null e Dougie não tinham chegado até a hora que Harry e null, que foram os últimos a subirem para seus quartos, irem dormir.
Danny, que foi o primeiro a ir deitar, dormiu logo depois que null o deixou em seu quarto. Tom demorou um pouco para dormir, pois ficou pensando em null, mas, quando dormiu, caiu em sono profundo. Harry não estava com sono quando deixou null em seu quarto. Ficou deitado lembrando-se do sorriso da garota quando lhe desejou boa noite e veio dormir mais ou menos meia hora depois.
null dormiu um pouco, mas logo acordou e ficou sem sono nenhum.
- Ah, vamos lá, preciso dormir... São 3:18 da manhã e nada de sono. Tá bom, eu sei que aconteceram coisas dignas de me fazer perder o sono, mas eu só dormi por uma hora. – null “discutia” com o próprio sono. – Tenham piedade dessa humilde baterista e baixista nas horas vagas. Harry, saia da minha mente e leve seus belos olhos azuis junto! Você deve estar dormindo tranquilamente no seu quarto, que é bem pertinho do meu, então você está perto demais para eu ficar pensando em você, nos beijos... Ah, que beijos! Caramba, eu senti coisas que eu acho que nunca senti por ninguém... – Ela suspirou. – Espera, será que é verdade aquilo que eu ouvi dizer que quando alguém não consegue dormir é porque tem uma pessoa sonhando com ela acordada? – null ficou toda boba com a ideia de que Harry poderia estar sonhando com ela, mas depois percebeu que aquilo poderia estar causando a insônia dela, então ficou um pouco irritada. – Podem parar de sonhar comigo? Eu preciso descansar um pouco!
null continuou falando sozinha e quando estava quase pegando no sono, ouviu um carro passar em alta velocidade na rua, logo depois, o mesmo deu uma freada brusca, que a fez se assustar.
- Ok, vocês venceram!
Ela se levantou da cama, pegou um lençol, a bolsa de gelo e desceu para a sala. Lá, ela se acomodou no sofá maior e ligou a TV num canal onde estava passando um filme aleatório. Não demoraram vinte minutos para que ela dormisse ali no sofá mesmo.
Com null acontecia algo parecido.
- Mas o que é que está acontecendo comigo? – Ela se perguntava enquanto dava alguns socos no travesseiro e procurava uma posição confortável na cama. – Eu preciso dormir para acordar linda pro Tom... Não consigo parar de pensar no Tom, naquele sorriso depois que nos beijamos... Cara, nós nos beijamos! Quer dizer, eu que o agarrei, mas eu acho que isso não vem ao caso... Foi que nem um sonho que eu tive depois de ter conversado com as meninas sobre como imaginávamos os Guys na vida pessoal... Isso aconteceu há anos, mas eu me lembro claramente do sonho e posso afirmar que foi exatamente igual. O beijo, a mordidinha e a cara de “não resisti” diante à minha reação, já que todo mundo pensa que o Tom é extremamente romântico em todos os momentos, teoria essa na qual eu acreditei durante um bom tempo, mas ele sabe ser sexy e eu gosto disso... Aaaah, Thomas Michael Fletcher... – null riu, lembrando de seu status no chat antes de ao menos saber que ia para a McHouse enquanto se aninhava nos lençóis. – Mesmo se eu não dormir direito hoje, eu não acordo de mau humor. Estou feliz demais pra isso...
Com null, as coisas eram estranhas.
- Que horas são, hein? Ainda nem dormi direito. – Ela olhou para os lados e viu no criado-mudo o relógio marcar 3:50 da manhã. – Tá cedo, null, você pode acordar tarde hoje... Esquece um pouquinho o Danny e volte a dormir, ok?
Ela se ajeitou na cama e não demorou a dormir novamente.
Ainda num lugar bem longe da McHouse, algumas horas depois...
- Caramba, Dougie, o amanhecer daqui é lindo! – null estava com os olhos brilhando.
- Ainda não são nem seis da manhã, null... – Dougie coçava os olhos enquanto olhava as horas em seu celular, que estava molhado e talvez ficasse com algum defeito por causa disso.
- Mas o dia já está clareando e essa neblina deixou tudo tão bonito... – null estava em pé num tipo de morro em que dava pra ver vários pontos da cidade.
- A neblina está legal mesmo... – Dougie também se levantou e foi ao encontro de null, que ainda olhava a paisagem, completamente deslumbrada.
- Que horas você disse que são? – null perguntou quando percebeu que Dougie estava por perto.
- Quase seis. – Dougie apoiou o queixo no ombro de null.
- Então está na hora de ir embora. – null disse, virando-se de frente para o Dougie. – Preciso dormir um pouco e também quero saber o que aconteceu enquanto eu estive ausente.
- Sua curiosa. – Dougie deu um selinho em null. – E não fala assim da nossa árvore...
- Tenho certeza que você está louco pela sua cama e tão curioso quanto eu pra saber o que aconteceu depois que saímos do pub. – null provocou. Dougie tinha ficado encostado em uma árvore com ela apoiada nele durante a madrugada quase toda. Se pra ela, que tinha ficado encostada no Dougie, aquilo tinha sido algo bastante desconfortável, imagine para ele, que ficou com as costas grudadas na árvore esse tempo todo e sem dormir.
- Tá bom, venceu. – Dougie admitiu, rindo. Sentia um pouco de dor nas costas e estava bastante cansado. – Eu quero saber o que aconteceu depois que a gente saiu do pub.
- Então vamos embora. Além de ser improvável, podemos encontrar alguém acordado. – null segurou a mão do Dougie e os dois foram andando para casa.
McHouse, 11:50 daquela mesma manhã.
null foi a primeira a acordar, mas cadê a disposição para levantar?
- Já amanheceu? Sinto como se não tivesse dormido nada... – null se aninhou em seu edredom e começou a fazer uma retrospectiva do que aconteceu na noite anterior. – Até que ontem foi legal, eu cantei com as meninas, curti bastante, dei muita risada com a galera... E aquela hora que o Danny me chamou para dançar? Fiz de tudo para não cair dura no chão... Pena que eu não lembro direito o que aconteceu quando eu estava com o Dan, mas será que aconteceu alguma coisa? Acho que não... Se acontecesse, eu iria lembrar, é óbvio. Lembro que aconteceu aquele problema todo com a null e o ex dela, ainda bem que o Dougie foi ajudá-la... – Ela se lembrou de como o Dougie foi atrás de null e deu um sorriso malicioso. – Será que rolou alguma coisa entre eles dois? Olha só, achei um motivo para levantar... Ih, já ia esquecendo! Teve o problema entre a null e o ex dela também, o Richard... Ali foi tenso... Olha, eu suspeitava que a null era boa de briga, mas boa a ponto de brigar daquele jeito com um homem, eu não fazia ideia... Ela poderia dar uma boa surra nele, mas foi bom ter o Harry e o Danny para defendê-la. Ninguém sabe o que ele poderia estar tramando, já que ele não estava sozinho. Depois disso, eu não me lembro de mais nada e agora eu quero saber o que aconteceu quando eu estava com o Danny... Será que a null sabe? Vou procurá-la para perguntar.
null se levantou, fez sua higiene matinal e bateu na porta do quarto de null, mas não obteve resposta, então, desceu para a sala, onde a encontrou ainda dormindo no sofá.
Danny acordou quase igual a null, a diferença foi que Danny tinha a sensação de que sua cabeça iria explodir a qualquer momento.
- Um homem bomba explodiu na minha cabeça enquanto eu dormia... – Ele protegia os olhos da luz que entrava pela janela. – O que aconteceu ontem à noite? Só me lembro de ver a null de bem com o Harry e de chamar a null para dançar, daí eu não consigo me lembrar de mais nada direito. Cara, eu bebi demais mesmo... Será que alguém sabe o que aconteceu ontem à noite? Vou procurar saber. – Danny decidiu e se levantou para procurar uma aspirina no banheiro e aproveitou para tomar um banho pra ver se aquela ressaca ia embora.
Na sala...
- null, acorda... null? – null cutucava null, que nem se mexia. – null Spencer, acorda!
- A corda está no porão, agora me deixa dormir mais um pouquinho, por favor! – null resmungou e puxou uma almofada, colocando-a sobre o rosto.
- null, é sério, eu preciso falar contigo. – null falou enquanto tentava tirar a almofada do rosto da prima.
- Eu dormi demais? Que horas são? – null se levantou abruptamente do sofá, logo colocando uma mão na cabeça, se sentindo tonta.
- null, passa do meio-dia. – null disse, colocando a mão sobre a perna de null, tentando acalmá-la.
- Então tá, sobre o quê você quer conversar comigo? – null prendeu o cabelo desajeitadamente e sentiu que daria trabalho desfazer todos aqueles nós.
- Eu queria perguntar se você sabe o que aconteceu quando eu fui dançar com o Danny, se você viu alguma coisa... Também quero dizer que o seu rosto ainda está marcado. – null apontou para o lado direito do rosto de null, que se assustou com o que a prima disse.
- Droga... – null resmungou. – Sorte sua que eu vi o que aconteceu quando você foi dançar com o Danny, mas antes de tudo, eu preciso de um banho e mais um pouco de gelo pra essa marca ir embora de vez.
- Não demora, por favor. – null disse e viu null apenas fazer sinal de positivo com a mão e subir às escadas, levando o travesseiro, o lençol e a bolsa de gelo junto com ela.
null subiu as escadas e se deparou com o Danny na porta de seu quarto.
- Me procurando? – null perguntou, fazendo Danny notar sua presença.
- Pensei que você estava tomando banho... – Danny disse, apontando para a porta do quarto com um sorriso sem graça.
- Vou fazer isso agora. – null sorriu brevemente. – E então, pra quê você estava me procurando?
- Eu queria saber o que aconteceu entre eu e a null, eu me esqueci completamente... Ninguém mais está acordado, então resolvi te procurar. – Danny coçava a nuca, ainda sem jeito. – Você viu alguma coisa?
- Espere-me na sala. A null está lá e aproveitamos para conversar todos juntos. – null disse e entrou no quarto, sem dar a chance do Danny fazer qualquer tipo de pergunta.
Danny desceu as escadas e viu null sentada no chão, distraída com o tapete.
- Bom dia, null... – Danny disse enquanto se sentava ao lado de null.
- Bom dia, Danny. – null acordou de seus devaneios e resolveu agir o mais natural possível, afinal, não se lembrava do que aconteceu e não fazia ideia de que ele também não se lembrava de nada.
Algum tempo depois, null chegou à sala com a bolsa de gelo em mãos.
- Pronto, estou aqui. – null se sentou no sofá de frente para os dois e pressionou levemente a compressa de gelo no lado direito do rosto. – E você me assustou, dona null. Achei que a marca ainda estava grande.
- Mas null, você vai…? – null e Danny começaram a perguntar juntos, mas pararam, assustados com a coincidência.
- Vou falar com vocês dois juntos sim, já que estão com o mesmo problema. – null disse e Danny e null se entreolharam envergonhados.
- Então fala, null, o que aconteceu? – Danny quebrou o silêncio.
- Antes de contar, tenho uma pergunta: vocês querem que eu conte tudo o que eu vi ou querem que eu conte o essencial? – null perguntou, afastando a compressa do rosto. A marca que ainda estava em seu rosto era pequena, exatamente no lugar que doía mais no dia anterior, pois o anel de aço que Richard costuma usar no dedo médio tinha atingido em cheio sua bochecha, o que descartava a possibilidade de uma lesão grave, como a fissura de um osso, mas mesmo assim, doía bastante.
- Eu acho melhor você contar tudo. – null falou e Danny concordou com um aceno de cabeça.
- Então tá, vamos lá. – null se endireitou no sofá, novamente, pressionando a compressa em seu rosto. – Tudo começou quando eu estava conversando com o Harry e eu...
- O que o Harry tem a ver com isso? – Danny interrompeu null, que rolou os olhos.
- Eu ainda estou no começo da história, Danny. – null explicou.
- Ok, desculpa, pode continuar. – Danny falou baixo e fez sinal para que null continuasse a contar.
- Enfim... Eu estava conversando com o Harry e eu tive que ir ao banheiro... – null começou a contar e, à medida que ela ia falando, tudo voltava à mente de Danny e null.
Flashback on.
- Como você vai saber onde fica o banheiro? – Harry perguntou arqueando a sobrancelha.
- Qualquer coisa, eu peço informação. – null piscou para Harry e foi à procura de um banheiro.
null pediu informação a um barman e soube que o banheiro mais próximo ficava na parte onde tocava música eletrônica. Quando chegou perto do banheiro, viu que tinha uma fila, então deu uma olhada pelo salão, onde tocava “I Need a Woman” naquele momento e viu que tinham vários casais dançando até que ela achou o casal que tanto procurava. Resolveu parar para ver o que estava acontecendo ou o que estava para acontecer enquanto esperava na fila.
null e Danny conversavam enquanto dançavam.
- Foi tão legal o dia em que a null tocou essa música na soundcheck... Lembro até hoje. – null envolveu seus braços no pescoço do Danny e seguindo o ritmo da música.
- Nem faz tanto tempo assim. – Danny sussurrou no ouvido de null, que se arrepiou.
- Mas foi marcante. – null imitou o que Danny fez e sorriu ao perceber que a reação dele tinha sido igual à dela.
- O que fez desse dia tão marcante? – Danny afastou um pouco o rosto do de null para olhar pra ela.
- É que a null evitou por um bom tempo tocar baixo na nossa frente, por causa de timidez ou qualquer coisa assim, daí, naquele dia, ela conseguiu driblar essa timidez e fez aquela participação na soundcheck de vocês. Fiquei muito feliz por ela. – null explicou e começou a cantarolar o refrão da música.
- Então tá. – Danny sorriu.
- …Not any woman, but a woman who needs me too... – null continuava acompanhando a música.
- So how about you? – Danny cantou no ouvido de null e ela olhou para o Danny. Os dois pararam de dançar e Danny afastou uma mecha de cabelo do rosto de null, enquanto ela ainda o olhava intrigada, sem saber o que aquilo realmente significava. Seria uma proposta?
- Você ainda não respondeu à minha pergunta... – Danny disse enquanto aproximava seu rosto do de null, fazendo com que seus narizes se tocassem.
A reação de null foi apenas beijá-lo. Enquanto isso, null festejava na fila do banheiro.
- Tem certeza? – Danny perguntou sorrindo após partir o beijo.
- Absoluta. – null sorriu e os dois voltaram a se beijar.
- Ok, já está ficando grudento demais, vou procurar o que fazer. – null entrou no banheiro e fez o que pretendia fazer.
Quando saiu do banheiro, viu o novo casal num clima bem fofo enquanto dançavam juntos, o que chegava a lembrar daqueles bailes de escola que tem nos filmes, sorriu involuntariamente e voltou para a mesa.
Flashback OFF.
- E você contou para o Harry quando voltou para a mesa? – Danny perguntou com receio da resposta.
- Não, a null não faria isso... Ou faria? – null perguntou para null com a mesma expressão do Danny.
- Claro que não, né, null? Eu estaria me intrometendo num assunto que é único e exclusivo de vocês... Algo que, teoricamente, eu nem deveria ter visto. – null disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
- Ótimo. – O casal disse ao mesmo tempo e suspiraram aliviados.
- Agora, se me dão licença, eu vou procurar o que comer. Qualquer coisa, eu adianto o almoço também. – null levantou do sofá e foi em direção a cozinha. Não estava com fome, mas queria deixar o casal a sós.
- Tá bom, null. – null disse, sorrindo ternamente.
- Tá ok. – Danny disse simplesmente. – Obrigado, null.
- De boa. – null fez sinal de positivo com a mão.
- E agora? – Danny perguntou quando null saiu da sala.
- Não sei, não estávamos sóbrios na hora... – null deu de ombros.
- Mas eu tive plena consciência do que eu falei. – Danny falou, ficando sério.
- Teve mesmo? – null perguntou, franzindo o cenho.
- Tive... – Danny disse meio sem jeito. – Eu acho que só consegui falar porque já tinha bebido alguns daqueles drinks de uva.
- Que eram ótimos, por sinal. – null tentou descontrair o ambiente e Danny riu brevemente.
- Enquanto estivermos juntos, não vai ter nenhum ex-namorado maluco não, né?! – Danny perguntou, fazendo uma expressão de medo.
- Que eu saiba, não. – null sorriu e deu um selinho no Danny, o abraçando logo em seguida.
- Bom dia, pessoas lindas. – null apareceu na sala depois de um bom tempo de conversa entre null e Danny, que fizeram um tipo de recapitulação da noite anterior, contando as memórias que tinham, ajudando um ao outro.
- Bom dia, null. – Os dois disseram em uníssono.
- Não tem mais ninguém acordado não? – null perguntou enquanto sentava no sofá.
- Tem a null, ela está na cozinha. – Danny disse, apontando para a cozinha.
- O que tem eu? – null apareceu na sala com um pano de prato pendurado no ombro.
- Nada não, null. – null respondeu.
- Que legal, quando o assunto é o nada, eu sou a primeira a ser citada, isso significa que eu sou um nada. – null cruzou os braços, fazendo bico. Era intencional aquele exagero da parte dela.
- Nada é perfeito e nada é pra sempre. – Danny disse enquanto ia na direção de null para abraçá-la. – Melhor?
- Melhor. – null ria pelo improviso do Danny, que, no final, foi bonitinho, na opinião dela.
- Também quero abraço... – Dougie chegou à sala, interrompendo o momento.
- Quem disse que eu vou abraçar você? – Danny olhava para Dougie com desprezo.
- Não se preocupe, Dougie, nós abraçamos você. – null disse e as meninas abraçaram Dougie.
- Até a null foi... – Danny fez bico e cruzou os braços.
- Não fica assim, baby. – null abraçou Danny, lhe dando um beijo no queixo, fazendo-o sorrir.
- Esses dois são tão lindos! – null disse, apertando as bochechas do Dougie.
- Hey, por que você não aperta o Danny? – Dougie tirou as mãos de null do rosto dele.
- E interromper esse momento? Nem pensar! – null perguntou com as mãos na cintura.
- Pequena! – Dougie sorriu ao ver null descendo as escadas.
- Os dois pequenos... – Tom, que vinha logo depois de null, comentou e ficou ao lado de null.
- Estou sobrando aqui... – null disse, vendo aquele clima entre os casais, então resolveu voltar para a cozinha sem que ninguém percebesse.
- Pelo visto, todo mundo acordou bem hoje... – Tom comentou quando todos estavam juntos na sala.
- Você não sabe o quanto... – null disse em tom malicioso, fazendo todos rirem.
- Pois é, mas nem todo mundo ainda está acordado. – Dougie falou e todos se entreolharam.
- Ainda falta o Harry. – null olhava para todos os lados da sala, se certificando que ainda não tinha falado com o Harry naquele dia.
- Não falta mais... – Dougie apontou para a escada.
- Caramba, mate, parece que um trator passou por cima de você. – Danny comentou vendo o Harry descendo as escadas.
- Bom dia, gente. – Harry falou quando terminou de descer as escadas.
- Bom dia. – Os seis presentes responderam em coro.
- Cadê a null? – Harry perguntou depois de conferir toda a sala algumas vezes, se certificando de que ainda estava enxergando direito.
- Ah, é, a null está na cozinha. – Danny relembrou. Ainda estava meio lento por causa da ressaca.
- Será que teremos um almoço feito pela null? – Dougie perguntou, se animando.
- Vou checar isso agora. – Harry levantou e foi para a cozinha, o que desencadeou uma série de risos e comentários maldosos.
Na cozinha...
- ... Bang your drum so everyone can hear. C’mon and ride with me, ride with me and I’ll watch you change from blue to… - null cantarolava enquanto mexia em uma panela.
- Oi. – Harry disse, se apoiando na bancada, bem na hora em que null ia virando para colocar a tampa em cima da pia.
- Ai, meu Deus do céu! Que susto! – null deixou a tampa cair.
- Me disseram que eu não estava com uma cara muito boa, mas não sabia que estava mal a esse ponto. – Harry disse enquanto via null pegar a tampa do chão e lavá-la rapidamente.
- Não é isso, Harry, eu só estava distraída. – null disse, voltando a tampar a panela. – O pessoal ainda está na sala?
- Até a hora que eu saí, estava todo mundo lá. – Harry deu de ombros.
- Awesome. – null sorriu. – Vai ser legal.
- O que você está aprontando? – Harry se aproximou do fogão, mas null ficou em sua frente, colocando as mãos em seu peito, impedindo-o de se aproximar.
- É só um almoço, Harry, nada de tão incrível assim. – null deu de ombros, afastando-o do fogão.
- Então eu acho que ainda teremos um tempinho até o almoço ficar pronto. – Harry apoiou as mãos nos ombros de null e tentou ver o que tinha nas duas panelas que estavam sobre o fogão, depois voltou a atenção pra ela.
- Não muito tempo, mas temos. – null sorriu e Harry a beijou. O ato pegou null de surpresa, mas ela não achou aquela surpresa nem um pouco ruim.
Na sala...
- Será que o Harry e a null..? – null supôs, percebendo a demora do Harry na cozinha e quebrando o silêncio que já durava mais de dez minutos.
- Acho que sim... – null disse sem muita certeza e o silêncio voltou a reinar por um tempo.
Naquele momento, os seis estavam com fome, mas a preguiça não deixava ninguém se levantar e ir saber o que estava acontecendo na cozinha, ou quando o almoço ia sair.
Na cozinha...
- Espera, Harry, o molho... – null se afastou do Harry e demorou um pouquinho até lembrar o que estava fazendo antes para poder continuar a fazer. Ela sentia que talvez não conseguisse se acostumar àquela proximidade com o Harry até o final dos quatorze dias da promoção.
- Tá bom. – Harry assentiu, depois percebeu que null olhava ao redor, tentando lembrar o que ia fazer depois de desligar o fogo, o que o fez rir baixo enquanto ela procurava alguma coisa no armário.
- Tudo pronto para o almoço, vamos chamar todo mundo. – null disse, colocando uma travessa de vidro sobre a mesa. Os pratos estavam empilhados de um lado da mesa, junto com os talheres, copos e guardanapos.
- Fazer o quê, né? – Harry disse e acompanhou null até a sala.
- Tem alguém com fome aí? – null se fez notar na sala. Todos levantaram a mão em resposta à sua pergunta. – Então vamos almoçar, além de passar das 15:00, o que não é bem horário de almoço.
- O que você cozinhou, null? – Tom perguntou enquanto ia para a cozinha.
- Fiz uma macarronada. – null respondeu simplesmente.
- Minha favorita. – null disse, batendo palmas e deu um beijo no rosto de null antes de ir para a cozinha.
- null Spencer, salvando nossas vidas... – Dougie disse enquanto se servia.
- Ainda bem que a null fez alguma coisa, senão iríamos passar fome hoje. – null disse, olhando para null. Ela sabia muito bem que ninguém ia ter ânimo para fazer sequer um miojo naquele dia.
- Que nada, nem deu trabalho. – null disse, dando de ombros. – Espero ter feito tudo direitinho.
- Fez sim, tá do jeito que eu gosto. – null disse depois de provar da macarronada.
- Tá bom mesmo. – Dougie concordou.
- Agora vocês estão sabendo por que a null geralmente cozinha quando estamos juntas. – null comentou.
- Mas vocês cozinham bem... – null disse, achando aquilo um exagero.
- Eu não. – null discordou. – Não sei nem ligar o forno.
- Ok, temos uma exceção. – null disse, fazendo todos rirem.
E o almoço seguiu assim, entre elogios para null e momentos fofos entre os casais. Depois do almoço, todos foram para a sala, procurar com o que passar o resto do dia.
- Vamos ver um filme? – null propôs.
- Vamos! – null disse, animada.
- Mas o que vamos assistir? – null perguntou.
- Harry Potter! – null disse, torcendo para que todos concordassem.
- Isso! – Tom concordou, sorrindo para null, feliz com a escolha da garota.
- Ah, que saudades... – null sorriu. Seus olhos brilhavam com as lembranças que surgiram em sua mente.
- Nem fale! Sinto falta dos dias em que eu parava para ver todos os filmes. – null suspirou. – Faculdade me privando de viver...
- Vocês assistem a esses filmes o tempo todo... – null rolou os olhos.
- Até parece que não gosta. – null retrucou, cruzando os braços.
- Vamos ver qual dos filmes? – Tom cortou o assunto.
- Tem quais aí? – null levantou e ficou ao lado do Tom, de frente para a estante.
- Só não tem o primeiro. – Tom respondeu, estranhando, pois achava que todos os filmes estavam ali.
- Então põe o quinto. – null falou e null concordou.
- A Ordem da Fênix... – null disse meio desanimada.
- Algo errado, null? – Tom perguntou.
- Nada não, Tom... Tá tranquilo. – null esboçou um sorriso.
- É porque ela sempre xinga a Cho nas cenas dela com o Harry. – null sorriu malvada.
- Obrigada, null, sempre que eu quiser ficar constrangida, eu te chamo. – null disse irônica, piscando para null.
- Vamos ver esse mesmo ou não? – null perguntou, já ficando impaciente com todo aquele debate.
- Vamos. – null disse e Tom pôs o filme.
E o filme começou. null, Dougie, null e Harry estavam no sofá maior, null e Danny no sofá menor, Tom e null sentados no chão, perto do sofá maior. Os comentários durante o filme foram bem breves. null não estava nem aí para o filme e conversou com o Danny o tempo todo. Tom, null, null e null nem piscavam, enquanto Harry e Dougie faziam comentários sobre as reações dos quatro que realmente queriam assistir ao filme.
- Eu matei Sirius Black... – Dougie saltitava pela sala, causando risos em todos.
- Tom, me empresta sua câmera, preciso ver umas coisas nela. – null pediu.
- Pode pegar, null. Você sabe onde está, né? – Tom perguntou.
- Se você não mudou de lugar de ontem para hoje, eu sei. – null disse e subiu até o quarto do Tom para pegar a câmera.
- Sinto como se tivesse esquecido alguma coisa... – null disse pensativa.
- A louça do almoço! – null disse, fazendo menção de levantar, mas null a impediu.
- A null fez o almoço. – null disse como se tivesse explicado tudo.
- E..? – null, como todos os outros que estavam na sala, não entendeu.
- Se a null fez o almoço, nada mais justo do que os Guys lavarem a louça. – null explicou.
- Concordo. – null disse.
- Concorda com..? – Danny estava distraído, não tinha entendido qual era o assunto.
- Elas querem que a gente lave a louça! – Dougie disse como se fosse a coisa mais absurda do mundo.
- Eu acho justo. – Tom disse e Danny concordou.
- Por mim, tudo bem. – Harry deu de ombros.
- Eu não vou dizer mais nada. – Dougie levantou as mãos, desistindo de argumentar.
- É isso aí! Conseguimos fazer o McFLY lavar a louça do almoço! – null disse e fez um high-five com as meninas.
- Foi isso mesmo que eu ouvi? Os Guys vão lavar a louça? – null perguntou impressionada. Foram poucas as vezes que todos os quatro fizeram isso. Geralmente, eram apenas um ou dois que ajudavam as meninas.
- Exatamente isso. Agradeça à null por esse feito. – null disse, abraçando null de lado.
- Ainda bem que eu peguei a câmera, esse momento merece ser registrado. – null já foi ligando a câmera enquanto os Guys iam para a cozinha.
- Ainda bem que não tem tanta coisa... – Dougie analisou a situação da pia.
- A preguiça aí se instalou, hein? – Danny rolou os olhos. – Suas mãos não vão cair, Dougie.
- É. A gente não vai fazer nada demais... – Harry concordou e Dougie tomou coragem para lavar a louça.
Os Guys foram loucos até na hora de lavar a louça. Tinham momentos em que Danny corria atrás das meninas para ver se conseguia molhá-las; Dougie jogou quase todo o detergente no cabelo do Tom; Harry e Danny fizeram Dougie beber detergente; Tom queria escovar os dentes do Danny com a escova da pia e, já que tentaram fazer o Dougie beber detergente, queriam fazer o Harry comer a esponja, depois de terem terminado de lavar a louça.
- Ok, vocês precisam de um banho... – null disse, fazendo uma expressão de nojo diante ao estado dos Guys.
- Por quê? Você não gostou do meu cabelo verde-limpeza? – Tom passava as mãos no cabelo, que estava realmente verde por estar encharcado de detergente.
- Não mesmo. – null cruzou os braços.
- Ah, vem cá! Você tem que sentir pelo menos o cheirinho do meu novo cabelo. – Tom conseguiu segurar null antes que ela saísse correndo.
- Não, Tom, me solta! – null tentava fugir do abraço do Tom, mas ele já tinha sujado o rosto dela com o cabelo.
- Pronto. – Tom soltou null, que logo começou a limpar o rosto com a manga da camisa, achando aquilo um tanto nojento, mas, no final, riu da situação.
- Vocês não vão fazer isso, né? – null perguntou receosa, apontando para Tom e null.
- Eu não. Preciso escovar os dentes por, no mínimo, uma hora. – Dougie disse, indo em direção à escada.
- Eu também, ainda sinto o gosto do almoço de ontem. – Harry seguiu o Dougie e as meninas olharam para o Danny.
- Antes de ir para o quarto, eu quero um beijinho da null. – Danny tentou se aproximar de null, mas ela se escondeu atrás de null.
- Nem vem, a null me protege. – null segurava os ombros de null, que mal conseguia se equilibrar em suas pernas.
- Se não fosse a null, você estava perdida. – Danny ameaçou e foi em direção à escada.
O cabelo do Tom tinha começado a pingar detergente, então ele resolveu subir com os Guys pra tirar aquilo.
- Gente, que horas são? – null perguntou, conferindo as fotos que tirou enquanto os Guys lavavam a louça.
- São-oito-horas-e-quarenta-e-três-minutos. – null imitou um robô, fazendo as primas rirem.
- Caramba, daqui a pouco vou ligar a TV, quero assistir uma coisa... – null sorriu e foi para a sala.
- O que vai passar? – null perguntou, estranhando todo aquele empenho da prima em procurar o controle.
- O “Don’t Forget the Lyrics” edição especial com Backstreet Boys. – null disse sem parar de procurar o controle.
- OMG, cadê esse bendito controle? – null se desesperou e foi procurar o controle, jogando todas as almofadas do sofá pra cima.
- Calma, null, ainda faltam dez minutos para o programa começar, além de ser uma reprise bem antiga, fazem anos que esse programa foi ao ar. O Kevin ainda nem tinha voltado e você encontra esse programa no YouTube, mesmo com a qualidade baixa. Já assisti um monte de vezes. – null disse, impressionada com o desespero de null.
- Não importa, serão os Boys na TV! – null estava eufórica.
- Foi falar no Howie... – null rolou os olhos.
- Só quero ver quando o Tom estiver por perto. – null riu e null concordou com um aceno de cabeça.
- Achei! – null ergueu o controle como se fosse um troféu.
- Deixa eu ligar a TV para ver se já começou.. – null pegou o controle da mão de null e começou a passar os canais até encontrar o canal que ela estava assistindo na madrugada anterior.
- Enquanto os Guys não descem, eu preciso ter certeza de uma coisinha: Estamos todas tendo casos com o McFly? – null perguntou enquanto o canal não era encontrado.
- Nem sei se podemos chamar isso de “caso”. – null deu de ombros, embora quisesse dizer que estava sim tendo um caso com o Tom.
- Ok, deixa eu reformular então: De ontem pra hoje, alguém, além de mim, ficou com um integrante do McFly? – null refez sua pergunta e olhou para as primas, percebendo que cada uma teve uma reação: null deu um sorriso malicioso, assim como ela, null mordeu o lábio inferior e null ficou boquiaberta.
- Achei que só eu tinha quebrado as regras... – null riu, olhando para null, null e null. – Somos um bando de desobedientes!
- Somos meninas malvadas. – null riu, colocando as mãos na cintura.
- Falou a Regina George. – null não perdeu a oportunidade de fazer uma referência ao filme, fazendo todas rirem.
- Já que tudo aconteceu no mesmo dia, eu tenho que perguntar: Quando e onde foi? – null estava extremamente curiosa sobre o assunto.
- Rapaz, eu nem sei direito onde estávamos, mas foi num lugar que parecia um parque, depois da minha crise ter passado e eu ter percebido o quanto o Dougie estava lindo preocupado comigo. – null disse, reparando que não tinha perguntado ao Dougie onde eles passaram a noite e relembrando o momento que lhe trouxe um sorriso.
- Aqui. – null deu de ombros. – Depois que eu terminei de limpar o arranhão que ele levou.
- No pub, quando estávamos dançando. – null falou. – E no quarto dele, antes de dormirmos.
- Safadinha! – null olhou para null. – Então quer dizer que vocês também...
- Não, isso não. – null negou. – Apesar da vontade, eu achei melhor não.
- Então teve vontade, né? – null riu maliciosa.
- Tenho essa vontade há muito tempo. – null também riu. – Sim, null, falta você dizer onde e quando rolou...
- Na cozinha, depois de termos uma pequena conversa sobre a minha mudança depois da briga com vocês. – null sorriu com a lembrança. Ainda estava intrigada em como aquilo tinha sido parecido com seu sonho. – Foi lindo...
As meninas se acomodaram no sofá e esperaram o programa começar enquanto conversavam. Pouco tempo depois de ter começado o programa, os Guys já tinham descido e as meninas tinham mudado de assunto.
- Já estou vendo que seremos trocados pelos Backstreet Boys. – Dougie fez bico.
- Vocês não serão trocados... – null deu um tapinha no ombro do Dougie.
- Só vamos esperar pra ver... – Danny disse, não acreditando nas palavras de null.
- Nem faz drama, Danny, a null é a que menos gosta deles. – null disse e Danny abriu um sorriso vitorioso.
- Mas se fosse... – null ia dizendo em tom malicioso, mas null a interrompeu.
- Ok, já chamaram eles. – null fez sinal para todos se calarem.
- Eu só quero ver se eles são tão bons assim... – Tom disse enciumado depois de ver null suspirar pelo Howie.
E o programa seguiu. null ria e suspirava pelas brincadeiras entre Howie e Brian no palco; null e null, que nunca tinham assistido àquele programa, tentavam descobrir o verso seguinte das músicas e null se dividia em observar os Guys, as reações das meninas e assistir ao programa, se divertindo com tudo aquilo. Quando o programa terminou, as meninas e os Guys faziam comentários:
- A parte de “I’m the Only One” é muito legal, sempre dou risada quando assisto... – null comentou.
- O quê? A parte em que eles ficam sem saber o que responder? – Harry perguntou com a sobrancelha arqueada. – Parecia que eles iam brigar se não aceitassem a alternativa que um deles propôs...
- Tenho certeza que aconteceria o mesmo com vocês... – null disse em tom desafiador.
- Eu concordo com isso. – null levantou a mão.
- Somos civilizados, mocinhas. – Tom disse, se defendendo, mas sabia que talvez acontecesse algo parecido se eles estivessem naquela situação.
Depois de um tempo, null e null foram à cozinha e deixaram null e null conversando com Tom, Dougie e Harry, já que o Danny atendia uma ligação do Fletch.
Na cozinha...
- Caramba, por que você comprou tantos morangos? – null perguntou para null, olhando para a geladeira. – Nem tinha reparado nisso ontem.
- Sei lá, estava emocionalmente abalada no dia das compras. – null deu de ombros.
- E sua depressão é curada com morangos? – null estava impressionada com o que null estava falando.
- Não sei, nunca fiquei depressiva de verdade... – null deu de ombros, rindo em seguida.
- Eu tive uma ideia! – null disse animada.
- O quê? – null perguntou com a mesma animação, mesmo sem saber o motivo da animação da prima.
- Vamos ver quem come mais morangos? – null perguntou enquanto pegava as várias caixas de morangos que null tinha comprado no dia anterior e colocava sobre a bancada.
- Vamos! Primeiro vamos propor o desafio, se elas aceitarem, voltamos aqui para pegar os morangos. – null disse e seguiu com null para a sala.
Na sala...
- Hey! – null falou, chamando a atenção de todos que estavam na sala.
- I’m looking up for my star girl… - null, que estava com o violão que o Danny tinha levado para a sala, cantou e tocou esse trecho da música.
- E você dizendo que não sabe tocar violão, não é, dona null?! – null cruzou os braços.
- Sei pouca coisa, null. – null justificou.
- Ok, vamos ao que interessa. Temos um desafio para as meninas. – null disse, esperando todos assentirem para ela, que foi quando ela continuou: - Queremos saber quem come mais morangos, quem topa?
- Vocês já sabem que sou eu. – null disse, orgulhosa. Tinha vencido um desafio que as meninas tinham feito há muito tempo.
- É uma revanche. – null disse em tom desafiador.
- Eu topo! Quantas caixas dessa vez? – null perguntou, animada.
- Três, das grandes. – null respondeu.
- Quem foi o gênio que comprou doze caixas de morangos? – Danny perguntou sem pensar.
- Fui eu, Danny e, na verdade, foram treze caixas. Tem uma aberta. – null disse com um pouco de receio.
- Caramba... – Danny se impressionou.
- Eu também topo o desafio. – null disse em tom superior.
- Então vamos buscar os morangos para fazer esse desafio aqui na sala. – null e null foram para a cozinha e logo voltaram. Elas colocaram as caixas, que eram consideravelmente maiores do que as convencionais, na mesa de centro, enquanto as outras se acomodaram ao redor da mesma.
- Como eu disse, são três caixas para cada uma, sem direito à água, os Guys não podem ajudar e quem terminar primeiro ganha. Prontas? – null ditou as regras e as meninas apenas assentiram enquanto se preparavam.
- Posso ser o juiz? – Dougie interrompeu o silêncio e o clima tenso entre as meninas. – Eu faço tudo direitinho. Eu sou o juiz mais justo que vocês podem encontrar aqui, é só olhar ao redor.
- Tudo bem, Dougie. – null concordou e riu pela maneira que os Guys o fuzilaram com o olhar. – Todas prontas?
- ESPERA! – Dougie correu para pegar um pufe e o posicionar de maneira que pudesse ver as meninas. – Agora sim. E que os jogos comecem! – Fez sua melhor voz de locutor.
E o “jogo” finalmente começou. As quatro abriram a primeira caixa de morangos e começaram a comer de maneira descontrolada. Os Guys somente observavam à cena sem conseguir acreditar.
- O. Que. É. Isso? – Tom perguntou pausadamente, apontando para null, que tentava de todas as maneiras possíveis colocar um morango na boca que já estava completamente cheia.
- Ah, Tom, você já fez pior. – Danny disse, sério.
- As meninas realmente estão levando isso a sério. – Harry comentou depois de ver null batendo na mão de null, fazendo um morango cair.
- HEY, NUM FALE! – null protestou com a boca cheia.
- null, essa é a sua primeira advertência, mais uma, você sai. – Dougie disse, cumprindo seu papel de juiz.
- É isso aí, Dougie, fez certo. – null aprovou, também de boca cheia, mas não tanto quanto null e null.
- Fó puquê canhou uma fez, num quer dijer que fai canhar fempre... – null provocou null e conseguiu, não se sabe como, colocar mais um morango na boca.
E elas continuaram comendo e, a essa altura, as meninas já estavam terminando a segunda caixa e começando a terceira.
- A null já não aguenta mais. – Harry comentou ao ver null começar a comer mais devagar, apenas observando as primas.
- E a null quer mesmo ganhar. – Danny apontou para null que comia os morangos e mantinha o olhar fixo em null, de maneira ameaçadora.
- A null é a única que está tranquila com tudo isso. – Tom viu que null se divertia com a competição entre null e null e fazia companhia à null, comendo alguns morangos e completou uma caixa com os que elas não iam comer mais.
- MOMENTOS DE TENSÃO! – Danny anunciou quando null e null estavam chegando ao final da última caixa de morangos. Isso fez null engasgar.
- Calma, tenta respirar. – null ajudava null, sem conseguir se conter em risadas.
