princesa chique ou qualquer coisa assim, com uma máscara violeta de penas, que cobria metade de seu rosto, mas ela tirou para que eu pudesse reconhecê-la. Sorri e fui em sua direção.
— Você está linda — Disse, quando cheguei perto e dei um grande abraço em minha amiga.
— Você também está e wow, o que temos aqui? — perguntou, apontando nada discretamente para o decote do meu vestido e me deixando vermelha por debaixo da máscara. — soltando as garras, raw — Ela fez uma barulho estranho que decifrei como uma tentativa falha da parte dela de tentar imitar um rosnado.
, cala a boca — Pedi, em meio a risadas.

Ela enlaçou seu braço no meu e fomos andando em meio às pessoas. Perguntei como fora o desfile de hoje cedo e ela disse que foi muito legal e que eu deveria ter ido. Ela também contou que Lisa mostrou os seios, conseguiu uns três colares e mais à frente ganhou outros cinco. Do jeito meio emburrada que ela contou, provavelmente tinham apostado quem conseguiria mais colares e ela não ganhou.


— Qual era a aposta? — Perguntei, mais alto, depois que passamos pela porta da cozinha, chegamos ao jardim de trás, onde a música tocava mais alta e ela bufou.
— Passar três dias sem tocar no cabelo.
— Eca! , isso é nojento! De quem foi a ideia?
— Minha — Ela falou, encabulada e eu soltei uma risada alta. sempre teve essa tendência de acabar se ferrando com as próprias ideias.

A medida que fomos andando, algumas pessoas que passavam foram nos cumprimentando. era facilmente reconhecida como uma das anfitriãs da festa, mesmo mascarada, devido a sua fantasia de princesa. Mesmo as fantasias mais clássicas serem reis e rainhas, quando ocorriam bailes desse tipo, essas fantasias eram, indiretamente, dadas como privilégio aos donos da casa/anfitriões.
Paramos no bar e pediu uma bebida colorida para nós. Eu não fazia a mínima ideia do que era, mas sempre acertava e dessa vez não foi diferente.

— Mais uma, por favor — Pedi, para o bartender bonitinho que me lançou um sorriso de lado e preparou mais um.
— Vai com calma, gracinha, você nem sente o álcool, mas ele sobe rápido — Ele avisou, enquanto me entregava o copo cheio de novo.
— Obrigada pelo aviso, mas acho que eu posso, afinal é carnaval! — Gritei a última palavra e ergui o copo como se fizesse um brinde imaginário e enquanto o bartender ria, eu tomei um grande gole da bebida.
— É uma pena eu estar trabalhando hoje — Ele disse, olhando para um ponto fixo que eu sabia ser o meu decote. Sério, era só um decote, qual o problema das pessoas, afinal?
— Realmente, uma grande pena — Respondi, e uma voz ao fundo gritou para ele, pedindo uma bebida, ele me lançou um sorriso triste e eu dei de ombros. Ainda tinha muito dessa festa que eu pretendia descobrir.

Ao olhar para trás a fim de falar com , percebi que uma dessas coisas seria o local onde ela se encontrava, pois, aparentemente, enquanto flertava com Brian, ela sumiu de vista e com toda essa gente mascarada e dançando no meio do meu caminho, nem com a fantasia diferencial dela eu conseguiria achá-la.
Suspirei fundo e terminei a bebida em um só gole, deixando o copo em cima do balcão. Não ia nem tentar procurá-la, sabia que mais cedo ou mais tarde ela mesma acabaria me encontrando e ir atrás dela agora só seria perda de tempo e esforço.

Andei até a pista improvisada e deixei que a música me dissesse o que fazer. Levantei as mãos e comecei a mexer meu quadril ao ritmo que me era imposto e logo constatei que era verdade o que o bartender bonitinho tinha dito: a bebida cor de rosa realmente subia rápido.
Aos poucos, fui sentindo meu corpo esquentando e o cabelo grudava em minha nuca, me incomodando, além das penas da minha máscara estarem ficando presas na minha bochecha. Antes que eu parasse um pouco e fosse tomar um pouco de ar fresco a fim de me recompor, senti duas mãos se posicionarem em minha cintura e me puxarem para sim. Olhei para cima e encontrei um lindo par de olhos me fitando por debaixo da máscara e um sorriso maroto acompanhando.
Essa visão me fez desistir da minha ideia anterior e eu passei meu braços pelo pescoço do dono dos lindos olhos , fechei meus olhos e me entreguei novamente ao ritmo. Ele me acompanhava, superficialmente, e só tinha uma reação mais perceptível quando eu passava minhas unhas em sua nuca, pois era nesse momento que ele apertava minha cintura com mais força e colava meu tronco mais junto ao seu. Ficamos nisso até que a música mudou e então eu virei para frente.

