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McHouse






Seventeen - @Day 11 – What Happened Last Night?


e Dougie não tinham chegado até a hora que Harry e , que foram os últimos a subirem para seus quartos, irem dormir.
Danny, que foi o primeiro a ir deitar, dormiu logo depois que o deixou em seu quarto. Tom demorou um pouco para dormir, pois ficou pensando em , mas, quando dormiu, caiu em sono profundo. Harry não estava com sono quando deixou em seu quarto. Ficou deitado lembrando-se do sorriso da garota quando lhe desejou boa noite e veio dormir mais ou menos meia hora depois.
dormiu um pouco, mas logo acordou e ficou sem sono nenhum.
- Ah, vamos lá, preciso dormir... São 3:18 da manhã e nada de sono. Tá bom, eu sei que aconteceram coisas dignas de me fazer perder o sono, mas eu só dormi por uma hora. – “discutia” com o próprio sono. – Tenham piedade dessa humilde baterista e baixista nas horas vagas. Harry, saia da minha mente e leve seus belos olhos azuis junto! Você deve estar dormindo tranquilamente no seu quarto, que é bem pertinho do meu, então você está perto demais para eu ficar pensando em você, nos beijos... Ah, que beijos! Caramba, eu senti coisas que eu acho que nunca senti por ninguém... – Ela suspirou. – Espera, será que é verdade aquilo que eu ouvi dizer que quando alguém não consegue dormir é porque tem uma pessoa sonhando com ela acordada? – ficou toda boba com a ideia de que Harry poderia estar sonhando com ela, mas depois percebeu que aquilo poderia estar causando a insônia dela, então ficou um pouco irritada. – Podem parar de sonhar comigo? Eu preciso descansar um pouco!
continuou falando sozinha e quando estava quase pegando no sono, ouviu um carro passar em alta velocidade na rua, logo depois, o mesmo deu uma freada brusca, que a fez se assustar.
- Ok, vocês venceram!
Ela se levantou da cama, pegou um lençol, a bolsa de gelo e desceu para a sala. Lá, ela se acomodou no sofá maior e ligou a TV num canal onde estava passando um filme aleatório. Não demoraram vinte minutos para que ela dormisse ali no sofá mesmo.
Com acontecia algo parecido.
- Mas o que é que está acontecendo comigo? – Ela se perguntava enquanto dava alguns socos no travesseiro e procurava uma posição confortável na cama. – Eu preciso dormir para acordar linda pro Tom... Não consigo parar de pensar no Tom, naquele sorriso depois que nos beijamos... Cara, nós nos beijamos! Quer dizer, eu que o agarrei, mas eu acho que isso não vem ao caso... Foi que nem um sonho que eu tive depois de ter conversado com as meninas sobre como imaginávamos os Guys na vida pessoal... Isso aconteceu há anos, mas eu me lembro claramente do sonho e posso afirmar que foi exatamente igual. O beijo, a mordidinha e a cara de “não resisti” diante à minha reação, já que todo mundo pensa que o Tom é extremamente romântico em todos os momentos, teoria essa na qual eu acreditei durante um bom tempo, mas ele sabe ser sexy e eu gosto disso... Aaaah, Thomas Michael Fletcher... – riu, lembrando de seu status no chat antes de ao menos saber que ia para a McHouse enquanto se aninhava nos lençóis. – Mesmo se eu não dormir direito hoje, eu não acordo de mau humor. Estou feliz demais pra isso...
Com , as coisas eram estranhas.
- Que horas são, hein? Ainda nem dormi direito. – Ela olhou para os lados e viu no criado-mudo o relógio marcar 3:50 da manhã. – Tá cedo, , você pode acordar tarde hoje... Esquece um pouquinho o Danny e volte a dormir, ok?
Ela se ajeitou na cama e não demorou a dormir novamente.

Ainda num lugar bem longe da McHouse, algumas horas depois...

- Caramba, Dougie, o amanhecer daqui é lindo! – estava com os olhos brilhando.
- Ainda não são nem seis da manhã, ... – Dougie coçava os olhos enquanto olhava as horas em seu celular, que estava molhado e talvez ficasse com algum defeito por causa disso.
- Mas o dia já está clareando e essa neblina deixou tudo tão bonito... – estava em pé num tipo de morro em que dava pra ver vários pontos da cidade.
- A neblina está legal mesmo... – Dougie também se levantou e foi ao encontro de , que ainda olhava a paisagem, completamente deslumbrada.
- Que horas você disse que são? – perguntou quando percebeu que Dougie estava por perto.
- Quase seis. – Dougie apoiou o queixo no ombro de .
- Então está na hora de ir embora. – disse, virando-se de frente para o Dougie. – Preciso dormir um pouco e também quero saber o que aconteceu enquanto eu estive ausente.
- Sua curiosa. – Dougie deu um selinho em . – E não fala assim da nossa árvore...
- Tenho certeza que você está louco pela sua cama e tão curioso quanto eu pra saber o que aconteceu depois que saímos do pub. – provocou. Dougie tinha ficado encostado em uma árvore com ela apoiada nele durante a madrugada quase toda. Se pra ela, que tinha ficado encostada no Dougie, aquilo tinha sido algo bastante desconfortável, imagine para ele, que ficou com as costas grudadas na árvore esse tempo todo e sem dormir.
- Tá bom, venceu. – Dougie admitiu, rindo. Sentia um pouco de dor nas costas e estava bastante cansado. – Eu quero saber o que aconteceu depois que a gente saiu do pub.
- Então vamos embora. Além de ser improvável, podemos encontrar alguém acordado. – segurou a mão do Dougie e os dois foram andando para casa.

McHouse, 11:50 daquela mesma manhã.

foi a primeira a acordar, mas cadê a disposição para levantar?
- Já amanheceu? Sinto como se não tivesse dormido nada... – se aninhou em seu edredom e começou a fazer uma retrospectiva do que aconteceu na noite anterior. – Até que ontem foi legal, eu cantei com as meninas, curti bastante, dei muita risada com a galera... E aquela hora que o Danny me chamou para dançar? Fiz de tudo para não cair dura no chão... Pena que eu não lembro direito o que aconteceu quando eu estava com o Dan, mas será que aconteceu alguma coisa? Acho que não... Se acontecesse, eu iria lembrar, é óbvio. Lembro que aconteceu aquele problema todo com a e o ex dela, ainda bem que o Dougie foi ajudá-la... – Ela se lembrou de como o Dougie foi atrás de e deu um sorriso malicioso. – Será que rolou alguma coisa entre eles dois? Olha só, achei um motivo para levantar... Ih, já ia esquecendo! Teve o problema entre a e o ex dela também, o Richard... Ali foi tenso... Olha, eu suspeitava que a era boa de briga, mas boa a ponto de brigar daquele jeito com um homem, eu não fazia ideia... Ela poderia dar uma boa surra nele, mas foi bom ter o Harry e o Danny para defendê-la. Ninguém sabe o que ele poderia estar tramando, já que ele não estava sozinho. Depois disso, eu não me lembro de mais nada e agora eu quero saber o que aconteceu quando eu estava com o Danny... Será que a sabe? Vou procurá-la para perguntar.
se levantou, fez sua higiene matinal e bateu na porta do quarto de , mas não obteve resposta, então, desceu para a sala, onde a encontrou ainda dormindo no sofá.
Danny acordou quase igual a , a diferença foi que Danny tinha a sensação de que sua cabeça iria explodir a qualquer momento.
- Um homem bomba explodiu na minha cabeça enquanto eu dormia... – Ele protegia os olhos da luz que entrava pela janela. – O que aconteceu ontem à noite? Só me lembro de ver a de bem com o Harry e de chamar a para dançar, daí eu não consigo me lembrar de mais nada direito. Cara, eu bebi demais mesmo... Será que alguém sabe o que aconteceu ontem à noite? Vou procurar saber. – Danny decidiu e se levantou para procurar uma aspirina no banheiro e aproveitou para tomar um banho pra ver se aquela ressaca ia embora.

Na sala...

- , acorda... ? – cutucava , que nem se mexia. – Spencer, acorda!
- A corda está no porão, agora me deixa dormir mais um pouquinho, por favor! – resmungou e puxou uma almofada, colocando-a sobre o rosto.
- , é sério, eu preciso falar contigo. – falou enquanto tentava tirar a almofada do rosto da prima.
- Eu dormi demais? Que horas são? – se levantou abruptamente do sofá, logo colocando uma mão na cabeça, se sentindo tonta.
- , passa do meio-dia. – disse, colocando a mão sobre a perna de , tentando acalmá-la.
- Então tá, sobre o quê você quer conversar comigo? – prendeu o cabelo desajeitadamente e sentiu que daria trabalho desfazer todos aqueles nós.
- Eu queria perguntar se você sabe o que aconteceu quando eu fui dançar com o Danny, se você viu alguma coisa... Também quero dizer que o seu rosto ainda está marcado. – apontou para o lado direito do rosto de , que se assustou com o que a prima disse.
- Droga... – resmungou. – Sorte sua que eu vi o que aconteceu quando você foi dançar com o Danny, mas antes de tudo, eu preciso de um banho e mais um pouco de gelo pra essa marca ir embora de vez.
- Não demora, por favor. – disse e viu apenas fazer sinal de positivo com a mão e subir às escadas, levando o travesseiro, o lençol e a bolsa de gelo junto com ela.
subiu as escadas e se deparou com o Danny na porta de seu quarto.
- Me procurando? – perguntou, fazendo Danny notar sua presença.
- Pensei que você estava tomando banho... – Danny disse, apontando para a porta do quarto com um sorriso sem graça.
- Vou fazer isso agora. – sorriu brevemente. – E então, pra quê você estava me procurando?
- Eu queria saber o que aconteceu entre eu e a , eu me esqueci completamente... Ninguém mais está acordado, então resolvi te procurar. – Danny coçava a nuca, ainda sem jeito. – Você viu alguma coisa?
- Espere-me na sala. A está lá e aproveitamos para conversar todos juntos. – disse e entrou no quarto, sem dar a chance do Danny fazer qualquer tipo de pergunta.
Danny desceu as escadas e viu sentada no chão, distraída com o tapete.
- Bom dia, ... – Danny disse enquanto se sentava ao lado de .
- Bom dia, Danny. – acordou de seus devaneios e resolveu agir o mais natural possível, afinal, não se lembrava do que aconteceu e não fazia ideia de que ele também não se lembrava de nada.
Algum tempo depois, chegou à sala com a bolsa de gelo em mãos.
- Pronto, estou aqui. – se sentou no sofá de frente para os dois e pressionou levemente a compressa de gelo no lado direito do rosto. – E você me assustou, dona . Achei que a marca ainda estava grande.
- Mas , você vai…? – e Danny começaram a perguntar juntos, mas pararam, assustados com a coincidência.
- Vou falar com vocês dois juntos sim, já que estão com o mesmo problema. – disse e Danny e se entreolharam envergonhados.
- Então fala, , o que aconteceu? – Danny quebrou o silêncio.
- Antes de contar, tenho uma pergunta: vocês querem que eu conte tudo o que eu vi ou querem que eu conte o essencial? – perguntou, afastando a compressa do rosto. A marca que ainda estava em seu rosto era pequena, exatamente no lugar que doía mais no dia anterior, pois o anel de aço que Richard costuma usar no dedo médio tinha atingido em cheio sua bochecha, o que descartava a possibilidade de uma lesão grave, como a fissura de um osso, mas mesmo assim, doía bastante.
- Eu acho melhor você contar tudo. – falou e Danny concordou com um aceno de cabeça.
- Então tá, vamos lá. – se endireitou no sofá, novamente, pressionando a compressa em seu rosto. – Tudo começou quando eu estava conversando com o Harry e eu...
- O que o Harry tem a ver com isso? – Danny interrompeu , que rolou os olhos.
- Eu ainda estou no começo da história, Danny. – explicou.
- Ok, desculpa, pode continuar. – Danny falou baixo e fez sinal para que continuasse a contar.
- Enfim... Eu estava conversando com o Harry e eu tive que ir ao banheiro... – começou a contar e, à medida que ela ia falando, tudo voltava à mente de Danny e .

Flashback on.

- Como você vai saber onde fica o banheiro? – Harry perguntou arqueando a sobrancelha.
- Qualquer coisa, eu peço informação. – piscou para Harry e foi à procura de um banheiro.
pediu informação a um barman e soube que o banheiro mais próximo ficava na parte onde tocava música eletrônica. Quando chegou perto do banheiro, viu que tinha uma fila, então deu uma olhada pelo salão, onde tocava “I Need a Woman” naquele momento e viu que tinham vários casais dançando até que ela achou o casal que tanto procurava. Resolveu parar para ver o que estava acontecendo ou o que estava para acontecer enquanto esperava na fila.
e Danny conversavam enquanto dançavam.
- Foi tão legal o dia em que a tocou essa música na soundcheck... Lembro até hoje. – envolveu seus braços no pescoço do Danny e seguindo o ritmo da música.
- Nem faz tanto tempo assim. – Danny sussurrou no ouvido de , que se arrepiou.
- Mas foi marcante. – imitou o que Danny fez e sorriu ao perceber que a reação dele tinha sido igual à dela.
- O que fez desse dia tão marcante? – Danny afastou um pouco o rosto do de para olhar pra ela.
- É que a evitou por um bom tempo tocar baixo na nossa frente, por causa de timidez ou qualquer coisa assim, daí, naquele dia, ela conseguiu driblar essa timidez e fez aquela participação na soundcheck de vocês. Fiquei muito feliz por ela. – explicou e começou a cantarolar o refrão da música.
- Então tá. – Danny sorriu.
- …Not any woman, but a woman who needs me too... continuava acompanhando a música.
- So how about you? – Danny cantou no ouvido de e ela olhou para o Danny. Os dois pararam de dançar e Danny afastou uma mecha de cabelo do rosto de , enquanto ela ainda o olhava intrigada, sem saber o que aquilo realmente significava. Seria uma proposta?
- Você ainda não respondeu à minha pergunta... – Danny disse enquanto aproximava seu rosto do de , fazendo com que seus narizes se tocassem.
A reação de foi apenas beijá-lo. Enquanto isso, festejava na fila do banheiro.
- Tem certeza? – Danny perguntou sorrindo após partir o beijo.
- Absoluta. – sorriu e os dois voltaram a se beijar.
- Ok, já está ficando grudento demais, vou procurar o que fazer. – entrou no banheiro e fez o que pretendia fazer.
Quando saiu do banheiro, viu o novo casal num clima bem fofo enquanto dançavam juntos, o que chegava a lembrar daqueles bailes de escola que tem nos filmes, sorriu involuntariamente e voltou para a mesa.

Flashback OFF.

- E você contou para o Harry quando voltou para a mesa? – Danny perguntou com receio da resposta.
- Não, a não faria isso... Ou faria? – perguntou para com a mesma expressão do Danny.
- Claro que não, né, ? Eu estaria me intrometendo num assunto que é único e exclusivo de vocês... Algo que, teoricamente, eu nem deveria ter visto. – disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Ótimo. – O casal disse ao mesmo tempo e suspiraram aliviados.
- Agora, se me dão licença, eu vou procurar o que comer. Qualquer coisa, eu adianto o almoço também. – levantou do sofá e foi em direção a cozinha. Não estava com fome, mas queria deixar o casal a sós.
- Tá bom, . – disse, sorrindo ternamente.
- Tá ok. – Danny disse simplesmente. – Obrigado, .
- De boa. – fez sinal de positivo com a mão.
- E agora? – Danny perguntou quando saiu da sala.
- Não sei, não estávamos sóbrios na hora... – deu de ombros.
- Mas eu tive plena consciência do que eu falei. – Danny falou, ficando sério.
- Teve mesmo? – perguntou, franzindo o cenho.
- Tive... – Danny disse meio sem jeito. – Eu acho que só consegui falar porque já tinha bebido alguns daqueles drinks de uva.
- Que eram ótimos, por sinal. – tentou descontrair o ambiente e Danny riu brevemente.
- Enquanto estivermos juntos, não vai ter nenhum ex-namorado maluco não, né?! – Danny perguntou, fazendo uma expressão de medo.
- Que eu saiba, não. – sorriu e deu um selinho no Danny, o abraçando logo em seguida.

- Bom dia, pessoas lindas. – apareceu na sala depois de um bom tempo de conversa entre e Danny, que fizeram um tipo de recapitulação da noite anterior, contando as memórias que tinham, ajudando um ao outro.
- Bom dia, . – Os dois disseram em uníssono.
- Não tem mais ninguém acordado não? – perguntou enquanto sentava no sofá.
- Tem a , ela está na cozinha. – Danny disse, apontando para a cozinha.
- O que tem eu? – apareceu na sala com um pano de prato pendurado no ombro.
- Nada não, . – respondeu.
- Que legal, quando o assunto é o nada, eu sou a primeira a ser citada, isso significa que eu sou um nada. – cruzou os braços, fazendo bico. Era intencional aquele exagero da parte dela.
- Nada é perfeito e nada é pra sempre. – Danny disse enquanto ia na direção de para abraçá-la. – Melhor?
- Melhor. – ria pelo improviso do Danny, que, no final, foi bonitinho, na opinião dela.
- Também quero abraço... – Dougie chegou à sala, interrompendo o momento.
- Quem disse que eu vou abraçar você? – Danny olhava para Dougie com desprezo.
- Não se preocupe, Dougie, nós abraçamos você. – disse e as meninas abraçaram Dougie.
- Até a foi... – Danny fez bico e cruzou os braços.
- Não fica assim, baby. – abraçou Danny, lhe dando um beijo no queixo, fazendo-o sorrir.
- Esses dois são tão lindos! – disse, apertando as bochechas do Dougie.
- Hey, por que você não aperta o Danny? – Dougie tirou as mãos de do rosto dele.
- E interromper esse momento? Nem pensar! – perguntou com as mãos na cintura.
- Pequena! – Dougie sorriu ao ver descendo as escadas.
- Os dois pequenos... – Tom, que vinha logo depois de , comentou e ficou ao lado de .
- Estou sobrando aqui... – disse, vendo aquele clima entre os casais, então resolveu voltar para a cozinha sem que ninguém percebesse.
- Pelo visto, todo mundo acordou bem hoje... – Tom comentou quando todos estavam juntos na sala.
- Você não sabe o quanto... – disse em tom malicioso, fazendo todos rirem.
- Pois é, mas nem todo mundo ainda está acordado. – Dougie falou e todos se entreolharam.
- Ainda falta o Harry. – olhava para todos os lados da sala, se certificando que ainda não tinha falado com o Harry naquele dia.
- Não falta mais... – Dougie apontou para a escada.
- Caramba, mate, parece que um trator passou por cima de você. – Danny comentou vendo o Harry descendo as escadas.
- Bom dia, gente. – Harry falou quando terminou de descer as escadas.
- Bom dia. – Os seis presentes responderam em coro.
- Cadê a ? – Harry perguntou depois de conferir toda a sala algumas vezes, se certificando de que ainda estava enxergando direito.
- Ah, é, a está na cozinha. – Danny relembrou. Ainda estava meio lento por causa da ressaca.
- Será que teremos um almoço feito pela ? – Dougie perguntou, se animando.
- Vou checar isso agora. – Harry levantou e foi para a cozinha, o que desencadeou uma série de risos e comentários maldosos.

Na cozinha...

- ... Bang your drum so everyone can hear. C’mon and ride with me, ride with me and I’ll watch you change from blue to…
- cantarolava enquanto mexia em uma panela.
- Oi. – Harry disse, se apoiando na bancada, bem na hora em que ia virando para colocar a tampa em cima da pia.
- Ai, meu Deus do céu! Que susto! – deixou a tampa cair.
- Me disseram que eu não estava com uma cara muito boa, mas não sabia que estava mal a esse ponto. – Harry disse enquanto via pegar a tampa do chão e lavá-la rapidamente.
- Não é isso, Harry, eu só estava distraída. – disse, voltando a tampar a panela. – O pessoal ainda está na sala?
- Até a hora que eu saí, estava todo mundo lá. – Harry deu de ombros.
- Awesome. sorriu. – Vai ser legal.
- O que você está aprontando? – Harry se aproximou do fogão, mas ficou em sua frente, colocando as mãos em seu peito, impedindo-o de se aproximar.
- É só um almoço, Harry, nada de tão incrível assim. – deu de ombros, afastando-o do fogão.
- Então eu acho que ainda teremos um tempinho até o almoço ficar pronto. – Harry apoiou as mãos nos ombros de e tentou ver o que tinha nas duas panelas que estavam sobre o fogão, depois voltou a atenção pra ela.
- Não muito tempo, mas temos. – sorriu e Harry a beijou. O ato pegou de surpresa, mas ela não achou aquela surpresa nem um pouco ruim.

Na sala...

- Será que o Harry e a ..? – supôs, percebendo a demora do Harry na cozinha e quebrando o silêncio que já durava mais de dez minutos.
- Acho que sim... – disse sem muita certeza e o silêncio voltou a reinar por um tempo.
Naquele momento, os seis estavam com fome, mas a preguiça não deixava ninguém se levantar e ir saber o que estava acontecendo na cozinha, ou quando o almoço ia sair.

Na cozinha...

- Espera, Harry, o molho... – se afastou do Harry e demorou um pouquinho até lembrar o que estava fazendo antes para poder continuar a fazer. Ela sentia que talvez não conseguisse se acostumar àquela proximidade com o Harry até o final dos quatorze dias da promoção.
- Tá bom. – Harry assentiu, depois percebeu que olhava ao redor, tentando lembrar o que ia fazer depois de desligar o fogo, o que o fez rir baixo enquanto ela procurava alguma coisa no armário.
- Tudo pronto para o almoço, vamos chamar todo mundo. – disse, colocando uma travessa de vidro sobre a mesa. Os pratos estavam empilhados de um lado da mesa, junto com os talheres, copos e guardanapos.
- Fazer o quê, né? – Harry disse e acompanhou até a sala.
- Tem alguém com fome aí? – se fez notar na sala. Todos levantaram a mão em resposta à sua pergunta. – Então vamos almoçar, além de passar das 15:00, o que não é bem horário de almoço.
- O que você cozinhou, ? – Tom perguntou enquanto ia para a cozinha.
- Fiz uma macarronada. – respondeu simplesmente.
- Minha favorita. – disse, batendo palmas e deu um beijo no rosto de antes de ir para a cozinha.
- Spencer, salvando nossas vidas... – Dougie disse enquanto se servia.
- Ainda bem que a fez alguma coisa, senão iríamos passar fome hoje. – disse, olhando para . Ela sabia muito bem que ninguém ia ter ânimo para fazer sequer um miojo naquele dia.
- Que nada, nem deu trabalho. – disse, dando de ombros. – Espero ter feito tudo direitinho.
- Fez sim, tá do jeito que eu gosto. – disse depois de provar da macarronada.
- Tá bom mesmo. – Dougie concordou.
- Agora vocês estão sabendo por que a geralmente cozinha quando estamos juntas. – comentou.
- Mas vocês cozinham bem... – disse, achando aquilo um exagero.
- Eu não. – discordou. – Não sei nem ligar o forno.
- Ok, temos uma exceção. – disse, fazendo todos rirem.
E o almoço seguiu assim, entre elogios para e momentos fofos entre os casais. Depois do almoço, todos foram para a sala, procurar com o que passar o resto do dia.
- Vamos ver um filme? – propôs.
- Vamos! – disse, animada.
- Mas o que vamos assistir? – perguntou.
- Harry Potter! – disse, torcendo para que todos concordassem.
- Isso! – Tom concordou, sorrindo para , feliz com a escolha da garota.
- Ah, que saudades... – sorriu. Seus olhos brilhavam com as lembranças que surgiram em sua mente.
- Nem fale! Sinto falta dos dias em que eu parava para ver todos os filmes. – suspirou. – Faculdade me privando de viver...
- Vocês assistem a esses filmes o tempo todo... – rolou os olhos.
- Até parece que não gosta. – retrucou, cruzando os braços.
- Vamos ver qual dos filmes? – Tom cortou o assunto.
- Tem quais aí? – levantou e ficou ao lado do Tom, de frente para a estante.
- Só não tem o primeiro. – Tom respondeu, estranhando, pois achava que todos os filmes estavam ali.
- Então põe o quinto. – falou e concordou.
- A Ordem da Fênix... – disse meio desanimada.
- Algo errado, ? – Tom perguntou.
- Nada não, Tom... Tá tranquilo. – esboçou um sorriso.
- É porque ela sempre xinga a Cho nas cenas dela com o Harry. – sorriu malvada.
- Obrigada, , sempre que eu quiser ficar constrangida, eu te chamo. – disse irônica, piscando para .
- Vamos ver esse mesmo ou não? – perguntou, já ficando impaciente com todo aquele debate.
- Vamos. – disse e Tom pôs o filme.
E o filme começou. , Dougie, e Harry estavam no sofá maior, e Danny no sofá menor, Tom e sentados no chão, perto do sofá maior. Os comentários durante o filme foram bem breves. não estava nem aí para o filme e conversou com o Danny o tempo todo. Tom, , e nem piscavam, enquanto Harry e Dougie faziam comentários sobre as reações dos quatro que realmente queriam assistir ao filme.
- Eu matei Sirius Black... – Dougie saltitava pela sala, causando risos em todos.
- Tom, me empresta sua câmera, preciso ver umas coisas nela. – pediu.
- Pode pegar, . Você sabe onde está, né? – Tom perguntou.
- Se você não mudou de lugar de ontem para hoje, eu sei. – disse e subiu até o quarto do Tom para pegar a câmera.
- Sinto como se tivesse esquecido alguma coisa... – disse pensativa.
- A louça do almoço! – disse, fazendo menção de levantar, mas a impediu.
- A fez o almoço. – disse como se tivesse explicado tudo.
- E..? – , como todos os outros que estavam na sala, não entendeu.
- Se a fez o almoço, nada mais justo do que os Guys lavarem a louça. – explicou.
- Concordo. – disse.
- Concorda com..? – Danny estava distraído, não tinha entendido qual era o assunto.
- Elas querem que a gente lave a louça! – Dougie disse como se fosse a coisa mais absurda do mundo.
- Eu acho justo. – Tom disse e Danny concordou.
- Por mim, tudo bem. – Harry deu de ombros.
- Eu não vou dizer mais nada. – Dougie levantou as mãos, desistindo de argumentar.
- É isso aí! Conseguimos fazer o McFLY lavar a louça do almoço! – disse e fez um high-five com as meninas.
- Foi isso mesmo que eu ouvi? Os Guys vão lavar a louça? – perguntou impressionada. Foram poucas as vezes que todos os quatro fizeram isso. Geralmente, eram apenas um ou dois que ajudavam as meninas.
- Exatamente isso. Agradeça à por esse feito. – disse, abraçando de lado.
- Ainda bem que eu peguei a câmera, esse momento merece ser registrado. – já foi ligando a câmera enquanto os Guys iam para a cozinha.
- Ainda bem que não tem tanta coisa... – Dougie analisou a situação da pia.
- A preguiça aí se instalou, hein? – Danny rolou os olhos. – Suas mãos não vão cair, Dougie.
- É. A gente não vai fazer nada demais... – Harry concordou e Dougie tomou coragem para lavar a louça.
Os Guys foram loucos até na hora de lavar a louça. Tinham momentos em que Danny corria atrás das meninas para ver se conseguia molhá-las; Dougie jogou quase todo o detergente no cabelo do Tom; Harry e Danny fizeram Dougie beber detergente; Tom queria escovar os dentes do Danny com a escova da pia e, já que tentaram fazer o Dougie beber detergente, queriam fazer o Harry comer a esponja, depois de terem terminado de lavar a louça.
- Ok, vocês precisam de um banho... – disse, fazendo uma expressão de nojo diante ao estado dos Guys.
- Por quê? Você não gostou do meu cabelo verde-limpeza? – Tom passava as mãos no cabelo, que estava realmente verde por estar encharcado de detergente.
- Não mesmo. – cruzou os braços.
- Ah, vem cá! Você tem que sentir pelo menos o cheirinho do meu novo cabelo. – Tom conseguiu segurar antes que ela saísse correndo.
- Não, Tom, me solta! – tentava fugir do abraço do Tom, mas ele já tinha sujado o rosto dela com o cabelo.
- Pronto. – Tom soltou , que logo começou a limpar o rosto com a manga da camisa, achando aquilo um tanto nojento, mas, no final, riu da situação.
- Vocês não vão fazer isso, né? – perguntou receosa, apontando para Tom e .
- Eu não. Preciso escovar os dentes por, no mínimo, uma hora. – Dougie disse, indo em direção à escada.
- Eu também, ainda sinto o gosto do almoço de ontem. – Harry seguiu o Dougie e as meninas olharam para o Danny.
- Antes de ir para o quarto, eu quero um beijinho da . – Danny tentou se aproximar de , mas ela se escondeu atrás de .
- Nem vem, a me protege. – segurava os ombros de , que mal conseguia se equilibrar em suas pernas.
- Se não fosse a , você estava perdida. – Danny ameaçou e foi em direção à escada.
O cabelo do Tom tinha começado a pingar detergente, então ele resolveu subir com os Guys pra tirar aquilo.
- Gente, que horas são? – perguntou, conferindo as fotos que tirou enquanto os Guys lavavam a louça.
- São-oito-horas-e-quarenta-e-três-minutos. – imitou um robô, fazendo as primas rirem.
- Caramba, daqui a pouco vou ligar a TV, quero assistir uma coisa... – sorriu e foi para a sala.
- O que vai passar? – perguntou, estranhando todo aquele empenho da prima em procurar o controle.
- O “Don’t Forget the Lyrics” edição especial com Backstreet Boys. – disse sem parar de procurar o controle.
- OMG, cadê esse bendito controle? – se desesperou e foi procurar o controle, jogando todas as almofadas do sofá pra cima.
- Calma, , ainda faltam dez minutos para o programa começar, além de ser uma reprise bem antiga, fazem anos que esse programa foi ao ar. O Kevin ainda nem tinha voltado e você encontra esse programa no YouTube, mesmo com a qualidade baixa. Já assisti um monte de vezes. – disse, impressionada com o desespero de .
- Não importa, serão os Boys na TV! – estava eufórica.
- Foi falar no Howie... – rolou os olhos.
- Só quero ver quando o Tom estiver por perto. – riu e concordou com um aceno de cabeça.
- Achei! – ergueu o controle como se fosse um troféu.
- Deixa eu ligar a TV para ver se já começou.. – pegou o controle da mão de e começou a passar os canais até encontrar o canal que ela estava assistindo na madrugada anterior.
- Enquanto os Guys não descem, eu preciso ter certeza de uma coisinha: Estamos todas tendo casos com o McFly? – perguntou enquanto o canal não era encontrado.
- Nem sei se podemos chamar isso de “caso”. – deu de ombros, embora quisesse dizer que estava sim tendo um caso com o Tom.
- Ok, deixa eu reformular então: De ontem pra hoje, alguém, além de mim, ficou com um integrante do McFly? – refez sua pergunta e olhou para as primas, percebendo que cada uma teve uma reação: deu um sorriso malicioso, assim como ela, mordeu o lábio inferior e ficou boquiaberta.
- Achei que só eu tinha quebrado as regras... – riu, olhando para , e . – Somos um bando de desobedientes!
- Somos meninas malvadas. – riu, colocando as mãos na cintura.
- Falou a Regina George. – não perdeu a oportunidade de fazer uma referência ao filme, fazendo todas rirem.
- Já que tudo aconteceu no mesmo dia, eu tenho que perguntar: Quando e onde foi? – estava extremamente curiosa sobre o assunto.
- Rapaz, eu nem sei direito onde estávamos, mas foi num lugar que parecia um parque, depois da minha crise ter passado e eu ter percebido o quanto o Dougie estava lindo preocupado comigo. – disse, reparando que não tinha perguntado ao Dougie onde eles passaram a noite e relembrando o momento que lhe trouxe um sorriso.
- Aqui. – deu de ombros. – Depois que eu terminei de limpar o arranhão que ele levou.
- No pub, quando estávamos dançando. – falou. – E no quarto dele, antes de dormirmos.
- Safadinha! – olhou para . – Então quer dizer que vocês também...
- Não, isso não. – negou. – Apesar da vontade, eu achei melhor não.
- Então teve vontade, né? – riu maliciosa.
- Tenho essa vontade há muito tempo. – também riu. – Sim, , falta você dizer onde e quando rolou...
- Na cozinha, depois de termos uma pequena conversa sobre a minha mudança depois da briga com vocês. – sorriu com a lembrança. Ainda estava intrigada em como aquilo tinha sido parecido com seu sonho. – Foi lindo...
As meninas se acomodaram no sofá e esperaram o programa começar enquanto conversavam. Pouco tempo depois de ter começado o programa, os Guys já tinham descido e as meninas tinham mudado de assunto.
- Já estou vendo que seremos trocados pelos Backstreet Boys. – Dougie fez bico.
- Vocês não serão trocados... – deu um tapinha no ombro do Dougie.
- Só vamos esperar pra ver... – Danny disse, não acreditando nas palavras de .
- Nem faz drama, Danny, a é a que menos gosta deles. – disse e Danny abriu um sorriso vitorioso.
- Mas se fosse... – ia dizendo em tom malicioso, mas a interrompeu.
- Ok, já chamaram eles. – fez sinal para todos se calarem.
- Eu só quero ver se eles são tão bons assim... – Tom disse enciumado depois de ver suspirar pelo Howie.
E o programa seguiu. ria e suspirava pelas brincadeiras entre Howie e Brian no palco; e , que nunca tinham assistido àquele programa, tentavam descobrir o verso seguinte das músicas e se dividia em observar os Guys, as reações das meninas e assistir ao programa, se divertindo com tudo aquilo. Quando o programa terminou, as meninas e os Guys faziam comentários:
- A parte de “I’m the Only One” é muito legal, sempre dou risada quando assisto... – comentou.
- O quê? A parte em que eles ficam sem saber o que responder? – Harry perguntou com a sobrancelha arqueada. – Parecia que eles iam brigar se não aceitassem a alternativa que um deles propôs...
- Tenho certeza que aconteceria o mesmo com vocês... – disse em tom desafiador.
- Eu concordo com isso. – levantou a mão.
- Somos civilizados, mocinhas. – Tom disse, se defendendo, mas sabia que talvez acontecesse algo parecido se eles estivessem naquela situação.
Depois de um tempo, e foram à cozinha e deixaram e conversando com Tom, Dougie e Harry, já que o Danny atendia uma ligação do Fletch.

Na cozinha...

- Caramba, por que você comprou tantos morangos? – perguntou para , olhando para a geladeira. – Nem tinha reparado nisso ontem.
- Sei lá, estava emocionalmente abalada no dia das compras. – deu de ombros.
- E sua depressão é curada com morangos? – estava impressionada com o que estava falando.
- Não sei, nunca fiquei depressiva de verdade... – deu de ombros, rindo em seguida.
- Eu tive uma ideia! – disse animada.
- O quê? – perguntou com a mesma animação, mesmo sem saber o motivo da animação da prima.
- Vamos ver quem come mais morangos? – perguntou enquanto pegava as várias caixas de morangos que tinha comprado no dia anterior e colocava sobre a bancada.
- Vamos! Primeiro vamos propor o desafio, se elas aceitarem, voltamos aqui para pegar os morangos. – disse e seguiu com para a sala.

Na sala...

- Hey! – falou, chamando a atenção de todos que estavam na sala.
- I’m looking up for my star girl… - , que estava com o violão que o Danny tinha levado para a sala, cantou e tocou esse trecho da música.
- E você dizendo que não sabe tocar violão, não é, dona ?! – cruzou os braços.
- Sei pouca coisa, . – justificou.
- Ok, vamos ao que interessa. Temos um desafio para as meninas. – disse, esperando todos assentirem para ela, que foi quando ela continuou: - Queremos saber quem come mais morangos, quem topa?
- Vocês já sabem que sou eu. – disse, orgulhosa. Tinha vencido um desafio que as meninas tinham feito há muito tempo.
- É uma revanche. – disse em tom desafiador.
- Eu topo! Quantas caixas dessa vez? – perguntou, animada.
- Três, das grandes. – respondeu.
- Quem foi o gênio que comprou doze caixas de morangos? – Danny perguntou sem pensar.
- Fui eu, Danny e, na verdade, foram treze caixas. Tem uma aberta. – disse com um pouco de receio.
- Caramba... – Danny se impressionou.
- Eu também topo o desafio. – disse em tom superior.
- Então vamos buscar os morangos para fazer esse desafio aqui na sala. – e foram para a cozinha e logo voltaram. Elas colocaram as caixas, que eram consideravelmente maiores do que as convencionais, na mesa de centro, enquanto as outras se acomodaram ao redor da mesma.
- Como eu disse, são três caixas para cada uma, sem direito à água, os Guys não podem ajudar e quem terminar primeiro ganha. Prontas? – ditou as regras e as meninas apenas assentiram enquanto se preparavam.
- Posso ser o juiz? – Dougie interrompeu o silêncio e o clima tenso entre as meninas. – Eu faço tudo direitinho. Eu sou o juiz mais justo que vocês podem encontrar aqui, é só olhar ao redor.
- Tudo bem, Dougie. – concordou e riu pela maneira que os Guys o fuzilaram com o olhar. – Todas prontas?
- ESPERA! – Dougie correu para pegar um pufe e o posicionar de maneira que pudesse ver as meninas. – Agora sim. E que os jogos comecem! – Fez sua melhor voz de locutor.
E o “jogo” finalmente começou. As quatro abriram a primeira caixa de morangos e começaram a comer de maneira descontrolada. Os Guys somente observavam à cena sem conseguir acreditar.
- O. Que. É. Isso? – Tom perguntou pausadamente, apontando para , que tentava de todas as maneiras possíveis colocar um morango na boca que já estava completamente cheia.
- Ah, Tom, você já fez pior. – Danny disse, sério.
- As meninas realmente estão levando isso a sério. – Harry comentou depois de ver batendo na mão de , fazendo um morango cair.
- HEY, NUM FALE! protestou com a boca cheia.
- , essa é a sua primeira advertência, mais uma, você sai. – Dougie disse, cumprindo seu papel de juiz.
- É isso aí, Dougie, fez certo. – aprovou, também de boca cheia, mas não tanto quanto e .
- Fó puquê canhou uma fez, num quer dijer que fai canhar fempre... provocou e conseguiu, não se sabe como, colocar mais um morango na boca.
E elas continuaram comendo e, a essa altura, as meninas já estavam terminando a segunda caixa e começando a terceira.
- A já não aguenta mais. – Harry comentou ao ver começar a comer mais devagar, apenas observando as primas.
- E a quer mesmo ganhar. – Danny apontou para que comia os morangos e mantinha o olhar fixo em , de maneira ameaçadora.
- A é a única que está tranquila com tudo isso. – Tom viu que se divertia com a competição entre e e fazia companhia à , comendo alguns morangos e completou uma caixa com os que elas não iam comer mais.
- MOMENTOS DE TENSÃO! – Danny anunciou quando e estavam chegando ao final da última caixa de morangos. Isso fez engasgar.
- Calma, tenta respirar. – ajudava , sem conseguir se conter em risadas.
- Você também, tente respirar. – disse, ainda ofegante para que estava vermelha de tanto rir.
- Temos uma vencedora! – Dougie anunciou e os Guys aplaudiram.
- Rá! Na sua cara! – dançava ao redor de , que rolou os olhos. – Ganhei! Woohoo!
- Ela realmente levou a sério. – Harry comentou para que apenas Tom e Danny ouvissem.
- Tom, tira uma foto minha com a e o troféu? – Dougie pediu e Tom pegou sua câmera.
- Troféu? – perguntou, franzindo o cenho.
- É, o troféu controle! – Dougie pegou o controle da TV e entregou para .
- Eu tenho o controle! – ergueu o controle, rindo muito.
Depois de toda essa comemoração, as meninas ficaram meio moles por terem comido tantos morangos em tão curto espaço de tempo.
- Tenho uma ideia, os caras e eu podemos fazer mais perguntas a vocês? – Danny propôs, quebrando o silêncio.
- Não vou precisar comer nada, né? – disse meio desanimada. Ela estava encostada no sofá com uma das mãos sobre a barriga. – Acho que não como mais nada hoje, nem se me oferecerem um milhão de libras.
- Não, , fica tranquila. – Tom tranquilizou , que fez sinal de positivo com a mão.
- Eu acho uma boa ideia. – disse e todos se sentaram no chão. Os Guys de um lado e as meninas do outro.
- , qual foi a primeira música que você aprendeu a tocar na bateria? – Danny perguntou e as atenções foram para .
- Se eu não me engano, foi “We Will Rock You”. – respondeu e todos riram. – O que foi? Eu só estava começando e o Stan queria saber se eu tinha coordenação.
- , desculpa tocar no assunto, mas como era a sua relação com o Jimmy? – Tom perguntou e se sobressaltou com uma pergunta tão séria.
- Bom, o Jimmy, no começo, era um amor de pessoa... Aí teve uma época em que eu tinha arrumado um estágio em um escritório e ele começou a achar que eu o traía com alguns caras que trabalhavam comigo. Quando fizemos nove meses de namoro e essa implicância dele não terminou, eu resolvi romper com ele, mas aí foram mais dois longos meses de perseguição da parte dele. – resumiu a história ao máximo para evitar lembranças mais fortes.
- Perseguição? – Danny perguntou, intrigado. Mesmo com aquilo tendo sido mencionado no dia anterior, ele ainda não sabia exatamente do que aquela “perseguição” se tratava.
- É, ele ficava me seguido onde quer que eu fosse, só pra dizer que tinha razão na história de traição e tal, mas, depois que ele viu que estava errado, desistiu... Demorou, mas desistiu. – deu de ombros.
- , porque você escolheu fazer faculdade de medicina? – Harry perguntou, mudando o clima da conversa por um momento.
- Porque eu quero ser médica. – riu, mas logo voltou a ficar séria. – Bom, a minha influência maior é o meu pai e eu sempre achei legal a ideia de salvar vidas.
- Que nobre... – brincou, mas realmente achava bonita essa história da influência de Aaron na vida de .
- Minha vez. como era a sua relação com o Richard? – Dougie perguntou e o clima tenso voltou. Mesmo não tendo presenciado a briga entre e o ex-namorado, ele ficou sabendo do que aconteceu e tinha achado tudo muito absurdo.
- Difícil, muito difícil... – deu um sorriso calmo. – O meu namoro com ele sempre foi conturbado, acho que isso se atribuía ao fato de eu ser bem mais nova do que ele e ele achar que podia me controlar exatamente por isso. Quando as minhas aulas de baixo começaram, eu conheci o Marty e viramos amigos bem rápido, isso causou ciúmes da parte dele e depois de um tempo, ele começou a pensar que Marty e eu tínhamos um caso... Mal sabia ele que o Marty é gay. – Ela rolou os olhos. – Bom, tiveram muitas coisas, afinal, foram dois anos de relacionamento, mas eu acho melhor não falar disso, é uma história longa demais, vocês perderiam tempo.
Depois disso, as perguntas foram mais leves, pois o propósito daquela “entrevista” era esclarecer aquelas coisas sobre ex-namorados e ter uma ideia do porque deles terem aparecido de repente. Só que ninguém contava que o Danny ia tomar uma atitude que impressionaria a todos.
- Última pergunta: , você quer namorar comigo? – Danny perguntou e as meninas olharam surpresas para , que tinha paralisado.
- S-sério? – perguntou com um pouco de dificuldade.
- Eu acho que não iria brincar com isso... Não com você. – Danny disse sério.
- Ai, meu Deus, eu acho que vou ter um troço. Responde logo, mulher! – se abanava com a própria mão, completamente eufórica.
- Eu quero. – disse quase num sussurro, mas todos estavam em completo silêncio, então deu pra todo mundo ouvir.
- BEIJA, BEIJA, BEIJA! – O coral, regido por Dougie e , em pouco tempo foi geral, até que o casal respondesse ao pedido, selando aquele novo compromisso.
- Ai que lindo, a minha menina está crescendo! – disse em tom de brincadeira enquanto abraçava , mas era verdade que ela estava feliz pela prima.
- Cala a boca, pirralha, a criança aqui é você. – disse brincando, mas pelo tom dela, pareceu bastante sério, até ofensivo.
- Ok então, com essa eu acho melhor ir me deitar. Boa noite a todos. – , que tinha ficado magoada com aquilo, se levantou.
- Boa noite. – Todos responderam em coro e somente acenou.
- Eu acho que ela ficou mal... – Tom comentou quando saiu da sala.
- Você acha, Tom? – Harry achou o comentário do Tom um pouco óbvio demais.
- Depois eu falo com ela... – disse, abraçada ao Danny, agora, seu namorado.
Aos poucos, todos foram dormir. achou melhor falar com no dia seguinte, porque ela achou que a prima já deveria estar dormindo no horário em que subiu com o Danny.