- Você também, tente respirar. – null disse, ainda ofegante para null que estava vermelha de tanto rir.
- Temos uma vencedora! – Dougie anunciou e os Guys aplaudiram.
- Rá! Na sua cara! – null dançava ao redor de null, que rolou os olhos. – Ganhei! Woohoo!
- Ela realmente levou a sério. – Harry comentou para que apenas Tom e Danny ouvissem.
- Tom, tira uma foto minha com a null e o troféu? – Dougie pediu e Tom pegou sua câmera.
- Troféu? – null perguntou, franzindo o cenho.
- É, o troféu controle! – Dougie pegou o controle da TV e entregou para null.
- Eu tenho o controle! – null ergueu o controle, rindo muito.
Depois de toda essa comemoração, as meninas ficaram meio moles por terem comido tantos morangos em tão curto espaço de tempo.
- Tenho uma ideia, os caras e eu podemos fazer mais perguntas a vocês? – Danny propôs, quebrando o silêncio.
- Não vou precisar comer nada, né? – null disse meio desanimada. Ela estava encostada no sofá com uma das mãos sobre a barriga. – Acho que não como mais nada hoje, nem se me oferecerem um milhão de libras.
- Não, null, fica tranquila. – Tom tranquilizou null, que fez sinal de positivo com a mão.
- Eu acho uma boa ideia. – null disse e todos se sentaram no chão. Os Guys de um lado e as meninas do outro.
- null, qual foi a primeira música que você aprendeu a tocar na bateria? – Danny perguntou e as atenções foram para null.
- Se eu não me engano, foi “We Will Rock You”. – null respondeu e todos riram. – O que foi? Eu só estava começando e o Stan queria saber se eu tinha coordenação.
- null, desculpa tocar no assunto, mas como era a sua relação com o Jimmy? – Tom perguntou e null se sobressaltou com uma pergunta tão séria.
- Bom, o Jimmy, no começo, era um amor de pessoa... Aí teve uma época em que eu tinha arrumado um estágio em um escritório e ele começou a achar que eu o traía com alguns caras que trabalhavam comigo. Quando fizemos nove meses de namoro e essa implicância dele não terminou, eu resolvi romper com ele, mas aí foram mais dois longos meses de perseguição da parte dele. – null resumiu a história ao máximo para evitar lembranças mais fortes.
- Perseguição? – Danny perguntou, intrigado. Mesmo com aquilo tendo sido mencionado no dia anterior, ele ainda não sabia exatamente do que aquela “perseguição” se tratava.
- É, ele ficava me seguido onde quer que eu fosse, só pra dizer que tinha razão na história de traição e tal, mas, depois que ele viu que estava errado, desistiu... Demorou, mas desistiu. – null deu de ombros.
- null, porque você escolheu fazer faculdade de medicina? – Harry perguntou, mudando o clima da conversa por um momento.
- Porque eu quero ser médica. – null riu, mas logo voltou a ficar séria. – Bom, a minha influência maior é o meu pai e eu sempre achei legal a ideia de salvar vidas.
- Que nobre... – null brincou, mas realmente achava bonita essa história da influência de Aaron na vida de null.
- Minha vez. null como era a sua relação com o Richard? – Dougie perguntou e o clima tenso voltou. Mesmo não tendo presenciado a briga entre null e o ex-namorado, ele ficou sabendo do que aconteceu e tinha achado tudo muito absurdo.
- Difícil, muito difícil... – null deu um sorriso calmo. – O meu namoro com ele sempre foi conturbado, acho que isso se atribuía ao fato de eu ser bem mais nova do que ele e ele achar que podia me controlar exatamente por isso. Quando as minhas aulas de baixo começaram, eu conheci o Marty e viramos amigos bem rápido, isso causou ciúmes da parte dele e depois de um tempo, ele começou a pensar que Marty e eu tínhamos um caso... Mal sabia ele que o Marty é gay. – Ela rolou os olhos. – Bom, tiveram muitas coisas, afinal, foram dois anos de relacionamento, mas eu acho melhor não falar disso, é uma história longa demais, vocês perderiam tempo.
Depois disso, as perguntas foram mais leves, pois o propósito daquela “entrevista” era esclarecer aquelas coisas sobre ex-namorados e ter uma ideia do porque deles terem aparecido de repente. Só que ninguém contava que o Danny ia tomar uma atitude que impressionaria a todos.
- Última pergunta: null, você quer namorar comigo? – Danny perguntou e as meninas olharam surpresas para null, que tinha paralisado.
- S-sério? – null perguntou com um pouco de dificuldade.
- Eu acho que não iria brincar com isso... Não com você. – Danny disse sério.
- Ai, meu Deus, eu acho que vou ter um troço. Responde logo, mulher! – null se abanava com a própria mão, completamente eufórica.
- Eu quero. – null disse quase num sussurro, mas todos estavam em completo silêncio, então deu pra todo mundo ouvir.
- BEIJA, BEIJA, BEIJA! – O coral, regido por Dougie e null, em pouco tempo foi geral, até que o casal respondesse ao pedido, selando aquele novo compromisso.
- Ai que lindo, a minha menina está crescendo! – null disse em tom de brincadeira enquanto abraçava null, mas era verdade que ela estava feliz pela prima.
- Cala a boca, pirralha, a criança aqui é você. – null disse brincando, mas pelo tom dela, pareceu bastante sério, até ofensivo.
- Ok então, com essa eu acho melhor ir me deitar. Boa noite a todos. – null, que tinha ficado magoada com aquilo, se levantou.
- Boa noite. – Todos responderam em coro e null somente acenou.
- Eu acho que ela ficou mal... – Tom comentou quando null saiu da sala.
- Você acha, Tom? – Harry achou o comentário do Tom um pouco óbvio demais.
- Depois eu falo com ela... – null disse, abraçada ao Danny, agora, seu namorado.
Aos poucos, todos foram dormir. null achou melhor falar com null no dia seguinte, porque ela achou que a prima já deveria estar dormindo no horário em que subiu com o Danny.
Depois de tantas emoções, as surpresas ainda não tinham terminado na McHouse, mas ninguém tinha noção do que estava por vir.
Na madrugada daquele mesmo dia, Danny levou null até seu quarto e, em seguida, foi para o dele. null demorou a dormir, pois estava preocupada com o que tinha dito a null, mas também estava feliz pelo tão sonhado namoro. Dormiu com o pensamento de que tudo iria se acertar.
- Putz, minha cama está tão dura... – null resmungou pouco antes de perceber que estava no chão, ao invés de sua cama. – Ok, o que eu estou fazendo aqui? Quando eu caí? E o que está acontecendo com a minha barriga? Será que foram os morangos... – null tentava achar uma explicação para tudo aquilo enquanto segurava a barriga com as duas mãos. – Acho que vou tomar um banho e depois vou descer para procurar um remédio, talvez ajude. – Ela levantou se apoiando no criado-mudo e foi em direção ao banheiro.
Algum tempo depois...
- Esse banho só serviu pra deixar meu corpo mais leve, o mal estar continua mal estando...
null estava prestes a descer as escadas, mas ouviu um estrondo vindo do quarto de null. Naquele momento, ela pensou em adiar a conversa que precisava ter com a prima, mas tomou coragem e foi até lá, mesmo com as dores no estômago.
- null? – null entreabriu a porta, mas nem olhou pra dentro do quarto naquele primeiro momento.
- Entra. – null respondeu automaticamente.
- Eu não sabia que você tinha trazido tanta coisa... – null se surpreendeu com o estado do quarto. Tinham toalhas, lençóis, travesseiros e roupas misturadas e jogadas sobre a cama.
- Na verdade, eu não trouxe tanta coisa, eu só resolvi dar uma organizada nesse guarda-roupa. As toalhas e roupas de cama estavam tão bagunçadas que, se alguém entrasse aqui pra dar um rolê em Nárnia, acabaria se perdendo no caminho. – null riu fraco com sua tentativa de piada.
- Precisa de ajuda? – null perguntou com receio da resposta.
- Não, mas obrigada por se oferecer... É até estranho você estar acordada tão cedo, já que, quando você e o Danny subiram, eram mais de 2:00 da manhã... – null tentava procurar um assunto para amenizar o clima entre ela e a prima.
- Como você sabe? Você foi a primeira a subir pra dormir! – null perguntou sem entender.
- Calma, eu não estava espionando vocês. Você e o Danny não são as pessoas mais silenciosas do mundo e, quando subiram, acabaram me acordando. – null explicou.
- Que horas são? – null perguntou, querendo encerrar aquele assunto.
- 8:00 agora. – null perdeu o equilíbrio enquanto tentava ver as horas.
- Então eu vou descer e fazer o café, já que, provavelmente, todo mundo vai acordar com fome... – null fechou a porta do quarto e desceu.
O clima dessa conversa foi tão estranho que, quando chegou à cozinha, null nem se lembrava mais das dores no estômago.
No quarto de null...
Dougie abriu a porta e tentou entrar sem fazer barulho, na esperança de que null ainda estivesse dormindo para que assim pudesse acordá-la, mas acabou frustrado ao ver que ela não estava mais na cama.
- Algum problema? – null perguntou sem entender porque o Dougie estava no quarto dela tão cedo.
- Wow! – Foi o único som que o Dougie conseguiu emitir ao ver null saindo do banheiro, apenas enrolada em uma toalha.
- Se for o CD do Blink, nem vem! Eu te emprestei, e você demorou não sei quanto tempo para me devolver e ainda arranhou a capa. – null disse, um pouco irritada por lembrar de quando emprestou seu CD, que ela ainda não tinha ouvido, para o Dougie no terceiro dia de McHouse, mas Dougie não reagiu, o que a preocupou. – Dougie? Eu estou falando com você.
- Hã?! Blink? O que é Blink? – Dougie parecia estar em outro planeta.
- Dougie, você está bem? – null estava começando a se preocupar.
- Ah, sim, estou bem sim. – Dougie riu sem jeito e inventou uma desculpa. – É que eu estou com fome.
- E você esperava encontrar comida aqui? – null franziu o cenho.
- Só se fosse você... – Dougie sorriu maldoso e null rolou os olhos. – É brincadeira, calma. Na verdade, eu vim aqui para te acordar, mas quando cheguei, vi que você já tinha acordado... – Concluiu, desanimado.
- Pelo menos você tentou. – null disse, dando alguns tapinhas no ombro do Dougie. – Da próxima vez, acorde mais cedo.
- Mas nem tudo está perdido... Enquanto eu vinha pra cá, vi que a null estava descendo e isso significa que, provavelmente, ela vai fazer o café. Podemos descer juntos... – Dougie sorriu, torcendo por uma reação positiva.
- Claro! Você que descesse sem mim... – null disse de modo autoritário, depois sorriu. – Mas antes, eu preciso me trocar.
- Claro! Fique à vontade... – Dougie assentiu, apontando para o guarda-roupa.
- Tá, mas você precisa sair do meu quarto primeiro, né?! – null riu, apontando para a porta do quarto.
- Desculpa, estou atrapalhando, né?! Eu vou pro meu quarto, daí, quando você terminar de se arrumar, você passa lá e a gente desce junto. – Dougie saiu do quarto totalmente sem graça enquanto null ria, achando tudo aquilo muito fofo.
Na cozinha...
- Os Guys são ótimos para lavar a louça, mas pra guardar... – null procurava por uma tampa, mas não conseguia encontrar entre a louça que os Guys tinham lavado no dia anterior.
- Bom dia, null! – Danny foi o primeiro a descer.
- Bom dia... – null se virou para ver o Danny e se surpreendeu ao vê-lo usando apenas uma boxer branca, parado no batente da porta da cozinha. – Garoto, você já ouviu falar em roupa?
- Digamos que eu gosto de mostrar aquilo que eu tenho de melhor... – Danny sorriu malicioso, colocando as mãos na cintura e observou a mesa do café, o que o deixou impressionado. – Pães, sucos, torradas e café. Está inspirada hoje, hein?
- Digamos que eu sei que daqui a pouco o pessoal vai descer com fome o suficiente para acabar com tudo isso. – null sorriu, olhando para a mesa.
- Pronta pra casar... – Danny sussurrou no ouvido de null, fazendo-a se arrepiar.
- Danny, para com isso. – null disse sem graça.
- Ontem você não estava reclamando... – Danny abaixou a cabeça, fazendo bico.
- Eu tenho que terminar o café e você também não está ajudando, sendo tão safado assim. – null tentava se justificar.
- Antes safado com você do que com outra mulher! – Danny estranhava o comportamento de null e acabou soando um pouco irritado.
- Danny, não faz assim! Tudo o que eu menos quero é brigar com você... Logo agora que estamos tão bem. – null cruzou os braços.
- Não é minha intenção, desculpa... – Danny acariciou o rosto de null. – Agora vem cá que eu estou carente e nós precisamos conversar. – Ele envolveu seu braço em sua cintura e a puxou para tão perto ao ponto dela sentir a respiração dele.
- Já estamos conversando. – null disse, quase sem fôlego.
- É uma conversa diferente. – Danny olhou fundo nos olhos de null e a beijou.
O beijo não durou muito, a atenção dos dois foi desviada para os gritos de reclamação de null, vindos da sala em direção à cozinha.
- Tudo bem, null? – Danny perguntou ao ver que null e Harry tinham chegado na cozinha, mas parecia que Harry tinha a carregado de qualquer jeito pra lá.
- Sim. – null respondeu sem jeito, tirando os cabelos da frente do rosto.
- E por que os gritos? – null estava intrigada.
- É que quando eu saí do quarto, vi que o Danny estava vindo para a cozinha e, como eu sabia que você estava aqui, desci e fiquei na sala para não correr o risco de interromper alguma coisa, só que o Harry... – null rolou os olhos.
- Nós sabemos como ele é romântico. – Danny comentou, causando risos no Harry.
- Só que tem uma coisa que eu não entendi direito... – null disse, coçando a cabeça, um pouco confusa.
- O quê? – Danny, null e Harry perguntaram em coro.
- O que significaria Danny Jones de cueca na cozinha? – null olhou o Danny dos pés à cabeça, com o cenho franzido.
- Ele disse que é pra mostrar o que ele tem de melhor. – null deu um tapinha na bunda do Danny, que sorriu malicioso.
- O quê? Essas pernas finas? Super atraente... – Harry disse com desdém.
- Olha só quem fala! – Danny arqueou uma sobrancelha, fazendo as meninas rirem muito. – A verdade é que você está com ciúmes de mim com a null!
- Pra quê ter ciúmes de você com a null, se eu tenho a null?! – Harry abraçou null.
- Me incluam fora dessa! – null se afastou do Harry, ainda rindo.
- Então vem me ajudar aqui e deixa esses dois discutindo a relação. – null puxou null pelo braço enquanto Harry e Danny curtiam o momento deles.
- null, eu estou com uma sensação estranha, como se eu estivesse esquecendo alguma coisa... – null comentou quando os risos cessaram.
- Tão nova e já se esquecendo das coisas? O caso é grave... – null brincou.
- É sério, null. – null insistiu, preocupada. – É alguma coisa importante e a gente está esquecendo.
- Olhe a data de hoje no calendário e recapitule, talvez isso ajude, porque eu não faço ideia do que estamos esquecendo... – null deu de ombros e ficou curiosa, já que, teoricamente, ela também estava esquecendo de algo.
- Ué, cadê o calendário? – null perguntou depois de olhar a cozinha por alto e não encontrar o que estava procurando.
- A última vez que eu vi, estava grudado na geladeira. – null disse, apontando para a geladeira e não encontrando o calendário.
- Só se for grudado por dentro, né?! – null, como num reflexo repentino, abriu a geladeira e encontrou o calendário em uma das prateleiras.
- Isso é a cara dos meninos... – null riu.
- O aniversário da null... – null murmurou enquanto olhava para o calendário.
- O que é que tem o aniversário da )? – null tinha ouvido o que null disse.
- É hoje. – null ficou séria.
- Não pode ser! – null pegou o calendário das mãos de null, conferindo a data.
- Bom dia, pessoas! – Dougie e null se fizeram notar na cozinha. Ele trazia null carregada em suas costas.
- Bela chegada. – Danny comentou entre risos.
- O que aconteceu com elas? – null perguntou preocupada ao ver as expressões das primas e Dougie a colocou no chão.
- Não sei, elas estavam conversando, nós nem reparamos quando elas ficaram assim. – Harry deu de ombros.
- null? null? Meninas?! – Danny chamou, preocupado.
- Hã? – null respondeu, completamente distraída.
- Por que vocês estão desse jeito? – null se apoiou no Dougie, que também não entendia nada.
- Foi impressão minha ou vocês falaram em aniversário? – Harry perguntou, falando a única palavra que tinha conseguido ouvir da conversa das meninas.
null e null se entreolharam durante um tempo, até que o Tom entrou na cozinha.
- Cadê a null? – Tom apareceu com cara de sono.
- Bom dia pra você também, Tom! Nós dormimos bem, obrigada por perguntar. A null? Deve estar dormindo ainda. – null tentava mudar de assunto.
- Desculpa, gente, mas é que hoje eu acordei pensando nela. – Tom riu, levemente ruborizado.
- Tá apaixonado! Tá apaixonado! – Dougie e Danny tiravam sarro do Tom.
- Até parece que a situação dos dois é diferente da minha... – Tom retrucou, arqueando a sobrancelha.
- Qual das duas vai falar? – Harry insistiu no assunto, fazendo todos olharem para null e null.
- Tá bom! É melhor falar logo, antes que a null apareça. – null respirou fundo. – Hoje é aniversário da null.
- Como assim, aniversário da null? – Tom arregalou os olhos. – E vocês não avisam nada?
- Hey! Espera um pouquinho. – null disse, se defendendo e defendendo null. – Detestamos admitir, mas nós esquecemos. A null só veio se lembrar disso agora.
- Vocês têm certeza que é hoje? – null ainda torcia por um engano, mas desistiu ao ver o calendário. – É, é hoje.
- O que vocês vão fazer? – Danny perguntou.
- Você acha que se nós soubéssemos o que fazer estaríamos com essas caras de nada? – null respondeu, começando a ficar irritada com o próprio engano.
- O pior é que esse é o primeiro e pode ser o último aniversário que ela passa com os meninos... – null lamentou, apoiando a cabeça no ombro de null.
- null, eu não gosto de te ver falando assim... – Danny segurou a mão de null, trazendo-a para perto dele.
- É que eu queria que hoje fosse um dia especial pra ela. – null sorriu fraco.
- Meninas, vocês se incomodariam em deixar o aniversário da null sob nossos cuidados? – Tom perguntou, começando a ter ideias.
- E nos deixar de fora? – null perguntou arqueando uma sobrancelha.
- Não encare dessa forma... Imagine que, ajudando, nós estaríamos retribuindo tudo o que vocês fizeram aqui desde que chegaram e, como a null disse, esse pode ser o primeiro e último aniversário que eu vou poder estar com ela, então, por favor, não me tirem isso. – Tom tinha o olhar triste. Não gostava de se imaginar longe de null, mesmo ciente de que eles só tinham aquele e mais dois dias juntos.
- null e null, estamos sem tempo e sem ideias... Antes deixar a festa nas mãos deles do que não fazer nada e acabar magoando a null. – null disse, tentando convencer as primas.
- Ela nem comentou nada sobre o aniversário... Com certeza, ela está esperando por algo. – null pensou alto.
- Tá bom, se vocês concordam, pra mim, tudo bem. – null deu de ombros, bastante séria. – Só que tem uma condição...
- Quantas você quiser! – Tom ficou feliz por elas terem concordado.
- Nós temos que ficar por dentro de tudo o que vocês fizerem. – null sorriu, tranquilizando a todos.
- Tem certeza de que vai dar tudo certo? – null perguntou, ainda receosa.
- Claro! Afinal, somos Os Incríveis! – Danny fez graça, fazendo uma pose típica de super herói.
- Falou a Mulher Elástica... – null comentou, fazendo o Harry ter um ataque de risos.
- Não teve graça. – Danny fez bico.
- Me desculpe, Mulher Elástica, mas teve graça sim. – Dougie disse, também rindo.
- Bom dia, gente! Qual o motivo da graça? – null apareceu na cozinha e logo pegou uma torrada na mesa.
- A null chamou o Danny de Mulher Elástica. – Harry situou null na conversa.
- Eu sempre desconfiei que ele gostava de se esticar por aí... – null comentou, provocando o Danny.
- Até você, baixinha? – Danny fez bico.
- O Tom ainda não desceu? – null estranhou a ausência do guitarrista.
- Credo, ele estava aqui agora, exatamente onde você está... – null respondeu depois de notar que o Tom realmente não estava mais na cozinha.
- Voltei. – Tom reapareceu na cozinha, escondendo uma das mãos nas costas.
- Onde você foi? Sumiu e ninguém viu como nem quando... – Harry ainda tentava entender, já que ele também não tinha visto quando o Tom saiu.
- Fui pegar uma coisa para a null... – Tom fez suspense enquanto se aproximava da garota.
- O quê? – null não escondeu a curiosidade.
- Isso aqui. – Tom tinha uma rosa branca na mão. – Para a garota que eu nunca vou esquecer.
- Que linda! – null disse com os olhos brilhando enquanto pegava a rosa.
- Onde ele achou essa rosa? – Harry ainda estava confuso.
- Não estraga o momento, garoto... – null disse entre dentes.
- Quem disse que eu estou te dando essa rosa? – Tom perguntou depois que null colocou a rosa em um copo com água fria, improvisando um vaso e já planejando coloca-la em seu quarto.
- Não?! – null ficou surpresa.
- Eu quero algo em troca... – Tom riu malicioso.
- E como eu poderia retribuir um gesto tão gentil? – null perguntou sorrindo enquanto olhava para a flor.
- Um beijo seu e tudo se resolve. – Tom piscou para null e a puxou para perto dele.
- Pronto, considere-se beijado então. – null virou seu rosto e beijou a bochecha do Tom.
- Boa, null! – Danny riu pela atitude de null.
- Você não especificou onde era o beijo... – null deu de ombros, contendo o riso ao ver a reação do Tom.
- E não era óbvio? – Tom fez bico.
- Eu acho que não, hein?! – null disse e todos riram.
O Danny foi vestir uma roupa antes de se juntar aos outros na mesa e tomar café. Após o café, as meninas foram arrumar a cozinha e os Guys aproveitaram para discutir o que seria feito em relação ao aniversário da null.
Na sala...
- Vamos resolver logo isso porque depois que elas terminarem de arrumar a cozinha, vai ser difícil ficarmos sozinhos sem levantar suspeitas. – Danny disse, se acomodando no sofá maior.
- Agora que você falou, nada me vem à cabeça... – Tom comentou preocupado. – Eu tinha começado a ter ideias lá na cozinha, mas agora foi tudo embora.
- Tom, você quis tomar a frente de tudo, nos envolveu nessa, as meninas confiaram em você e elas não podem ficar na mão. – Danny disse, já imaginando as meninas com raiva deles por isso.
- Poderíamos leva-las para jantar... – Tom sugeriu a primeira coisa que lhe veio à mente.
- Não, isso é muito romântico... Seria ideal se fosse só você e a null ou algo que nós faríamos para todas elas, mas hoje, o dia é da null, temos que fazer algo que agrade a ela em principal, mas também não deixe de agradar às meninas. – Harry descartou a ideia.
- Uma festa surpresa! Bolo, doces, salgados e balões, aqui mesmo na sala. Tenho certeza que a null ia gostar e seria bem divertido. – Dougie sugeriu.
- E um tanto infantil... – Danny deu de ombros, tentando descartar a ideia.
- E qual é a sua brilhante ideia? – Dougie não tinha gostado do comentário do Danny.
- Um pouco de agitação, eu conheço um lugar que fica um pouco longe, mas de carro é bem tranquilo de chegar, tem boa música, boa comida, tem um palco para bandas novas e tem boliche! – Danny comentou animado.
- Ah, tá. Entendo... – Harry rolou os olhos, não gostou muito da ideia.
- Vai dizer que não está nem um pouquinho interessado em ensinar a null a jogar? – Danny comentou malicioso, tentando convencer o Harry.
- Olhando por esse lado, até que não é má ideia... – Harry começava a se animar.
- Por que não fazemos os dois? – Tom propôs, fazendo todos prestarem atenção nele. – Fazemos a festa que o Dougie sugeriu durante a tarde, aqui em casa mesmo e à noite, saímos para onde o Danny sugeriu.
- Será que vai dar certo? – Dougie perguntou apreensivo.
- Olha, tem uma confeitaria aqui perto. Lá tem bolos e doces muito bons e eu tenho o número de lá. Só precisamos de alguém que ligue e encomende tudo o que vamos precisar. Isso, nós precisamos conversar com alguma das meninas pra pedir tudo o que a null gosta. – Tom propôs.
- Eu posso ligar pra lá. – Danny se ofereceu.
- Tudo certo então. A null vai gostar e todo mundo vai participar. – Tom sorriu tranquilo. Os planos já estavam feitos e tinham tudo pra dar certo.
Ao perceberem as meninas saindo da cozinha em direção à sala, Danny subiu para seu quarto, enquanto Tom, Dougie e Harry mudaram de assunto, tentando parecer bastante descontraídos.
- Podemos saber o motivo de tantas risadas? – Tom perguntou enquanto null sentava ao seu lado.
- Aconteceram alguns imprevistos na cozinha. – null não se continha em risadas.
- Quer dizer que você acha engraçado? – null soluçou. – Eu quase morro intoxicada por detergente e você acha engraçado?! – Soluçou novamente.
- Se disséssemos que não, estaríamos mentindo. – null deu de ombros.
- E o que aconteceu entre a null e o detergente? – Dougie perguntou arqueando a sobrancelha.
- Foi um acidente. Eu ia começar a lavar a louça, mas eu apertava o frasco do detergente e não saía nada, então eu comecei a apertar e sacudir o frasco ao mesmo tempo e a pressão na tampa foi tanta que ele acabou explodindo. – null tentava explicar a situação.
- A null estava xingando o detergente bem na hora que ele explodiu... Foi detergente pra tudo o que era canto. – null relembrou o que aconteceu.
- Principalmente na minha boca... Sabia que agora, quando soluço, eu solto bolhas? – null disse, fazendo todos rirem.
- Tá vendo como é? Só assim vocês sabem o que eu sofro! – Dougie tentava não rir.
- Bem que você poderia dar uns beijinhos no Danny agora... – null comentou.
- Por falar nele, onde é que aquele sardento se meteu? – null perguntou ainda soluçando.
- Ele subiu, deve ter ido pegar alguma coisa. – Tom deu de ombros, disfarçando o máximo que podia.
- null, sobe aqui rapidinho! – Danny chamou null do topo da escada.
- Pra vocês verem que rápida evolução: Até ontem, eles faziam as coisas na nossa frente, agora que estão namorando tem que ser escondido. – Harry brincou, fazendo todos rirem.
null subiu e foi para o quarto do Danny. Todos riam e continuavam com as brincadeiras na sala.
No quarto do Danny...
- Já temos um esquema sobre o aniversário da null. – Danny puxou null para dentro de seu quarto e fechou a porta em seguida. – Já disse que você está linda hoje?
- Daniel, não começa! – null repreendeu, mesmo gostando do elogio.
- Ok, eu também não te chamei aqui pra isso. – Danny começou a falar e null sentou em uma cadeira perto da cama. – Os caras e eu decidimos tudo enquanto vocês estavam na cozinha. Dividimos o aniversário dela em duas partes: A primeira vai ser uma festa surpresa com bolo, doces e essas coisas de aniversário lá na sala depois do almoço.
- Então o almoço não pode ser muito pesado, senão não vai sobrar espaço nem para uma migalha do bolo. – null pensava no que fazer para o almoço.
- Eu me propus a ligar para uma confeitaria aqui perto para encomendar tudo e eu preciso que você me dê uma ideia do que a null gosta para podermos fazer a encomenda e dar tempo pra entregarem tudo a tempo, então, temos que pedir pouco. Vou pedir que a entrega seja feita pela porta dos fundos, vocês devem ficar atentas e não deixar a null perceber nada do que está acontecendo, afinal, é uma festa surpresa. – Danny falava rápido e baixo, com medo de ter alguém ouvindo.
- Ok, eu vou fazer uma lista aqui pra você fazer o pedido. – null pegou uma folha de papel que estava sobre a escrivaninha e uma caneta. – Se pedirmos agora, que horas, mais ou menos, vai acontecer a entrega?
- Então, como a festa está planejada para acontecer no máximo duas horas depois do almoço, me baseei na hora em que geralmente almoçamos, então posso pedir que entreguem às 15:00. – Danny explicou seu plano.
- Então, provavelmente, nós vamos estar na cozinha quando as coisas chegarem e isso quer dizer que nós vamos receber as entregas, já que a porta dos fundos fica lá. – null já imaginava como tudo ia acontecer.
- Quando as entregas chegarem, nós vamos ajudar vocês a esconder tudo na dispensa até a hora de fazer a arrumação na sala e eu nem preciso dizer que a null não vai poder estar por perto. – Danny disse como se aquilo não fosse óbvio. – Acho que o Tom vai distraí-la.
- Você já disse isso...
- Mas e então, o que você acha? – Danny ainda estava apreensivo.
- Até agora eu gostei muito do que ouvi, mas, e a segunda parte? – null ficou curiosa.
- A segunda parte é segredo...
- Nada disso! Agora que começou a contar, termina! – null insistiu.
- Não adianta fazer essa cara, eu não vou contar... Só posso dizer que é uma coisa que vocês quatro vão gostar. – Danny sorriu, confiante.
- Tá bom, não vou insistir... Eu vou descer pra sala. – null levantou, colocando na mesa a lista do que seria encomendado para a festa e foi até a porta.
- Quem disse que a minha conversa com você acabou? – Danny envolveu seu braço na cintura dela, virando-a de frente pra ele e a beijando antes que ela dissesse qualquer coisa.
- Posso respirar agora? – null disse, ofegante após o beijo. – Obrigada.
- Eu ainda nem dei o melhor de mim... – Danny se divertia com a situação.
- O que é que te deu hoje, hein?! – null ajeitava sua roupa e cabelo.
- Acho que o Tom colocou alguma coisa no meu café... Espere, que gosto estranho é esse? Parece sabão. – Danny só reparou naquela hora.
- Essa é uma longa história... – null disse, soluçando mais uma vez, o que a irritou, pois ela tinha pensado que os soluços tinham passado.
Danny e null terminaram de se recompor do “mini amasso”, ele ligou para fazer a encomenda para o aniversário de null e depois desceu com null para a sala, onde todos pareciam não estar com vontade de fazer nada.
- Danny, eu não sei o que vocês fizeram naquele quarto, mas você está acabadinho, hein?! – Harry brincou e todos riram ao reparar o estado do Danny.
- Então garotas, lavaram a louça direitinho? – Danny disse, sentando-se no braço do sofá menor, fingindo que não tinha ouvido o que o Harry tinha falado.
- Melhor do que vocês, disso eu tenho certeza. – null perguntou, mostrando a língua para o Danny.
- Tá vendo?! É por isso que eu gosto dela, ela é muito modesta... – Dougie disse abraçando null de lado.
- Caramba, bateu uma preguiça legal agora... – null comentou, se espreguiçando no sofá.
- Vocês não podem ficar com preguiça. – Dougie disse como se null tivesse dito um absurdo.
- Me obrigue... – null continuou espalhada no sofá.
- Quem vai preparar o almoço se vocês ficarem com preguiça? – Dougie respondeu, fazendo com que null ficasse com vontade de matá-lo.
- Mal acabaram de comer e já estão pensando em comida? Que absurdo! – null ficou boquiaberta.
E começou uma grande discussão por causa de comida, o que não tinha exatamente o propósito de ser uma briga ou qualquer coisa do gênero, era algo apenas para descontrair o ambiente e não deixar as meninas ficarem com sono ou preguiça.
- CHEGA! – null gritou, fazendo todos se calarem. – Em primeiro lugar, se nós deixarmos esses quatro naquela cozinha por muito tempo, eles acabariam com tudo e quem acabaria arrumando a bagunça? Nós. Em segundo lugar, meninos, vocês não moram com as mães de vocês há anos e chega de discussão, senão eu enlouqueço! – Ela ofegava quando finalmente parou de falar e se jogou sentada no sofá. Todos ficaram em silêncio por alguns momentos e se entreolharam, o que desencadeou um ataque geral de risos que deixou o clima bem mais descontraído do que antes.
- Não acredito que acabamos de discutir por causa de comida... – null comentou depois de se recuperar dos risos.
- Isso acontece nas melhores famílias. – Tom disse, ainda rindo.
- Inclusive na nossa família. – null disse orgulhosa e quase chorando com aquela cena. – Vou sentir tanta falta disso... – Uma lágrima caiu e seu olhar se entristeceu.
- Não fica assim, null... – null abraçou null.
- É, gente, vamos mudar de assunto... – null disse, querendo mudar o foco da conversa.
- Então, quem vai fazer o almoço? – Tom fez todos rirem de novo.
- Quanta criatividade... – null rolou os olhos.
- Está bem, vocês venceram! – null disse enrolando o cabelo pro lado e se apoiando no Dougie. – Ontem a null fez o almoço e hoje a null fez o café da manhã, só sobra a null e eu. – null olhou ao redor, vendo todos concordarem, menos o Tom.
- A null não! – Tom falou assustado e null o fuzilou com o olhar. Quando ele percebeu isso, tentou se justificar antes que começasse a rir. – Não, null, eu não tenho nada contra você cozinhar, só não quero que fique cansada.
- Eu só não te bato porque eu sei que não cozinho bem... Dessa vez passa. – null olhava para Tom, que tinha começado a rir.
- Então tá, eu faço! Que horas são? – null perguntou, já pensando no que iria fazer.
- 13:00 agora. – Danny respondeu.
- 13:30 ou 14:00 eu levanto para fazer o almoço. – null disse, dando fim no assunto.
- Já que tudo está resolvido, eu não vejo problema se até lá ficarmos por aqui mesmo. – Harry comentou, puxando null para perto.
- Concordo plenamente. – null disse fazendo sinal de positivo com a mão e apoiando a cabeça no peito do Harry.
- Tom, você trouxe um livro do Star Wars, né? – null perguntou só para o Tom ouvir, já que a sala estava completamente silenciosa.
- Como você sabe? – Tom ficou curioso. Não lembrava de ter mostrado ou deixado o livro fora da gaveta do criado-mudo do quarto dele.
- É que outro dia eu passei em frente ao seu quarto e vi o livro em cima do criado-mudo, mas não entrei e peguei porque, como eu não gosto que mexam nas minhas coisas, não mexo nas coisas dos outros. – null explicou e voltou ao tom animado de antes: - Então, você me mostra?
- Não sabia que você gostava... – Os olhos do Tom brilhavam com a possibilidade de estar com uma garota que gostava de Star Wars, talvez tanto quanto ele.
- É mais uma curiosidade, na verdade... – null riu sem jeito. – Assisti a um ou dois filmes quando era pequena porque o meu pai gosta.
- Tá bom então, vamos lá que eu te mostro. – Mesmo assim, Tom estava feliz por compartilhar um pouco do seu mundo com null.
Tom e null passaram pela sala sem fazer muito barulho e subiram para o quarto, deixando todos tranquilos na sala, alguns deitados no chão, outros no sofá quase cochilando.
No quarto do Tom...
- Sempre achei esse aqui bonitinho... – null comentou, apontando para uma foto quase no final do livro.
- O Yoda? Nunca imaginei que você ia achá-lo “bonitinho”. – Tom se divertia com o momento.
- Existem muitas coisas sobre mim que você ainda não sabe... – null disse.
- Eu adoraria descobrir... – Tom chegou um pouco mais perto de null.
- Nossa! – null disse, assustada, se afastando do Tom.
- Calma, null, eu ainda não fiz nada... – Tom não entendeu aquela reação, mas concluiu em tom malicioso: - Mas, se você deixar...
- Hã? – null não entendeu, mas resolveu explicar sua reação. – Eu falei das horas, já são 14:30! – Apontou para o relógio que ficava no criado-mudo.
- Ah, as horas... – Tom coçou a cabeça, meio embaraçado.
- É, Tom, as horas. – null ainda olhava assustada para o Tom.
- O que é que tem as horas? – Tom continuava sem entender nada.
- O almoço! Onde é que você está com a cabeça? – null disse, já andando em direção à porta.
- O almoço... – Ele finalmente se lembrou do que tinha planejado para aquele dia e o atraso do almoço não ajudaria em nada na programação. – É, o almoço! Elas já devem ter ido fazer, com certeza, elas estão na cozinha.
- Não sei não, a casa está muito silenciosa... Eu vou lá embaixo pra ter certeza. – null saiu do quarto e Tom a seguiu.
Do topo da escada, já era possível ter uma ideia da situação da sala e quando null e Tom terminaram de descer as escadas, eles finalmente viram o que estava acontecendo: Todos estavam em sono profundo, espalhados pela sala, tudo em completo silêncio.
- Meninas, levantem para fazer o almoço... null, acorda. – null cutucava null, esperando uma reação, mas não teve êxito. Isso a fez tomar uma atitude, que chegou a assustar o Tom. – LEVANTEM PARA FAZER O ALMOÇO!
- Moço? Que moço? Danny, acorda, parece que um moço invadiu a casa... – null disse, cutucando o Danny, ainda sonolenta e null rolou os olhos.
- Olha aqui, já passam das 14:30, vocês ainda não fizeram nada e eu tenho certeza que ninguém quer que eu vá até a cozinha fazer o almoço. – null disse em tom ameaçador.
- Ok, já acordei. – null disse, perdendo um pouco do equilíbrio quando se levantou. – null Spencer e null Marshall, levantem e venham me ajudar. Com o sono que eu estou, é bem capaz eu acabar ateando fogo na casa.
- É realmente preciso? – null disse, também sonolenta, enquanto null se espreguiçava no chão.
- Querem morrer queimadas? – null coçava os olhos.
- Até que um churrasquinho cairia bem... – null brincou enquanto se levantava lentamente.
- Então tá bom, vou ali pegar um pouco de álcool para queimar você e servir no almoço, o que você acha? – null ameaçou.
- Eu ficaria uma delícia, mas isso não vai rolar... – null ajudou null a se levantar e elas foram para a cozinha ajudar null, deixando os Guys na sala. Depois de tantos gritos, eles também acabaram despertando, enquanto Tom e null voltavam para o quarto.
Na cozinha...
- Meninas, comecem a ter ideias, porque eu não tenho noção do que vou cozinhar. – null jogava um pouco de água em seu rosto.
- Por falar em ideias, os Guys até agora nada... – null disse um pouco frustrada.
- null, não pense mal dos garotos, eles estão se esforçando tanto... – null disse, chamando a atenção pra ela.
- O que eles acertaram até agora? – null chegou mais perto de null.
- Eles dividiram o aniversário em duas partes... – null olhou ao redor para ter certeza que ninguém estava ouvindo.
- Como assim, duas partes? – null ficou curiosa, interrompendo a fala de null.
- Posso explicar? – null levantou as sobrancelhas e null fez um sinal, como se avisasse que não ia falar mais nada. – Então, como eu estava dizendo, são duas partes: a primeira é uma festa surpresa lá na sala depois do almoço. O Danny já fez a encomenda e, quando tudo chegar, nós esconderemos tudo na dispensa e, quando chegar a hora, é só arrumar tudo direitinho. – null explicou.
- Espera, uma festa surpresa com bolo, refrigerante, doces e... Doces? – Os olhos de null brilharam. Fazia tempo que ela não participava de uma festa de aniversário que tinha tudo aquilo e ela sentia muita falta desse tipo de festa.
- Claro! Se não, essa não seria uma festa de aniversário decente. – null disse, como se fosse óbvio. Ela também gostava de festas de aniversário com bolo, refrigerante e doces, mas fazia tempo que ela não organizava nem comemorava seus aniversários daquela forma, as pessoas com quem ela convivia eram “muito adultas” para participarem.