— Sou obrigado a admitir que você está linda hoje, — Ele falou, rente em minha orelha antes de dar uma leve mordida no lóbulo. O tom dele me era familiar, mas sempre fui péssima em associar vozes a nomes.
— Não é justo você saber meu nome e eu não saber o seu — Disse, com um tom que poderia ser interpretado como uma birra de criança, se meus lábios não estivessem roçando aos seus enquanto fazia um carinho em sua nuca.
— A culpa não é minha se as condições estão favoráveis ao meu favor — Ele respondeu, e puxou meu lábio inferior com seus dentes. A sensação de que aquela voz me era familiar só crescia cada vez mais e minha frustração por ser tão inútil ao ponto de não conseguir identificar alguém pela voz seguia o mesmo ritmo. — Mas é carnaval, então vamos entrar no clima. Hoje é uma noite para personagens, então te direi o nome do meu: Vanpertesoon.

Eu não tive nem tempo de rir com aquele nome, que provavelmente ele havia inventado na hora, pois logo depois de me dizer isso ele colou seus lábios nos meus e logo o beijo foi aprofundado. Minhas mãos, que até então não tinham se desgrudado de sua nuca, desceram em direção aos seus ombros e por ali ficaram, enquanto que as mãos deles se ocupavam explorando minhas costas. O beijo foi interrompido por ele, que desceu seus lábios para meu pescoço, alternando beijos e mordidas naquela região.

— É realmente uma pena você não saber meu nome… Seria muito divertido te dar uma lembrança desta noite, mas eu quero ter certeza de que você saiba quem marcou a intocável .
— Então por que você não diz de uma vez e acaba logo com isso? — Perguntei, com a respiração um pouco falha. Meu pescoço era meu calcanhar de Aquiles, aquilo era inegável.

Ele riu em meu pescoço, fazendo com que um arrepio passasse por todo o meu corpo e soprou em meu ouvido: — E qual é a graça de se ler um livro quando já se sabe o final? O que torna tudo mais divertido é o mistério envolvido.

Dito isso, ele se afastou, me deu uma boa olhada, saiu em meio as pessoas e eu fiquei lá, estática, o acompanhando com o olhar até não o ter mais em meu campo de visão.



***




Depois que o , ou seja lá qual for o nome dele, foi embora, eu dancei mais um pouco e depois matei o restante do tempo no bar, conversando com Brian, o bartender bonitinho, que havia me dito seu nome depois de um pouco de conversa. Ele era legal e tinha um bom papo, realmente era uma pena ele estar trabalhando hoje. Mais de uma hora de conversa depois, um de seus supervisores veio dar uma advertência para que ele parasse de brincar e voltasse ao trabalho, como ainda não tinha achado e realmente não estava a fim de voltar a dançar, fui em direção à sala e me joguei em um puff dourado, por lá fiquei durante uns vinte minutos, até que deu onze horas e a música parou.

Todos que estavam dançando se dirigiram ao bar para refrescar os ânimos e as pessoas que estavam na sala comigo — a maioria casais que preferiam algum tipo de privacidade — começaram a se levantar e resolvi ir com elas, pois assim que toda aquela gente suada e feliz saísse do bar, seria bem complicado achar algum lugar bom depois.
Fui em direção ao jardim lateral junto com alguns dos casais, e uma porta roxa decorada com miçangas verdes formando uma máscara sorridente, que antes estava fechada, agora dava passagem para o apogeu da festa. O jogo do assassino.
O jogo do assassino era uma tradição das festas do prefeito. De todos os seus convidados, nenhum jamais deixou de jogar e se deixasse, era intimado a se retirar da festa pelos outros participantes.
Funcionava assim: dentro de um chapéu de bobo da corte eram colocados diversos papéis dobrados para serem sorteados por cada um dos convidados. Entre os papéis que se podia tirar estavam: o detetive, o assassino, os cúmplices, a testemunha, o assassinado e outros papéis secundários. O cenário era a própria festa e espelhado por ela estavam objetos que antes passaram despercebidos por nós, mas que eram essenciais para o desenrolar do jogo. O fim do jogo era anunciado quando a detetive resolvesse o caso.
Nos anos anteriores eu já peguei a testemunha, a garçonete informante, o chaveiro leigo e a cúmplice. Esse ano eu não queria nenhum papel em especial, só esperava que não fosse a dançarina apaixonada, pois ela sempre acabava morta no meio do jogo.