Eighteen - @Day 12 – Happy Birthday to


Depois de tantas emoções, as surpresas ainda não tinham terminado na McHouse, mas ninguém tinha noção do que estava por vir.
Na madrugada daquele mesmo dia, Danny levou até seu quarto e, em seguida, foi para o dele. demorou a dormir, pois estava preocupada com o que tinha dito a , mas também estava feliz pelo tão sonhado namoro. Dormiu com o pensamento de que tudo iria se acertar.
- Putz, minha cama está tão dura... – resmungou pouco antes de perceber que estava no chão, ao invés de sua cama. – Ok, o que eu estou fazendo aqui? Quando eu caí? E o que está acontecendo com a minha barriga? Será que foram os morangos... – tentava achar uma explicação para tudo aquilo enquanto segurava a barriga com as duas mãos. – Acho que vou tomar um banho e depois vou descer para procurar um remédio, talvez ajude. – Ela levantou se apoiando no criado-mudo e foi em direção ao banheiro.

Algum tempo depois...

- Esse banho só serviu pra deixar meu corpo mais leve, o mal estar continua mal estando...
estava prestes a descer as escadas, mas ouviu um estrondo vindo do quarto de . Naquele momento, ela pensou em adiar a conversa que precisava ter com a prima, mas tomou coragem e foi até lá, mesmo com as dores no estômago.
- ? – entreabriu a porta, mas nem olhou pra dentro do quarto naquele primeiro momento.
- Entra. – respondeu automaticamente.
- Eu não sabia que você tinha trazido tanta coisa... – se surpreendeu com o estado do quarto. Tinham toalhas, lençóis, travesseiros e roupas misturadas e jogadas sobre a cama.
- Na verdade, eu não trouxe tanta coisa, eu só resolvi dar uma organizada nesse guarda-roupa. As toalhas e roupas de cama estavam tão bagunçadas que, se alguém entrasse aqui pra dar um rolê em Nárnia, acabaria se perdendo no caminho. – riu fraco com sua tentativa de piada.
- Precisa de ajuda? – perguntou com receio da resposta.
- Não, mas obrigada por se oferecer... É até estranho você estar acordada tão cedo, já que, quando você e o Danny subiram, eram mais de 2:00 da manhã... – tentava procurar um assunto para amenizar o clima entre ela e a prima.
- Como você sabe? Você foi a primeira a subir pra dormir! – perguntou sem entender.
- Calma, eu não estava espionando vocês. Você e o Danny não são as pessoas mais silenciosas do mundo e, quando subiram, acabaram me acordando. – explicou.
- Que horas são? – perguntou, querendo encerrar aquele assunto.
- 8:00 agora. – perdeu o equilíbrio enquanto tentava ver as horas.
- Então eu vou descer e fazer o café, já que, provavelmente, todo mundo vai acordar com fome... – fechou a porta do quarto e desceu.
O clima dessa conversa foi tão estranho que, quando chegou à cozinha, nem se lembrava mais das dores no estômago.

No quarto de ...

Dougie abriu a porta e tentou entrar sem fazer barulho, na esperança de que ainda estivesse dormindo para que assim pudesse acordá-la, mas acabou frustrado ao ver que ela não estava mais na cama.
- Algum problema? – perguntou sem entender porque o Dougie estava no quarto dela tão cedo.
- Wow! – Foi o único som que o Dougie conseguiu emitir ao ver saindo do banheiro, apenas enrolada em uma toalha.
- Se for o CD do Blink, nem vem! Eu te emprestei, e você demorou não sei quanto tempo para me devolver e ainda arranhou a capa. – disse, um pouco irritada por lembrar de quando emprestou seu CD, que ela ainda não tinha ouvido, para o Dougie no terceiro dia de McHouse, mas Dougie não reagiu, o que a preocupou. – Dougie? Eu estou falando com você.
- Hã?! Blink? O que é Blink? – Dougie parecia estar em outro planeta.
- Dougie, você está bem? – estava começando a se preocupar.
- Ah, sim, estou bem sim. – Dougie riu sem jeito e inventou uma desculpa. – É que eu estou com fome.
- E você esperava encontrar comida aqui? – franziu o cenho.
- Só se fosse você... – Dougie sorriu maldoso e rolou os olhos. – É brincadeira, calma. Na verdade, eu vim aqui para te acordar, mas quando cheguei, vi que você já tinha acordado... – Concluiu, desanimado.
- Pelo menos você tentou. – disse, dando alguns tapinhas no ombro do Dougie. – Da próxima vez, acorde mais cedo.
- Mas nem tudo está perdido... Enquanto eu vinha pra cá, vi que a estava descendo e isso significa que, provavelmente, ela vai fazer o café. Podemos descer juntos... – Dougie sorriu, torcendo por uma reação positiva.
- Claro! Você que descesse sem mim... – disse de modo autoritário, depois sorriu. – Mas antes, eu preciso me trocar.
- Claro! Fique à vontade... – Dougie assentiu, apontando para o guarda-roupa.
- Tá, mas você precisa sair do meu quarto primeiro, né?! – riu, apontando para a porta do quarto.
- Desculpa, estou atrapalhando, né?! Eu vou pro meu quarto, daí, quando você terminar de se arrumar, você passa lá e a gente desce junto. – Dougie saiu do quarto totalmente sem graça enquanto ria, achando tudo aquilo muito fofo.

Na cozinha...

- Os Guys são ótimos para lavar a louça, mas pra guardar... – procurava por uma tampa, mas não conseguia encontrar entre a louça que os Guys tinham lavado no dia anterior.
- Bom dia, ! – Danny foi o primeiro a descer.
- Bom dia... – se virou para ver o Danny e se surpreendeu ao vê-lo usando apenas uma boxer branca, parado no batente da porta da cozinha. – Garoto, você já ouviu falar em roupa?
- Digamos que eu gosto de mostrar aquilo que eu tenho de melhor... – Danny sorriu malicioso, colocando as mãos na cintura e observou a mesa do café, o que o deixou impressionado. – Pães, sucos, torradas e café. Está inspirada hoje, hein? - Digamos que eu sei que daqui a pouco o pessoal vai descer com fome o suficiente para acabar com tudo isso. – sorriu, olhando para a mesa.
- Pronta pra casar... – Danny sussurrou no ouvido de , fazendo-a se arrepiar.
- Danny, para com isso. – disse sem graça.
- Ontem você não estava reclamando... – Danny abaixou a cabeça, fazendo bico.
- Eu tenho que terminar o café e você também não está ajudando, sendo tão safado assim. – tentava se justificar.
- Antes safado com você do que com outra mulher! – Danny estranhava o comportamento de e acabou soando um pouco irritado.
- Danny, não faz assim! Tudo o que eu menos quero é brigar com você... Logo agora que estamos tão bem. – cruzou os braços.
- Não é minha intenção, desculpa... – Danny acariciou o rosto de . – Agora vem cá que eu estou carente e nós precisamos conversar. – Ele envolveu seu braço em sua cintura e a puxou para tão perto ao ponto dela sentir a respiração dele.
- Já estamos conversando. – disse, quase sem fôlego.
- É uma conversa diferente. – Danny olhou fundo nos olhos de e a beijou.
O beijo não durou muito, a atenção dos dois foi desviada para os gritos de reclamação de , vindos da sala em direção à cozinha.
- Tudo bem, ? – Danny perguntou ao ver que e Harry tinham chegado na cozinha, mas parecia que Harry tinha a carregado de qualquer jeito pra lá.
- Sim. – respondeu sem jeito, tirando os cabelos da frente do rosto.
- E por que os gritos? – estava intrigada.
- É que quando eu saí do quarto, vi que o Danny estava vindo para a cozinha e, como eu sabia que você estava aqui, desci e fiquei na sala para não correr o risco de interromper alguma coisa, só que o Harry... – rolou os olhos.
- Nós sabemos como ele é romântico. – Danny comentou, causando risos no Harry.
- Só que tem uma coisa que eu não entendi direito... – disse, coçando a cabeça, um pouco confusa.
- O quê? – Danny, e Harry perguntaram em coro.
- O que significaria Danny Jones de cueca na cozinha? – olhou o Danny dos pés à cabeça, com o cenho franzido.
- Ele disse que é pra mostrar o que ele tem de melhor. – deu um tapinha na bunda do Danny, que sorriu malicioso.
- O quê? Essas pernas finas? Super atraente... – Harry disse com desdém.
- Olha só quem fala! – Danny arqueou uma sobrancelha, fazendo as meninas rirem muito. – A verdade é que você está com ciúmes de mim com a !
- Pra quê ter ciúmes de você com a , se eu tenho a ?! – Harry abraçou .
- Me incluam fora dessa! – se afastou do Harry, ainda rindo.
- Então vem me ajudar aqui e deixa esses dois discutindo a relação. – puxou pelo braço enquanto Harry e Danny curtiam o momento deles.
- , eu estou com uma sensação estranha, como se eu estivesse esquecendo alguma coisa... – comentou quando os risos cessaram.
- Tão nova e já se esquecendo das coisas? O caso é grave... – brincou.
- É sério, . – insistiu, preocupada. – É alguma coisa importante e a gente está esquecendo.
- Olhe a data de hoje no calendário e recapitule, talvez isso ajude, porque eu não faço ideia do que estamos esquecendo... – deu de ombros e ficou curiosa, já que, teoricamente, ela também estava esquecendo de algo.
- Ué, cadê o calendário? – perguntou depois de olhar a cozinha por alto e não encontrar o que estava procurando.
- A última vez que eu vi, estava grudado na geladeira. – disse, apontando para a geladeira e não encontrando o calendário.
- Só se for grudado por dentro, né?! – , como num reflexo repentino, abriu a geladeira e encontrou o calendário em uma das prateleiras.
- Isso é a cara dos meninos... – riu.
- O aniversário da ... – murmurou enquanto olhava para o calendário.
- O que é que tem o aniversário da )? – tinha ouvido o que disse.
- É hoje. – ficou séria.
- Não pode ser! – pegou o calendário das mãos de , conferindo a data.
- Bom dia, pessoas! – Dougie e se fizeram notar na cozinha. Ele trazia carregada em suas costas.
- Bela chegada. – Danny comentou entre risos.
- O que aconteceu com elas? – perguntou preocupada ao ver as expressões das primas e Dougie a colocou no chão.
- Não sei, elas estavam conversando, nós nem reparamos quando elas ficaram assim. – Harry deu de ombros.
- ? ? Meninas?! – Danny chamou, preocupado.
- Hã? – respondeu, completamente distraída.
- Por que vocês estão desse jeito? – se apoiou no Dougie, que também não entendia nada.
- Foi impressão minha ou vocês falaram em aniversário? – Harry perguntou, falando a única palavra que tinha conseguido ouvir da conversa das meninas.
e se entreolharam durante um tempo, até que o Tom entrou na cozinha.
- Cadê a ? – Tom apareceu com cara de sono.
- Bom dia pra você também, Tom! Nós dormimos bem, obrigada por perguntar. A ? Deve estar dormindo ainda. – tentava mudar de assunto.
- Desculpa, gente, mas é que hoje eu acordei pensando nela. – Tom riu, levemente ruborizado.
- Tá apaixonado! Tá apaixonado! – Dougie e Danny tiravam sarro do Tom.
- Até parece que a situação dos dois é diferente da minha... – Tom retrucou, arqueando a sobrancelha.
- Qual das duas vai falar? – Harry insistiu no assunto, fazendo todos olharem para e .
- Tá bom! É melhor falar logo, antes que a apareça. – respirou fundo. – Hoje é aniversário da .
- Como assim, aniversário da ? – Tom arregalou os olhos. – E vocês não avisam nada?
- Hey! Espera um pouquinho. – disse, se defendendo e defendendo . – Detestamos admitir, mas nós esquecemos. A só veio se lembrar disso agora.
- Vocês têm certeza que é hoje? – ainda torcia por um engano, mas desistiu ao ver o calendário. – É, é hoje.
- O que vocês vão fazer? – Danny perguntou.
- Você acha que se nós soubéssemos o que fazer estaríamos com essas caras de nada? – respondeu, começando a ficar irritada com o próprio engano.
- O pior é que esse é o primeiro e pode ser o último aniversário que ela passa com os meninos... – lamentou, apoiando a cabeça no ombro de .
- , eu não gosto de te ver falando assim... – Danny segurou a mão de , trazendo-a para perto dele.
- É que eu queria que hoje fosse um dia especial pra ela. – sorriu fraco.
- Meninas, vocês se incomodariam em deixar o aniversário da sob nossos cuidados? – Tom perguntou, começando a ter ideias.
- E nos deixar de fora? – perguntou arqueando uma sobrancelha.
- Não encare dessa forma... Imagine que, ajudando, nós estaríamos retribuindo tudo o que vocês fizeram aqui desde que chegaram e, como a disse, esse pode ser o primeiro e último aniversário que eu vou poder estar com ela, então, por favor, não me tirem isso. – Tom tinha o olhar triste. Não gostava de se imaginar longe de , mesmo ciente de que eles só tinham aquele e mais dois dias juntos.
- e , estamos sem tempo e sem ideias... Antes deixar a festa nas mãos deles do que não fazer nada e acabar magoando a . – disse, tentando convencer as primas.
- Ela nem comentou nada sobre o aniversário... Com certeza, ela está esperando por algo. – pensou alto.
- Tá bom, se vocês concordam, pra mim, tudo bem. – deu de ombros, bastante séria. – Só que tem uma condição...
- Quantas você quiser! – Tom ficou feliz por elas terem concordado.
- Nós temos que ficar por dentro de tudo o que vocês fizerem. – sorriu, tranquilizando a todos.
- Tem certeza de que vai dar tudo certo? – perguntou, ainda receosa.
- Claro! Afinal, somos Os Incríveis! – Danny fez graça, fazendo uma pose típica de super herói.
- Falou a Mulher Elástica... – comentou, fazendo o Harry ter um ataque de risos.
- Não teve graça. – Danny fez bico.
- Me desculpe, Mulher Elástica, mas teve graça sim. – Dougie disse, também rindo.
- Bom dia, gente! Qual o motivo da graça? – apareceu na cozinha e logo pegou uma torrada na mesa.
- A chamou o Danny de Mulher Elástica. – Harry situou na conversa.
- Eu sempre desconfiei que ele gostava de se esticar por aí... – comentou, provocando o Danny.
- Até você, baixinha? – Danny fez bico.
- O Tom ainda não desceu? – estranhou a ausência do guitarrista.
- Credo, ele estava aqui agora, exatamente onde você está... – respondeu depois de notar que o Tom realmente não estava mais na cozinha.
- Voltei. – Tom reapareceu na cozinha, escondendo uma das mãos nas costas.
- Onde você foi? Sumiu e ninguém viu como nem quando... – Harry ainda tentava entender, já que ele também não tinha visto quando o Tom saiu.
- Fui pegar uma coisa para a ... – Tom fez suspense enquanto se aproximava da garota.
- O quê? – não escondeu a curiosidade.
- Isso aqui. – Tom tinha uma rosa branca na mão. – Para a garota que eu nunca vou esquecer.
- Que linda! – disse com os olhos brilhando enquanto pegava a rosa.
- Onde ele achou essa rosa? – Harry ainda estava confuso.
- Não estraga o momento, garoto... – disse entre dentes.
- Quem disse que eu estou te dando essa rosa? – Tom perguntou depois que colocou a rosa em um copo com água fria, improvisando um vaso e já planejando coloca-la em seu quarto.
- Não?! – ficou surpresa.
- Eu quero algo em troca... – Tom riu malicioso.
- E como eu poderia retribuir um gesto tão gentil? – perguntou sorrindo enquanto olhava para a flor.
- Um beijo seu e tudo se resolve. – Tom piscou para e a puxou para perto dele.
- Pronto, considere-se beijado então. – virou seu rosto e beijou a bochecha do Tom.
- Boa, ! – Danny riu pela atitude de .
- Você não especificou onde era o beijo... – deu de ombros, contendo o riso ao ver a reação do Tom.
- E não era óbvio? – Tom fez bico.
- Eu acho que não, hein?! – disse e todos riram.
O Danny foi vestir uma roupa antes de se juntar aos outros na mesa e tomar café. Após o café, as meninas foram arrumar a cozinha e os Guys aproveitaram para discutir o que seria feito em relação ao aniversário da .

Na sala...

- Vamos resolver logo isso porque depois que elas terminarem de arrumar a cozinha, vai ser difícil ficarmos sozinhos sem levantar suspeitas. – Danny disse, se acomodando no sofá maior.
- Agora que você falou, nada me vem à cabeça... – Tom comentou preocupado. – Eu tinha começado a ter ideias lá na cozinha, mas agora foi tudo embora.
- Tom, você quis tomar a frente de tudo, nos envolveu nessa, as meninas confiaram em você e elas não podem ficar na mão. – Danny disse, já imaginando as meninas com raiva deles por isso.
- Poderíamos leva-las para jantar... – Tom sugeriu a primeira coisa que lhe veio à mente.
- Não, isso é muito romântico... Seria ideal se fosse só você e a ou algo que nós faríamos para todas elas, mas hoje, o dia é da , temos que fazer algo que agrade a ela em principal, mas também não deixe de agradar às meninas. – Harry descartou a ideia.
- Uma festa surpresa! Bolo, doces, salgados e balões, aqui mesmo na sala. Tenho certeza que a ia gostar e seria bem divertido. – Dougie sugeriu.
- E um tanto infantil... – Danny deu de ombros, tentando descartar a ideia.
- E qual é a sua brilhante ideia? – Dougie não tinha gostado do comentário do Danny.
- Um pouco de agitação, eu conheço um lugar que fica um pouco longe, mas de carro é bem tranquilo de chegar, tem boa música, boa comida, tem um palco para bandas novas e tem boliche! – Danny comentou animado.
- Ah, tá. Entendo... – Harry rolou os olhos, não gostou muito da ideia.
- Vai dizer que não está nem um pouquinho interessado em ensinar a a jogar? – Danny comentou malicioso, tentando convencer o Harry.
- Olhando por esse lado, até que não é má ideia... – Harry começava a se animar.
- Por que não fazemos os dois? – Tom propôs, fazendo todos prestarem atenção nele. – Fazemos a festa que o Dougie sugeriu durante a tarde, aqui em casa mesmo e à noite, saímos para onde o Danny sugeriu.
- Será que vai dar certo? – Dougie perguntou apreensivo.
- Olha, tem uma confeitaria aqui perto. Lá tem bolos e doces muito bons e eu tenho o número de lá. Só precisamos de alguém que ligue e encomende tudo o que vamos precisar. Isso, nós precisamos conversar com alguma das meninas pra pedir tudo o que a gosta. – Tom propôs.
- Eu posso ligar pra lá. – Danny se ofereceu.
- Tudo certo então. A vai gostar e todo mundo vai participar. – Tom sorriu tranquilo. Os planos já estavam feitos e tinham tudo pra dar certo.
Ao perceberem as meninas saindo da cozinha em direção à sala, Danny subiu para seu quarto, enquanto Tom, Dougie e Harry mudaram de assunto, tentando parecer bastante descontraídos.
- Podemos saber o motivo de tantas risadas? – Tom perguntou enquanto sentava ao seu lado.
- Aconteceram alguns imprevistos na cozinha. – não se continha em risadas.
- Quer dizer que você acha engraçado? – soluçou. – Eu quase morro intoxicada por detergente e você acha engraçado?! – Soluçou novamente.
- Se disséssemos que não, estaríamos mentindo. – deu de ombros.
- E o que aconteceu entre a e o detergente? – Dougie perguntou arqueando a sobrancelha. - Foi um acidente. Eu ia começar a lavar a louça, mas eu apertava o frasco do detergente e não saía nada, então eu comecei a apertar e sacudir o frasco ao mesmo tempo e a pressão na tampa foi tanta que ele acabou explodindo. – tentava explicar a situação.
- A estava xingando o detergente bem na hora que ele explodiu... Foi detergente pra tudo o que era canto. – relembrou o que aconteceu.
- Principalmente na minha boca... Sabia que agora, quando soluço, eu solto bolhas? – disse, fazendo todos rirem.
- Tá vendo como é? Só assim vocês sabem o que eu sofro! – Dougie tentava não rir.
- Bem que você poderia dar uns beijinhos no Danny agora... – comentou.
- Por falar nele, onde é que aquele sardento se meteu? – perguntou ainda soluçando.
- Ele subiu, deve ter ido pegar alguma coisa. – Tom deu de ombros, disfarçando o máximo que podia.
- , sobe aqui rapidinho! – Danny chamou do topo da escada.
- Pra vocês verem que rápida evolução: Até ontem, eles faziam as coisas na nossa frente, agora que estão namorando tem que ser escondido. – Harry brincou, fazendo todos rirem.
subiu e foi para o quarto do Danny. Todos riam e continuavam com as brincadeiras na sala.

No quarto do Danny...

- Já temos um esquema sobre o aniversário da . – Danny puxou para dentro de seu quarto e fechou a porta em seguida. – Já disse que você está linda hoje?
- Daniel, não começa! – repreendeu, mesmo gostando do elogio.
- Ok, eu também não te chamei aqui pra isso. – Danny começou a falar e sentou em uma cadeira perto da cama. – Os caras e eu decidimos tudo enquanto vocês estavam na cozinha. Dividimos o aniversário dela em duas partes: A primeira vai ser uma festa surpresa com bolo, doces e essas coisas de aniversário lá na sala depois do almoço.
- Então o almoço não pode ser muito pesado, senão não vai sobrar espaço nem para uma migalha do bolo. – pensava no que fazer para o almoço.
- Eu me propus a ligar para uma confeitaria aqui perto para encomendar tudo e eu preciso que você me dê uma ideia do que a gosta para podermos fazer a encomenda e dar tempo pra entregarem tudo a tempo, então, temos que pedir pouco. Vou pedir que a entrega seja feita pela porta dos fundos, vocês devem ficar atentas e não deixar a perceber nada do que está acontecendo, afinal, é uma festa surpresa. – Danny falava rápido e baixo, com medo de ter alguém ouvindo.
- Ok, eu vou fazer uma lista aqui pra você fazer o pedido. – pegou uma folha de papel que estava sobre a escrivaninha e uma caneta. – Se pedirmos agora, que horas, mais ou menos, vai acontecer a entrega?
- Então, como a festa está planejada para acontecer no máximo duas horas depois do almoço, me baseei na hora em que geralmente almoçamos, então posso pedir que entreguem às 15:00. – Danny explicou seu plano.
- Então, provavelmente, nós vamos estar na cozinha quando as coisas chegarem e isso quer dizer que nós vamos receber as entregas, já que a porta dos fundos fica lá. – já imaginava como tudo ia acontecer.
- Quando as entregas chegarem, nós vamos ajudar vocês a esconder tudo na dispensa até a hora de fazer a arrumação na sala e eu nem preciso dizer que a não vai poder estar por perto. – Danny disse como se aquilo não fosse óbvio. – Acho que o Tom vai distraí-la.
- Você já disse isso...
- Mas e então, o que você acha? – Danny ainda estava apreensivo.
- Até agora eu gostei muito do que ouvi, mas, e a segunda parte? – ficou curiosa.
- A segunda parte é segredo...
- Nada disso! Agora que começou a contar, termina! – insistiu.
- Não adianta fazer essa cara, eu não vou contar... Só posso dizer que é uma coisa que vocês quatro vão gostar. – Danny sorriu, confiante.
- Tá bom, não vou insistir... Eu vou descer pra sala. – levantou, colocando na mesa a lista do que seria encomendado para a festa e foi até a porta.
- Quem disse que a minha conversa com você acabou? – Danny envolveu seu braço na cintura dela, virando-a de frente pra ele e a beijando antes que ela dissesse qualquer coisa.
- Posso respirar agora? – disse, ofegante após o beijo. – Obrigada.
- Eu ainda nem dei o melhor de mim... – Danny se divertia com a situação.
- O que é que te deu hoje, hein?! – ajeitava sua roupa e cabelo.
- Acho que o Tom colocou alguma coisa no meu café... Espere, que gosto estranho é esse? Parece sabão. – Danny só reparou naquela hora.
- Essa é uma longa história... – disse, soluçando mais uma vez, o que a irritou, pois ela tinha pensado que os soluços tinham passado.
Danny e terminaram de se recompor do “mini amasso”, ele ligou para fazer a encomenda para o aniversário de e depois desceu com para a sala, onde todos pareciam não estar com vontade de fazer nada. - Danny, eu não sei o que vocês fizeram naquele quarto, mas você está acabadinho, hein?! – Harry brincou e todos riram ao reparar o estado do Danny.
- Então garotas, lavaram a louça direitinho? – Danny disse, sentando-se no braço do sofá menor, fingindo que não tinha ouvido o que o Harry tinha falado.
- Melhor do que vocês, disso eu tenho certeza. – perguntou, mostrando a língua para o Danny.
- Tá vendo?! É por isso que eu gosto dela, ela é muito modesta... – Dougie disse abraçando de lado.
- Caramba, bateu uma preguiça legal agora... – comentou, se espreguiçando no sofá.
- Vocês não podem ficar com preguiça. – Dougie disse como se tivesse dito um absurdo.
- Me obrigue... – continuou espalhada no sofá.
- Quem vai preparar o almoço se vocês ficarem com preguiça? – Dougie respondeu, fazendo com que ficasse com vontade de matá-lo.
- Mal acabaram de comer e já estão pensando em comida? Que absurdo! – ficou boquiaberta.
E começou uma grande discussão por causa de comida, o que não tinha exatamente o propósito de ser uma briga ou qualquer coisa do gênero, era algo apenas para descontrair o ambiente e não deixar as meninas ficarem com sono ou preguiça.
- CHEGA! – gritou, fazendo todos se calarem. – Em primeiro lugar, se nós deixarmos esses quatro naquela cozinha por muito tempo, eles acabariam com tudo e quem acabaria arrumando a bagunça? Nós. Em segundo lugar, meninos, vocês não moram com as mães de vocês há anos e chega de discussão, senão eu enlouqueço! – Ela ofegava quando finalmente parou de falar e se jogou sentada no sofá. Todos ficaram em silêncio por alguns momentos e se entreolharam, o que desencadeou um ataque geral de risos que deixou o clima bem mais descontraído do que antes.
- Não acredito que acabamos de discutir por causa de comida... – comentou depois de se recuperar dos risos.
- Isso acontece nas melhores famílias. – Tom disse, ainda rindo.
- Inclusive na nossa família. – disse orgulhosa e quase chorando com aquela cena. – Vou sentir tanta falta disso... – Uma lágrima caiu e seu olhar se entristeceu.
- Não fica assim, ... – abraçou .
- É, gente, vamos mudar de assunto... – disse, querendo mudar o foco da conversa.
- Então, quem vai fazer o almoço? – Tom fez todos rirem de novo.
- Quanta criatividade... – rolou os olhos.
- Está bem, vocês venceram! – disse enrolando o cabelo pro lado e se apoiando no Dougie. – Ontem a fez o almoço e hoje a fez o café da manhã, só sobra a e eu. – olhou ao redor, vendo todos concordarem, menos o Tom.
- A não! – Tom falou assustado e o fuzilou com o olhar. Quando ele percebeu isso, tentou se justificar antes que começasse a rir. – Não, , eu não tenho nada contra você cozinhar, só não quero que fique cansada.
- Eu só não te bato porque eu sei que não cozinho bem... Dessa vez passa. – olhava para Tom, que tinha começado a rir.
- Então tá, eu faço! Que horas são? – perguntou, já pensando no que iria fazer.
- 13:00 agora. – Danny respondeu.
- 13:30 ou 14:00 eu levanto para fazer o almoço. – disse, dando fim no assunto.
- Já que tudo está resolvido, eu não vejo problema se até lá ficarmos por aqui mesmo. – Harry comentou, puxando para perto.
- Concordo plenamente. – disse fazendo sinal de positivo com a mão e apoiando a cabeça no peito do Harry.
- Tom, você trouxe um livro do Star Wars, né? – perguntou só para o Tom ouvir, já que a sala estava completamente silenciosa.
- Como você sabe? – Tom ficou curioso. Não lembrava de ter mostrado ou deixado o livro fora da gaveta do criado-mudo do quarto dele.
- É que outro dia eu passei em frente ao seu quarto e vi o livro em cima do criado-mudo, mas não entrei e peguei porque, como eu não gosto que mexam nas minhas coisas, não mexo nas coisas dos outros. – explicou e voltou ao tom animado de antes: - Então, você me mostra?
- Não sabia que você gostava... – Os olhos do Tom brilhavam com a possibilidade de estar com uma garota que gostava de Star Wars, talvez tanto quanto ele.
- É mais uma curiosidade, na verdade... – riu sem jeito. – Assisti a um ou dois filmes quando era pequena porque o meu pai gosta.
- Tá bom então, vamos lá que eu te mostro. – Mesmo assim, Tom estava feliz por compartilhar um pouco do seu mundo com .
Tom e passaram pela sala sem fazer muito barulho e subiram para o quarto, deixando todos tranquilos na sala, alguns deitados no chão, outros no sofá quase cochilando.

No quarto do Tom...

- Sempre achei esse aqui bonitinho... – comentou, apontando para uma foto quase no final do livro.
- O Yoda? Nunca imaginei que você ia achá-lo “bonitinho”. – Tom se divertia com o momento.
- Existem muitas coisas sobre mim que você ainda não sabe... – disse.
- Eu adoraria descobrir... – Tom chegou um pouco mais perto de .
- Nossa! – disse, assustada, se afastando do Tom.
- Calma, , eu ainda não fiz nada... – Tom não entendeu aquela reação, mas concluiu em tom malicioso: - Mas, se você deixar...
- Hã? – não entendeu, mas resolveu explicar sua reação. – Eu falei das horas, já são 14:30! – Apontou para o relógio que ficava no criado-mudo.
- Ah, as horas... – Tom coçou a cabeça, meio embaraçado.
- É, Tom, as horas. – ainda olhava assustada para o Tom.
- O que é que tem as horas? – Tom continuava sem entender nada.
- O almoço! Onde é que você está com a cabeça? – disse, já andando em direção à porta.
- O almoço... – Ele finalmente se lembrou do que tinha planejado para aquele dia e o atraso do almoço não ajudaria em nada na programação. – É, o almoço! Elas já devem ter ido fazer, com certeza, elas estão na cozinha.
- Não sei não, a casa está muito silenciosa... Eu vou lá embaixo pra ter certeza. – saiu do quarto e Tom a seguiu.
Do topo da escada, já era possível ter uma ideia da situação da sala e quando e Tom terminaram de descer as escadas, eles finalmente viram o que estava acontecendo: Todos estavam em sono profundo, espalhados pela sala, tudo em completo silêncio.
- Meninas, levantem para fazer o almoço... , acorda. – cutucava , esperando uma reação, mas não teve êxito. Isso a fez tomar uma atitude, que chegou a assustar o Tom. – LEVANTEM PARA FAZER O ALMOÇO!
- Moço? Que moço? Danny, acorda, parece que um moço invadiu a casa... – disse, cutucando o Danny, ainda sonolenta e rolou os olhos.
- Olha aqui, já passam das 14:30, vocês ainda não fizeram nada e eu tenho certeza que ninguém quer que eu vá até a cozinha fazer o almoço. – disse em tom ameaçador.
- Ok, já acordei. – disse, perdendo um pouco do equilíbrio quando se levantou. – Spencer e Marshall, levantem e venham me ajudar. Com o sono que eu estou, é bem capaz eu acabar ateando fogo na casa.
- É realmente preciso? – disse, também sonolenta, enquanto se espreguiçava no chão.
- Querem morrer queimadas? – coçava os olhos.
- Até que um churrasquinho cairia bem... – brincou enquanto se levantava lentamente. - Então tá bom, vou ali pegar um pouco de álcool para queimar você e servir no almoço, o que você acha? – ameaçou.
- Eu ficaria uma delícia, mas isso não vai rolar... – ajudou a se levantar e elas foram para a cozinha ajudar , deixando os Guys na sala. Depois de tantos gritos, eles também acabaram despertando, enquanto Tom e voltavam para o quarto.

Na cozinha...

- Meninas, comecem a ter ideias, porque eu não tenho noção do que vou cozinhar. – jogava um pouco de água em seu rosto.
- Por falar em ideias, os Guys até agora nada... – disse um pouco frustrada.
- , não pense mal dos garotos, eles estão se esforçando tanto... – disse, chamando a atenção pra ela.
- O que eles acertaram até agora? – chegou mais perto de .
- Eles dividiram o aniversário em duas partes... – olhou ao redor para ter certeza que ninguém estava ouvindo.
- Como assim, duas partes? – ficou curiosa, interrompendo a fala de .
- Posso explicar? – levantou as sobrancelhas e fez um sinal, como se avisasse que não ia falar mais nada. – Então, como eu estava dizendo, são duas partes: a primeira é uma festa surpresa lá na sala depois do almoço. O Danny já fez a encomenda e, quando tudo chegar, nós esconderemos tudo na dispensa e, quando chegar a hora, é só arrumar tudo direitinho. – explicou.
- Espera, uma festa surpresa com bolo, refrigerante, doces e... Doces? – Os olhos de brilharam. Fazia tempo que ela não participava de uma festa de aniversário que tinha tudo aquilo e ela sentia muita falta desse tipo de festa.
- Claro! Se não, essa não seria uma festa de aniversário decente. – disse, como se fosse óbvio. Ela também gostava de festas de aniversário com bolo, refrigerante e doces, mas fazia tempo que ela não organizava nem comemorava seus aniversários daquela forma, as pessoas com quem ela convivia eram “muito adultas” para participarem.
- Mas... Quando as coisas chegam? – perguntou preocupada.
- O Danny disse que chegariam por volta das 15:00. – deu de ombros.
- Então só temos dez minutos até as coisas chegarem. – apontou para o relógio.
- E ainda tem o almoço... O que é que eu faço? – estava prestes a entrar em desespero. - Como deve vir muita coisa, faz algo leve. Uma salada, frango grelhado, arroz, coisas que não levem tempo para ficarem prontas e que deixem bastante espaço para a nossa sobremesa especial. – riu, já imaginando o bolo e os doces da festinha de .
- E a segunda parte? – perguntou, interessada.
- O Danny disse que é segredo, só revelou que é uma coisa que todas nós vamos gostar. – ainda não conseguia imaginar uma coisa que agradasse as quatro de uma vez só. - Medo... – disse assustada, rindo em seguida.
- , quando te contaram isso tudo? – perguntou enquanto colocava o frango para descongelar no micro-ondas.
- Quando o Danny me chamou no quarto dele... Vocês acham que a gente tinha feito o quê lá? – perguntou inocentemente.
- Acho melhor não comentar... – e disseram maliciosas ao mesmo tempo.
O tempo passou e as garotas se desdobraram na cozinha para que tudo desse certo enquanto esperavam as encomendas chegarem, mas, como sempre, encontraram alguns problemas pelo caminho...
- , essas encomendas não estão demorando mais do que deveriam não? – perguntou, ficando impaciente.
- É, , o almoço está pronto e até agora nada. – estava nervosa.
- Já são 15:40... – mordeu o lábio, ficando apreensiva.
- Vai falar com o Danny enquanto é tempo, porque ficar aqui olhado para o relógio não vai adiantar de nada. – pediu.
- Vai , resolva logo isso. – disse e foi para a sala, procurar uma solução.

Na sala...

- , o que está acontecendo? Você está pálida! – Dougie perguntou preocupado.
- Fala, ... O que aconteceu? – Danny levantou e ficou do lado de .
- As encomendas do aniversário da ainda não chegaram. – disse, sentando-se no sofá.
- Como assim não chegaram? – Harry estranhou.
- Não chegando! – não conseguia controlar o nervosismo e Danny imediatamente ligou para a confeitaria. – O almoço já está pronto e até agora, nada!
- , fica calma... Lembre-se que a está logo ali em cima. – Dougie tentava tranquilizar para que ela falasse mais baixo.
- Vai dar tudo certo. – Harry disse enquanto Danny andava de um lado para o outro da sala enquanto falava no telefone.
- Então, Danny, o que eles disseram? – perguntou assim que o Danny desligou o telefone.
- Vamos conversar na cozinha. – Danny disse com medo de que o assunto chegasse aos ouvidos de e todos foram para a cozinha.

Na cozinha...

- Resolveram o problema? – perguntou ao ver todos entrando na cozinha.
- Bom, eu falei com eles... – Danny deu uma olhada na porta da cozinha para não correr o risco de aparecer por lá e começou a explicar. – Pelo o que eu ouvi, eles já saíram para fazer a entrega com atrasos e, quando estavam por perto, o pneu do carro deles acabou furando.
- E onde eles estão agora? – perguntou.
- Pelo o que eu entendi, eles estão na esquina daqui da rua. – Danny olhava preocupado para o relógio.
- Não tem como eles trazerem as coisas a pé? – perguntou, achando que era uma alternativa óbvia que ninguém tinha pensado ainda.
- Não, para dois entregadores, é muita coisa, iria atrasar mais ainda. Um teria que vir e entregar as coisas enquanto o outro teria que ficar tomando conta do carro, não tem como... – Danny explicou, desanimando.
- E agora? – tentava pensar em uma maneira de pegar as encomendas.
- Harry, Danny e eu vamos ter que ir buscar as coisas. – Dougie disse, tendo uma ideia.
- Mas Doug, são 16:00, temos que servir o almoço, tenho certeza que a vai descer daqui a pouco pra perguntar por que estamos demorando... – disse, tentando controlar o nervosismo.
- Só precisamos de 15 minutos, nós vamos buscar as coisas, nós somos três, contando com o entregador, quatro. Trazer o bolo pode ser complicado, mas nós conseguimos, só precisamos que vocês adiem esse almoço por esse tempo. – Dougie explicou.
- Tudo bem, podem ir, mas tomem cuidado. Se acontecer algum imprevisto aqui, nós damos um jeito. – estava à beira de um ataque de nervos.
- Eu posso ajudar vocês. – ofereceu ajuda.
- , você é mais útil aqui do que lá. – Dougie respondeu já saindo.
- Confiem em nós, se dissemos que iríamos ajudar vocês, vamos fazer de tudo para ajudar vocês. – Harry disse e saiu junto com Danny e Dougie pela porta dos fundos, deixando as garotas mais apreensivas do que antes.

Minutos depois...