- Mas... Quando as coisas chegam? – null perguntou preocupada.
- O Danny disse que chegariam por volta das 15:00. – null deu de ombros.
- Então só temos dez minutos até as coisas chegarem. – null apontou para o relógio.
- E ainda tem o almoço... O que é que eu faço? – null estava prestes a entrar em desespero.
- Como deve vir muita coisa, faz algo leve. Uma salada, frango grelhado, arroz, coisas que não levem tempo para ficarem prontas e que deixem bastante espaço para a nossa sobremesa especial. – null riu, já imaginando o bolo e os doces da festinha de null.
- E a segunda parte? – null perguntou, interessada.
- O Danny disse que é segredo, só revelou que é uma coisa que todas nós vamos gostar. – null ainda não conseguia imaginar uma coisa que agradasse as quatro de uma vez só.
- Medo... – null disse assustada, rindo em seguida.
- null, quando te contaram isso tudo? – null perguntou enquanto colocava o frango para descongelar no micro-ondas.
- Quando o Danny me chamou no quarto dele... Vocês acham que a gente tinha feito o quê lá? – null perguntou inocentemente.
- Acho melhor não comentar... – null e null disseram maliciosas ao mesmo tempo.
O tempo passou e as garotas se desdobraram na cozinha para que tudo desse certo enquanto esperavam as encomendas chegarem, mas, como sempre, encontraram alguns problemas pelo caminho...
- null, essas encomendas não estão demorando mais do que deveriam não? – null perguntou, ficando impaciente.
- É, null, o almoço está pronto e até agora nada. – null estava nervosa.
- Já são 15:40... – null mordeu o lábio, ficando apreensiva.
- Vai falar com o Danny enquanto é tempo, porque ficar aqui olhado para o relógio não vai adiantar de nada. – null pediu.
- Vai null, resolva logo isso. – null disse e null foi para a sala, procurar uma solução.
Na sala...
- null, o que está acontecendo? Você está pálida! – Dougie perguntou preocupado.
- Fala, null... O que aconteceu? – Danny levantou e ficou do lado de null.
- As encomendas do aniversário da null ainda não chegaram. – null disse, sentando-se no sofá.
- Como assim não chegaram? – Harry estranhou.
- Não chegando! – null não conseguia controlar o nervosismo e Danny imediatamente ligou para a confeitaria. – O almoço já está pronto e até agora, nada!
- null, fica calma... Lembre-se que a null está logo ali em cima. – Dougie tentava tranquilizar null para que ela falasse mais baixo.
- Vai dar tudo certo. – Harry disse enquanto Danny andava de um lado para o outro da sala enquanto falava no telefone.
- Então, Danny, o que eles disseram? – null perguntou assim que o Danny desligou o telefone.
- Vamos conversar na cozinha. – Danny disse com medo de que o assunto chegasse aos ouvidos de null e todos foram para a cozinha.
Na cozinha...
- Resolveram o problema? – null perguntou ao ver todos entrando na cozinha.
- Bom, eu falei com eles... – Danny deu uma olhada na porta da cozinha para não correr o risco de null aparecer por lá e começou a explicar. – Pelo o que eu ouvi, eles já saíram para fazer a entrega com atrasos e, quando estavam por perto, o pneu do carro deles acabou furando.
- E onde eles estão agora? – null perguntou.
- Pelo o que eu entendi, eles estão na esquina daqui da rua. – Danny olhava preocupado para o relógio.
- Não tem como eles trazerem as coisas a pé? – null perguntou, achando que era uma alternativa óbvia que ninguém tinha pensado ainda.
- Não, para dois entregadores, é muita coisa, iria atrasar mais ainda. Um teria que vir e entregar as coisas enquanto o outro teria que ficar tomando conta do carro, não tem como... – Danny explicou, desanimando.
- E agora? – null tentava pensar em uma maneira de pegar as encomendas.
- Harry, Danny e eu vamos ter que ir buscar as coisas. – Dougie disse, tendo uma ideia.
- Mas Doug, são 16:00, temos que servir o almoço, tenho certeza que a null vai descer daqui a pouco pra perguntar por que estamos demorando... – null disse, tentando controlar o nervosismo.
- Só precisamos de 15 minutos, nós vamos buscar as coisas, nós somos três, contando com o entregador, quatro. Trazer o bolo pode ser complicado, mas nós conseguimos, só precisamos que vocês adiem esse almoço por esse tempo. – Dougie explicou.
- Tudo bem, podem ir, mas tomem cuidado. Se acontecer algum imprevisto aqui, nós damos um jeito. – null estava à beira de um ataque de nervos.
- Eu posso ajudar vocês. – null ofereceu ajuda.
- null, você é mais útil aqui do que lá. – Dougie respondeu já saindo.
- Confiem em nós, se dissemos que iríamos ajudar vocês, vamos fazer de tudo para ajudar vocês. – Harry disse e saiu junto com Danny e Dougie pela porta dos fundos, deixando as garotas mais apreensivas do que antes.
Minutos depois...
- Meninas, o que vocês estão fazendo que esse almoço não sai? – null apareceu na cozinha de surpresa.
- null! – null arregalou os olhos e deu um passo pra trás.
- Qual o motivo do susto? Nunca mais tomei sol, mas eu não virei um fantasma ainda... – null brincou ao ver as reações das meninas. – A casa está silenciosa demais, onde os meninos estão?
- Os meninos? Eles... eles... – null olhava desesperada para null e null, como se pedisse para alguém inventar uma desculpa por ela.
- Foram até a farmácia! – null disse a primeira coisa que lhe veio à mente.
- É, até a farmácia. O Dougie sentiu uma forte dor de garganta e o Danny e o Harry foram ajudar a comprar o remédio, já que o Dougie esqueceu o nome do tal remédio. – null completou, percebendo que null não tinha mais o que falar.
- Tadinho do Doug. – null disse sentando-se ao lado de null.
- null, você vai ficar aqui na cozinha? – null perguntou arqueando a sobrancelha e tentando soar o mais casual possível.
- Pretendo. Estava lá em cima com o Tom vendo algumas coisas, dei uma olhada na internet e, quando me liguei, o Tom estava dormindo, então desci para ficar com vocês, ajudar, quem sabe... – null deu de ombros.
- Nós já terminamos tudo, só estamos esperando os meninos voltarem. – null disse na esperança de null desistir de ficar na cozinha.
- Algum problema se eu ficar aqui? – null perguntou desconfiada.
- Não, claro que não! Por que a pergunta? – null tentava disfarçar.
- Vocês estão muito estranhas... – null ficava cada vez mais desconfiada.
- Ai, meu Deus! – null exclamou, ficando pálida.
- O que foi, null? – null se preocupou.
- Ai... ai que dor! – null gemeu, levando a mão ao peito.
- null, pelo amor de Deus, o que você está sentindo? – null amparou null.
- Umas pontadas no peito... – null fazia algumas caretas de dor enquanto null e null a colocava sentada.
- null, traz um copo d’água pra ela! – null disse desesperada enquanto null corria até a geladeira.
- Se sente melhor? – null perguntou depois que null bebeu a água.
- null, vai no meu quarto e pega uma cartela de comprimidos que está na gaveta do criado-mudo. – null pediu e null subiu rapidamente em busca do remédio, deixando a água sobre a mesa antes de ir.
- Como você está se sentindo? – null ainda estava preocupada com a prima e esperava null voltar com o remédio.
- Melhor impossível! – null disse, se levantando da cadeira e bebendo sua água.
- Você não presta! – null ficou chocada ao perceber que tudo não passava de uma brincadeira.
- Meninas, não me levem a mal. – null tentava se defender diante à reação das primas.
- Você quase nos mata de susto e acha isso engraçado?! – null disse, irritada.
- Eu precisava tirar a null daqui e deu certo, afinal, os meninos chegaram! – null disse, apontando para a porta dos fundos, onde Danny entrava com algumas caixas nas mãos.
Danny, Dougie e Harry, com a ajuda das meninas e do entregador, colocaram as coisas na dispensa de forma que null não percebesse a movimentação deles. Danny pagou o entregador e logo depois se juntou aos outros para almoçar. null e Tom ainda não tinham descido.
Ainda na cozinha...
- 15 minutos, né?! Já são 16:30! – null disse de modo irônico.
- Peraí, chegamos aqui às 16:15, guardando as coisas, perdemos mais tempo. – Dougie tentava se defender e defender os outros.
- Mas cadê a null e o Tom que não descem para o almoço? – Harry perguntou, notando a ausência dos dois.
- A null foi procurar um remédio para a null. – null respondeu séria e ainda irritada com aquela história.
- O que é que você tem, pequena? – Dougie se preocupou.
- Ela não tem nada, foi só uma desculpa para tirar a null daqui. – null respondeu, também irritada, colocando a salada na mesa.
- Eu tenho que interceder pela null, porque ela só inventou isso porque me viu entrar aqui enquanto a null estava com vocês. – Danny defendeu null, percebendo um clima estranho entre as meninas.
- E o Tom ainda deve estar dormindo, pelo o que a null falou. – null terminou sua resposta anterior.
- Dormindo? – Danny estranhou.
- É, a null disse que eles estavam vendo alguma coisa no quarto dele e ela foi usar a internet, quando se ligou, ele estava dormindo. – null resumiu a história.
- Depois o preguiçoso sou eu... – Danny comentou rindo.
- null, vamos lá em cima comigo para acordar o Tom e chamar a null, já que ela deve estar procurando o tal remédio até agora. – null disse e subiu com null.
- O clima está um pouco tenso entre vocês... – Harry comentou ao ver a maneira que as meninas saíram da cozinha.
- É... – null concordou desanimada.
- Mas pequena, que brincadeira foi essa que você fez? – Dougie perguntou.
- Quando eu vi o Danny chegando com as coisas, eu acabei gritando... Foi automático. – null tentou se explicar.
- Eu ouvi, foi até nessa hora que o Danny recuou com as coisas. – Harry relembrou.
- Quase nos derrubou. – Dougie completou.
- Então, com isso, as meninas prestaram atenção em mim, principalmente a null... – null continuava sua explicação.
- Aí você continuou gritando. – Danny disse.
- Exatamente, mas eu gritei como se estivesse passando mal, como se estivesse sentindo fortes dores no peito. – null concluiu sua explicação.
- Mas as meninas levaram a sério, se desesperaram e ficaram irritadas quando perceberam que tudo não passava de uma brincadeira. – Danny riu.
- Eu também não posso culpá-las, eu não fiz nenhum tipo de sinal que indicasse que eu estava fingindo... – null riu fraco.
- Relaxa, eu vivo fazendo brincadeiras que eles não gostam... – Danny tentava melhorar o humor de null.
- E depois nós sempre nos entendemos... – Harry disse.
- Lembra que você fez tudo isso por um bom motivo, elas vão entender... – Dougie abraçou null.
- Espero que elas entendam sim. – null assentiu.
- Voltamos! – null disse, chegando na cozinha, acompanhada de null, null e Tom.
- null, você está melhor? – null perguntou, ainda preocupada.
- É, null, a null comentou que você não estava muito bem, ela estava até procurando um remédio, mas não encontrou. – Tom disse e null riu sem jeito.
- Mas eu estou melhor, gente. – null ainda estava mal pela mentira que inventou.
- Tem certeza? – null insistiu.
- Tenho sim. – null assentiu.
- Então vamos deixar de perder tempo e vamos almoçar, antes que a comida esfrie. – null disse, mudando o rumo da conversa.
O almoço finalmente aconteceu, mas não com o clima leve como o do café da manhã. Apreensão pelo aniversário de null, problemas entre as meninas... porém o dia ainda não tinha terminado e as coisas poderiam voltar ao seu curso normal.
Algum tempo depois...
- Que horror, Dougie! – null repreendeu Dougie por arrotar à mesa.
- É, eu sei, esse foi horrível, já soltei melhores... Da próxima vez, eu compenso. – Dougie disse, dando tapinhas na barriga.
- Esse é o melhor que você pode fazer? – Danny desafiou arqueando uma sobrancelha.
- Você não me ouviu dizer que esse foi horrível? – Dougie respondeu.
- Dougie, você nunca deu um arroto que prestasse, aliás, você arrota como uma garota! – Danny riu, continuando com as provocações.
- Como é que é? – null fuzilou Danny com o olhar.
- Ok, podemos ter exceções. – Danny riu de medo.
- Então, Danny, vamos ver quem arrota melhor? – Dougie propôs o desafio.
- Tem certeza? – Danny perguntou.
- O que foi? Ficou com medinho? – Dougie ria pra provocar.
- Mulheres, tragam os refrigerantes... – Danny já achava que tinha vencido o desafio.
- Nem comece... – null repreendeu o Danny, que fez bico.
- Vai, Danny, arrota agora... – Dougie ria, tirando sarro do amigo.
- Meninas, teria problema se eu fosse lá em cima ajeitar algo enquanto vocês arrumam tudo aqui na cozinha? – null perguntou com um pouco de receio, já que sempre ajudava a lavar a louça.
- Não, null, tudo bem. – null sorriu ternamente.
- É coisa rápida, volto rapidinho. – null disse e logo saiu da cozinha.
- Por onde começamos? – null disse quando teve certeza que null não estava os ouvindo mais.
- Pode ser pela decoração da sala. – Tom supôs, se lembrando das coisas que tinha aproveitado pra comprar enquanto estava na rua. Foi uma compra rápida, mas, se não fosse ele, ninguém ia se lembrar de comprar nem uma vela para colocar no bolo.
- Eu encho os balões! – Danny disse, se animando.
- Por que eu não posso encher os balões? – Dougie fez bico.
- Bem que poderia ser uma de nós... – null também fez bico.
- E a comida? – Harry perguntou, lembrando das outras coisas que precisavam ser feitas.
- Calma! Falem um de cada vez, por favor. – null já estava ficando confusa com tantas pessoas falando ao mesmo tempo.
- Posso falar? – Tom perguntou, como se pedisse permissão à null, que fez sinal para que ele continuasse. – Eu pensei da seguinte forma: null e Dougie podem cuidar da decoração, encher balões, pendurar a faixa e coisas afins, enquanto Danny, Harry, null e eu cuidamos das comidas e bebidas. Qualquer coisa, nós ajudamos, caso ficarmos desocupados.
- E o que a null vai fazer? – null estranhou o fato de null não ter recebido uma função.
- Alguém tem que distrair a null. – Tom disse, como se fosse óbvio.
- E como ela vai fazer isso? – null perguntou e todos olharam para null, que parecia pensar em algo que distraísse null.
- Deixa comigo. – null respondeu como se uma luz tivesse acendido em sua cabeça.
- O que você vai fazer? – Danny perguntou em meio a curiosidade de todos.
- Apenas confiem em mim. – null disse, encerrando o assunto.
- Todos de acordo? – Tom perguntou e todos assentiram.
- Espera, eu preciso dizer uma coisa. – null disse enquanto todos saíam da cozinha.
- null, estamos sem tempo... – Harry disse.
- Ainda temos que arrumar as coisas e a null tem que subir antes que a null volte, depois você fala. – Tom completou a fala do Harry.
- Mas é importante... – null insistiu.
- Depois você fala. – Harry queria dar um fim naquele assunto para começar logo a arrumação da festa.
- Então tá, depois não digam que eu não avisei... – null deu de ombros, desistindo de falar.
null subiu para o quarto de null, deixando os outros na sala, cuidando dos preparativos, porém, nem tudo aconteceu tão fácil como eles acharam que iria acontecer.
No quarto de null...
- Oi, null! – null disse ao entrar no quarto.
- Se você veio me buscar, pode ficar tranquila que eu já estou indo... – null respondeu, prendendo o cabelo em um rabo de cavalo alto.
- Não, eu vim te fazer companhia. – null disse, sentando-se na cama.
- Pronto. – null disse, fechando o notebook.
- O que? – null perguntou apreensiva.
- Já terminei de fazer o que eu queria fazer, agora podemos descer... – null disse, já indo em direção à porta.
- NÃO! – null gritou.
- O que foi? – null se assustou com o grito da prima e afastou a mão da maçaneta, como se tivesse levado um choque ao tocá-la.
- Por que você não me mostra o que estava fazendo? O Tom comentou que tinha a ver com um vídeo ou algo do tipo... – null disse, ficando mais nervosa ainda.
- Mas que interesse repentino foi esse? – null franziu o cenho.
- É que... – null procurava por uma desculpa. – É que... Bateu vontade. – Ela já estava ficando com medo de null não acreditar em nada do que ela estava dizendo e resolver descer pra ver o que estava acontecendo.
- Você está muito estranha hoje... – null abriu a porta do quarto.
- null! – null gritou novamente.
- Garota, para com isso! – null levou a mão ao peito por causa do susto que levou.
- É que eu estou com um probleminha hoje... – Era a última alternativa de null. – Sabe aquele meu vestido importado que eu comprei há alguns meses?
- O precioso? – null ficou preocupada com a menção do vestido.
- O quê? Você colocou um nome nele? – null franziu o cenho.
- Aquele vestido tem uma modelagem incrível! É um Dolce! É um coringa! – null disse, sentando ao lado de null.
- Conhece o vestido mais do que eu... – null se surpreendeu com o interesse da prima. – Eu só comprei porque achei bonito.
- Você sabe que eu ainda vou pegar aquele vestido pra mim, vou sequestrá-lo. – null relembrou.
- Como eu estava dizendo... – null estava mais tranquila por ter conseguido prender a atenção de null. – No dia em que fomos ao pub, eu estava procurando uma sandália que combinasse com ele, mas eu não conseguia encontrar a sandália, sabendo que eu tinha trazido pra cá. Quando eu passei no seu quarto, vi a sandália do lado da sua cama.
- E onde o vestido entra nessa história? – null não entendia.
- Posso explicar? – null perguntou e null fez sinal para ela fazê-lo. – Quando eu entrei no seu quarto, peguei a sandália e coloquei o vestido em um lugar daqui. Resultado: Me distraí com alguma coisa e saí do quarto sem a sandália e sem o vestido, quando voltei, não encontrei nem um, nem outro.
- Aposto que essa distração atende pelo nome de Daniel, vulgo Danny e, para os mais íntimos, no caso, você, Jonão... – null brincou, fazendo null rir sem jeito.
- Preciso de você pra me ajudar a procurar, afinal o quarto é seu. – null disse, voltando ao assunto anterior.
- Então você perdeu o precioso? – null perguntou.
- Não é bem assim, eu sei onde está o vestido, só não sei onde está, entendeu? – null olhou ao redor. – Vamos procurar antes que ele suma de vez.
null conseguiu manter null ocupada em seu quarto procurando um vestido que nem lá estava. Na sala, os outros encontravam suas dificuldades...
Na sala...
- Não, Harry, mais pra esquerda... Assim, o bolo vai acabar caindo, caramba! – null orientava Harry, que quase fazia malabarismos com o bolo nas mãos. – Onde é que estão os doces e salgadinhos? E os refrigerantes? Já devem estar gelados. Alguém pode dar um jeito naquela faixa que está torta? Onde estão os balões?
- A null vai acabar enlouquecendo assim... – Tom comentou com o Harry enquanto ia pegar as bandejas na dispensa.
- E agora, null? Está melhor? – Danny tinha ajeitado a faixa que estava acima da lareira.
- Muito melhor! – null sorriu satisfeita, fazendo sinal de positivo com a mão.
- Onde colocamos isso? – Harry e Tom perguntaram trazendo as bandejas com os doces e salgados.
- Salgados de um lado e doces do outro lado do bolo. – null disse, sinalizando onde as bandejas deveriam ficar.
- Eu vou buscar os refrigerantes. – Danny disse, descendo da escada.
E o trabalho seguiu. null ficou mais tranquila ao ver todo aquele esforço dar resultados, já que todos trabalhavam o máximo que podiam, mas algo estava esquisito.
- Por que só um lado tem balões e o outro não tem? – Danny perguntou, achando tudo aquilo meio estranho.
- Pelo ritmo que as coisas estavam, deveria estar tudo pronto. – Tom disse, também estranhando a situação.
- Os encarregados disso são null e Dougie, vamos ver o que está acontecendo. – Harry disse e todos foram em direção aos dois que estavam num canto mais afastado da sala.
- Por que os balões estão demorando? – Tom perguntou ao se aproximar.
- Nem sei... – Dougie respondeu. Não tinha reparado.
- Como não sabe? – Tom insistiu e null e Dougie ficaram em silêncio.
- Eu posso explicar. – null disse, tomando a palavra pra si e pegando um balão que null tinha acabado de encher. – Estão vendo esse balão? – Todos prestavam atenção em null. – Danny, você pode apertá-lo? – Ela entregou o balão para o Danny, que fez o que ela pediu, fazendo o balão esvaziar imediatamente. – Pronto, está explicado.
- Não entendi... – Tom disse, mas ele não era o único que não tinha entendido.
- Por mais incrível que possa parecer, a null não sabe amarrar balões. Ela enche, mas apenas torce o bico do balão, o que não segura o ar por muito tempo. – null explicou, como se fosse algo muito óbvio.
- Isso é verdade, null? – Dougie perguntou e null apenas assentiu, completamente sem jeito.
- Por isso, muitos dos balões que ela encheu devem estar vazios agora, o que atrasou um pouco as coisas. – null concluiu.
- E porque nenhuma das duas disse nada? – Tom perguntou.
- Eu fiquei com vergonha. – null abaixou a cabeça.
- Eu tentei avisar, só que duas pessoas não me deixaram falar... – null olhava para Harry e Tom, mas eles desviaram o olhar, como se não tivesse sido com eles.
- Poderíamos todos terminar de encher esses balões... – Danny propôs, tentando mudar o clima da conversa.
- E o que eu faço? – null ainda estava sem jeito.
- Pode nos ajudar a terminar a decoração. – null sorriu, tentando deixá-la mais tranquila.
- Sem fazer nada, ninguém fica. – Dougie segurou a mão de null e ela esboçou um sorriso.
No quarto de null...
- Sinceramente, esse vestido não está aqui de jeito nenhum... – null reclamou, cansada enquanto deitava no chão, ao lado do guarda-roupa.
- Será? – null tentava esconder a preocupação com a demora dos outros.
- Já olhamos em todos os lugares e não encontramos nada! – null ofegava. – Olha, null, eu adoraria que ele estivesse aqui, mas eu desisto de procurar. Uma hora, ele aparece. – Ela secou o suor de seu rosto.
null não sabia mais o que inventar para manter null ocupada, mas não precisou disso.
- null, desce aqui com a null rapidinho! – Danny gritou da sala. null suspirou aliviada ao ouvir aquilo.
- Nem pensar, eu estou acabada. – null cruzou os braços.
- Vamos, null, se ele chamou as duas, deve ser algo importante. – null arrastava null, que relutava em levantar.
Depois de muito esforço, null acabou conseguindo arrancar null do quarto e arrastou-a escada abaixo.
- Por que está tudo tão escuro? – null ficou assustada quando chegou na sala e viu que, além das luzes apagadas, as cortinas estavam fechadas, impedindo a luz de entrar e deixando tudo bastante escuro.
- Sei lá! – null deu de ombros.
- Se for alguma brincadeirinha de vocês... – null dizia de modo ameaçador enquanto descia junto com null.
- Eu vou tentar acender a luz. – null disse e saiu andando na frente de null.
- Não senhora! – null conseguiu alcançar a prima e segurou-a pelo braço. – Você vai ficar aqui comigo, não vou ficar sozinha aqui nessa escuridão.
- Então me deixa pelo menos abrir as cortinas. – null insistiu.
- Como se você conseguisse achar as cortinas... – null disse e, sem querer, deixou null escapar.
null não sabia que os outros iriam fazer a surpresa desse jeito, achou que, assim que elas chegassem na sala, a surpresa seria revelada, mas, já que não sabia onde estavam as coisas, encostou-se na parede um pouco distante de onde null estava e sentiu uma mão segurar suavemente seu braço e foi guiada até onde todos estavam, fazendo de tudo pra não esboçar nenhuma reação ao susto que levou. null ficou apavorada ao perceber que a sala ficou em completo silêncio.
- null, não faz isso, volta... Essa brincadeira já perdeu a graça. – null olhava ao redor, na esperança de ver alguma coisa. – Querem saber?! Eu vou matar a mente brilhante por trás dessa palhaçada! Eu sabia que estava rolando alguma coisa, vocês estão estranhos desde cedo... – null disse, virando-se para voltar ao seu quarto, até que as luzes se acenderam e todos começaram a cantar os parabéns.
- No way! – Os olhos de null se encheram de lágrimas assim que ela percebeu o que estava acontecendo.
Logo à frente estavam Tom, null, Danny, null e Dougie de braços dados cantando os parabéns, null e Harry, com suas ágeis baquetas, tiravam som de dois pufes, dando um ritmo diferente à canção e null nem se mexia. Não fazia ideia de como reagir àquilo tudo.
- O que você dizia? – Tom perguntou ao se aproximar de null.
- Eu disse alguma coisa? – null enxugava as lágrimas de seu rosto, apesar de sorrir.
- Apenas diga que gostou e vamos comer. – Dougie brincou, fazendo null rir.
- Dougie! – null achou a brincadeira inoportuna.
- Mas eu estou com fome... – Dougie justificou.
- null, não briga com ele, eu tenho certeza que você está se segurando para não atacar aqueles doces. – null defendeu o Dougie.
- Precisamos da atenção de todos... – null e null falaram, desviando os olhares para elas.
- Ainda tem mais? – null riu surpresa.
- Bom, nós preparamos essa festa surpresa, já cantamos os parabéns, até te fizemos chorar... – null disse de modo engraçado.
- Mas ainda falta uma coisa... – null mostrou o bolo enquanto null acendia a vela.
- O bolo... – null disse maravilhada e se sentou no chão, já que o bolo estava na mesinha de centro.
- O Tom comprou essa vela. – null contou. – Se não fosse ele, o bolo não teria vela.
- Uma bonequinha... Ela é linda! – null comentou com um sorriso meigo para o Tom. A vela tinha o desenho uma bonequinha loira usando um vestido cor-de-rosa.
- Os Guys encomendaram tudo, mas esqueceram da vela... – null rolou os olhos. – Enquanto todos estavam terminando de encher os balões, eu resolvi checar se tudo estava em ordem, foi nesse momento que eu dei por falta dela.
- Bateu desespero? – null riu, imaginando o momento.
- O que você acha? – null riu também. – Mas o Tom avisou antes que eu ficasse doida de vez.
- Vamos deixar de conversa, que a null ainda tem que soprar essa vela, antes que ela derreta toda. – null se juntou às meninas.
Nesse momento, as quatro ficaram ao redor da mesa, trocando olhares emocionados. Era uma cumplicidade tão incrível que os Guys acharam um crime interromper aquele momento.
- Faz um pedido, null... – null disse ao ver a expressão no rosto da prima.
- Eu não sei o que desejar. – null disse, olhando fixamente para a vela.
- Como assim não sabe? – null ficou intrigada. >br:
- Eu já tenho tudo... Meus pais me amam, nunca passei por necessidades, não teria melhor lugar no mundo para comemorar meu aniversário e, principalmente, eu tenho vocês! – null sorriu carinhosamente para cada uma das meninas.
- Mas deve ter uma coisa que você ainda queira, pensa direitinho... – null insistiu.
- Já sei o que desejar, mas não sei se esse desejo vai virar realidade. – null mordeu o lábio inferior.
- Então tenta, vai que o seu desejo se realiza?! – null sorriu para null, que fechou os olhos e soprou a vela, recebendo aplausos dos Guys. – E aí, o que você desejou?
- Hey! Se ela contar, o desejo não se realiza. – null tirou a pergunta de null de questão.
- “Como eu queria que esse desejo se realizasse...” – null pensou, mas não disse nada para evitar perguntas posteriores.
- Finalmente, vamos comer! – Dougie disse, avançando no bolo.
- Fica quieto, garoto! – null disse, dando um tapa na mão do Dougie.
- E, além do mais, é a null quem tem que cortar o bolo primeiro. – null dizia enquanto null lentamente cortava o bolo de baixo pra cima, como sua mãe tinha lhe ensinado desde criança. Ato que chegava a ser nostálgico, pois lembrava sua infância.
- E o primeiro pedaço vai para... – Danny preparava o clima de suspense.
- Hum... – null olhava para o pedaço de bolo e olhava para todos que estavam na sala.
- Diz logo, null! – null estava impaciente.
- Pra quê tanto mistério? – null perguntou.
- E o primeiro pedaço vai para... – null disse, fazendo todos se concentrarem em cada palavra que saía de sua boca. – Vai para...
- Anda logo, null! – Tom estava nervoso.
- Para todos vocês! – null finalmente revelou para quem ia o primeiro pedaço do bolo, mas todos ficaram confusos.
- Hã?! – Danny não entendeu.
- Eu vou dividir esse pedaço de bolo entre todos vocês. – null sorriu. – Depois de todo o trabalho que vocês tiveram, não seria justo que eu desse reconhecimento a um só.
- É justo. – Danny comentou enquanto Tom olhava admirado para null.
- Faço questão de dar um pedaço a cada um. – null se levantou com o pratinho nas mãos e, aos poucos, foi dividindo aquele pedaço de bolo entre os Guys e as meninas.
- Alguém pode me dizer por que ela começou pelo Tom? – Danny comentou maliciosamente e todos riram, deixando Tom e null ruborizados.
A festinha prosseguiu com ataques incontroláveis de risos. null, Dougie e Harry brincavam de mímica, mas Danny e null não entendiam as mímicas do Dougie. null e Tom estavam muito mais entretidos um com o outro do que com as brincadeiras que aconteciam, trocavam olhares e sorrisos o tempo todo. null, como acabou virando costume, registrava tudo com a câmera do Tom.
- Quando você tirou essas fotos, null? – null perguntou enquanto via as fotos.
- Essas eu tirei um pouco antes da festa começar. – null explicou, sentando-se ao lado de null.
- A null enchendo balões... – null riu ao ver a foto.
- Você acha isso engraçado, né? – null riu ironicamente para null e pegou a câmera da mão dela. – Tem uma foto que supera.
- Olha o sorriso da null! – null apontava para null na foto.
- Dava pra fazer comercial de pasta de dente. – Danny ria muito.
- Muito engraçado... – null disse irônica. – Até parece que o seu sorriso está menor do que o meu nessa foto.
- Com você ao meu lado, é impossível não sorrir. – Danny disse carinhosamente, deixando null sem palavras.
- Você também, dona null, não pode dizer nada... – null mudou de assunto e indicou null na foto, que estava tocando na covinha do Tom.
- Não consegui resistir. – null fez uma vozinha de criança que fez o Tom sorrir, deixando evidente o motivo da “tentação”.
- É, a covinha do Tom é irresistível. – Dougie estava com o dedo na covinha do Tom, que não parava de rir.
- Harry e null sendo Harry e null. – null indicou null e Harry na foto. Ambos estavam de braços cruzados, mas sorriam também.
- Hey, mas faltaram a null e o Dougie. – Danny ficou confuso.
- Foram eles quem tiraram a foto, idiota. – Harry explicou, como se fosse óbvio e deu um pedala no Danny.
- Na boa, essa é a minha foto favorita. – null concluiu.
- Faço minhas as suas palavras. – Tom concordou.
- Por que será? – Danny disse malicioso sobre o comentário do Tom.
- Nunca pensei que um assédio à covinha fizesse tão bem assim... – Dougie comentou, assustando o Tom.
- Gente, eu posso perguntar uma coisa? – null perguntou, impedindo um novo “assédio à covinha” de Dougie no Tom.
- Manda! – null disse.
- Por que vocês fizeram tudo isso pra mim?
- Mas que tipo de pergunta é essa? – null não entendeu a expressão de desânimo que surgiu no rosto de null com aquela pergunta.
- Essa festa, todo esse esforço, esse carinho por mim... Não mereço tudo isso. – null ficou com lágrimas nos olhos.
- Que história é essa, null? – Tom, assim como todos, não entendia o motivo das palavras de null.
- Eu já errei tanto com as meninas, fui egoísta, fiz coisas egoístas, não mereço nada disso, nem mereço as primas que tenho... – null enxugou uma lágrima de seu rosto.
- Hey, não quero te ver assim... – Tom abraçou null, apoiando a cabeça dela em seu peito.
- null, realmente já aconteceram muitas coisas ruins entre nós... – null disse séria.
- Mas, do mesmo jeito que você errou com a gente, nós também já erramos com você... – null completou, tentando tranquilizar null.
- Eu ainda me sinto muito mal por tudo o que aconteceu nesse tempo todo em que nos conhecemos e, quando eu vejo vocês tão carinhosas e dedicadas pra fazer algo especial para mim, me sinto pior ainda! – null falou e voltou a se aconchegar no peito do Tom. – Eu acordei hoje vivendo esse dia como se fosse outro dia qualquer, na verdade, eu nem me surpreenderia se essa festa não acontecesse, por isso, nem me incomodei por não ter ouvido nenhum “feliz aniversário” durante o dia todo.
- Mas isso nos fez pensar que você queria algo especial... – null riu fraco.
- Eu não mereço, null. – null insistia.
- Então todo o nosso esforço, nosso carinho e dedicação não valeram de nada pra você? – null estava ficando magoada com tudo aquilo
- Não é isso... – null tentava amenizar o sentido de suas palavras.
- Como não é isso? Você começa a dizer que não merece, começa a se culpar por coisas que não importam mais... – null continuou.
- Eu magoei vocês. Muitas vezes! – null estava com a voz embargada, Tom pensava em tomar a frente daquela situação, mas não faria sentido tomar aquela atitude, pois o assunto não lhe dizia respeito.
- Elas têm que se entender sozinhas. – Dougie disse, tocando no ombro do Tom. Tinha percebido o desconforto do Tom e a vontade de terminar aquilo.
- null, todas nós nos magoamos e, com certeza, ainda vamos brigar pra caramba, mas isso não significa que temos que jogar fora todas as lembranças dos nossos melhores momentos. – null fazia algumas pausas enquanto falava. – E o mais importante: não é por causa dos nossos erros que vamos esquecer ou abrir mão do carinho que temos uma pela outra.
- Desde que nos encontramos, somos mais do que primas, somos como irmãs e você sabe muito bem disso. – null segurou a mão da null.
- E você pode ter certeza de que a garota que vai sair daqui não vai ser a mesma que entrou. – null sorriu confiante.
- Vai ser uma bem melhor.. – null também estava quase chorando.
- Vocês me perdoam por tudo? – null perguntou com receio.
- Você nos perdoa? – null tinha compaixão no olhar e, em seguida, todas se abraçaram, deixando os Guys mais aliviados.
- null, olha pra mim. – null tocou no rosto de null, para que as duas se olhassem. – Eu nunca mais quero te ver se rebaixando desse jeito, nem se sentindo sozinha, porque é pra isso que estamos aqui, para te apoiar e estar do seu lado em todos os momentos.
- Espera! Ainda tem uma coisa que a null tem que fazer. – null mudou o clima do momento.
- O quê? – null estranhou.
- Isso. – null disse, passando glacê no rosto de null.
- Sua... Sua... Sua baixinha! – null pegou um pouco de glacê da bandeja do bolo e saiu correndo atrás de null.
- Mas nós vamos ficar aqui só olhando? – null também queria participar da brincadeira.
- Não seja por isso! – null também sujou o rosto de null com glacê e se levantou rapidamente.
- Ah, não corre não! – null correu atrás de null com a bandeja de glacê nas mãos.
As coisas ficaram assim durante um tempo. null corria de null, que corria de null, que corria de null. Os Guys apenas olhavam e riam muito com tudo aquilo, completamente admirados em como as coisas se acertaram, mas as meninas acabaram percebendo.
- Hey, é impressão minha, ou os meninos estão um pouco limpinhos demais? – null disse, parando a brincadeira e direcionando a atenção para os Guys, sendo que ela era quem estava mais suja de glacê.
- Até que você tem razão... – null ameaçava jogar glacê em quem estava mais perto dela. Nesse caso, a vítima era o Danny.
- Calma, meninas! Acho que já tem glacê demais por aqui... – Danny estava assustado.
- Ah, nós podemos nos sujar todas enquanto os bonitões ficam parecendo quatro bobos sentados e limpinhos nos olhando e morrendo de rir? – null disse, colocando as mãos na cintura.
- Exatamente! – Danny riu descaradamente, fazendo sinal de positivo com a mão.
- Pensem da seguinte forma... – Harry falou enquanto ele pegava uma almofada para se esconder e Dougie se escondia atrás do sofá. – Isso aqui é um show, em que vocês são as artistas e nós somos a plateia e, como plateia, estamos aqui para assistir. Apenas AS-SIS-TIR!
- Ah, mas está na hora da plateia interagir um pouquinho com os artistas... – null disse, se aproximando do Harry e pegando um pouco do glacê que estava nela para sujá-lo.
- Pode sair daí, Dougie! – null tentava arrancar Dougie de trás do sofá.
- Para, null! Para! – Danny pedia, com a boca cheia de bolo e rindo muito, o que piorava sua situação.
- No cabelo não, null! No cabelo não! – Tom se queixava enquanto null fazia um moicano de glacê misturado com um doce amassado no cabelo dele.
Os oito “brincaram” assim durante alguns poucos minutos, algo em torno do tempo do bolo terminar, mas Danny sabia que o aniversário não terminaria por ali.
- Nós nos rendemos! – Tom disse, levantando as mãos e parando de reagir, enquanto os outros nem tinham mais forças para fazê-lo.
- Tem certeza que vocês não querem mais? – null desafiava enquanto comia um pedaço perdido do bolo.
- Se vocês quiserem, vão ter que se sujar sozinhos, eu estou exausta. – null disse, soltando o Tom e se deitando no chão.
- Graças a Deus! – Tom respirou mais aliviado.
- Nunca mais daremos açúcar a vocês... – Dougie limpava o ouvido que estava entupido de chocolate, o que lhe trazia dificuldades para ouvir.
- Eu acho que vou ficar por aqui mesmo... – null disse, apoiando sua cabeça em uma almofada.
- Eu não te recomendaria isso... – Danny disse, se inclinando para ver as horas.
- Se você estiver dizendo isso por causa da bagunça, as meninas e eu resolvemos isso mais tarde... – null parecia estar com sono.
- Então tá bom, você pode dormir. – Danny coçava levemente seu queixo cheio de açúcar.
- Muito obrigada. – null procurava uma posição confortável para dormir.
- Enquanto você dorme, nós aproveitamos o melhor da festa... – Danny disse, se levantando do chão.
- Que melhor da festa? – null se levantou rapidamente.
- Ué, mas você não estava indo dormir? – Danny tinha conseguido a atenção da null.
- A segunda parte... – null disse baixo.
- Que segunda parte? – null olhava curiosa para null.
- Você realmente achava que a festa iria terminar por aqui? – Danny riu de modo irônico. – Nós ainda temos uma segunda surpresa para o seu aniversário.
- E onde é que ela está? – null olhava ao redor, procurando por uma caixa ou qualquer coisa que lhe parecesse um presente.
- Você não vai encontrar nada aqui na sala... – Danny disse despreocupado.
- Então diz o que é. – null não se continha em ansiedade.
- Digamos que você, junto com as meninas, serão levadas até a surpresa. – Tom entrou na conversa.
- Nós vamos sair! – null quase pulava de tanta animação.
- E depois dizem que loiros não sabem pensar. – Dougie se divertia com a situação.
- Vamos jantar! – null disse, já comemorando.
- Retiro o que disse... – Dougie disse e todos riram, menos null.
- Você passou longe no seu palpite. – Danny disse para null.
- Fala o que é então... – null desistiu de tentar adivinhar.
- Se eles disserem, perde a graça. – null disse, mesmo estando muito curiosa.
- Mas se todas vocês se arrumarem à tempo... – Danny puxava as meninas pelo braço, as empurrando em direção à escada. – Já são 20:35 e nós vamos acabar nos atrasando, pois temos que sair às 21:00, 21:20, no máximo!