No meio do jardim, estava uma mesa enorme e na ponta dela estavam o prefeito e ao seu lado. Suspirei aliviada e fui até o seu encontro.

— Finalmente te encontrei! Onde você estava? — Sibilei, ao sentar ao seu lado e ela deu um sorriso de canto, como quem pede desculpas.
— Mil desculpas, , mas você estava flertando com o bartender e eu quis dar um pouco de privacidade, mas juro! Só dei dois passos para trás quando a esposa do Secretário enlaçou meu braço e me arrastou pela festa com uma conversa doida sobre a preferência dela por salada de pepino e quando finalmente consegui me livrar dela e tentei ir te procurar, meu pai fez o favor de querer que eu bancasse a anfitriã sorridente — respondeu, num fôlego, e eu só pude rir dela. Tive que perdoá-la, afinal, sorrir e ser cortês com a maioria daquelas pessoas ali era um grande sacrifício.
— Ok, só vê se não some mais até o final da festa, viu?
— Vou tentar. Mas e aí, alguma ideia em mente? — Ela perguntou, se referindo aos papéis e eu balancei a cabeça em negação.
— Não dá para formar um plano tático se eu nem ao menos sei quem vou ser. Sabe, isso é uma vantagem para você, sempre sabe o que vai ser — , por ser filha do prefeito, sempre ficava com um papel pré-determinado, assim como seu pai, que normalmente era o juiz do caso.
— Grande coisa. A graça está na surpresa. Todo o mistério envolvido simplesmente perde a graça desse jeito — Suspirei. Era a segunda vez na noite que me falavam sobre mistério e como tudo ficava mais divertido com ele e isso me fez me perguntar se era um tipo de sinal divino ou algo assim. — Mas se quer saber, hoje serei a assistente do ou da detetive.

Desliguei-me um pouco do que falava, pois nesse momento uma máscara verde escondendo um lindo par de olhos sentou-se ao meu lado. Vanpertersoon. Ou seja lá como ele se chame.

— Olá de novo, — A voz dele, agora não mascarada pela música alta ressoou baixa e clara, atraindo a atenção da minha amiga, que agora o encarava sem nenhuma discrição.
— Boa noite, Vanpertersoon — Disse o nome de seu personagem, e ele soltou uma risada baixa. — Animado para o jogo? Hum?
— Oh sim, com certeza — Respondeu, enigmático, me medindo de cima a baixo e eu me rendi. Se era uma noite de mistérios, vamos ver o quanto isso podia tornar as coisas interessantes.
— Com licença, a gente se conhece de algum lugar? — A voz de cortou nossa troca de olhares e ele baixou seus olhos para ela.
— Oh, com certeza, . Uma pena que nem você e nem sua amiga aqui se lembrem de mim. Ah, mas não se preocupem se estão sendo rudes, pois a cara de desentendimento de vocês está impagável. — Quando ele disse isso, lembrei de fechar minha boca, que estava levemente entreaberta, olhei para e quase soltei uma gargalhada. Em uma coisa ele estava certo, nossas caras realmente estavam impagáveis.
— Ainda não entendo por que você não pode me dizer o seu nome… — Comecei, passando minhas mãos pelos seus braços e ele riu.
— Não se preocupe. Logo você vai descobrir, agora vamos ouvir o prefeito — Ele encerrou o assunto, assim que o prefeito começou a falar e passou sua mão para minha coxa, onde ficou fazendo carinho com seu polegar.

Enquanto o prefeito explicava as regras que eu já sabia de cor, eu fiz uma promessa: até o final do jogo, descobriria quem era Vanpertesoon.

— Bem, agora que todos já estão a par de como as coisas funcionam, vamos para o jogo em si. Vou passar esse chapéu e cada um tem direito a sortear um papel apenas, sem direito de reclamar ou mudar. Dependendo do papel, terá uma dica para que vocês possam começar o jogo — O prefeito terminou de dizer e o chapéu começou a passar em sentido horário e como ele e já tinham os seus, eu era próxima.