- Meninas, o que vocês estão fazendo que esse almoço não sai? – apareceu na cozinha de surpresa.
- ! – arregalou os olhos e deu um passo pra trás.
- Qual o motivo do susto? Nunca mais tomei sol, mas eu não virei um fantasma ainda... – brincou ao ver as reações das meninas. – A casa está silenciosa demais, onde os meninos estão?
- Os meninos? Eles... eles... – olhava desesperada para e , como se pedisse para alguém inventar uma desculpa por ela.
- Foram até a farmácia! – disse a primeira coisa que lhe veio à mente.
- É, até a farmácia. O Dougie sentiu uma forte dor de garganta e o Danny e o Harry foram ajudar a comprar o remédio, já que o Dougie esqueceu o nome do tal remédio. – completou, percebendo que não tinha mais o que falar.
- Tadinho do Doug. – disse sentando-se ao lado de .
- , você vai ficar aqui na cozinha? – perguntou arqueando a sobrancelha e tentando soar o mais casual possível.
- Pretendo. Estava lá em cima com o Tom vendo algumas coisas, dei uma olhada na internet e, quando me liguei, o Tom estava dormindo, então desci para ficar com vocês, ajudar, quem sabe... – deu de ombros.
- Nós já terminamos tudo, só estamos esperando os meninos voltarem. – disse na esperança de desistir de ficar na cozinha.
- Algum problema se eu ficar aqui? – perguntou desconfiada.
- Não, claro que não! Por que a pergunta? – tentava disfarçar.
- Vocês estão muito estranhas... – ficava cada vez mais desconfiada.
- Ai, meu Deus! – exclamou, ficando pálida.
- O que foi, ? – se preocupou.
- Ai... ai que dor! – gemeu, levando a mão ao peito.
- , pelo amor de Deus, o que você está sentindo? – amparou .
- Umas pontadas no peito... – fazia algumas caretas de dor enquanto e a colocava sentada.
- , traz um copo d’água pra ela! – disse desesperada enquanto corria até a geladeira.
- Se sente melhor? – perguntou depois que bebeu a água.
- , vai no meu quarto e pega uma cartela de comprimidos que está na gaveta do criado-mudo. – pediu e subiu rapidamente em busca do remédio, deixando a água sobre a mesa antes de ir.
- Como você está se sentindo? – ainda estava preocupada com a prima e esperava voltar com o remédio.
- Melhor impossível! – disse, se levantando da cadeira e bebendo sua água.
- Você não presta! – ficou chocada ao perceber que tudo não passava de uma brincadeira.
- Meninas, não me levem a mal. – tentava se defender diante à reação das primas.
- Você quase nos mata de susto e acha isso engraçado?! – disse, irritada.
- Eu precisava tirar a daqui e deu certo, afinal, os meninos chegaram! – disse, apontando para a porta dos fundos, onde Danny entrava com algumas caixas nas mãos.
Danny, Dougie e Harry, com a ajuda das meninas e do entregador, colocaram as coisas na dispensa de forma que não percebesse a movimentação deles. Danny pagou o entregador e logo depois se juntou aos outros para almoçar. e Tom ainda não tinham descido.

Ainda na cozinha...

- 15 minutos, né?! Já são 16:30! – disse de modo irônico.
- Peraí, chegamos aqui às 16:15, guardando as coisas, perdemos mais tempo. – Dougie tentava se defender e defender os outros.
- Mas cadê a e o Tom que não descem para o almoço? – Harry perguntou, notando a ausência dos dois.
- A foi procurar um remédio para a . – respondeu séria e ainda irritada com aquela história.
- O que é que você tem, pequena? – Dougie se preocupou.
- Ela não tem nada, foi só uma desculpa para tirar a daqui. – respondeu, também irritada, colocando a salada na mesa.
- Eu tenho que interceder pela , porque ela só inventou isso porque me viu entrar aqui enquanto a estava com vocês. – Danny defendeu , percebendo um clima estranho entre as meninas.
- E o Tom ainda deve estar dormindo, pelo o que a falou. – terminou sua resposta anterior.
- Dormindo? – Danny estranhou.
- É, a disse que eles estavam vendo alguma coisa no quarto dele e ela foi usar a internet, quando se ligou, ele estava dormindo. – resumiu a história.
- Depois o preguiçoso sou eu... – Danny comentou rindo.
- , vamos lá em cima comigo para acordar o Tom e chamar a , já que ela deve estar procurando o tal remédio até agora. – disse e subiu com .
- O clima está um pouco tenso entre vocês... – Harry comentou ao ver a maneira que as meninas saíram da cozinha.
- É... – concordou desanimada.
- Mas pequena, que brincadeira foi essa que você fez? – Dougie perguntou.
- Quando eu vi o Danny chegando com as coisas, eu acabei gritando... Foi automático. – tentou se explicar.
- Eu ouvi, foi até nessa hora que o Danny recuou com as coisas. – Harry relembrou.
- Quase nos derrubou. – Dougie completou.
- Então, com isso, as meninas prestaram atenção em mim, principalmente a ... – continuava sua explicação.
- Aí você continuou gritando. – Danny disse.
- Exatamente, mas eu gritei como se estivesse passando mal, como se estivesse sentindo fortes dores no peito. – concluiu sua explicação.
- Mas as meninas levaram a sério, se desesperaram e ficaram irritadas quando perceberam que tudo não passava de uma brincadeira. – Danny riu.
- Eu também não posso culpá-las, eu não fiz nenhum tipo de sinal que indicasse que eu estava fingindo... – riu fraco.
- Relaxa, eu vivo fazendo brincadeiras que eles não gostam... – Danny tentava melhorar o humor de .
- E depois nós sempre nos entendemos... – Harry disse.
- Lembra que você fez tudo isso por um bom motivo, elas vão entender... – Dougie abraçou .
- Espero que elas entendam sim. – assentiu.
- Voltamos! – disse, chegando na cozinha, acompanhada de , e Tom.
- , você está melhor? – perguntou, ainda preocupada.
- É, , a comentou que você não estava muito bem, ela estava até procurando um remédio, mas não encontrou. – Tom disse e riu sem jeito.
- Mas eu estou melhor, gente. – ainda estava mal pela mentira que inventou.
- Tem certeza? – insistiu.
- Tenho sim. – assentiu.
- Então vamos deixar de perder tempo e vamos almoçar, antes que a comida esfrie. – disse, mudando o rumo da conversa.
O almoço finalmente aconteceu, mas não com o clima leve como o do café da manhã. Apreensão pelo aniversário de , problemas entre as meninas... porém o dia ainda não tinha terminado e as coisas poderiam voltar ao seu curso normal.

Algum tempo depois...

- Que horror, Dougie! – repreendeu Dougie por arrotar à mesa.
- É, eu sei, esse foi horrível, já soltei melhores... Da próxima vez, eu compenso. – Dougie disse, dando tapinhas na barriga.
- Esse é o melhor que você pode fazer? – Danny desafiou arqueando uma sobrancelha. - Você não me ouviu dizer que esse foi horrível? – Dougie respondeu.
- Dougie, você nunca deu um arroto que prestasse, aliás, você arrota como uma garota! – Danny riu, continuando com as provocações.
- Como é que é? – fuzilou Danny com o olhar.
- Ok, podemos ter exceções. – Danny riu de medo.
- Então, Danny, vamos ver quem arrota melhor? – Dougie propôs o desafio.
- Tem certeza? – Danny perguntou.
- O que foi? Ficou com medinho? – Dougie ria pra provocar.
- Mulheres, tragam os refrigerantes... – Danny já achava que tinha vencido o desafio.
- Nem comece... – repreendeu o Danny, que fez bico.
- Vai, Danny, arrota agora... – Dougie ria, tirando sarro do amigo.
- Meninas, teria problema se eu fosse lá em cima ajeitar algo enquanto vocês arrumam tudo aqui na cozinha? – perguntou com um pouco de receio, já que sempre ajudava a lavar a louça.
- Não, , tudo bem. – sorriu ternamente.
- É coisa rápida, volto rapidinho. – disse e logo saiu da cozinha.
- Por onde começamos? – disse quando teve certeza que não estava os ouvindo mais.
- Pode ser pela decoração da sala. – Tom supôs, se lembrando das coisas que tinha aproveitado pra comprar enquanto estava na rua. Foi uma compra rápida, mas, se não fosse ele, ninguém ia se lembrar de comprar nem uma vela para colocar no bolo.
- Eu encho os balões! – Danny disse, se animando.
- Por que eu não posso encher os balões? – Dougie fez bico.
- Bem que poderia ser uma de nós... – também fez bico.
- E a comida? – Harry perguntou, lembrando das outras coisas que precisavam ser feitas. - Calma! Falem um de cada vez, por favor. – já estava ficando confusa com tantas pessoas falando ao mesmo tempo.
- Posso falar? – Tom perguntou, como se pedisse permissão à , que fez sinal para que ele continuasse. – Eu pensei da seguinte forma: e Dougie podem cuidar da decoração, encher balões, pendurar a faixa e coisas afins, enquanto Danny, Harry, e eu cuidamos das comidas e bebidas. Qualquer coisa, nós ajudamos, caso ficarmos desocupados.
- E o que a vai fazer? – estranhou o fato de não ter recebido uma função.
- Alguém tem que distrair a . – Tom disse, como se fosse óbvio.
- E como ela vai fazer isso? – perguntou e todos olharam para , que parecia pensar em algo que distraísse .
- Deixa comigo. – respondeu como se uma luz tivesse acendido em sua cabeça.
- O que você vai fazer? – Danny perguntou em meio a curiosidade de todos.
- Apenas confiem em mim. – disse, encerrando o assunto.
- Todos de acordo? – Tom perguntou e todos assentiram.
- Espera, eu preciso dizer uma coisa. – disse enquanto todos saíam da cozinha.
- , estamos sem tempo... – Harry disse.
- Ainda temos que arrumar as coisas e a tem que subir antes que a volte, depois você fala. – Tom completou a fala do Harry.
- Mas é importante... – insistiu.
- Depois você fala. – Harry queria dar um fim naquele assunto para começar logo a arrumação da festa.
- Então tá, depois não digam que eu não avisei... – deu de ombros, desistindo de falar.
subiu para o quarto de , deixando os outros na sala, cuidando dos preparativos, porém, nem tudo aconteceu tão fácil como eles acharam que iria acontecer.

No quarto de ...

- Oi, ! – disse ao entrar no quarto.
- Se você veio me buscar, pode ficar tranquila que eu já estou indo... – respondeu, prendendo o cabelo em um rabo de cavalo alto.
- Não, eu vim te fazer companhia. – disse, sentando-se na cama.
- Pronto. – disse, fechando o notebook.
- O que? – perguntou apreensiva.
- Já terminei de fazer o que eu queria fazer, agora podemos descer... – disse, já indo em direção à porta.
- NÃO! – gritou.
- O que foi? – se assustou com o grito da prima e afastou a mão da maçaneta, como se tivesse levado um choque ao tocá-la.
- Por que você não me mostra o que estava fazendo? O Tom comentou que tinha a ver com um vídeo ou algo do tipo... – disse, ficando mais nervosa ainda.
- Mas que interesse repentino foi esse? – franziu o cenho.
- É que... – procurava por uma desculpa. – É que... Bateu vontade. – Ela já estava ficando com medo de não acreditar em nada do que ela estava dizendo e resolver descer pra ver o que estava acontecendo.
- Você está muito estranha hoje... – abriu a porta do quarto.
- ! – gritou novamente.
- Garota, para com isso! – levou a mão ao peito por causa do susto que levou.
- É que eu estou com um probleminha hoje... – Era a última alternativa de . – Sabe aquele meu vestido importado que eu comprei há alguns meses?
- O precioso? – ficou preocupada com a menção do vestido.
- O quê? Você colocou um nome nele? – franziu o cenho.
- Aquele vestido tem uma modelagem incrível! É um Dolce! É um coringa! – disse, sentando ao lado de .
- Conhece o vestido mais do que eu... – se surpreendeu com o interesse da prima. – Eu só comprei porque achei bonito.
- Você sabe que eu ainda vou pegar aquele vestido pra mim, vou sequestrá-lo. – relembrou.
- Como eu estava dizendo... – estava mais tranquila por ter conseguido prender a atenção de . – No dia em que fomos ao pub, eu estava procurando uma sandália que combinasse com ele, mas eu não conseguia encontrar a sandália, sabendo que eu tinha trazido pra cá. Quando eu passei no seu quarto, vi a sandália do lado da sua cama.
- E onde o vestido entra nessa história? – não entendia.
- Posso explicar? – perguntou e fez sinal para ela fazê-lo. – Quando eu entrei no seu quarto, peguei a sandália e coloquei o vestido em um lugar daqui. Resultado: Me distraí com alguma coisa e saí do quarto sem a sandália e sem o vestido, quando voltei, não encontrei nem um, nem outro.
- Aposto que essa distração atende pelo nome de Daniel, vulgo Danny e, para os mais íntimos, no caso, você, Jonão... – brincou, fazendo rir sem jeito.
- Preciso de você pra me ajudar a procurar, afinal o quarto é seu. – disse, voltando ao assunto anterior.
- Então você perdeu o precioso? – perguntou.
- Não é bem assim, eu sei onde está o vestido, só não sei onde está, entendeu? – olhou ao redor. – Vamos procurar antes que ele suma de vez.
conseguiu manter ocupada em seu quarto procurando um vestido que nem lá estava. Na sala, os outros encontravam suas dificuldades...

Na sala...

- Não, Harry, mais pra esquerda... Assim, o bolo vai acabar caindo, caramba! – orientava Harry, que quase fazia malabarismos com o bolo nas mãos. – Onde é que estão os doces e salgadinhos? E os refrigerantes? Já devem estar gelados. Alguém pode dar um jeito naquela faixa que está torta? Onde estão os balões?
- A vai acabar enlouquecendo assim... – Tom comentou com o Harry enquanto ia pegar as bandejas na dispensa.
- E agora, ? Está melhor? – Danny tinha ajeitado a faixa que estava acima da lareira.
- Muito melhor! – sorriu satisfeita, fazendo sinal de positivo com a mão.
- Onde colocamos isso? – Harry e Tom perguntaram trazendo as bandejas com os doces e salgados.
- Salgados de um lado e doces do outro lado do bolo. – disse, sinalizando onde as bandejas deveriam ficar.
- Eu vou buscar os refrigerantes. – Danny disse, descendo da escada.
E o trabalho seguiu. ficou mais tranquila ao ver todo aquele esforço dar resultados, já que todos trabalhavam o máximo que podiam, mas algo estava esquisito.
- Por que só um lado tem balões e o outro não tem? – Danny perguntou, achando tudo aquilo meio estranho.
- Pelo ritmo que as coisas estavam, deveria estar tudo pronto. – Tom disse, também estranhando a situação.
- Os encarregados disso são e Dougie, vamos ver o que está acontecendo. – Harry disse e todos foram em direção aos dois que estavam num canto mais afastado da sala.
- Por que os balões estão demorando? – Tom perguntou ao se aproximar.
- Nem sei... – Dougie respondeu. Não tinha reparado.
- Como não sabe? – Tom insistiu e e Dougie ficaram em silêncio.
- Eu posso explicar. – disse, tomando a palavra pra si e pegando um balão que tinha acabado de encher. – Estão vendo esse balão? – Todos prestavam atenção em . – Danny, você pode apertá-lo? – Ela entregou o balão para o Danny, que fez o que ela pediu, fazendo o balão esvaziar imediatamente. – Pronto, está explicado.
- Não entendi... – Tom disse, mas ele não era o único que não tinha entendido.
- Por mais incrível que possa parecer, a não sabe amarrar balões. Ela enche, mas apenas torce o bico do balão, o que não segura o ar por muito tempo. – explicou, como se fosse algo muito óbvio.
- Isso é verdade, ? – Dougie perguntou e apenas assentiu, completamente sem jeito. - Por isso, muitos dos balões que ela encheu devem estar vazios agora, o que atrasou um pouco as coisas. – concluiu.
- E porque nenhuma das duas disse nada? – Tom perguntou.
- Eu fiquei com vergonha. – abaixou a cabeça.
- Eu tentei avisar, só que duas pessoas não me deixaram falar... – olhava para Harry e Tom, mas eles desviaram o olhar, como se não tivesse sido com eles.
- Poderíamos todos terminar de encher esses balões... – Danny propôs, tentando mudar o clima da conversa.
- E o que eu faço? – ainda estava sem jeito.
- Pode nos ajudar a terminar a decoração. – sorriu, tentando deixá-la mais tranquila.
- Sem fazer nada, ninguém fica. – Dougie segurou a mão de e ela esboçou um sorriso.

No quarto de ...

- Sinceramente, esse vestido não está aqui de jeito nenhum... – reclamou, cansada enquanto deitava no chão, ao lado do guarda-roupa.
- Será? – tentava esconder a preocupação com a demora dos outros.
- Já olhamos em todos os lugares e não encontramos nada! – ofegava. – Olha, , eu adoraria que ele estivesse aqui, mas eu desisto de procurar. Uma hora, ele aparece. – Ela secou o suor de seu rosto.
não sabia mais o que inventar para manter ocupada, mas não precisou disso.
- , desce aqui com a rapidinho! – Danny gritou da sala. suspirou aliviada ao ouvir aquilo.
- Nem pensar, eu estou acabada. – cruzou os braços.
- Vamos, , se ele chamou as duas, deve ser algo importante. – arrastava , que relutava em levantar.
Depois de muito esforço, acabou conseguindo arrancar do quarto e arrastou-a escada abaixo.
- Por que está tudo tão escuro? – ficou assustada quando chegou na sala e viu que, além das luzes apagadas, as cortinas estavam fechadas, impedindo a luz de entrar e deixando tudo bastante escuro.
- Sei lá! – deu de ombros.
- Se for alguma brincadeirinha de vocês... – dizia de modo ameaçador enquanto descia junto com .
- Eu vou tentar acender a luz. – disse e saiu andando na frente de .
- Não senhora! – conseguiu alcançar a prima e segurou-a pelo braço. – Você vai ficar aqui comigo, não vou ficar sozinha aqui nessa escuridão.
- Então me deixa pelo menos abrir as cortinas. – insistiu.
- Como se você conseguisse achar as cortinas... – disse e, sem querer, deixou escapar.
não sabia que os outros iriam fazer a surpresa desse jeito, achou que, assim que elas chegassem na sala, a surpresa seria revelada, mas, já que não sabia onde estavam as coisas, encostou-se na parede um pouco distante de onde estava e sentiu uma mão segurar suavemente seu braço e foi guiada até onde todos estavam, fazendo de tudo pra não esboçar nenhuma reação ao susto que levou. ficou apavorada ao perceber que a sala ficou em completo silêncio.
- , não faz isso, volta... Essa brincadeira já perdeu a graça. – olhava ao redor, na esperança de ver alguma coisa. – Querem saber?! Eu vou matar a mente brilhante por trás dessa palhaçada! Eu sabia que estava rolando alguma coisa, vocês estão estranhos desde cedo... – disse, virando-se para voltar ao seu quarto, até que as luzes se acenderam e todos começaram a cantar os parabéns.
- No way! – Os olhos de se encheram de lágrimas assim que ela percebeu o que estava acontecendo.
Logo à frente estavam Tom, , Danny, e Dougie de braços dados cantando os parabéns, e Harry, com suas ágeis baquetas, tiravam som de dois pufes, dando um ritmo diferente à canção e nem se mexia. Não fazia ideia de como reagir àquilo tudo.


Nineteen - @Going Through the Motions


- O que você dizia? – Tom perguntou ao se aproximar de .
- Eu disse alguma coisa? – enxugava as lágrimas de seu rosto, apesar de sorrir.
- Apenas diga que gostou e vamos comer. – Dougie brincou, fazendo rir.
- Dougie! – achou a brincadeira inoportuna.
- Mas eu estou com fome... – Dougie justificou.
- , não briga com ele, eu tenho certeza que você está se segurando para não atacar aqueles doces. – defendeu o Dougie.
- Precisamos da atenção de todos... – e falaram, desviando os olhares para elas.
- Ainda tem mais? – riu surpresa.
- Bom, nós preparamos essa festa surpresa, já cantamos os parabéns, até te fizemos chorar... – disse de modo engraçado.
- Mas ainda falta uma coisa... – mostrou o bolo enquanto acendia a vela.
- O bolo... – disse maravilhada e se sentou no chão, já que o bolo estava na mesinha de centro.
- O Tom comprou essa vela. – contou. – Se não fosse ele, o bolo não teria vela.
- Uma bonequinha... Ela é linda! – comentou com um sorriso meigo para o Tom. A vela tinha o desenho uma bonequinha loira usando um vestido cor-de-rosa.
- Os Guys encomendaram tudo, mas esqueceram da vela... – rolou os olhos. – Enquanto todos estavam terminando de encher os balões, eu resolvi checar se tudo estava em ordem, foi nesse momento que eu dei por falta dela.
- Bateu desespero? – riu, imaginando o momento.
- O que você acha? – riu também. – Mas o Tom avisou antes que eu ficasse doida de vez.
- Vamos deixar de conversa, que a ainda tem que soprar essa vela, antes que ela derreta toda. – se juntou às meninas.
Nesse momento, as quatro ficaram ao redor da mesa, trocando olhares emocionados. Era uma cumplicidade tão incrível que os Guys acharam um crime interromper aquele momento.
- Faz um pedido, ... – disse ao ver a expressão no rosto da prima.
- Eu não sei o que desejar. – disse, olhando fixamente para a vela.
- Como assim não sabe? – ficou intrigada. >br: - Eu já tenho tudo... Meus pais me amam, nunca passei por necessidades, não teria melhor lugar no mundo para comemorar meu aniversário e, principalmente, eu tenho vocês! – sorriu carinhosamente para cada uma das meninas.
- Mas deve ter uma coisa que você ainda queira, pensa direitinho... – insistiu.
- Já sei o que desejar, mas não sei se esse desejo vai virar realidade. – mordeu o lábio inferior.
- Então tenta, vai que o seu desejo se realiza?! – sorriu para , que fechou os olhos e soprou a vela, recebendo aplausos dos Guys. – E aí, o que você desejou?
- Hey! Se ela contar, o desejo não se realiza. – tirou a pergunta de de questão.
- “Como eu queria que esse desejo se realizasse...” – pensou, mas não disse nada para evitar perguntas posteriores.
- Finalmente, vamos comer! – Dougie disse, avançando no bolo.
- Fica quieto, garoto! – disse, dando um tapa na mão do Dougie.
- E, além do mais, é a quem tem que cortar o bolo primeiro. – dizia enquanto lentamente cortava o bolo de baixo pra cima, como sua mãe tinha lhe ensinado desde criança. Ato que chegava a ser nostálgico, pois lembrava sua infância.
- E o primeiro pedaço vai para... – Danny preparava o clima de suspense.
- Hum... – olhava para o pedaço de bolo e olhava para todos que estavam na sala.
- Diz logo, ! – estava impaciente.
- Pra quê tanto mistério? – perguntou.
- E o primeiro pedaço vai para... – disse, fazendo todos se concentrarem em cada palavra que saía de sua boca. – Vai para...
- Anda logo, ! – Tom estava nervoso.
- Para todos vocês! – finalmente revelou para quem ia o primeiro pedaço do bolo, mas todos ficaram confusos.
- Hã?! – Danny não entendeu.
- Eu vou dividir esse pedaço de bolo entre todos vocês. – sorriu. – Depois de todo o trabalho que vocês tiveram, não seria justo que eu desse reconhecimento a um só.
- É justo. – Danny comentou enquanto Tom olhava admirado para .
- Faço questão de dar um pedaço a cada um. – se levantou com o pratinho nas mãos e, aos poucos, foi dividindo aquele pedaço de bolo entre os Guys e as meninas.
- Alguém pode me dizer por que ela começou pelo Tom? – Danny comentou maliciosamente e todos riram, deixando Tom e ruborizados.
A festinha prosseguiu com ataques incontroláveis de risos. , Dougie e Harry brincavam de mímica, mas Danny e não entendiam as mímicas do Dougie. e Tom estavam muito mais entretidos um com o outro do que com as brincadeiras que aconteciam, trocavam olhares e sorrisos o tempo todo. , como acabou virando costume, registrava tudo com a câmera do Tom.
- Quando você tirou essas fotos, ? – perguntou enquanto via as fotos.
- Essas eu tirei um pouco antes da festa começar. – explicou, sentando-se ao lado de .
- A enchendo balões... – riu ao ver a foto.
- Você acha isso engraçado, né? – riu ironicamente para e pegou a câmera da mão dela. – Tem uma foto que supera.
- Olha o sorriso da ! – apontava para na foto.
- Dava pra fazer comercial de pasta de dente. – Danny ria muito.
- Muito engraçado... – disse irônica. – Até parece que o seu sorriso está menor do que o meu nessa foto.
- Com você ao meu lado, é impossível não sorrir. – Danny disse carinhosamente, deixando sem palavras.
- Você também, dona , não pode dizer nada... – mudou de assunto e indicou na foto, que estava tocando na covinha do Tom.
- Não consegui resistir. – fez uma vozinha de criança que fez o Tom sorrir, deixando evidente o motivo da “tentação”.
- É, a covinha do Tom é irresistível. – Dougie estava com o dedo na covinha do Tom, que não parava de rir.
- Harry e sendo Harry e . – indicou e Harry na foto. Ambos estavam de braços cruzados, mas sorriam também.
- Hey, mas faltaram a e o Dougie. – Danny ficou confuso.
- Foram eles quem tiraram a foto, idiota. – Harry explicou, como se fosse óbvio e deu um pedala no Danny.
- Na boa, essa é a minha foto favorita. – concluiu.
- Faço minhas as suas palavras. – Tom concordou.
- Por que será? – Danny disse malicioso sobre o comentário do Tom.
- Nunca pensei que um assédio à covinha fizesse tão bem assim... – Dougie comentou, assustando o Tom.
- Gente, eu posso perguntar uma coisa? – perguntou, impedindo um novo “assédio à covinha” de Dougie no Tom.
- Manda! – disse.
- Por que vocês fizeram tudo isso pra mim?
- Mas que tipo de pergunta é essa? – não entendeu a expressão de desânimo que surgiu no rosto de com aquela pergunta.
- Essa festa, todo esse esforço, esse carinho por mim... Não mereço tudo isso. – ficou com lágrimas nos olhos.
- Que história é essa, ? – Tom, assim como todos, não entendia o motivo das palavras de .
- Eu já errei tanto com as meninas, fui egoísta, fiz coisas egoístas, não mereço nada disso, nem mereço as primas que tenho... – enxugou uma lágrima de seu rosto.
- Hey, não quero te ver assim... – Tom abraçou , apoiando a cabeça dela em seu peito. - , realmente já aconteceram muitas coisas ruins entre nós... – disse séria.
- Mas, do mesmo jeito que você errou com a gente, nós também já erramos com você... – completou, tentando tranquilizar .
- Eu ainda me sinto muito mal por tudo o que aconteceu nesse tempo todo em que nos conhecemos e, quando eu vejo vocês tão carinhosas e dedicadas pra fazer algo especial para mim, me sinto pior ainda! – falou e voltou a se aconchegar no peito do Tom. – Eu acordei hoje vivendo esse dia como se fosse outro dia qualquer, na verdade, eu nem me surpreenderia se essa festa não acontecesse, por isso, nem me incomodei por não ter ouvido nenhum “feliz aniversário” durante o dia todo.
- Mas isso nos fez pensar que você queria algo especial... – riu fraco.
- Eu não mereço, . – insistia.
- Então todo o nosso esforço, nosso carinho e dedicação não valeram de nada pra você? – estava ficando magoada com tudo aquilo
- Não é isso... – tentava amenizar o sentido de suas palavras.
- Como não é isso? Você começa a dizer que não merece, começa a se culpar por coisas que não importam mais... – continuou.
- Eu magoei vocês. Muitas vezes! – estava com a voz embargada, Tom pensava em tomar a frente daquela situação, mas não faria sentido tomar aquela atitude, pois o assunto não lhe dizia respeito.
- Elas têm que se entender sozinhas. – Dougie disse, tocando no ombro do Tom. Tinha percebido o desconforto do Tom e a vontade de terminar aquilo.
- , todas nós nos magoamos e, com certeza, ainda vamos brigar pra caramba, mas isso não significa que temos que jogar fora todas as lembranças dos nossos melhores momentos. – fazia algumas pausas enquanto falava. – E o mais importante: não é por causa dos nossos erros que vamos esquecer ou abrir mão do carinho que temos uma pela outra.
- Desde que nos encontramos, somos mais do que primas, somos como irmãs e você sabe muito bem disso. – segurou a mão da .
- E você pode ter certeza de que a garota que vai sair daqui não vai ser a mesma que entrou. – sorriu confiante.
- Vai ser uma bem melhor.. – também estava quase chorando.
- Vocês me perdoam por tudo? – perguntou com receio.
- Você nos perdoa? – tinha compaixão no olhar e, em seguida, todas se abraçaram, deixando os Guys mais aliviados.
- , olha pra mim. – tocou no rosto de , para que as duas se olhassem. – Eu nunca mais quero te ver se rebaixando desse jeito, nem se sentindo sozinha, porque é pra isso que estamos aqui, para te apoiar e estar do seu lado em todos os momentos.
- Espera! Ainda tem uma coisa que a tem que fazer. – mudou o clima do momento.
- O quê? – estranhou.
- Isso. – disse, passando glacê no rosto de .
- Sua... Sua... Sua baixinha! – pegou um pouco de glacê da bandeja do bolo e saiu correndo atrás de .
- Mas nós vamos ficar aqui só olhando? – também queria participar da brincadeira.
- Não seja por isso! – também sujou o rosto de com glacê e se levantou rapidamente.
- Ah, não corre não! – correu atrás de com a bandeja de glacê nas mãos.
As coisas ficaram assim durante um tempo. corria de , que corria de , que corria de . Os Guys apenas olhavam e riam muito com tudo aquilo, completamente admirados em como as coisas se acertaram, mas as meninas acabaram percebendo.
- Hey, é impressão minha, ou os meninos estão um pouco limpinhos demais? – disse, parando a brincadeira e direcionando a atenção para os Guys, sendo que ela era quem estava mais suja de glacê.
- Até que você tem razão... – ameaçava jogar glacê em quem estava mais perto dela. Nesse caso, a vítima era o Danny.
- Calma, meninas! Acho que já tem glacê demais por aqui... – Danny estava assustado.
- Ah, nós podemos nos sujar todas enquanto os bonitões ficam parecendo quatro bobos sentados e limpinhos nos olhando e morrendo de rir? – disse, colocando as mãos na cintura.
- Exatamente! – Danny riu descaradamente, fazendo sinal de positivo com a mão.
- Pensem da seguinte forma... – Harry falou enquanto ele pegava uma almofada para se esconder e Dougie se escondia atrás do sofá. – Isso aqui é um show, em que vocês são as artistas e nós somos a plateia e, como plateia, estamos aqui para assistir. Apenas AS-SIS-TIR!
- Ah, mas está na hora da plateia interagir um pouquinho com os artistas... – disse, se aproximando do Harry e pegando um pouco do glacê que estava nela para sujá-lo.
- Pode sair daí, Dougie! – tentava arrancar Dougie de trás do sofá.
- Para, ! Para! – Danny pedia, com a boca cheia de bolo e rindo muito, o que piorava sua situação.
- No cabelo não, ! No cabelo não! – Tom se queixava enquanto fazia um moicano de glacê misturado com um doce amassado no cabelo dele.
Os oito “brincaram” assim durante alguns poucos minutos, algo em torno do tempo do bolo terminar, mas Danny sabia que o aniversário não terminaria por ali.
- Nós nos rendemos! – Tom disse, levantando as mãos e parando de reagir, enquanto os outros nem tinham mais forças para fazê-lo.
- Tem certeza que vocês não querem mais? – desafiava enquanto comia um pedaço perdido do bolo.
- Se vocês quiserem, vão ter que se sujar sozinhos, eu estou exausta. – disse, soltando o Tom e se deitando no chão.
- Graças a Deus! – Tom respirou mais aliviado.
- Nunca mais daremos açúcar a vocês... – Dougie limpava o ouvido que estava entupido de chocolate, o que lhe trazia dificuldades para ouvir.
- Eu acho que vou ficar por aqui mesmo... – disse, apoiando sua cabeça em uma almofada.
- Eu não te recomendaria isso... – Danny disse, se inclinando para ver as horas.
- Se você estiver dizendo isso por causa da bagunça, as meninas e eu resolvemos isso mais tarde... – parecia estar com sono.
- Então tá bom, você pode dormir. – Danny coçava levemente seu queixo cheio de açúcar. - Muito obrigada. – procurava uma posição confortável para dormir.
- Enquanto você dorme, nós aproveitamos o melhor da festa... – Danny disse, se levantando do chão.
- Que melhor da festa? – se levantou rapidamente.
- Ué, mas você não estava indo dormir? – Danny tinha conseguido a atenção da .
- A segunda parte... – disse baixo.
- Que segunda parte? – olhava curiosa para .
- Você realmente achava que a festa iria terminar por aqui? – Danny riu de modo irônico. – Nós ainda temos uma segunda surpresa para o seu aniversário.
- E onde é que ela está? – olhava ao redor, procurando por uma caixa ou qualquer coisa que lhe parecesse um presente.
- Você não vai encontrar nada aqui na sala... – Danny disse despreocupado.
- Então diz o que é. – não se continha em ansiedade.
- Digamos que você, junto com as meninas, serão levadas até a surpresa. – Tom entrou na conversa.
- Nós vamos sair! – quase pulava de tanta animação.
- E depois dizem que loiros não sabem pensar. – Dougie se divertia com a situação.
- Vamos jantar! – disse, já comemorando.
- Retiro o que disse... – Dougie disse e todos riram, menos .
- Você passou longe no seu palpite. – Danny disse para .
- Fala o que é então... – desistiu de tentar adivinhar.
- Se eles disserem, perde a graça. – disse, mesmo estando muito curiosa.
- Mas se todas vocês se arrumarem à tempo... – Danny puxava as meninas pelo braço, as empurrando em direção à escada. – Já são 20:35 e nós vamos acabar nos atrasando, pois temos que sair às 21:00, 21:20, no máximo!
- Eu acho impossível. – dizia enquanto subia às escadas com as meninas.
- , não complica! – Danny subia logo atrás dela, seguido de Tom, Dougie e Harry.
- Duvido que com todo esse glacê no cabelo de vocês quatro seja possível sairmos a tempo... – achava graça.
- Sabe que eu não tinha pensado nisso? – Dougie disse, coçando a cabeça por causa de tanto açúcar.
- E depois dizem que os loiros não sabem pensar... – retribuía a brincadeira do Dougie. - Falando em cabelo, não sei como, mas só os nossos cabelos estão sujos, não é, meninas?! – Tom disse de modo ameaçador.
- E você acha que cometeríamos um pecado desses? – passava a mão em seus cabelos, cujas pontas estavam sim sujas, mas não era algo grave.
- Acho que eles não sabem que arrumar tudo isso aqui dá trabalho... – falou, usando seu cabelo como exemplo.
- Ah, , não adianta perguntar nada às meninas, elas também não sabem o que vamos fazer... – Danny disse já na porta de seu quarto, vendo todos entrarem em seus respectivos quartos.
O tempo não espera. Em seus quartos, cada um tentava aproveitar cada segundo que restava até o horário de sair, aparentemente tentando fazer o tempo render. Apesar do pouco tempo, algumas coisas ainda precisavam ser resolvidas...

No quarto de ...
- Posso entrar? – perguntou, batendo na porta.
- Claro! – respondeu bem-humorada.
- Espero que esteja vestida... – brincou.
- Entra logo, garota! – riu.
- Pronta? – perguntou enquanto fechava a porta do quarto atrás de si.
- O que você acha? – perguntou sobre sua roupa, depois de ajeitar a barra da calça.
- A combinação de calça jeans com All Star é sempre bom e eu acho a sua cara. – analisava atentamente, apesar de não ser uma expert em moda. – Agora, esse casaco preto me deixou na dúvida... Nada contra a camiseta preta por dentro, mas não seria melhor algo mais clarinho no caso do casaco?
- Eu acho que está bom assim. A calça já é cinza, com um casaco cinza ou o agasalho azul escuro, que foram os únicos que eu trouxe, vai ficar tudo clarinho demais! – ajeitava o casaco e decidia se fechava ou não os botões do mesmo, ocultando a estampa da camiseta, que era um desenho do Empire State com a frase “New York is Dangerous” ao redor. – E, já que é noite, por que não usar uma cor mais escura?
- Se prefere assim... – deu de ombros, depois deu uma voltinha. – Agora você diz como eu estou.
- É até meio sem sentido você me pedir isso...
- Por quê? – coçou a cabeça, sem entender.
- Você é linda, tem roupas muito legais... Não tem como não estar ótima. – disse como se fosse algo óbvio.
- Isso aqui? Foi a primeira coisa que eu peguei...
- Ah, , por favor... – rolou os olhos. – Você pode dizer isso pro Danny, mas quem não cai nessa sou eu.
- Eu não acho isso tudo das minhas roupas... – sentou na cama de .
- E porque será que a gosta tanto delas? – sentou-se de frente para a penteadeira e mudou de assunto. – Me ajuda com cabelo e maquiagem?
- Nem precisava pedir... – levantou-se e foi em direção à .
- Um último comentário: Gostei muito da skinny preta e a sandália. Mesmo sem ser fã de sandálias, eu gostei dessa gladiadora... Se fala assim, né? – já começava a se maquiar.
- Você falou certo, sim e obrigada pela opinião, me sinto menos insegura. – respirou aliviada. – Não sabia como combinar, então coloquei a parte de cima mais clara do que a de baixo e essa calça não e novidade pra mim, tenho ela há anos...
- É a Debbie Harry? – perguntou, vendo a estampa da camisa de através do espelho.
- Você sabe que eu curto o som dela. – disse, olhando para a estampa.
- Blondie é legal. – assentiu.
- , posso ser sincera? – disse, parando de escovar o cabelo de .
- Meu cabelo está tão ruim assim? – disse, levando as mãos ao cabelo.
- Hã? Eu estou falando de outra coisa... – balançou a cabeça negativamente.
- Ainda bem! Já estava me imaginando de black power. – realmente tinha imaginado isso.
- Posso falar? – disse, acordando de seus devaneios.
- Pode, pode sim. – assentiu.
- Eu queria pedir desculpas pela maneira que eu falei com você ontem... – disse meio sem jeito.
- Está tudo bem... – deu de ombros.
- , não faz assim... – sentou-se de modo que pudesse ver o rosto de . – Se estivesse tudo bem, você não teria reagido daquela forma ontem e teria continuado na sala.
- Mas eu estava com sono... – tentava fugir da conversa.
- Será que dá pra conversar? – insistiu.
- O que você quer que eu diga?! – franziu o cenho.
- De preferência, a verdade... – respondeu.
- Ok, fiquei surpresa com a maneira que você falou comigo ontem, reconheço que fui meio idiota com a atitude de sair da sala... – olhou diretamente para .
- E..? – sentia que ainda não tinha dito tudo o que queria.
- , eu não quero discutir. – desviou o olhar de .
- Vamos discutir se você não terminar de falar. – disse firmemente.
- Olha como você já está! – desconversava.
- Quer que eu piore? – insistiu.
- Você consegue o seu tão sonhado namoro com o Danny, fica extremamente feliz e quando eu, - se levantou da cadeira. – a pessoa que mais ouvia os seus “impossíveis” devaneios e que mais acreditou em todos eles, vai, toda orgulhosa, abraçar você, você diz “cala a boca, pirralha, a criança aqui é você”... – andava de um lado para o outro do quarto.
- Como as palavras que acabaram de sair da sua boca, eu estava diante de tanta felicidade... – se justificava. – Eu mal conseguia controlar meus movimentos, quanto mais as minhas palavras!
- É, eu percebi isso ontem... E como percebi! – continuava inquieta.
- , eu não falei sério... – lamentou.
- E com eu saberia? – sentou-se de volta na cadeira e segurou as mãos de . – Você não tem um dispositivo que mostra quando está brincando ou quando está falando sério.
- Aliás, nenhuma de nós temos... – disse para , que agora estava mais tranquila. – Me desculpa...
- E eu teria outra escolha? – sorriu. – Essa não é a primeira, nem será a última vez que nos desentendemos.
- Aprendeu rápido! – sentia como se um peso tivesse sido tirado de suas costas.
- Está pensando que eu vou te deixar inteira para aquele sardento? – abraçou a prima, colocando-a em seu colo. – Ele que pense assim... Você é e sempre continuará sendo a minha menina... – controlou algumas lágrimas que passaram despercebidas de , pois com ela acontecia a mesma coisa, sem que percebesse.
- Ah, já tenho uma ideia para o seu cabelo! – disse, saindo do colo de e se recompondo.
As duas não demoraram muito no quarto de . Ao saírem do quarto, deram uma rápida olhada na sala e seguiram juntas para o quarto de , afinal, a noite era dedicada a ela.

No quarto de ...
- Podemos entrar? – e perguntaram em coro.
- Por favor, entrem, estou enlouquecendo! – respondeu um pouco aflita.
- Nossa! – e disseram em coro, admiradas com o look de .
- O que foi? Eu sabia que deveria ter colocado um vestido, devo estar horrível! – dizia, já tirando a blusa que usava.
- Horrível? Eu é que estou horrível perto de você. – abaixou os braços de , impedindo-a de tirar a blusa.
- Então eu estou bem? – ainda tinha suas dúvidas.
- Bem não, ótima! – segurava o queixo, surpresa.
- E você, , não vai dizer mais nada? – ainda se sentia insegura.
- Bem... – observava cada detalhe na produção da prima. – Eu adorei, principalmente o scarpin – disse ao terminar sua análise sobre , que usava uma blusa soltinha com a estampa da Audrey Hepburn como Holly Golightly de “A Bonequinha de Luxo”, um jeans com detalhes de spikes dourados nos bolsos e um scarpin nude de bico arredondado e salto não muito fino, nem alto.
- Amei a estampa. – elogiou a blusa.
- Eu sei! – riu, enquanto retocava a maquiagem.
- Pra quem será essa produção toda? – perguntou, lançando um olhar malicioso para a prima.
- Para nós é que não é, talvez seja para um certo monocova... – continuou a brincadeira, fazendo rir.
- Por acaso esse garoto atenderia pelo nome de..? – dizia, mas a interrompeu. - Thomas Michael Fletcher, talvez? – completou a fala de .
- Falando nele, ele já está na sala? – perguntou, um pouco ruborizada.
- Não disse?! – riu, apontando para .
- Olhamos a sala antes de vir pra cá, só estavam o Danny, o Harry e o Dougie... – ainda ria.
- Acho que a hidratação que você fez no cabelo dele, vai demorar um pouco pra sair. – disse, fazendo relembrar a cena com um sorriso meigo no rosto.
- Todas prontas? – perguntou, dando uma última conferida no visual. – Então vamos descer!
- Tem certeza que não é melhor colocar outra roupa? – se olhava no espelho.
- , não inventa! – disse, puxando a prima pelo braço.
- Mas... – tentava argumentar.
- Mais nada, vamos antes que o Danny suba para nos buscar... – disse saindo do quarto enquanto arrancava da frente do espelho.
As três foram para a sala, passando direto pelo quarto de , sem ao menos verificarem se ela ainda estava lá.