- Eu acho impossível. – null dizia enquanto subia às escadas com as meninas.
- null, não complica! – Danny subia logo atrás dela, seguido de Tom, Dougie e Harry.
- Duvido que com todo esse glacê no cabelo de vocês quatro seja possível sairmos a tempo... – null achava graça.
- Sabe que eu não tinha pensado nisso? – Dougie disse, coçando a cabeça por causa de tanto açúcar.
- E depois dizem que os loiros não sabem pensar... – null retribuía a brincadeira do Dougie.
- Falando em cabelo, não sei como, mas só os nossos cabelos estão sujos, não é, meninas?! – Tom disse de modo ameaçador.
- E você acha que cometeríamos um pecado desses? – null passava a mão em seus cabelos, cujas pontas estavam sim sujas, mas não era algo grave.
- Acho que eles não sabem que arrumar tudo isso aqui dá trabalho... – null falou, usando seu cabelo como exemplo.
- Ah, null, não adianta perguntar nada às meninas, elas também não sabem o que vamos fazer... – Danny disse já na porta de seu quarto, vendo todos entrarem em seus respectivos quartos.
O tempo não espera. Em seus quartos, cada um tentava aproveitar cada segundo que restava até o horário de sair, aparentemente tentando fazer o tempo render. Apesar do pouco tempo, algumas coisas ainda precisavam ser resolvidas...
No quarto de null...
- Posso entrar? – null perguntou, batendo na porta.
- Claro! – null respondeu bem-humorada.
- Espero que esteja vestida... – null brincou.
- Entra logo, garota! – null riu.
- Pronta? – null perguntou enquanto fechava a porta do quarto atrás de si.
- O que você acha? – null perguntou sobre sua roupa, depois de ajeitar a barra da calça.
- A combinação de calça jeans com All Star é sempre bom e eu acho a sua cara. – null analisava null atentamente, apesar de não ser uma expert em moda. – Agora, esse casaco preto me deixou na dúvida... Nada contra a camiseta preta por dentro, mas não seria melhor algo mais clarinho no caso do casaco?
- Eu acho que está bom assim. A calça já é cinza, com um casaco cinza ou o agasalho azul escuro, que foram os únicos que eu trouxe, vai ficar tudo clarinho demais! – null ajeitava o casaco e decidia se fechava ou não os botões do mesmo, ocultando a estampa da camiseta, que era um desenho do Empire State com a frase “New York is Dangerous” ao redor. – E, já que é noite, por que não usar uma cor mais escura?
- Se prefere assim... – null deu de ombros, depois deu uma voltinha. – Agora você diz como eu estou.
- É até meio sem sentido você me pedir isso...
- Por quê? – null coçou a cabeça, sem entender.
- Você é linda, tem roupas muito legais... Não tem como não estar ótima. – null disse como se fosse algo óbvio.
- Isso aqui? Foi a primeira coisa que eu peguei...
- Ah, null, por favor... – null rolou os olhos. – Você pode dizer isso pro Danny, mas quem não cai nessa sou eu.
- Eu não acho isso tudo das minhas roupas... – null sentou na cama de null.
- E porque será que a null gosta tanto delas? – null sentou-se de frente para a penteadeira e mudou de assunto. – Me ajuda com cabelo e maquiagem?
- Nem precisava pedir... – null levantou-se e foi em direção à null.
- Um último comentário: Gostei muito da skinny preta e a sandália. Mesmo sem ser fã de sandálias, eu gostei dessa gladiadora... Se fala assim, né? – null já começava a se maquiar.
- Você falou certo, sim e obrigada pela opinião, me sinto menos insegura. – null respirou aliviada. – Não sabia como combinar, então coloquei a parte de cima mais clara do que a de baixo e essa calça não e novidade pra mim, tenho ela há anos...
- É a Debbie Harry? – null perguntou, vendo a estampa da camisa de null através do espelho.
- Você sabe que eu curto o som dela. – null disse, olhando para a estampa.
- Blondie é legal. – null assentiu.
- null, posso ser sincera? – null disse, parando de escovar o cabelo de null.
- Meu cabelo está tão ruim assim? – null disse, levando as mãos ao cabelo.
- Hã? Eu estou falando de outra coisa... – null balançou a cabeça negativamente.
- Ainda bem! Já estava me imaginando de black power. – null realmente tinha imaginado isso.
- Posso falar? – null disse, acordando null de seus devaneios.
- Pode, pode sim. – null assentiu.
- Eu queria pedir desculpas pela maneira que eu falei com você ontem... – null disse meio sem jeito.
- Está tudo bem... – null deu de ombros.
- null, não faz assim... – null sentou-se de modo que pudesse ver o rosto de null. – Se estivesse tudo bem, você não teria reagido daquela forma ontem e teria continuado na sala.
- Mas eu estava com sono... – null tentava fugir da conversa.
- Será que dá pra conversar? – null insistiu.
- O que você quer que eu diga?! – null franziu o cenho.
- De preferência, a verdade... – null respondeu.
- Ok, fiquei surpresa com a maneira que você falou comigo ontem, reconheço que fui meio idiota com a atitude de sair da sala... – null olhou diretamente para null.
- E..? – null sentia que null ainda não tinha dito tudo o que queria.
- null, eu não quero discutir. – null desviou o olhar de null.
- Vamos discutir se você não terminar de falar. – null disse firmemente.
- Olha como você já está! – null desconversava.
- Quer que eu piore? – null insistiu.
- Você consegue o seu tão sonhado namoro com o Danny, fica extremamente feliz e quando eu, - null se levantou da cadeira. – a pessoa que mais ouvia os seus “impossíveis” devaneios e que mais acreditou em todos eles, vai, toda orgulhosa, abraçar você, você diz “cala a boca, pirralha, a criança aqui é você”... – null andava de um lado para o outro do quarto.
- Como as palavras que acabaram de sair da sua boca, eu estava diante de tanta felicidade... – null se justificava. – Eu mal conseguia controlar meus movimentos, quanto mais as minhas palavras!
- É, eu percebi isso ontem... E como percebi! – null continuava inquieta.
- null, eu não falei sério... – null lamentou.
- E com eu saberia? – null sentou-se de volta na cadeira e segurou as mãos de null. – Você não tem um dispositivo que mostra quando está brincando ou quando está falando sério.
- Aliás, nenhuma de nós temos... – null disse para null, que agora estava mais tranquila. – Me desculpa...
- E eu teria outra escolha? – null sorriu. – Essa não é a primeira, nem será a última vez que nos desentendemos.
- Aprendeu rápido! – null sentia como se um peso tivesse sido tirado de suas costas.
- Está pensando que eu vou te deixar inteira para aquele sardento? – null abraçou a prima, colocando-a em seu colo. – Ele que pense assim... Você é e sempre continuará sendo a minha menina... – null controlou algumas lágrimas que passaram despercebidas de null, pois com ela acontecia a mesma coisa, sem que null percebesse.
- Ah, já tenho uma ideia para o seu cabelo! – null disse, saindo do colo de null e se recompondo.
As duas não demoraram muito no quarto de null. Ao saírem do quarto, deram uma rápida olhada na sala e seguiram juntas para o quarto de null, afinal, a noite era dedicada a ela.
No quarto de null...
- Podemos entrar? – null e null perguntaram em coro.
- Por favor, entrem, estou enlouquecendo! – null respondeu um pouco aflita.
- Nossa! – null e null disseram em coro, admiradas com o look de null.
- O que foi? Eu sabia que deveria ter colocado um vestido, devo estar horrível! – null dizia, já tirando a blusa que usava.
- Horrível? Eu é que estou horrível perto de você. – null abaixou os braços de null, impedindo-a de tirar a blusa.
- Então eu estou bem? – null ainda tinha suas dúvidas.
- Bem não, ótima! – null segurava o queixo, surpresa.
- E você, null, não vai dizer mais nada? – null ainda se sentia insegura.
- Bem... – null observava cada detalhe na produção da prima. – Eu adorei, principalmente o scarpin – null disse ao terminar sua análise sobre null, que usava uma blusa soltinha com a estampa da Audrey Hepburn como Holly Golightly de “A Bonequinha de Luxo”, um jeans com detalhes de spikes dourados nos bolsos e um scarpin nude de bico arredondado e salto não muito fino, nem alto.
- Amei a estampa. – null elogiou a blusa.
- Eu sei! – null riu, enquanto retocava a maquiagem.
- Pra quem será essa produção toda? – null perguntou, lançando um olhar malicioso para a prima.
- Para nós é que não é, talvez seja para um certo monocova... – null continuou a brincadeira, fazendo null rir.
- Por acaso esse garoto atenderia pelo nome de..? – null dizia, mas null a interrompeu.
- Thomas Michael Fletcher, talvez? – null completou a fala de null.
- Falando nele, ele já está na sala? – null perguntou, um pouco ruborizada.
- Não disse?! – null riu, apontando para null.
- Olhamos a sala antes de vir pra cá, só estavam o Danny, o Harry e o Dougie... – null ainda ria.
- Acho que a hidratação que você fez no cabelo dele, vai demorar um pouco pra sair. – null disse, fazendo null relembrar a cena com um sorriso meigo no rosto.
- Todas prontas? – null perguntou, dando uma última conferida no visual. – Então vamos descer!
- Tem certeza que não é melhor colocar outra roupa? – null se olhava no espelho.
- null, não inventa! – null disse, puxando a prima pelo braço.
- Mas... – null tentava argumentar.
- Mais nada, vamos antes que o Danny suba para nos buscar... – null disse saindo do quarto enquanto null arrancava null da frente do espelho.
As três foram para a sala, passando direto pelo quarto de null, sem ao menos verificarem se ela ainda estava lá.
Na sala...
- Boa noite, meninos! – null cumprimentou os Guys de forma charmosa ao chegar na sala.
- Boa, ou melhor, ótima noite... Principalmente agora que vocês estão aqui. – Danny olhava para null de modo malicioso.
- Será que somos dignos de tanta beleza? – Harry cobiçava null sem a menor discrição.
- Como eu não sei pra onde vamos e o Danny disse que não era um jantar, eu deduzi que não seria nada tão formal e me fantasiei de null Spencer. – null ficava cada vez mais sem jeito com os olhares do Harry, o que contribuía com a piadinha involuntária de si mesma.
- Eu fiz o máximo que pude, mas estou bem simples. – null disse com um ar insatisfeito.
- Simples, mas ainda assim, encantadora. – O comentário do Danny fez com que qualquer dúvida de null desaparecesse.
- Tentei o possível... – null disse, ainda achando que poderia ter feito melhor.
- Se esse é o seu possível, eu não vejo a hora de ver você tentar o impossível... – Tom se fez notar na sala.
- Que é isso, Tom?! – null desviava o olhar, sem graça. – Eu nem me arrumei direito porque as meninas não deixaram.
- Imagine se a gente fosse deixar... – null disse, cruzando os braços.
- Nem iria levar tanto tempo assim... – null insistia.
- Não, só iria levar alguns anos... – null ria ironicamente enquanto null a fuzilava com o olhar.
- Mas e a null? – Dougie era o único que percebeu que ela não estava na sala.
- O que é que tem ela? – Danny perguntou, interrompendo seu quase-beijo em null.
- Ela não vai descer? – Dougie perguntou.
- Pensamos que ela já tinha descido e estava aqui com vocês... – null respondeu e começou a estranhar a ausência da prima.
- E nós pensamos que ela iria descer com vocês... – Harry disse um pouco confuso.
- Ah, não... Mais uma indecisa com a roupa que escolheu. – null rolou os olhos.
- Vamos, meninas, vamos ajudar a mocinha indecisa. – null disse, subindo às escadas, seguida de null e null.
- Assim não saímos nunca! – Danny resmungou.
No quarto de null...
- null, qualquer que seja o seu problema, nós somos a solução... – null disse enquanto entrava no quarto sem bater na porta.
- É, e eu acho melhor solucionarmos isso logo... – null estava preocupada com o horário.
- Antes que o Danny comece a cuspir fogo e nos derreta. – null comentou entre risos.
- Ué, cadê ela? – null perguntou depois de olhar ao redor e não encontrar null.
- Aqui. – null gritou de dentro do banheiro, fazendo null e null irem até elas.
- null, você nem se arrumou... – null disse ao ver null em pé, apoiada no lavabo de cabeça baixa. – Mas não tem problema, nós resolvemos tudo isso num minuto.
- null! – null e null gritaram junto com null ao verem null desequilibrando e quase caindo.
- Ela não está bem... – null tentava segurar null diante do nervosismo de null e null. – Me ajudem! Vão ficar só olhando?!
- null, por favor, fala alguma coisa... – null segurava null, tentando manter a calma.
- Precisamos colocá-la em algum lugar. – null disse aflita enquanto null e null seguravam null, já sem forças. – Na cama! Venham, tragam ela.
null tirou todas as coisas de cima da cama de null para acomodá-la melhor.
- Coloque-a deitada com o corpo reto, coloquem o travesseiro como apoio da cabeça dela. – null dava as instruções e as meninas as seguiam.
- null, você consegue me ouvir? Diz alguma coisa... – null segurava a mão de null, que estava pálida.
- Eu não sei o que aconteceu... – null disse com a voz bem fraca.
- Tente se lembrar. – null, assim como todas as meninas, estava nervosa.
- Eu só me lembro de ter subido para tomar banho, eu estava bem... – null fazia um esforço para se lembrar de tudo.
- Mas... – null tentava fazer null continuar a falar.
- Acho que quando fui escolher uma roupa, comecei a ficar tonta, minha cabeça parecia querer explodir e esse frio estranho que eu estou sentindo... – null tremia.
- Mais alguma coisa? – null perguntou.
- Depois disso, só me lembro da hora em que vocês chegaram. – null parecia estar prestes a desmaiar.
- Ok, descansa um pouco, já voltamos. – null disse, olhando para null e null e elas corresponderam o olhar dela, depois saíram do quarto.
- E agora, o que fazemos? – null perguntou do lado de fora do quarto enquanto null fechava a porta para que null não ouvisse a conversa.
- Não sei, só sei que não podemos sair e deixar a null aqui sozinha. – null respondeu, dando de ombros.
- Sendo assim, eu abro mão de sair com os meninos para cuidar dela com vocês. – null disse, um pouco triste.
- Mas null, isso não é justo, é o seu aniversário e os meninos prepararam uma surpresa para você. – null era contrária à decisão de null. Pelo menos ela tinha que aproveitar a noite.
- Ela não está bem e não sabemos se ela vai piorar. É melhor eu ficar. – null argumentou.
- A null e eu ficamos aqui para tomar conta dela, lembre-se que esse pode ser o seu primeiro e último aniversário com os Guys. Você tem que aproveitar. – null também tentava fazer null desistir da decisão de ficar em casa.
- E qual seria a graça? Estar aqui pode ser um sonho e tudo o que eu mais queria para esse aniversário, mas sem vocês, a coisa toda fica incompleta. – null se mantinha firme em sua decisão.
- Se é realmente o que você quer, vamos falar com os meninos. – null disfarçou, mas ela era a mais orgulhosa com a decisão de null.
Na sala...
- Meninos, não vai dar pra sair com vocês. – null disse, descendo às escadas com as meninas.
- O que foi agora? Já sei, a null não conseguiu encontrar um sapato que combinasse com a roupa, se for preciso, eu empresto um sapato meu, só para sairmos logo. – Danny estava irritado com o atraso.
- Se eu fosse você, não falaria assim. – null estava séria.
- Digamos que o problema vai além de um sapato. – null tinha se irritado com o comentário do Danny.
- Então digam logo o que aconteceu. – Dougie começava a se preocupar.
- Ela nos disse que, depois do banho, ela começou a se sentir muito mal. – null disse em resposta ao Dougie.
- E o que ela tem? – Dougie ficou nervoso.
- Tontura, dores de cabeça, calafrios... – null disse.
- Nós estamos com receio de que ela piore. – null comentou.
- Por isso, nós vamos ficar em casa para cuidar dela. – null concluiu e Danny rolou os olhos por causa desse comentário. – Como a null disse, ela pode piorar e não podemos deixá-la sozinha.
- Não se atrevam a fazer isso... – Todos ouviram uma voz bem fraca que vinha do topo da escada.
- O que você está fazendo aqui, null? – null disse de modo severo e correu para ampará-la até o sofá. – Por que você saiu do quarto?
- Não adiantou vocês fecharem a porta, eu ouvi a conversa de vocês. – null disse, fazendo algumas pausas.
- Então já sabe que vamos ficar em casa para cuidar de você, né? – null disse, sentando-se ao lado de null.
- Só se vocês três forem loucas. – null massageava as têmporas, pois sua cabeça ainda doía e a luz acesa não ajudava muito.
- Como assim, garota? – null não entendeu.
- Vocês não vão deixar de sair por minha causa. – null explicava.
- Mas você não está bem, null... – null não entendia o comportamento da prima.
- Não é justo sairmos para nos divertir enquanto você fica em casa. – null disse, completando o pensamento de null.
- Mas é isso que eu quero que vocês façam. – null deixava todos confusos.
- Acho que nenhum de nós está entendendo o que você quer dizer, null. – Dougie disse, quebrando o silêncio.
- Eu posso explicar. – Mesmo se sentindo fraca, tonta e enjoada, null insistia em falar. – null, eu sei o quanto você quer sair e se divertir com essa surpresa que os meninos prepararam para você, isso é mais do que justo, é seu dever comemorar esse aniversário.
- Mas... – null ia argumentar, mas null continuou falando.
- null, você e a null também não são indiferentes a essa vontade de comemorar o aniversário da null, isso é evidente...
- Sem você não vai ter graça... – null lamentou.
- null, eu já comemorei seu aniversário hoje. De certa forma, eu já fiz parte dessa festa. – null esboçou um sorriso. – Por minha vontade, eu sairia com vocês, mas eu conheço os meus limites e eu sei que, se eu insistir em sair, sei que não vou aguentar ficar muito tempo na rua... E nem pensem em ficar em casa por minha causa, não quero me tornar um empecilho para a alegria de ninguém.
- Nós não podemos te deixar sozinha. – null insistiu.
- É só um mal estar, eu sei me cuidar sozinha... Ou vocês acham que, quando eu ficava doente e os meus pais não estavam por perto, era a Madison que cuidava de mim? – null estava firme em sua decisão, preferindo que as primas saíssem para se divertir do que ficar sob o cuidado delas.
- Não adianta, nós não vamos. – null disse, cruzando os braços.
- Até parece que conseguiríamos nos divertir sabendo que você não está bem. – null completou.
- Eu cuido dela! – Dougie disse enquanto os Guys permaneciam em silêncio.
- O quê? – null parecia não ter ouvido direito.
- Eu disse que cuido dela. – Dougie repetiu.
- Como se você fosse médico... – null rolou os olhos.
- null... – null tentou acalmar a prima.
- Desculpa, eu estou nervosa... – null justificou com um sorriso sem graça.
- Dougie, desenvolve sua ideia... – null fez sinal para Dougie falar.
- O problema central aqui é a null. – Dougie sentou-se de frente para as meninas. – A null não quer que vocês abram mão de comemorar o aniversário da null para ficarem em casa, tomando conta dela e vocês não querem sair para não deixá-la em casa, por estarem com receio de que ela piore enquanto estamos fora.
- Até agora, isso é tudo o que entendemos. – Tom disse e Harry e Danny concordaram com um aceno de cabeça.
- Eu proponho o seguinte: – Dougie continuou falando, ignorando o comentário do Tom. – Já que a null faz tanta questão que as meninas saiam, então, nada mais lógico do que um de nós ficar aqui tomando conta dela.
- Assim, as meninas podem sair tranquilas porque a null não vai ficar sozinha. – Danny pareceu entender a ideia do Dougie.
- E porque o Dougie? – null relutava, tudo culpa da preocupação dela.
- null, os pares aqui são óbvios. – Harry disse se aproximando de null. – Não teria muito sentido se o Danny, o Tom ou eu ficássemos aqui.
- Vocês têm razão, mesmo que indiretamente, estamos saindo em casais. – null pareceu concordar.
- Então, todos de acordo? – Dougie perguntou.
- A null é quem diz... – null disse, como se ninguém soubesse qual seria a resposta de null.
- Não sei por que vocês ainda estão aqui olhando pra mim. – null disse em tom brincalhão.
- Sendo assim... – null sorriu, olhando para todos. – Nós vamos!
- Eu vou tirar o carro. – Danny saiu rapidamente de casa, enquanto os outros comemoravam.
- null, você tem certeza? – null não conseguia ficar tranquila.
- Garota, vá se divertir... Não vamos começar essa história de novo. – null suspirou.
- Tudo pronto. – Danny disse, parado na porta de entrada.
- Vamos, meninas? – Tom perguntou enquanto Harry saía de casa.
- Vamos! – null, null e null disseram em coro e se levantaram do sofá.
- Meninas, uma última recomendação: Divirtam-se muito! Façam isso por vocês e por mim. – null sorriu.
- Pode deixar. – null respondeu carinhosamente.
- Dougie, qualquer coisa, ligue. – null disse antes de sair.
- Relaxa, eu sei que ela está em boas mãos. Boa noite pra vocês! – null disse para o Dougie e saiu fechando a porta.
- Vem logo, null! – null dizia, evidentemente ansiosa.
- Senhoritas... – Tom abriu a porta de trás do carro para que elas entrassem e depois entrou no carro, fechando a porta em seguida.
- Todos prontos? Podemos sair? – Danny disse quando viu que todos estavam no carro.
- Danny, você deixou a porta da garagem aberta. – Harry reparou.
- Não seja por isso... – Danny apertou um botão num controle e fechou a garagem.
- Tudo certo agora? Todos com o cinto de segurança? – Danny perguntou, já ligando o carro.
- Tudo ok. – null disse depois de verificar tudo.
- Então vamos! – Danny deu a partida no carro.
null, null, null e Tom foram no banco de trás do carro e Danny e Harry foram no banco da frente. A conversa no carro era animada, mas, em alguns momentos, cada um isolava-se em seus pensamentos. null pensava em null e torcia para que ela melhorasse logo; null fazia carinho nos cabelos do Tom, que apenas sorria carinhosamente; Danny, vez ou outra, olhava pelo retrovisor, tentando ver null que tinha um ar reflexivo; Harry apenas olhava a paisagem pela janela, tentando manter a mente vazia.
Na McHouse...
- Eles saíram há alguns minutos e você até agora não disse nada... – Dougie disse, saindo da cozinha.
- É que eu acho que vou melhorar mais rápido se ficar quieta. – null estava deitada no sofá maior.
- Fiz chá para nós dois... – Dougie abaixou-se de frente para null de forma que ela não se esforçasse muito para pegar a xícara.
- Hum... De hortelã? – null perguntou, acomodando-se melhor para tomar o chá.
- Você não gosta? – Dougie tinha receio de não ter agradado.
- Gosto, gosto sim. – null sorriu e Dougie sorriu aliviado. – A null me ensinou a gostar de chá de hortelã.
- Eu posso não ter estudado medicina como a null, mas sei cuidar muito bem dos meus pacientes. – Dougie não resistiu e afagou o rosto de null. – Você está tão linda...
- Fraca desse jeito? – null não acreditava muito naquele elogio, mas sorriu.
- Quando a beleza é natural, o momento não importa. – Mesmo naquela situação, Dougie pensava em beijar null.
- Acho melhor eu subir e me deitar um pouco. – null disse, desviando o olhar do olhar do Dougie.
- Eu encontrei esse remédio para dor, você pode levar e tomar um, se quiser. – Dougie deu o remédio para null, que já andava em direção à escada.
- Pode deixar que eu tomo um desses antes de deitar. – null voltou para pegar o remédio e subiu.
- Precisa de ajuda? – Dougie perguntou depois que null já tinha subido as escadas.
- Agora que eu estou aqui, não. Obrigada. – null disse e foi para seu quarto.
Dougie continuou na sala, esperando que null o chamasse para que ele fosse ajudá-la e, um pouco entediado, foi assistir televisão.
No carro...
- Ai! – null exclamou, desviando a atenção para ela.
- O que foi, null? – Danny perguntou assustado, mas sem desviar a atenção do trânsito.
- O Harry jogou um OVNI na minha cabeça. – null colocou a mão no lugar onde o objeto tinha a atingido.
- OVNI? Cadê? – Tom se empolgou.
- Tom, ela não falou nesse sentido. – null acordou o Tom de seus “delírios espaciais”.
- Desculpa, me empolguei... – Tom riu sem jeito.
- Se o que o Harry jogou já fez estrago, imagine se ele jogasse um disco voador. – null imaginou a cena e riu, mesmo sabendo que o estrago seria nela.
- Achei! – null disse ao encontrar o que o Harry tinha jogado em null.
- O que é? – null ficou curiosa.
- Um morcego... – null franziu o cenho, sem entender o motivo de aquilo estar ali.
- Como assim, um morcego? – null e null perguntaram em coro enquanto os Guys riam.
- Ah, é o nosso morcego de borracha. – Danny não conseguia parar de rir.
- O Benedict! – Tom sorriu, relembrando o nome que tinha dado ao morcego.
- Benedict? – null estranhou o nome e quis saber a origem dele.
- Benedict Rubber Bat..? – Tom disse, esperando que alguém entendesse o trocadilho. null foi a primeira a ter um ataque de riso.
- Depois sou eu que faço trocadilhos idiotas! – null olhou para null e null, que também riam. null tinha um tipo de precedente no quesito trocadilhos ruins.
- É, enquanto vocês decidem quem faz os piores trocadilhos, nós já chegamos. – Danny avisou, fazendo todos os que estavam no carro ficarem em silêncio.
- Finalmente vamos saber qual é o grande segredo... – null falou por null e null.
- Agora não! – Danny fechou as janelas do carro, dificultando a visibilidade das meninas, já que o estacionamento não era muito bem iluminado.
- O que foi agora? – null perguntou arqueando a sobrancelha, ficando irritada com tanto mistério.
- Vamos estacionar primeiro. – Danny se divertia com aquele suspense.
- Estraga prazeres... – null rolou os olhos.
- Pronto, agora podemos ir... – Danny disse, puxando o freio de mão do carro.
- Danny, as portas estão trancadas. – null forçava a porta do carro, que não abria de jeito nenhum.
- Eu disse “podemos ir”. – Danny se virou para null. – Não quem podia ir.
- Já chega! – null começava a se irritar.
- Calma, meninas, nós temos algumas regrinhas... – Danny riu debochado.
- E eu tenho só uma cota de paciência, mas ela já se esgotou... – null disse em resposta ao deboche do Danny.
- Fiquem tranquilas! Confiem em nós, vocês não vão se arrepender. – Danny insistiu na brincadeira e destravou as portas. – Agora saiam do carro...
- Finalmente! – null comemorou.
- De olhos fechados! – Danny disse depois que elas saíram do carro.
- Vai começar... – null rolou os olhos.
- Como é que nós vamos enxergar com os olhos fechados? – null disse em tom óbvio.
- Vocês não confiam em nós? – Tom disse enquanto Danny trancava o carro.
- Também não precisa falar assim. – null ficou sem jeito. – Só estamos ansiosas.
- Pois então, vamos acabar logo com essa ansiedade. – Danny terminou de trancar o carro, ativou o alarme e pôs as mãos sobre os olhos de null, impedindo completamente que ela visse qualquer coisa. Harry e Tom fizeram o mesmo com null e null, respectivamente. – Isso mesmo, vamos andando.
- Olhem o que vocês vão fazer com a gente... – null entrava no clima da brincadeira.
- Relaxem, qualquer coisa que fizermos com vocês, com certeza, vocês vão adorar. – Danny comentou malicioso.
- Ai, Harry! – null se chocou contra um caro, devido à desatenção do baterista. – Que droga!
- Elas precisam chegar inteiras... – Tom repreendeu o Harry, que se queixava de dor por causa da cotovelada que null deu nele.
- Depois o lerdo aqui sou eu. – Danny rolou os olhos.
- Acho que não vamos gostar de qualquer coisa que vocês fizerem. – null temia que acontecesse com ela o mesmo que aconteceu com null.
- É, qualquer coisa pode ser um tanto desastroso... – null ainda sentia um pouco de dor.
- Chegamos? – null perguntou.
- Não. – Danny respondeu.
- Chegamos? – null perguntou novamente.
- Não! – Danny respondeu, se certificando de que as meninas realmente não conseguiam ver nada.
- Chegamos? – null insistiu.
- null... – Danny disse de modo ameaçador.
- Tá bom, já parei... O que posso fazer se eu estou ansiosa?
- Se te deixa feliz, estamos perto. – Danny disse para que elas se situassem.
- Então estamos chegando... – null disse, como se tivesse acabado de descobrir algo muito importante.
- Pior seria se não estivéssemos chegando, depois de tanto andar e sofrer alguns acidentes... – null disse como uma indireta para o Harry.
- Pronto, podem parar. – Danny disse ainda mantendo os olhos de null cobertos. Harry e Tom faziam o mesmo com null e null.
- Posso perguntar agora? – null pediu.
- Pode! – Danny respondeu sorrindo.
- Chegamos? – null perguntou com os dedos cruzados.
- Sim, nós chegamos! – Danny respondeu, fazendo as meninas se animarem.
- Podemos olhar agora? – null perguntou por ela e pelas meninas.
- Ainda não... – Danny estava gostando de ver aquela ansiedade das meninas. – Vamos dar umas voltinhas antes. – Ele começou a girar null e Harry e Tom repetiram o gesto dele.
- Danny, para, assim vamos ficar tontas e enjoadas. – null reclamou.
- Concordo plenamente! – null disse, dando um tapa no braço do Harry, para que ele parasse. – E não faz nenhum sentido ficar nos girando, se é que vocês ainda não perceberam isso.
- Vocês não vão poder ficar nos enrolando a noite toda. – null já estava ficando cansada de tanto suspense.
- Ok, vocês venceram! – Danny fez sinal para Tom e Harry e, ao mesmo tempo, os três tiraram as mãos dos olhos de null, null e null.
- Ai, meu Deus! – null, null e null disseram ao mesmo tempo, aparentemente surpresas.
Na McHouse...
- Está tudo muito silencioso lá em cima, acho melhor ir ver se está tudo bem... – Dougie pensou alto, desligou a televisão e subiu para o quarto de null.
- null, posso entrar? – Dougie perguntou, mas não obteve resposta. – null?
Por não ter obtido resposta, Dougie ficou preocupado e resolveu entrar assim mesmo. Ao entrar no quarto, Dougie se deparou com null deitada em sua cama, enrolada em seus lençóis e em sono profundo e tranquilo... Ou, pelo menos, foi o que parecia ser...
- Que bom que ela está dormindo. – Dougie respirou aliviado e viu que faltava um comprimido na cartela do remédio que ele tinha dado a ela. – Parece tranquila e, pelo viso, tomou o remédio... Será que eu deveria chegar mais perto e ver se ela realmente está bem? – Dougie sussurrou, olhando null de longe. – Bom, é melhor não, talvez ela acorde com isso.
Dougie saiu do quarto, fechando a porta o mais silenciosamente possível e voltou para a sala.
No estacionamento...
- E então, gostaram? – Danny perguntou com um sorriso largo no rosto.
- Não consigo enxergar nada! – null, null e null pareciam um coral ensaiado.
- Vocês estão brincando, né?! – Danny arqueou a sobrancelha.
- A minha vista está toda embaçada, você acha que eu estou brincando com isso? – null arregalava os olhos, tentando enxergar melhor.
- A minha também! – null e null disseram ao mesmo tempo.
- Só pode ser brincadeira... – Danny não se conformava com aquilo.
- Diga isso para os meus olhos... – null andava de um lado pro outro.
- O Harry apertou demais os meus olhos, como se não bastasse a pancada. – null se abanava, esperando que as coisas melhorassem.
- Calma, é só pararmos e esperarmos um pouco, que tudo volta ao normal. – null disse encostando-se em um carro. null e null obedeceram as ordens da prima e se acalmaram.
- Podemos fazer alguma coisa para ajudar vocês? – Tom perguntou, ficando preocupado.
- Mantenham as mãos de vocês longe dos nossos olhos. – null respondeu.
- Ai, meu Deus! – null disse quando sua visão voltou ao normal.
- O que foi agora? Está vendo tudo preto? Aconteça o que acontecer, não vá para a luz! – Danny brincou ao perceber que null já tinha visto o que ele queria que ela visse.
- Ah, mas pra essa luz eu vou... – null disse, animada ao ver o letreiro grande e iluminado com o nome do lugar.
- Eu sabia que você iria gostar. – Danny comemorava a reação de null.
- Do que vocês estão falando? – null não entendia e virou-se para o lugar que Danny e null olhavam e leu o letreiro. – Rock ‘n’ Bowl?
- Você não gostou? – Danny perguntou, vendo a reação de null.
- Gostei sim, só estou impressionada. – null respondeu mais animada.
- Rock e boliche separados já são bons, juntos então... – null não escondia sua animação.
- null, você ainda não disse nada. – Harry comentou.
- Eu não agradei com a surpresa? – Danny ficou com receio.
- Até a parte do rock, está tudo certo, mas no boliche eu vou ficar devendo. – null riu fraco.
- Como se eu fosse uma maravilha no boliche... – null riu de modo irônico. – Mas, se for pra pagar mico, vamos pagar mico juntas!
- Olha que isso tem um lado bom... – Tom comentou.
- Qual? – null ficou intrigada.
- O lado bom é que eu vou ter o prazer de te ensinar a jogar. – Tom sorriu, deixando null ruborizada. Inevitavelmente, ela teve pensamentos impróprios para o horário e que ela, infelizmente, não poderia expressar naquele momento.
- Olha, a conversa está bem legal, mas o que ainda estamos fazendo aqui? – null fez todos ficarem em silêncio. – O que foi? Eu quero jogar...
- A null tem razão, vamos entrar que a noite promete! – Danny disse e todos entraram, bastante animados.
- Que demais! – null disse logo quando todos entraram no estabelecimento.
- Você ainda não viu nada, vamos subir, pois a vista de lá de cima é bem melhor. – Danny deu passagem para as meninas andarem em sua frente e em seguida subiu com Harry e Tom.
- Está um pouco cheio... – null disse quando eles chegaram na parte superior do estabelecimento, onde ficavam as mesas, o palco e o balcão onde eles pegariam os sapatos para jogar boliche.
- Então, vamos comer ou jogar primeiro? – Danny perguntou.
- Que tipo de pergunta é essa? – null tomou a frente do assunto. – Claro que nós vamos jogar primeiro!
- Nem sei por que você perguntou isso... – null disse enquanto todos riam diante da animação de null.
- Mas temos que ver se tem alguma pista livre para jogarmos. – Danny disse.
- Pois é, senão vamos ter que esperar... – Tom concordou.
- null, vem comigo ver se tem alguma pista sobrando. – Danny pegou null pelo braço e a levou para uma sacada que tinha vista para a pista de boliche.
- Eu preferia comer do que me arriscar no boliche... – null disse desanimada.
- Vai ser divertido, null. – null tentava animar a prima.
- Acabou de esvaziar uma pista agora! – null voltou animada, só faltava saltitar.
- null, Harry, Tom e null, vocês descem e vão para a pista antes que alguém ocupe ela. – Danny falou e eles desceram imediatamente.
- E nós dois? – null estranhou.
- Nós vamos pegar os sapatos para jogar, vem comigo. – Danny disse, pegando null pela mão.
Na pista...
- Conseguimos! – null disse, depois de correr para chegar à pista de boliche em questão.
- Acho que eu nunca corri tanto na minha vida. – null reclamou.
- Pra mim, foi tranquilo... – null se alongava um pouco.
- Você está usando tênis, eu não. – null se defendeu.
- Mas, se não corrêssemos, aquele outro grupo teria ficado com a pista. – Tom justificou a “correria”.
- E nós teríamos que esperar muito por outra pista. – Harry completou a fala do Tom.
- Mas tinha que ser uma das últimas? – null disse sentada, massageando seus pés.
- Foi a única que estava vazia. – null falou em tom óbvio.
- Não tínhamos escolha. – Tom riu fraco.
- E, do jeito que null estava, se não conseguíssemos ficar com essa pista, ela morreria. – Harry comentou, fazendo todos rirem, menos null.
- null, vamos fazer a sequência dos jogadores. – Tom falou, percebendo o clima estranho entre null e Harry.
- Eu não sei mexer nesses computadores daqui. – null resistiu. – Sou antiga.
- Não tem problema, eu te ensino! – Tom insistiu, fazendo null aceitar, deixando Harry e null conversando.
No balcão...
- A null está bem animada... – null disse para quebrar o silêncio entre ela e o Danny, que estavam sem assunto.
- Eu percebi... – Danny riu brevemente enquanto eles esperavam os sapatos para null.
- Não ligue para a null, ela está feliz pela surpresa, só um pouco insegura em relação ao boliche. – null falava. – Como se eu fosse ótima no boliche...
- Se quiser ser minha aluna... – Danny disse, como quem não quer nada.
- Pelo visto, além de tudo o que você faz, você é professor de boliche... – null riu.
- Fazer o quê? É mais um dos meus talentos. – Danny se gabou.
- Nesse Rock ‘n’ Bowl tem alguma coisa que não tem nos EUA? – null olhava ao redor. Ela já tinha ido aos EUA algumas vezes e, por influência de “Just My Luck”, tinha ido a um Rock ‘n’ Bowl.
- A pista de dança que fica lá do outro lado, eu acho. – Danny apontava para o lugar.
- Eu queria ver... – null fez bico.
- Se vocês quiserem, nós podemos sentar do outro lado quando subirmos para comer. – Danny se referiu a null e null. – Assim teremos uma boa vista da pista de dança.
- O meu pai me levou uma vez no Rock ‘n’ Bowl dos Estados Unidos, nas outras duas vezes, eu fui com as Ladies. – null riu, relembrando aqueles tempos. – Por que vocês quiseram nos trazer para cá?
- Bom, nós achamos que seria legal trazer vocês pra cá, porque os caras e eu já viemos aqui algumas vezes e seria bem legal dividir um lugar especial nosso com vocês... Ou melhor, eu achei, porque a ideia foi minha!
- Sua humildade me assusta. – null disse, fazendo o Danny rir, depois suspirou. – Tudo isso me fez lembrar a minha infância, minha relação com meus pais, principalmente o meu pai... Era bem legal estar com ele, jogar videogame e até futebol.
- Aposto que você jogava bem. – Danny comentou.
- Nunca joguei bem, mas para o meu pai, eu era a melhor. – null riu fraco. – Mas tinham alguns assuntos em que o meu pai fazia questão de me lembrar de que eu era uma garota e me tratava como tal.
- Aposto que o assunto era namorado... – Danny riu de lado, como se entendesse.
- Eu ainda me lembro de quando arrumei meu primeiro namorado... Eu estava na cozinha, conversando com a minha mãe, quando ele entrou no meio da conversa.
- O clima pesou? – Danny ficou curioso.
- Ele começou a dizer que eu não tinha idade para pensar em namoro, que eu tinha que priorizar coisas mais importantes, que os garotos faziam coisas querendo outras... No fundo, eu acho que ele tem medo que eu acabe me machucando de uma forma que eu não consiga me recuperar, independente do motivo.
- Seu pai só quer te proteger... – Danny comentou.
- Eu diria cuidadoso, pois ele me disse uma vez que ia ter um momento que ele vai ter que me deixar viver a minha vida, mas ele tinha receio de se arrepender disso. – null se lembrava de cada palavra que seu pai tinha lhe dito há anos.
- Como você acabou de dizer, ele teme que você sofra e não se recupere depois. – Danny parecia entender Charles.
- Pelo menos, ele nunca me impediu de tentar. – null deu de ombros.
- De tudo o que você disse, eu percebi uma coisa... – Danny se aproximou de null.
- O quê? – null se virou para Danny, de modo que seu olhar encontrasse o dele.
- Para ficar com a filha, vou ter que conquistar o pai. – Danny concluiu.
- Se você ainda quiser... – null disse como quem não quer nada.