Sorteei o pedaço de papel dobrado ao meio e entreguei ao Vanpertesoon, que retirou sua mão da minha coxa para pegá-lo. Enquanto ele passava adiante, abri o meu papel: detetive.
Junto a essa informação, estavam alguns dizeres em vermelho: “Sua ajudante lhe aguarda. Faça com que ela saiba quem você é, mas cuidado a olhares atentos. Pergunte sobre o tempo. Ensolarado, abafado, mas leve seu guarda-chuva, nunca se sabe.” Terminei de ler e olhei de relance para ao meu lado, que observava as pessoas pegando seus papeis. Eu sabia que ela iria ajudar o detetive, agora só restava ela saber que, na verdade, ajudaria a mim.
Se eu não soubesse o quanto o senhor era rígido com suas regras, poderia até pensar que tinha sido planejado, mas o prefeito nunca faria algo assim.

— Todos com seus papéis? Ótimo. O jogo está oficialmente aberto! Divirtam-se e lembrem-se: retornem aqui uma hora em ponto para sabermos o resultado do jogo — E dito isso, várias das pessoas à mesa se levantaram e foram até seus postos, ou atrás de suas primeiras pistas.
— Boa sorte, . Quem sabe a gente não se esbarra? — Ele soprou, no meu ouvido.
— É, mas isso pode não ser muito agradável. Para você, é claro.
— Quanta prepotência, tsc — HÁ! Olha só quem estava falando sobre prepotência, isso era sério mesmo? — Cadê o seu positivismo? Não ouviu o prefeito? Se divirta — Lancei um último olhar de escárnio em sua direção enquanto ele se levantava da mesa e me virei para .
— Mas e então, como está o tempo? — Levantei as sobrancelhas, pensando que poderia ter sido um pouco mais sutil, mas eu me lembrava muito bem de que tinha uma dificuldade para lembrar suas palavras chaves.
— Ah — Seu rosto se iluminou com o entendimento. — Ensolarado, um pouco abafado, mas sempre leve seu guarda-chuva, afinal, nunca se sabe — Dei um sorriso mínimo e ela riu. — Se não conhecesse meu pai, diria até que foi planejado.
— Pensei a mesma coisa — Levantamos da mesa e andamos em meio a algumas pessoas, prestando atenção a tudo e a todos. — Mas e então, alguma ideia de onde possamos começar?
— Quem sabe na cozinha? Sabe, lá tem as melhores armas, ou facas.

Fomos em direção à cozinha e encontramos duas pessoas nela: o cozinheiro e a moça que lavava os pratos.

— Com licença, poderia falar com o cozinheiro? — E essa era a hora em que incorporávamos nossos personagens. Deixe para lá, agora eu era… Bem, vou pensar num nome legal até o fim da noite.
— Quem deseja falar?
— A responsável pelo caso — respondeu por mim. Pelo visto alguém aqui era a assistente nervosinha. E também a assistente inteligente. Esse tiro no escuro poderia não nos levar em nada ou poderia ter nos dado o pontapé inicial de que precisávamos.
— Oh sim, pobrezinho! — Então o assassinado era um homem? — Era tão novo… Ainda tinha muito o que viver. Provavelmente da minha idade ou um pouco mais velho, uns três anos no máximo. E morreu de uma forma tão brutal! — Brutal, né? Então podemos descartar a biblioteca, a sala de estar e o banheiro, já que lá era onde ocorriam os crimes mais amenos.

Enquanto o cozinheiro falava, minha mente ia traçando mil e uma possibilidades e descartando outras mais. Vi pelo canto do olho que conversava com a senhora que estava lavando os pratos.

— O senhor tinha alguma ligação com ele? Sabe de alguém que poderia ter feito isso?
— Oh, sim, ele era como um sobrinho para mim. Pena que sempre fora um menino tão impulsivo. Sempre fazendo o que dava na telha… Pobrezinho.
— Pode nos informar mais alguma coisa?
— Ouvidos atentos, olhos vigilantes — Ouvi aquilo e sorri. Mais uma dica. — Bem, boa noite, senhoritas.

Saímos da cozinha e contei à a passagem que o cozinheiro me dera e ela me contou que a copeira disse que o segundo andar era uma boa opção para começarmos.
No caminho até lá, falamos com mais algumas pessoas que não tinha muito a dizer. A maioria ficou repetindo o quanto isso era trágico e que ele ainda tinha muito a viver e do restante só ficamos sabendo que a arma era algo de corte rápido e afiado. É, estava certa quanto a teoria das facas.
Procurei seguir o conselho do cozinheiro e fiquei atenta a todo o movimento que parecesse, no mínimo, suspeito. Marquei dois lugares que eu queria ir depois e uma pessoa que queria interrogar mais tarde.