Na sala...
- Boa noite, meninos! – cumprimentou os Guys de forma charmosa ao chegar na sala. - Boa, ou melhor, ótima noite... Principalmente agora que vocês estão aqui. – Danny olhava para de modo malicioso.
- Será que somos dignos de tanta beleza? – Harry cobiçava sem a menor discrição.
- Como eu não sei pra onde vamos e o Danny disse que não era um jantar, eu deduzi que não seria nada tão formal e me fantasiei de Spencer. – ficava cada vez mais sem jeito com os olhares do Harry, o que contribuía com a piadinha involuntária de si mesma.
- Eu fiz o máximo que pude, mas estou bem simples. – disse com um ar insatisfeito.
- Simples, mas ainda assim, encantadora. – O comentário do Danny fez com que qualquer dúvida de desaparecesse.
- Tentei o possível... – disse, ainda achando que poderia ter feito melhor.
- Se esse é o seu possível, eu não vejo a hora de ver você tentar o impossível... – Tom se fez notar na sala.
- Que é isso, Tom?! – desviava o olhar, sem graça. – Eu nem me arrumei direito porque as meninas não deixaram.
- Imagine se a gente fosse deixar... – disse, cruzando os braços.
- Nem iria levar tanto tempo assim... – insistia.
- Não, só iria levar alguns anos... – ria ironicamente enquanto a fuzilava com o olhar.
- Mas e a ? – Dougie era o único que percebeu que ela não estava na sala.
- O que é que tem ela? – Danny perguntou, interrompendo seu quase-beijo em .
- Ela não vai descer? – Dougie perguntou.
- Pensamos que ela já tinha descido e estava aqui com vocês... – respondeu e começou a estranhar a ausência da prima.
- E nós pensamos que ela iria descer com vocês... – Harry disse um pouco confuso.
- Ah, não... Mais uma indecisa com a roupa que escolheu. – rolou os olhos.
- Vamos, meninas, vamos ajudar a mocinha indecisa. – disse, subindo às escadas, seguida de e .
- Assim não saímos nunca! – Danny resmungou.

No quarto de ...
- , qualquer que seja o seu problema, nós somos a solução... – disse enquanto entrava no quarto sem bater na porta.
- É, e eu acho melhor solucionarmos isso logo... – estava preocupada com o horário.
- Antes que o Danny comece a cuspir fogo e nos derreta. – comentou entre risos.
- Ué, cadê ela? – perguntou depois de olhar ao redor e não encontrar .
- Aqui. – gritou de dentro do banheiro, fazendo e irem até elas.
- , você nem se arrumou... – disse ao ver em pé, apoiada no lavabo de cabeça baixa. – Mas não tem problema, nós resolvemos tudo isso num minuto.
- ! – e gritaram junto com ao verem desequilibrando e quase caindo.
- Ela não está bem... – tentava segurar diante do nervosismo de e . – Me ajudem! Vão ficar só olhando?!
- , por favor, fala alguma coisa... – segurava , tentando manter a calma.
- Precisamos colocá-la em algum lugar. – disse aflita enquanto e seguravam , já sem forças. – Na cama! Venham, tragam ela.
tirou todas as coisas de cima da cama de para acomodá-la melhor.
- Coloque-a deitada com o corpo reto, coloquem o travesseiro como apoio da cabeça dela. – dava as instruções e as meninas as seguiam.
- , você consegue me ouvir? Diz alguma coisa... – segurava a mão de , que estava pálida.
- Eu não sei o que aconteceu... – disse com a voz bem fraca.
- Tente se lembrar. – , assim como todas as meninas, estava nervosa.
- Eu só me lembro de ter subido para tomar banho, eu estava bem... – fazia um esforço para se lembrar de tudo.
- Mas... – tentava fazer continuar a falar.
- Acho que quando fui escolher uma roupa, comecei a ficar tonta, minha cabeça parecia querer explodir e esse frio estranho que eu estou sentindo... – tremia.
- Mais alguma coisa? – perguntou.
- Depois disso, só me lembro da hora em que vocês chegaram. – parecia estar prestes a desmaiar.
- Ok, descansa um pouco, já voltamos. – disse, olhando para e e elas corresponderam o olhar dela, depois saíram do quarto.
- E agora, o que fazemos? – perguntou do lado de fora do quarto enquanto fechava a porta para que não ouvisse a conversa.
- Não sei, só sei que não podemos sair e deixar a aqui sozinha. – respondeu, dando de ombros.
- Sendo assim, eu abro mão de sair com os meninos para cuidar dela com vocês. – disse, um pouco triste.
- Mas , isso não é justo, é o seu aniversário e os meninos prepararam uma surpresa para você. – era contrária à decisão de . Pelo menos ela tinha que aproveitar a noite.
- Ela não está bem e não sabemos se ela vai piorar. É melhor eu ficar. – argumentou.
- A e eu ficamos aqui para tomar conta dela, lembre-se que esse pode ser o seu primeiro e último aniversário com os Guys. Você tem que aproveitar. – também tentava fazer desistir da decisão de ficar em casa.
- E qual seria a graça? Estar aqui pode ser um sonho e tudo o que eu mais queria para esse aniversário, mas sem vocês, a coisa toda fica incompleta. – se mantinha firme em sua decisão.
- Se é realmente o que você quer, vamos falar com os meninos. – disfarçou, mas ela era a mais orgulhosa com a decisão de .

Na sala...
- Meninos, não vai dar pra sair com vocês. – disse, descendo às escadas com as meninas.
- O que foi agora? Já sei, a não conseguiu encontrar um sapato que combinasse com a roupa, se for preciso, eu empresto um sapato meu, só para sairmos logo. – Danny estava irritado com o atraso.
- Se eu fosse você, não falaria assim. – estava séria.
- Digamos que o problema vai além de um sapato. – tinha se irritado com o comentário do Danny.
- Então digam logo o que aconteceu. – Dougie começava a se preocupar.
- Ela nos disse que, depois do banho, ela começou a se sentir muito mal. – disse em resposta ao Dougie.
- E o que ela tem? – Dougie ficou nervoso.
- Tontura, dores de cabeça, calafrios... – disse.
- Nós estamos com receio de que ela piore. – comentou.
- Por isso, nós vamos ficar em casa para cuidar dela. – concluiu e Danny rolou os olhos por causa desse comentário. – Como a disse, ela pode piorar e não podemos deixá-la sozinha.
- Não se atrevam a fazer isso... – Todos ouviram uma voz bem fraca que vinha do topo da escada.
- O que você está fazendo aqui, ? – disse de modo severo e correu para ampará-la até o sofá. – Por que você saiu do quarto?
- Não adiantou vocês fecharem a porta, eu ouvi a conversa de vocês. – disse, fazendo algumas pausas.
- Então já sabe que vamos ficar em casa para cuidar de você, né? – disse, sentando-se ao lado de .
- Só se vocês três forem loucas. – massageava as têmporas, pois sua cabeça ainda doía e a luz acesa não ajudava muito.
- Como assim, garota? – não entendeu.
- Vocês não vão deixar de sair por minha causa. – explicava.
- Mas você não está bem, ... – não entendia o comportamento da prima.
- Não é justo sairmos para nos divertir enquanto você fica em casa. – disse, completando o pensamento de .
- Mas é isso que eu quero que vocês façam. – deixava todos confusos.
- Acho que nenhum de nós está entendendo o que você quer dizer, . – Dougie disse, quebrando o silêncio.
- Eu posso explicar. – Mesmo se sentindo fraca, tonta e enjoada, insistia em falar. – , eu sei o quanto você quer sair e se divertir com essa surpresa que os meninos prepararam para você, isso é mais do que justo, é seu dever comemorar esse aniversário.
- Mas... – ia argumentar, mas continuou falando.
- , você e a também não são indiferentes a essa vontade de comemorar o aniversário da , isso é evidente...
- Sem você não vai ter graça... – lamentou.
- , eu já comemorei seu aniversário hoje. De certa forma, eu já fiz parte dessa festa. – esboçou um sorriso. – Por minha vontade, eu sairia com vocês, mas eu conheço os meus limites e eu sei que, se eu insistir em sair, sei que não vou aguentar ficar muito tempo na rua... E nem pensem em ficar em casa por minha causa, não quero me tornar um empecilho para a alegria de ninguém.
- Nós não podemos te deixar sozinha. – insistiu.
- É só um mal estar, eu sei me cuidar sozinha... Ou vocês acham que, quando eu ficava doente e os meus pais não estavam por perto, era a Madison que cuidava de mim? – estava firme em sua decisão, preferindo que as primas saíssem para se divertir do que ficar sob o cuidado delas.
- Não adianta, nós não vamos. – disse, cruzando os braços.
- Até parece que conseguiríamos nos divertir sabendo que você não está bem. – completou.
- Eu cuido dela! – Dougie disse enquanto os Guys permaneciam em silêncio.
- O quê? – parecia não ter ouvido direito.
- Eu disse que cuido dela. – Dougie repetiu.
- Como se você fosse médico... – rolou os olhos.
- ... – tentou acalmar a prima.
- Desculpa, eu estou nervosa... – justificou com um sorriso sem graça.
- Dougie, desenvolve sua ideia... – fez sinal para Dougie falar.
- O problema central aqui é a . – Dougie sentou-se de frente para as meninas. – A não quer que vocês abram mão de comemorar o aniversário da para ficarem em casa, tomando conta dela e vocês não querem sair para não deixá-la em casa, por estarem com receio de que ela piore enquanto estamos fora.
- Até agora, isso é tudo o que entendemos. – Tom disse e Harry e Danny concordaram com um aceno de cabeça.
- Eu proponho o seguinte: – Dougie continuou falando, ignorando o comentário do Tom. – Já que a faz tanta questão que as meninas saiam, então, nada mais lógico do que um de nós ficar aqui tomando conta dela.
- Assim, as meninas podem sair tranquilas porque a não vai ficar sozinha. – Danny pareceu entender a ideia do Dougie.
- E porque o Dougie? – relutava, tudo culpa da preocupação dela.
- , os pares aqui são óbvios. – Harry disse se aproximando de . – Não teria muito sentido se o Danny, o Tom ou eu ficássemos aqui.
- Vocês têm razão, mesmo que indiretamente, estamos saindo em casais. – pareceu concordar.
- Então, todos de acordo? – Dougie perguntou.
- A é quem diz... – disse, como se ninguém soubesse qual seria a resposta de .
- Não sei por que vocês ainda estão aqui olhando pra mim. – disse em tom brincalhão.
- Sendo assim... – sorriu, olhando para todos. – Nós vamos!
- Eu vou tirar o carro. – Danny saiu rapidamente de casa, enquanto os outros comemoravam.
- , você tem certeza? – não conseguia ficar tranquila.
- Garota, vá se divertir... Não vamos começar essa história de novo. – suspirou.
- Tudo pronto. – Danny disse, parado na porta de entrada.
- Vamos, meninas? – Tom perguntou enquanto Harry saía de casa.
- Vamos! – , e disseram em coro e se levantaram do sofá.
- Meninas, uma última recomendação: Divirtam-se muito! Façam isso por vocês e por mim. – sorriu.
- Pode deixar. – respondeu carinhosamente.
- Dougie, qualquer coisa, ligue. – disse antes de sair.
- Relaxa, eu sei que ela está em boas mãos. Boa noite pra vocês! – disse para o Dougie e saiu fechando a porta.
- Vem logo, ! – dizia, evidentemente ansiosa.
- Senhoritas... – Tom abriu a porta de trás do carro para que elas entrassem e depois entrou no carro, fechando a porta em seguida.
- Todos prontos? Podemos sair? – Danny disse quando viu que todos estavam no carro. - Danny, você deixou a porta da garagem aberta. – Harry reparou.
- Não seja por isso... – Danny apertou um botão num controle e fechou a garagem.
- Tudo certo agora? Todos com o cinto de segurança? – Danny perguntou, já ligando o carro. - Tudo ok. – disse depois de verificar tudo.
- Então vamos! – Danny deu a partida no carro.
, , e Tom foram no banco de trás do carro e Danny e Harry foram no banco da frente. A conversa no carro era animada, mas, em alguns momentos, cada um isolava-se em seus pensamentos. pensava em e torcia para que ela melhorasse logo; fazia carinho nos cabelos do Tom, que apenas sorria carinhosamente; Danny, vez ou outra, olhava pelo retrovisor, tentando ver que tinha um ar reflexivo; Harry apenas olhava a paisagem pela janela, tentando manter a mente vazia.

Na McHouse...
- Eles saíram há alguns minutos e você até agora não disse nada... – Dougie disse, saindo da cozinha.
- É que eu acho que vou melhorar mais rápido se ficar quieta. – estava deitada no sofá maior.
- Fiz chá para nós dois... – Dougie abaixou-se de frente para de forma que ela não se esforçasse muito para pegar a xícara.
- Hum... De hortelã? – perguntou, acomodando-se melhor para tomar o chá.
- Você não gosta? – Dougie tinha receio de não ter agradado.
- Gosto, gosto sim. – sorriu e Dougie sorriu aliviado. – A me ensinou a gostar de chá de hortelã.
- Eu posso não ter estudado medicina como a , mas sei cuidar muito bem dos meus pacientes. – Dougie não resistiu e afagou o rosto de . – Você está tão linda...
- Fraca desse jeito? – não acreditava muito naquele elogio, mas sorriu.
- Quando a beleza é natural, o momento não importa. – Mesmo naquela situação, Dougie pensava em beijar .
- Acho melhor eu subir e me deitar um pouco. – disse, desviando o olhar do olhar do Dougie.
- Eu encontrei esse remédio para dor, você pode levar e tomar um, se quiser. – Dougie deu o remédio para , que já andava em direção à escada.
- Pode deixar que eu tomo um desses antes de deitar. – voltou para pegar o remédio e subiu.
- Precisa de ajuda? – Dougie perguntou depois que já tinha subido as escadas. - Agora que eu estou aqui, não. Obrigada. – disse e foi para seu quarto.
Dougie continuou na sala, esperando que o chamasse para que ele fosse ajudá-la e, um pouco entediado, foi assistir televisão.

No carro...
- Ai! – exclamou, desviando a atenção para ela.
- O que foi, ? – Danny perguntou assustado, mas sem desviar a atenção do trânsito.
- O Harry jogou um OVNI na minha cabeça. – colocou a mão no lugar onde o objeto tinha a atingido.
- OVNI? Cadê? – Tom se empolgou.
- Tom, ela não falou nesse sentido. – acordou o Tom de seus “delírios espaciais”.
- Desculpa, me empolguei... – Tom riu sem jeito.
- Se o que o Harry jogou já fez estrago, imagine se ele jogasse um disco voador. – imaginou a cena e riu, mesmo sabendo que o estrago seria nela.
- Achei! – disse ao encontrar o que o Harry tinha jogado em .
- O que é? – ficou curiosa.
- Um morcego... – franziu o cenho, sem entender o motivo de aquilo estar ali.
- Como assim, um morcego? – e perguntaram em coro enquanto os Guys riam.
- Ah, é o nosso morcego de borracha. – Danny não conseguia parar de rir.
- O Benedict! – Tom sorriu, relembrando o nome que tinha dado ao morcego.
- Benedict? – estranhou o nome e quis saber a origem dele.
- Benedict Rubber Bat..? – Tom disse, esperando que alguém entendesse o trocadilho. foi a primeira a ter um ataque de riso.
- Depois sou eu que faço trocadilhos idiotas! – olhou para e , que também riam. tinha um tipo de precedente no quesito trocadilhos ruins.
- É, enquanto vocês decidem quem faz os piores trocadilhos, nós já chegamos. – Danny avisou, fazendo todos os que estavam no carro ficarem em silêncio.
- Finalmente vamos saber qual é o grande segredo... – falou por e .
- Agora não! – Danny fechou as janelas do carro, dificultando a visibilidade das meninas, já que o estacionamento não era muito bem iluminado.
- O que foi agora? – perguntou arqueando a sobrancelha, ficando irritada com tanto mistério.
- Vamos estacionar primeiro. – Danny se divertia com aquele suspense.
- Estraga prazeres... – rolou os olhos.
- Pronto, agora podemos ir... – Danny disse, puxando o freio de mão do carro.
- Danny, as portas estão trancadas. – forçava a porta do carro, que não abria de jeito nenhum.
- Eu disse “podemos ir”. – Danny se virou para . – Não quem podia ir.
- Já chega! – começava a se irritar.
- Calma, meninas, nós temos algumas regrinhas... – Danny riu debochado.
- E eu tenho só uma cota de paciência, mas ela já se esgotou... – disse em resposta ao deboche do Danny.
- Fiquem tranquilas! Confiem em nós, vocês não vão se arrepender. – Danny insistiu na brincadeira e destravou as portas. – Agora saiam do carro...
- Finalmente! – comemorou.
- De olhos fechados! – Danny disse depois que elas saíram do carro.
- Vai começar... – rolou os olhos.
- Como é que nós vamos enxergar com os olhos fechados? – disse em tom óbvio.
- Vocês não confiam em nós? – Tom disse enquanto Danny trancava o carro.
- Também não precisa falar assim. – ficou sem jeito. – Só estamos ansiosas.
- Pois então, vamos acabar logo com essa ansiedade. – Danny terminou de trancar o carro, ativou o alarme e pôs as mãos sobre os olhos de , impedindo completamente que ela visse qualquer coisa. Harry e Tom fizeram o mesmo com e , respectivamente. – Isso mesmo, vamos andando.
- Olhem o que vocês vão fazer com a gente... – entrava no clima da brincadeira.
- Relaxem, qualquer coisa que fizermos com vocês, com certeza, vocês vão adorar. – Danny comentou malicioso.
- Ai, Harry! – se chocou contra um caro, devido à desatenção do baterista. – Que droga!
- Elas precisam chegar inteiras... – Tom repreendeu o Harry, que se queixava de dor por causa da cotovelada que deu nele.
- Depois o lerdo aqui sou eu. – Danny rolou os olhos.
- Acho que não vamos gostar de qualquer coisa que vocês fizerem. – temia que acontecesse com ela o mesmo que aconteceu com .
- É, qualquer coisa pode ser um tanto desastroso... – ainda sentia um pouco de dor.
- Chegamos? – perguntou.
- Não. – Danny respondeu.
- Chegamos? – perguntou novamente.
- Não! – Danny respondeu, se certificando de que as meninas realmente não conseguiam ver nada.
- Chegamos? – insistiu.
- ... – Danny disse de modo ameaçador.
- Tá bom, já parei... O que posso fazer se eu estou ansiosa?
- Se te deixa feliz, estamos perto. – Danny disse para que elas se situassem.
- Então estamos chegando... – disse, como se tivesse acabado de descobrir algo muito importante.
- Pior seria se não estivéssemos chegando, depois de tanto andar e sofrer alguns acidentes... – disse como uma indireta para o Harry.
- Pronto, podem parar. – Danny disse ainda mantendo os olhos de cobertos. Harry e Tom faziam o mesmo com e .
- Posso perguntar agora? – pediu.
- Pode! – Danny respondeu sorrindo.
- Chegamos? – perguntou com os dedos cruzados.
- Sim, nós chegamos! – Danny respondeu, fazendo as meninas se animarem.
- Podemos olhar agora? – perguntou por ela e pelas meninas.
- Ainda não... – Danny estava gostando de ver aquela ansiedade das meninas. – Vamos dar umas voltinhas antes. – Ele começou a girar e Harry e Tom repetiram o gesto dele.
- Danny, para, assim vamos ficar tontas e enjoadas. – reclamou.
- Concordo plenamente! – disse, dando um tapa no braço do Harry, para que ele parasse. – E não faz nenhum sentido ficar nos girando, se é que vocês ainda não perceberam isso.
- Vocês não vão poder ficar nos enrolando a noite toda. – já estava ficando cansada de tanto suspense.
- Ok, vocês venceram! – Danny fez sinal para Tom e Harry e, ao mesmo tempo, os três tiraram as mãos dos olhos de , e .
- Ai, meu Deus! – , e disseram ao mesmo tempo, aparentemente surpresas.

Na McHouse...
- Está tudo muito silencioso lá em cima, acho melhor ir ver se está tudo bem... – Dougie pensou alto, desligou a televisão e subiu para o quarto de .
- , posso entrar? – Dougie perguntou, mas não obteve resposta. – ?
Por não ter obtido resposta, Dougie ficou preocupado e resolveu entrar assim mesmo. Ao entrar no quarto, Dougie se deparou com deitada em sua cama, enrolada em seus lençóis e em sono profundo e tranquilo... Ou, pelo menos, foi o que parecia ser...
- Que bom que ela está dormindo. – Dougie respirou aliviado e viu que faltava um comprimido na cartela do remédio que ele tinha dado a ela. – Parece tranquila e, pelo viso, tomou o remédio... Será que eu deveria chegar mais perto e ver se ela realmente está bem? – Dougie sussurrou, olhando de longe. – Bom, é melhor não, talvez ela acorde com isso.
Dougie saiu do quarto, fechando a porta o mais silenciosamente possível e voltou para a sala.

No estacionamento...
- E então, gostaram? – Danny perguntou com um sorriso largo no rosto.
- Não consigo enxergar nada! – , e pareciam um coral ensaiado.
- Vocês estão brincando, né?! – Danny arqueou a sobrancelha.
- A minha vista está toda embaçada, você acha que eu estou brincando com isso? – arregalava os olhos, tentando enxergar melhor.
- A minha também! – e disseram ao mesmo tempo.
- Só pode ser brincadeira... – Danny não se conformava com aquilo.
- Diga isso para os meus olhos... – andava de um lado pro outro.
- O Harry apertou demais os meus olhos, como se não bastasse a pancada. – se abanava, esperando que as coisas melhorassem.
- Calma, é só pararmos e esperarmos um pouco, que tudo volta ao normal. – disse encostando-se em um carro. e obedeceram as ordens da prima e se acalmaram.
- Podemos fazer alguma coisa para ajudar vocês? – Tom perguntou, ficando preocupado.
- Mantenham as mãos de vocês longe dos nossos olhos. – respondeu.
- Ai, meu Deus! – disse quando sua visão voltou ao normal.
- O que foi agora? Está vendo tudo preto? Aconteça o que acontecer, não vá para a luz! – Danny brincou ao perceber que já tinha visto o que ele queria que ela visse.
- Ah, mas pra essa luz eu vou... – disse, animada ao ver o letreiro grande e iluminado com o nome do lugar.
- Eu sabia que você iria gostar. – Danny comemorava a reação de .
- Do que vocês estão falando? – não entendia e virou-se para o lugar que Danny e olhavam e leu o letreiro. – Rock ‘n’ Bowl?
- Você não gostou? – Danny perguntou, vendo a reação de .
- Gostei sim, só estou impressionada. – respondeu mais animada.
- Rock e boliche separados já são bons, juntos então... – não escondia sua animação.
- , você ainda não disse nada. – Harry comentou.
- Eu não agradei com a surpresa? – Danny ficou com receio.
- Até a parte do rock, está tudo certo, mas no boliche eu vou ficar devendo. – riu fraco.
- Como se eu fosse uma maravilha no boliche... – riu de modo irônico. – Mas, se for pra pagar mico, vamos pagar mico juntas!
- Olha que isso tem um lado bom... – Tom comentou.
- Qual? – ficou intrigada.
- O lado bom é que eu vou ter o prazer de te ensinar a jogar. – Tom sorriu, deixando ruborizada. Inevitavelmente, ela teve pensamentos impróprios para o horário e que ela, infelizmente, não poderia expressar naquele momento.
- Olha, a conversa está bem legal, mas o que ainda estamos fazendo aqui? – fez todos ficarem em silêncio. – O que foi? Eu quero jogar...
- A tem razão, vamos entrar que a noite promete! – Danny disse e todos entraram, bastante animados.
- Que demais! – disse logo quando todos entraram no estabelecimento.
- Você ainda não viu nada, vamos subir, pois a vista de lá de cima é bem melhor. – Danny deu passagem para as meninas andarem em sua frente e em seguida subiu com Harry e Tom.
- Está um pouco cheio... – disse quando eles chegaram na parte superior do estabelecimento, onde ficavam as mesas, o palco e o balcão onde eles pegariam os sapatos para jogar boliche.
- Então, vamos comer ou jogar primeiro? – Danny perguntou.
- Que tipo de pergunta é essa? – tomou a frente do assunto. – Claro que nós vamos jogar primeiro!
- Nem sei por que você perguntou isso... – disse enquanto todos riam diante da animação de .
- Mas temos que ver se tem alguma pista livre para jogarmos. – Danny disse.
- Pois é, senão vamos ter que esperar... – Tom concordou.
- , vem comigo ver se tem alguma pista sobrando. – Danny pegou pelo braço e a levou para uma sacada que tinha vista para a pista de boliche.
- Eu preferia comer do que me arriscar no boliche... – disse desanimada.
- Vai ser divertido, . – tentava animar a prima.
- Acabou de esvaziar uma pista agora! – voltou animada, só faltava saltitar.
- , Harry, Tom e , vocês descem e vão para a pista antes que alguém ocupe ela. – Danny falou e eles desceram imediatamente.
- E nós dois? – estranhou.
- Nós vamos pegar os sapatos para jogar, vem comigo. – Danny disse, pegando pela mão.

Na pista...
- Conseguimos! – disse, depois de correr para chegar à pista de boliche em questão.
- Acho que eu nunca corri tanto na minha vida. – reclamou.
- Pra mim, foi tranquilo... – se alongava um pouco.
- Você está usando tênis, eu não. – se defendeu.
- Mas, se não corrêssemos, aquele outro grupo teria ficado com a pista. – Tom justificou a “correria”.
- E nós teríamos que esperar muito por outra pista. – Harry completou a fala do Tom.
- Mas tinha que ser uma das últimas? – disse sentada, massageando seus pés.
- Foi a única que estava vazia. – falou em tom óbvio.
- Não tínhamos escolha. – Tom riu fraco.
- E, do jeito que estava, se não conseguíssemos ficar com essa pista, ela morreria. – Harry comentou, fazendo todos rirem, menos .
- , vamos fazer a sequência dos jogadores. – Tom falou, percebendo o clima estranho entre e Harry.
- Eu não sei mexer nesses computadores daqui. – resistiu. – Sou antiga.
- Não tem problema, eu te ensino! – Tom insistiu, fazendo aceitar, deixando Harry e conversando.

No balcão...
- A está bem animada... – disse para quebrar o silêncio entre ela e o Danny, que estavam sem assunto.
- Eu percebi... – Danny riu brevemente enquanto eles esperavam os sapatos para .
- Não ligue para a , ela está feliz pela surpresa, só um pouco insegura em relação ao boliche. – falava. – Como se eu fosse ótima no boliche...
- Se quiser ser minha aluna... – Danny disse, como quem não quer nada.
- Pelo visto, além de tudo o que você faz, você é professor de boliche... – riu.
- Fazer o quê? É mais um dos meus talentos. – Danny se gabou.
- Nesse Rock ‘n’ Bowl tem alguma coisa que não tem nos EUA? – olhava ao redor. Ela já tinha ido aos EUA algumas vezes e, por influência de “Just My Luck”, tinha ido a um Rock ‘n’ Bowl.
- A pista de dança que fica lá do outro lado, eu acho. – Danny apontava para o lugar.
- Eu queria ver... – fez bico.
- Se vocês quiserem, nós podemos sentar do outro lado quando subirmos para comer. – Danny se referiu a e . – Assim teremos uma boa vista da pista de dança.
- O meu pai me levou uma vez no Rock ‘n’ Bowl dos Estados Unidos, nas outras duas vezes, eu fui com as Ladies. – riu, relembrando aqueles tempos. – Por que vocês quiseram nos trazer para cá?
- Bom, nós achamos que seria legal trazer vocês pra cá, porque os caras e eu já viemos aqui algumas vezes e seria bem legal dividir um lugar especial nosso com vocês... Ou melhor, eu achei, porque a ideia foi minha!
- Sua humildade me assusta. – disse, fazendo o Danny rir, depois suspirou. – Tudo isso me fez lembrar a minha infância, minha relação com meus pais, principalmente o meu pai... Era bem legal estar com ele, jogar videogame e até futebol.
- Aposto que você jogava bem. – Danny comentou.
- Nunca joguei bem, mas para o meu pai, eu era a melhor. – riu fraco. – Mas tinham alguns assuntos em que o meu pai fazia questão de me lembrar de que eu era uma garota e me tratava como tal.
- Aposto que o assunto era namorado... – Danny riu de lado, como se entendesse.
- Eu ainda me lembro de quando arrumei meu primeiro namorado... Eu estava na cozinha, conversando com a minha mãe, quando ele entrou no meio da conversa.
- O clima pesou? – Danny ficou curioso.
- Ele começou a dizer que eu não tinha idade para pensar em namoro, que eu tinha que priorizar coisas mais importantes, que os garotos faziam coisas querendo outras... No fundo, eu acho que ele tem medo que eu acabe me machucando de uma forma que eu não consiga me recuperar, independente do motivo.
- Seu pai só quer te proteger... – Danny comentou.
- Eu diria cuidadoso, pois ele me disse uma vez que ia ter um momento que ele vai ter que me deixar viver a minha vida, mas ele tinha receio de se arrepender disso. – se lembrava de cada palavra que seu pai tinha lhe dito há anos.
- Como você acabou de dizer, ele teme que você sofra e não se recupere depois. – Danny parecia entender Charles.
- Pelo menos, ele nunca me impediu de tentar. – deu de ombros.
- De tudo o que você disse, eu percebi uma coisa... – Danny se aproximou de .
- O quê? – se virou para Danny, de modo que seu olhar encontrasse o dele.
- Para ficar com a filha, vou ter que conquistar o pai. – Danny concluiu.
- Se você ainda quiser... – disse como quem não quer nada.
- E porque eu não iria te querer mais? – Danny envolveu seu braço na cintura de e a puxou para perto, deixando seus corpos completamente colados, naquele momento, para os dois, nada ao redor importava, a não ser o beijo.
- Interrompo alguma coisa? – chegou, realmente interrompendo o quase beijo dos dois. - Imagina... – Danny rolou os olhos.
- E porque a demora com os sapatos? – Apesar do tom casual, tinha visto o que estava acontecendo e interrompeu o beijo de propósito.
- É que... É que... – procurava uma desculpa.
- É que? – olhava para os dois.
- Nós demoramos porque o balconista não estava encontrando sapatos para você, foi isso. Todas usamos o mesmo número e eles acharam que não tinham mais sapatos do nosso tamanho. – riu sem graça.
- E esses sapatos que estão aqui são o que? – perguntou apontando para o balcão, onde tinham sapatos suficientes para todos.
- Nós nem percebemos quando o balconista os colocou aqui, não é, Danny? – cutucou o Danny com o cotovelo.
- É, nós nem percebemos... – Danny balançou a cabeça positivamente.
- Sei... – cruzou os braços.
- Mas agora vamos descer, porque eu estou louco para jogar. – Danny disse, indo pegar os sapatos no balcão, com ajuda de .
- Sério? Eu nem percebi essa vontade toda de você... – estava um pouco irritada por Danny e terem atrasado um pouco o jogo, já que eles estavam esperando há bastante tempo na pista sem fazer nada.

Na pista...
- Voltamos! – Danny disse ao chegar acompanhado de e , cada um trazendo dois pares de sapatos.
- Vocês demoraram... – Tom comentou.
- É que surgiram alguns probleminhas... – Danny disse e, neste momento, Tom olhou para que, com apenas um olhar, deixou claro o que tinha acontecido.
- Como ficou a ordem de jogada? – Danny mudou de assunto.
- As meninas começam, depois somos nós. – Tom respondeu.
- , , , eu, você e o Harry. – Danny leu o monitor, enquanto todos calçavam seus sapatos. – Todos de acordo com essa ordem?
- Por que eu sou o último? – Harry perguntou e todos rolaram os olhos.
- Por que, se uma pessoa começa, a outra termina. – Tom respondeu pacientemente.
- Mas porque eu? – Harry insistiu.
- Harry, não importa a ordem, de qualquer forma, você vai jogar. – Danny ficou irritado com tudo aquilo. – Agora senta e fica quieto.
- Mais alguma reclamação? – Tom perguntou enquanto Danny olhava de modo ameaçador para todos, mas, ao invés de causar medo, ele causou risos em todos.
- Então, que os jogos comecem! – Danny disse animado. – , faça as honras e não envergonhe a família.
- Pode deixar! – disse, indo escolher uma bola para começar a jogar, mas percebeu algo estranho, o que a fez parar. – O que você está fazendo atrás de mim?
- Vou te ensinar a jogar... – Harry disse, entusiasmado.
- Não precisa não, eu sei jogar. – disse se posicionando para jogar a bola. – E, modéstia à parte, eu jogo bem. – Ela piscou para o Harry, jogou a bola, fazendo um strike logo de primeira.
- Foi fazer gracinha, levou um fora bonito! – Tom comentou enquanto comemorava seu strike.
- Fazer o quê, né?! – Harry riu fraco e foi se sentar.

Na McHouse...
- Já são quase 23:00 e essa casa está um tédio. – Dougie disse como se esperasse algo acontecer enquanto brincava com o controle da TV, jogando-o pra cima, só que ele caiu em sua boca. – Tudo bem que eu reclamei, mas não precisava tanto... Depois dessa, eu vou procurar o que comer, antes que as coisas piorem.
- Controle assassino... – Dougie ainda resmungava quando abriu a geladeira e viu que não tinha nada além de duas caixas e meia de morangos e algumas garrafas d’água. – Já percebi que amanhã vamos ter que fazer compras, a não ser que todos queiram começar uma dieta radical ou brigar por causa de comida, como aquela vez.
Quando Dougie voltou para a sala, começou a imaginar o que estaria acontecendo com os que saíram.
- Todos devem estar se divertindo muito... Com certeza o Danny está se exibindo para a ; o Tom cheio de carinhos com a e o Harry... bom, não sei como o Harry pode estar nesse momento, mas espero que ele esteja se divertindo.
Com todos esses pensamentos, ele percebeu que já tinha bastante tempo que estava dormindo e que ela poderia estar acordada naquele momento, então subiu para o quarto dela, para ter certeza de que estava tudo bem.
- ? – Dougie chamou ao bater na porta, mas não obteve resposta, então resolveu entrar no quarto, mas o fez com cuidado para não acordá-la. – Pelo menos ela arrumou alguma coisa para passar o tempo... – Dougie disse ao ter certeza de que ela estava dormindo. – Ela é tão linda... Até dormindo faz meu coração bater mais rápido. – Dougie ria com suas próprias palavras. – Acho que estou apaixonado... eu só penso nela, em estar com ela, ouvir sua voz, ver seu sorriso... Mas o que é que eu estou dizendo? Daqui a pouco ela acorda e me ouve. É melhor descer.
- Dougie? – disse ainda sonolenta.
- Te acordei? – Dougie estava quase em pânico apenas por pensar que tinha ouvido tudo o que ela tinha falado.
- Acho que não... – respondeu ainda sentindo uma leve dor de cabeça, mas notou a expressão assustada do Dougie. – O que aconteceu? Estou tão feia assim, a ponto de assustar? - Não, só estou preocupado. – Dougie disfarçou.
- Sua boca diz uma coisa enquanto seu rosto diz outra. – observava Dougie, deixando-o sem graça.
- Você está melhor? – Dougie sentou-se perto de , mudando o rumo da conversa.
- Um pouco... O mal-estar parece ter passado, mas a dor de cabeça continua.
- E ainda está sentindo frio?
- Com esse edredom? Impossível! – respondeu bem-humorada. – Alguma ligação da ? - Até agora, nenhuma. – Dougie deu de ombros.
- Então ela deve estar se divertindo muito. – disse, se acomodando melhor na cama.
- Mas era isso o que você queria, não é?! – Dougie arqueou a sobrancelha.
- E quem disse que eu estou reclamando? Fico feliz por ela estar se divertindo ao invés de ficar preocupada comigo.
- Eu vi como ela ficou preocupada... – Dougie comentou, ainda chateado pelo modo como tinha o tratado algumas horas antes.
- Dougie, não fica assim com a ... – defendeu a prima. – Quando acontece algum problema com uma de nós, ela toma as nossas dores, ela nos protege.
- É sempre assim?
- Sempre que precisamos. – sorriu de modo meigo. – E quando não precisamos também. - E vocês gostam disso? – Dougie franziu o cenho, parecendo não entender.
- Como não vamos gostar de algo que é feito por amor? Da mesma forma que ela nos protege, nós a protegeríamos porque somos uma família. – ficou emocionada, relembrando algumas coisas que aconteceram e que ela pôde contar com a ajuda de .
- Ela é importante pra vocês... – Dougie riu de lado.
- Do mesmo jeito que somos importantes para ela. – respondeu com mais um sorriso. – Tenta entender o lado dela.
- Eu entendo, é que fazia tempo que eu não via algo assim. – Dougie deu um sorriso sereno. – Na verdade, o que você me contou, me lembrou um pouco o Harry, mas enfim, eu vou descer e te deixar descansar um pouco, já que você está quase dormindo.
- Fica! – segurou Dougie pela mão, impedindo-o de se levantar.
- Assim eu vou atrapalhar seu sono. – Dougie quase sussurrou, sentindo seu coração acelerar e ele já tinha esquecido como lidar com aquilo.
- Fica, por favor. – insistiu. – Pelo menos até eu dormir, você não atrapalha.
- Tá bom, eu fico. – Dougie não resistiu ao olhar de e se aproximou dela.
- Sinto cheiro de morango. – comentou quando Dougie se aproximou.
- A única coisa que tinha pra comer... – Dougie riu.
- Então amanhã é dia de compras. – disse, bocejando.
- Com certeza. – Dougie concordou.
Não demorou muito para que dormisse. Dougie pensou em ficar ali mesmo, velando o sono dela, mas acabou mudando de ideia, se convencendo que o melhor era deixá-la dormir em paz. Sem fazer barulho, ele saiu do quarto e voltou para a sala, deitando no sofá, onde acabou dormindo.

No Rock ‘n’ Bowl...
- Eu não disse?! Eu sou demais! – Danny se gabava depois de mais um strike.
- Vai começar... – Tom rolou os olhos e foi jogar. Harry foi depois.
- Também, depois de vinte strikes seguidos, até eu ficaria me achando... – comentou desanimada.
- Ah, , você não foi tão mal assim. – tentava consolar a prima.
- De todas as rodadas, eu só consegui fazer dois strikes e três spares! – estava com raiva de si mesma.
- Você só está começando. – sorriu fraco.
- Quantos strikes você acha que eu consegui fazer na primeira vez que joguei? – arqueou a sobrancelha, fazendo rir um pouco.
- Pior foi quando eu fui lançar a bola, ela foi parar na pista ao lado e acertou o rapaz que estava consertando um negócio lá. – suspirou.
- Aquilo foi incrível! – teve um ataque de risos, relembrando o momento.
- Acidentes acontecem, . – também ria, mas não tanto quanto .
- Acidentes acontecem?! – voltou a ficar com raiva – Eu fui pegar a bola e, quando me preparei para lançar, ela tinha ficado presa na minha mão!
- E quando o Tom foi te ajudar, você acertou o nariz dele com a bola... Sorte que não quebrou, mas deve ter doído pra caramba. – disse, tentando se recuperar dos risos.
- Mesmo com a ajuda do nariz do Tom, a bola não soltou. – completou, voltando a rir. - Nem me falem isso... – escondeu o rosto com as mãos, envergonhada.
- Mas o pior de tudo foi o Danny gritando “alguém tem vaselina aí?!” – imitava o Danny.
- Vocês não sabem a vontade de matar o Danny que eu fiquei... – olhou com raiva para o Danny, depois fez bico. – Eu sou um desastre, nem devia ter começado a jogar.
- Hey, para com isso... – abraçou de lado.
- Nem com o Tom me ajudando eu consegui...
- Dá pra parar? – repreendeu o pessimismo da prima.
- Ah, , você também não pode dizer nada, teve a ajuda do Danny o tempo todo e se deu muito bem. – disse em resposta à .
- Tão bem que não fui a melhor... – fez bico.
- Mas foi melhor do que eu. – cruzou os braços. – Querem saber? Pra mim já chega de boliche por hoje, ou melhor, pro resto da minha vida!
- Tem certeza? Olha que ainda dá pra jogar mais um pouco, assim que tirarem o cadáver do menino que estava consertando a pista ao lado. – brincou, fazendo rir, mas não achou nem um pouco de graça, muito pelo contrário, deixou-a com mais raiva ainda. – Ok, já parei com a brincadeira, não precisa me matar.
- Então meninas, prontas para mais uma rodada? – Danny perguntou animado, se aproximando das meninas.
- Acho que esse jogo já deu o que tinha que dar... – disse, tirando os sapatos de boliche.
- Logo agora que estava ficando bom... – Danny lamentou.
- Bom pra você, que estava ganhando. – Harry suspirou entediado.
- Pelo menos eu não fiquei em último lugar. – Danny provocou o Harry.
- Podem parar vocês dois! – repreendeu os dois. – A tem razão, é melhor pararmos por aqui, todos estamos com fome. Vamos subir e comer alguma coisa.
- Além do mais, a já está de saco cheio de tanto jogar boliche. – disse.
- Tenham certeza disso! – disse, ainda envergonhada.
- Meu nariz agradece. – Tom brincou, fazendo Danny rir e piorar o estado de .
- Se vocês preferem assim... – Danny deu de ombros. – Mas eu posso, pelo menos, dizer a classificação final do jogo?
- Diz logo e acabe com essa tortura. – já não aguentava mais.
- Do primeiro ao oitavo lugar: Eu, , Tom, , e Harry. – Danny disse rapidamente, notando o desconforto de .
- Pronto, já podemos ir? – disse ao ver que todos já tinham trocado de sapatos. Por dentro, ela estava bem feliz por ter ficado pelo menos em segundo lugar naquela partida, mas se sentia mal em expressar aquilo, tanto que não o fez.
- Para agilizar as coisas, eu, a e a vamos devolver os sapatos no balcão enquanto vocês vão procurar uma mesa para ficarmos, combinado? – propôs antes que todos se dispersassem.
- Tudo bem. – Danny respondeu por todos.
- Então vamos. – disse quando viu que, mesmo depois de concordarem, todos ficaram parados.
Ao subirem, eles se separaram. , e foram devolver os sapatos que todos usaram durante o jogo. Os Guys foram procurar por uma mesa vazia e grande o suficiente para os seis. Tudo exatamente como tinha proposto, mas algo parecia ainda não estar resolvido.