- E porque eu não iria te querer mais? – Danny envolveu seu braço na cintura de null e a puxou para perto, deixando seus corpos completamente colados, naquele momento, para os dois, nada ao redor importava, a não ser o beijo.
- Interrompo alguma coisa? – null chegou, realmente interrompendo o quase beijo dos dois.
- Imagina... – Danny rolou os olhos.
- E porque a demora com os sapatos? – Apesar do tom casual, null tinha visto o que estava acontecendo e interrompeu o beijo de propósito.
- É que... É que... – null procurava uma desculpa.
- É que? – null olhava para os dois.
- Nós demoramos porque o balconista não estava encontrando sapatos para você, foi isso. Todas usamos o mesmo número e eles acharam que não tinham mais sapatos do nosso tamanho. – null riu sem graça.
- E esses sapatos que estão aqui são o que? – null perguntou apontando para o balcão, onde tinham sapatos suficientes para todos.
- Nós nem percebemos quando o balconista os colocou aqui, não é, Danny? – null cutucou o Danny com o cotovelo.
- É, nós nem percebemos... – Danny balançou a cabeça positivamente.
- Sei... – null cruzou os braços.
- Mas agora vamos descer, porque eu estou louco para jogar. – Danny disse, indo pegar os sapatos no balcão, com ajuda de null.
- Sério? Eu nem percebi essa vontade toda de você... – null estava um pouco irritada por Danny e null terem atrasado um pouco o jogo, já que eles estavam esperando há bastante tempo na pista sem fazer nada.
Na pista...
- Voltamos! – Danny disse ao chegar acompanhado de null e null, cada um trazendo dois pares de sapatos.
- Vocês demoraram... – Tom comentou.
- É que surgiram alguns probleminhas... – Danny disse e, neste momento, Tom olhou para null que, com apenas um olhar, deixou claro o que tinha acontecido.
- Como ficou a ordem de jogada? – Danny mudou de assunto.
- As meninas começam, depois somos nós. – Tom respondeu.
- null, null, null, eu, você e o Harry. – Danny leu o monitor, enquanto todos calçavam seus sapatos. – Todos de acordo com essa ordem?
- Por que eu sou o último? – Harry perguntou e todos rolaram os olhos.
- Por que, se uma pessoa começa, a outra termina. – Tom respondeu pacientemente.
- Mas porque eu? – Harry insistiu.
- Harry, não importa a ordem, de qualquer forma, você vai jogar. – Danny ficou irritado com tudo aquilo. – Agora senta e fica quieto.
- Mais alguma reclamação? – Tom perguntou enquanto Danny olhava de modo ameaçador para todos, mas, ao invés de causar medo, ele causou risos em todos.
- Então, que os jogos comecem! – Danny disse animado. – null, faça as honras e não envergonhe a família.
- Pode deixar! – null disse, indo escolher uma bola para começar a jogar, mas percebeu algo estranho, o que a fez parar. – O que você está fazendo atrás de mim?
- Vou te ensinar a jogar... – Harry disse, entusiasmado.
- Não precisa não, eu sei jogar. – null disse se posicionando para jogar a bola. – E, modéstia à parte, eu jogo bem. – Ela piscou para o Harry, jogou a bola, fazendo um strike logo de primeira.
- Foi fazer gracinha, levou um fora bonito! – Tom comentou enquanto null comemorava seu strike.
- Fazer o quê, né?! – Harry riu fraco e foi se sentar.
Na McHouse...
- Já são quase 23:00 e essa casa está um tédio. – Dougie disse como se esperasse algo acontecer enquanto brincava com o controle da TV, jogando-o pra cima, só que ele caiu em sua boca. – Tudo bem que eu reclamei, mas não precisava tanto... Depois dessa, eu vou procurar o que comer, antes que as coisas piorem.
- Controle assassino... – Dougie ainda resmungava quando abriu a geladeira e viu que não tinha nada além de duas caixas e meia de morangos e algumas garrafas d’água. – Já percebi que amanhã vamos ter que fazer compras, a não ser que todos queiram começar uma dieta radical ou brigar por causa de comida, como aquela vez.
Quando Dougie voltou para a sala, começou a imaginar o que estaria acontecendo com os que saíram.
- Todos devem estar se divertindo muito... Com certeza o Danny está se exibindo para a null; o Tom cheio de carinhos com a null e o Harry... bom, não sei como o Harry pode estar nesse momento, mas espero que ele esteja se divertindo.
Com todos esses pensamentos, ele percebeu que já tinha bastante tempo que null estava dormindo e que ela poderia estar acordada naquele momento, então subiu para o quarto dela, para ter certeza de que estava tudo bem.
- null? – Dougie chamou ao bater na porta, mas não obteve resposta, então resolveu entrar no quarto, mas o fez com cuidado para não acordá-la. – Pelo menos ela arrumou alguma coisa para passar o tempo... – Dougie disse ao ter certeza de que ela estava dormindo. – Ela é tão linda... Até dormindo faz meu coração bater mais rápido. – Dougie ria com suas próprias palavras. – Acho que estou apaixonado... eu só penso nela, em estar com ela, ouvir sua voz, ver seu sorriso... Mas o que é que eu estou dizendo? Daqui a pouco ela acorda e me ouve. É melhor descer.
- Dougie? – null disse ainda sonolenta.
- Te acordei? – Dougie estava quase em pânico apenas por pensar que null tinha ouvido tudo o que ela tinha falado.
- Acho que não... – null respondeu ainda sentindo uma leve dor de cabeça, mas notou a expressão assustada do Dougie. – O que aconteceu? Estou tão feia assim, a ponto de assustar?
- Não, só estou preocupado. – Dougie disfarçou.
- Sua boca diz uma coisa enquanto seu rosto diz outra. – null observava Dougie, deixando-o sem graça.
- Você está melhor? – Dougie sentou-se perto de null, mudando o rumo da conversa.
- Um pouco... O mal-estar parece ter passado, mas a dor de cabeça continua.
- E ainda está sentindo frio?
- Com esse edredom? Impossível! – null respondeu bem-humorada. – Alguma ligação da null?
- Até agora, nenhuma. – Dougie deu de ombros.
- Então ela deve estar se divertindo muito. – null disse, se acomodando melhor na cama.
- Mas era isso o que você queria, não é?! – Dougie arqueou a sobrancelha.
- E quem disse que eu estou reclamando? Fico feliz por ela estar se divertindo ao invés de ficar preocupada comigo.
- Eu vi como ela ficou preocupada... – Dougie comentou, ainda chateado pelo modo como null tinha o tratado algumas horas antes.
- Dougie, não fica assim com a null... – null defendeu a prima. – Quando acontece algum problema com uma de nós, ela toma as nossas dores, ela nos protege.
- É sempre assim?
- Sempre que precisamos. – null sorriu de modo meigo. – E quando não precisamos também.
- E vocês gostam disso? – Dougie franziu o cenho, parecendo não entender.
- Como não vamos gostar de algo que é feito por amor? Da mesma forma que ela nos protege, nós a protegeríamos porque somos uma família. – null ficou emocionada, relembrando algumas coisas que aconteceram e que ela pôde contar com a ajuda de null.
- Ela é importante pra vocês... – Dougie riu de lado.
- Do mesmo jeito que somos importantes para ela. – null respondeu com mais um sorriso. – Tenta entender o lado dela.
- Eu entendo, é que fazia tempo que eu não via algo assim. – Dougie deu um sorriso sereno. – Na verdade, o que você me contou, me lembrou um pouco o Harry, mas enfim, eu vou descer e te deixar descansar um pouco, já que você está quase dormindo.
- Fica! – null segurou Dougie pela mão, impedindo-o de se levantar.
- Assim eu vou atrapalhar seu sono. – Dougie quase sussurrou, sentindo seu coração acelerar e ele já tinha esquecido como lidar com aquilo.
- Fica, por favor. – null insistiu. – Pelo menos até eu dormir, você não atrapalha.
- Tá bom, eu fico. – Dougie não resistiu ao olhar de null e se aproximou dela.
- Sinto cheiro de morango. – null comentou quando Dougie se aproximou.
- A única coisa que tinha pra comer... – Dougie riu.
- Então amanhã é dia de compras. – null disse, bocejando.
- Com certeza. – Dougie concordou.
Não demorou muito para que null dormisse. Dougie pensou em ficar ali mesmo, velando o sono dela, mas acabou mudando de ideia, se convencendo que o melhor era deixá-la dormir em paz. Sem fazer barulho, ele saiu do quarto e voltou para a sala, deitando no sofá, onde acabou dormindo.
No Rock ‘n’ Bowl...
- Eu não disse?! Eu sou demais! – Danny se gabava depois de mais um strike.
- Vai começar... – Tom rolou os olhos e foi jogar. Harry foi depois.
- Também, depois de vinte strikes seguidos, até eu ficaria me achando... – null comentou desanimada.
- Ah, null, você não foi tão mal assim. – null tentava consolar a prima.
- De todas as rodadas, eu só consegui fazer dois strikes e três spares! – null estava com raiva de si mesma.
- Você só está começando. – null sorriu fraco.
- Quantos strikes você acha que eu consegui fazer na primeira vez que joguei? – null arqueou a sobrancelha, fazendo null rir um pouco.
- Pior foi quando eu fui lançar a bola, ela foi parar na pista ao lado e acertou o rapaz que estava consertando um negócio lá. – null suspirou.
- Aquilo foi incrível! – null teve um ataque de risos, relembrando o momento.
- Acidentes acontecem, null. – null também ria, mas não tanto quanto null.
- Acidentes acontecem?! – null voltou a ficar com raiva – Eu fui pegar a bola e, quando me preparei para lançar, ela tinha ficado presa na minha mão!
- E quando o Tom foi te ajudar, você acertou o nariz dele com a bola... Sorte que não quebrou, mas deve ter doído pra caramba. – null disse, tentando se recuperar dos risos.
- Mesmo com a ajuda do nariz do Tom, a bola não soltou. – null completou, voltando a rir.
- Nem me falem isso... – null escondeu o rosto com as mãos, envergonhada.
- Mas o pior de tudo foi o Danny gritando “alguém tem vaselina aí?!” – null imitava o Danny.
- Vocês não sabem a vontade de matar o Danny que eu fiquei... – null olhou com raiva para o Danny, depois fez bico. – Eu sou um desastre, nem devia ter começado a jogar.
- Hey, para com isso... – null abraçou null de lado.
- Nem com o Tom me ajudando eu consegui...
- Dá pra parar? – null repreendeu o pessimismo da prima.
- Ah, null, você também não pode dizer nada, teve a ajuda do Danny o tempo todo e se deu muito bem. – null disse em resposta à null.
- Tão bem que não fui a melhor... – null fez bico.
- Mas foi melhor do que eu. – null cruzou os braços. – Querem saber? Pra mim já chega de boliche por hoje, ou melhor, pro resto da minha vida!
- Tem certeza? Olha que ainda dá pra jogar mais um pouco, assim que tirarem o cadáver do menino que estava consertando a pista ao lado. – null brincou, fazendo null rir, mas null não achou nem um pouco de graça, muito pelo contrário, deixou-a com mais raiva ainda. – Ok, já parei com a brincadeira, não precisa me matar.
- Então meninas, prontas para mais uma rodada? – Danny perguntou animado, se aproximando das meninas.
- Acho que esse jogo já deu o que tinha que dar... – null disse, tirando os sapatos de boliche.
- Logo agora que estava ficando bom... – Danny lamentou.
- Bom pra você, que estava ganhando. – Harry suspirou entediado.
- Pelo menos eu não fiquei em último lugar. – Danny provocou o Harry.
- Podem parar vocês dois! – null repreendeu os dois. – A null tem razão, é melhor pararmos por aqui, todos estamos com fome. Vamos subir e comer alguma coisa.
- Além do mais, a null já está de saco cheio de tanto jogar boliche. – null disse.
- Tenham certeza disso! – null disse, ainda envergonhada.
- Meu nariz agradece. – Tom brincou, fazendo Danny rir e piorar o estado de null.
- Se vocês preferem assim... – Danny deu de ombros. – Mas eu posso, pelo menos, dizer a classificação final do jogo?
- Diz logo e acabe com essa tortura. – null já não aguentava mais.
- Do primeiro ao oitavo lugar: Eu, null, Tom, null, null e Harry. – Danny disse rapidamente, notando o desconforto de null.
- Pronto, já podemos ir? – null disse ao ver que todos já tinham trocado de sapatos. Por dentro, ela estava bem feliz por ter ficado pelo menos em segundo lugar naquela partida, mas se sentia mal em expressar aquilo, tanto que não o fez.
- Para agilizar as coisas, eu, a null e a null vamos devolver os sapatos no balcão enquanto vocês vão procurar uma mesa para ficarmos, combinado? – null propôs antes que todos se dispersassem.
- Tudo bem. – Danny respondeu por todos.
- Então vamos. – null disse quando viu que, mesmo depois de concordarem, todos ficaram parados.
Ao subirem, eles se separaram. null, null e null foram devolver os sapatos que todos usaram durante o jogo. Os Guys foram procurar por uma mesa vazia e grande o suficiente para os seis. Tudo exatamente como null tinha proposto, mas algo parecia ainda não estar resolvido.
No balcão...
- O que foi, null? Você está em silêncio desde que subimos. – null perguntou ao chegar com as primas na pequena fila que se formava ao lado do balcão.
- Não consigo parar de pensar na besteira que fiz com o Tom. – null lamentou.
- null, você não teve culpa. A bola ficou presa na sua mão. – null tentava mais uma vez amenizar o estado da prima.
- A null tem razão. Fica tranquila, o Tom pode não estar tão preocupado assim com o que aconteceu. – null deu de ombros.
- Como se o que eu fiz fosse algo extremamente bobo... – null rolou os olhos.
- Falando desse jeito, você me faz lembrar do fora que eu dei no Harry. – null disse enquanto colocava os sapatos no balcão.
- Falando nisso, null, você pode me explicar o que foi aquilo? – null perguntou depois que elas se afastaram do balcão.
- Não sei, eu fui jogar e, do nada, ele apareceu atrás de mim, eu achei estranho e acabei dizendo a primeira coisa que me veio à mente. – null respondeu, ficando sem jeito.
- Mas ele não estava mal intencionado. – null defendia o Harry.
- Agora eu já disse, não tem como voltar atrás. – null deu de ombros.
- Então vamos, nós ainda temos que procurar a mesa onde os meninos estão. – null disse, puxando null e null pelo braço.
- Ah, eu não sei se vou conseguir olhar para o Tom. – null tentava “fugir” do Tom.
- Vai sim! – null segurou null. – Deus não te deu dois bons olhos à toa! Agora vamos...
- Mas... – null relutava.
- Sem reclamações! – null deu a palavra final e elas foram procurar os Guys.
Na mesa...
- O clima está um pouco estranho entre a null e eu. – Tom comentou depois de um certo tempo na mesa.
- Ela bateu com uma bola de boliche no seu nariz! – Danny arqueou a sobrancelha. – Até se a null fizesse isso, o clima ente nós ficaria estranho...
- Eu sei que ela não fez de propósito. – Tom riu fraco.
- Fica tranquilo que as coisas se resolvem... – Danny deu de ombros.
- Acho melhor mudarmos de assunto, que as meninas estão vindo. – Harry disse, fazendo sinal para que as meninas os encontrassem.
- Demoramos muito? – null perguntou ao chegar.
- Até que não. – Tom respondeu, olhando para null, que desviava o olhar.
- O Harry fez um strip-tease para nos distrair. – Danny brincou enquanto as meninas se ajeitavam em seus lugares.
- A pista de dança daqui é incrível! – null comentou ao se sentar, pois a mesa tinha uma vista direta para a pista.
- Você disse que queria ver, então damos um jeito de conseguir essa mesa. – Danny riu carinhosamente.
- Quem vai tocar hoje? – null perguntou ao olhar para o palco vazio.
- Na verdade, já tocaram. – Tom respondeu.
- Como assim? – null franziu o cenho.
- Vocês já repararam que aqui ao lado tem uma pista de dança? – Harry perguntou arqueando a sobrancelha, sem ter percebido que o assunto já tinha sido tocado naquela conversa.
- Jura que aquilo é uma pista de dança? Eu estava crente que tinha encontrado a entrada para a BatCaverna e já estava cogitando a ideia de fazer uma visitinha ao Batman. – null riu ironicamente.
- Vamos explicar melhor para vocês. – Danny disse, se recuperando de seu ataque de risos. – As apresentações no palco aconteceram exatamente na hora em que estávamos jogando boliche.
- E..? – null ainda não entendia.
- Para abrirem a pista de dança, eles têm que encerrar as apresentações no palco. – Danny continuou.
- Porque, se a pista e o palco estivessem funcionando ao mesmo tempo, o barulho seria insuportável. – Tom concluiu.
- Ah, mas eu queria ter visto a apresentação de hoje... – null fez bico.
- Fica pra próxima. – Tom riu fraco.
- Relaxa, não era ninguém famoso. – Danny olhava ao redor.
- Mesmo assim... – null continuava fazendo bico.
- Eu não sabia que aqui era assim... – null comentou, mudando o clima daquele momento.
- É quase uma boate, só que com uma pista de boliche. – null observava o lugar, tentando achar uma maneira de defini-lo.
- Não necessariamente... – Danny disse.
- Como assim? Agora quem não entendeu fui eu. – null franziu o cenho.
- A null disse que aqui é quase uma boate, mas muitos não consideram ou pensam assim, afinal, a pista de dança daqui não toca apenas música eletrônica. – Danny explicou.
- E o que eles tocam aqui? – null perguntou.
- null, você não está ouvindo? – Tom entrou na conversa. – É Rock n’ Roll!
- A noite inteira? – null sorriu, fascinada.
- ... And party everyday... – null cantarolou, aproveitando o trocadilho, mas, aparentemente, ninguém ouviu.
- O DJ escolhe alguns clássicos e faz uma playlist para cada noite... Às vezes, tocam até músicas nossas. – Tom explicou.
- Então ele faz alguns remixes e joga na pista pra todo mundo dançar até não aguentar mais. – Danny riu.
- É uma ótima ideia... – null sorriu, aprovando a ideia.
- O bom daqui é que se vocês olharem ao redor, vão perceber vários estilos de Rock e todo mundo tranquilo... – Tom comentou.
- VIVA AO ROCK ‘N’ ROLL! – Danny gritou, fazendo todos do lugar olharem para ele.
- CALA A BOCA, SEU MALUCO! – Alguém gritou em resposta ao Danny.
- Hey, eu pensei que estivéssemos todos tranquilos... – Danny argumentou.
- Não me obrigue a ir até aí e te mostrar a tranquilidade! – A mesma pessoa ameaçou.
- Danny, fica quieto. – null tentava não rir.
- Acho que não estamos tão tranquilos assim... – Tom também tentava controlar o riso enquanto null, Harry e null já tinham desistido de fazê-lo.
- Depois dessa... – Harry olhava para o Danny, que fazia bico.
- Acho melhor a gente procurar o que comer. – null disse enxugando algumas lágrimas que tinham se formado enquanto ela ria.
- Mas cadê o cardápio? – null perguntou, estranhando e olhando ao redor, procurando um garçom.
- Vocês não estão vendo? – Danny perguntou como se fosse óbvio.
- Ah, eles são invisíveis então? Eu não sabia que a tecnologia tinha chegado a esse ponto. – null respondeu.
- Na verdade, agora nós só precisamos pensar na comida, que ela aparece na nossa frente. – null acompanhou a brincadeira de null.
- Muito engraçadinhas... – Danny riu ironicamente, olhando para as duas.
- É de família! – null disse como indireta para o Danny.
- Em resposta à pergunta das duas, os cardápios estão aqui. – Danny apontou para a mesa.
- Oi? – null achava que Danny tinha ficado realmente louco.
- Calma, meninas, eu explico. – Tom explicava enquanto as meninas prestavam bastante atenção nele. – Apertando esse botão, o painel é ativado. – Apertou um botão na mesa e pequenas telas se acenderam à frente de cada pessoa que ocupava a mesa. – Aqui vocês encontram várias opções de informações sobre o Rock ‘n’ Bowl.
- Que tipo de informações? – null perguntou, meio perdida.
- Filiais, telefones, agenda de programação, entre outras coisas. – Tom explicava pacientemente, apontando cada coisa. – Mas o que realmente importa agora é o menu principal.
- Como assim? – null perguntou.
- O menu principal é relacionado a essa filial. – Tom respondeu.
- Mostra! – null disse admirada com a paciência do Tom em explicar tudo aquilo.
- É só clicar em “Pedidos” e pronto. Aí estão os cardápios. – Tom sorriu, como se tivesse acabado de fazer uma mágica.
- Wow, que legal! – null riu.
- Bom, agora que as senhoritas já sabem onde estão os cardápios, o que vão pedir? – Danny perguntou ao vê-las analisando atentamente o cardápio.
- Ainda não decidi, mas acho que não vou comer muito... – null deu de ombros.
- Eu também não estou com tanta fome assim. – null concordou com null.
- Ah, meninas, mais uma coisa... – Tom voltou a falar. – Quando decidirem o que vão querer, é só clicar nesse botão azul, daí o pedido de vocês é enviado e não demoram muito de chegar.
- O que vocês pediram? – null perguntou aos Guys.
- Comida. – Danny fez graça.
- Era pra ser engraçado? – null rolou os olhos.
- O que vocês pediram? – null insistiu na pergunta.
- Nós pedimos... – Tom ia responder, mas Danny tapou sua boca, o impedindo de falar.
- Não precisa dizer nada, Tom, basta dizer que nós pedimos o de sempre. – Danny ainda tapava a boca do Tom.
- E vocês esperam que a gente adivinhe o que é o tal do “de sempre”? – null arqueou a sobrancelha.
- Pra quê tanto mistério? – null perguntou.
- E pra quê tanta curiosidade? – Danny disse. – Quando os pedidos chegarem, vocês ficam sabendo.
- E vocês, meninas, o que pediram? – Harry perguntou.
- Quando os pedidos chegarem, vocês ficam sabendo. – null também não quis dizer.
- Então a curiosidade termina agora, os pedidos estão chegando. – null disse, ao ver o garçom se aproximando.
O garçom levou todos os pedidos e os Guys decidiram pagar a conta depois que fossem embora, pois tinham certeza que os gastos da noite não acabariam por ali e existia a opção de pagar por cada coisa que consumissem, à medida que o fizessem. Após a saída do garçom, as implicâncias continuaram.
- Refrigerantes, uma porção gigantesca de batata frita e uma pizza com diversos sabores. – null disse ao ver o pedido dos Guys. – Tanto mistério pra isso?!
- O que é? Não podemos fazer umas brincadeirinhas de vez em quando? – Danny deu de ombros.
- Calma, só fiz um comentário... – null disse, ficando séria.
- Tom, me corrija se eu estiver errado. – Danny coçava o queixo em sinal de dúvida.
- Fala. – Tom deu de ombros.
- Foi impressão minha ou certas garotas disseram que não estavam com muita fome? – Danny riu ironicamente.
- Não foi impressão sua. – Tom comentou.
- Isso foi uma indireta? – null perguntou, olhando para o Danny.
- Eu? Mandando indiretas? – Danny se fazia de desentendido.
- E não há motivos para indiretas, não pedimos tanta coisa assim. – null argumentou.
- Você quis dizer que a null não pediu tanta coisa assim. – Harry rebateu o argumento de null.
- Me desculpem, meninas, mas eu tenho que concordar com eles... – null disse.
- null! – null e null disseram ao mesmo tempo.
- null, você pediu uma porção consideravelmente grande de batata frita, um cheeseburger e um copo gigantesco de refrigerante; null pediu um hambúrguer enorme, uma porção igualmente grande de batata frita e um milk shake de baunilha. – Tom disse, observando o que as meninas pediram.
- Enquanto a null pediu um suco e um sanduíche vegetariano. – Danny completou, como se comparasse os três pedidos.
- Mesmo assim, eu e a null não pedimos tanta coisa assim. – null disse, ainda tentando se defender.
- De certa forma, elas têm razão. – null disse. – Na maioria das vezes que saímos juntas, elas costumam comer muito mais do que isso... Dessa vez, elas só exageraram nas bebidas.
- Muito obrigada. – null sabia que tinha razão.
- Mesmo sem tanta fome? – Danny insistiu.
- Vai por mim, eu sei o que estou dizendo. – null sorriu brevemente.
- Nós vamos comer ou pedimos comida para ficar olhando? – null entrou na conversa, já impaciente com aquela discussão e atraiu os olhares da mesa para ela. – O que foi? Nós realmente vamos continuar discutindo quem pediu mais ou vamos ao que interessa?
- E o que interessa? – Harry perguntou com um ar meio perdido, fazendo todos rolarem os olhos.
- Harry, não dificulta... – null acenava negativamente com a cabeça.
- É que às vezes, o HD dele fica meio lento. – Danny riu debochado.
- Olha só quem fala! – Harry rolou os olhos.
- Não entendi o que você quis dizer... – Danny disse um pouco irritado.
- Sério? – Harry aproveitou para tirar sarro, fazendo todos rirem e Danny ficar mais irritado ainda.
- A null tem razão, vamos comer logo. – Tom ainda ria com as implicâncias do Danny com o Harry.
- Mas com que finalidade a gente estava discutindo sobre tudo isso? – null apontou para ela e as meninas.
- Nenhuma. – Danny respondeu tranquilamente, como se já esperasse por aquela pergunta.
- Então tudo isso foi à toa? – null achou ridículo.
- Nem tudo... Só fizemos isso pelo prazer de irritar todas vocês. – Danny sorriu descaradamente.
- Isso já é uma finalidade, seu lerdo! – Harry deu um pedala no Danny.
- CALA A BOCA, DANNY! – As meninas gritaram ao mesmo tempo, antes que o Danny ao menos pudesse dizer nada.
- Quer dizer que era para nos irritar?! – null disse em tom ameaçador.
- Foi brincadeira... – Danny arregalou os olhos, assustado.
- Brincadeira? – null riu maldosa.
- Quem sabe se nós brincássemos com eles agora... – null olhou para null e null como quem quer dizer algo mais.
- Danny, se eu sair vivo daqui, eu mato você. – Tom sussurrou para o Danny, que estava o usando como escudo.
- Na hora de deixá-las irritadas, você bem que ajudou... – Danny disse para o Tom.
- Mas a ideia brilhante foi sua! – Harry disse, já esperando o pior.
- Harry, isso não é hora de me elogiar, você não percebe que nós vamos morrer? – Danny fazia graça.
- Quais são os seus últimos pedidos? – null fazia caras e bocas, causando risos entre os Guys.
- Por favor, não joguem nenhum tipo de molho em nós para não manchar nossas roupas. – Danny falou baixo, ainda tentando se proteger atrás do Tom.
- Abusados! – null cruzou os braços.
- Ok! – null olhou para os Guys e, ao mesmo tempo, as três olharam para as porções de batata frita na mesa. – Vamos mostrar pra eles como ficamos quando estamos irritadas...
- Ai, meu Deus! – Tom fechou os olhos, com medo.
null, null e null avançaram em seus respectivos pares. Depois de muita resistência dos Guys, elas conseguiram colocar batatas em seus cabelos, narizes, atrás das orelhas, dentro das orelhas e em suas bocas.
Aproveitando o momento, null tirou uma foto com a câmera do Tom que ela tinha levado sem ninguém saber, tanto para mostrar à null no dia seguinte, quanto para guardar de recordação do que ela sabia que se tornaria inesquecível.
- Vocês ainda vão comer isso? – null perguntou enquanto conferia as fotos que tinha acabado de tirar.
- Eu estava considerando... – Danny disse após ameaçar comer uma batata que tinha tirado do nariz.
- Eca, Jones! – null fez cara de nojo.
- O que foi? Nós podemos dividir, se você quiser. – Danny disse oferecendo a batata que tinha tirado da orelha.
- Hoje vocês tiraram o dia para nos sujar, né?! – Tom riu, relembrando o que tinha acontecido mais cedo.
- Vocês bem que pediram. – null também riu.
- Acabei de ter uma ideia. – Danny levantou o dedo, como se pedisse permissão para falar.
- E eu estou começando a ter medo das suas ideias. – Tom disse enquanto tirava as batatas do cabelo.
- Ah, não... Batatas de novo não. – Harry já se lamentava.
- Nem falei nada ainda! – Danny se defendeu.
- Então fale, enquanto eu penso num plano de fuga. – Tom não esperava uma boa ideia do Danny.
- Eu pensei em disputarmos quem come mais rápido, como as meninas fizeram ontem com os morangos, só que agora seríamos nós contra elas. – Danny explicava sua ideia.
- Não acho uma boa ideia. – Tom comentou.
- Por quê? – null estava animada com a ideia da competição.
- A última vez que nós fizemos isso, as coisas não terminaram muito bem. – Harry parecia relembrar o momento e Tom concordou com um aceno de cabeça.
- Então vamos comer logo e esquecer o que eu acabei de dizer. – Danny disse um pouco chateado por também lembrar o que tinha acontecido antes com ele e os Guys.
- Se aceitássemos a ideia do Danny não seria algo muito justo. – null tentava manter a conversa, mas de uma forma diferente.
- Por que, null? – Tom perguntou.
- Eu pedi menos comida, então, eu iria ganhar. – null deu de ombros.
- De certa forma, ela não deixa de ter razão. – null concordou.
- Mas isso se resolve fácil... – Danny disse, menos envergonhado.
- Qual a sua ideia agora? – Harry perguntou, meio desacreditado.
- É só a null não participar. – Danny disse como se fosse óbvio.
- Hey, isso não é justo! – null fez bico.
- Você acabou de dizer que se participasse seria injusto. – Danny não entendeu.
- Mas eu queria brincar. – null cruzou os braços.
- Você não sabe o que quer... – Danny rolou os olhos.
- null, está tudo bem? – null perguntou ao perceber que null estava deslocada da conversa.
- Não sei... Estou com uma sensação esquisita. – null parecia preocupada.
- Por causa da null? – null supôs.
- Não sei bem... Talvez sim. – null deu de ombros.
- Quer ligar pra saber se está tudo bem com ela?
- Melhor não. – null acenou negativamente com a cabeça. – Está tarde, ela e o Dougie devem estar dormido...
- Tem certeza? – null insistiu.
- Tenho. – null assentiu. – É melhor não incomodar, daqui a pouco essa sensação passa.
- Se você prefere assim... – null deu de ombros, deixando de insistir.
Elas voltaram a conversar com os outros, entre muitos risos, mas, apesar de tentar aparentar indiferença, null percebia que aquela sensação não iria passar logo.
- Tenho que parar de dormir em qualquer lugar... – Dougie tinha se deitado no sofá, mas acordou no tapete e entrou em desespero ao abrir os olhos. – O que está acontecendo? Estou cego?
Depois de muito tempo tentando enxergar alguma coisa, esperando que algo voltasse ao normal, ele tentava achar um motivo para essa “cegueira” repentina.
- Preciso me acalmar, não posso ter dormido bem e acordar cego... Quer dizer, existem casos parecidos e eu acabei de me deixar com mais medo ainda. Obrigado, Dougie. – Dougie se levantava devagar, tentando manter o equilíbrio em meio àquela escuridão, mas acabou tropeçando em algo. – Droga, meu pé! E o pior é que eu nem posso ficar irritado e pôr a culpa em alguma coisa. Meu pé está latejando e eu não faço ideia do que eu chutei... As cortinas! Estou vendo as cortinas! – Dougie sussurrou maravilhado ao perceber as cortinas balançando, graças à luz da lua que atravessava a janela e correu até elas. – Nunca fiquei tão feliz por ver cortinas... Nunca mais faço piadas sobre o Stevie Wonder.
Dougie permaneceu ainda por ali durante alguns minutos, entretido com as cortinas. Não demorou muito para que algo o fizesse voltar à realidade.
- Olhando direito, o que realmente aconteceu foi um blackout e é um daqueles... A rua está completamente escura e eu não estou cego. – Dougie suspirou aliviado. – Será que tem muito tempo que esse blackout aconteceu? Falando em muito tempo, esse silêncio todo aqui em casa está muito estranho... Talvez a null ainda esteja dormindo, assim que encontrar a escada, vou ao quarto dela para ter certeza disso.
Dougie parou, pensando em alguma maneira de chegar em segurança ao quarto de null, até que ele se lembrou de que na cozinha haviam algumas lanternas, porém não sabia em que lugar da cozinha essas lanternas estavam, nem sabia como chegar à cozinha.
No Rock ‘n’ Bowl...
- Estou com fome... – Danny resmungava sem assunto.
- Eu acho que nós acabamos de comer. – null comentou um pouco surpresa.
- Desista, isso aí é um poço sem fundo. – Tom fez todos da mesa rirem.
- Até parece que você vive de vento. – Danny retrucou o comentário do Tom.
- Que barulho foi esse? – null perguntou depois de ouvir algo estranho perto dela.
- Culpada! – null disse, levantando uma das mãos um pouco sem jeito.
- Tapem os narizes! – Danny riu.
- Foi meu estômago, seu nojento! – null explicou, ficando mais sem jeito ainda.
- Desculpa, null, mas eu não tinha como saber. – Danny ainda ria.
- Isso foi um ronco de fome? – null perguntou, voltando ao assunto.
- Não negue! – null apontou de modo ameaçador para null.
- Talvez... – null tentava disfarçar.
- Aha! – null exclamou vitoriosamente e começou a imitá-la. – “Fui eu quem pediu menos comida”.
- Não fiz por mal... – null riu brevemente. – Os meninos já gastaram tanto hoje e ainda vão pagar tudo o que gastarmos aqui... Não queria abusar.
- Ok, mas quem convida, é quem paga. – Harry disse.
- Falou que nem a null agora... – null comentou, deixando null sem jeito e maravilhada com essa coincidência.
- Ela só quis ser educada. – Tom sorriu carinhosamente para null, como se a entendesse.
- Toma, eu sei que você gosta, sobrou bastante e elas não murcharam ainda. – null ofereceu suas batatas para a prima.
- Obrigada. – null disse e atacou as batatas.
- null, vamos dançar? – Tom perguntou depois de dar uma boa olhada na pista de dança.
- Eu não... – null tentou responder, mas estava de boca cheia.
- Não aceito não como resposta. – Tom se levantou, tirando null da mesa e saiu correndo em direção à pista, enquanto null tentava se ajeitar pelo caminho.
- Eles são fofos... – null deu um leve suspiro.
- O Tom queria fazer isso há muito tempo... – Danny comentou.
- Como você sabe? – null perguntou, arqueando a sobrancelha.
- Qual cara não quer ficar sozinho com sua garota?! – Danny disse, sentando-se ao lado de null que sorriu discretamente.
- Como eu disse, são fofos. – null agora se referia a Danny e null e se afastou um pouco do casal para não atrapalhar o momento deles.
- Eles são grudentos... – Danny disse por implicância com Tom e null, fazendo null lhe lançar um olhar reprovador. – O que foi? Eu nem gosto de dançar...
- “I Need a Woman” te diz alguma coisa? – null perguntou em tom de desafio.
- Uma música que eu ajudei a compor. Por quê? – Danny fez só pra provocar null.
- Jones...
- É brincadeira, sua chata. – Danny riu. – Você acha que eu iria esquecer os nossos momentos tão fácil?
- Acho bom... – null fez bico.
- Vem cá que eu vou dar um jeito nesse seu biquinho lindo. – Danny se aproximou de null atendendo o seu desejo de beijá-la. Harry e null se entreolhavam rindo daqueles dois e se perguntando o que os impedia de fazer o mesmo.
Na pista de dança...
- Que pressa, garoto! Eu quase caí descendo as escadas. – null disse entre risos ao chegar na pista.
- É que eu queria ficar sozinho com você. – Tom riu sem jeito.
- Espero que tenha boas intenções... – null ainda ria.
- Impossível ficar bem intencionado perto de você. – Tom brincou, rindo maliciosamente.
- Tom! – null o repreendeu, dando um tapa no ombro dele.
- Foi brincadeira!
- Hum. – null estava sem jeito, mas no fundo havia gostado do que tinha ouvido.
- Por que estamos tão separados? – Tom perguntou ao perceber que estavam tocando músicas lentas e que todos os outros casais estavam juntos.
- Eu não sei... – null respondeu ao perceber o mesmo.
- Já sei! Você não sabe dançar... – Tom provocou.
- Para sua informação... – null respondia, mas Tom a interrompeu.
- Vem logo pra cá! – Tom puxou null pela cintura para perto dele, deixando-a sem fôlego e começou a conversar com ela ao pé do ouvido. – Desculpa pela maneira que eu te tirei da mesa e te trouxe pra cá.
- Tudo bem, foi até engraçado... – null tentava disfarçar o nervosismo enquanto Tom ria, relembrando a cena.
- Espero ter te feito feliz hoje... – Tom fechou os olhos, aproveitando o momento.
- Você sempre me deixa feliz – null envolveu um pouco mais os braços em volta do pescoço do Tom, mas se assustou ao não obter nenhuma resposta dele. – Tom... Tom? TOM?!
- Oi! Desculpa, minha mente ficou um pouco distante por um momento. – Tom explicou.
- Você disse que queria ficar sozinho comigo, mas me trouxe para uma pista de dança com tanta gente. – null riu da possível confusão do Tom.
- Você entendeu o que eu quis dizer... Eu adoro juntar todo mundo, é muito divertido, mas eu precisava de um momento só nosso, afinal, é seu aniversário. Já pensou? Um aniversário sem nenhum momento nosso de recordação?! – Tom ainda pensava na história daquele ser o primeiro e último aniversário dela que os dois passariam juntos, mas guardou o pensamento para si.
- Você tem razão... – null comentou, sentindo-se confortável nos braços do Tom.
- E além do mais, nós mal conseguimos ficar sozinhos hoje. – Tom completou.
- E aquela hora no seu quarto? – null perguntou, olhando para o Tom.
- Eu já estava com saudades... – Tom disse, se aproximando para beijar null.
- OMG! – null exclamou ao ouvir a introdução de “The Way You Make Me Feel”.
- O que foi? – Tom não havia percebido a música que tocava e não fazia ideia do motivo de tanta euforia.
- Eu amo essa música! – null estava com os olhos brilhando.
- Então chega mais perto que eu canto pra você. – Tom puxou null para perto e ela, automaticamente, envolveu seus braços no pescoço dele e ele começou a cantar.
No final, os dois acabaram fazendo um tipo de dueto romântico, mas os dois pararam antes do segundo refrão, quando Tom voltou a falar:
- Quero que você saiba que eu realmente não me importo com nada que você fez que possa te envergonhar de tê-lo feito... Eu só posso dizer que eu sinto orgulho da garota que vejo agora e é com ela que eu quero ficar. Não me importo com o que vai acontecer daqui a alguns dias, você tem um lugar no meu coração e ninguém vai tirar você de lá. – Tom disse rapidamente, quase sem pensar, fazendo com que null não resistisse e o beijasse, desejando que o que eles estivessem vivendo naquele momento não terminasse em dois dias.
Na McHouse...
- Que saco procurar por essas lanternas! Pelo menos, elas estão com bateria e funcionando... Eu já estava enlouquecendo aqui nessa cozinha. – Dougie testava as lanternas, indo em direção à sala. – Essa escuridão já está começando a me assustar... Ah, garota, o que eu não faço por você?
Dougie terminou de testar as lanternas, deu uma checada na sala e subiu para o quarto de null. Dessa vez, ele não se anunciou.
- Depois o preguiçoso aqui sou eu... – Dougie iluminou um pouco o quarto e percebeu que null ainda dormia. Também percebeu que a janela estava aberta e foi fechá-la. – Essa menina parece que é maluca... Minha maluquinha.
Dougie sorriu carinhosamente, sentando-se na cama e tomando cuidado para que a luz da lanterna não incomodasse null, mas se assustou ao tocar o rosto dela.