— Por quê? Por que assim? Por quê… — Ouvimos um murmúrio vindo do quarto ao lado esquerdo, entramos em silêncio e encontrei alguém que não esperava ver tão cedo.
— Com licença, está tudo bem? — perguntou, cortês, enquanto minha vontade era rolar os olhos. Amigo de luto. Não combinava muito com ele.
— Pareço estar bem? Meu amigo foi brutalmente assassinado e você me pergunta se estou bem? Olhe para mim e responda você mesma! — Disse, ríspido, e voltou a lamentar. olhou para mim e sussurrou: — É todo seu, eu vou verificar aquelas portas que você comentou. Já volto.

— Posso lhe fazer algumas perguntas? — Perguntei, gentil, me sentando ao seu lado na beira da cama e ele levantou os olhos até que eles estivesse à altura dos meus.
— Então é você que vai me interrogar? Interessante — Ok, esquece o que eu disse. Aparentemente alguém tem dificuldades de se manter no personagem. — Dizem que tem algo que faz muito bem para o luto, mas eu nunca tive a oportunidade de testar — Ele continuou, encarando fixamente os meus lábios.
— Isso faz parte da personalidade de Venpertersoon ou o cara por baixo da máscara é tão atirado quanto?
— Isso você só vai saber no final desta noite, ma chérie. Mas se você gosta assim…
— Você era amigo íntimo da vítima? — Voltei para o papel que estava desempenhando e ele riu e rolou os olhos, porém me acompanhou.
— Se não fosse acha que eu estaria lamentando a perda num quarto sozinho? — Acho que Vanpertersoon era um cara esquentado.
— Sabe de algo que possa ter resultado nisso?
— Ele era impulsivo. Não sabia levar um não! — Entendi porque eram amigos. — Mas não acho que isso seja motivo para tanto. Fala sério, facadas múltiplas no peito é demais — Wow. Freia. Como ele sabia disso? Nem eu tinha chegado a tanto ainda. — Eu encontrei o corpo no quarto que sua amiga foi ver. Pelo menos foi o que estava escrito no meu papel.

Acho que alguém sabe ler mentes. Ou então eu realmente não sei disfarçar minhas expressões.

Ok, preciso pensar. A vítima foi morta a facadas, o que significava que o assassino passou pela cozinha antes. O que significava que eu precisava de outro papo com o cozinheiro e que precisava ir ajudar .

— Eu preciso ir agora. Qualquer coisa, me procure — Levantei apressada da cama e desejei ter me explicado melhor.
— Pode ter certeza de que vou procurar, detetive — Agora eu me encontrava prensada na parede por ele, enquanto seus lábios percorriam meu pescoço.
— Você entendeu o que eu quis dizer. E agora eu realmente preciso ir — Tentei me soltar, mas de algum jeito, minhas mãos só fizeram puxar ele mais para perto.
— Tem certeza? — Ele perguntou, rindo, e eu bufei irritada. — Acho que não é bem isso que você quer.

Ele estava certo. Não queria ir, mas precisava. Não deveria ficar ali, mas queria.

Quer saber? Que se dane.

Minhas mãos, que já estavam em seu ombro, passaram para seu pescoço e puxei sua boca para perto da minha, iniciando um beijo, e não foi necessário pedir passagem, pois parece que o espertinho já estava contando com isso.
Passei minhas mãos para dentro da blusa de sua fantasia, e arranhei de leve a região que pude alcançar o sentindo arrepiar e contrair-se e isso me fez sorrir um pouco. Sorriso este, que durou pouco, pois logo sua mão invadiu o decote do meu vestido, apalpando e apertando meus seios.
Ficamos nessa disputa de provocações até que um pigarro atrás de nós fez com que a gente se soltasse rápido e olhasse ao mesmo tempo para a figura sorridente de . Por que ela estava sorrindo?

— Você — Disse, apontando para mim, que ajeitava meu vestido corada — Tenho informações fresquinhas. E você — Agora apontava para , que mantinha um sorriso de lado irritante e as roupas no mesmo estado em que eu as deixei. — Já me lembrei de você e era tão óbvio que eu me odeio por não ter percebido antes. Isso explica algumas coisas — Ela disse, olhando sugestivamente em nossa direção e de repente eu era a única que estava boiando ali. — Mas não se preocupe, como uma certa detetive aqui deixou o caso de lado por uns instantes, ela vai ter que descobrir sozinha — Ela e trocaram um sorriso cúmplice e eu bufei irritada.
— Tá, já terminou? Vamos ver as tais informações! — Puxei-a pelo pulso, mas não sem antes medir o garoto que eu beijava alguns minutos atrás dos pés à cabeça. Eu precisava descobrir quem ele era.

me contou que no quarto estavam dois envelopes, contendo informações sobre a vítima, e mais uma dica. Dica esta, que eu já tinha deduzido: a cozinha.