No balcão...
- O que foi, ? Você está em silêncio desde que subimos. – perguntou ao chegar com as primas na pequena fila que se formava ao lado do balcão.
- Não consigo parar de pensar na besteira que fiz com o Tom. – lamentou.
- , você não teve culpa. A bola ficou presa na sua mão. – tentava mais uma vez amenizar o estado da prima.
- A tem razão. Fica tranquila, o Tom pode não estar tão preocupado assim com o que aconteceu. – deu de ombros.
- Como se o que eu fiz fosse algo extremamente bobo... – rolou os olhos.
- Falando desse jeito, você me faz lembrar do fora que eu dei no Harry. – disse enquanto colocava os sapatos no balcão.
- Falando nisso, , você pode me explicar o que foi aquilo? – perguntou depois que elas se afastaram do balcão.
- Não sei, eu fui jogar e, do nada, ele apareceu atrás de mim, eu achei estranho e acabei dizendo a primeira coisa que me veio à mente. – respondeu, ficando sem jeito.
- Mas ele não estava mal intencionado. – defendia o Harry.
- Agora eu já disse, não tem como voltar atrás. – deu de ombros.
- Então vamos, nós ainda temos que procurar a mesa onde os meninos estão. – disse, puxando e pelo braço.
- Ah, eu não sei se vou conseguir olhar para o Tom. – tentava “fugir” do Tom.
- Vai sim! – segurou . – Deus não te deu dois bons olhos à toa! Agora vamos...
- Mas... – relutava.
- Sem reclamações! – deu a palavra final e elas foram procurar os Guys.

Na mesa...
- O clima está um pouco estranho entre a e eu. – Tom comentou depois de um certo tempo na mesa.
- Ela bateu com uma bola de boliche no seu nariz! – Danny arqueou a sobrancelha. – Até se a fizesse isso, o clima ente nós ficaria estranho...
- Eu sei que ela não fez de propósito. – Tom riu fraco.
- Fica tranquilo que as coisas se resolvem... – Danny deu de ombros.
- Acho melhor mudarmos de assunto, que as meninas estão vindo. – Harry disse, fazendo sinal para que as meninas os encontrassem.
- Demoramos muito? – perguntou ao chegar.
- Até que não. – Tom respondeu, olhando para , que desviava o olhar.
- O Harry fez um strip-tease para nos distrair. – Danny brincou enquanto as meninas se ajeitavam em seus lugares.
- A pista de dança daqui é incrível! – comentou ao se sentar, pois a mesa tinha uma vista direta para a pista.
- Você disse que queria ver, então damos um jeito de conseguir essa mesa. – Danny riu carinhosamente.
- Quem vai tocar hoje? – perguntou ao olhar para o palco vazio.
- Na verdade, já tocaram. – Tom respondeu.
- Como assim? – franziu o cenho.
- Vocês já repararam que aqui ao lado tem uma pista de dança? – Harry perguntou arqueando a sobrancelha, sem ter percebido que o assunto já tinha sido tocado naquela conversa.
- Jura que aquilo é uma pista de dança? Eu estava crente que tinha encontrado a entrada para a BatCaverna e já estava cogitando a ideia de fazer uma visitinha ao Batman. – riu ironicamente.
- Vamos explicar melhor para vocês. – Danny disse, se recuperando de seu ataque de risos. – As apresentações no palco aconteceram exatamente na hora em que estávamos jogando boliche.
- E..? – ainda não entendia.
- Para abrirem a pista de dança, eles têm que encerrar as apresentações no palco. – Danny continuou.
- Porque, se a pista e o palco estivessem funcionando ao mesmo tempo, o barulho seria insuportável. – Tom concluiu.
- Ah, mas eu queria ter visto a apresentação de hoje... – fez bico.
- Fica pra próxima. – Tom riu fraco.
- Relaxa, não era ninguém famoso. – Danny olhava ao redor.
- Mesmo assim... – continuava fazendo bico.
- Eu não sabia que aqui era assim... – comentou, mudando o clima daquele momento. - É quase uma boate, só que com uma pista de boliche. – observava o lugar, tentando achar uma maneira de defini-lo.
- Não necessariamente... – Danny disse.
- Como assim? Agora quem não entendeu fui eu. – franziu o cenho.
- A disse que aqui é quase uma boate, mas muitos não consideram ou pensam assim, afinal, a pista de dança daqui não toca apenas música eletrônica. – Danny explicou.
- E o que eles tocam aqui? – perguntou.
- , você não está ouvindo? – Tom entrou na conversa. – É Rock n’ Roll!
- A noite inteira? – sorriu, fascinada.
- ... And party everyday... – cantarolou, aproveitando o trocadilho, mas, aparentemente, ninguém ouviu.
- O DJ escolhe alguns clássicos e faz uma playlist para cada noite... Às vezes, tocam até músicas nossas. – Tom explicou.
- Então ele faz alguns remixes e joga na pista pra todo mundo dançar até não aguentar mais. – Danny riu.
- É uma ótima ideia... – sorriu, aprovando a ideia.
- O bom daqui é que se vocês olharem ao redor, vão perceber vários estilos de Rock e todo mundo tranquilo... – Tom comentou.
- VIVA AO ROCK ‘N’ ROLL! – Danny gritou, fazendo todos do lugar olharem para ele.
- CALA A BOCA, SEU MALUCO! – Alguém gritou em resposta ao Danny.
- Hey, eu pensei que estivéssemos todos tranquilos... – Danny argumentou.
- Não me obrigue a ir até aí e te mostrar a tranquilidade! – A mesma pessoa ameaçou.
- Danny, fica quieto. – tentava não rir.
- Acho que não estamos tão tranquilos assim... – Tom também tentava controlar o riso enquanto , Harry e já tinham desistido de fazê-lo.
- Depois dessa... – Harry olhava para o Danny, que fazia bico.
- Acho melhor a gente procurar o que comer. – disse enxugando algumas lágrimas que tinham se formado enquanto ela ria.
- Mas cadê o cardápio? – perguntou, estranhando e olhando ao redor, procurando um garçom.
- Vocês não estão vendo? – Danny perguntou como se fosse óbvio.
- Ah, eles são invisíveis então? Eu não sabia que a tecnologia tinha chegado a esse ponto. – respondeu.
- Na verdade, agora nós só precisamos pensar na comida, que ela aparece na nossa frente. – acompanhou a brincadeira de .
- Muito engraçadinhas... – Danny riu ironicamente, olhando para as duas.
- É de família! – disse como indireta para o Danny.
- Em resposta à pergunta das duas, os cardápios estão aqui. – Danny apontou para a mesa. - Oi? – achava que Danny tinha ficado realmente louco.
- Calma, meninas, eu explico. – Tom explicava enquanto as meninas prestavam bastante atenção nele. – Apertando esse botão, o painel é ativado. – Apertou um botão na mesa e pequenas telas se acenderam à frente de cada pessoa que ocupava a mesa. – Aqui vocês encontram várias opções de informações sobre o Rock ‘n’ Bowl.
- Que tipo de informações? – perguntou, meio perdida.
- Filiais, telefones, agenda de programação, entre outras coisas. – Tom explicava pacientemente, apontando cada coisa. – Mas o que realmente importa agora é o menu principal.
- Como assim? – perguntou.
- O menu principal é relacionado a essa filial. – Tom respondeu.
- Mostra! – disse admirada com a paciência do Tom em explicar tudo aquilo.
- É só clicar em “Pedidos” e pronto. Aí estão os cardápios. – Tom sorriu, como se tivesse acabado de fazer uma mágica.
- Wow, que legal! – riu.
- Bom, agora que as senhoritas já sabem onde estão os cardápios, o que vão pedir? – Danny perguntou ao vê-las analisando atentamente o cardápio.
- Ainda não decidi, mas acho que não vou comer muito... – deu de ombros.
- Eu também não estou com tanta fome assim. – concordou com .
- Ah, meninas, mais uma coisa... – Tom voltou a falar. – Quando decidirem o que vão querer, é só clicar nesse botão azul, daí o pedido de vocês é enviado e não demoram muito de chegar.
- O que vocês pediram? – perguntou aos Guys.
- Comida. – Danny fez graça.
- Era pra ser engraçado? – rolou os olhos.
- O que vocês pediram? – insistiu na pergunta.
- Nós pedimos... – Tom ia responder, mas Danny tapou sua boca, o impedindo de falar.
- Não precisa dizer nada, Tom, basta dizer que nós pedimos o de sempre. – Danny ainda tapava a boca do Tom.
- E vocês esperam que a gente adivinhe o que é o tal do “de sempre”? – arqueou a sobrancelha.
- Pra quê tanto mistério? – perguntou.
- E pra quê tanta curiosidade? – Danny disse. – Quando os pedidos chegarem, vocês ficam sabendo.
- E vocês, meninas, o que pediram? – Harry perguntou.
- Quando os pedidos chegarem, vocês ficam sabendo. – também não quis dizer.
- Então a curiosidade termina agora, os pedidos estão chegando. – disse, ao ver o garçom se aproximando.
O garçom levou todos os pedidos e os Guys decidiram pagar a conta depois que fossem embora, pois tinham certeza que os gastos da noite não acabariam por ali e existia a opção de pagar por cada coisa que consumissem, à medida que o fizessem. Após a saída do garçom, as implicâncias continuaram.
- Refrigerantes, uma porção gigantesca de batata frita e uma pizza com diversos sabores. – disse ao ver o pedido dos Guys. – Tanto mistério pra isso?!
- O que é? Não podemos fazer umas brincadeirinhas de vez em quando? – Danny deu de ombros.
- Calma, só fiz um comentário... – disse, ficando séria.
- Tom, me corrija se eu estiver errado. – Danny coçava o queixo em sinal de dúvida.
- Fala. – Tom deu de ombros.
- Foi impressão minha ou certas garotas disseram que não estavam com muita fome? – Danny riu ironicamente.
- Não foi impressão sua. – Tom comentou.
- Isso foi uma indireta? – perguntou, olhando para o Danny.
- Eu? Mandando indiretas? – Danny se fazia de desentendido.
- E não há motivos para indiretas, não pedimos tanta coisa assim. – argumentou.
- Você quis dizer que a não pediu tanta coisa assim. – Harry rebateu o argumento de .
- Me desculpem, meninas, mas eu tenho que concordar com eles... – disse.
- ! – e disseram ao mesmo tempo.
- , você pediu uma porção consideravelmente grande de batata frita, um cheeseburger e um copo gigantesco de refrigerante; pediu um hambúrguer enorme, uma porção igualmente grande de batata frita e um milk shake de baunilha. – Tom disse, observando o que as meninas pediram.
- Enquanto a pediu um suco e um sanduíche vegetariano. – Danny completou, como se comparasse os três pedidos.
- Mesmo assim, eu e a não pedimos tanta coisa assim. – disse, ainda tentando se defender.
- De certa forma, elas têm razão. – disse. – Na maioria das vezes que saímos juntas, elas costumam comer muito mais do que isso... Dessa vez, elas só exageraram nas bebidas.
- Muito obrigada. – sabia que tinha razão.
- Mesmo sem tanta fome? – Danny insistiu.
- Vai por mim, eu sei o que estou dizendo. – sorriu brevemente.
- Nós vamos comer ou pedimos comida para ficar olhando? – entrou na conversa, já impaciente com aquela discussão e atraiu os olhares da mesa para ela. – O que foi? Nós realmente vamos continuar discutindo quem pediu mais ou vamos ao que interessa?
- E o que interessa? – Harry perguntou com um ar meio perdido, fazendo todos rolarem os olhos.
- Harry, não dificulta... – acenava negativamente com a cabeça.
- É que às vezes, o HD dele fica meio lento. – Danny riu debochado.
- Olha só quem fala! – Harry rolou os olhos.
- Não entendi o que você quis dizer... – Danny disse um pouco irritado.
- Sério? – Harry aproveitou para tirar sarro, fazendo todos rirem e Danny ficar mais irritado ainda.
- A tem razão, vamos comer logo. – Tom ainda ria com as implicâncias do Danny com o Harry.
- Mas com que finalidade a gente estava discutindo sobre tudo isso? – apontou para ela e as meninas.
- Nenhuma. – Danny respondeu tranquilamente, como se já esperasse por aquela pergunta. - Então tudo isso foi à toa? – achou ridículo.
- Nem tudo... Só fizemos isso pelo prazer de irritar todas vocês. – Danny sorriu descaradamente.
- Isso já é uma finalidade, seu lerdo! – Harry deu um pedala no Danny.
- CALA A BOCA, DANNY! – As meninas gritaram ao mesmo tempo, antes que o Danny ao menos pudesse dizer nada.
- Quer dizer que era para nos irritar?! – disse em tom ameaçador.
- Foi brincadeira... – Danny arregalou os olhos, assustado.
- Brincadeira? – riu maldosa.
- Quem sabe se nós brincássemos com eles agora... – olhou para e como quem quer dizer algo mais.
- Danny, se eu sair vivo daqui, eu mato você. – Tom sussurrou para o Danny, que estava o usando como escudo.
- Na hora de deixá-las irritadas, você bem que ajudou... – Danny disse para o Tom.
- Mas a ideia brilhante foi sua! – Harry disse, já esperando o pior.
- Harry, isso não é hora de me elogiar, você não percebe que nós vamos morrer? – Danny fazia graça.
- Quais são os seus últimos pedidos? – fazia caras e bocas, causando risos entre os Guys.
- Por favor, não joguem nenhum tipo de molho em nós para não manchar nossas roupas. – Danny falou baixo, ainda tentando se proteger atrás do Tom.
- Abusados! – cruzou os braços.
- Ok! – olhou para os Guys e, ao mesmo tempo, as três olharam para as porções de batata frita na mesa. – Vamos mostrar pra eles como ficamos quando estamos irritadas...
- Ai, meu Deus! – Tom fechou os olhos, com medo.
, e avançaram em seus respectivos pares. Depois de muita resistência dos Guys, elas conseguiram colocar batatas em seus cabelos, narizes, atrás das orelhas, dentro das orelhas e em suas bocas.
Aproveitando o momento, tirou uma foto com a câmera do Tom que ela tinha levado sem ninguém saber, tanto para mostrar à no dia seguinte, quanto para guardar de recordação do que ela sabia que se tornaria inesquecível.
- Vocês ainda vão comer isso? – perguntou enquanto conferia as fotos que tinha acabado de tirar.
- Eu estava considerando... – Danny disse após ameaçar comer uma batata que tinha tirado do nariz.
- Eca, Jones! – fez cara de nojo.
- O que foi? Nós podemos dividir, se você quiser. – Danny disse oferecendo a batata que tinha tirado da orelha.
- Hoje vocês tiraram o dia para nos sujar, né?! – Tom riu, relembrando o que tinha acontecido mais cedo.
- Vocês bem que pediram. – também riu.
- Acabei de ter uma ideia. – Danny levantou o dedo, como se pedisse permissão para falar.
- E eu estou começando a ter medo das suas ideias. – Tom disse enquanto tirava as batatas do cabelo.
- Ah, não... Batatas de novo não. – Harry já se lamentava.
- Nem falei nada ainda! – Danny se defendeu.
- Então fale, enquanto eu penso num plano de fuga. – Tom não esperava uma boa ideia do Danny.
- Eu pensei em disputarmos quem come mais rápido, como as meninas fizeram ontem com os morangos, só que agora seríamos nós contra elas. – Danny explicava sua ideia.
- Não acho uma boa ideia. – Tom comentou.
- Por quê? – estava animada com a ideia da competição.
- A última vez que nós fizemos isso, as coisas não terminaram muito bem. – Harry parecia relembrar o momento e Tom concordou com um aceno de cabeça.
- Então vamos comer logo e esquecer o que eu acabei de dizer. – Danny disse um pouco chateado por também lembrar o que tinha acontecido antes com ele e os Guys.
- Se aceitássemos a ideia do Danny não seria algo muito justo. – tentava manter a conversa, mas de uma forma diferente.
- Por que, ? – Tom perguntou.
- Eu pedi menos comida, então, eu iria ganhar. – deu de ombros.
- De certa forma, ela não deixa de ter razão. – concordou.
- Mas isso se resolve fácil... – Danny disse, menos envergonhado.
- Qual a sua ideia agora? – Harry perguntou, meio desacreditado.
- É só a não participar. – Danny disse como se fosse óbvio.
- Hey, isso não é justo! – fez bico. - Você acabou de dizer que se participasse seria injusto. – Danny não entendeu.
- Mas eu queria brincar. – cruzou os braços.
- Você não sabe o que quer... – Danny rolou os olhos.
- , está tudo bem? – perguntou ao perceber que estava deslocada da conversa.
- Não sei... Estou com uma sensação esquisita. – parecia preocupada.
- Por causa da ? – supôs.
- Não sei bem... Talvez sim. – deu de ombros.
- Quer ligar pra saber se está tudo bem com ela?
- Melhor não. – acenou negativamente com a cabeça. – Está tarde, ela e o Dougie devem estar dormido...
- Tem certeza? – insistiu.
- Tenho. – assentiu. – É melhor não incomodar, daqui a pouco essa sensação passa.
- Se você prefere assim... – deu de ombros, deixando de insistir.
Elas voltaram a conversar com os outros, entre muitos risos, mas, apesar de tentar aparentar indiferença, percebia que aquela sensação não iria passar logo.


Twenty - @What’s Going On?


Na McHouse, um tempo depois...

- Tenho que parar de dormir em qualquer lugar... – Dougie tinha se deitado no sofá, mas acordou no tapete e entrou em desespero ao abrir os olhos. – O que está acontecendo? Estou cego?
Depois de muito tempo tentando enxergar alguma coisa, esperando que algo voltasse ao normal, ele tentava achar um motivo para essa “cegueira” repentina.
- Preciso me acalmar, não posso ter dormido bem e acordar cego... Quer dizer, existem casos parecidos e eu acabei de me deixar com mais medo ainda. Obrigado, Dougie. – Dougie se levantava devagar, tentando manter o equilíbrio em meio àquela escuridão, mas acabou tropeçando em algo. – Droga, meu pé! E o pior é que eu nem posso ficar irritado e pôr a culpa em alguma coisa. Meu pé está latejando e eu não faço ideia do que eu chutei... As cortinas! Estou vendo as cortinas! – Dougie sussurrou maravilhado ao perceber as cortinas balançando, graças à luz da lua que atravessava a janela e correu até elas. – Nunca fiquei tão feliz por ver cortinas... Nunca mais faço piadas sobre o Stevie Wonder.
Dougie permaneceu ainda por ali durante alguns minutos, entretido com as cortinas. Não demorou muito para que algo o fizesse voltar à realidade.
- Olhando direito, o que realmente aconteceu foi um blackout e é um daqueles... A rua está completamente escura e eu não estou cego. – Dougie suspirou aliviado. – Será que tem muito tempo que esse blackout aconteceu? Falando em muito tempo, esse silêncio todo aqui em casa está muito estranho... Talvez a ainda esteja dormindo, assim que encontrar a escada, vou ao quarto dela para ter certeza disso.
Dougie parou, pensando em alguma maneira de chegar em segurança ao quarto de , até que ele se lembrou de que na cozinha haviam algumas lanternas, porém não sabia em que lugar da cozinha essas lanternas estavam, nem sabia como chegar à cozinha.

No Rock ‘n’ Bowl...

- Estou com fome... – Danny resmungava sem assunto.
- Eu acho que nós acabamos de comer. – comentou um pouco surpresa.
- Desista, isso aí é um poço sem fundo. – Tom fez todos da mesa rirem.
- Até parece que você vive de vento. – Danny retrucou o comentário do Tom.
- Que barulho foi esse? – perguntou depois de ouvir algo estranho perto dela.
- Culpada! – disse, levantando uma das mãos um pouco sem jeito.
- Tapem os narizes! – Danny riu.
- Foi meu estômago, seu nojento! – explicou, ficando mais sem jeito ainda.
- Desculpa, , mas eu não tinha como saber. – Danny ainda ria.
- Isso foi um ronco de fome? – perguntou, voltando ao assunto.
- Não negue! – apontou de modo ameaçador para .
- Talvez... – tentava disfarçar.
- Aha! – exclamou vitoriosamente e começou a imitá-la. – “Fui eu quem pediu menos comida”.
- Não fiz por mal... – riu brevemente. – Os meninos já gastaram tanto hoje e ainda vão pagar tudo o que gastarmos aqui... Não queria abusar.
- Ok, mas quem convida, é quem paga. – Harry disse.
- Falou que nem a agora... – comentou, deixando sem jeito e maravilhada com essa coincidência.
- Ela só quis ser educada. – Tom sorriu carinhosamente para , como se a entendesse.
- Toma, eu sei que você gosta, sobrou bastante e elas não murcharam ainda. – ofereceu suas batatas para a prima.
- Obrigada. – disse e atacou as batatas.
- , vamos dançar? – Tom perguntou depois de dar uma boa olhada na pista de dança.
- Eu não... – tentou responder, mas estava de boca cheia.
- Não aceito não como resposta. – Tom se levantou, tirando da mesa e saiu correndo em direção à pista, enquanto tentava se ajeitar pelo caminho.
- Eles são fofos... – deu um leve suspiro.
- O Tom queria fazer isso há muito tempo... – Danny comentou.
- Como você sabe? – perguntou, arqueando a sobrancelha.
- Qual cara não quer ficar sozinho com sua garota?! – Danny disse, sentando-se ao lado de que sorriu discretamente.
- Como eu disse, são fofos. – agora se referia a Danny e e se afastou um pouco do casal para não atrapalhar o momento deles.
- Eles são grudentos... – Danny disse por implicância com Tom e , fazendo lhe lançar um olhar reprovador. – O que foi? Eu nem gosto de dançar...
- “I Need a Woman” te diz alguma coisa? – perguntou em tom de desafio. - Uma música que eu ajudei a compor. Por quê? – Danny fez só pra provocar .
- Jones...
- É brincadeira, sua chata. – Danny riu. – Você acha que eu iria esquecer os nossos momentos tão fácil?
- Acho bom... – fez bico.
- Vem cá que eu vou dar um jeito nesse seu biquinho lindo. – Danny se aproximou de atendendo o seu desejo de beijá-la. Harry e se entreolhavam rindo daqueles dois e se perguntando o que os impedia de fazer o mesmo.

Na pista de dança...

- Que pressa, garoto! Eu quase caí descendo as escadas. – disse entre risos ao chegar na pista.
- É que eu queria ficar sozinho com você. – Tom riu sem jeito.
- Espero que tenha boas intenções... – ainda ria.
- Impossível ficar bem intencionado perto de você. – Tom brincou, rindo maliciosamente.
- Tom! – o repreendeu, dando um tapa no ombro dele.
- Foi brincadeira!
- Hum. – estava sem jeito, mas no fundo havia gostado do que tinha ouvido.
- Por que estamos tão separados? – Tom perguntou ao perceber que estavam tocando músicas lentas e que todos os outros casais estavam juntos.
- Eu não sei... – respondeu ao perceber o mesmo.
- Já sei! Você não sabe dançar... – Tom provocou.
- Para sua informação... – respondia, mas Tom a interrompeu.
- Vem logo pra cá! – Tom puxou pela cintura para perto dele, deixando-a sem fôlego e começou a conversar com ela ao pé do ouvido. – Desculpa pela maneira que eu te tirei da mesa e te trouxe pra cá.
- Tudo bem, foi até engraçado... – tentava disfarçar o nervosismo enquanto Tom ria, relembrando a cena.
- Espero ter te feito feliz hoje... – Tom fechou os olhos, aproveitando o momento.
- Você sempre me deixa feliz – envolveu um pouco mais os braços em volta do pescoço do Tom, mas se assustou ao não obter nenhuma resposta dele. – Tom... Tom? TOM?!
- Oi! Desculpa, minha mente ficou um pouco distante por um momento. – Tom explicou.
- Você disse que queria ficar sozinho comigo, mas me trouxe para uma pista de dança com tanta gente. – riu da possível confusão do Tom.
- Você entendeu o que eu quis dizer... Eu adoro juntar todo mundo, é muito divertido, mas eu precisava de um momento só nosso, afinal, é seu aniversário. Já pensou? Um aniversário sem nenhum momento nosso de recordação?! – Tom ainda pensava na história daquele ser o primeiro e último aniversário dela que os dois passariam juntos, mas guardou o pensamento para si.
- Você tem razão... – comentou, sentindo-se confortável nos braços do Tom.
- E além do mais, nós mal conseguimos ficar sozinhos hoje. – Tom completou.
- E aquela hora no seu quarto? – perguntou, olhando para o Tom.
- Eu já estava com saudades... – Tom disse, se aproximando para beijar .
- OMG! – exclamou ao ouvir a introdução de “The Way You Make Me Feel”.
- O que foi? – Tom não havia percebido a música que tocava e não fazia ideia do motivo de tanta euforia.
- Eu amo essa música! – estava com os olhos brilhando.
- Então chega mais perto que eu canto pra você. – Tom puxou para perto e ela, automaticamente, envolveu seus braços no pescoço dele e ele começou a cantar.
No final, os dois acabaram fazendo um tipo de dueto romântico, mas os dois pararam antes do segundo refrão, quando Tom voltou a falar:
- Quero que você saiba que eu realmente não me importo com nada que você fez que possa te envergonhar de tê-lo feito... Eu só posso dizer que eu sinto orgulho da garota que vejo agora e é com ela que eu quero ficar. Não me importo com o que vai acontecer daqui a alguns dias, você tem um lugar no meu coração e ninguém vai tirar você de lá. – Tom disse rapidamente, quase sem pensar, fazendo com que não resistisse e o beijasse, desejando que o que eles estivessem vivendo naquele momento não terminasse em dois dias.

Na McHouse...

- Que saco procurar por essas lanternas! Pelo menos, elas estão com bateria e funcionando... Eu já estava enlouquecendo aqui nessa cozinha. – Dougie testava as lanternas, indo em direção à sala. – Essa escuridão já está começando a me assustar... Ah, garota, o que eu não faço por você?
Dougie terminou de testar as lanternas, deu uma checada na sala e subiu para o quarto de . Dessa vez, ele não se anunciou.
- Depois o preguiçoso aqui sou eu... – Dougie iluminou um pouco o quarto e percebeu que ainda dormia. Também percebeu que a janela estava aberta e foi fechá-la. – Essa menina parece que é maluca... Minha maluquinha.
Dougie sorriu carinhosamente, sentando-se na cama e tomando cuidado para que a luz da lanterna não incomodasse , mas se assustou ao tocar o rosto dela.
- Caramba, ela está gelada! – Dougie puxou os cobertores que cobriam para verificar a temperatura do resto do corpo dela. – Tontura, dor de cabeça, o frio que ela já estava sentindo antes... Ela me parecia tão melhor desde a última vez que eu estive aqui e agora ela está com um tipo de hipotermia? Não entendi nada! Estou aqui sozinho com ela e ainda correndo o risco que ela piore... Será que se eu ligar para um médico, eu consigo ajuda? O pior é que eu nem sei se esse blackout foi geral. – Ele andava de um lado pro outro, sem saber o que fazer. – Preciso ficar calmo, desesperado eu não vou chegar ao lugar nenhum... Eu vou tentar, eu vou tentar!

Dougie cobriu novamente e saiu do quarto, descendo as escadas o mais rápido que pôde até chegar à sala.
Na sala, ele demorou muito para encontrar o telefone, que estava perdido no meio das almofadas do sofá.
- Achei! Finalmente te achei! – Dougie abraçou o telefone. – Ah, não... Não vai me dizer que depois de todo o trabalho que eu tive, você está descarregado! O que eu faço agora? Espera, meu celular! Mas eu não faço ideia de onde ele está... – Ele choramingou, se sentindo um inútil.
Dougie continuou se culpando pelo estado de ter piorado e a se odiar por não ter deixado que as meninas ficassem em casa tomando conta dela, principalmente pelo fato de que poderia ser muito útil naquele momento.
- Não sei se vai funcionar, mas vale a pena tentar. – Ele pensou alto depois de ter uma ideia. Dougie pegou uma das lanternas e correu de volta para o quarto de , tirando-a da cama em seus braços, com a pretensão de levá-la para a sala.
- Tenho que dar um jeito nisso. – Dougie posicionou melhor em seus braços e deu um jeito de conseguir iluminar o caminho com a lanterna que estava em uma de suas mãos.
Quando conseguiu terminar de descer as escadas, Dougie colocou deitada no sofá maior. - Calma, você vai ficar melhor. – Dougie tocou no rosto de , que tremia de frio. – Preciso acender a lareira e dar um jeito nisso.
Dougie acendeu a lareira e em seguida foi até seu quarto pegar alguns cobertores e passou pelo quarto de , fazendo o mesmo. Voltando para a sala, fechou todas as janelas e cortinas para manter a casa aquecida, desligando as lanternas, que não eram mais necessárias, já que a lareira iluminava toda a sala.
- Acho que assim está bom... Prometo que você vai melhorar. – Dougie fez uma espécie de cama com as almofadas e cobertores perto da lareira, depois carregou e tirou-a do sofá, colocando-a na cama improvisada, mesmo com medo daquilo tudo não dar certo. – O pior é que ela parece não reagir... – Dougie parou um pouco e teve uma outra ideia que poderia ajudar a melhorar, mas tinha receio de ser repreendido pelo que iria fazer. – Mas ela pode ficar melhor assim... Deus sabe que eu tenho as melhores intenções com isso.
Dougie tirou toda a sua roupa, ficando apenas de cueca e deitou-se junto a , de forma que seu corpo se encaixasse perfeitamente no dela.
- Tomara que dê certo... Eu estou aqui, vou cuidar de você e você vai ficar boa, prometo.

No Rock ‘n’ Bowl...

- Cantamos a música quase toda... – sorriu ainda abraçada ao Tom.
- Fizemos um belo dueto... – Tom sorriu, deixando evidente sua covinha. – Até que você canta bem.
- Que elogio sem graça, parece até prêmio de consolação... – rolou os olhos.
- Foi brincadeira... – Tom deu um selinho em .
- Então, eu canto bem ou não? – insistiu.
- Melhor do que cozinha. – Tom fez graça.
- Tom! – se afastou do Tom, fazendo bico.
- Tô brincando! – Tom deu outro selinho em , a puxando de volta para perto dele. – Canta bem e beija melhor ainda.
- Estou começando a achar que essas suas implicâncias são só para roubar alguns beijos. – sussurrou, deixando Tom arrepiado.
- Como você adivinhou?
- Seu interesseiro!
- E é bom saber que você sabe cantar nossas músicas... – Tom comentou.
- Não sou fã do McFLY à toa...
- Só do McFLY? – Tom fez manha.
- Você sabe que é meu favorito. – deu um sorriso meigo.
- Não sei, mas se você me der uns beijinhos, quem sabe eu acredite no que você está dizendo... – Tom se fazia de desentendido.
- Bobo! – riu.
- Apaixonado e, para informação da senhorita, eu fico feliz só de poder ficar assim bem perto de você. – Tom suspirou um pouco triste.
- Você disse que sentia orgulho de mim... – Os olhos de brilharam só de lembrar do que o Tom tinha dito anteriormente.
- Sentia não, sinto!
- Mas você não gostava de mim. – relembrou o começo de McHouse.
- Não é que eu não gostasse, mas certas atitudes suas me distanciavam de você. – Tom se justificava.
- Me desculpa. – esboçou um sorriso.
- Você não tem que se desculpar, você tem que se orgulhar de ter reconhecido seus erros, de ter consertado todos eles e de se orgulhar de quem realmente você é.
- Uma garota fútil e materialista? – se sentia envergonhada.
- Não, uma garota linda, que comete erros, que tem defeitos e qualidades, como todo mundo, às vezes tem o olhar triste, às vezes faz coisas apenas por medo de não ser aceita, mas que talvez só precise ser amada e estar cercada das pessoas que realmente querem dar o amor que você precisa. – Tom sorriu.
- Tem certeza do que está dizendo?
- Com a mesma certeza do que eu sinto por você... – Tom afagou o rosto de .
- Acho que devo boa parte do que sou hoje às meninas. – deu de ombros.
- Eu diria que você deve isso a si mesma. A garota que vejo agora já existia há muito tempo, só precisava de uma oportunidade para poder se mostrar. – Tom disse.
- Pode até ser, mas as meninas bem que deram um empurrãozinho... – se aproximou novamente do Tom.
- Eu sei, não estou desmerecendo o esforço delas, mas que grande parte dessa mudança se deve a você mesma, é uma verdade... – Tom realmente se sentia orgulhoso.
- Não sei como conseguia ser daquele jeito. suspirou meio triste.
- Esquece isso... – Tom abraçou , que apoiou a cabeça no peito dele e ele logo sentiu uma lágrima molhar sua camisa. – O que foi?
- Não é nada. – tentou disfarçar.
- Não é nada de você realmente não ter nada ou não é nada que eu posso saber? – Tom segurou pelos ombros, tentando decifrar suas expressões.
- Deixa pra lá...
- Você estava tão feliz, me conta o que aconteceu... Ou você chorou porque sentiu o cheiro do meu desodorante? Bem que eu disse para o Danny que estava vencido, mas ele... – Tom fazia graça.
- Ew! – riu.
- Pelo menos eu consegui um sorriso... Me conta o que aconteceu, confia em mim. – Tom sorriu de modo compreensivo, segurando uma das mãos de .
- Tom, os dias estão passando e você sabe que... – estava com a voz embargada.
- É, eu sei... – Tom desviou o olhar do olhar de .
- Não quero que você se sinta mal, mas... Quando eu vim pra cá, eu não imaginava que tudo isso iria acontecer, quando eu percebi o jeito como você reagia quando eu estava por perto, mesmo sendo por causa de algumas atitudes minhas, tive certeza que nada disso iria acontecer, mas as coisas mudaram, nós nos aproximamos e a cada dia que passa, eu estou mais ligada a você... – chorava enquanto explicava. – Quando eu vim pra cá, era apenas uma fã, uma menina em busca de novas experiências para uma vida que já não tinha tanta graça, agora, sou uma mulher lutando para não perder o que conquistou.
- Eu te amo. – Tom sussurrou com a voz embargada.
- E o pior é que... – se interrompeu ao ter percebido o que o Tom tinha dito. – O quê? - Eu te amo. – Tom repetiu com a voz mais firme.
- Por favor, não diz isso se você não tem certeza... – abaixou a cabeça.
- E você ainda duvida disso? – Tom sorriu, afagando o rosto de , que parecia que estava com a respiração um tanto ofegante.
- Tom, por favor, não brinca desse jeito.
- Você acha que é brincadeira? Então me diz se isso é brincadeira... – Tom, sem perder tempo, envolveu em seus braços e a beijou, não dando oportunidade para que ela pudesse argumentar.

Na sacada...

Um pouco acima da pista de dança, e Danny, que haviam saído da mesa para deixar e Harry um pouco a sós, conversavam sobre o clima de romance.
- Como eu disse, a está realmente feliz e isso me deixa feliz. – sorriu ao ver Tom e dançando juntos.
- Com o Tom não é diferente, não o vejo assim há um bom tempo. – Danny também sorria. - Formam um belo casal. – comentou.
- Falando em casal, o que você me diz daqueles dois ali? – Danny apontou discretamente para a mesa onde e Harry conversavam aparentemente tranquilos.
- Bom, eles estão demonstrando ser bastante orgulhosos, mas um dia eles se acertam... Não sei quando, mas vão se acertar sim. – disse entre risos. – Alguém vai ter que dar o braço a torcer um dia.
- Se você não se incomoda, eu não estou tão interessado em conversar sobre esses quatro. – Danny sorriu malicioso.
- E sobre o que você quer conversar? – sorriu em resposta ao sorriso do Danny.
- Eu realmente preciso responder?! – Danny se aproximou para beijar .
- Que bom que você está interessado em outros assuntos, preciso conversar uma coisa com você... – disse, estragando qualquer clima para beijo, deixando o Danny um pouco perdido.
- Então diz... – Danny se afastou um pouco, percebendo que o assunto era sério.
- Eu... – ia começar o assunto, mas Danny a interrompeu.
- Já sei sobre o que você quer conversar! Sobre filhos!
- Filhos? – franziu o cenho.
- É, os nossos filhos! Eu quero uma dúzia de mini-Jones... – Danny sorriu, imaginando.
- O quê?
- Se você está achando pouco, nós podemos ter uns vinte, minha mãe vai ficar super feliz... – Danny se divertia com as expressões de .
- Como assim? – continuava sem entender nada.
- Fica tranquila, eu já ficaria feliz se você me desse uma menininha com olhos tão lindos quanto os seus. – Danny sorriu carinhosamente para , deixando-a ruborizada.
- É bom saber sobre o seu entusiasmo sobre ter filhos, mas o assunto aqui é outro, além de ser cedo demais para falarmos sobre isso... – não acreditava na conversa que tinha acabado de ter com o Danny.
- Então fala, porque eu fiquei curioso...
- Danny, porque você me pediu em namoro? – perguntou com receio da resposta.
- Porque eu gosto de você e porque eu não queria que você fosse só mais uma pra mim. – Danny olhava nos olhos de .
- Você disse isso para todas as suas outras namoradas? – parecia incomodada com algo.
- , todas as namoradas que eu tive até hoje, tinham algo de especial, algo que me conquistou... Assim como você e eu estou com você agora, não tenho motivos para falar de “outras”. – Danny ficou confuso com aquelas perguntas.
- E, assim como com as outras, quando o interesse acabar, você vai me deixar? – estava quase chorando.
- Em primeiro lugar, você não sabe porque eu terminei os meus outros relacionamentos e em segundo lugar, me diz onde você quer chegar com essa conversa, porque você está me assustando. – Danny segurava pelos braços de frente pra ele.
- Me desculpa, estou confusa... – desviou o olhar.
- Então me diz o que está te deixando assim, senão eu não vou poder te ajudar... – Danny insistiu.
procurou as palavras certas a serem usadas, enquanto Danny permanecia em silêncio, esperando.
- Sempre fui apaixonada por você. Desde quando soube da existência do McFLY, você foi quem mais me encantou, seus olhos, seu sorriso, seu jeito brincalhão... – sorriu com as lembranças daqueles primeiros momentos. – Quando dei por mim, percebi que não precisava estar de olhos fechados para sonhar com você. Mesmo de olhos abertos, eu chegava a lugares que eu nunca imaginei que meus sonhos pudessem me levar... Coisa de fã.
- Tem certeza? – Danny a ouvia atentamente.
- Eu não sei, acho que sim. – deu de ombros. Achava que aquilo era comum, de certa forma. – Depois de um tempo, eu comecei a me sentir diferente, mesmo sabendo que existiam tantas outras garotas apaixonadas por você, algo dentro de mim dizia que eu estaria aqui vivendo tudo isso, que eu conseguiria o que muitas não conseguiram. – Ela enxugava discretamente suas lágrimas, tentando manter o controle. – A era a única pessoa que ouvia meus sonhos e delírios apaixonados sem reclamar nem julgar, mas muitos riram de mim, tentando me desencorajar, até que eu parei de falar sobre isso.
- Mas não deixou de sonhar. – Danny parecia entender.
- Soubemos da promoção, fizemos o vídeo, vencemos... – relembrava os momentos. – Nem me lembro quando foi a última vez que fiquei tão feliz.
- Posso até imaginar... – Danny sorriu.
- O pior é que você não pode... A felicidade foi além das expectativas! O que vivemos aqui foi além das expectativas. E o que realmente me incomoda, é que daqui a uns dias nós vamos sair pela mesma porta que entramos e vamos dar de cara com a realidade da qual estamos tentando fugir. – tinha um leve tom de raiva na voz. – Por que vocês nos enchem de esperança?
- E porque você se refere a todas ao invés de se referir a você? – Danny olhava diretamente para .
- Porque eu sei que todas nós vamos sofrer, algumas mais do que as outras, mas todas nós vamos sofrer. – já imaginava o que poderia acontecer quando elas fossem embora.
- Olha, sem querer ser indiferente, mas já sendo, a , a e a dizem respeito ao Harry, ao Tom e ao Dougie, minha questão é com você e só com você. – Danny ficou sério. – Os assuntos deles são os assuntos deles, os nossos assuntos são os nossos assuntos.
- Então me diz por que você me pediu em namoro, sabendo que esse namoro não iria durar mais que alguns dias? – falava enquanto Danny permanecia em silêncio. – Por que me enche de esperanças, sabendo que não vamos ficar juntos quando a promoção terminar? Por que me faz acreditar que existe nós dois, enquanto as coisas não conspiram ao nosso favor? E porque você se aproximou de mim se, diante disso vou sofrer quando tiver que deixar tudo o que conquistei... Por que, Danny? Por quê?
- Porque eu queria que você fosse minha! – Danny aumentou o tom de voz, fazendo se calar. – Porque no dia em que percebi que sentia algo diferente por você, não conseguia imaginar mais ninguém ao seu lado que não fosse eu!
- Mas nós não vamos poder ficar juntos...
- E você quer que eu desista de você? – Danny tentava fazer acreditar no que ele sentia.
- Eu não... – tentava argumentar.
- E nem que você me pedisse, eu faria isso. – Danny sorria, acariciando o rosto de . – E tem mais uma coisa que você precisa saber...
- Será que o meu coração aguenta? – brincou, tentando deixar toda a sua insegurança de lado.
- Eu te amo. – Danny segurou uma das mãos de .
- Danny, não faz isso. Não me ilude ainda mais... – tremia.
- Eu te amo! – Danny se aproximou de .
- Daqui a alguns dias eu... – estava nervosa por estar tão próxima da boca do Danny. - Esquece daqui a alguns dias e viva o agora... – Danny disse e finalmente beijou . A calma que aquele beijo trouxe a fez com que ela finalmente começasse a acreditar que aquele romance com o Danny não ia terminar no momento em que ela saísse pela porta da McHouse. Naquele momento, ela finalmente se sentiu otimista.

Na mesa...