- Caramba, ela está gelada! – Dougie puxou os cobertores que cobriam null para verificar a temperatura do resto do corpo dela. – Tontura, dor de cabeça, o frio que ela já estava sentindo antes... Ela me parecia tão melhor desde a última vez que eu estive aqui e agora ela está com um tipo de hipotermia? Não entendi nada! Estou aqui sozinho com ela e ainda correndo o risco que ela piore... Será que se eu ligar para um médico, eu consigo ajuda? O pior é que eu nem sei se esse blackout foi geral. – Ele andava de um lado pro outro, sem saber o que fazer. – Preciso ficar calmo, desesperado eu não vou chegar ao lugar nenhum... Eu vou tentar, eu vou tentar!
Dougie cobriu null novamente e saiu do quarto, descendo as escadas o mais rápido que pôde até chegar à sala.
Na sala, ele demorou muito para encontrar o telefone, que estava perdido no meio das almofadas do sofá.
- Achei! Finalmente te achei! – Dougie abraçou o telefone. – Ah, não... Não vai me dizer que depois de todo o trabalho que eu tive, você está descarregado! O que eu faço agora? Espera, meu celular! Mas eu não faço ideia de onde ele está... – Ele choramingou, se sentindo um inútil.
Dougie continuou se culpando pelo estado de null ter piorado e a se odiar por não ter deixado que as meninas ficassem em casa tomando conta dela, principalmente pelo fato de que null poderia ser muito útil naquele momento.
- Não sei se vai funcionar, mas vale a pena tentar. – Ele pensou alto depois de ter uma ideia.
Dougie pegou uma das lanternas e correu de volta para o quarto de null, tirando-a da cama em seus braços, com a pretensão de levá-la para a sala.
- Tenho que dar um jeito nisso. – Dougie posicionou null melhor em seus braços e deu um jeito de conseguir iluminar o caminho com a lanterna que estava em uma de suas mãos.
Quando conseguiu terminar de descer as escadas, Dougie colocou null deitada no sofá maior.
- Calma, você vai ficar melhor. – Dougie tocou no rosto de null, que tremia de frio. – Preciso acender a lareira e dar um jeito nisso.
Dougie acendeu a lareira e em seguida foi até seu quarto pegar alguns cobertores e passou pelo quarto de null, fazendo o mesmo. Voltando para a sala, fechou todas as janelas e cortinas para manter a casa aquecida, desligando as lanternas, que não eram mais necessárias, já que a lareira iluminava toda a sala.
- Acho que assim está bom... Prometo que você vai melhorar. – Dougie fez uma espécie de cama com as almofadas e cobertores perto da lareira, depois carregou null e tirou-a do sofá, colocando-a na cama improvisada, mesmo com medo daquilo tudo não dar certo. – O pior é que ela parece não reagir... – Dougie parou um pouco e teve uma outra ideia que poderia ajudar null a melhorar, mas tinha receio de ser repreendido pelo que iria fazer. – Mas ela pode ficar melhor assim... Deus sabe que eu tenho as melhores intenções com isso.
Dougie tirou toda a sua roupa, ficando apenas de cueca e deitou-se junto a null, de forma que seu corpo se encaixasse perfeitamente no dela.
- Tomara que dê certo... Eu estou aqui, vou cuidar de você e você vai ficar boa, prometo.
No Rock ‘n’ Bowl...
- Cantamos a música quase toda... – null sorriu ainda abraçada ao Tom.
- Fizemos um belo dueto... – Tom sorriu, deixando evidente sua covinha. – Até que você canta bem.
- Que elogio sem graça, parece até prêmio de consolação... – null rolou os olhos.
- Foi brincadeira... – Tom deu um selinho em null.
- Então, eu canto bem ou não? – null insistiu.
- Melhor do que cozinha. – Tom fez graça.
- Tom! – null se afastou do Tom, fazendo bico.
- Tô brincando! – Tom deu outro selinho em null, a puxando de volta para perto dele. – Canta bem e beija melhor ainda.
- Estou começando a achar que essas suas implicâncias são só para roubar alguns beijos. – null sussurrou, deixando Tom arrepiado.
- Como você adivinhou?
- Seu interesseiro!
- E é bom saber que você sabe cantar nossas músicas... – Tom comentou.
- Não sou fã do McFLY à toa...
- Só do McFLY? – Tom fez manha.
- Você sabe que é meu favorito. – null deu um sorriso meigo.
- Não sei, mas se você me der uns beijinhos, quem sabe eu acredite no que você está dizendo... – Tom se fazia de desentendido.
- Bobo! – null riu.
- Apaixonado e, para informação da senhorita, eu fico feliz só de poder ficar assim bem perto de você. – Tom suspirou um pouco triste.
- Você disse que sentia orgulho de mim... – Os olhos de null brilharam só de lembrar do que o Tom tinha dito anteriormente.
- Sentia não, sinto!
- Mas você não gostava de mim. – null relembrou o começo de McHouse.
- Não é que eu não gostasse, mas certas atitudes suas me distanciavam de você. – Tom se justificava.
- Me desculpa. – null esboçou um sorriso.
- Você não tem que se desculpar, você tem que se orgulhar de ter reconhecido seus erros, de ter consertado todos eles e de se orgulhar de quem realmente você é.
- Uma garota fútil e materialista? – null se sentia envergonhada.
- Não, uma garota linda, que comete erros, que tem defeitos e qualidades, como todo mundo, às vezes tem o olhar triste, às vezes faz coisas apenas por medo de não ser aceita, mas que talvez só precise ser amada e estar cercada das pessoas que realmente querem dar o amor que você precisa. – Tom sorriu.
- Tem certeza do que está dizendo?
- Com a mesma certeza do que eu sinto por você... – Tom afagou o rosto de null.
- Acho que devo boa parte do que sou hoje às meninas. – null deu de ombros.
- Eu diria que você deve isso a si mesma. A garota que vejo agora já existia há muito tempo, só precisava de uma oportunidade para poder se mostrar. – Tom disse.
- Pode até ser, mas as meninas bem que deram um empurrãozinho... – null se aproximou novamente do Tom.
- Eu sei, não estou desmerecendo o esforço delas, mas que grande parte dessa mudança se deve a você mesma, é uma verdade... – Tom realmente se sentia orgulhoso.
- Não sei como conseguia ser daquele jeito. null suspirou meio triste.
- Esquece isso... – Tom abraçou null, que apoiou a cabeça no peito dele e ele logo sentiu uma lágrima molhar sua camisa. – O que foi?
- Não é nada. – null tentou disfarçar.
- Não é nada de você realmente não ter nada ou não é nada que eu posso saber? – Tom segurou null pelos ombros, tentando decifrar suas expressões.
- Deixa pra lá...
- Você estava tão feliz, me conta o que aconteceu... Ou você chorou porque sentiu o cheiro do meu desodorante? Bem que eu disse para o Danny que estava vencido, mas ele... – Tom fazia graça.
- Ew! – null riu.
- Pelo menos eu consegui um sorriso... Me conta o que aconteceu, confia em mim. – Tom sorriu de modo compreensivo, segurando uma das mãos de null.
- Tom, os dias estão passando e você sabe que... – null estava com a voz embargada.
- É, eu sei... – Tom desviou o olhar do olhar de null.
- Não quero que você se sinta mal, mas... Quando eu vim pra cá, eu não imaginava que tudo isso iria acontecer, quando eu percebi o jeito como você reagia quando eu estava por perto, mesmo sendo por causa de algumas atitudes minhas, tive certeza que nada disso iria acontecer, mas as coisas mudaram, nós nos aproximamos e a cada dia que passa, eu estou mais ligada a você... – null chorava enquanto explicava. – Quando eu vim pra cá, era apenas uma fã, uma menina em busca de novas experiências para uma vida que já não tinha tanta graça, agora, sou uma mulher lutando para não perder o que conquistou.
- Eu te amo. – Tom sussurrou com a voz embargada.
- E o pior é que... – null se interrompeu ao ter percebido o que o Tom tinha dito. – O quê?
- Eu te amo. – Tom repetiu com a voz mais firme.
- Por favor, não diz isso se você não tem certeza... – null abaixou a cabeça.
- E você ainda duvida disso? – Tom sorriu, afagando o rosto de null, que parecia que estava com a respiração um tanto ofegante.
- Tom, por favor, não brinca desse jeito.
- Você acha que é brincadeira? Então me diz se isso é brincadeira... – Tom, sem perder tempo, envolveu null em seus braços e a beijou, não dando oportunidade para que ela pudesse argumentar.
Na sacada...
Um pouco acima da pista de dança, null e Danny, que haviam saído da mesa para deixar null e Harry um pouco a sós, conversavam sobre o clima de romance.
- Como eu disse, a null está realmente feliz e isso me deixa feliz. – null sorriu ao ver Tom e null dançando juntos.
- Com o Tom não é diferente, não o vejo assim há um bom tempo. – Danny também sorria.
- Formam um belo casal. – null comentou.
- Falando em casal, o que você me diz daqueles dois ali? – Danny apontou discretamente para a mesa onde null e Harry conversavam aparentemente tranquilos.
- Bom, eles estão demonstrando ser bastante orgulhosos, mas um dia eles se acertam... Não sei quando, mas vão se acertar sim. – null disse entre risos. – Alguém vai ter que dar o braço a torcer um dia.
- Se você não se incomoda, eu não estou tão interessado em conversar sobre esses quatro. – Danny sorriu malicioso.
- E sobre o que você quer conversar? – null sorriu em resposta ao sorriso do Danny.
- Eu realmente preciso responder?! – Danny se aproximou para beijar null.
- Que bom que você está interessado em outros assuntos, preciso conversar uma coisa com você... – null disse, estragando qualquer clima para beijo, deixando o Danny um pouco perdido.
- Então diz... – Danny se afastou um pouco, percebendo que o assunto era sério.
- Eu... – null ia começar o assunto, mas Danny a interrompeu.
- Já sei sobre o que você quer conversar! Sobre filhos!
- Filhos? – null franziu o cenho.
- É, os nossos filhos! Eu quero uma dúzia de mini-Jones... – Danny sorriu, imaginando.
- O quê?
- Se você está achando pouco, nós podemos ter uns vinte, minha mãe vai ficar super feliz... – Danny se divertia com as expressões de null.
- Como assim? – null continuava sem entender nada.
- Fica tranquila, eu já ficaria feliz se você me desse uma menininha com olhos tão lindos quanto os seus. – Danny sorriu carinhosamente para null, deixando-a ruborizada.
- É bom saber sobre o seu entusiasmo sobre ter filhos, mas o assunto aqui é outro, além de ser cedo demais para falarmos sobre isso... – null não acreditava na conversa que tinha acabado de ter com o Danny.
- Então fala, porque eu fiquei curioso...
- Danny, porque você me pediu em namoro? – null perguntou com receio da resposta.
- Porque eu gosto de você e porque eu não queria que você fosse só mais uma pra mim. – Danny olhava nos olhos de null.
- Você disse isso para todas as suas outras namoradas? – null parecia incomodada com algo.
- null, todas as namoradas que eu tive até hoje, tinham algo de especial, algo que me conquistou... Assim como você e eu estou com você agora, não tenho motivos para falar de “outras”. – Danny ficou confuso com aquelas perguntas.
- E, assim como com as outras, quando o interesse acabar, você vai me deixar? – null estava quase chorando.
- Em primeiro lugar, você não sabe porque eu terminei os meus outros relacionamentos e em segundo lugar, me diz onde você quer chegar com essa conversa, porque você está me assustando. – Danny segurava null pelos braços de frente pra ele.
- Me desculpa, estou confusa... – null desviou o olhar.
- Então me diz o que está te deixando assim, senão eu não vou poder te ajudar... – Danny insistiu.
null procurou as palavras certas a serem usadas, enquanto Danny permanecia em silêncio, esperando.
- Sempre fui apaixonada por você. Desde quando soube da existência do McFLY, você foi quem mais me encantou, seus olhos, seu sorriso, seu jeito brincalhão... – null sorriu com as lembranças daqueles primeiros momentos. – Quando dei por mim, percebi que não precisava estar de olhos fechados para sonhar com você. Mesmo de olhos abertos, eu chegava a lugares que eu nunca imaginei que meus sonhos pudessem me levar... Coisa de fã.
- Tem certeza? – Danny a ouvia atentamente.
- Eu não sei, acho que sim. – null deu de ombros. Achava que aquilo era comum, de certa forma. – Depois de um tempo, eu comecei a me sentir diferente, mesmo sabendo que existiam tantas outras garotas apaixonadas por você, algo dentro de mim dizia que eu estaria aqui vivendo tudo isso, que eu conseguiria o que muitas não conseguiram. – Ela enxugava discretamente suas lágrimas, tentando manter o controle. – A null era a única pessoa que ouvia meus sonhos e delírios apaixonados sem reclamar nem julgar, mas muitos riram de mim, tentando me desencorajar, até que eu parei de falar sobre isso.
- Mas não deixou de sonhar. – Danny parecia entender.
- Soubemos da promoção, fizemos o vídeo, vencemos... – null relembrava os momentos. – Nem me lembro quando foi a última vez que fiquei tão feliz.
- Posso até imaginar... – Danny sorriu.
- O pior é que você não pode... A felicidade foi além das expectativas! O que vivemos aqui foi além das expectativas. E o que realmente me incomoda, é que daqui a uns dias nós vamos sair pela mesma porta que entramos e vamos dar de cara com a realidade da qual estamos tentando fugir. – null tinha um leve tom de raiva na voz. – Por que vocês nos enchem de esperança?
- E porque você se refere a todas ao invés de se referir a você? – Danny olhava diretamente para null.
- Porque eu sei que todas nós vamos sofrer, algumas mais do que as outras, mas todas nós vamos sofrer. – null já imaginava o que poderia acontecer quando elas fossem embora.
- Olha, sem querer ser indiferente, mas já sendo, a null, a null e a null dizem respeito ao Harry, ao Tom e ao Dougie, minha questão é com você e só com você. – Danny ficou sério. – Os assuntos deles são os assuntos deles, os nossos assuntos são os nossos assuntos.
- Então me diz por que você me pediu em namoro, sabendo que esse namoro não iria durar mais que alguns dias? – null falava enquanto Danny permanecia em silêncio. – Por que me enche de esperanças, sabendo que não vamos ficar juntos quando a promoção terminar? Por que me faz acreditar que existe nós dois, enquanto as coisas não conspiram ao nosso favor? E porque você se aproximou de mim se, diante disso vou sofrer quando tiver que deixar tudo o que conquistei... Por que, Danny? Por quê?
- Porque eu queria que você fosse minha! – Danny aumentou o tom de voz, fazendo null se calar. – Porque no dia em que percebi que sentia algo diferente por você, não conseguia imaginar mais ninguém ao seu lado que não fosse eu!
- Mas nós não vamos poder ficar juntos...
- E você quer que eu desista de você? – Danny tentava fazer null acreditar no que ele sentia.
- Eu não... – null tentava argumentar.
- E nem que você me pedisse, eu faria isso. – Danny sorria, acariciando o rosto de null. – E tem mais uma coisa que você precisa saber...
- Será que o meu coração aguenta? – null brincou, tentando deixar toda a sua insegurança de lado.
- Eu te amo. – Danny segurou uma das mãos de null.
- Danny, não faz isso. Não me ilude ainda mais... – null tremia.
- Eu te amo! – Danny se aproximou de null.
- Daqui a alguns dias eu... – null estava nervosa por estar tão próxima da boca do Danny.
- Esquece daqui a alguns dias e viva o agora... – Danny disse e finalmente beijou null. A calma que aquele beijo trouxe a null fez com que ela finalmente começasse a acreditar que aquele romance com o Danny não ia terminar no momento em que ela saísse pela porta da McHouse. Naquele momento, ela finalmente se sentiu otimista.
Na mesa...
- Vocês são loucos! Cada coisa que vocês inventam... – null não acreditava no que tinha acabado de ouvir.
- Alguns momentos das turnês às vezes são chatos, temos que arrumar uma distração. – Harry ria.
- Tá, mas... Arremesso de meleca? – null ria.
- Ideias do Dougie. – Harry deu de ombros.
- Eu jurava que era do Danny... – null comentou.
- Hey, o Danny não é a única mente brilhante por aqui. – Harry disse com uma pontinha de ciúmes na voz.
- Desculpa, foi só um comentário... – null ainda ria, mas não tanto quanto antes.
- Gosto de quando você ri assim. – Harry sorriu carinhosamente para null.
- Estou feliz, hoje é uma noite especial. – null olhou rapidamente para a pista de dança e a sacada.
- Aproveitando que você está de bom humor, me diz o porquê do clima estranho entre nós no começo da noite... – Harry sorriu meio sem jeito de tocar naquele assunto.
- Não sei muito bem, mas me desculpe por aquela hora quando estávamos jogando boliche. – null colocou sua mão por cima da mão do Harry. – Não deveria ter agido daquela forma.
- Tudo bem. – Harry segurou firme a mão de null.
- Você queria me ensinar a jogar boliche enquanto ficou em último lugar na classificação geral... Desculpa dizer, mas você é muito ruim! – null tentava não rir.
- Obrigado pelo apoio! – Harry disse, fazendo null ter um novo ataque de risos.
- Disponha... – null continuava com as gracinhas.
- E o pior é que você tem razão. – Harry comentou enquanto null ficava praticamente sem ar de tanto rir.
- Eu sei disso! – null recuperava o fôlego. – E me desculpa pelo resto das coisas que eu disse ao longo da noite...
- Tudo bem! – Harry deu de ombros.
- É que às vezes você me tira do sério... – null justificou.
- Bom saber... – Harry disse sentando-se ao lado de null.
- Engraçadinho. – null riu sem jeito. – Já sinto saudades...
- De quê? – Harry não entendeu.
- De tudo isso aqui. – null abaixou o olhar.
- Nós podemos voltar outro dia. – Harry tentou animar null.
- Não é daqui que eu estou falando, estou falando da casa, de você, dos nossos momentos, estou com saudades até do dia em que fizemos o vídeo que resultou em tudo isso...
- Pensando no dia em que vocês vão embora, não é? – Harry pareceu entender.
- E teria como não pensar? Mesmo se eu adiasse, em algum momento eu teria que pensar nisso. – null encostou a cabeça no ombro do Harry.
- Mas precisava ser hoje? – Harry acomodou melhor null em seus braços.
- Como eu disse, não tinha como adiar. – null suspirou.
- Você quer conversar sobre isso? – Harry percebia o desconforto de null.
- Eu não sei... Acho que não. – null não queria ficar triste.
- Então tá. – Harry deu de ombros.
- Credo! Não vai nem insistir? – null olhava para o Harry.
- Você acabou de dizer que não queria falar! – Harry achava graça.
- Mas você podia ter insistido um pouquinho... – null fez bico.
- Eu já sabia que você queria conversar. – Harry beijou a bochecha de null. – Só não insisti porque eu queria ver a sua reação.
- Agora eu não vou falar mais nada! – null se afastou do Harry.
- null, para com isso... – Harry puxou null de volta para perto dele. – Você sabe que eu sempre estou disposto a te ouvir, agora deixa de ser orgulhosa e conversa comigo.
- Foi tudo tão rápido... – null resolveu falar depois de um tempinho.
- Ao que você se refere, exatamente? – Harry perguntou.
- Tudo! Desde o começo... – null sorriu. – Quando soubemos que tínhamos vencido a promoção, foi uma sensação indescritível! Achei que as saídas de som do meu computador iriam explodir de tantos gritos que demos durante aquela videoconferência.
- Que cena... – Harry sorria, imaginando.
- Era difícil acreditar que, de tantos vídeos, o nosso tinha sido o escolhido. Depois nós viemos pra cá, só que antes de chegarmos na casa, recebemos um monte de instruções de coisas que podíamos fazer e coisas que não podíamos nem pensar em fazer. – null riu fraco. – Tudo o que poderia acontecer na “rotina” que teríamos com vocês. Até o Fletch estava naquela reunião.
- Não duvido. – Harry comentou.
- Naquele dia, nós aceitamos tudo, sem nenhum tipo de objeção. Também, nenhuma de nós imaginava nem metade das coisas que aconteceram aqui. – null deu de ombros.
- E o que vocês esperavam? – Harry franziu o cenho.
- Chegar aqui, construir uma amizade com vocês, saber mais ou menos como vocês são no dia-a-dia, se divertir... – null ficou de frente para o Harry. – Ninguém imaginava chegar aqui e ficar exatamente com seu guy favorito, seria até pretensioso da nossa parte... Claro que cada uma de nós tinha suas esperanças, mas nós preferimos mantê-las em segredo, afinal, ninguém aqui queria ser rejeitada e o que já tínhamos era bom até demais.
- E porque tudo isso? – Harry parecia não entender.
- Harry, pensa comigo: Se, de todos nós, só um casal se formasse, isso seria normal. Como a null e o Danny, que foram os primeiros a se aproximarem, mas se formaram os quatro casais: null e Tom, null e Dougie, null e Danny, eu e você... Os pares formados do jeito que cada uma queria, isso é surreal! Acho que, se um dia contarmos tudo o que aconteceu, é capaz ninguém acreditar. – null desviou um pouco seu olhar do olhar do Harry.
- Você tem razão. – Harry riu fraco.
- Quando a gente tiver que ir embora e deixar tudo isso pra trás... – null abaixou a cabeça.
- Por que você pensa assim? – Harry lamentou.
- Porque é a verdade, nós vamos embora e vocês vão voltar para a vida que tinham antes. Depois de alguns dias, talvez meses, McHouse vai ser uma memória distante pra vocês dois. – null mordeu o lábio inferior, tentando não chorar.
- Pra quê tanta dureza? – Harry estava ficando triste.
- Só estou sendo realista... – null deixou uma lágrima escapar de seus olhos.
- Toma cuidado para que esse realismo não te destrua. – Harry enxugou a lágrima do rosto de null.
- Harry, uma das coisas que estavam escritas no contrato que nós assinamos e que nos foi recomendado antes de irmos para a McHouse, era para que não nos envolvêssemos com vocês e você sabe muito bem em que sentido eu estou falando. – null voltou a abaixar a cabeça.
- Você acha que um contrato ou o que pessoas disseram, vão me impedir de ficar com você? – Harry levantou o rosto de null.
- Diz isso agora que eu estou aqui... – null rolou os olhos.
- Está duvidando do que eu sinto? – Harry ficou sério.
- Não é isso, eu... – null tentou argumentar.
- Quem é que fica cantando enquanto cozinha? Músicas que eu não faço ideia de quem são, por sinal... O que chega a ser estranho. Quem tem um jeitinho de coçar o nariz que eu nunca vi igual? Que, se chorando é linda, sorrindo me deixa sem ar? E quem é que, com o passar dos dias, me conquista ainda mais? – Harry estava sendo sincero.
- Assim eu fico sem resposta. – null sorriu, bastante nervosa.
- Mas eu ainda não acabei. – Harry passou a mão no cabelo de null.
- Estou ficando sem jeito... – Sem perceber, null coçou o nariz exatamente da maneira que Harry tinha dito que gostava de ver, mais nervosa ainda.
- Essas são as palavras que eu achei que não diria por muito tempo até conhecer você... Pode parecer muito cedo para dizê-las, mas eu tenho certeza que vou me arrepender se não disser. – Harry disse, fazendo null o olhar apreensiva. – null, eu te...
- Por favor, não! – null interrompeu Harry.
- O que foi? O que fiz de errado? – Harry se assustou.
- Eu sei o que você queria dizer e eu não quero ouvir. – null tremia.
- Você não sente o mesmo por mim? – Harry abaixou a cabeça, sentindo-se um idiota.
- Não é isso... Se você disser, eu vou acabar acreditando e eu já estou envolvida demais com você. – null respondeu, triste.
- E qual é o problema disso? – Harry insistiu.
- O problema é que, quando eu estiver em casa, sentindo sua falta, você não vai estar lá para me confortar. Não quero me sentir como eu me sentia quando o Richard me decepcionava... – null estava triste pela reação do Harry, mas não queria mentir.
- Eu entendo que você ainda não esteja ou não se sinta preparada... – Harry se aproximou de null, olhando fundo em seus olhos. – Agora eu quero que você entenda uma coisa: Eu não sou o Richard.
Harry envolveu sua mão na nuca de null, fazendo com que suas bocas se encontrassem. null sentiu o hálito quente do Harry, que a deixava sem ação, ele não perdeu tempo e a beijou.
Na McHouse...
Dougie dormia tranquilamente com null, mas acordou assustado depois de um pesadelo.
- Não! – Dougie exclamou, levantando-se abruptamente. – Que pesadelo estranho, essa escuridão está começando a afetar minha cabeça... Pelo menos, eu não acordei a null... Acho melhor eu dar um jeito nessa lareira antes que o fogo apague.
Dougie se levantou desajeitado e cuidadosamente foi até a lareira enquanto null dormia tranquila.
- Até que não é tão ruim... – Dougie observava a sala iluminada apenas pelo fogo da lareira. – Ela parece estar melhor... Hey! Minha ideia deu certo! Eu sou demais!
Dougie comemorava a visível melhora de null e acabou queimando o dedo. Quando tentou sair de perto da lareira, quase caiu em cima de null e prendeu a respiração quando percebeu que ela estava quase acordando, mas ela não despertou.
- Que bom que agora está tudo bem, tive tanto medo que as coisas piorassem e você não reagisse. Agora eu só preciso ver esse seu sorriso lindo, que a minha felicidade vai estar completa. – Dougie afagava os cabelos de null quando percebeu que ela estava um pouco descoberta. – Deixa eu puxar um pouco esses coberto... res. – Dougie ficou meio sem jeito ao reparar que a camisola de null era um pouco transparente. – Eu... – Ele ainda olhava. – Não posso continuar olhando, não é certo.
Dougie fechou os olhos, mas era inegável que ele sentia um grande desejo por null.
- Meu Deus, como uma camisola pode mexer tanto comigo, ou melhor, o que está dentro da camisola... Estou pensando besteira demais, eu tenho que me controlar e a null merece respeito. Vou subir e tomar um banho frio... Bem frio!
Incomodado com seus pensamentos, Dougie pegou uma das lanternas e subiu para seu quarto sem olhar para trás, deixando null intocável na sala.
Algum tempo depois...
- Bem melhor! Só espero que, quando ver a null, tudo continue assim. – Dougie descia as escadas enxugando os cabelos e se assustou ao ver que null não estava deitada. – Cadê ela?
- Oi! – null se fez notar na sala.
- Onde você estava? – Dougie estava feliz por ver null acordada e bem.
- Na cozinha, acordei com fome. – null sorria.
- Morangos? – Dougie correspondeu ao sorriso de null.
- E eu tive escolha? – null disse, sentando-se onde estava deitada anteriormente, com uma tigela de morangos nas mãos.
- Se sente melhor? – Dougie sentou-se perto de null, jogando a toalha no sofá.
- Muito melhor do que quando eu fui dormir, mas tem algumas coisas que não estão fazendo sentido... – null olhava ao redor.
- Já imagino o que seja... – Dougie pegou um morango da tigela.
- Como eu vim parar aqui? E porque está tudo escuro? – null estava confusa.
- Não vai perguntar por que a lareira está acesa? – Dougie perguntou.
- É óbvio que é para iluminar e aquecer a casa... Quando eu fui na cozinha, estava frio por lá... O que foi? – null não entendia a reação do Dougie. – Eu não sou loira!
- Hey! – Dougie resmungou.
- Desculpa, eu quis dizer que eu não sou burra. – null tentou se defender.
- Como é? – Dougie cruzou os braços.
- Desculpa! Eu não quis dizer isso, eu quis dizer que eu não sou lenta! Quer dizer... Ah! Eu não sei mais o que dizer... – null se atrapalhava ainda mais.
- Você sabe que eu posso te processar por isso, né?! – Dougie arqueou a sobrancelha.
- Eu não tenho nada contra pessoas loiras, a null é loira e eu adoro ela, além de ser muito inteligente. – null deu de ombros.
- Só a null? – Dougie perguntou.
- Tem o Tom, que é um nerd fofo. – null sorriu.
- E sobra alguém? – Dougie se fez de desentendido.
- Acho que não, são só esses mesmos... – null brincou, deixando Dougie emburrado. – Hey!
- Só existem o Tom e a null... – Dougie fez birra.
- Eu estava brincando, você sabe que eu não iria me esquecer de você... Você é o meu pequeno, lembra? – null sorriu e abraçou o Dougie.
- Ai! – Dougie reclamou de dor.
- O que foi? – null perguntou assustada.
- É que você esbarrou no meu dedo... – Dougie sacudia a mão tentando aliviar a dor.
- O que aconteceu com ele? – null pegou delicadamente a mão do Dougie, tentando ver o dedo machucado.
- Eu queimei na lareira. – Dougie deu de ombros.
- Brincando com fogo, hein?! – null disse de modo brincalhão.
- Foi sem querer... – Dougie disse.
- Dizem que quem brinca com fogo... – null dizia.
- Acaba se queimando? – Dougie completou.
- Faz xixi na cama. – null riu ao corrigir.
- Ah, não precisa se preocupar, eu sempre durmo de fralda. – Dougie disse e acabou rindo da própria piada.
- Não está com frio? – null perguntou.
- Como? – Dougie não entendeu.
- Perguntei se você não estava com frio, já que você está só de cueca e com o cabelo encharcado. – null estava sem jeito por ter reparado no corpo do Dougie.
- Não, está tudo bem. – Dougie riu fraco. – Mas, mesmo que eu quisesse, não poderia vestir minhas roupas.
- Por quê? – null franziu o cenho.
- Porque eu não sei onde minha bermuda foi parar e você está usando minha camisa. – Dougie sorriu ao ver null usando sua camisa.
- Quando acordei, ainda sentia um pouco de frio e o que eu estava usando era um pouco fino demais. – null sorriu, disfarçando que tinha ficado ruborizada. – Posso tirar, se você quiser...
- Fica com ela. – Dougie disse.
- Mas... – null fez menção de tirar a camisa.
- Fica com ela. – Dougie insistiu. – Ficou ótima em você, talvez até melhor do que em mim.
- Então tudo bem... – null estava feliz com todo o cuidado do Dougie, mas estava nervosa por não conseguir parar de olhar para o corpo dele e saber que ele podia perceber aquilo a qualquer momento. – Você ainda não me respondeu o que eu te perguntei...
- O quê? – Dougie também estava entretido em seus pensamentos.
- O que tinha acontecido pra eu parar aqui... – null não estava tão preocupada com isso, mas precisava ocupar a mente com outros assuntos.
- Ah, sim! Eu explico. – Dougie se aproximou de null. – Estamos sem energia por causa de um blackout que eu não faço ideia de quando começou porque eu estava dormindo.
- Preguiçoso! – null brincou.
- O seu estado não era tão diferente do meu, preguiçosa! – Dougie disse, fazendo null rir. – Quer dizer, você não estava se sentindo bem.
- Vamos concluir que os dois não viram quando aconteceu o blackout. – null disse bem-humorada e Dougie concordou.
- O ruim disso é que o blackout aconteceu no bairro inteiro, aparentemente. – Dougie pareceu lamentar. – Pode ser que demore até a energia voltar.
- Pode ter afetado outros bairros? – null se preocupou.
- Talvez... Não tive como saber.
- Será que o pessoal está bem? – null imaginava o que poderia estar acontecendo. – Alguém ligou?
- Acho que não.
- Como assim, acha?
- Ligando ou não, não teríamos como saber, o telefone está descarregado e eu não me lembro de onde joguei meu celular. – Dougie explicava e a preocupação de null aumentava. – Fica tranquila, com certeza, o lugar onde eles estão deve ter algum tipo de gerador, eles vão ficar bem.
- Será?
- Está tudo bem, você não precisa ficar tão aflita, todos já são bem grandinhos e sabem se virar. – Dougie deitou null em seu colo.
- Ok, agora me explica como eu vim parar aqui. – null manteve o rumo da conversa.
- Isso é mais complicado... Quando eu acordei e percebi o que estava acontecendo, fui até o seu quarto para saber se você estava bem. Aparentemente, você parecia bem, mas quando cheguei mais perto e toquei em você, você estava gelada. Pela falta de telefone e qualquer outro meio de comunicação, acabei decidindo cuidar de você sozinho. Trouxe você pra cá, peguei alguns cobertores, montei essa “cama”, acendi a lareira, fechei as cortinas, deitei você aqui e... – Dougie parou de falar.
- E..? – null queria saber o resto e não entendia o porquê da hesitação do Dougie.
- Tirei a roupa e me deitei do seu lado. – Dougie disse com muito receio de ser repreendido, então tratou de se explicar. – Mas foi por uma boa causa, eu queria que você melhorasse logo e eu não tive ideia melhor.
- Você tirou a roupa e dormiu comigo? – null disse num tom que beirava a malícia. – É só eu dormir para toda ação acontecer.
- Para com isso... – Dougie ficou sem jeito.
- Tá bom, mas obrigada por ter cuidado de mim, você foi incrível. – null beijou a bochecha do Dougie.
- Então você está melhor mesmo?! – Dougie parecia querer aprontar alguma coisa.
- Graças a você. – null sorriu.
- Então eu tenho uma coisa pra te dar. – Dougie se afastou um pouco de null.
- O quê?
- Morango! – Dougie disse, esfregando um morango no nariz de null. O morango, por estar bem maduro, acabou sujando o rosto da garota.
- Ah, então é guerra, né?! – null pegou a tigela com morangos.
- Não, era só uma brincadeira. – Dougie tentava se defender de null que se aproximava cada vez mais.
- Eu vou te mostrar a brincadeira... – null jogava os morangos no Dougie.
- Não, null, me desculpa! Eu não faço mais, juro! – Dougie ria muito.
- Agora é tarde! – null insistia.
- Mas deixa eu me defender... – Dougie ainda ria.
- Você não me deu oportunidade de defesa. – null estava praticamente em cima do Dougie.
- Eu tenho esse direito. – Dougie relutou.
- Então tenta!
- E agora? – Dougie segurou os braços de null.
O silêncio tomou conta da sala. Dougie não se defendia e null não atacava. Os dois apenas se olhavam como se quisessem descobrir algo sobre o outro. Como se um imã os atraísse, os dois se aproximavam até o beijo finalmente acontecer.
- Por favor, para. – Dougie se afastou bruscamente de null. – Eu não posso.
- O que aconteceu? – null parecia assustada.
- A gente não pode continuar. – Dougie se afastava ainda mais.
- O que eu fiz de errado? – null procurava um motivo para tudo aquilo.
- Nada! O problema aqui sou eu... Acho melhor eu ir para o meu quarto. – Dougie disse indo em direção à escada.
- Fica. – null pediu com o olhar triste.
- Sinto muito, mas eu não posso ficar. – Dougie continuou andando.
- Se foi por causa dos “pensamentos impróprios”, saiba que eu também os tive. – null disse, fazendo com que Dougie parasse de andar. – Eu sei o que você pensou porque eu não sou indiferente a isso, você não percebeu como eu estava olhando pra você? E eu sei que você está com medo de que os nossos beijos acabem indo além de apenas beijos. – Ela andou até onde o Dougie estava, mas ele continuava de costas pra ela.
- Não, null, você não sabe... Eu sou homem e... – Dougie tentava explicar.
- E você tem algum desejo por mim? Está com medo do que pode fazer?
- Eu não... – Dougie tentava falar.
- Pois não deveria! Eu quero tanto quanto você. – null tocou levemente nas costas do Dougie.
- Eu fiquei aqui para cuidar de você e não posso fazer isso porque você está doente. – Dougie tentava resistir.
- Não coloca a culpa no mal estar que eu senti mais cedo, você sabe e está vendo que eu estou perfeitamente bem! – null se sentia rejeitada.
- Bem ou não, eu vou para o meu quarto. – Dougie subia as escadas. – Espero que me entenda.
- Não, eu não entendo! – null se colocou na frente do Dougie.
- null, não insiste... – Dougie não sabia se ia conseguir resistir por mais tempo.
- Diz que não me quer e eu deixo você ir para o seu quarto. – null colocou as mãos na cintura.
- Garota teimosa. – Dougie desistiu de resistir.
Dougie pegou null em seus braços e a levou de volta para onde eles estavam anteriormente. null quase não acreditava no que acontecia, Dougie tocava seu corpo com bastante cuidado e carinho. Para eles dois, o momento era pura e simplesmente mágico, um se entregando completamente ao outro, tornando-se um só.
No Rock ‘n’ Bowl...
Na mesa, todos conversavam animadamente.
- null tem cara de que gostava de batucar desde criança. – Danny comentou.
- Minha mãe já me disse que eu ficava batucando a casa inteira quando eu era menor... – null sorriu.
- Se eu não fosse baterista, eu seria dançarino. – Harry disse, fazendo trejeitos com o pescoço.
- Falou a rainha da dança... – Tom rolou os olhos, fazendo null ter um ataque de risos.
- E o que o Danny seria se não mexesse com música? – null perguntou.
- Palhaço! É só olhar para a cara dele que você morre de rir. – Tom riu, contagiando os outros.
- Engraçado... Muito engraçado Mestre Yoda. – Danny rolou os olhos.
- A null riu. – Tom apontou para null, que ria muito.
- Até você, null?! – Danny cruzou os braços.
- Desculpa, meu amor, mas eu não resisti. – null se defendeu ainda rindo.
- Hummmm... Meu amor. – Harry e Tom disseram maliciosamente.
- Vocês também não ficam atrás. Eu vi quando vocês dois estavam no maior love com as meninas. – Danny se defendeu e concluiu imitando os amigos: - Seus amores, hummmm.
- Hey! Vocês são o McFly, não é?! – Três garotas tinham se aproximado da mesa onde todos estavam.
- “Não, eles são o Metallica, vocês não estão vendo? Olha o James Hetfield bem aqui do meu lado!” – null pensou, já supondo do que se tratava.
- Na medida do possível. – Danny disse todo charmoso.
- Na medida do possível... Idiota. – null resmungou em um canto.
- Nós somos grandes fãs! – Uma delas disse muito animada.
- E nós estamos aqui. – null sorriu cinicamente, mas foi ignorada pelo resto.
- Podemos nos juntar a vocês? – A mesma garota perguntou, praticamente sentada em uma cadeira vazia que ela encontrou na mesa mais próxima e tinha aproximado da mesa dos Guys em um movimento rápido, fazendo parecer que a cadeira estava ali o tempo todo.
- Na verdade... – null ia responder, mas o Tom a interrompeu.
- Claro que podem!
- Hoje eu vou presa... – null resmungou, querendo torcer o pescoço do Tom.
- Onde está o Dougie? Ele é tão fofo! Ele ainda está solteiro?! – Uma delas sorriu maliciosamente.
- É, garotos, respondam às meninas... – null entrou na conversa, falando de modo ameaçador.
- Ér... O Dougie ficou em casa, precisou cuidar da null, uma das garotas que venceram a promoção. – Danny explicou, fugindo do assunto sobre o Dougie estar solteiro ou não.
- Ah, vocês estão aí, meninas! Nem percebemos! – Uma disse e as três riram.
- Fiquem tranquilas, também não percebemos vocês... – null disse de modo irônico.
- Meu Deus! Como somos desastradas! Nem nos apresentamos... Eu sou a Angie, a ruivinha ali é a Samantha e a morena é a Maggie.
- Elas estão se apresentando ou estão se jogando pra cima deles? – null comentou baixo com null, que rolou os olhos, percebendo a mesma coisa.
- Dan, eu adoro o jeito que você toca, amo suas tatuagens e, particularmente, eu acho as suas pintas um charme. – Angie disse, mordendo o lábio inferior. – São pelo corpo todo?
- São sim, você é bastante observadora. – Danny sorriu simpaticamente.
- “’Bastante observadora’... Não vou aguentar isso...” – null já estava irritada com tudo aquilo.
- Nada contra você, Danny, mas eu prefiro o Harry. É um ótimo baterista... Bem que você poderia me dar umas aulinhas, né?! – Samantha olhou fixamente para o Harry.