— Sério mesmo que você não vai me contar? — Fiz manha, enquanto descíamos pela escada até a cozinha e ela me deu um sorriso.
— Você me chama de lerda, mas às vezes você me supera. Pensa bem, . Você conhece o gosto daquele beijo, você conhece aqueles olhos. Naquela noite você não estava tão bêbada assim.

Ótimo, . Muito obrigada, realmente você me ajudou muito, suas informações deixaram a noite até mais clara. Então quer dizer que eu já o havia beijado, pelo visto, eu tinha uma queda por aqueles olhos e foi numa noite em que eu não bebi demais. Grandes informações, de fato.
Só exagerava na dose algumas vezes, me apaixonei por muitos olhares. A opção decisiva era qual desses olhares eu já havia beijado. Pensa, , pensa.

, está me ouvindo? Para de viajar aí — estalava os dedos na frente dos meus olhos. — Só temos mais uma hora. Acho que depois da cozinha vamos fechar a arma e só falta descobrir o assassino e o cúmplice, se ele existir. Foco! — Prestei atenção minimamente no que ela me dizia, pois a alguns metros à frente, Vanpertersoon conversava com uma ruiva fantasiada de duquesa. Então ele agarrava detetives inocentes pelos quartos e investia em ruivas na sala? Interessante.

Um estalo. Eu já havia visto essa cena antes, numa outra festa.

estava agarrando um cara bonitinho que eu não lembrava o nome e eu estava à mesa com nossos amigos, quando olhei para frente e o vi conversando com uma menina que eu nunca tinha visto na vida e o fato de estar meio alegrinha não ia ajudar muito. Mas por que aquilo me incomodava? Não sei dizer.
Fui em sua direção para tirar satisfações depois que a garota foi embora. Um sorriso divertido, palavras irônicas, uma briga infantil e logo depois ele me levava em direção a uma parte mais afastada da festa, mas antes de qualquer coisa, encarei seus olhos. Sempre amei seus olhos.
Voltamos para a mesa um pouco depois e lógico que nossos amigos tiraram sarro daquilo tudo, mas não nos importávamos. No dia seguinte, ele ia viajar e voltava não sei quando.
me puxou para que ela pudesse sussurrar em meu ouvido: Finalmente pegou o menino dos olhos, hein!

O menino dos olhos.
Olhos estes, que estavam debaixo da máscara que Vanpertersoon usava. Os olhos de .

— Boa noite, senhoritas, ao que devo o prazer de vê-las novamente? — O cozinheiro perguntou, e eu dei um sorriso fraco, deixando que assumisse dali.
— O senhor pode me dizer quem esteve aqui antes de encontrarem o corpo? — Foco, . Ouvidos atentos, olhos vigilantes…


Olhos atentos: as portas do quarto, as facas na cozinha, o amigo em luto, o amigo conversando com a ruiva, a senhora que lavava os pratos, estranhamente, nervosa.
Ouvidos atentos: menino impulsivo, pobrezinho, era tão novo, eu quem achei o corpo, não sabia levar um não, ainda tinha muito o que viver, facadas múltiplas, ganancioso, sempre queria mais mesmo que já tivesse tudo.


As facas na cozinha. Obviamente o jogo de facas pendurado ali era de doze. Onde estava a décima segunda?
As portas dos quartos. A maioria estava decorada para o baile de máscaras, mas duas delas tinha máscaras formando caras tristes.
O amigo em luto estava em uma delas.
O menino impulsivo estava na outra.

Então tudo passou como um filme. A senhora olhava nervosamente para — Como era boa a sensação de saber seu nome — conversando com a ruiva, e de vez em quando, direcionava seu olhar para o jogo de facas. O menino morto era ganancioso, sempre queria mais e mais para si, provavelmente não pensava nos outros, apenas usava seus amigos quando bem entendia e depois vivia sua vida. Não sabia aceitar um não. Era impulsivo, com certeza reagiria. Depois de tanto tempo de raiva acumulada, uma facada não bastaria, era preciso mais para extravasar toda a raiva.

Agora só me faltavam duas peças para ganhar esse jogo.