- Vocês são loucos! Cada coisa que vocês inventam... – não acreditava no que tinha acabado de ouvir.
- Alguns momentos das turnês às vezes são chatos, temos que arrumar uma distração. – Harry ria.
- Tá, mas... Arremesso de meleca? – ria.
- Ideias do Dougie. – Harry deu de ombros.
- Eu jurava que era do Danny... – comentou.
- Hey, o Danny não é a única mente brilhante por aqui. – Harry disse com uma pontinha de ciúmes na voz.
- Desculpa, foi só um comentário... – ainda ria, mas não tanto quanto antes.
- Gosto de quando você ri assim. – Harry sorriu carinhosamente para .
- Estou feliz, hoje é uma noite especial. – olhou rapidamente para a pista de dança e a sacada.
- Aproveitando que você está de bom humor, me diz o porquê do clima estranho entre nós no começo da noite... – Harry sorriu meio sem jeito de tocar naquele assunto.
- Não sei muito bem, mas me desculpe por aquela hora quando estávamos jogando boliche. – colocou sua mão por cima da mão do Harry. – Não deveria ter agido daquela forma.
- Tudo bem. – Harry segurou firme a mão de .
- Você queria me ensinar a jogar boliche enquanto ficou em último lugar na classificação geral... Desculpa dizer, mas você é muito ruim! – tentava não rir.
- Obrigado pelo apoio! – Harry disse, fazendo ter um novo ataque de risos.
- Disponha... – continuava com as gracinhas.
- E o pior é que você tem razão. – Harry comentou enquanto ficava praticamente sem ar de tanto rir.
- Eu sei disso! – recuperava o fôlego. – E me desculpa pelo resto das coisas que eu disse ao longo da noite...
- Tudo bem! – Harry deu de ombros.
- É que às vezes você me tira do sério... – justificou.
- Bom saber... – Harry disse sentando-se ao lado de .
- Engraçadinho. – riu sem jeito. – Já sinto saudades...
- De quê? – Harry não entendeu.
- De tudo isso aqui. – abaixou o olhar.
- Nós podemos voltar outro dia. – Harry tentou animar .
- Não é daqui que eu estou falando, estou falando da casa, de você, dos nossos momentos, estou com saudades até do dia em que fizemos o vídeo que resultou em tudo isso...
- Pensando no dia em que vocês vão embora, não é? – Harry pareceu entender.
- E teria como não pensar? Mesmo se eu adiasse, em algum momento eu teria que pensar nisso. – encostou a cabeça no ombro do Harry.
- Mas precisava ser hoje? – Harry acomodou melhor em seus braços.
- Como eu disse, não tinha como adiar. – suspirou.
- Você quer conversar sobre isso? – Harry percebia o desconforto de .
- Eu não sei... Acho que não. – não queria ficar triste.
- Então tá. – Harry deu de ombros.
- Credo! Não vai nem insistir? – olhava para o Harry.
- Você acabou de dizer que não queria falar! – Harry achava graça.
- Mas você podia ter insistido um pouquinho... – fez bico.
- Eu já sabia que você queria conversar. – Harry beijou a bochecha de . – Só não insisti porque eu queria ver a sua reação.
- Agora eu não vou falar mais nada! – se afastou do Harry.
- , para com isso... – Harry puxou de volta para perto dele. – Você sabe que eu sempre estou disposto a te ouvir, agora deixa de ser orgulhosa e conversa comigo.
- Foi tudo tão rápido... – resolveu falar depois de um tempinho.
- Ao que você se refere, exatamente? – Harry perguntou.
- Tudo! Desde o começo... – sorriu. – Quando soubemos que tínhamos vencido a promoção, foi uma sensação indescritível! Achei que as saídas de som do meu computador iriam explodir de tantos gritos que demos durante aquela videoconferência.
- Que cena... – Harry sorria, imaginando.
- Era difícil acreditar que, de tantos vídeos, o nosso tinha sido o escolhido. Depois nós viemos pra cá, só que antes de chegarmos na casa, recebemos um monte de instruções de coisas que podíamos fazer e coisas que não podíamos nem pensar em fazer. – riu fraco. – Tudo o que poderia acontecer na “rotina” que teríamos com vocês. Até o Fletch estava naquela reunião.
- Não duvido. – Harry comentou.
- Naquele dia, nós aceitamos tudo, sem nenhum tipo de objeção. Também, nenhuma de nós imaginava nem metade das coisas que aconteceram aqui. – deu de ombros.
- E o que vocês esperavam? – Harry franziu o cenho.
- Chegar aqui, construir uma amizade com vocês, saber mais ou menos como vocês são no dia-a-dia, se divertir... – ficou de frente para o Harry. – Ninguém imaginava chegar aqui e ficar exatamente com seu guy favorito, seria até pretensioso da nossa parte... Claro que cada uma de nós tinha suas esperanças, mas nós preferimos mantê-las em segredo, afinal, ninguém aqui queria ser rejeitada e o que já tínhamos era bom até demais.
- E porque tudo isso? – Harry parecia não entender.
- Harry, pensa comigo: Se, de todos nós, só um casal se formasse, isso seria normal. Como a e o Danny, que foram os primeiros a se aproximarem, mas se formaram os quatro casais: e Tom, e Dougie, e Danny, eu e você... Os pares formados do jeito que cada uma queria, isso é surreal! Acho que, se um dia contarmos tudo o que aconteceu, é capaz ninguém acreditar. – desviou um pouco seu olhar do olhar do Harry.
- Você tem razão. – Harry riu fraco.
- Quando a gente tiver que ir embora e deixar tudo isso pra trás... – abaixou a cabeça. - Por que você pensa assim? – Harry lamentou.
- Porque é a verdade, nós vamos embora e vocês vão voltar para a vida que tinham antes. Depois de alguns dias, talvez meses, McHouse vai ser uma memória distante pra vocês dois. – mordeu o lábio inferior, tentando não chorar.
- Pra quê tanta dureza? – Harry estava ficando triste.
- Só estou sendo realista... – deixou uma lágrima escapar de seus olhos.
- Toma cuidado para que esse realismo não te destrua. – Harry enxugou a lágrima do rosto de .
- Harry, uma das coisas que estavam escritas no contrato que nós assinamos e que nos foi recomendado antes de irmos para a McHouse, era para que não nos envolvêssemos com vocês e você sabe muito bem em que sentido eu estou falando. – voltou a abaixar a cabeça.
- Você acha que um contrato ou o que pessoas disseram, vão me impedir de ficar com você? – Harry levantou o rosto de .
- Diz isso agora que eu estou aqui... – rolou os olhos.
- Está duvidando do que eu sinto? – Harry ficou sério.
- Não é isso, eu... – tentou argumentar.
- Quem é que fica cantando enquanto cozinha? Músicas que eu não faço ideia de quem são, por sinal... O que chega a ser estranho. Quem tem um jeitinho de coçar o nariz que eu nunca vi igual? Que, se chorando é linda, sorrindo me deixa sem ar? E quem é que, com o passar dos dias, me conquista ainda mais? – Harry estava sendo sincero.
- Assim eu fico sem resposta. – sorriu, bastante nervosa.
- Mas eu ainda não acabei. – Harry passou a mão no cabelo de .
- Estou ficando sem jeito... – Sem perceber, coçou o nariz exatamente da maneira que Harry tinha dito que gostava de ver, mais nervosa ainda.
- Essas são as palavras que eu achei que não diria por muito tempo até conhecer você... Pode parecer muito cedo para dizê-las, mas eu tenho certeza que vou me arrepender se não disser. – Harry disse, fazendo o olhar apreensiva. – , eu te...
- Por favor, não! – interrompeu Harry.
- O que foi? O que fiz de errado? – Harry se assustou.
- Eu sei o que você queria dizer e eu não quero ouvir. – tremia.
- Você não sente o mesmo por mim? – Harry abaixou a cabeça, sentindo-se um idiota.
- Não é isso... Se você disser, eu vou acabar acreditando e eu já estou envolvida demais com você. – respondeu, triste.
- E qual é o problema disso? – Harry insistiu.
- O problema é que, quando eu estiver em casa, sentindo sua falta, você não vai estar lá para me confortar. Não quero me sentir como eu me sentia quando o Richard me decepcionava... – estava triste pela reação do Harry, mas não queria mentir.
- Eu entendo que você ainda não esteja ou não se sinta preparada... – Harry se aproximou de , olhando fundo em seus olhos. – Agora eu quero que você entenda uma coisa: Eu não sou o Richard.
Harry envolveu sua mão na nuca de , fazendo com que suas bocas se encontrassem. sentiu o hálito quente do Harry, que a deixava sem ação, ele não perdeu tempo e a beijou.

Na McHouse...

Dougie dormia tranquilamente com , mas acordou assustado depois de um pesadelo. - Não! – Dougie exclamou, levantando-se abruptamente. – Que pesadelo estranho, essa escuridão está começando a afetar minha cabeça... Pelo menos, eu não acordei a ... Acho melhor eu dar um jeito nessa lareira antes que o fogo apague.
Dougie se levantou desajeitado e cuidadosamente foi até a lareira enquanto dormia tranquila.
- Até que não é tão ruim... – Dougie observava a sala iluminada apenas pelo fogo da lareira. – Ela parece estar melhor... Hey! Minha ideia deu certo! Eu sou demais!
Dougie comemorava a visível melhora de e acabou queimando o dedo. Quando tentou sair de perto da lareira, quase caiu em cima de e prendeu a respiração quando percebeu que ela estava quase acordando, mas ela não despertou.
- Que bom que agora está tudo bem, tive tanto medo que as coisas piorassem e você não reagisse. Agora eu só preciso ver esse seu sorriso lindo, que a minha felicidade vai estar completa. – Dougie afagava os cabelos de quando percebeu que ela estava um pouco descoberta. – Deixa eu puxar um pouco esses coberto... res. – Dougie ficou meio sem jeito ao reparar que a camisola de era um pouco transparente. – Eu... – Ele ainda olhava. – Não posso continuar olhando, não é certo.
Dougie fechou os olhos, mas era inegável que ele sentia um grande desejo por .
- Meu Deus, como uma camisola pode mexer tanto comigo, ou melhor, o que está dentro da camisola... Estou pensando besteira demais, eu tenho que me controlar e a merece respeito. Vou subir e tomar um banho frio... Bem frio!
Incomodado com seus pensamentos, Dougie pegou uma das lanternas e subiu para seu quarto sem olhar para trás, deixando intocável na sala.

Algum tempo depois...

- Bem melhor! Só espero que, quando ver a , tudo continue assim. – Dougie descia as escadas enxugando os cabelos e se assustou ao ver que não estava deitada. – Cadê ela? - Oi! – se fez notar na sala.
- Onde você estava? – Dougie estava feliz por ver acordada e bem.
- Na cozinha, acordei com fome. – sorria.
- Morangos? – Dougie correspondeu ao sorriso de .
- E eu tive escolha? – disse, sentando-se onde estava deitada anteriormente, com uma tigela de morangos nas mãos.
- Se sente melhor? – Dougie sentou-se perto de , jogando a toalha no sofá.
- Muito melhor do que quando eu fui dormir, mas tem algumas coisas que não estão fazendo sentido... – olhava ao redor.
- Já imagino o que seja... – Dougie pegou um morango da tigela.
- Como eu vim parar aqui? E porque está tudo escuro? – estava confusa.
- Não vai perguntar por que a lareira está acesa? – Dougie perguntou.
- É óbvio que é para iluminar e aquecer a casa... Quando eu fui na cozinha, estava frio por lá... O que foi? – não entendia a reação do Dougie. – Eu não sou loira!
- Hey! – Dougie resmungou.
- Desculpa, eu quis dizer que eu não sou burra. – tentou se defender.
- Como é? – Dougie cruzou os braços.
- Desculpa! Eu não quis dizer isso, eu quis dizer que eu não sou lenta! Quer dizer... Ah! Eu não sei mais o que dizer... – se atrapalhava ainda mais.
- Você sabe que eu posso te processar por isso, né?! – Dougie arqueou a sobrancelha.
- Eu não tenho nada contra pessoas loiras, a é loira e eu adoro ela, além de ser muito inteligente. – deu de ombros.
- Só a ? – Dougie perguntou.
- Tem o Tom, que é um nerd fofo. – sorriu.
- E sobra alguém? – Dougie se fez de desentendido.
- Acho que não, são só esses mesmos... – brincou, deixando Dougie emburrado. – Hey!
- Só existem o Tom e a ... – Dougie fez birra.
- Eu estava brincando, você sabe que eu não iria me esquecer de você... Você é o meu pequeno, lembra? – sorriu e abraçou o Dougie.
- Ai! – Dougie reclamou de dor.
- O que foi? – perguntou assustada.
- É que você esbarrou no meu dedo... – Dougie sacudia a mão tentando aliviar a dor.
- O que aconteceu com ele? – pegou delicadamente a mão do Dougie, tentando ver o dedo machucado.
- Eu queimei na lareira. – Dougie deu de ombros.
- Brincando com fogo, hein?! – disse de modo brincalhão.
- Foi sem querer... – Dougie disse.
- Dizem que quem brinca com fogo... – dizia.
- Acaba se queimando? – Dougie completou.
- Faz xixi na cama. – riu ao corrigir.
- Ah, não precisa se preocupar, eu sempre durmo de fralda. – Dougie disse e acabou rindo da própria piada.
- Não está com frio? – perguntou.
- Como? – Dougie não entendeu.
- Perguntei se você não estava com frio, já que você está só de cueca e com o cabelo encharcado. – estava sem jeito por ter reparado no corpo do Dougie.
- Não, está tudo bem. – Dougie riu fraco. – Mas, mesmo que eu quisesse, não poderia vestir minhas roupas.
- Por quê? – franziu o cenho.
- Porque eu não sei onde minha bermuda foi parar e você está usando minha camisa. – Dougie sorriu ao ver usando sua camisa.
- Quando acordei, ainda sentia um pouco de frio e o que eu estava usando era um pouco fino demais. – sorriu, disfarçando que tinha ficado ruborizada. – Posso tirar, se você quiser...
- Fica com ela. – Dougie disse.
- Mas... – fez menção de tirar a camisa.
- Fica com ela. – Dougie insistiu. – Ficou ótima em você, talvez até melhor do que em mim.
- Então tudo bem... – estava feliz com todo o cuidado do Dougie, mas estava nervosa por não conseguir parar de olhar para o corpo dele e saber que ele podia perceber aquilo a qualquer momento. – Você ainda não me respondeu o que eu te perguntei...
- O quê? – Dougie também estava entretido em seus pensamentos.
- O que tinha acontecido pra eu parar aqui... – não estava tão preocupada com isso, mas precisava ocupar a mente com outros assuntos.
- Ah, sim! Eu explico. – Dougie se aproximou de . – Estamos sem energia por causa de um blackout que eu não faço ideia de quando começou porque eu estava dormindo.
- Preguiçoso! – brincou.
- O seu estado não era tão diferente do meu, preguiçosa! – Dougie disse, fazendo rir. – Quer dizer, você não estava se sentindo bem.
- Vamos concluir que os dois não viram quando aconteceu o blackout. – disse bem-humorada e Dougie concordou.
- O ruim disso é que o blackout aconteceu no bairro inteiro, aparentemente. – Dougie pareceu lamentar. – Pode ser que demore até a energia voltar.
- Pode ter afetado outros bairros? – se preocupou.
- Talvez... Não tive como saber.
- Será que o pessoal está bem? – imaginava o que poderia estar acontecendo. – Alguém ligou?
- Acho que não.
- Como assim, acha?
- Ligando ou não, não teríamos como saber, o telefone está descarregado e eu não me lembro de onde joguei meu celular. – Dougie explicava e a preocupação de aumentava. – Fica tranquila, com certeza, o lugar onde eles estão deve ter algum tipo de gerador, eles vão ficar bem.
- Será?
- Está tudo bem, você não precisa ficar tão aflita, todos já são bem grandinhos e sabem se virar. – Dougie deitou em seu colo.
- Ok, agora me explica como eu vim parar aqui. – manteve o rumo da conversa.
- Isso é mais complicado... Quando eu acordei e percebi o que estava acontecendo, fui até o seu quarto para saber se você estava bem. Aparentemente, você parecia bem, mas quando cheguei mais perto e toquei em você, você estava gelada. Pela falta de telefone e qualquer outro meio de comunicação, acabei decidindo cuidar de você sozinho. Trouxe você pra cá, peguei alguns cobertores, montei essa “cama”, acendi a lareira, fechei as cortinas, deitei você aqui e... – Dougie parou de falar.
- E..? – queria saber o resto e não entendia o porquê da hesitação do Dougie.
- Tirei a roupa e me deitei do seu lado. – Dougie disse com muito receio de ser repreendido, então tratou de se explicar. – Mas foi por uma boa causa, eu queria que você melhorasse logo e eu não tive ideia melhor.
- Você tirou a roupa e dormiu comigo? – disse num tom que beirava a malícia. – É só eu dormir para toda ação acontecer.
- Para com isso... – Dougie ficou sem jeito.
- Tá bom, mas obrigada por ter cuidado de mim, você foi incrível. – beijou a bochecha do Dougie.
- Então você está melhor mesmo?! – Dougie parecia querer aprontar alguma coisa.
- Graças a você. – sorriu.
- Então eu tenho uma coisa pra te dar. – Dougie se afastou um pouco de .
- O quê?
- Morango! – Dougie disse, esfregando um morango no nariz de . O morango, por estar bem maduro, acabou sujando o rosto da garota.
- Ah, então é guerra, né?! – pegou a tigela com morangos.
- Não, era só uma brincadeira. – Dougie tentava se defender de que se aproximava cada vez mais.
- Eu vou te mostrar a brincadeira... – jogava os morangos no Dougie.
- Não, , me desculpa! Eu não faço mais, juro! – Dougie ria muito.
- Agora é tarde! – insistia.
- Mas deixa eu me defender... – Dougie ainda ria.
- Você não me deu oportunidade de defesa. – estava praticamente em cima do Dougie.
- Eu tenho esse direito. – Dougie relutou.
- Então tenta!
- E agora? – Dougie segurou os braços de .
O silêncio tomou conta da sala. Dougie não se defendia e não atacava. Os dois apenas se olhavam como se quisessem descobrir algo sobre o outro. Como se um imã os atraísse, os dois se aproximavam até o beijo finalmente acontecer.
- Por favor, para. – Dougie se afastou bruscamente de . – Eu não posso.
- O que aconteceu? – parecia assustada.
- A gente não pode continuar. – Dougie se afastava ainda mais.
- O que eu fiz de errado? – procurava um motivo para tudo aquilo.
- Nada! O problema aqui sou eu... Acho melhor eu ir para o meu quarto. – Dougie disse indo em direção à escada.
- Fica. – pediu com o olhar triste.
- Sinto muito, mas eu não posso ficar. – Dougie continuou andando.
- Se foi por causa dos “pensamentos impróprios”, saiba que eu também os tive. – disse, fazendo com que Dougie parasse de andar. – Eu sei o que você pensou porque eu não sou indiferente a isso, você não percebeu como eu estava olhando pra você? E eu sei que você está com medo de que os nossos beijos acabem indo além de apenas beijos. – Ela andou até onde o Dougie estava, mas ele continuava de costas pra ela.
- Não, , você não sabe... Eu sou homem e... – Dougie tentava explicar.
- E você tem algum desejo por mim? Está com medo do que pode fazer?
- Eu não... – Dougie tentava falar.
- Pois não deveria! Eu quero tanto quanto você. – tocou levemente nas costas do Dougie. - Eu fiquei aqui para cuidar de você e não posso fazer isso porque você está doente. – Dougie tentava resistir.
- Não coloca a culpa no mal estar que eu senti mais cedo, você sabe e está vendo que eu estou perfeitamente bem! – se sentia rejeitada.
- Bem ou não, eu vou para o meu quarto. – Dougie subia as escadas. – Espero que me entenda.
- Não, eu não entendo! – se colocou na frente do Dougie.
- , não insiste... – Dougie não sabia se ia conseguir resistir por mais tempo.
- Diz que não me quer e eu deixo você ir para o seu quarto. – colocou as mãos na cintura.
- Garota teimosa. – Dougie desistiu de resistir.
Dougie pegou em seus braços e a levou de volta para onde eles estavam anteriormente. quase não acreditava no que acontecia, Dougie tocava seu corpo com bastante cuidado e carinho. Para eles dois, o momento era pura e simplesmente mágico, um se entregando completamente ao outro, tornando-se um só.

No Rock ‘n’ Bowl...

Na mesa, todos conversavam animadamente.
- tem cara de que gostava de batucar desde criança. – Danny comentou.
- Minha mãe já me disse que eu ficava batucando a casa inteira quando eu era menor... – sorriu.
- Se eu não fosse baterista, eu seria dançarino. – Harry disse, fazendo trejeitos com o pescoço.
- Falou a rainha da dança... – Tom rolou os olhos, fazendo ter um ataque de risos.
- E o que o Danny seria se não mexesse com música? – perguntou.
- Palhaço! É só olhar para a cara dele que você morre de rir. – Tom riu, contagiando os outros.
- Engraçado... Muito engraçado Mestre Yoda. – Danny rolou os olhos.
- A riu. – Tom apontou para , que ria muito.
- Até você, ?! – Danny cruzou os braços.
- Desculpa, meu amor, mas eu não resisti. – se defendeu ainda rindo.
- Hummmm... Meu amor. – Harry e Tom disseram maliciosamente.
- Vocês também não ficam atrás. Eu vi quando vocês dois estavam no maior love com as meninas. – Danny se defendeu e concluiu imitando os amigos: - Seus amores, hummmm.
- Hey! Vocês são o McFly, não é?! – Três garotas tinham se aproximado da mesa onde todos estavam.
- “Não, eles são o Metallica, vocês não estão vendo? Olha o James Hetfield bem aqui do meu lado!” – pensou, já supondo do que se tratava.
- Na medida do possível. – Danny disse todo charmoso.
- Na medida do possível... Idiota. – resmungou em um canto.
- Nós somos grandes fãs! – Uma delas disse muito animada.
- E nós estamos aqui. – sorriu cinicamente, mas foi ignorada pelo resto.
- Podemos nos juntar a vocês? – A mesma garota perguntou, praticamente sentada em uma cadeira vazia que ela encontrou na mesa mais próxima e tinha aproximado da mesa dos Guys em um movimento rápido, fazendo parecer que a cadeira estava ali o tempo todo.
- Na verdade... – ia responder, mas o Tom a interrompeu.
- Claro que podem!
- Hoje eu vou presa... – resmungou, querendo torcer o pescoço do Tom.
- Onde está o Dougie? Ele é tão fofo! Ele ainda está solteiro?! – Uma delas sorriu maliciosamente.
- É, garotos, respondam às meninas... – entrou na conversa, falando de modo ameaçador.
- Ér... O Dougie ficou em casa, precisou cuidar da , uma das garotas que venceram a promoção. – Danny explicou, fugindo do assunto sobre o Dougie estar solteiro ou não.
- Ah, vocês estão aí, meninas! Nem percebemos! – Uma disse e as três riram.
- Fiquem tranquilas, também não percebemos vocês... – disse de modo irônico.
- Meu Deus! Como somos desastradas! Nem nos apresentamos... Eu sou a Angie, a ruivinha ali é a Samantha e a morena é a Maggie.
- Elas estão se apresentando ou estão se jogando pra cima deles? – comentou baixo com , que rolou os olhos, percebendo a mesma coisa.
- Dan, eu adoro o jeito que você toca, amo suas tatuagens e, particularmente, eu acho as suas pintas um charme. – Angie disse, mordendo o lábio inferior. – São pelo corpo todo?
- São sim, você é bastante observadora. – Danny sorriu simpaticamente.
- “’Bastante observadora’... Não vou aguentar isso...” – já estava irritada com tudo aquilo.
- Nada contra você, Danny, mas eu prefiro o Harry. É um ótimo baterista... Bem que você poderia me dar umas aulinhas, né?! – Samantha olhou fixamente para o Harry.
- Pra isso existem escolas de música e aulas de bateria. – resmungou e se controlava para não fazer nenhuma besteira, pois aquela situação já estava tirando sua paciência.
- Apesar de gostar muito do Dougie, eu também gosto muito de você. – Maggie colocou a mão sobre o ombro do Tom. – Posso pedir uma coisa?
- Pode sim. – Tom assentiu sorrindo.
- Posso tocar sua covinha? – Maggie pareceu eufórica.
- Pra mim já chega, vou sair daqui. – disse e se levantou da mesa.
- Somos duas. – a seguiu.
- Eu que não vou aguentar isso aqui. – fez o mesmo.
- “Vocês são tão simpáticas!” – imitava ironicamente a última coisa que ouviu ao se levantar da mesa.
- Eles estão muito engraçadinhos pra cima daquelas lá. – não conseguia esconder seus ciúmes.
- Mas elas são fãs e nós temos que respeitá-las. – queria entender.
- E nós passamos a fazer parte da vida deles, eles têm que nos respeitar também. – não escondia seu incomodo e concordou com um aceno de cabeça.
- Elas também são parte da vida deles, são fãs assim como nós e todas sabemos que eles são super simpáticos com os fãs. – deu de ombros.
- Pois é. – suspirou.
- Não seria justo eles mudarem o comportamento com os fãs por nossa causa. – concluiu, rindo fraco.
- Ninguém aqui está pedindo para que eles mudem, mas é complicado. – deu de ombros.
- Chega desse assunto! Não quero mais ouvir falar sobre isso. – quis encerrar o assunto e abraçou de lado. – Hoje é um dia especial e temos que aproveitar.
- Até parece que você não está doidinha pra voltar para aquela mesa... – provocou.
- Seria uma boa acabar com aquela festinha. – riu de maneira malvada.
- Vocês não prestam... – disse entre risos.
- E você nos ama. – disse beijando a bochecha de .
- Esse foi o melhor aniversário que eu já tive. – sorria enquanto e olhavam para a pista de dança.
- Se for para nos fazer chorar, nem comece. – riu.
- O que eu posso fazer se vocês são demais?! – deu de ombros.
- Eu sei. – deu de ombros. Não estava muito modesta aquela noite e ela não sabia o porquê nem se aquilo era bom ou não.
- O Tom pode ficar com ciúmes disso, hein?! – disse em tom brincalhão.
- Como se ele estivesse muito preocupado comigo no momento. – deu uma rápida olhada na mesa, onde a conversa parecia bem animada.
- O bom é que esse dia rendeu boas fotos. – comentou, já tendo ideias do que fazer com aquelas fotos.
- Que fotos? – perguntou.
- As nossas fotos que eu tirei com a câmera do Tom e vou mostrar à amanhã. – respondeu.
- E, por acaso, a câmera que você se refere é aquela que uma das garotas está segurando? – disse fazendo e olharem para a mesa, onde uma das fãs estava com a câmera do Tom nas mãos.
- Elas estão olhando nossas fotos? Como eles podem ter deixado essas garotas pegar a câmera? – balançou a cabeça negativamente.
- Eu sei a sequência exata daquelas fotos e se uma delas for excluída... – respirou fundo, tentando se controlar.
- Pode deixar, eu mesma mato as três. – rolou os olhos. – Com as minhas próprias mãos!
- Meninas, é impressão minha ou aqueles três estão olhando para cá? – comentou discretamente ao perceber três rapazes que estavam na pista de dança.
- E eles acabaram de acenar. – disse, ficando nervosa.
- Pelo visto, os guys não são os únicos que têm fãs por aqui. – sorriu maliciosa e acenou de volta.
- Estão nos chamando para dançar. – olhou rapidamente para e , sem saber o que fazer.
- Até que não é má ideia, não estamos fazendo nada mesmo... – disse, dando de ombros e olhando para as garotas, esperando que elas decidissem o mesmo.
- Ficou maluca?! Nós nem os conhecemos! – disse. Normalmente, aquele não seria seu comportamento, mas ela não sabia quais seriam as consequências daquilo.
- E..? – arqueou a sobrancelha.
- Eles podem ser doidos, psicopatas, malucos, tarados, sequestradores, doidos... – parecia assustada.
- E eles vão nos sequestrar no meio da pista de dança? – perguntou, observando que a pista de dança estava cheia.
- Tudo é possível. – deu de ombros.
- , isso tudo é só preocupação porque nós não conhecemos aqueles caras ou é outra coisa? – perguntou.
- O Tom pode não gostar, o Harry também... – disse, fazendo rolar os olhos. – O Danny pior ainda, afinal, ele e a estão oficialmente juntos.
- É verdade, eles podem não gostar... – concordou com o ponto de vista da prima, mas também tinha seu argumento. – Aquelas garotas sentaram na nossa mesa, ocuparam o nosso espaço, as horas estão passando e são elas que estão lá se divertindo com eles. Mesmo não gostando, nós os respeitamos e você acha que eles vão ser sacanas ao ponto de discutir ou qualquer coisa assim apenas porque decidimos aproveitar a noite enquanto eles estão por lá? Nem moral pra isso eles vão ter.
- Mas, , elas são fãs e eles têm que dar atenção a elas. – tentava acalmar a prima. - Elas são fãs e nós somos o quê? Se você percebeu, já faz um tempão que nós saímos daquela mesa e ninguém se abalou para vir saber se estamos bem. – A chateação de era mais do que evidente.
- Eles estão ocupados... – abaixou a cabeça, finalmente concordando com o que tinha acabado de dizer.
- Nós não vamos brigar por isso. – disse firmemente. – , você sabe que nenhuma de nós iria dançar com um daqueles caras, do jeito que as coisas estão, não sei se poderíamos confiar e, em relação aos Guys, se é lá que eles acham que devem ficar, que assim seja. Pronto, fim de papo. – disse, mais uma vez, terminando a discussão.
- O pior é que nem dá mais para dançar, os garotos sumiram. – brincou, mudando de assunto.
- Cansaram de nos esperar. – deu de ombros.
- Parando para pensar, eu acho que conheço aqueles garotos de algum lugar... – disse, tentando se lembrar de onde tinha os visto antes.
- E você resolveu lembrar agora que eles não estão mais por perto? – perguntou.
- Ah, esquece! Foi algo vago. – deu de ombros. – E quem disse que não dá mais pra dançar? Os garotos sumiram, não a pista de dança!

Na mesa...

- Nós sabíamos que vocês eram engraçados, mas confesso que estou surpresa. – Angie comentou depois de uma brincadeira que os Guys tinham feito.
- Vocês que são muito gentis. – Tom respondeu educadamente.
- Realmente é muita gentileza da parte delas, pois o único engraçado aqui sou eu. – Danny se gabou.
- Segura sua onda, Jones, se a ouvir você falando desse jeito, praticamente dando em cima dessas garotas... Lembra que agora vocês são namorados? – Harry falou baixo, provocando o Danny.
- Por falar na , onde será que aquelas três se meteram? – Tom, que tinha ouvido o que o Harry tinha dito, olhava ao redor.
- Já tem um tempo que elas saíram da mesa e ainda não voltaram... Será que ficaram chateadas? – Danny ficou confuso e teve receio de que acontecesse uma briga entre ele e .
- Acho que não. – Tom respondeu aparentemente tranquilo.
- Espero que não – Harry temia um novo desentendimento com .
- Meninos, sem querer interromper a conversa de vocês, mas já interrompendo... – Angie sorriu para o Danny. – Aquelas garotas que estavam aqui quando chegamos ainda vão voltar?
- Vão sim. – Tom respondeu.
- É que faz um tempinho que elas saíram, exatamente quando nós chegamos. – Samantha sorriu sem jeito.
- Elas ficaram incomodadas com a nossa presença? – Maggie parecia feliz com a possibilidade. - Com certeza não, elas não ficam incomodadas com tão pouco. – Tom respondeu, juntando algumas peças e finalmente entendendo o propósito daquelas garotas.
- Porque nosso objetivo nunca foi esse. – Samantha deu de ombros.
- Por falar em garotas, se vocês nos permitem, podemos perguntar uma coisa? – Maggie disse com um ar curioso.
- Mais perguntas? – Tom sorriu de lado.
- É um assunto mais pessoal... – Samantha disse.
- Perguntem, não temos o que esconder. – Danny brincou.
- Vocês ainda estão solteiros? – Maggie e Samantha sorriram convidativamente.
- É, Danny, você está solteiro ou já conseguiu uma namorada? – Angie sorriu maliciosamente enquanto os Guys se entreolhavam.

Na sacada...

- Acho que vou ao banheiro... – comentou entediada.
- E você sabe onde fica? – perguntou.
- Qualquer coisa eu peço informação, se eu não sei, alguém aqui deve saber. – deu de ombros.
- Quer que a gente vá junto? – sugeriu.
- Não precisa, o que eu vou fazer lá, posso fazer sozinha. – brincou, fazendo e rirem, enquanto se afastava.
- Oi! – disse ao voltar do banheiro.
- Que susto, garota! – disse, colocando a mão sobre o peito.
- Eu sei que não sou bonita, mas não precisa destruir o pouco de autoestima que ainda me resta. – disse, aproximando-se de que observava algo atenciosamente.
- Desculpa, , o susto não tem a ver com você. – se justificou.
- É esse monte de gente lá embaixo. – parecia confusa apontando para a saída.
- Nossa! – disse ao perceber tantas pessoas amontoadas em um único lugar sem nenhum motivo aparente para estarem ali. – É muita gente... Será que é alguma briga?
- O pior é que não sabemos, parece que as pessoas querem sair, mas não conseguem, ou alguém não quer deixá-las sair. Seria normal as pessoas irem embora, mas todas de uma vez só e aflitas... – procurava um motivo. – Isso tudo não é saudade de casa.
- Faz muito tempo que isso está acontecendo? – perguntou.
- Só percebemos agora, mas tem muita gente aqui que ainda não sabe da confusão que está acontecendo. – respondeu, olhando ao redor e percebendo que as pessoas que estavam no mesmo pavimento que elas estavam aparentemente tranquilas.
- E o que vocês estão esperando para descobrir o que está acontecendo? – perguntou como se aquilo fosse óbvio.
- Como se a gente fosse conseguir alguma informação com essa confusão toda... – disse, justificando a não procura de informações.
- Pois eu vou lá e ainda vou descobrir o que está acontecendo. – disse, bastante confiante... Ainda efeito da grande dose de modéstia daquela noite. Ela começava a pensar que o refrigerante que ela tinha bebido enquanto jogava boliche estava batizado.
- Você enlouqueceu?! – riu debochada.
- A tem razão, é muito perigoso ir até lá. – concordou, percebendo que não iria lá. - Mas vocês nem sabem o que está acontecendo, vai que é uma coisa no estacionamento ou com um dos carros... – se justificava.
- Ou você pode estar apenas curiosa para saber o que está acontecendo. – arqueou a sobrancelha. Conhecia o bastante para dizer aquilo.
- E existe algum problema nisso? – retrucou.
- Se você acha bom colocar sua vida em risco... – deu de ombros.
- Então pode ficar aqui olhando. – disse e correu em direção à escada que era o principal acesso à toda aquela confusão na saída.
- Que doida! – comentou diante da atitude da prima.
- Doida que, aparentemente, não vai durar muito tempo ali. – balançou a cabeça negativamente, observando a prima descer às escadas.
- Por quê? – perguntou desatenta, depois viu ao que se referia.
- ! – As duas gritaram ao mesmo tempo, tentando adverti-la.
- Não me atrapalhem, estou quase chegando! – não dava muita importância ao chamado das primas.
- ! – e voltaram a gritar.
- “Por que elas ficam me chamando?” – se perguntava mentalmente, sem parar de andar, nem procurar saber o que as primas queriam. – “Aposto que elas vão me fazer milhares de perguntas quando eu voltar pra lá...
- ! – Elas voltaram a gritar.
- O QUE É?! – se virou irritada, olhando para as meninas.
Em resposta, apenas apontou para uma multidão que descia às escadas e iam em direção ao lugar onde estava. olhou nervosa para o lugar indicado por causa das expressões que suas primas tinham.
- Ah, meu Deus! – entrou em pânico quando viu o avalanche de pessoas que se aproximava muito rápido.
- Corre, ! – gritou.
- É, corre que faz bem pra saúde! – ria da prima.
- Putz, nem me lembro da última vez que corri tanto assim... – comentou ofegante quando chegou perto das meninas.
- Eu avisei que não ia dar certo... – repreendeu a prima.
- Ok, eu já entendi. – tentava recuperar o fôlego. – Mas precisava todo mundo descer de uma vez só?
- Conseguiu descobrir alguma coisa? – perguntou.
- Nem consegui chegar lá. – riu baixo, soltando o cabelo e fazendo um coque alto, afastando o cabelo da nuca que estava suada.
- Hey! – chamou a atenção de um rapaz que passava.
- Olha, gata, você é linda, mas o clima não está muito bom pra esse tipo de coisa. – O rapaz disse em resposta à .
- E quem você pensa que é pra falar assim? – se irritou com aquela atitude, tirando seu casaco e amarrando-o em sua cintura de modo um tanto violento.
- Algum problema? – Outro rapaz se aproximou da confusão que estava prestes a se formar ali. - Aí depende. Se você for amigo desse aí... – fuzilava o rapaz com o olhar.
- Na verdade, ele é meu irmão. – O rapaz respondeu e soltou um suspiro impaciente. - Bem, é que eu queria pedir uma informação e... – explicava, mas foi interrompida pelo irmão do tal rapaz.
- ... E suponho que o meu irmão foi bem inconveniente. – O rapaz completou, dando leves tapas no ombro do irmão.
- Bom, ele pensou que eu estava dando em cima dele ou algo assim... – continuava sem entender.
- O que foi ridículo da parte dele. – comentou.
- É, meu irmão tem esse dom. Quando está bêbado então...
- Percebemos isso. – rolou os olhos.
- Bom, vocês queriam uma informação...
- Nós queríamos saber o que aconteceu, qual é o motivo de toda essa confusão... – explicou.
- Até onde sabemos, aconteceu um blackout na cidade.
- E quando isso aconteceu? – se preocupou.
- Há duas horas, talvez... – O rapaz disse sem muita certeza.
- Meu Deus, a ... – se preocupou na hora e abaixou a cabeça, tentando se concentrar e pensar numa maneira de falar com Dougie ou .
- Você está bem?
- Estou sim, só fiquei meio... Caramba, eu tenho que fazer alguma coisa... – se interrompeu e foi em direção à mesa onde os Guys estavam.
- Vocês sabem o que aconteceu com ela? – O rapaz perguntou às meninas, completamente confuso.
- Ela deve ter ficado preocupada com a ... – supôs, olhando como a prima andava apressada em direção à mesa.
- Frescura...
- Damon! – O rapaz repreendeu o irmão. – Desculpa, meninas...
- Tudo bem... – se interrompeu por não saber o nome do tal rapaz.
- Justin, meu nome é Justin. – Ele disse, estendendo a mão para e os dois se cumprimentaram. – Esse idiota é o meu irmão, Damon.
- Bom, eu sou a , essa é a e aquela que acabou de sair é a . – se encarregou de fazer as apresentações.
- E a ficou preocupada com a nossa prima. – explicou.
- Pura frescura... – Damon voltou a falar, rolando os olhos.
- A ficou preocupada pois nossa prima passou mal antes de virmos para cá, então procure saber antes de falar. – se irritou.
- Ok, foi mal, vou ficar calado. – Damon ficou sério.

Na mesa...

- Alguém me empresta o celular, por favor? – pediu nervosa.
- Esqueci o meu no carro, . – Danny disse depois de procurar nos bolsos.
- O meu está aqui, mas está quase descarregado. – Harry mostrou o celular para provar que estava quase descarregado mesmo.
- Serve. – pegou o celular rapidamente e se afastou da mesa.
- Será que aconteceu alguma coisa? – Tom perguntou preocupado.
- Acho que alguém deveria procurar saber... – Angie disse, mas não queria que alguém, principalmente o Danny, fosse procurar saber o que estava acontecendo.
- Eu vou lá. – Harry levantou e Samantha chutou o tornozelo da Angie por debaixo da mesa.
- Desligado? Como assim? Alguém pode ligar essa droga de telefone?! – já estava entrando em desespero.
- ? – Harry tocou no ombro de , que se assustou. – O que aconteceu? Por que você está assim?
- Estou preocupada com a e não estou conseguindo ligar para a McHouse e nem para o celular do Dougie. – explicou.
- Tá, mas precisa entrar em desespero assim? – Harry ainda não entendia toda aquela agitação. - E você queria que eu entrasse em desespero como? – ficou quieta e percebeu que o celular do Harry tinha desligado.
- Eu só não vejo motivo para você ficar assim. A não está sozinha e o Dougie deve ter deixado o celular desligado ou deve estar descarregado... O telefone da casa também. – Harry tentou justificar tudo e tranquilizar .
- Mas quem garante que ela não está precisando de nada?
- Se estivesse precisando, nós saberíamos.
- Como saberíamos, se está tudo descarregado, assim como você acabou de falar?
- , existe algo chamado energia elétrica e...
- E quando essa energia elétrica simplesmente para de ser conduzida para a casa das pessoas? - Como assim?
- Está acontecendo um blackout na cidade, Harry. Agora, se a estiver precisando de alguma coisa ou se ela tiver piorado, ninguém vai ficar sabendo. – entregou o celular para o Harry e andou em direção à saída.
- Pra onde você está indo? – Harry a seguia.
- McHouse. – respondeu sem parar de andar.
- Você não pode ir sozinha. – Harry segurou o braço de , fazendo-a parar de andar. - Então vamos juntos. – propôs simplesmente.
- Não vamos sair daqui, não se sabe o que está acontecendo lá fora e você não pode correr esse risco. – Harry disse de modo severo.
- Tá bom então... – riu debochada. – Tá tão difícil assim perceber a minha aflição?
- E você acha que agir dessa maneira vai ajudar em alguma coisa?
- Só vou saber se ao menos tentar. – disse e desceu rapidamente às escadas que davam acesso à porta da saída.
Quando chegou perto da porta, um segurança barrou-a dizendo que, por razões de segurança, ninguém poderia sair do estabelecimento até a energia voltar ou até o nascer do sol. subiu às escadas e percebeu que o Harry tinha visto tudo.
- E então, satisfeito? – perguntou com raiva. Harry nem teve tempo de dizer nada, pois se afastou rapidamente e foi para um canto, onde ficou de braços cruzados.
- Dá pra parar com isso e agir com maturidade? – Harry perguntou ao se aproximar.
- Agora eu sou imatura?
- Você não é imatura, só está agindo de modo imaturo.
- Oh, então me desculpe por ser uma criança preocupada... – disse, fazendo gestos exagerados. – Não se preocupe comigo não, eu não vou sair daqui, por mais que eu queira.
- Mas...
- Não precisa dizer mais nada não, pode voltar para a mesa, onde você estava se divertindo com “garotas maduras”. – estava mais chateada do que antes e queria muito ficar sozinha. Harry não queria piorar as coisas, então resolveu voltar para a mesa.