- Pra isso existem escolas de música e aulas de bateria. – null resmungou e se controlava para não fazer nenhuma besteira, pois aquela situação já estava tirando sua paciência.
- Apesar de gostar muito do Dougie, eu também gosto muito de você. – Maggie colocou a mão sobre o ombro do Tom. – Posso pedir uma coisa?
- Pode sim. – Tom assentiu sorrindo.
- Posso tocar sua covinha? – Maggie pareceu eufórica.
- Pra mim já chega, vou sair daqui. – null disse e se levantou da mesa.
- Somos duas. – null a seguiu.
- Eu que não vou aguentar isso aqui. – null fez o mesmo.
- “Vocês são tão simpáticas!” – null imitava ironicamente a última coisa que ouviu ao se levantar da mesa.
- Eles estão muito engraçadinhos pra cima daquelas lá. – null não conseguia esconder seus ciúmes.
- Mas elas são fãs e nós temos que respeitá-las. – null queria entender.
- E nós passamos a fazer parte da vida deles, eles têm que nos respeitar também. – null não escondia seu incomodo e null concordou com um aceno de cabeça.
- Elas também são parte da vida deles, são fãs assim como nós e todas sabemos que eles são super simpáticos com os fãs. – null deu de ombros.
- Pois é. – null suspirou.
- Não seria justo eles mudarem o comportamento com os fãs por nossa causa. – null concluiu, rindo fraco.
- Ninguém aqui está pedindo para que eles mudem, mas é complicado. – null deu de ombros.
- Chega desse assunto! Não quero mais ouvir falar sobre isso. – null quis encerrar o assunto e abraçou null de lado. – Hoje é um dia especial e temos que aproveitar.
- Até parece que você não está doidinha pra voltar para aquela mesa... – null provocou.
- Seria uma boa acabar com aquela festinha. – null riu de maneira malvada.
- Vocês não prestam... – null disse entre risos.
- E você nos ama. – null disse beijando a bochecha de null.
- Esse foi o melhor aniversário que eu já tive. – null sorria enquanto null e null olhavam para a pista de dança.
- Se for para nos fazer chorar, nem comece. – null riu.
- O que eu posso fazer se vocês são demais?! – null deu de ombros.
- Eu sei. – null deu de ombros. Não estava muito modesta aquela noite e ela não sabia o porquê nem se aquilo era bom ou não.
- O Tom pode ficar com ciúmes disso, hein?! – null disse em tom brincalhão.
- Como se ele estivesse muito preocupado comigo no momento. – null deu uma rápida olhada na mesa, onde a conversa parecia bem animada.
- O bom é que esse dia rendeu boas fotos. – null comentou, já tendo ideias do que fazer com aquelas fotos.
- Que fotos? – null perguntou.
- As nossas fotos que eu tirei com a câmera do Tom e vou mostrar à null amanhã. – null respondeu.
- E, por acaso, a câmera que você se refere é aquela que uma das garotas está segurando? – null disse fazendo null e null olharem para a mesa, onde uma das fãs estava com a câmera do Tom nas mãos.
- Elas estão olhando nossas fotos? Como eles podem ter deixado essas garotas pegar a câmera? – null balançou a cabeça negativamente.
- Eu sei a sequência exata daquelas fotos e se uma delas for excluída... – null respirou fundo, tentando se controlar.
- Pode deixar, eu mesma mato as três. – null rolou os olhos. – Com as minhas próprias mãos!
- Meninas, é impressão minha ou aqueles três estão olhando para cá? – null comentou discretamente ao perceber três rapazes que estavam na pista de dança.
- E eles acabaram de acenar. – null disse, ficando nervosa.
- Pelo visto, os guys não são os únicos que têm fãs por aqui. – null sorriu maliciosa e acenou de volta.
- Estão nos chamando para dançar. – null olhou rapidamente para null e null, sem saber o que fazer.
- Até que não é má ideia, não estamos fazendo nada mesmo... – null disse, dando de ombros e olhando para as garotas, esperando que elas decidissem o mesmo.
- Ficou maluca?! Nós nem os conhecemos! – null disse. Normalmente, aquele não seria seu comportamento, mas ela não sabia quais seriam as consequências daquilo.
- E..? – null arqueou a sobrancelha.
- Eles podem ser doidos, psicopatas, malucos, tarados, sequestradores, doidos... – null parecia assustada.
- E eles vão nos sequestrar no meio da pista de dança? – null perguntou, observando que a pista de dança estava cheia.
- Tudo é possível. – null deu de ombros.
- null, isso tudo é só preocupação porque nós não conhecemos aqueles caras ou é outra coisa? – null perguntou.
- O Tom pode não gostar, o Harry também... – null disse, fazendo null rolar os olhos. – O Danny pior ainda, afinal, ele e a null estão oficialmente juntos.
- É verdade, eles podem não gostar... – null concordou com o ponto de vista da prima, mas também tinha seu argumento. – Aquelas garotas sentaram na nossa mesa, ocuparam o nosso espaço, as horas estão passando e são elas que estão lá se divertindo com eles. Mesmo não gostando, nós os respeitamos e você acha que eles vão ser sacanas ao ponto de discutir ou qualquer coisa assim apenas porque decidimos aproveitar a noite enquanto eles estão por lá? Nem moral pra isso eles vão ter.
- Mas, null, elas são fãs e eles têm que dar atenção a elas. – null tentava acalmar a prima.
- Elas são fãs e nós somos o quê? Se você percebeu, já faz um tempão que nós saímos daquela mesa e ninguém se abalou para vir saber se estamos bem. – A chateação de null era mais do que evidente.
- Eles estão ocupados... – null abaixou a cabeça, finalmente concordando com o que null tinha acabado de dizer.
- Nós não vamos brigar por isso. – null disse firmemente. – null, você sabe que nenhuma de nós iria dançar com um daqueles caras, do jeito que as coisas estão, não sei se poderíamos confiar e, em relação aos Guys, se é lá que eles acham que devem ficar, que assim seja. Pronto, fim de papo. – null disse, mais uma vez, terminando a discussão.
- O pior é que nem dá mais para dançar, os garotos sumiram. – null brincou, mudando de assunto.
- Cansaram de nos esperar. – null deu de ombros.
- Parando para pensar, eu acho que conheço aqueles garotos de algum lugar... – null disse, tentando se lembrar de onde tinha os visto antes.
- E você resolveu lembrar agora que eles não estão mais por perto? – null perguntou.
- Ah, esquece! Foi algo vago. – null deu de ombros. – E quem disse que não dá mais pra dançar? Os garotos sumiram, não a pista de dança!
Na mesa...
- Nós sabíamos que vocês eram engraçados, mas confesso que estou surpresa. – Angie comentou depois de uma brincadeira que os Guys tinham feito.
- Vocês que são muito gentis. – Tom respondeu educadamente.
- Realmente é muita gentileza da parte delas, pois o único engraçado aqui sou eu. – Danny se gabou.
- Segura sua onda, Jones, se a null ouvir você falando desse jeito, praticamente dando em cima dessas garotas... Lembra que agora vocês são namorados? – Harry falou baixo, provocando o Danny.
- Por falar na null, onde será que aquelas três se meteram? – Tom, que tinha ouvido o que o Harry tinha dito, olhava ao redor.
- Já tem um tempo que elas saíram da mesa e ainda não voltaram... Será que ficaram chateadas? – Danny ficou confuso e teve receio de que acontecesse uma briga entre ele e null.
- Acho que não. – Tom respondeu aparentemente tranquilo.
- Espero que não – Harry temia um novo desentendimento com null.
- Meninos, sem querer interromper a conversa de vocês, mas já interrompendo... – Angie sorriu para o Danny. – Aquelas garotas que estavam aqui quando chegamos ainda vão voltar?
- Vão sim. – Tom respondeu.
- É que faz um tempinho que elas saíram, exatamente quando nós chegamos. – Samantha sorriu sem jeito.
- Elas ficaram incomodadas com a nossa presença? – Maggie parecia feliz com a possibilidade.
- Com certeza não, elas não ficam incomodadas com tão pouco. – Tom respondeu, juntando algumas peças e finalmente entendendo o propósito daquelas garotas.
- Porque nosso objetivo nunca foi esse. – Samantha deu de ombros.
- Por falar em garotas, se vocês nos permitem, podemos perguntar uma coisa? – Maggie disse com um ar curioso.
- Mais perguntas? – Tom sorriu de lado.
- É um assunto mais pessoal... – Samantha disse.
- Perguntem, não temos o que esconder. – Danny brincou.
- Vocês ainda estão solteiros? – Maggie e Samantha sorriram convidativamente.
- É, Danny, você está solteiro ou já conseguiu uma namorada? – Angie sorriu maliciosamente enquanto os Guys se entreolhavam.
Na sacada...
- Acho que vou ao banheiro... – null comentou entediada.
- E você sabe onde fica? – null perguntou.
- Qualquer coisa eu peço informação, se eu não sei, alguém aqui deve saber. – null deu de ombros.
- Quer que a gente vá junto? – null sugeriu.
- Não precisa, o que eu vou fazer lá, posso fazer sozinha. – null brincou, fazendo null e null rirem, enquanto se afastava.
- Oi! – null disse ao voltar do banheiro.
- Que susto, garota! – null disse, colocando a mão sobre o peito.
- Eu sei que não sou bonita, mas não precisa destruir o pouco de autoestima que ainda me resta. – null disse, aproximando-se de null que observava algo atenciosamente.
- Desculpa, null, o susto não tem a ver com você. – null se justificou.
- É esse monte de gente lá embaixo. – null parecia confusa apontando para a saída.
- Nossa! – null disse ao perceber tantas pessoas amontoadas em um único lugar sem nenhum motivo aparente para estarem ali. – É muita gente... Será que é alguma briga?
- O pior é que não sabemos, parece que as pessoas querem sair, mas não conseguem, ou alguém não quer deixá-las sair. Seria normal as pessoas irem embora, mas todas de uma vez só e aflitas... – null procurava um motivo. – Isso tudo não é saudade de casa.
- Faz muito tempo que isso está acontecendo? – null perguntou.
- Só percebemos agora, mas tem muita gente aqui que ainda não sabe da confusão que está acontecendo. – null respondeu, olhando ao redor e percebendo que as pessoas que estavam no mesmo pavimento que elas estavam aparentemente tranquilas.
- E o que vocês estão esperando para descobrir o que está acontecendo? – null perguntou como se aquilo fosse óbvio.
- Como se a gente fosse conseguir alguma informação com essa confusão toda... – null disse, justificando a não procura de informações.
- Pois eu vou lá e ainda vou descobrir o que está acontecendo. – null disse, bastante confiante... Ainda efeito da grande dose de modéstia daquela noite. Ela começava a pensar que o refrigerante que ela tinha bebido enquanto jogava boliche estava batizado.
- Você enlouqueceu?! – null riu debochada.
- A null tem razão, é muito perigoso ir até lá. – null concordou, percebendo que não iria lá.
- Mas vocês nem sabem o que está acontecendo, vai que é uma coisa no estacionamento ou com um dos carros... – null se justificava.
- Ou você pode estar apenas curiosa para saber o que está acontecendo. – null arqueou a sobrancelha. Conhecia null o bastante para dizer aquilo.
- E existe algum problema nisso? – null retrucou.
- Se você acha bom colocar sua vida em risco... – null deu de ombros.
- Então pode ficar aqui olhando. – null disse e correu em direção à escada que era o principal acesso à toda aquela confusão na saída.
- Que doida! – null comentou diante da atitude da prima.
- Doida que, aparentemente, não vai durar muito tempo ali. – null balançou a cabeça negativamente, observando a prima descer às escadas.
- Por quê? – null perguntou desatenta, depois viu ao que null se referia.
- null! – As duas gritaram ao mesmo tempo, tentando adverti-la.
- Não me atrapalhem, estou quase chegando! – null não dava muita importância ao chamado das primas.
- null! – null e null voltaram a gritar.
- “Por que elas ficam me chamando?” – null se perguntava mentalmente, sem parar de andar, nem procurar saber o que as primas queriam. – “Aposto que elas vão me fazer milhares de perguntas quando eu voltar pra lá...”
- null! – Elas voltaram a gritar.
- O QUE É?! – null se virou irritada, olhando para as meninas.
Em resposta, null apenas apontou para uma multidão que descia às escadas e iam em direção ao lugar onde null estava. null olhou nervosa para o lugar indicado por causa das expressões que suas primas tinham.
- Ah, meu Deus! – null entrou em pânico quando viu o avalanche de pessoas que se aproximava muito rápido.
- Corre, null! – null gritou.
- É, corre que faz bem pra saúde! – null ria da prima.
- Putz, nem me lembro da última vez que corri tanto assim... – null comentou ofegante quando chegou perto das meninas.
- Eu avisei que não ia dar certo... – null repreendeu a prima.
- Ok, eu já entendi. – null tentava recuperar o fôlego. – Mas precisava todo mundo descer de uma vez só?
- Conseguiu descobrir alguma coisa? – null perguntou.
- Nem consegui chegar lá. – null riu baixo, soltando o cabelo e fazendo um coque alto, afastando o cabelo da nuca que estava suada.
- Hey! – null chamou a atenção de um rapaz que passava.
- Olha, gata, você é linda, mas o clima não está muito bom pra esse tipo de coisa. – O rapaz disse em resposta à null.
- E quem você pensa que é pra falar assim? – null se irritou com aquela atitude, tirando seu casaco e amarrando-o em sua cintura de modo um tanto violento.
- Algum problema? – Outro rapaz se aproximou da confusão que estava prestes a se formar ali.
- Aí depende. Se você for amigo desse aí... – null fuzilava o rapaz com o olhar.
- Na verdade, ele é meu irmão. – O rapaz respondeu e null soltou um suspiro impaciente.
- Bem, é que eu queria pedir uma informação e... – null explicava, mas foi interrompida pelo irmão do tal rapaz.
- ... E suponho que o meu irmão foi bem inconveniente. – O rapaz completou, dando leves tapas no ombro do irmão.
- Bom, ele pensou que eu estava dando em cima dele ou algo assim... – null continuava sem entender.
- O que foi ridículo da parte dele. – null comentou.
- É, meu irmão tem esse dom. Quando está bêbado então...
- Percebemos isso. – null rolou os olhos.
- Bom, vocês queriam uma informação...
- Nós queríamos saber o que aconteceu, qual é o motivo de toda essa confusão... – null explicou.
- Até onde sabemos, aconteceu um blackout na cidade.
- E quando isso aconteceu? – null se preocupou.
- Há duas horas, talvez... – O rapaz disse sem muita certeza.
- Meu Deus, a null... – null se preocupou na hora e abaixou a cabeça, tentando se concentrar e pensar numa maneira de falar com Dougie ou null.
- Você está bem?
- Estou sim, só fiquei meio... Caramba, eu tenho que fazer alguma coisa... – null se interrompeu e foi em direção à mesa onde os Guys estavam.
- Vocês sabem o que aconteceu com ela? – O rapaz perguntou às meninas, completamente confuso.
- Ela deve ter ficado preocupada com a null... – null supôs, olhando como a prima andava apressada em direção à mesa.
- Frescura...
- Damon! – O rapaz repreendeu o irmão. – Desculpa, meninas...
- Tudo bem... – null se interrompeu por não saber o nome do tal rapaz.
- Justin, meu nome é Justin. – Ele disse, estendendo a mão para null e os dois se cumprimentaram. – Esse idiota é o meu irmão, Damon.
- Bom, eu sou a null, essa é a null e aquela que acabou de sair é a null. – null se encarregou de fazer as apresentações.
- E a null ficou preocupada com a nossa prima. – null explicou.
- Pura frescura... – Damon voltou a falar, rolando os olhos.
- A null ficou preocupada pois nossa prima passou mal antes de virmos para cá, então procure saber antes de falar. – null se irritou.
- Ok, foi mal, vou ficar calado. – Damon ficou sério.
Na mesa...
- Alguém me empresta o celular, por favor? – null pediu nervosa.
- Esqueci o meu no carro, null. – Danny disse depois de procurar nos bolsos.
- O meu está aqui, mas está quase descarregado. – Harry mostrou o celular para provar que estava quase descarregado mesmo.
- Serve. – null pegou o celular rapidamente e se afastou da mesa.
- Será que aconteceu alguma coisa? – Tom perguntou preocupado.
- Acho que alguém deveria procurar saber... – Angie disse, mas não queria que alguém, principalmente o Danny, fosse procurar saber o que estava acontecendo.
- Eu vou lá. – Harry levantou e Samantha chutou o tornozelo da Angie por debaixo da mesa.
- Desligado? Como assim? Alguém pode ligar essa droga de telefone?! – null já estava entrando em desespero.
- null? – Harry tocou no ombro de null, que se assustou. – O que aconteceu? Por que você está assim?
- Estou preocupada com a null e não estou conseguindo ligar para a McHouse e nem para o celular do Dougie. – null explicou.
- Tá, mas precisa entrar em desespero assim? – Harry ainda não entendia toda aquela agitação.
- E você queria que eu entrasse em desespero como? – null ficou quieta e percebeu que o celular do Harry tinha desligado.
- Eu só não vejo motivo para você ficar assim. A null não está sozinha e o Dougie deve ter deixado o celular desligado ou deve estar descarregado... O telefone da casa também. – Harry tentou justificar tudo e tranquilizar null.
- Mas quem garante que ela não está precisando de nada?
- Se estivesse precisando, nós saberíamos.
- Como saberíamos, se está tudo descarregado, assim como você acabou de falar?
- null, existe algo chamado energia elétrica e...
- E quando essa energia elétrica simplesmente para de ser conduzida para a casa das pessoas?
- Como assim?
- Está acontecendo um blackout na cidade, Harry. Agora, se a null estiver precisando de alguma coisa ou se ela tiver piorado, ninguém vai ficar sabendo. – null entregou o celular para o Harry e andou em direção à saída.
- Pra onde você está indo? – Harry a seguia.
- McHouse. – null respondeu sem parar de andar.
- Você não pode ir sozinha. – Harry segurou o braço de null, fazendo-a parar de andar.
- Então vamos juntos. – null propôs simplesmente.
- Não vamos sair daqui, não se sabe o que está acontecendo lá fora e você não pode correr esse risco. – Harry disse de modo severo.
- Tá bom então... – null riu debochada. – Tá tão difícil assim perceber a minha aflição?
- E você acha que agir dessa maneira vai ajudar em alguma coisa?
- Só vou saber se ao menos tentar. – null disse e desceu rapidamente às escadas que davam acesso à porta da saída.
Quando chegou perto da porta, um segurança barrou-a dizendo que, por razões de segurança, ninguém poderia sair do estabelecimento até a energia voltar ou até o nascer do sol. null subiu às escadas e percebeu que o Harry tinha visto tudo.
- E então, satisfeito? – null perguntou com raiva. Harry nem teve tempo de dizer nada, pois null se afastou rapidamente e foi para um canto, onde ficou de braços cruzados.
- Dá pra parar com isso e agir com maturidade? – Harry perguntou ao se aproximar.
- Agora eu sou imatura?
- Você não é imatura, só está agindo de modo imaturo.
- Oh, então me desculpe por ser uma criança preocupada... – null disse, fazendo gestos exagerados. – Não se preocupe comigo não, eu não vou sair daqui, por mais que eu queira.
- Mas...
- Não precisa dizer mais nada não, pode voltar para a mesa, onde você estava se divertindo com “garotas maduras”. – null estava mais chateada do que antes e queria muito ficar sozinha. Harry não queria piorar as coisas, então resolveu voltar para a mesa.
Na McHouse...
- Será que a energia voltou? – null perguntou, ainda deitada, abraçada com o Dougie.
- Por aqui não, né?! Senão já veria a luz da rua ou alguma lâmpada daqui da casa acesa. – Dougie tentava ver algum sinal de luz através das cortinas que haviam sido abertas novamente.
- E lá onde o pessoal está?
- Acho que, se tivesse voltado por lá, eles teriam dado um jeito de voltar pra cá. – Dougie disse sem muita certeza e um tempo de silêncio se seguiu.
- Doug, olha só! – null pegou duas lanternas e imitou jogos de luzes, refletindo-as no teto.
- O que é isso? Parece um tipo de rave silenciosa... Dá até pra imaginar a música. – Dougie fez uma dancinha estranha, que pareceu mais estranha ainda por ele estar deitado.
- Você gosta, né?! – null ria muito.
- Se você estiver ao meu lado, qualquer lugar é bom. – Dougie disse, fazendo null parar de rir.
- Sério?! – null perguntou, virando-se para o Dougie.
- Claro que sim. – Dougie ficou de frente para null e respirou fundo antes de continuar falando. – Não dizem que qualquer lugar se transforma no paraíso quando se está ao lado de quem a gente ama?
- O quê? – null não acreditava no que tinha acabado de ouvir.
- Eu disse que qualquer lugar... – Dougie achou que null não tinha ouvido.
- Não, eu ouvi, só não... – null não sabia como se expressar.
- Por via das dúvidas, eu resumo tudo: Eu te amo, null Wilkinson.
- Dougie, eu...
- Ah, eu não acredito que você não ouviu... – Dougie sabia que null tinha ouvido, mas resolveu levar na brincadeira. – Eu estou dizendo que eu...
Dougie foi interrompido por um beijo de null, que tinha ficado muito feliz com o que tinha ouvido e também começou a ter esperanças que, por mais que McHouse terminasse, o que eles viviam ali continuaria por um bom tempo.
No Rock ‘n’ Bowl...
- Ok, não entendo como o destino age... Eu tinha uma banda até um tempinho atrás e só agora eu consigo conhecer um produtor musical. – null ainda conversava com Damon e Justin. null tinha ido procurar null, já que ela não tinha voltado para contar o que aconteceu.
- Como assim, tinha uma banda? – Justin perguntou.
- É que a banda se separou... – null ainda tinha uma certa dificuldade em lidar com aquilo e sabia que quando voltasse pra casa, seria pior ainda.
- Aposto que você era a vocalista. – Damon disse firmemente.
- Como você sabe disso? – null se impressionou com tanta certeza.
- Pelo seu jeito. Você é comunicativa, tem uma voz bonita, como se tivesse feito algumas aulas de canto ou correção vocal... Coisas assim. – Damon deu de ombros.
- Eu achei que esse seu “poder” falhava quando você bebia... – Justin disse descontraído.
- Você também tinha observado isso? – null perguntou.
- Tinha. Só tenho dúvidas sobre seu estilo musical... – Justin disse naturalmente.
- Pois é, eu também tenho essa dúvida... – Damon disse pensativo, observando null. – Você oscila entre o Rock e o Pop.
- Eu tinha uma banda de Rock, eu cantava e tocava guitarra.
- Percebi que você toca porque suas unhas estão bem aparadas e também por causa da sua pulseira. – Damon apontou para a pulseira que null usava em seu pulso esquerdo que tinha como pingente, uma guitarra.
- Mas você tem corpo de dançarina. – Justin não entendia esse ponto.
- Bom, eu gosto de dançar, isso serve? – null comentou bem-humorada.
- Serve sim. – Justin riu.
- Caramba, adorei essa “análise”, apesar de ter me assustado um pouco. – null ainda estava impressionada.
- Pronto, voltei. – null se fez notar.
- E então? – null ficou curiosa.
- Meninos, se vocês não se importam, eu gostaria de falar com a minha prima em particular. – null não queria falar coisas pessoais na frente de desconhecidos.
- Ah, tudo bem. – Justin assentiu compreensivo.
- À vontade. – Damon deu de ombros.
null e null se afastaram de onde Justin e Damon estavam e null contou tudo o que null tinha dito.
- Então quer dizer que a null ficou irritada com o Harry porque não podia sair daqui? – null perguntou.
- Não foi bem por isso, ela se irritou porque acha que o Harry não está se importando com o estado da null, também por ele ter dito que ela estava sendo imatura. – null corrigiu.
- Deve ter sido porque ela se afastou...
- Exatamente por isso. – null disse. – Devo confessar que eu achei engraçado quando a null imitou o Harry falando “você não é imatura, só está agindo de modo imaturo”.
- E você fica mais engraçada ainda tentando imitar tudo isso. – null riu e null mostrou a língua, fazendo a prima rir mais ainda.
- Olha, a null está bastante irritada, eu sei. – null se recuperava dos risos. – Depois eu vou lá falar com ela, porque ela está indo para a mesa agora mesmo.
As duas pararam para observar o que a prima iria fazer, já que ela andava decidida e tinha soltado o cabelo.
Na mesa...
- Tom, você está com a câmera por aí por perto? O tédio já está me consumindo. – null parecia descontraída, mas falava como se apenas Tom e Danny estivessem ali.
- Aqui. – Tom entregou a câmera para null. – Onde você estava?
- Ali perto da janela. – null tentava ver o estado da bateria da câmera. – Acho que tem algum outro lugar com geradores e estão ouvindo música há um tempinho, aí eu estou aproveitando o som.
- Perto daqui?
- O que, Dan?
- O som vem de perto daqui? – Danny reformulou sua pergunta.
- Olha, não está tão perto, mas dá pra ouvir bem... Parece uma festa com muita gente louca, que nem deve estar ligada que faltou luz. – null riu brevemente. – Deixa eu voltar pra lá.
null voltou para onde estava e o silêncio tomou conta da mesa.
- Bom, ela parece bem. – Maggie disse para quebrar o silêncio.
- Uhum. – Tom respondeu só para não deixar o comentário no ar.
- Ok, meu irmão já me enviou uma mensagem dizendo que está nos esperando lá embaixo. – Angie disse enquanto guardava seu celular.
- Esperando para quê? – Samantha não queria sair dali.
- Ir embora.
- Mas não estão deixando sair... – Harry não entendeu.
- Meu irmão conseguiu dar um jeito de sair pela garagem subterrânea. Moro perto daqui, posso ir andando. – Angie explicou.
- Entendi. – Danny assentiu.
- Bom, temos que ir. – Angie disse ao ver que o irmão tinha lhe enviado mais uma mensagem.
- Ah, meninos... Como foi bom conhecer vocês. – Samantha disse e abraçou o Harry, logo sussurrando em seu ouvido. – Principalmente você.
- Foi mesmo... Um prazer enorme. – Angie abraçou o Danny. – Mas agora temos que ir.
- Tchau, meninos! – Samantha levantou e Angie fez o mesmo.
- Tchau, meninos, tchau, Tom. – Maggie disse e deu um beijo no canto da boca do Tom.
- Tchau, meninas. – Os Guys disseram em coro e as três foram embora.
- Aconteceu mesmo o que eu acho que aconteceu com você, Tom? – Danny perguntou malicioso ao ter percebido o beijo da Maggie no amigo.
- Aquela garota é louca... – Tom rolou os olhos.
- Ela não sabia da null, Tom. – Danny argumentou. – Aliás, nenhuma das três sabiam das meninas.
- Elas podem até não saber, mas que elas desconfiaram das meninas, desconfiaram.
- Será, Harry? – Danny franziu o cenho.
- Elas não são burras, Danny. – Tom concordou com o Harry. – Elas perceberam isso quando as meninas saíram da mesa, somente pela maneira que elas o fizeram, também notaram como o Harry voltou depois que foi falar com a null e tal...
- Acho que elas queriam armar um tipo de escândalo com as meninas. – Harry disse relembrando a maneira que Angie, Maggie e Samantha agiram. – Ainda bem que elas não compraram essa briga.
- Mas elas devem estar chateadas com tudo isso que aconteceu. – Danny concluiu e os três se entreolhavam. – Vamos resolver isso agora.
Os três se levantaram e foram procurar as meninas.
Justin e Damon também tinham dado um jeito de irem embora, mesmo não morando muito perto. null e null conversavam no mesmo lugar que estavam com os dois irmãos.
- Achei os dois bem simpáticos. – null comentou.
- É, eles são legais, mas eu não gostei muito da atitude do Damon logo no começo. – null observou.
- Ah, isso foi só no começo.
- E fica parecendo que você os conhece há anos.
- É porque eu simpatizei mesmo. – null sorriu.
- Oi! – Danny disse depois de correr de encontro às meninas.
- Oi, vem sempre aqui?! – null brincou.
- Por que veio correndo? – null riu ao ver o Danny ofegando.
- Parece até que não conhece esse aí... – Tom comentou enquanto chegava e ficava ao lado de null.
- E as garotas já foram embora? – null perguntou ao Danny, que tinha a abraçado por trás.
- Já foram... Estava ficando chato. – Tom respondeu.
- Não parecia que estava chato. – null comentou, ainda irritada por causa da intromissão das garotas e pelo fato dos guys não terem feito nada em relação a isso.
- Não poderíamos ser indelicados. – Danny argumentou.
- Gente, vocês sabem onde a null está? – Harry perguntou fazendo-se notar.
- Quando eu a vi pela última vez, ela estava lá embaixo, perto do bar, tirando umas fotos. – null disse sem muita certeza.
- Pelo visto, ela não está mais por lá. – null apontou para null, que subia às escadas com o cabelo preso em um rabo de cavalo alto e sua franja fazia um topete.
- Não sabia que tinham cabeleireiros aqui... – null comentou ao notar o penteado da prima.
- Não têm cabeleireiros aqui, é que tem um pessoal bem rockabilly lá no bar. – null explicou com um grande sorriso. – Daí eu acabei me enturmando por lá e me fizeram esse penteado.
- Bom, sem querer interromper a história, mas já interrompendo, acho melhor irmos de volta para a mesa. – Tom recomendou.
- Tá bom, podem ir. Vou ajeitar uma coisinha e depois passo lá. – null sorriu.
- Estranho, não? A null se enturmando assim. – null observou um tempo depois de todos assumiram seus lugares à mesa.
- Nem tanto. – null deu de ombros. – Se ela simpatizar com a pessoa, é mais tranquilo.
- Pronto, voltei. – null disse ao chegar à mesa com um copo de milk shake na mão. – Ah, meninas! Eu me lembrei quem eram aqueles garotos que acenaram para a gente naquela hora.
- Como assim, garotos? – Tom perguntou com um leve tom de ciúmes.
- Relaxa, Tom, nem falamos com eles na hora. – null esclareceu. – Enfim, os garotos eram Jared, Nick e Michael.
- Os caras do pub? – Harry e null perguntaram ao mesmo tempo.
- Os próprios. – null confirmou. – Falei com eles lá no bar e eles compreenderam os nossos motivos, na verdade, motivos da null, de não termos ido falar com eles.
- Que bom, né? Imagine se nossos primeiros fãs ficassem com raiva da gente... – null disse, suspirando aliviada.
E a conversa continuou na mesa. Harry e null não falavam diretamente um com o outro, mas participavam normalmente da conversa. Na McHouse, Dougie e null dormiam abraçados, ainda na sala.
- Preciso me mexer um pouco... – null disse, se levantando.
- Por que toda hora você levanta, dá uma volta e vem pra cá de novo... O que está acontecendo? – null perguntou intrigada.
- É pra não deixar o sono me dominar. – null riu com seu próprio comentário.
- Eu iria também, mas o cansaço não quer deixar. – null deu um sorriso bastante cansado.
- Faço minhas as palavras da null. – null disse e null finalmente foi fazer sua breve caminhada.
- Deveria ter pelo menos uma música tocando ou algo que nos mantivesse atentos. Tudo está muito silencioso e... – Harry iria falar mais, mas null a interrompeu.
- Silence is a scary sound... – null cantarolou, rindo em seguida.
- Exatamente. – Tom concordou rindo também.
- Hm, ainda bem que as coisas se animaram aqui, lá do outro lado está parecendo um abrigo de sem-teto. – null comentou ao chegar na mesa e ver todo mundo rindo. – Depois que o pessoal rockabilly foi embora, ou melhor, fugiram, tudo ficou calmo demais...
- Um abrigo? Como assim? – Danny perguntou, sem entender o que null tinha dito.
- Tem um monte de gente dormindo no chão e em alguns bancos... – null explicou, voltando para o seu lugar. – Alguém sabe que horas são?
- Não faço ideia. – Tom riu.
- Harry, que horas são? – null finalmente falou com Harry, mas ele tinha o olhar distante. – Harry, acorda!
- Hã?! Oi... – Harry parecia perdido.
- Eu te perguntei as horas. – null falou pausadamente.
- São 05:12. - Harry disse consultando seu relógio.
- Obrigada.
- Não era para eu ter ouvido as horas, agora o psicológico vai ficar dizendo que eu deveria estar dormindo há horas... – null disse.
- Para de falar e pensar em sono! – null repreendeu. – O Danny está quieto, deve estar com sono também.
- Nem estou... Cansado, um pouco, mas com sono eu não estou. – Danny explicou.
- Às 06:00 vão começar a liberar todo mundo, já que as ruas não vão estar tão desertas. – null relembrou o que tinha ouvido em sua última caminhada. - Mas, pelo visto, muita gente não vai embora logo, já que acabaram dormindo.
- O mais importante é que daqui a pouco vamos poder ir embora. – Tom disse e null fez uma breve comemoração antes de se apoiar no ombro dele.
Exatamente às 06:00 da manhã, as pessoas puderam sair do Rock ‘n’ Bowl – oficialmente, já que algumas pessoas tinham conseguido “fugir” -. As pessoas que estavam dormindo se irritaram por terem sido acordadas pelos funcionários e armaram uma grande confusão que foi resolvida pelo gerente do estabelecimento e todos puderam enfim, ir embora.
No carro...
- Danny, você realmente não está com sono? – null perguntou preocupada antes do Danny dar a partida no carro.
- Eu estou bem, null, pode ficar tranquila. – Danny tranquilizou a namorada, ligou o som do carro e deu a partida no carro.
Foi bem rápido e tranquilo o caminho de volta para casa. Ninguém conseguiu dormir no carro, já que todos estavam animados por voltar pra casa, tanto que todos cantavam todas as músicas que tocavam no rádio.
Na McHouse...
null e Dougie tinham arrumado a sala e naquele momento faziam a lista de compras, pois a energia tinha voltado há alguns minutos e eles planejavam ir o mais cedo possível ao supermercado.
- Não, Doug, vamos comprar dois quilos de arroz, só vamos ficar aqui por mais dois dias, não precisa tanto. – null achou a lista do Dougie um tanto exagerada.
- Tá bom. – Dougie corrigiu a quantidade do item da lista.
- Que horas abre o supermercado?
- Umas 7:00, talvez... – Dougie deu de ombros, sem muita certeza.
- Então vamos logo, senão eu morro de fome. – null brincou.
- A gente podia comer alguma coisa na lanchonete de lá, depois faríamos as compras. – Dougie propôs.
- Seria ótimo, mas ainda vamos ter que esperar um pouco. – null viu as horas e conferiu mais uma vez a lista de compras. – Se lembrarmos que está faltando alguma coisa, compramos logo, sem precisar colocar na lista.
- Que dona-de-casa mais dedicada... – Dougie disse, dando um breve beijo em null, fazendo-a rir.
- Vou ajeitar uma coisinha lá na cozinha, já volto. – null deu mais um beijo no Dougie e foi rapidamente para a cozinha.
Quando null entrou na cozinha, Danny, null, null, Tom, Harry e null chegaram na casa. null foi logo subindo às escadas procurando por null para saber como a prima estava. Como não a encontrou, ela desceu desesperada para a sala.
- Cadê a null? – null perguntou diretamente para o Dougie em tom ameaçador. – O que você fez com ela?
- Calma, null, eu estou bem. – null se fez notar na sala.
- Está bem mesmo? Totalmente bem? – null abraçou a prima, numa cena um tanto exagerada de preocupação.
- Estou sim, só estou com fome. – null comentou bem-humorada.
- Tá vendo que eu não fiz nada de errado? – Dougie provocou null.
- Dessa vez você escapou, ô baixinho... – null disse arqueando a sobrancelha, depois riu. – Agora eu preciso ir para os aconchegantes lençóis da minha cama, beijo pra quem fica porque eu já fui!
- Também vou. – null acompanhou null.
Logo, todos subiram para dormir também. null e Dougie esperaram mais um pouco e finalmente foram ao supermercado fazer as compras dos próximos dois dias.
Horas depois, todos – menos null e Dougie – dormiam em seus quartos. null e Dougie ficaram conversando na sala, pois, aparentemente, não tinham nada pra fazer.
- Quando esse povo vai acordar, hein?! Eu quero saber o que aconteceu ontem!
- Calma, null, eles chegaram há pouco tempo, deixa eles descansarem um pouco e, quando eles descerem, você pergunta o que aconteceu... – Dougie também estava curioso, mas não tanto quanto null.
- Fazer o quê, né?! – null deu de ombros e deitou no colo do Dougie. – Como será que as meninas estão?
- Dormindo, oras! – Dougie riu e levou um tapa de null. – Mas é o óbvio, null!
- E é óbvio que todos vão acordar famintos, já que todos subiram direto pra dormir. – null levantou do colo do Dougie e ficou de frente pra ele. – Que tal fazermos o almoço?
- E o que poderíamos fazer?
- Uma lasanha, talvez... – null deu de ombros. – Já temos os ingredientes, então vai ser tranquilo.
- Vamos tentar então. – Dougie topou.
- Vamos! – null se levantou e foi com o Dougie até a cozinha.
- Por onde começamos? – Dougie perguntou após lavar as mãos.
- Bom, já que não temos a massa pra nos preocupar, já que é aquela massa pré-cozida, vamos ao molho. – null já separava alguns ingredientes que estavam dentro da geladeira.
- E o que eu faço? – Dougie parecia perdido.
- Pegue uma panela e o liquidificador. – null pediu e Dougie o fez.
Enquanto isso, em seu quarto, null novamente discutia com seu sono.
- Ah, não... De novo não! Na boa, eu preciso descansar um pouco... Tudo o que aconteceu ontem no Rock ‘n’ Bowl não sai da minha cabeça, mas ainda bem que a null não precisou de nada, senão a minha briga com o Harry continuaria hoje... – null sentou na cama, abraçada ao travesseiro. – Eu acho que vou descer pra comer alguma coisa, já que a null e o Dougie fizeram compras ontem, mas acho que não tem ninguém... – Os devaneios de null foram interrompidos pelo barulho de algo caindo, provavelmente na cozinha. – Pensei errado, tem gente acordada sim.
null fez sua higiene matinal e desceu para a cozinha, onde encontrou null e Dougie preparando a lasanha.
- Agora você põe mais uma camada de queijo. – null disse e Dougie o fez.
- Cheguei antes do rango sair? – null perguntou quando entrou na cozinha.
- Infelizmente, sim, mas daqui a meia hora, vai estar pronto... Pelo menos, foi o que a null disse. – Dougie apontou para null.
- Então tentem guardar a minha parte, porque eu não vou conseguir esperar. – null levantou e foi até o armário procurar o que comer. – Hey, tem cereal!
- Não vai conseguir esperar mesmo? – null perguntou desanimada.
- Na verdade, não estou com muita fome, só vou comer um pouco de cereal. – null justificou, abrindo a caixa do cereal.
- Bom dia! Ou boa tarde... Não sei que horas são. – null se fez notar na cozinha.
- Boa tarde, null. – Dougie disse logo depois de colocar a lasanha no forno.
- Boa tarde. – null respondeu enquanto lavava as panelas que usou.
- Já acordada? – null perguntou, preparando seu cereal.
- Faço a mesma pergunta a você. – null estranhou.
- Na verdade, nem consegui dormir direito... – null riu fraco.
- Não duvido disso. – null assentiu já supondo o motivo da falta de sono da prima.
- Falando em festa, me conte como foi ontem à noite... – null pediu num misto de ansiedade e curiosidade.
- Nem dá pra contar agora, null. – null lamentou.
- Por quê? – null franziu o cenho.
- Porque só vai ser legal se todos estiverem juntos. – null explicou.
- Tá bom, né... – null fez bico e cruzou os braços.
- Não fica assim, você ouviu o que elas disseram? Elas vão contar, mas só quando todos estiverem juntos, então é só esperar mais um pouco. – Dougie disse, abraçando null por trás.