— Obrigada, senhor — Cortei , e puxei ela para fora da cozinha.
— Você está louca?! Eu estava quase…
— Presta atenção. Se você estivesse com uma faca ensanguentada na mão, onde você esconderia? Lembrando que tem pouco tempo para agir.
— Depende de onde eu esteja — Respondi um “segundo andar” ansioso e ela começou a entender o que se passava ali. — Não voltaria à cozinha, seria muito arriscado. Jogar num lixeiro é falho. Jogar pela janela tem riscos. Eu guardaria ela comigo — Quem nos visse de fora provavelmente veria eu e minha amiga com os olhos quase saltando das órbitas de expectativa. — Você viu como a senhora estava nervosa?
— Lembra que o cozinheiro disse que o garoto praticamente fazia parte da família? E para a senhora? O que ele era para ela?
— Nada. Ela é mãe da menina ruiva vestida de duquesa — BINGO.



***



Todos estávamos reunidos no jardim lateral de novo. O prefeito estava na ponta da mesa e eu e estávamos ao seu lado. Os ânimos estavam em alta ali, afinal, aquele era o ápice da noite.

— Boa noite! Todos tiveram um bom jogo? Espero que sim. Sem mais enrolações, como perceberam, esta jovem mascarada ao meu lado foi a nossa detetive essa noite. Gostaria de nos mostrar seu rosto, querida?
— No final, por favor — Ouvi algumas pessoas concordando e sorri.
— Tudo bem. Prossiga — Olhei para e ela tomou partida de novo.
— Como todos perceberam ao longo da noite, nosso jovem foi assassinado brutalmente, bem embaixo de nossos olhos. As evidências provam que foi alguém com raiva. Rancor talvez.
— O motivo? Minha parceira já disse tudo. Raiva, rancor. São sentimentos fortes que fazem alguns perderem a cabeça. Somos seres humanos, é normal sermos levados pelo calor do momento, mas a partir do momento em que isso resulta em um jovem assassinado num quarto, isso não é mais humano — Continuei a fala de . — Após anos sendo amigo de alguém e só receber desprezo. Toda essa raiva esperando que alguém tire o pino da granada e ela finalmente exploda. Senhor Vanpertersoon, pode vir aqui, por favor?

Ele saiu do meio das pessoas que estavam de pé mais ao fundo e veio até mim com um sorriso.

— É verdade que você era amigo da vítima durante anos? — Ele confirmou com um aceno de cabeça. — E é verdade também que vocês eram um trio?
— Sim — Ele mantinha o sorriso no rosto, o que fez brotar um leve no canto da minha boca, mas logo me recompus.
— Pode tirar seu casaco, por favor? — Ele tirou e eu revirei os bolsos até que achasse o que estava procurando. A décima segunda faca do jogo da cozinha. — Acredito que na hora o senhor ficou sem saída e acabou por escondê-la com você, certo? Mas você não queria isso, nunca o quis ver morto. Mas já era tarde quando você chegou no quarto. Por causa de um pedido de socorro, você se dispôs a guardar a faca com você e avisar a todos que ele estava morto, apenas para que ela pudesse fugir. Porém, sua mãe deveria ser um pouco menos nervosa. Senhor Vanpertersoon, o declaro cúmplice de Amelie Collins e Margareth Collins, no assassinato de John Schmit — Disse, a última frase, olhando diretamente para as pessoas ali e fui aclamada com palmas.
— Bem, bem, bem. Parabéns, senhorita , o caso está encerrado — O prefeito falou, conferindo em uma folha de papel se tudo o que eu disse estava correto e mais palmas vieram.

Depois disso, eu e ficamos presas conversando com as pessoas que interrogamos, inclusive com Amelie e Margareth. Ficamos conversando um tempão sobre facas. Estranho.
Depois do jogo, a festa retomou o ritmo normal e logo todos foram dançar, sobrando eu e ele no jardim.