Na McHouse...

- Será que a energia voltou? – perguntou, ainda deitada, abraçada com o Dougie.
- Por aqui não, né?! Senão já veria a luz da rua ou alguma lâmpada daqui da casa acesa. – Dougie tentava ver algum sinal de luz através das cortinas que haviam sido abertas novamente. - E lá onde o pessoal está?
- Acho que, se tivesse voltado por lá, eles teriam dado um jeito de voltar pra cá. – Dougie disse sem muita certeza e um tempo de silêncio se seguiu.
- Doug, olha só! – pegou duas lanternas e imitou jogos de luzes, refletindo-as no teto. - O que é isso? Parece um tipo de rave silenciosa... Dá até pra imaginar a música. – Dougie fez uma dancinha estranha, que pareceu mais estranha ainda por ele estar deitado.
- Você gosta, né?! – ria muito.
- Se você estiver ao meu lado, qualquer lugar é bom. – Dougie disse, fazendo parar de rir. - Sério?! – perguntou, virando-se para o Dougie.
- Claro que sim. – Dougie ficou de frente para e respirou fundo antes de continuar falando. – Não dizem que qualquer lugar se transforma no paraíso quando se está ao lado de quem a gente ama?
- O quê? – não acreditava no que tinha acabado de ouvir.
- Eu disse que qualquer lugar... – Dougie achou que não tinha ouvido.
- Não, eu ouvi, só não... – não sabia como se expressar.
- Por via das dúvidas, eu resumo tudo: Eu te amo, Wilkinson.
- Dougie, eu...
- Ah, eu não acredito que você não ouviu... – Dougie sabia que tinha ouvido, mas resolveu levar na brincadeira. – Eu estou dizendo que eu...
Dougie foi interrompido por um beijo de , que tinha ficado muito feliz com o que tinha ouvido e também começou a ter esperanças que, por mais que McHouse terminasse, o que eles viviam ali continuaria por um bom tempo.

No Rock ‘n’ Bowl...

- Ok, não entendo como o destino age... Eu tinha uma banda até um tempinho atrás e só agora eu consigo conhecer um produtor musical. – ainda conversava com Damon e Justin. tinha ido procurar , já que ela não tinha voltado para contar o que aconteceu.
- Como assim, tinha uma banda? – Justin perguntou.
- É que a banda se separou... – ainda tinha uma certa dificuldade em lidar com aquilo e sabia que quando voltasse pra casa, seria pior ainda.
- Aposto que você era a vocalista. – Damon disse firmemente.
- Como você sabe disso? – se impressionou com tanta certeza.
- Pelo seu jeito. Você é comunicativa, tem uma voz bonita, como se tivesse feito algumas aulas de canto ou correção vocal... Coisas assim. – Damon deu de ombros.
- Eu achei que esse seu “poder” falhava quando você bebia... – Justin disse descontraído.
- Você também tinha observado isso? – perguntou.
- Tinha. Só tenho dúvidas sobre seu estilo musical... – Justin disse naturalmente.
- Pois é, eu também tenho essa dúvida... – Damon disse pensativo, observando . – Você oscila entre o Rock e o Pop.
- Eu tinha uma banda de Rock, eu cantava e tocava guitarra.
- Percebi que você toca porque suas unhas estão bem aparadas e também por causa da sua pulseira. – Damon apontou para a pulseira que usava em seu pulso esquerdo que tinha como pingente, uma guitarra.
- Mas você tem corpo de dançarina. – Justin não entendia esse ponto.
- Bom, eu gosto de dançar, isso serve? – comentou bem-humorada.
- Serve sim. – Justin riu.
- Caramba, adorei essa “análise”, apesar de ter me assustado um pouco. – ainda estava impressionada.
- Pronto, voltei. – se fez notar.
- E então? – ficou curiosa.
- Meninos, se vocês não se importam, eu gostaria de falar com a minha prima em particular. – não queria falar coisas pessoais na frente de desconhecidos.
- Ah, tudo bem. – Justin assentiu compreensivo.
- À vontade. – Damon deu de ombros.
e se afastaram de onde Justin e Damon estavam e contou tudo o que tinha dito.
- Então quer dizer que a ficou irritada com o Harry porque não podia sair daqui? – perguntou.
- Não foi bem por isso, ela se irritou porque acha que o Harry não está se importando com o estado da , também por ele ter dito que ela estava sendo imatura. – corrigiu. - Deve ter sido porque ela se afastou...
- Exatamente por isso. – disse. – Devo confessar que eu achei engraçado quando a imitou o Harry falando “você não é imatura, só está agindo de modo imaturo”.
- E você fica mais engraçada ainda tentando imitar tudo isso. – riu e mostrou a língua, fazendo a prima rir mais ainda.
- Olha, a está bastante irritada, eu sei. – se recuperava dos risos. – Depois eu vou lá falar com ela, porque ela está indo para a mesa agora mesmo.
As duas pararam para observar o que a prima iria fazer, já que ela andava decidida e tinha soltado o cabelo.

Na mesa...

- Tom, você está com a câmera por aí por perto? O tédio já está me consumindo. – parecia descontraída, mas falava como se apenas Tom e Danny estivessem ali.
- Aqui. – Tom entregou a câmera para . – Onde você estava?
- Ali perto da janela. – tentava ver o estado da bateria da câmera. – Acho que tem algum outro lugar com geradores e estão ouvindo música há um tempinho, aí eu estou aproveitando o som.
- Perto daqui?
- O que, Dan?
- O som vem de perto daqui? – Danny reformulou sua pergunta.
- Olha, não está tão perto, mas dá pra ouvir bem... Parece uma festa com muita gente louca, que nem deve estar ligada que faltou luz. – riu brevemente. – Deixa eu voltar pra lá. voltou para onde estava e o silêncio tomou conta da mesa.
- Bom, ela parece bem. – Maggie disse para quebrar o silêncio.
- Uhum. – Tom respondeu só para não deixar o comentário no ar.
- Ok, meu irmão já me enviou uma mensagem dizendo que está nos esperando lá embaixo. – Angie disse enquanto guardava seu celular.
- Esperando para quê? – Samantha não queria sair dali.
- Ir embora.
- Mas não estão deixando sair... – Harry não entendeu.
- Meu irmão conseguiu dar um jeito de sair pela garagem subterrânea. Moro perto daqui, posso ir andando. – Angie explicou.
- Entendi. – Danny assentiu.
- Bom, temos que ir. – Angie disse ao ver que o irmão tinha lhe enviado mais uma mensagem.
- Ah, meninos... Como foi bom conhecer vocês. – Samantha disse e abraçou o Harry, logo sussurrando em seu ouvido. – Principalmente você.
- Foi mesmo... Um prazer enorme. – Angie abraçou o Danny. – Mas agora temos que ir.
- Tchau, meninos! – Samantha levantou e Angie fez o mesmo.
- Tchau, meninos, tchau, Tom. – Maggie disse e deu um beijo no canto da boca do Tom.
- Tchau, meninas. – Os Guys disseram em coro e as três foram embora.
- Aconteceu mesmo o que eu acho que aconteceu com você, Tom? – Danny perguntou malicioso ao ter percebido o beijo da Maggie no amigo.
- Aquela garota é louca... – Tom rolou os olhos.
- Ela não sabia da , Tom. – Danny argumentou. – Aliás, nenhuma das três sabiam das meninas.
- Elas podem até não saber, mas que elas desconfiaram das meninas, desconfiaram.
- Será, Harry? – Danny franziu o cenho.
- Elas não são burras, Danny. – Tom concordou com o Harry. – Elas perceberam isso quando as meninas saíram da mesa, somente pela maneira que elas o fizeram, também notaram como o Harry voltou depois que foi falar com a e tal...
- Acho que elas queriam armar um tipo de escândalo com as meninas. – Harry disse relembrando a maneira que Angie, Maggie e Samantha agiram. – Ainda bem que elas não compraram essa briga.
- Mas elas devem estar chateadas com tudo isso que aconteceu. – Danny concluiu e os três se entreolhavam. – Vamos resolver isso agora.
Os três se levantaram e foram procurar as meninas.
Justin e Damon também tinham dado um jeito de irem embora, mesmo não morando muito perto. e conversavam no mesmo lugar que estavam com os dois irmãos.
- Achei os dois bem simpáticos. – comentou.
- É, eles são legais, mas eu não gostei muito da atitude do Damon logo no começo. – observou.
- Ah, isso foi só no começo.
- E fica parecendo que você os conhece há anos.
- É porque eu simpatizei mesmo. – sorriu.
- Oi! – Danny disse depois de correr de encontro às meninas.
- Oi, vem sempre aqui?! – brincou.
- Por que veio correndo? – riu ao ver o Danny ofegando.
- Parece até que não conhece esse aí... – Tom comentou enquanto chegava e ficava ao lado de .
- E as garotas já foram embora? – perguntou ao Danny, que tinha a abraçado por trás. - Já foram... Estava ficando chato. – Tom respondeu.
- Não parecia que estava chato. – comentou, ainda irritada por causa da intromissão das garotas e pelo fato dos guys não terem feito nada em relação a isso.
- Não poderíamos ser indelicados. – Danny argumentou.
- Gente, vocês sabem onde a está? – Harry perguntou fazendo-se notar.
- Quando eu a vi pela última vez, ela estava lá embaixo, perto do bar, tirando umas fotos. – disse sem muita certeza.
- Pelo visto, ela não está mais por lá. – apontou para , que subia às escadas com o cabelo preso em um rabo de cavalo alto e sua franja fazia um topete.
- Não sabia que tinham cabeleireiros aqui... – comentou ao notar o penteado da prima. - Não têm cabeleireiros aqui, é que tem um pessoal bem rockabilly lá no bar. – explicou com um grande sorriso. – Daí eu acabei me enturmando por lá e me fizeram esse penteado.
- Bom, sem querer interromper a história, mas já interrompendo, acho melhor irmos de volta para a mesa. – Tom recomendou.
- Tá bom, podem ir. Vou ajeitar uma coisinha e depois passo lá. – sorriu.
- Estranho, não? A se enturmando assim. – observou um tempo depois de todos assumiram seus lugares à mesa.
- Nem tanto. – deu de ombros. – Se ela simpatizar com a pessoa, é mais tranquilo.
- Pronto, voltei. – disse ao chegar à mesa com um copo de milk shake na mão. – Ah, meninas! Eu me lembrei quem eram aqueles garotos que acenaram para a gente naquela hora. - Como assim, garotos? – Tom perguntou com um leve tom de ciúmes.
- Relaxa, Tom, nem falamos com eles na hora. – esclareceu. – Enfim, os garotos eram Jared, Nick e Michael.
- Os caras do pub? – Harry e perguntaram ao mesmo tempo.
- Os próprios. – confirmou. – Falei com eles lá no bar e eles compreenderam os nossos motivos, na verdade, motivos da , de não termos ido falar com eles.
- Que bom, né? Imagine se nossos primeiros fãs ficassem com raiva da gente... – disse, suspirando aliviada.
E a conversa continuou na mesa. Harry e não falavam diretamente um com o outro, mas participavam normalmente da conversa. Na McHouse, Dougie e dormiam abraçados, ainda na sala.
- Preciso me mexer um pouco... – disse, se levantando.
- Por que toda hora você levanta, dá uma volta e vem pra cá de novo... O que está acontecendo? – perguntou intrigada.
- É pra não deixar o sono me dominar. – riu com seu próprio comentário.
- Eu iria também, mas o cansaço não quer deixar. – deu um sorriso bastante cansado. - Faço minhas as palavras da . – disse e finalmente foi fazer sua breve caminhada.
- Deveria ter pelo menos uma música tocando ou algo que nos mantivesse atentos. Tudo está muito silencioso e... – Harry iria falar mais, mas a interrompeu.
- Silence is a scary sound... cantarolou, rindo em seguida.
- Exatamente. – Tom concordou rindo também.
- Hm, ainda bem que as coisas se animaram aqui, lá do outro lado está parecendo um abrigo de sem-teto. – comentou ao chegar na mesa e ver todo mundo rindo. – Depois que o pessoal rockabilly foi embora, ou melhor, fugiram, tudo ficou calmo demais...
- Um abrigo? Como assim? – Danny perguntou, sem entender o que tinha dito.
- Tem um monte de gente dormindo no chão e em alguns bancos... – explicou, voltando para o seu lugar. – Alguém sabe que horas são?
- Não faço ideia. – Tom riu.
- Harry, que horas são? – finalmente falou com Harry, mas ele tinha o olhar distante. – Harry, acorda!
- Hã?! Oi... – Harry parecia perdido.
- Eu te perguntei as horas. – falou pausadamente.
- São 05:12. - Harry disse consultando seu relógio.
- Obrigada.
- Não era para eu ter ouvido as horas, agora o psicológico vai ficar dizendo que eu deveria estar dormindo há horas... – disse.
- Para de falar e pensar em sono! – repreendeu. – O Danny está quieto, deve estar com sono também.
- Nem estou... Cansado, um pouco, mas com sono eu não estou. – Danny explicou.
- Às 06:00 vão começar a liberar todo mundo, já que as ruas não vão estar tão desertas. – relembrou o que tinha ouvido em sua última caminhada. - Mas, pelo visto, muita gente não vai embora logo, já que acabaram dormindo.
- O mais importante é que daqui a pouco vamos poder ir embora. – Tom disse e fez uma breve comemoração antes de se apoiar no ombro dele.
Exatamente às 06:00 da manhã, as pessoas puderam sair do Rock ‘n’ Bowl – oficialmente, já que algumas pessoas tinham conseguido “fugir” -. As pessoas que estavam dormindo se irritaram por terem sido acordadas pelos funcionários e armaram uma grande confusão que foi resolvida pelo gerente do estabelecimento e todos puderam enfim, ir embora.

No carro...

- Danny, você realmente não está com sono? – perguntou preocupada antes do Danny dar a partida no carro.
- Eu estou bem, , pode ficar tranquila. – Danny tranquilizou a namorada, ligou o som do carro e deu a partida no carro.
Foi bem rápido e tranquilo o caminho de volta para casa. Ninguém conseguiu dormir no carro, já que todos estavam animados por voltar pra casa, tanto que todos cantavam todas as músicas que tocavam no rádio.

Na McHouse...

e Dougie tinham arrumado a sala e naquele momento faziam a lista de compras, pois a energia tinha voltado há alguns minutos e eles planejavam ir o mais cedo possível ao supermercado.
- Não, Doug, vamos comprar dois quilos de arroz, só vamos ficar aqui por mais dois dias, não precisa tanto. – achou a lista do Dougie um tanto exagerada.
- Tá bom. – Dougie corrigiu a quantidade do item da lista.
- Que horas abre o supermercado?
- Umas 7:00, talvez... – Dougie deu de ombros, sem muita certeza.
- Então vamos logo, senão eu morro de fome. – brincou.
- A gente podia comer alguma coisa na lanchonete de lá, depois faríamos as compras. – Dougie propôs.
- Seria ótimo, mas ainda vamos ter que esperar um pouco. – viu as horas e conferiu mais uma vez a lista de compras. – Se lembrarmos que está faltando alguma coisa, compramos logo, sem precisar colocar na lista.
- Que dona-de-casa mais dedicada... – Dougie disse, dando um breve beijo em , fazendo-a rir.
- Vou ajeitar uma coisinha lá na cozinha, já volto. – deu mais um beijo no Dougie e foi rapidamente para a cozinha.
Quando entrou na cozinha, Danny, , , Tom, Harry e chegaram na casa. foi logo subindo às escadas procurando por para saber como a prima estava. Como não a encontrou, ela desceu desesperada para a sala.
- Cadê a ? – perguntou diretamente para o Dougie em tom ameaçador. – O que você fez com ela?
- Calma, , eu estou bem. – se fez notar na sala.
- Está bem mesmo? Totalmente bem? – abraçou a prima, numa cena um tanto exagerada de preocupação.
- Estou sim, só estou com fome. – comentou bem-humorada.
- Tá vendo que eu não fiz nada de errado? – Dougie provocou .
- Dessa vez você escapou, ô baixinho... – disse arqueando a sobrancelha, depois riu. – Agora eu preciso ir para os aconchegantes lençóis da minha cama, beijo pra quem fica porque eu já fui!
- Também vou. – acompanhou .
Logo, todos subiram para dormir também. e Dougie esperaram mais um pouco e finalmente foram ao supermercado fazer as compras dos próximos dois dias.


Twenty-One - @Day 13 – We’ll be OK


Horas depois, todos – menos e Dougie – dormiam em seus quartos. e Dougie ficaram conversando na sala, pois, aparentemente, não tinham nada pra fazer.
- Quando esse povo vai acordar, hein?! Eu quero saber o que aconteceu ontem!
- Calma, , eles chegaram há pouco tempo, deixa eles descansarem um pouco e, quando eles descerem, você pergunta o que aconteceu... – Dougie também estava curioso, mas não tanto quanto .
- Fazer o quê, né?! – deu de ombros e deitou no colo do Dougie. – Como será que as meninas estão?
- Dormindo, oras! – Dougie riu e levou um tapa de . – Mas é o óbvio, !
- E é óbvio que todos vão acordar famintos, já que todos subiram direto pra dormir. – levantou do colo do Dougie e ficou de frente pra ele. – Que tal fazermos o almoço?
- E o que poderíamos fazer?
- Uma lasanha, talvez... – deu de ombros. – Já temos os ingredientes, então vai ser tranquilo.
- Vamos tentar então. – Dougie topou.
- Vamos! – se levantou e foi com o Dougie até a cozinha.
- Por onde começamos? – Dougie perguntou após lavar as mãos.
- Bom, já que não temos a massa pra nos preocupar, já que é aquela massa pré-cozida, vamos ao molho. – já separava alguns ingredientes que estavam dentro da geladeira.
- E o que eu faço? – Dougie parecia perdido.
- Pegue uma panela e o liquidificador. – pediu e Dougie o fez.

Enquanto isso, em seu quarto, novamente discutia com seu sono.
- Ah, não... De novo não! Na boa, eu preciso descansar um pouco... Tudo o que aconteceu ontem no Rock ‘n’ Bowl não sai da minha cabeça, mas ainda bem que a não precisou de nada, senão a minha briga com o Harry continuaria hoje... – sentou na cama, abraçada ao travesseiro. – Eu acho que vou descer pra comer alguma coisa, já que a e o Dougie fizeram compras ontem, mas acho que não tem ninguém... – Os devaneios de foram interrompidos pelo barulho de algo caindo, provavelmente na cozinha. – Pensei errado, tem gente acordada sim.
fez sua higiene matinal e desceu para a cozinha, onde encontrou e Dougie preparando a lasanha.
- Agora você põe mais uma camada de queijo. – disse e Dougie o fez.
- Cheguei antes do rango sair? – perguntou quando entrou na cozinha.
- Infelizmente, sim, mas daqui a meia hora, vai estar pronto... Pelo menos, foi o que a disse. – Dougie apontou para .
- Então tentem guardar a minha parte, porque eu não vou conseguir esperar. – levantou e foi até o armário procurar o que comer. – Hey, tem cereal!
- Não vai conseguir esperar mesmo? – perguntou desanimada.
- Na verdade, não estou com muita fome, só vou comer um pouco de cereal. – justificou, abrindo a caixa do cereal.
- Bom dia! Ou boa tarde... Não sei que horas são. – se fez notar na cozinha.
- Boa tarde, . – Dougie disse logo depois de colocar a lasanha no forno.
- Boa tarde. – respondeu enquanto lavava as panelas que usou.
- Já acordada? – perguntou, preparando seu cereal.
- Faço a mesma pergunta a você. – estranhou.
- Na verdade, nem consegui dormir direito... – riu fraco.
- Não duvido disso. – assentiu já supondo o motivo da falta de sono da prima.
- Falando em festa, me conte como foi ontem à noite... – pediu num misto de ansiedade e curiosidade.
- Nem dá pra contar agora, . – lamentou.
- Por quê? – franziu o cenho.
- Porque só vai ser legal se todos estiverem juntos. – explicou.
- Tá bom, né... – fez bico e cruzou os braços.
- Não fica assim, você ouviu o que elas disseram? Elas vão contar, mas só quando todos estiverem juntos, então é só esperar mais um pouco. – Dougie disse, abraçando por trás.
- Que cena bonita de se ver logo depois de acordar... – Danny se fez notar na cozinha.
- Cala a boca, Danny. – Dougie riu e depois deu um beijo na bochecha de .
- Boa tarde, todo mundo! – Danny falou com um grande sorriso.
- Boa tarde, Mr. Sunshine. – brincou.
- Boa tarde, Dan. – abraçou o namorado e lhe deu um selinho.
- Quando sai o almoço? – Danny perguntou ao se sentar na bancada, perto de onde estava.
- Daqui a pouco, se acalme. – disse de modo autoritário.
A conversa na cozinha continuou até a lasanha ser tirada do forno.
- Parece boa. – Danny foi o primeiro a ir se servir, acompanhado de que se serviu também.
- Espero que tenha ficado tão boa quanto está parecendo. – disse, também indo se servir.
- Ficou ótima. – Danny disse depois de provar um pouco.
- Dois votos. – concordou.
- Também, né?! Eu ajudei a fazer... – Dougie se gabou.
- O mal é o convencimento... – Tom comentou ao entrar na cozinha com .
- Pelo visto, chegamos na hora certa... – comentou ao ver todos almoçando.
- Pois é, deram sorte. – sorriu. – Aproveita que tem lasanha!
- Tudo bem, ? – perguntou ao perceber que estava um tanto alheia à conversa há um tempinho.
- Deve ser sono... – deu de ombros e se levantou. – Acho bom voltar pro quarto.
- Tem certeza? – se levantou e ficou próxima de , para que a conversa tomasse um tom particular.
- Não, mas é melhor eu não falar sobre isso, é besteira minha. – deu um sorriso fraco, tentando tranquilizar a prima.
- É por causa do que aconteceu ontem ou é pelo o que vai acontecer amanhã? – sabia que a prima não ficava tão mal apenas por sono.
- Os dois. – deu um suspiro profundo e triste. – E também é sono, vou dormir um pouco.
- Tá bom, espero que quando você acorde, você se sinta melhor. – deu um sorriso confortador.
- Também espero. – terminou de lavar a tigela que usou e subiu, sem mais palavras ou reações.
saiu da cozinha, foi em direção à escada e viu que o Harry descia enquanto ela subia. Harry achou que o clima pesado da madrugada anterior tinha passado, mas percebeu que estava enganado quando passou sem ao menos olhar pra ele. Ele tomou coragem pra falar com ela, mas quando virou, já tinha chegado ao corredor, então ele acabou desistindo naquela hora.
- Oi. – Harry disse ao entrar na cozinha.
- Oi. – Todos responderam em coro.
- Bom, estou indo pra sala... – disse, se levantando da mesa para colocar o prato na pia. – Alguém vai comigo?
- Eu vou. – Dougie repetiu o gesto de .
- Que novidade. – Danny riu. – Também vou.
- Eu também. – foi junto.
- Que novidade. – Tom imitou o Danny, fazendo rir.
- , queria falar com você depois, pode ser? – Harry perguntou antes que saísse da cozinha.
- Tá bom. – assentiu.
Harry se juntou a e Tom à mesa, mas não quis almoçar naquela hora.
- Esqueci de avisar que vamos ter show amanhã... – Tom disse dando um tapa na própria testa.
- Depois você avisa. – tranquilizou o Tom.
- Show onde? – Harry perguntou.
- O² Arena, se eu não me engano. – Tom respondeu sem muita certeza.
- Assisti o primeiro show da minha vida lá na O²... – relembrou.
- Lá é muito legal. – Tom sorriu carinhosamente para .
- Preciso resolver uma coisa, com licença. – Harry se levantou da mesa e, antes que respondessem, já tinha ido pra sala.
- ... mas é verdade, só vai ser divertido se estivermos todos juntos. – Danny disse para e Dougie que, novamente, tinham pedido pra contar como tinha sido a noite anterior.
- , pode vir aqui rapidinho? – Harry pediu logo ao chegar na sala.
- Ok. – levantou e foi até onde Harry estava. – Pode falar, o que te aflige?
- Você sabe como a está?
- Provavelmente deitada. – brincou, mas voltou ao tom sério. – Harry, ela estava com sono.
- Tenho certeza que não era sono... – Harry insistiu, relembrando o momento que viu . – Pelo menos, não só isso.
- Harry, ontem ela ficou chateada pela maneira que você falou com ela durante aquele ataque de preocupação com a ... Quem sabe, ela ainda esteja se sentindo mal por isso. – explicou.
- Mas não tínhamos nada a fazer em relação àquilo. – Harry justificou a maneira que agiu.
- Você devia ter dito isso a ela. – rebateu o argumento. – Ela ficou mal por ter achado... - OLHA A CONVERSINHA COM A MINHA NAMORADA AÍ, HEIN?! ESTOU DE OLHO EM VOCÊS! – Danny interrompeu fazendo rir.
- Cala a boca, Jones! – Harry gritou de volta. – Continue, .
- Como eu estava dizendo, ela achou que você não estava dando a mínima para o que poderia estar acontecendo com a e estava achando a preocupação dela uma grande besteira. – terminou sua explicação.
- Mas não foi nada disso, ela me entendeu errado... Vou falar com ela depois. – Harry decidiu. - Vai fazer a coisa certa. – deu um sorriso encorajador.
- Obrigado, . – Harry sorriu.
- Sem problemas! Agora, se me dá licença...
- Tudo bem, pode ir. – Harry assentiu.
Quando viu que tinha voltado para o sofá, onde conversava com , Dougie e Danny, Harry subiu para o quarto de para ver se ela estava acordada e finalmente conversar com ela.

Na cozinha...
e Tom terminavam de lavar a louça do almoço.
- Pelo menos lavar a louça você sabe... – Tom brincou enquanto enxugava um copo. - Tom! – o repreendeu.
- É brincadeira. – Tom disse e roubou um selinho de .
- E você com essa mania de fazer implicâncias só para roubar alguns beijos... – enxugou as mãos e cruzou os braços.
- Vai dizer que não gosta? – Tom perguntou de maneira maliciosa e puxou para outro beijo.

Na sala...
- Pelo menos, vocês vão ver as fotos. A levou a câmera do Tom. – Danny ainda tentava consolar Dougie e por ainda não saber muita coisa sobre a festa da noite anterior.
- Agora só temos que esperar o dono da câmera. – deu um fim ao assunto.
- Aposto que ele está se agarrando com a na cozinha. – Dougie disse em tom malicioso.
- Dougie, você tirou o dia pra implicar com os outros, não é? – Danny perguntou, ainda sem entender o comportamento do amigo naquele dia.
- Não é isso, só estou expondo alguns dos meus pensamentos, mas juro que vou parar. – Dougie disse sério, mas depois voltou ao tom divertido. – Vamos ver se eles estão se agarrando na cozinha?
- Vocês não têm vergonha, né? – riu. – Vamos lá!
- Vamos. – Danny levantou com e seguiu Dougie que já estava perto da cozinha.
- Estamos ao vivo aqui, diretamente da McHouse com o flagra do dia: Tom Fletcher e Powell na cozinha. – imitava uma repórter investigativa, assim que viu Tom e se beijando. – Contamos com a presença de Marshall no local. , o que você acha dessa cena?
- Uma loucura. Apenas. – disse, fingindo estar impressionada.
- Dougie Poynter, o que você acha? – continuou sua “entrevista”, mesmo quando e Tom estavam apenas abraçados.
- Um ato natural e bonito. – Dougie fazia pose de especialista. – Nesse momento mesmo, quando eles se abraçam, é um ato comum da espécie Apaixonalidium, o que é impressionante, pois achávamos que esses genes estavam presentes apenas nos dinossauros e primatas, mas, depois de alguns estudos, concluímos que...
- Muito obrigada, dr. Poynter. – interrompeu Dougie. – Danny Jones, o que você acha? - Woohoo! – Danny levantou os braços, comemorando, o que fez o casal na cozinha se assustar e se separar.
Os quatro pararam em silêncio por um momento e se entreolharam com a expressão de quem pergunta “O que a gente faz agora?”. Até que o Danny diz a única solução para aquele momento:
- Corre!
Todos correram de volta para a sala e começaram um assunto que não tinha nada a ver com nada, apenas para afastar a suspeita de que estavam espiando.

Na cozinha...
- Acho que estavam nos espiando... – disse.
- Deve ser alguma das ideias brilhantes do Danny, do Dougie ou do Harry. – Tom suspirou, lembrando que aquilo já tinha acontecido no tempo em que os quatro moravam juntos e alguém conseguia levar uma garota pra casa.
- Ah, deixa pra lá... Já deveríamos estar na sala há algum tempo.
- Ok, vamos para a sala. – Tom deu outro selinho em e saiu com ela da cozinha em direção à sala.

Na sala...
- ... Eu acho que nem o Harry se lembrava disso. – Danny contava uma história antiga.
- Falando em Harry, cadê ele? – perguntou.
- Eu pensei que ele tinha voltado pra cozinha naquela hora. – ficou confusa.
- E eu pensei que ele estava aqui na sala. – Tom comentou e concordou.
- Então ele deve estar no quarto dele... Sei lá! – Dougie deu de ombros.
- Tom, a devolveu sua câmera? – mudou de assunto.
- Devolveu, está lá no meu quarto. – Tom assentiu. – Por quê?
- É que eu quero ver as fotos de ontem, você pode ir lá pegar, por favor? – pediu.
- O Danny vai lá, não é, Danny? – Tom deu um leve tapa no ombro do Danny.
- Por que eu?
- Porque eu pedi e você não vai fazer essa desfeita... – Tom insistiu.
- Só vou porque foi a quem pediu. – Danny levantou e foi em direção às escadas. Também era uma chance de saber onde Harry estava ou o que ele estava fazendo.

No quarto de ...
Harry entreabriu a porta e viu dormindo profunda e tranquilamente. Entrou no quarto e encostou a porta, depois foi em direção à cama de .
- “Acho que só vou conseguir te dizer isso enquanto você está dormindo, senão eu acho que levaria uns tapas...” – Harry pensou e se abaixou ao lado da cama, falando bem baixo. – Não sei por onde começar... Odiei ter discutido com você de novo... Eu sabia que você tinha um instinto protetor sobre as meninas, mas não sabia que era tanto assim. – Riu brevemente enquanto procurava as palavras, mesmo achando que não estava o ouvindo e, se estivesse, ela poderia não se lembrar de tudo quando acordasse. – Mas, depois disso tudo, a sua atitude fez com que eu te admirasse ainda mais e também fez com que eu tivesse certeza de que eu não quero que tudo o que estamos vivendo aqui termine amanhã. – Ele tentou imaginar como seria o futuro dele com , mas achou que não era bom fazer aquilo tão cedo. – Bom, esse rodeio todo foi para finalmente dizer, sem interrupções agora, que eu te amo e que eu sempre estarei ao seu lado para te ouvir, te ajudar, cuidar de você ou apenas ficar por perto, mesmo quando você disser que não precisa. – Rolou os olhos por ter achado o que ele acabou de dizer uma idiotice, depois afagou os cabelos de , o que a fez suspirar e se aninhar nos lençóis. Ele sorriu involuntariamente por aquela reação.
Harry não percebeu, mas o Danny tinha visto uma parte do que aconteceu, porém, não ouviu nada. Quando percebeu que o Harry ia se levantar pra sair do quarto, Danny desceu rapidamente para a sala com a câmera do Tom em mãos e agindo como se nada tivesse acontecido.

Na sala... - Pronto, podem se acalmar porque eu já cheguei. – Danny disse, se fazendo notar na sala. - Ah, deixa eu ver! – pediu animada e Danny entregou a câmera pra ela.
- A curiosidade é algo muito interessante... – Dougie disse como uma indireta para .
- Nem diga nada, você está tão curioso quanto eu. – disse sem desviar a atenção da câmera.
- Por que você está passando as fotos tão rápido? – perguntou ao perceber isso.
- Porque são as fotos que eu já vi, quero ver as fotos da segunda parte da festa. – continuava passando as fotos.
- Então você já passou, no mínimo, umas cinco fotos da segunda parte. – avisou.
- Jura? – voltou até a última foto da primeira parte da festa e passou para a próxima foto que era a foto dos Guys com batata frita em tudo quanto é canto. – Ok, o que é isso?
- Suas primas que fizeram isso. – Danny disse e olhou para e .
- E o que vocês fizeram para merecer isso? – perguntou entre risos, enquanto Dougie ficava praticamente roxo de tanto rir.
- A gente não fez nada demais. – Tom defendeu a ele, ao Harry e ao Danny.
- Se discutir sobre nossos pedidos só pra nos irritar e depois dizer que que era brincadeira não for nada demais, não foi nada mesmo. – disse em tom irônico.
- Hã?! – Danny não entendeu.
- Esquece... – riu por causa da expressão confusa do Danny.
- Então vocês mereceram. – disse e passou mais algumas fotos. – Ah, que lindo!
- Eu?! Bom, eu sei que sou. – Harry disse, logo quando chegou à sala.
- É pra rir ou pra chorar com isso? – Danny disse e todos olharam para o Harry, que apenas rolou os olhos.
- A ia adorar essa cena. – comentou depois que Harry se acomodou em um dos sofás. - Tenho certeza que ela estaria morrendo de rir. – imaginou a cena.
- Ok, mas qual foi a foto? – mudou o rumo da conversa.
- O Tom e a juntos. – mostrou a foto em que os dois estavam juntos na pista de dança.
- Eu não sabia da existência dessa foto. – examinou a foto.
- A foto ficou ótima, vocês ficam em evidência, como se não tivesse mais ninguém na pista de dança. – fez sua análise da foto.
- E pelo visto vocês não ficaram de fora dessa. – mostrou uma foto em que e Danny sorriam um pro outro enquanto estavam na sacada.
- Gente, que foto linda! – sorriu.
- Dá pra notar que já tinha acontecido o blackout. – notou, pois, ao fundo da foto, tudo estava escuro e ela lembrava que ali tinham casas.
- O pior é que eu nem vi quando a tirou essas fotos. – Danny disse pensativo.
- Você estava com a , você acha que iria perceber alguma coisa? – Harry, que até aquele momento não tinha dito nada, disse em tom óbvio.
- Sozinho não percebe nada, imagine com a ... – Tom completou o pensamento do Harry. - O que é que eu posso fazer?! – Danny deu de ombros e abraçou .
- Ah, é o amor... – Tom suspirou, fazendo todos rirem.
- Depois desses momentos super fofos, aparece a num momento meio maluco com o Harry. – comentou ao ver uma foto em que e Harry estavam com expressões assustadas, o que tornava a foto engraçada.
- O que você esperaria de Spencer? – perguntou como se a resposta fosse óbvia. - Depois de todas essas fotos, eu esperaria algo fofo. – deu de ombros.
- Parece até que não conhece a prima que tem... – riu.
- Eu gostei da foto. – Harry comentou e sorriu ao se lembrar do momento em que a foto foi tirada.
- Foi criativo... Pelo menos, eu achei. – Dougie comentou.
- Quem é criativo? – se fez notar na sala.
- Estamos vendo as fotos que você tirou ontem e eu achando bastante criativas. – Dougie explicou.
- Obrigada. – sorriu e se sentou ao lado do Harry, porque também queria ver as fotos. - Espera um pouco, quem são essas? – perguntou mostrando uma foto dos Guys com as três fãs do dia anterior.
- São fãs que vieram falar conosco ontem. – Tom explicou e as meninas rolaram os olhos.
- Então quer dizer que essas fãs vieram falar com vocês, pegaram a câmera do Tom, tiraram fotos e praticamente expulsaram as meninas da mesa? – perguntou e viu as meninas assentirem veementemente.
- Você esqueceu de dizer que elas eram tão simpáticas que, até se alguém precisasse de ajuda, ninguém daria a mínima. – disse como indireta para o Harry.
- , eram fãs, não podíamos tratá-las mal. – Danny justificou.
- Não tem problema, Danny. – pareceu compreender. – Já passou e o que importa é que, felizmente, ninguém precisou de ajuda.
- Ooown, que foto linda... – mostrou a foto em que , Tom, e Danny estavam juntos na mesa.
- Mas falta o Harry, a ou os dois na foto. – Dougie observou.
- Aconteceu isso porque a tirou a foto e o Harry não estava por perto na hora. – explicou.
- Estou com cara de sono, que horror! – disse ao olhar a foto.
- Todos estamos com cara de sono. – Danny observou.
- Também pudera, né? Acho que aí já passava das 4:00 da manhã. – Tom tentava lembrar o horário em que a foto foi tirada.
- Então foi bom eu não ter aparecido na foto. – comentou bem-humorada.
- Nesse momento, deu a louca e começou a fotografar tudo o que via pela frente. – mostrou uma sequência de fotos que não faziam muito sentido, mas eram até bonitas.
- Não tinha nada pra fazer, estávamos esperando o dia clarear, então eu fiz isso. – deu de ombros.
- Acabaram as fotos. – fez bico.
- Eu preciso passar essas fotos para o computador. – subiu rapidamente para seu quarto e logo estava de volta com o notebook em mãos.
- , onde você está gravando essas fotos? – Dougie perguntou quando conectou a câmera ao computador.
- As fotos estão nesse notebook e também estão em um pen drive que eu trouxe de casa.
- Então quando voltarmos pra casa, eu vou querer esse pen drive emprestado para copiar essas fotos no meu computador. – disse, tentando disfarçar o incômodo em falar sobre a volta delas pra casa.
- Pode deixar. – disse com um sorriso confortador. Percebeu o incômodo da prima.
passou as fotos para o pen drive e fez uma pasta com uma seleção de fotos da estadia delas na McHouse, como se fosse uma maneira de lembrar os melhores momentos daqueles treze dias, tudo isso, na intenção de fazer um álbum de fotos para , como um presente de aniversário das três. Aproveitando que tinha ido ao seu quarto, chamou e para contar sua ideia.
- Ótima ideia! – ficou eufórica, mas logo assumiu uma expressão confusa. – Mas, como faremos esse álbum?
- Eu estava pensando assim: , você vai revelar as fotos e compra um álbum comum, sem decoração, para que a faça a decoração e a montagem do álbum, porque você é bastante criativa com essas coisas e desenha muito bem. – explicou e olhou para as meninas com expectativa.
- E você vai fazer o quê? – perguntou.
- Eu fiz a seleção das fotos e vou pagar revelação e álbum... Ah, e só vamos entregar esse álbum quando estivermos indo embora.
- Só vou dizer que é justo porque a maioria das fotos foi tirada por você. – brincou. - Você só vai revelar as fotos e trazer pra cá, até parece que é grande esforço. – provocou.
- Qual pasta tenho que revelar? – perguntou quando entregou o pen drive a ela. - A pasta se chama “O Álbum”. – gesticulou como se imaginasse um letreiro neon com esse nome.
- Criatividade ligou e mandou um abraço. – riu.
- Haha. – riu irônica e rolou os olhos.
- Você sabe que eu estou brincando. – abraçou .
- , tem ideia da decoração que vai fazer? – perguntou ainda abraçada com .
- Eu pensei em separar por temas: Quando for algo normal da McHouse, eu faço desenhos relacionados a música; quando forem as fotos do show, eu desenho coisas relacionadas a shows, tipo ingressos e aqueles crachás do AAA; quando for a sessão de autógrafos, eu desenho CDs, câmeras fotográficas ou até os nossos sobretudos iguais e quando forem as fotos do aniversário, faço desenhos de coisas referentes a aniversário. – explicou.
- Vai ficar lindo. – já imaginava o álbum pronto.
- Por isso que eu falei que a seria a melhor pessoa para decorar o álbum. – disse, convencida. – , aqui tem um dinheirinho, acho que dá pra compra tudo.
- Deve dar. – disse ao pegar o dinheiro da mão da prima. – Devo comprar um álbum de que cor?
- Eu acho que preto seria melhor, porque eu vou adiantar os desenhos em papel ofício ou papel cartão, se eu achar, e só vou colar no álbum. – propôs.
- Então tá bom. Já volto! – disse, pegando seu casaco e saindo de casa.
- Posso saber o que as senhoritas estão tramando? – Danny perguntou ao se aproximar de e .
- Depois eu conto, porque a está descendo. – disse ao ver descendo as escadas.
- E eu vou adiantar os desenhos. – saiu à procura de papel, lápis e canetinhas.
subiu para seu quarto e começou a procurar em todos os lugares pelos materiais que ela precisaria para a decoração do álbum e encontrou esses materiais na gaveta da escrivaninha. Logo depois, desceu para começar sua tarefa.
- Acho que agora entendi. – Danny disse depois que explicou a ideia do álbum. – Posso ajudar com alguma coisa?
- Preciso de ajuda com as cores e ideias de desenhos relacionados aos temas sobre os quais eu vou desenhar. – disse e as ideias começaram a fluir entre os dois.
Enquanto isso, conversava com o Tom no sofá menor da sala.
- Acho que é a primeira vez que eu não queria que tivesse um show pra fazer... – Tom se queixava.
- Tom, não fica assim, não tem problema...
- Mas , eu queria passar o dia com você, da hora em que você acordasse até a hora que a gente fosse até o aeroporto. – Tom justificou.
- Nem eu, nem as meninas vamos deixar vocês desistirem de um show por nossa causa. – disse de modo severo. Sabia que aquilo era verdade.
- Eu tenho certeza disso. – Tom entortou um pouco a boca.
- Que horas vai começar esse show?
- Está planejado para sairmos de casa às 17:00 e o show começar às 19:00.
- Então olhe por esse lado: vocês vão ter a manhã e a tarde com a gente até irem para o show. - Vocês não vão ao show? – Tom não esperava uma coisa daquelas.
- Vamos, mas, enquanto vocês vão para a O² e se preparam para o show, nós vamos nos arrumar e arrumar nossas coisas, pois, provavelmente, vamos embora logo depois do show. – abaixou a cabeça. Por mais que soubesse que aquele período de quatorze dias já estava terminando, ela não queria voltar pra casa.
- Ah, como eu não queria que você fosse embora... – Tom abraçou e os dois ficaram ali juntos por um momento, até que ela mudou de assunto.
- Parece que a ainda não está muito bem com o Harry...
- Pois é, os dois mal se falaram hoje. – Tom observou. – Mas o Harry vai dar um jeito nisso. - Ou será que não? – duvidou quando viu Harry tentar falar alguma coisa, mas recuar ao ver dar um suspiro impaciente.
Dougie conectava o videogame à televisão como uma criança que acabava de ganhar um presente.
- Ok, vai com calma, mate. – Harry advertiu ao ver Dougie perdendo a paciência com um jogo que parecia não funcionar.
- Mas Harry, não tem nada de errado aqui! Os cabos estão conectados, os controles também, o cartão de... Hey, falta o cartão de memória. – Dougie coçou a nuca sem jeito.
- Isso também não importaria, a não ser que você tivesse algum jogo salvo. – disse sem desviar a atenção do notebook, mas notou que Harry e Dougie olhavam para ela. – Desculpa, não devia ter me intrometido.
- Sem problemas, . – Dougie disse. – E você ainda tem razão... O cartão de memória não alteraria muita coisa.
- Agora, porque esse interesse repentino no videogame que ficou aí intacto durante treze dias? – perguntou, sorrindo de lado. Ela nem lembrava que tinha um videogame ali, senão ela teria dado um jeito de jogar um pouco.
- É que eu fiquei com pena de vê-lo sozinho, então eu resolvi fazer companhia a ele, mostrar um pouco de solidariedade. – Dougie respondeu vendo o vídeo de introdução do jogo. No final, o problema era que o Dougie tinha colocado os conectores em uma saída diferente da que ele tinha pensado.
- Devia ter colocado essa também... – pensou alto, revendo uma foto da noite anterior. - O que você está vendo aí? – Harry perguntou, puxando assunto.
- As fotos de ontem, eu devia ter feito algo com ela, mas acabei me esquecendo. – O tom de não era de frieza, mas parecia distante.
- Ah, entendi... , podemos conversar?
- Já estamos conversando. – disse ainda sem desviar a atenção do notebook.
- Queria pedir desculpas por aparentemente não ter me importado quando você estava preocupada com a .
- Hm. – Ela assentiu, passando rapidamente as fotos.
- Não tinha nada que podíamos fazer, não podíamos sair e, mesmo se conseguíssemos sair, não estaríamos seguros e o principal: Não podíamos fazer o blackout terminar. – Harry se explicou. - Eu sei disso, Harry. – deu de ombros.
- Você ainda me parece chateada. – Harry não esperava aquele tipo de respostas, aquelas que o fazia se sentir culpado.
- Não se preocupe. – finalmente voltou a atenção para o Harry.
- ... – Harry colocou sua mão sobre a mão de .
- Harry, fica tranquilo. – sorriu e desligou o notebook. – Está tudo bem. O bom foi que a não precisou de ajuda.
- Cheguei! – disse se fazendo notar na sala.
- Onde você estava? – perguntou. Achava que a prima estava em seu quarto, não na rua.
- Eu... Bom, eu... – tentava inventar uma desculpa e as meninas temeram que ela não conseguisse fazê-lo. – Eu precisava comprar um... Enxaguante bucal, ou pelo menos achava que precisava, porque, no meio do caminho, eu lembrei que tinha trazido um reserva.
- Ah... – tentava assimilar a história que a prima tinha acabado de contar, mas achou plausível, já que um dos hidratantes dela tinha terminado há alguns dias e ela estava usando um de .
- Garota, onde estão as fotos? – perguntou quase num sussurro quando veio a seu encontro.
- Relaxa, as fotos e o álbum estão na dispensa, numa sacola verde. Você leva pro quarto da e avisa a ela depois. – tranquilizou a prima, explicando tudo.
- , vamos jogar videogame? – Dougie pediu, se aproximando de onde conversava com .
- Você não poderia ter feito isso... – disse em tom de provocação, depois riu e pegou o controle que Dougie tinha levado pra ela.
- Eu vou colocar esse álbum no quarto da ... – pegou o notebook, deu um selinho no Harry e foi para a dispensa.
No quarto de , se perguntava onde iria colocar o álbum e o envelope com as fotos.
- Se eu deixar em cima da cama, é capaz alguém ver, principalmente a ... Na escrivaninha também é bastante exposto, mas dentro do guarda-roupas já é escondido demais e do jeito que a é Jones, é bem capaz ela...
- ! – disse ao entrar no quarto e acabou assustando a prima. – Já fiz a maioria dos desenhos, quer dar uma olhada?
- Eu gostaria... – pegou os desenhos da mão de e olhou todos. – Estão ótimos, .
- O Danny me ajudou. – sorriu de modo meigo.
- Os desenhos estão realmente bons, mas, onde eu ponho isso? – se referiu ao álbum e às fotos.
- Deixa na gaveta do criado-mudo. – disse e o fez. – Antes de dormir, faço todas as colagens e deixo tudo pronto.
- A vai adorar esse álbum. – disse, confiante e orgulhosa de sua ideia.
- Quem não adoraria? – comentou.
- Pois é... – concordou. – Vamos descer?
- Vamos. – disse e as duas desceram para a sala.
- Nem se ache, Dougie, você sabe que eu sempre ganho de você no videogame, não se iluda com isso, . – Danny provocava.
- HAHA, como você é engraçado. – Dougie rolou os olhos.
- Tá bom, chega de briga, ainda mais por causa de videogame. – disse em tom severo. - Mas ... – Danny procurava uma maneira de se explicar. – O Dougie ganhou de mim duas vezes hoje no videogame e isso nunca acontece!
- Então é coisa que alguma hora devia acontecer. – riu com a reação do Danny ao seu comentário, já que ele esperava que a namorada o defendesse. – Cadê o Harry?
- Foi resolver um problema na rua, não sei direito. Acho que foi ver uma coisa sobre o show... – Tom disse a primeira coisa que lhe veio à mente. estranhou, mas não comentou nada.
- Show? Vocês têm show por esses dias? – tentou reforçar a história, pois notou a reação de .
- Temos show amanhã, era pra eu ter dito isso mais cedo, mas esqueci. – Tom disse e Dougie, assim como o Danny, assumiu uma expressão confusa.
- Amanhã? – Danny perguntou e Tom confirmou com um aceno de cabeça. – Mas eu queria ficar em casa amanhã...
- Eu também. – Dougie cruzou os braços. – Queria aproveitar o dia com as meninas.
- Mas vocês vão fazer o show sim, não vamos fazer vocês desistirem de fazer um show por nossa causa. – disse firmemente e olhou para o Tom como quem diz “não disse?”.
- Exatamente. Nada de desistir de show por nossa causa. – concordou com .
- Não tem lógica uma coisa dessas, vocês vão cumprir a agenda de vocês sim. – disse e logo depois notou que Harry tinha chegado.
- , preciso te perguntar uma coisa. – se levantou e foi para perto de , falando um pouco mais baixo para que apenas ela ouvisse. – Você tem algum show dos Boys em algum dos pen drives que você trouxe?
- Só tenho o Live in Orlando e o da tour do Never Gone com Nick-fat- Carter. – respondeu sem entender nada.
- Ótimo! Vamos ver o Live in Orlando então. – se levantou e estendeu a mão para que se levantasse também.
- Tá bom, vamos ver o Howie suado, com a camisa aberta e com um buquê de rosas nas mãos. – brincou e as duas subiram para o quarto de .
Chegando ao quarto, pegou um pen drive que estava na gaveta do criado-mudo e conectou ao notebook que estava em cima da cama. se sentou ao lado dela.
- Prontinho! Homecoming - Live in Orlando, show gravado em 1998, se eu não me engano. Não ligue para as roupas que eles estão usando, o que importa é a música, que é muito boa. – disse quando iniciou o show e riu.
- Pula essa introdução aí. – disse e o fez.

Na sala...
- Não é legal? – Harry mostrava o presente que tinha comprado para .
- Só espero que a não entenda mal. – comentou, sabendo que a prima era bastante desconfiada e poderia tirar conclusões erradas sobre o presente que Harry estava prestes a lhe dar.
- Não acho que dá margem a “entender errado”. – opinou, examinando o presente. – Ela vai curtir demais.
- Só lembrei dela quando vi isso. – Harry sorriu.
- E vai ser uma ótima lembrança de McHouse pra ela. – Danny comentou, se perguntando mentalmente porque ele não tinha pensado naquilo antes.
- Quando você vai entregar esse presente a ela? – perguntou.
- Daqui a pouco, já que está tudo bem entre nós dois. – Harry sorriu nervoso. – Eu sei que ela está com a , pois eu tinha contado meu plano a ela e ao Tom e precisava que ela distraísse a para que ela não desconfiasse de nada...

No quarto de ...
O show continuava e as primas comentavam.
- Oh my God! É agora! É agora! – disse eufórica quando ouviu a introdução de “My Heart Stays With You”.
- Ok, eu sei, eu sei, só tenta se acalmar... – ria.
Durante a música, apenas pôs-se a suspirar e sorrir.
- Wherever I go, whate-ever I do-o, baby I know my heart stays with yoooou... cantou com uma voz aguda e um tanto desafinada e acabou levando um tapa da prima.
- Não fale nada, quando tocou “Nobody But You”, você fez a mesma coisa. – mostrou a língua.
- Mas Kevão é Kevão... – riu maliciosa, depois suspirou. – Por que ele inventou de envelhecer mal?
As duas continuaram assistindo ao show. Quando o show estava quase terminando, se levantou da cama.
- Acho que vou tomar um banho. – se espreguiçou. – Você não se importa não, né? - Não, não...
- Que bom, mas, mesmo se você se importasse, eu iria tomar banho de qualquer maneira. – deu de ombros.
- Então porque perguntou? – ria. Aquela era um dos comentários clássicos de . - Por educação. – deu de ombros.
- Quando o show terminar, eu deixo o note aqui e desço. – avisou.
- Tranquilo. – disse e pegou a roupa que usaria após o banho e foi pro banheiro.

Na sala, minutos depois... Tom e Dougie ainda jogavam videogame, Danny, e também estavam na sala, observando o jogo e fazendo provocações com quem perdia. Harry estava encostado na parede, observando os amigos jogarem.
- Terminei o show, ela foi tomar banho. – disse para o Harry, acordando-o de seus devaneios.
- Ok, obrigado, . – Harry assentiu e subiu, indo até seu quarto.
- Eu quero ver a cara da quando ela descer com o Harry. – , que tinha ouvido a pequena conversa entre e Harry, comentou e concordou, também estava curiosa.
Harry saiu de seu quarto, indo pro quarto do Tom, que era ao lado do de , tentando ouvir algo. Enquanto isso, terminava de se vestir.
- Meu Deus! Qual é o problema dessa camiseta? – perdia a paciência com a camiseta dela que parecia ter encolhido. – Ok, McHouse me deixou gorda... Mas pra onde é que essa gordura foi?
continuou se examinando no espelho até concluir que era tudo besteira e foi procurar outra camiseta.
- Tá vendo aí? Essa camiseta é exatamente do tamanho da outra e coube perfeitamente! Eu não estou gorda! – estranhava a própria atitude. – A última vez que esse tipo de questionamento aconteceu foi quando eu me apaixo... Deixa de besteira, garota!
Ela pegou o secador de cabelo e começou a fazer o que o produto se propõe a fazer.
- Aparentemente, ela está secando o cabelo. – Harry disse ao ouvir o barulho do secador, a única coisa que conseguiu ouvir e resolveu sair.
- ... You need me like I need you. We can share our dreams coming true… - cantarolava na frente do espelho.
- ? – Harry chamou, entreabrindo a porta do quarto.
- Oi. – disse, com receio do Harry tê-la ouvido cantar. – Entra aí, estou vestida.
- Ocupada? – Harry perguntou, fechando a porta do quarto.
- Já estou terminando. – disse, enquanto procurava pontos molhados em seu cabelo, pra terminar de secar. – Tem alguma coisa a me falar?
- Nada em específico. – Harry riu. – Só que estou feliz por não termos ficado “brigados” depois do que aconteceu ontem.
- Não faria sentido ficar de climão com você por causa de uma discussão do naipe da que nós tivemos ontem. – deu de ombros, rindo. – E também é o penúltimo dia que vamos passar aqui, não ia dar uma de idiota e ficar de picuinha com você por besteira.
- Pois é. – Harry assentiu. – Por ser o penúltimo dia de McHouse e por saber que estamos bem um com o outro, resolvi comprar um presente pra você.
- Presente? – arqueou a sobrancelha, desligando o secador da tomada e escovando o cabelo para tentar discipliná-lo. – Eu sei que vai soar clichê, mas não precisava...
- Mas eu quis comprar um presente pra você. – Harry disse, revelando uma caixinha que indicava que tinha uma joia ali e estendeu pra ela.
deixou o frasco do reparador de pontas cair no chão. Não imaginava que o Harry compraria um presente pra ela, quanto mais uma joia. Passou rapidamente as poucas gotas de reparador que tinha em sua mão no cabelo e se aproximou do Harry, pegando a caixa com as mãos trêmulas.
- Que linda! – ficou boquiaberta quando abriu a caixinha e viu uma pulseira prateada com pingentes de uma casinha, duas notas musicais, a inicial dela, um coração, uma estrela, uma câmera fotográfica e um morango, não exatamente nessa ordem. – Cara, que trabalho isso deve ter dado.
- Não deu trabalho não, . – Harry sorriu. – Só pedi pra colocarem três desses pingentes, os outros já faziam parte da pulseira.
- Eu amei, Harry! – não conseguia parar de sorrir e abraçou o Harry. – Obrigada mesmo. - Não por isso. – Harry estava satisfeito por ter gostado do presente e sem más interpretações, como tinha pensado.
- Minhas mãos estão escorregadias, pode..? – apontou para a caixa e para seu pulso esquerdo, respectivamente.
- Claro! – Harry tirou a pulseira da caixinha e colocou-a rapidamente no pulso de . - Cara... – olhava completamente deslumbrada para seu pulso. Quando olhou novamente para o Harry, não teve nenhuma outra reação que não fosse beijá-lo. Não pelo presente em si, mas pelo gesto e por tudo o que aquele presente passaria a representar pra ela.
- Agora eu acho que deveríamos descer, senão vão começar a pensar que eu arrumei uma maneira, digamos, diferente para agradecer esse presente. – riu após o beijo. - Só espero que não tenha ninguém atrás da porta, tentando ouvir alguma coisa. – Harry riu, imaginando a cena.
Quando os dois desceram, o videogame já tinha sido desligado e todos assistiam a um filme na TV.
- Que filme é esse? – Harry perguntou, fazendo-se notar na sala.
- Eu sei que filme é esse... – se animou e garantiu seu lugar no sofá.
- Tá, e ninguém me fala o nome do filme. – Harry rolou os olhos e acompanhou .
- “Eu te Amo, Cara”. – Danny disse o nome do filme e concordou sorrindo.
- Esse é o nome do filme? – Harry estranhou. Não se lembrava de nenhum filme com esse nome.
- É, é sim. – Danny disse, fazendo sinal para o Harry se calar e todos ficaram em silêncio.
cutucou e , depois apontou para o pulso esquerdo de , que estava abraçada com o Harry, completamente entretida com o filme. fez um coração com as mãos, fazendo as primas rirem.

Na sala...
Horas depois, todos continuavam reunidos na sala e usava o notebook do Tom.
- Guys, vocês sabiam que a set que vocês vão apresentar amanhã ainda não está definida? – perguntou.
- Não está definida? Como assim? – Danny não entendeu.
- Está acontecendo uma votação no site de vocês e todas as sets participam. – avisou, olhando as novidades do site.
- A gente não sabia disso, ... Quer dizer, sabíamos que algo assim iria acontecer, mas achávamos que seria depois de McHouse, não agora. – Tom também estranhava a situação.
- Então vocês vão ter que improvisar. – riu.
- Se escolherem alguma set mais recente, vai ser um pouco mais tranquilo. – Tom achava que daria muito trabalho se as pessoas escolhessem uma das primeiras sets da carreira da banda e era muito provável que o show não fosse dos melhores. – De Radio:ACTIVE pra cima... - Pensando dessa maneira, tem possibilidade da All the Greatest Hits ganhar... – deu seu palpite.
- Quando a votação termina? – Harry perguntou, ficando apreensivo.
- À meia-noite. – leu no topo da página inicial do site.
- Dá pra ver qual está ganhando? – foi para o lado de , procurando mais informações.
- Acho que não...
- Vota! – propôs. – Talvez apareça uma parcial quando computarem o voto.
- Boa ideia! Vota aí, ... – Tom também ficou ao lado de .
- Okay, não rolam parciais... – ficou desanimada depois de votar na set de 10 anos do McFly e ver apenas uma mensagem de confirmação.
- Ô povo que adora um mistério... – rolou os olhos.
- Não falta muito para a meia-noite. – Dougie disse ao ver as horas.
- Ótimo. – disse e fechou a tampa do notebook.
- O que fazer nos próximos vinte minutos até a votação terminar? – Danny esfregou as mãos, mas não tinha ideia nenhuma.
- Na-da. – disse, fazendo todos rirem. – Vamos curtir um tédio.
- Nem pense nisso... Não quero pensar no desafio que eu vou passar daqui a alguns dias. – disse, cruzando os braços e apoiando a cabeça no encosto do sofá.
- Desafio? Que desafio? – se interessou.
- Tipo, vai ter uma apresentação lá na escola de música e uma pessoa também quer tocar bateria, então propuseram um desafio: Quem tocar melhor, ganha. – resumiu a história.
- É aquela coisa que você me falou quando a gente estava na sua casa? Sobre um dia em que um artista vai lá na escola e vocês fazem uma apresentação pra eles? – lembrou que a prima tinha comentado algo assim com ela.
- Isso. – confirmou.
- Espera aí, como funciona isso? – Danny se interessou na história.
- Bom, todo ano, o pessoal da Glenville’s tenta convidar um artista para fazer uma visita à escola e são escolhidos alunos para apresentarem algumas músicas desse artista. Nesse ano, finalmente conseguiram chamar Brian May e Roger Taylor, nisso, começou aquela coisa: Todos querem participar e tem um carinha que quer tocar bateria nesse evento. – explicava, torcendo para que todos estivessem entendendo o que ela estava dizendo. – Os donos da escola, que são meus amigos, sabem que eu também quero participar, daí começou o impasse e nasceu o desafio: Três músicas do Queen sem acompanhamento. Quem vencer o desafio, ganha o direito de tocar na apresentação.
- E você sabe quais são as músicas? – Harry perguntou.
- Sei sim, não são músicas tão difíceis, só cobra agilidade... – deu de ombros.
continuou falando sobre o desafio na Glenville’s e sobre seu “desafiante”, que já estava ensaiando há dias e ela tinha mais ou menos cinco dias para ensaiar o máximo que podia, já que queria muito poder se apresentar.
- Olha só, deu tempo! São 00:15 e o resultado da votação já deve ter saído... – comentou e ligou novamente o notebook.
- Pelo menos, conseguimos preencher o tempo. – sorriu.
- Prontos para saber o resultado? – perguntou, olhando para todos e abrindo a página da votação, onde já tinha o resultado.
- Fala, ! – Tom, que era o mais ansioso de todos, pediu.
- A setlist que vocês vão tocar amanhã é a da turnê... – fez suspense.
- Adianta, mulher! – disse, rindo.
- Anda logo, ! – também ria.
- A set de amanhã vai ser a mesma da Radio:ACTIVE tour! – finalmente falou.
Todos ficaram satisfeitos com a decisão dos fãs e acharam legal a ideia de relembrar aquela tour depois de anos.


Twenty-Two - @Day 14 - The Time Has Come to Say Goodbye


As conversas continuaram por um bom tempo ainda na sala, até que relembrou:
- Meninos, vocês têm show amanhã. Seria bom vocês irem descansar um pouco.
- Na verdade, o show é hoje, já passa da meia-noite. – corrigiu.
- Pois é, vocês deviam descansar mesmo. – concordou.
- Bom, eu não queria, mas... – Tom suspirou.
- Temos que ir. – Harry completou a fala do Tom.
- Nós também temos que ir, afinal, amanhã, quer dizer, hoje, ainda vamos voltar pra casa e temos muito a fazer. – relembrou com um leve tom de pesar.
- É mesmo, vamos lá. – disse e todos levantaram para ir para seus respectivos quartos.
Depois de quase uma hora, ninguém tinha conseguido dormir ainda.
- Ah, não... De novo? Mas eu acho que dessa vez ninguém dormiu também. Se isso aconteceu, as meninas devem tem feito uma coisa... Que mal tem se eu fizer também? Rimou! – se levantou, saiu do quarto e foi em direção ao quarto do Harry.
- “Oh, gosh, será que ele está dormindo?” – pensou enquanto batia à porta.
- ? – Harry estranhou ao abrir a porta, acordando de seus devaneios.
- Te acordei? – estava sem jeito.
- Não...
- Então posso entrar?
- Pode. Pode sim. – Harry deu passagem para entrar, ainda sem entender nada. – Aconteceu alguma coisa?
- Não, eu resolvi vir pra cá porque também não tinha conseguido dormir e achei que as meninas estavam ocupadas ou dormindo.
- Hm, entendi... – Harry assentiu enquanto sentava na cama.
- Mas não vá pensando besteira não, porque eu vim aqui para conversar. – disse em tom severo enquanto também se sentava na cama, só que do lado oposto ao que Harry estava. – Aposto que as meninas também estão fazendo isso...
- Pensando bem, também acho. – Harry acabou concordando.
... E não estava errada.

No quarto do Danny...
- Anda não entendi, ... A banda acabou por causa do vídeo para McHouse? – Danny perguntou, olhando para o teto, tentando assimilar a história que tinha acabado de lhe contar.
- Basicamente por isso. Não culpo ninguém por isso. O que aconteceu foi que a Heather não aceitou o fato de eu já ter gravado o vídeo com as meninas e não tinha dito nada pra ninguém. – explicou novamente.
- Mas era normal acontecerem brigas entre vocês?
- Nada tão grave... Éramos como grandes irmãs, super amigas, sabe? – sorriu com as lembranças. – Se discutíamos, em menos de meia hora, já estava tudo bem. Sabíamos tudo uma da outra, mas aí teve essa briga e tudo acabou.
- Então a amizade acabou com todas? Pensei que tinha sido só com a Heather. – Danny virou de modo que pudesse ver , que estava deitada ao lado dele.
- Na verdade, eu não sei, Dan... Eu destaco a Heather porque eu acho que vai ser mais difícil conversar com ela do que com as outras meninas, mas eu tenho a esperança de voltar, pelo menos, a falar com ela.
- E a banda? Não quer mais?
- Quero, mas se elas não quiserem, eu posso tentar outros caminhos, além de ser difícil achar que vou me acostumar a tocar com outras pessoas... – se confundiu, mas Danny entendeu.
- Com o tempo, você acostuma... Seria um desperdício se você desistisse da música. – Danny disse, olhando nos olhos de e afagando seu rosto suavemente.
- Aaaaawn, - abraçou o Danny e perguntou com a cabeça apoiada no ombro dele: - Será que dá pra acostumar?
- Claro! Quando você conhecer bem e gostar das pessoas com quem você está trabalhando, tudo vai ficar mais fácil. – Danny disse confiante e a conversa continuou.

No quarto do Dougie...
- O que aconteceu? - estranhou a quietude do Dougie.
- Fiquei preocupado, ... – Dougie suspirou.
- Preocupado com..?
- Com a sua volta pra casa. Depois do que você contou o que aconteceu quando você ligou pra lá...
- Ah, a Madison? - supôs e Dougie confirmou com um aceno de cabeça. - Mais cedo ou mais tarde eu ia ter que vê-la, afinal ela é minha irmã.
- Se eu pudesse, não deixaria você voltar pra casa.
- Como assim? – riu, já esperando uma história que chegaria a ser absurda em alguns aspectos.
- Poderíamos fugir e viver num lugar afastado de tudo e de todos, tipo o Havaí, aí você não precisaria ver a Madison. - Dougie contou sua ideia.
- Mas Dougie, ainda tenho meus pais e minha faculdade para terminar, não é tão simples.
- Pois é... - Dougie assentiu. - Quando você terminar a faculdade, conversamos com os seus pais e então vamos embora, combinado?
- Tá bom. - riu. Além de não acreditar muito naquele "plano". - De certa forma, sinto saudades de casa.
- É normal.
- Sinto falta dos meus pais, dos meus livros, do meu computador velho...
- De todas as pessoas, você só sente falta dos seus pais? – Dougie estranhou.
- É. Não tenho uma boa relação com meus parentes que moram lá por perto. – deu de ombros. Aquilo não lhe incomodava.
- Nem família?
- Fora os pais das meninas, só me dou bem com uma tia que mora em Reading. - disse e começou toda uma conversa sobre a relação dela com a família.

No quarto do Tom...
- Ah, Tom... Vai ser tão lindo! Como há alguns anos quando vi vocês na O². – disse, bastante nostálgica.
- Mas , lembre-se que todos nós mudamos. O show pode não ser como você está esperando. – Tom imaginava que o show do dia seguinte não seria exatamente igual a nenhum da tour de 2008.
- Não importa, é um show do McFLY. - sorriu e Tom, involuntariamente, sorriu também.
- Assim fica até parecendo que nunca viu um show nosso. - Tom estranhava a euforia de .
- Isso acontece desde criança. - justificou. - Minha professora de ballet clássico era muito ansiosa e acabou passando isso pra mim.
- Você fez aulas de ballet quando era criança? – Tom arqueou a sobrancelha. Não se lembrava daquela informação.
- Eu fiz alguns cursos quando era criança... Meus pais queriam que eu soubesse um pouco de cada coisa.
- E isso é ótimo. - Tom não via mal algum naquilo. - Mas então, fez curso de que mais?
- Além do ballet, fiz aulas de piano, teatro, canto, natação, ginástica artística e mais algumas coisas...
- Tudo isso na infância? - Tom se assustou.
- Não, não... Adolescência também conta. - explicou, rindo com a expressão do Tom. - Na infância, eu fiz ballet, piano e natação. O resto eu quis fazer depois de um tempo.
- Por que você nunca disse que tocava piano?
- Porque faz muito tempo que eu não pratico. Parei aos 12 anos de idade, ou seja, há quase 12 anos...
- Tenho certeza de que você ainda sabe alguma coisa.
- Já eu não tenho tanta certeza... - brincou.
- Mas enfim, tem poucas coisas que você não sabe...
- Cozinhar, por exemplo. - interrompeu.
- Isso você aprende com o tempo, não é tão difícil.
- Espero que não seja mesmo. - disse e se aconchegou ao lado do Tom.

E assim terminou a última noite (ou madrugada) de McHouse.

Horas depois, acordou sozinha.

- Put'z, dormi demais... – espreguiçou-se e sentou na cama. – Ué, não me lembro de ter trocado os lençóis...
- Pensei que você não ia acordar tão cedo... – Harry disse ao sair do banheiro, secando o cabelo com uma toalha laranja.
- Ah, meu Deus! – se cobriu com o lençol e perguntou assustada: - A gente não..? - Dormimos juntos. – Harry afirmou com naturalidade.
- Ah, não... Ah, não! – se desesperou, tentando relembrar o que tinha acontecido na madrugada anterior.
- Ah, não aconteceu nada não, calma. – Harry disse, segurando o riso com aquela reação da garota. – Você não se lembra de nada?
- Pois é, não aconteceu nada... – deu uma risadinha sem jeito, relembrando que passou a madrugada quase toda conversando com o Harry e depois escondeu seu rosto ruborizado com o lençol.
- Acha que tem mais alguém acordado? – Harry perguntou, mudando de assunto.
- Acho que sim... – comentou, ainda escondendo o rosto.
- Para com isso, ... – Harry puxou o lençol da cama e se jogou ao lado de .
- Você vai forrar a cama depois... – disse de modo autoritário.
- Sim, senhorita. – Harry deu um selinho em .
- Hey, para, eu nem escovei os dentes ainda...
- Mas eu escovei. – Harry se aproximou novamente, mas recuou.
- Deixa eu ir para o meu quarto. – se levantou da cama. – Enquanto isso, se não tiver mais ninguém acordado, coloque água para esquentar e fazer o café.
- E eu não vou ganhar nem um beijinho?
- Depois, Harry, depois... – piscou para o Harry, sorriu e saiu do quarto.

No quarto do Danny...
Bom, no quarto do Danny, quem estava acordando naquela hora era .
- "Hm, estou com uma preguicinha boa..." - Ela pensou e tentou se levantar, mas Danny estava praticamente prendendo-a em seus braços, impossibilitando boa parte de seus movimentos. - "Bom, já que insiste..."

Na cozinha…
- You got me twisted, oh, you got me twisted. I'm not someone you can just disrespect... How would you feel if you were in my shoes feeling used, with the heart bruised. - Harry cantava enquanto a água esquentava.
- Eu sabia que você ia gostar da música... - disse, chegando à cozinha.
- Nem é isso, é que a música simplesmente grudou na minha cabeça... – Harry riu.
- Você simplesmente não quer assumir que gostou de uma música dos Backstreet Boys, vejo isso em seus belos olhos. - disse, enquanto procurava o café no armário.
- Você nem está olhando para mim!
- E nem é preciso... Pelo jeito que você estava cantando, dava pra perceber que você estava envolvido.
... E, com essa conversa, fez o café e fez um chá pra ela.
- Por que não vamos fazer mais nada pro café da manhã? - Harry perguntou.
- Não sabemos que horas o pessoal vai acordar, eu não estou sentindo fome e já passa das 11 da manhã, então, quando todos acordarem, já vai ser hora de almoço, não de café da manhã, além de estar sem vontade nenhuma de fazer nada pra comer...
- Ok então... Vou ficar quieto. – Harry disse, mas acabou não ficando quieto. – Sabia que você é cruel com as pessoas? Vai deixar todo mundo sem comer...
- Que isso! Eu sou um amor de pessoa... Só que de um jeito diferente. Você se acostuma com um tempinho... - disse e beijou o Harry, só que, como estava virando costume, algo aconteceu. Dessa vez, foi a campainha que tocou.
- Ah, não... Eu não acredito. - Harry suspirou impaciente ao partir o beijo, fazendo rir. - Relaxa, eu atendo. - deu um selinho no Harry e foi atender à porta.

No quarto do Dougie...
- O quê? Quem está aí? - Dougie acordou sobressaltado, acordando .
- O que foi, Doug? – perguntou, assustada.
- Foi a campainha. - Dougie rolou os olhos, achando sua reação um tanto idiota.
- E você se assustou assim? - riu. - Imagine se fosse uma bomba...
- Eu não estava em sono profundo, por isso a campainha me assustou. - Dougie se justificou. - Desculpa por ter te acordado.
- Ah, sem problemas, Doug, já estava acordada também, só não me assustei com o barulho assustador da campainha. - zombou.
- Aah, , para com isso.
- Desculpa. - tentava não rir. - Será que tem mais alguém acordado?
- A campainha só tocou duas vezes, então tem.
- Então deixa eu ir pro meu quarto, depois desço.
- Tá bom, passo lá no seu quarto para ir te buscar, tá?
- Tá bom. - assentiu e saiu do quarto.

No quarto do Tom...
- Tom, acorda. - dizia. - Já está tarde...
- Já? - Tom perguntou, ainda sonolento.
- Já. - confirmou. - Pra você ter uma ideia, eu já me levantei, tomei banho e me arrumei enquanto você dormia.
- Tá bom, eu vou acordar daqui a pouco, só preciso abrir os olhos. - Tom mantinha uma mão na frente dos olhos.
- Isso é fácil. - afastou a mão do Tom.
- Você me acordou! - Tom disse como se tivesse feito algo inacreditável.
- Agora deixa de manha e se arruma, porque eu já estou descendo. – disse de modo autoritário.
- Tá bom, vou me arrumar... – Tom assentiu, coçando os olhos.
- Estarei na sala. - saiu do quarto e Tom foi para o banheiro.

No quarto do Danny...
- , acorda... ? Ok, eu tentei te acordar suavemente, mas você não acordou, então... - Danny tomou impulso e pulou em cima de .
- DANNY! - deu um soco em cada ombro dele e depois riu.
- Eu tentei te acordar, mas você estava aí... - Danny se fez de inocente. - Ainda me bateu!
- Eu me assustei... - justificou, mas ainda ria. - Está acordado há muito tempo?
- Não sei... Não vi que horas acordei. - Danny deu de ombros.
- Você sabe, pelo menos, que horas são?
- Não. - Danny estava quase rindo.
- Você é doido, sabia?
- Não. - Danny disse e desatou a rir.
- Não, você não é nem um pouquinho doido. - disse, fazendo Danny rir mais ainda, fazendo-a pensar que ele é mais doido do que ela imaginava. – Vamos descer?
- Assim? – Danny perguntou.
- Não, plantando bananeira. – disse de modo irônico, depois riu. - Vou pro meu quarto, daqui a pouco volto.
- Vai me deixar aqui sozinho? - Danny fez bico.
- Vou, mas volto - disse já saindo do quarto.

Na sala, algum tempo depois...
- ... Aí deixaram esse envelope com a set e várias coisas que vamos ter no show de hoje. – Harry explicou e entregou o papel para o Tom.
- Tá tranquilo. – Tom comentou depois de ler o documento. – Não vai ser tão complicado quanto eu pensei que seria.
- Deixa eu ver. – Danny disse e pegou o documento da mão do Tom. – É, vai ser de boa. Só vamos reproduzir a set, não teremos os mesmos arranjos.
- Mas seria bom acertar logo o que vamos fazer e passar logo isso para os outros. – Dougie advertiu.
- Reunião da banda. – brincou, fazendo os guys rirem.
- Nós não vamos atrapalhar. – disse, se levantando do sofá.
- Participem, vai ser bom ter outras opiniões. – Harry propôs e as meninas se entreolharam sorrindo.
- Então beleza. – esfregou as mãos. – Reunião da banda e agregadas.
Com várias ideias e algumas votações para decidir o melhor para aquele show, a reunião terminou rapidamente e Tom ligou para passar a informação para o Fletch. As meninas gostaram de participar, sentindo que fizeram o show exatamente do jeito que elas achariam que seria perfeito para a despedida dela.
- Ok, o que tem pra comer? - Danny perguntou, se acomodando no sofá.
- Nada. - Harry disse em tom dramático.
- Sem problemas, vou pedir pizza. - Danny se levantou e foi pegar o telefone.
- Dê o endereço certo... - Harry avisou.
- E porque o Danny não daria o endereço certo? - estranhou.
- É que o Danny tinha a mania de dar o endereço certo, mas não dava o número da casa certo, então, quando o entregador chegava e batia na porta do vizinho, o Danny saía de casa culpando o atendente pelo engano e, no fim das contas, os 30 minutos já tinham passado e a pizza ficava por conta da casa. - Harry explicou, relembrando algumas histórias antigas.
- E ainda dizem que o Danny é burro. - comentou impressionada.
- Mas eu parei com isso quando soube que um atendente foi demitido. - Danny disse, afastando o telefone.
- Caramba, Danny, que tenso... - disse, sentindo uma certa pena da pessoa que foi demitida.
Não demorou tanto para a pizza chegar e todos almoçarem.
- O pior é que daqui a pouco teremos que ir para a O²... - Dougie comentou desanimado depois do almoço.
- Nããããããããão... - As meninas disseram em coro e fizeram bico.
- Que horas são, Dougie? - Tom perguntou.
- 15:30, Tom...
- E que horas temos que ir? - Harry achou que eles sairiam mais tarde.
- Às 16:30 ou 17:00, algo do tipo. - Tom disse sem conseguir lembrar direito do que o Fletch tinha dito.
- Uma hora... - disse só para quebrar o silêncio que tinha se instalado naquela sala.
Durante os minutos seguintes, todos começaram a procurar um jeito de aproveitar aqueles últimos momentos juntos.
- , aquela coisa que eu tinha pedido a você ontem está pronto? - perguntou baixo, para que ninguém, principalmente, ouvisse.
- Quase pronto. - respondeu no mesmo tom. - Já que ela vai lá pra casa, eu entrego amanhã.
- Tá bom. - assentiu e o telefone tocou.
- Eu atendo. - Dougie se apressou para atender o telefone. - Alô? McHouse? O que é McHouse? Desculpa, mas você ligou para o número errado... Tá bom, Fletch, parei com a brincadeira...
- Será que já é pra vocês irem? - perguntou.
- Ou é isso, ou é para avisar em quanto tempo temos que sair. - Tom disse e Danny concordou. - ... Tá bom, pode deixar que eu aviso. - Dougie desligou o telefone.
- E então..? - perguntou, já que era a mais curiosa de todas as meninas.
- Em meia hora a van chega e vamos ter que ir para a O². - Dougie fez o comunicado que ninguém queria ouvir naquele momento.
- Eu deveria comentar algo sobre isso, mas... - Danny assumiu uma expressão desanimada.
- Não precisa comentar nada, só chegou a hora de vocês irem para mais um show. - tentou animar a todos.
- Exatamente! - concordou e se levantou. Depois, tentou fazer com que os guys se levantassem, puxando-os pelo braço.
Os guys se levantaram e foram para seus quartos para se prepararem para sair. Enquanto isso, as meninas ficaram na sala.
Exatos 25 minutos depois, eles estavam de volta.
- Vocês não vão levar nada não? - estranhou ver os guys com as mãos vazias.
- Acho que não precisa não. - Harry disse, indo se sentar ao lado de no sofá.
- Tem certeza? - perguntou, abraçando o Harry e apoiando a cabeça no ombro dele.
- Não. - Harry riu.
- Pois é, gente, tá na hora... - Tom suspirou desanimado quando ouviu a buzina da van.
Todos se despediram rapidamente, pois Fletch tinha ido até a casa para ter certeza que os guys não iam se atrasar. As meninas preferiram ficar, porque ainda tinham muitas coisas para arrumar antes de irem embora, então Fletch disse que a van iria buscá-las para o show, por volta de uma hora depois.
Depois de um tempo, as meninas já estavam de malas prontas, mas ainda estavam em seus quartos.
- Hum... É uma boa ideia. - pensou alto, saiu de seu quarto e foi em direção ao quarto de . - ?
- O que foi? - perguntou ao abrir a porta.
- Preciso conversar com você e com as meninas. Chama a que eu chamo a e vamos nos reunir no meu quarto, certo?
- Ok. - assentiu e foi chamar , enquanto chamava em seu quarto.
- Qual o motivo da reunião? - perguntou ao sentar na cama de .
- Bom, eu pensei em escrevermos juntas... - explicou.
- Escrevermos? - franziu o cenho.
- Uma carta para os guys. - disse em tom óbvio.
- Seria legal... Eles poderiam ler juntos quando voltassem pra casa. - deu um meio sorriso.
- Então, meninas... - olhou para as primas com expectativa. - O que me dizem?
- Eu topo. - assentiu, já tendo ideias do que escrever.
- E eu tive uma outra ideia, vamos ver se vai ser melhor do que a carta... - disse e as meninas pararam para ouvir a ideia que ela teve.
Quando elas terminaram de executar suas ideias, elas ouviram a buzina da van que tinha ido buscá-las.
- Hora de ir. - disse e foi buscar sua mala em seu quarto. Todas as outras fizeram o mesmo e logo desceram para a sala para saírem juntas.
- Vamos sair do mesmo jeito que chegamos. Juntas. - sorriu com lágrimas nos olhos.
- Vamos. - sorriu, tentando não chorar. Todas deram um jeito de abrir a porta juntas e saíram de casa.
Elas entraram na van e viram que o motorista não era o mesmo de quando elas foram para McHouse.
- Motorista diferente? - perguntou, como se a resposta não fosse óbvia.
- Sim, meu nome é Fredderick. - O motorista se apresentou.
- Olá, Fredderick! - sorriu simpaticamente.
- O sr. Fletch disse que, se vocês preferirem, podemos ir direto para o aeroporto. - Fredderick disse ao dar a partida no carro.
- Tudo bem, mas nosso plano ainda é ir para a O². - recusou a ideia, mas acabou parando para pensar na possibilidade de não ir ao show.
A "viagem" para a O² foi longa, pois o trânsito estava um tanto lento em algumas avenidas. Isso deu tempo para as meninas conversarem.
- Eu acho que vai ser muito tenso se despedir deles. - opinou.
- Ah, eu também acho... Provavelmente, eu vou chorar horrores. - concordou. - Vou acabar com a minha maquiagem.
- Eu já acho que deveríamos ir ao show. Seria como uma última boa lembrança dessas duas semanas. - argumentou e a discussão continuou até a van chegar na entrada da O².
- Então, senhoritas, ficam aqui, ou..? - Fredderick, que tinha ouvido toda a discussão sobre ir ao show ou ir direto para o aeroporto, perguntou.
- Bom, eu dei minha opinião. - levantou as mãos, como se não quisesse falar mais sobre aquele assunto.
- Mas teremos que chegar a um consenso agora: Vamos ou não vamos? - perguntou e todas as meninas se entreolharam com evidentes expressões de dúvida.


Fim.



Nota da Autora (18/07/2015):Espera, ultima att? Season finale? Então cantem comigo: CARRY ON MY WAYWARD SOOOON. THERE’LL BE PEACE WHEN YOU ARE DONE… ♪
Acho que as cerejinhas vão querer me matar por isso, mas fiquem tranquilas, eu já estou providenciando tudo para a segunda temporada e não vai demorar até vocês saberem o que acontece a seguir.
No grupo, farei um texto maiorzinho e um tanto sentimentalista, mas existem muitos sentimentos enquanto escrevo essa pequena nota na última att da primeira temporada.
Nos vemos na segunda temporada, continuem acompanhando McHouse, porque essa fic não seria nada sem vocês ♥
Gostaria de aproveitar essa nota para agradecer à Gabs, a minha beta, a melhor beta que eu poderia ter! Muito obrigada, linda, espero poder contar com você na segunda temporada e nas próximas que poderão vir *-*
Nota da Beta: Gente, como assim fim?? rs Okay, sabemos que tem segunda temporada então, ufa... rs menos uma facada no core. Não sou nem de longe a melhor beta, mas obrigada pela paciência, Ally. Vamos lá, comentem para que a Ally fique feliz *-* <3




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