— Sabia que você ficou muito sexy com esse ar de detetive? — disse, colando suas mãos em minha cintura.
— Quando foi que você voltou? — Perguntei, e encostei minha cabeça em seu ombro.
— Ontem, e fiquei sabendo da festa do prefeito. Vim com os caras, mas me perdi deles no meio do jogo — Ele respondeu, passeando com suas mãos pelo meu corpo. — E respondendo sua pergunta: também é um pouco atirado, sim, mas só com você — Ri com esse comentário.
— Tira essa máscara… — Pedi, e puxei seu lábio inferior com os dentes e ele tirou. Observei seu rosto e principalmente seus olhos, que agora estavam sem a máscara atrapalhando.
— Mas e então, detetive. O caso já está encerrado, mas ninguém me levou para a cadeia ainda — disse, com um sorriso brincando no canto de seus lábios e um olhar malicioso.
— Hã? — Falei, meio sem pensar e vi a expressão dele mudar, ficando um pouco sem graça. Parabéns, . Você realmente merece um prêmio pela sua esperteza. Mas tudo bem que a culpa não era inteiramente minha pela minha falta de atenção e acho que ele percebeu isso, pois deu um sorrisinho e me beijou antes de falar:
— Bem, quero pagar minha dívida com a justiça. O que acha de me encontrar amanhã ao meio dia naquele restaurante do centro que serve comida tailandesa para que eu possa me render? — Ele falou, ao pé do meu ouvido, enquanto apertava minha cintura com uma das mãos. Aceitei o convite e passamos o resto do Mardi Gras ou dançando ou pelos cantos.

Se queria se render a mim, não era eu quem ia recusar.


Fim.


Glossário:

¹Mardi Gras - O Mardi Gras começou em Louisiana, feito pelos colonizadores franceses e o primeiro Mardi Gras em registro é datado de 1699. É um dos mais famosos carnavais do mundo. No Mardi Grass, New Orleans é tomada por desfiles, bailes (alguns deles bailes de máscara) e festas de bolo rei. A maior concentração ocorre na conhecida French Quarter. Sua data é muito próxima do Carnaval brasileiro. Conhecido por suas máscaras de gesso, colares de continhas e paradas com bandinhas durante todo mês antes do Carnaval, na “terça-feira gorda” — que significa Mardi Gras em francês.

² simbologia das cores no Mardi Gras - o verde simboliza a fé, o dourado o poder e o roxo a justiça

³ colares de contas - durante o carnaval, os colares são um grande tesouro, e são difíceis de obter. São como “prêmios” que os animadores em cima dos carros alegóricos jogam na multidão para aqueles que atraíram sua atenção. Eles são vendidos em lojinhas durante o Mardi Gras, mas é muito mais divertido e satisfatório conseguir um por conta própria.

4 mostrar os seios em troca de colares de contas - Como são difíceis de conseguir e é complicado atrair atenção dos mascarados dos carros alegóricos, algumas mulheres fazem qualquer coisa para conseguir um, como por exemplo, mostrar os seios. A tradição de nudez do Carnaval de Nova Orleans foi primeiro documentada em 1889, com mulheres mostrando os seios. E hoje é famoso por isso, onde as mulheres, geralmente universitárias, fazem isso. Mas, sim, algumas não mostram só porque querem os colares, e sim para meramente ter algum tipo de destaque.

ATENÇÃO: Essas definições foram pesquisadas na internet, e são fontes de vários sites e blogs, todos juntos em um resumo meu.

Nota da autora: HEYOU VOCÊS! Bem, antes de mais nada, obrigada por lerem isso aqui <3 Deu um pouco de trabalho, principalmente na hora do jogo que eu travei um pouco, mas hey, consegui antes do prazo acabar certo? Dhajkdjka
Espero realmente que vocês tenham gostado, porque, apesar de ter empacado ~momento vergonha~ foi muito legal escrever sobre o Mardi Gras. Quando vi o tema do especial lembrei logo da “Princesa e o Sapo” [sim, o filme da Disney] porque tem uma parte que se passa no carnaval de New Orleans e a ideia veio. Esse é o primeiro especial que participo, por motivos de: sempre que olhava no site faltava uma semana pro prazo acabar, triste.
Tenho planos de postar em breve minhas fics aqui, então espero ver vocês mais vezes ^-^
Sei que tá grande, maaas preciso agradecer a duas pessoas: 1) Leffy [aka M&&], obrigada pela ajuda com o final, sem você eu teria demorado mais meio ano e 2) Ste, minha beta que provavelmente deve estar xingando até minha quinta geração por ter mandando dez páginas de história faltando quatro dias pro prazo acabar.

Se alguém quiser, meu twitter: @tommoblame [meu fc] e meu facebook: Catarina Bernardez

So, it's all folks!

Nota da Beta: Sua linda! Eu que agradeço pela confiança em betar essa fic MARAVILHOSA! Amei, de verdade! Quero mais fics suas na minha caixa de e-mail hahaha. <3 // Encontrou algum erro de português e/ou html/script? Me informe pelo e-mail. Obrigada xx.


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