- Que cena bonita de se ver logo depois de acordar... – Danny se fez notar na cozinha.
- Cala a boca, Danny. – Dougie riu e depois deu um beijo na bochecha de null.
- Boa tarde, todo mundo! – Danny falou com um grande sorriso.
- Boa tarde, Mr. Sunshine. – null brincou.
- Boa tarde, Dan. – null abraçou o namorado e lhe deu um selinho.
- Quando sai o almoço? – Danny perguntou ao se sentar na bancada, perto de onde null estava.
- Daqui a pouco, se acalme. – null disse de modo autoritário.
A conversa na cozinha continuou até a lasanha ser tirada do forno.
- Parece boa. – Danny foi o primeiro a ir se servir, acompanhado de null que se serviu também.
- Espero que tenha ficado tão boa quanto está parecendo. – null disse, também indo se servir.
- Ficou ótima. – Danny disse depois de provar um pouco.
- Dois votos. – null concordou.
- Também, né?! Eu ajudei a fazer... – Dougie se gabou.
- O mal é o convencimento... – Tom comentou ao entrar na cozinha com null.
- Pelo visto, chegamos na hora certa... – null comentou ao ver todos almoçando.
- Pois é, deram sorte. – null sorriu. – Aproveita que tem lasanha!
- Tudo bem, null? – null perguntou ao perceber que null estava um tanto alheia à conversa há um tempinho.
- Deve ser sono... – null deu de ombros e se levantou. – Acho bom voltar pro quarto.
- Tem certeza? – null se levantou e ficou próxima de null, para que a conversa tomasse um tom particular.
- Não, mas é melhor eu não falar sobre isso, é besteira minha. – null deu um sorriso fraco, tentando tranquilizar a prima.
- É por causa do que aconteceu ontem ou é pelo o que vai acontecer amanhã? – null sabia que a prima não ficava tão mal apenas por sono.
- Os dois. – null deu um suspiro profundo e triste. – E também é sono, vou dormir um pouco.
- Tá bom, espero que quando você acorde, você se sinta melhor. – null deu um sorriso confortador.
- Também espero. – null terminou de lavar a tigela que usou e subiu, sem mais palavras ou reações.
null saiu da cozinha, foi em direção à escada e viu que o Harry descia enquanto ela subia. Harry achou que o clima pesado da madrugada anterior tinha passado, mas percebeu que estava enganado quando null passou sem ao menos olhar pra ele. Ele tomou coragem pra falar com ela, mas quando virou, null já tinha chegado ao corredor, então ele acabou desistindo naquela hora.
- Oi. – Harry disse ao entrar na cozinha.
- Oi. – Todos responderam em coro.
- Bom, estou indo pra sala... – null disse, se levantando da mesa para colocar o prato na pia. – Alguém vai comigo?
- Eu vou. – Dougie repetiu o gesto de null.
- Que novidade. – Danny riu. – Também vou.
- Eu também. – null foi junto.
- Que novidade. – Tom imitou o Danny, fazendo null rir.
- null, queria falar com você depois, pode ser? – Harry perguntou antes que null saísse da cozinha.
- Tá bom. – null assentiu.
Harry se juntou a null e Tom à mesa, mas não quis almoçar naquela hora.
- Esqueci de avisar que vamos ter show amanhã... – Tom disse dando um tapa na própria testa.
- Depois você avisa. – null tranquilizou o Tom.
- Show onde? – Harry perguntou.
- O² Arena, se eu não me engano. – Tom respondeu sem muita certeza.
- Assisti o primeiro show da minha vida lá na O²... – null relembrou.
- Lá é muito legal. – Tom sorriu carinhosamente para null.
- Preciso resolver uma coisa, com licença. – Harry se levantou da mesa e, antes que respondessem, já tinha ido pra sala.
- ... mas é verdade, só vai ser divertido se estivermos todos juntos. – Danny disse para null e Dougie que, novamente, tinham pedido pra contar como tinha sido a noite anterior.
- null, pode vir aqui rapidinho? – Harry pediu logo ao chegar na sala.
- Ok. – null levantou e foi até onde Harry estava. – Pode falar, o que te aflige?
- Você sabe como a null está?
- Provavelmente deitada. – null brincou, mas voltou ao tom sério. – Harry, ela estava com sono.
- Tenho certeza que não era sono... – Harry insistiu, relembrando o momento que viu null. – Pelo menos, não só isso.
- Harry, ontem ela ficou chateada pela maneira que você falou com ela durante aquele ataque de preocupação com a null... Quem sabe, ela ainda esteja se sentindo mal por isso. – null explicou.
- Mas não tínhamos nada a fazer em relação àquilo. – Harry justificou a maneira que agiu.
- Você devia ter dito isso a ela. – null rebateu o argumento. – Ela ficou mal por ter achado...
- OLHA A CONVERSINHA COM A MINHA NAMORADA AÍ, HEIN?! ESTOU DE OLHO EM VOCÊS! – Danny interrompeu fazendo null rir.
- Cala a boca, Jones! – Harry gritou de volta. – Continue, null.
- Como eu estava dizendo, ela achou que você não estava dando a mínima para o que poderia estar acontecendo com a null e estava achando a preocupação dela uma grande besteira. – null terminou sua explicação.
- Mas não foi nada disso, ela me entendeu errado... Vou falar com ela depois. – Harry decidiu.
- Vai fazer a coisa certa. – null deu um sorriso encorajador.
- Obrigado, null. – Harry sorriu.
- Sem problemas! Agora, se me dá licença...
- Tudo bem, pode ir. – Harry assentiu.
Quando viu que null tinha voltado para o sofá, onde conversava com null, Dougie e Danny, Harry subiu para o quarto de null para ver se ela estava acordada e finalmente conversar com ela.
Na cozinha...
null e Tom terminavam de lavar a louça do almoço.
- Pelo menos lavar a louça você sabe... – Tom brincou enquanto enxugava um copo.
- Tom! – null o repreendeu.
- É brincadeira. – Tom disse e roubou um selinho de null.
- E você com essa mania de fazer implicâncias só para roubar alguns beijos... – null enxugou as mãos e cruzou os braços.
- Vai dizer que não gosta? – Tom perguntou de maneira maliciosa e puxou null para outro beijo.
Na sala...
- Pelo menos, vocês vão ver as fotos. A null levou a câmera do Tom. – Danny ainda tentava consolar Dougie e null por ainda não saber muita coisa sobre a festa da noite anterior.
- Agora só temos que esperar o dono da câmera. – null deu um fim ao assunto.
- Aposto que ele está se agarrando com a null na cozinha. – Dougie disse em tom malicioso.
- Dougie, você tirou o dia pra implicar com os outros, não é? – Danny perguntou, ainda sem entender o comportamento do amigo naquele dia.
- Não é isso, só estou expondo alguns dos meus pensamentos, mas juro que vou parar. – Dougie disse sério, mas depois voltou ao tom divertido. – Vamos ver se eles estão se agarrando na cozinha?
- Vocês não têm vergonha, né? – null riu. – Vamos lá!
- Vamos. – Danny levantou com null e seguiu Dougie que já estava perto da cozinha.
- Estamos ao vivo aqui, diretamente da McHouse com o flagra do dia: Tom Fletcher e null Powell na cozinha. – null imitava uma repórter investigativa, assim que viu Tom e null se beijando. – Contamos com a presença de null Marshall no local. null, o que você acha dessa cena?
- Uma loucura. Apenas. – null disse, fingindo estar impressionada.
- Dougie Poynter, o que você acha? – null continuou sua “entrevista”, mesmo quando null e Tom estavam apenas abraçados.
- Um ato natural e bonito. – Dougie fazia pose de especialista. – Nesse momento mesmo, quando eles se abraçam, é um ato comum da espécie Apaixonalidium, o que é impressionante, pois achávamos que esses genes estavam presentes apenas nos dinossauros e primatas, mas, depois de alguns estudos, concluímos que...
- Muito obrigada, dr. Poynter. – null interrompeu Dougie. – Danny Jones, o que você acha?
- Woohoo! – Danny levantou os braços, comemorando, o que fez o casal na cozinha se assustar e se separar.
Os quatro pararam em silêncio por um momento e se entreolharam com a expressão de quem pergunta “O que a gente faz agora?”. Até que o Danny diz a única solução para aquele momento:
- Corre!
Todos correram de volta para a sala e começaram um assunto que não tinha nada a ver com nada, apenas para afastar a suspeita de que estavam espiando.
Na cozinha...
- Acho que estavam nos espiando... – null disse.
- Deve ser alguma das ideias brilhantes do Danny, do Dougie ou do Harry. – Tom suspirou, lembrando que aquilo já tinha acontecido no tempo em que os quatro moravam juntos e alguém conseguia levar uma garota pra casa.
- Ah, deixa pra lá... Já deveríamos estar na sala há algum tempo.
- Ok, vamos para a sala. – Tom deu outro selinho em null e saiu com ela da cozinha em direção à sala.
Na sala...
- ... Eu acho que nem o Harry se lembrava disso. – Danny contava uma história antiga.
- Falando em Harry, cadê ele? – null perguntou.
- Eu pensei que ele tinha voltado pra cozinha naquela hora. – null ficou confusa.
- E eu pensei que ele estava aqui na sala. – Tom comentou e null concordou.
- Então ele deve estar no quarto dele... Sei lá! – Dougie deu de ombros.
- Tom, a null devolveu sua câmera? – null mudou de assunto.
- Devolveu, está lá no meu quarto. – Tom assentiu. – Por quê?
- É que eu quero ver as fotos de ontem, você pode ir lá pegar, por favor? – null pediu.
- O Danny vai lá, não é, Danny? – Tom deu um leve tapa no ombro do Danny.
- Por que eu?
- Porque eu pedi e você não vai fazer essa desfeita... – Tom insistiu.
- Só vou porque foi a null quem pediu. – Danny levantou e foi em direção às escadas. Também era uma chance de saber onde Harry estava ou o que ele estava fazendo.
No quarto de null...
Harry entreabriu a porta e viu null dormindo profunda e tranquilamente. Entrou no quarto e encostou a porta, depois foi em direção à cama de null.
- “Acho que só vou conseguir te dizer isso enquanto você está dormindo, senão eu acho que levaria uns tapas...” – Harry pensou e se abaixou ao lado da cama, falando bem baixo. – Não sei por onde começar... Odiei ter discutido com você de novo... Eu sabia que você tinha um instinto protetor sobre as meninas, mas não sabia que era tanto assim. – Riu brevemente enquanto procurava as palavras, mesmo achando que null não estava o ouvindo e, se estivesse, ela poderia não se lembrar de tudo quando acordasse. – Mas, depois disso tudo, a sua atitude fez com que eu te admirasse ainda mais e também fez com que eu tivesse certeza de que eu não quero que tudo o que estamos vivendo aqui termine amanhã. – Ele tentou imaginar como seria o futuro dele com null, mas achou que não era bom fazer aquilo tão cedo. – Bom, esse rodeio todo foi para finalmente dizer, sem interrupções agora, que eu te amo e que eu sempre estarei ao seu lado para te ouvir, te ajudar, cuidar de você ou apenas ficar por perto, mesmo quando você disser que não precisa. – Rolou os olhos por ter achado o que ele acabou de dizer uma idiotice, depois afagou os cabelos de null, o que a fez suspirar e se aninhar nos lençóis. Ele sorriu involuntariamente por aquela reação.
Harry não percebeu, mas o Danny tinha visto uma parte do que aconteceu, porém, não ouviu nada. Quando percebeu que o Harry ia se levantar pra sair do quarto, Danny desceu rapidamente para a sala com a câmera do Tom em mãos e agindo como se nada tivesse acontecido.
Na sala...
- Pronto, podem se acalmar porque eu já cheguei. – Danny disse, se fazendo notar na sala.
- Ah, deixa eu ver! – null pediu animada e Danny entregou a câmera pra ela.
- A curiosidade é algo muito interessante... – Dougie disse como uma indireta para null.
- Nem diga nada, você está tão curioso quanto eu. – null disse sem desviar a atenção da câmera.
- Por que você está passando as fotos tão rápido? – null perguntou ao perceber isso.
- Porque são as fotos que eu já vi, quero ver as fotos da segunda parte da festa. – null continuava passando as fotos.
- Então você já passou, no mínimo, umas cinco fotos da segunda parte. – null avisou.
- Jura? – null voltou até a última foto da primeira parte da festa e passou para a próxima foto que era a foto dos Guys com batata frita em tudo quanto é canto. – Ok, o que é isso?
- Suas primas que fizeram isso. – Danny disse e olhou para null e null.
- E o que vocês fizeram para merecer isso? – null perguntou entre risos, enquanto Dougie ficava praticamente roxo de tanto rir.
- A gente não fez nada demais. – Tom defendeu a ele, ao Harry e ao Danny.
- Se discutir sobre nossos pedidos só pra nos irritar e depois dizer que que era brincadeira não for nada demais, não foi nada mesmo. – null disse em tom irônico.
- Hã?! – Danny não entendeu.
- Esquece... – null riu por causa da expressão confusa do Danny.
- Então vocês mereceram. – null disse e passou mais algumas fotos. – Ah, que lindo!
- Eu?! Bom, eu sei que sou. – Harry disse, logo quando chegou à sala.
- É pra rir ou pra chorar com isso? – Danny disse e todos olharam para o Harry, que apenas rolou os olhos.
- A null ia adorar essa cena. – null comentou depois que Harry se acomodou em um dos sofás.
- Tenho certeza que ela estaria morrendo de rir. – null imaginou a cena.
- Ok, mas qual foi a foto? – null mudou o rumo da conversa.
- O Tom e a null juntos. – null mostrou a foto em que os dois estavam juntos na pista de dança.
- Eu não sabia da existência dessa foto. – null examinou a foto.
- A foto ficou ótima, vocês ficam em evidência, como se não tivesse mais ninguém na pista de dança. – null fez sua análise da foto.
- E pelo visto vocês não ficaram de fora dessa. – null mostrou uma foto em que null e Danny sorriam um pro outro enquanto estavam na sacada.
- Gente, que foto linda! – null sorriu.
- Dá pra notar que já tinha acontecido o blackout. – null notou, pois, ao fundo da foto, tudo estava escuro e ela lembrava que ali tinham casas.
- O pior é que eu nem vi quando a null tirou essas fotos. – Danny disse pensativo.
- Você estava com a null, você acha que iria perceber alguma coisa? – Harry, que até aquele momento não tinha dito nada, disse em tom óbvio.
- Sozinho não percebe nada, imagine com a null... – Tom completou o pensamento do Harry.
- O que é que eu posso fazer?! – Danny deu de ombros e abraçou null.
- Ah, é o amor... – Tom suspirou, fazendo todos rirem.
- Depois desses momentos super fofos, aparece a null num momento meio maluco com o Harry. – null comentou ao ver uma foto em que null e Harry estavam com expressões assustadas, o que tornava a foto engraçada.
- O que você esperaria de null Spencer? – null perguntou como se a resposta fosse óbvia.
- Depois de todas essas fotos, eu esperaria algo fofo. – null deu de ombros.
- Parece até que não conhece a prima que tem... – null riu.
- Eu gostei da foto. – Harry comentou e sorriu ao se lembrar do momento em que a foto foi tirada.
- Foi criativo... Pelo menos, eu achei. – Dougie comentou.
- Quem é criativo? – null se fez notar na sala.
- Estamos vendo as fotos que você tirou ontem e eu achando bastante criativas. – Dougie explicou.
- Obrigada. – null sorriu e se sentou ao lado do Harry, porque também queria ver as fotos.
- Espera um pouco, quem são essas? – null perguntou mostrando uma foto dos Guys com as três fãs do dia anterior.
- São fãs que vieram falar conosco ontem. – Tom explicou e as meninas rolaram os olhos.
- Então quer dizer que essas fãs vieram falar com vocês, pegaram a câmera do Tom, tiraram fotos e praticamente expulsaram as meninas da mesa? – null perguntou e viu as meninas assentirem veementemente.
- Você esqueceu de dizer que elas eram tão simpáticas que, até se alguém precisasse de ajuda, ninguém daria a mínima. – null disse como indireta para o Harry.
- null, eram fãs, não podíamos tratá-las mal. – Danny justificou.
- Não tem problema, Danny. – null pareceu compreender. – Já passou e o que importa é que, felizmente, ninguém precisou de ajuda.
- Ooown, que foto linda... – null mostrou a foto em que null, Tom, null e Danny estavam juntos na mesa.
- Mas falta o Harry, a null ou os dois na foto. – Dougie observou.
- Aconteceu isso porque a null tirou a foto e o Harry não estava por perto na hora. – null explicou.
- Estou com cara de sono, que horror! – null disse ao olhar a foto.
- Todos estamos com cara de sono. – Danny observou.
- Também pudera, né? Acho que aí já passava das 4:00 da manhã. – Tom tentava lembrar o horário em que a foto foi tirada.
- Então foi bom eu não ter aparecido na foto. – null comentou bem-humorada.
- Nesse momento, null deu a louca e começou a fotografar tudo o que via pela frente. – null mostrou uma sequência de fotos que não faziam muito sentido, mas eram até bonitas.
- Não tinha nada pra fazer, estávamos esperando o dia clarear, então eu fiz isso. – null deu de ombros.
- Acabaram as fotos. – null fez bico.
- Eu preciso passar essas fotos para o computador. – null subiu rapidamente para seu quarto e logo estava de volta com o notebook em mãos.
- null, onde você está gravando essas fotos? – Dougie perguntou quando null conectou a câmera ao computador.
- As fotos estão nesse notebook e também estão em um pen drive que eu trouxe de casa.
- Então quando voltarmos pra casa, eu vou querer esse pen drive emprestado para copiar essas fotos no meu computador. – null disse, tentando disfarçar o incômodo em falar sobre a volta delas pra casa.
- Pode deixar. – null disse com um sorriso confortador. Percebeu o incômodo da prima.
null passou as fotos para o pen drive e fez uma pasta com uma seleção de fotos da estadia delas na McHouse, como se fosse uma maneira de lembrar os melhores momentos daqueles treze dias, tudo isso, na intenção de fazer um álbum de fotos para null, como um presente de aniversário das três. Aproveitando que null tinha ido ao seu quarto, null chamou null e null para contar sua ideia.
- Ótima ideia! – null ficou eufórica, mas logo assumiu uma expressão confusa. – Mas, como faremos esse álbum?
- Eu estava pensando assim: null, você vai revelar as fotos e compra um álbum comum, sem decoração, para que a null faça a decoração e a montagem do álbum, porque você é bastante criativa com essas coisas e desenha muito bem. – null explicou e olhou para as meninas com expectativa.
- E você vai fazer o quê? – null perguntou.
- Eu fiz a seleção das fotos e vou pagar revelação e álbum... Ah, e só vamos entregar esse álbum quando estivermos indo embora.
- Só vou dizer que é justo porque a maioria das fotos foi tirada por você. – null brincou.
- Você só vai revelar as fotos e trazer pra cá, até parece que é grande esforço. – null provocou.
- Qual pasta tenho que revelar? – null perguntou quando null entregou o pen drive a ela.
- A pasta se chama “O Álbum”. – null gesticulou como se imaginasse um letreiro neon com esse nome.
- Criatividade ligou e mandou um abraço. – null riu.
- Haha. – null riu irônica e rolou os olhos.
- Você sabe que eu estou brincando. – null abraçou null.
- null, tem ideia da decoração que vai fazer? – null perguntou ainda abraçada com null.
- Eu pensei em separar por temas: Quando for algo normal da McHouse, eu faço desenhos relacionados a música; quando forem as fotos do show, eu desenho coisas relacionadas a shows, tipo ingressos e aqueles crachás do AAA; quando for a sessão de autógrafos, eu desenho CDs, câmeras fotográficas ou até os nossos sobretudos iguais e quando forem as fotos do aniversário, faço desenhos de coisas referentes a aniversário. – null explicou.
- Vai ficar lindo. – null já imaginava o álbum pronto.
- Por isso que eu falei que a null seria a melhor pessoa para decorar o álbum. – null disse, convencida. – null, aqui tem um dinheirinho, acho que dá pra compra tudo.
- Deve dar. – null disse ao pegar o dinheiro da mão da prima. – Devo comprar um álbum de que cor?
- Eu acho que preto seria melhor, porque eu vou adiantar os desenhos em papel ofício ou papel cartão, se eu achar, e só vou colar no álbum. – null propôs.
- Então tá bom. Já volto! – null disse, pegando seu casaco e saindo de casa.
- Posso saber o que as senhoritas estão tramando? – Danny perguntou ao se aproximar de null e null.
- Depois eu conto, porque a null está descendo. – null disse ao ver null descendo as escadas.
- E eu vou adiantar os desenhos. – null saiu à procura de papel, lápis e canetinhas.
null subiu para seu quarto e começou a procurar em todos os lugares pelos materiais que ela precisaria para a decoração do álbum e encontrou esses materiais na gaveta da escrivaninha. Logo depois, desceu para começar sua tarefa.
- Acho que agora entendi. – Danny disse depois que null explicou a ideia do álbum. – Posso ajudar com alguma coisa?
- Preciso de ajuda com as cores e ideias de desenhos relacionados aos temas sobre os quais eu vou desenhar. – null disse e as ideias começaram a fluir entre os dois.
Enquanto isso, null conversava com o Tom no sofá menor da sala.
- Acho que é a primeira vez que eu não queria que tivesse um show pra fazer... – Tom se queixava.
- Tom, não fica assim, não tem problema...
- Mas null, eu queria passar o dia com você, da hora em que você acordasse até a hora que a gente fosse até o aeroporto. – Tom justificou.
- Nem eu, nem as meninas vamos deixar vocês desistirem de um show por nossa causa. – null disse de modo severo. Sabia que aquilo era verdade.
- Eu tenho certeza disso. – Tom entortou um pouco a boca.
- Que horas vai começar esse show?
- Está planejado para sairmos de casa às 17:00 e o show começar às 19:00.
- Então olhe por esse lado: vocês vão ter a manhã e a tarde com a gente até irem para o show.
- Vocês não vão ao show? – Tom não esperava uma coisa daquelas.
- Vamos, mas, enquanto vocês vão para a O² e se preparam para o show, nós vamos nos arrumar e arrumar nossas coisas, pois, provavelmente, vamos embora logo depois do show. – null abaixou a cabeça. Por mais que soubesse que aquele período de quatorze dias já estava terminando, ela não queria voltar pra casa.
- Ah, como eu não queria que você fosse embora... – Tom abraçou null e os dois ficaram ali juntos por um momento, até que ela mudou de assunto.
- Parece que a null ainda não está muito bem com o Harry...
- Pois é, os dois mal se falaram hoje. – Tom observou. – Mas o Harry vai dar um jeito nisso.
- Ou será que não? – null duvidou quando viu Harry tentar falar alguma coisa, mas recuar ao ver null dar um suspiro impaciente.
Dougie conectava o videogame à televisão como uma criança que acabava de ganhar um presente.
- Ok, vai com calma, mate. – Harry advertiu ao ver Dougie perdendo a paciência com um jogo que parecia não funcionar.
- Mas Harry, não tem nada de errado aqui! Os cabos estão conectados, os controles também, o cartão de... Hey, falta o cartão de memória. – Dougie coçou a nuca sem jeito.
- Isso também não importaria, a não ser que você tivesse algum jogo salvo. – null disse sem desviar a atenção do notebook, mas notou que Harry e Dougie olhavam para ela. – Desculpa, não devia ter me intrometido.
- Sem problemas, null. – Dougie disse. – E você ainda tem razão... O cartão de memória não alteraria muita coisa.
- Agora, porque esse interesse repentino no videogame que ficou aí intacto durante treze dias? – null perguntou, sorrindo de lado. Ela nem lembrava que tinha um videogame ali, senão ela teria dado um jeito de jogar um pouco.
- É que eu fiquei com pena de vê-lo sozinho, então eu resolvi fazer companhia a ele, mostrar um pouco de solidariedade. – Dougie respondeu vendo o vídeo de introdução do jogo. No final, o problema era que o Dougie tinha colocado os conectores em uma saída diferente da que ele tinha pensado.
- Devia ter colocado essa também... – null pensou alto, revendo uma foto da noite anterior.
- O que você está vendo aí? – Harry perguntou, puxando assunto.
- As fotos de ontem, eu devia ter feito algo com ela, mas acabei me esquecendo. – O tom de null não era de frieza, mas parecia distante.
- Ah, entendi... null, podemos conversar?
- Já estamos conversando. – null disse ainda sem desviar a atenção do notebook.
- Queria pedir desculpas por aparentemente não ter me importado quando você estava preocupada com a null.
- Hm. – Ela assentiu, passando rapidamente as fotos.
- Não tinha nada que podíamos fazer, não podíamos sair e, mesmo se conseguíssemos sair, não estaríamos seguros e o principal: Não podíamos fazer o blackout terminar. – Harry se explicou.
- Eu sei disso, Harry. – null deu de ombros.
- Você ainda me parece chateada. – Harry não esperava aquele tipo de respostas, aquelas que o fazia se sentir culpado.
- Não se preocupe. – null finalmente voltou a atenção para o Harry.
- null... – Harry colocou sua mão sobre a mão de null.
- Harry, fica tranquilo. – null sorriu e desligou o notebook. – Está tudo bem. O bom foi que a null não precisou de ajuda.
- Cheguei! – null disse se fazendo notar na sala.
- Onde você estava? – null perguntou. Achava que a prima estava em seu quarto, não na rua.
- Eu... Bom, eu... – null tentava inventar uma desculpa e as meninas temeram que ela não conseguisse fazê-lo. – Eu precisava comprar um... Enxaguante bucal, ou pelo menos achava que precisava, porque, no meio do caminho, eu lembrei que tinha trazido um reserva.
- Ah... – null tentava assimilar a história que a prima tinha acabado de contar, mas achou plausível, já que um dos hidratantes dela tinha terminado há alguns dias e ela estava usando um de null.
- Garota, onde estão as fotos? – null perguntou quase num sussurro quando null veio a seu encontro.
- Relaxa, as fotos e o álbum estão na dispensa, numa sacola verde. Você leva pro quarto da null e avisa a ela depois. – null tranquilizou a prima, explicando tudo.
- null, vamos jogar videogame? – Dougie pediu, se aproximando de onde null conversava com null.
- Você não poderia ter feito isso... – null disse em tom de provocação, depois riu e pegou o controle que Dougie tinha levado pra ela.
- Eu vou colocar esse álbum no quarto da null... – null pegou o notebook, deu um selinho no Harry e foi para a dispensa.
No quarto de null, null se perguntava onde iria colocar o álbum e o envelope com as fotos.
- Se eu deixar em cima da cama, é capaz alguém ver, principalmente a null... Na escrivaninha também é bastante exposto, mas dentro do guarda-roupas já é escondido demais e do jeito que a null é Jones, é bem capaz ela...
- null! – null disse ao entrar no quarto e acabou assustando a prima. – Já fiz a maioria dos desenhos, quer dar uma olhada?
- Eu gostaria... – null pegou os desenhos da mão de null e olhou todos. – Estão ótimos, null.
- O Danny me ajudou. – null sorriu de modo meigo.
- Os desenhos estão realmente bons, mas, onde eu ponho isso? – null se referiu ao álbum e às fotos.
- Deixa na gaveta do criado-mudo. – null disse e null o fez. – Antes de dormir, faço todas as colagens e deixo tudo pronto.
- A null vai adorar esse álbum. – null disse, confiante e orgulhosa de sua ideia.
- Quem não adoraria? – null comentou.
- Pois é... – null concordou. – Vamos descer?
- Vamos. – null disse e as duas desceram para a sala.
- Nem se ache, Dougie, você sabe que eu sempre ganho de você no videogame, não se iluda com isso, null. – Danny provocava.
- HAHA, como você é engraçado. – Dougie rolou os olhos.
- Tá bom, chega de briga, ainda mais por causa de videogame. – null disse em tom severo.
- Mas null... – Danny procurava uma maneira de se explicar. – O Dougie ganhou de mim duas vezes hoje no videogame e isso nunca acontece!
- Então é coisa que alguma hora devia acontecer. – null riu com a reação do Danny ao seu comentário, já que ele esperava que a namorada o defendesse. – Cadê o Harry?
- Foi resolver um problema na rua, não sei direito. Acho que foi ver uma coisa sobre o show... – Tom disse a primeira coisa que lhe veio à mente. null estranhou, mas não comentou nada.
- Show? Vocês têm show por esses dias? – null tentou reforçar a história, pois notou a reação de null.
- Temos show amanhã, era pra eu ter dito isso mais cedo, mas esqueci. – Tom disse e Dougie, assim como o Danny, assumiu uma expressão confusa.
- Amanhã? – Danny perguntou e Tom confirmou com um aceno de cabeça. – Mas eu queria ficar em casa amanhã...
- Eu também. – Dougie cruzou os braços. – Queria aproveitar o dia com as meninas.
- Mas vocês vão fazer o show sim, não vamos fazer vocês desistirem de fazer um show por nossa causa. – null disse firmemente e null olhou para o Tom como quem diz “não disse?”.
- Exatamente. Nada de desistir de show por nossa causa. – null concordou com null.
- Não tem lógica uma coisa dessas, vocês vão cumprir a agenda de vocês sim. – null disse e logo depois notou que Harry tinha chegado.
- null, preciso te perguntar uma coisa. – null se levantou e foi para perto de null, falando um pouco mais baixo para que apenas ela ouvisse. – Você tem algum show dos Boys em algum dos pen drives que você trouxe?
- Só tenho o Live in Orlando e o da tour do Never Gone com Nick-fat- Carter. – null respondeu sem entender nada.
- Ótimo! Vamos ver o Live in Orlando então. – null se levantou e estendeu a mão para que null se levantasse também.
- Tá bom, vamos ver o Howie suado, com a camisa aberta e com um buquê de rosas nas mãos. – null brincou e as duas subiram para o quarto de null.
Chegando ao quarto, null pegou um pen drive que estava na gaveta do criado-mudo e conectou ao notebook que estava em cima da cama. null se sentou ao lado dela.
- Prontinho! Homecoming - Live in Orlando, show gravado em 1998, se eu não me engano. Não ligue para as roupas que eles estão usando, o que importa é a música, que é muito boa. – null disse quando iniciou o show e null riu.
- Pula essa introdução aí. – null disse e null o fez.
Na sala...
- Não é legal? – Harry mostrava o presente que tinha comprado para null.
- Só espero que a null não entenda mal. – null comentou, sabendo que a prima era bastante desconfiada e poderia tirar conclusões erradas sobre o presente que Harry estava prestes a lhe dar.
- Não acho que dá margem a “entender errado”. – null opinou, examinando o presente. – Ela vai curtir demais.
- Só lembrei dela quando vi isso. – Harry sorriu.
- E vai ser uma ótima lembrança de McHouse pra ela. – Danny comentou, se perguntando mentalmente porque ele não tinha pensado naquilo antes.
- Quando você vai entregar esse presente a ela? – null perguntou.
- Daqui a pouco, já que está tudo bem entre nós dois. – Harry sorriu nervoso. – Eu sei que ela está com a null, pois eu tinha contado meu plano a ela e ao Tom e precisava que ela distraísse a null para que ela não desconfiasse de nada...
No quarto de null...
O show continuava e as primas comentavam.
- Oh my God! É agora! É agora! – null disse eufórica quando ouviu a introdução de “My Heart Stays With You”.
- Ok, eu sei, eu sei, só tenta se acalmar... – null ria.
Durante a música, null apenas pôs-se a suspirar e sorrir.
- Wherever I go, whate-ever I do-o, baby I know my heart stays with yoooou... – null cantou com uma voz aguda e um tanto desafinada e acabou levando um tapa da prima.
- Não fale nada, quando tocou “Nobody But You”, você fez a mesma coisa. – null mostrou a língua.
- Mas Kevão é Kevão... – null riu maliciosa, depois suspirou. – Por que ele inventou de envelhecer mal?
As duas continuaram assistindo ao show. Quando o show estava quase terminando, null se levantou da cama.
- Acho que vou tomar um banho. – null se espreguiçou. – Você não se importa não, né?
- Não, não...
- Que bom, mas, mesmo se você se importasse, eu iria tomar banho de qualquer maneira. – null deu de ombros.
- Então porque perguntou? – null ria. Aquela era um dos comentários clássicos de null.
- Por educação. – null deu de ombros.
- Quando o show terminar, eu deixo o note aqui e desço. – null avisou.
- Tranquilo. – null disse e pegou a roupa que usaria após o banho e foi pro banheiro.
Na sala, minutos depois...
Tom e Dougie ainda jogavam videogame, Danny, null e null também estavam na sala, observando o jogo e fazendo provocações com quem perdia. Harry estava encostado na parede, observando os amigos jogarem.
- Terminei o show, ela foi tomar banho. – null disse para o Harry, acordando-o de seus devaneios.
- Ok, obrigado, null. – Harry assentiu e subiu, indo até seu quarto.
- Eu quero ver a cara da null quando ela descer com o Harry. – null, que tinha ouvido a pequena conversa entre null e Harry, comentou e null concordou, também estava curiosa.
Harry saiu de seu quarto, indo pro quarto do Tom, que era ao lado do de null, tentando ouvir algo. Enquanto isso, null terminava de se vestir.
- Meu Deus! Qual é o problema dessa camiseta? – null perdia a paciência com a camiseta dela que parecia ter encolhido. – Ok, McHouse me deixou gorda... Mas pra onde é que essa gordura foi?
null continuou se examinando no espelho até concluir que era tudo besteira e foi procurar outra camiseta.
- Tá vendo aí? Essa camiseta é exatamente do tamanho da outra e coube perfeitamente! Eu não estou gorda! – null estranhava a própria atitude. – A última vez que esse tipo de questionamento aconteceu foi quando eu me apaixo... Deixa de besteira, garota!
Ela pegou o secador de cabelo e começou a fazer o que o produto se propõe a fazer.
- Aparentemente, ela está secando o cabelo. – Harry disse ao ouvir o barulho do secador, a única coisa que conseguiu ouvir e resolveu sair.
- ... You need me like I need you. We can share our dreams coming true… - null cantarolava na frente do espelho.
- null? – Harry chamou, entreabrindo a porta do quarto.
- Oi. – null disse, com receio do Harry tê-la ouvido cantar. – Entra aí, estou vestida.
- Ocupada? – Harry perguntou, fechando a porta do quarto.
- Já estou terminando. – null disse, enquanto procurava pontos molhados em seu cabelo, pra terminar de secar. – Tem alguma coisa a me falar?
- Nada em específico. – Harry riu. – Só que estou feliz por não termos ficado “brigados” depois do que aconteceu ontem.
- Não faria sentido ficar de climão com você por causa de uma discussão do naipe da que nós tivemos ontem. – null deu de ombros, rindo. – E também é o penúltimo dia que vamos passar aqui, não ia dar uma de idiota e ficar de picuinha com você por besteira.
- Pois é. – Harry assentiu. – Por ser o penúltimo dia de McHouse e por saber que estamos bem um com o outro, resolvi comprar um presente pra você.
- Presente? – null arqueou a sobrancelha, desligando o secador da tomada e escovando o cabelo para tentar discipliná-lo. – Eu sei que vai soar clichê, mas não precisava...
- Mas eu quis comprar um presente pra você. – Harry disse, revelando uma caixinha que indicava que tinha uma joia ali e estendeu pra ela.
null deixou o frasco do reparador de pontas cair no chão. Não imaginava que o Harry compraria um presente pra ela, quanto mais uma joia. Passou rapidamente as poucas gotas de reparador que tinha em sua mão no cabelo e se aproximou do Harry, pegando a caixa com as mãos trêmulas.
- Que linda! – null ficou boquiaberta quando abriu a caixinha e viu uma pulseira prateada com pingentes de uma casinha, duas notas musicais, a inicial dela, um coração, uma estrela, uma câmera fotográfica e um morango, não exatamente nessa ordem. – Cara, que trabalho isso deve ter dado.
- Não deu trabalho não, null. – Harry sorriu. – Só pedi pra colocarem três desses pingentes, os outros já faziam parte da pulseira.
- Eu amei, Harry! – null não conseguia parar de sorrir e abraçou o Harry. – Obrigada mesmo.
- Não por isso. – Harry estava satisfeito por null ter gostado do presente e sem más interpretações, como null tinha pensado.
- Minhas mãos estão escorregadias, pode..? – null apontou para a caixa e para seu pulso esquerdo, respectivamente.
- Claro! – Harry tirou a pulseira da caixinha e colocou-a rapidamente no pulso de null.
- Cara... – null olhava completamente deslumbrada para seu pulso. Quando olhou novamente para o Harry, não teve nenhuma outra reação que não fosse beijá-lo. Não pelo presente em si, mas pelo gesto e por tudo o que aquele presente passaria a representar pra ela.
- Agora eu acho que deveríamos descer, senão vão começar a pensar que eu arrumei uma maneira, digamos, diferente para agradecer esse presente. – null riu após o beijo.
- Só espero que não tenha ninguém atrás da porta, tentando ouvir alguma coisa. – Harry riu, imaginando a cena.
Quando os dois desceram, o videogame já tinha sido desligado e todos assistiam a um filme na TV.
- Que filme é esse? – Harry perguntou, fazendo-se notar na sala.
- Eu sei que filme é esse... – null se animou e garantiu seu lugar no sofá.
- Tá, e ninguém me fala o nome do filme. – Harry rolou os olhos e acompanhou null.
- “Eu te Amo, Cara”. – Danny disse o nome do filme e null concordou sorrindo.
- Esse é o nome do filme? – Harry estranhou. Não se lembrava de nenhum filme com esse nome.
- É, é sim. – Danny disse, fazendo sinal para o Harry se calar e todos ficaram em silêncio.
null cutucou null e null, depois apontou para o pulso esquerdo de null, que estava abraçada com o Harry, completamente entretida com o filme. null fez um coração com as mãos, fazendo as primas rirem.
Na sala...
Horas depois, todos continuavam reunidos na sala e null usava o notebook do Tom.
- Guys, vocês sabiam que a set que vocês vão apresentar amanhã ainda não está definida? – null perguntou.
- Não está definida? Como assim? – Danny não entendeu.
- Está acontecendo uma votação no site de vocês e todas as sets participam. – null avisou, olhando as novidades do site.
- A gente não sabia disso, null... Quer dizer, sabíamos que algo assim iria acontecer, mas achávamos que seria depois de McHouse, não agora. – Tom também estranhava a situação.
- Então vocês vão ter que improvisar. – null riu.
- Se escolherem alguma set mais recente, vai ser um pouco mais tranquilo. – Tom achava que daria muito trabalho se as pessoas escolhessem uma das primeiras sets da carreira da banda e era muito provável que o show não fosse dos melhores. – De Radio:ACTIVE pra cima...
- Pensando dessa maneira, tem possibilidade da All the Greatest Hits ganhar... – null deu seu palpite.
- Quando a votação termina? – Harry perguntou, ficando apreensivo.
- À meia-noite. – null leu no topo da página inicial do site.
- Dá pra ver qual está ganhando? – null foi para o lado de null, procurando mais informações.
- Acho que não...
- Vota! – null propôs. – Talvez apareça uma parcial quando computarem o voto.
- Boa ideia! Vota aí, null... – Tom também ficou ao lado de null.
- Okay, não rolam parciais... – null ficou desanimada depois de votar na set de 10 anos do McFly e ver apenas uma mensagem de confirmação.
- Ô povo que adora um mistério... – null rolou os olhos.
- Não falta muito para a meia-noite. – Dougie disse ao ver as horas.
- Ótimo. – null disse e fechou a tampa do notebook.
- O que fazer nos próximos vinte minutos até a votação terminar? – Danny esfregou as mãos, mas não tinha ideia nenhuma.
- Na-da. – null disse, fazendo todos rirem. – Vamos curtir um tédio.
- Nem pense nisso... Não quero pensar no desafio que eu vou passar daqui a alguns dias. – null disse, cruzando os braços e apoiando a cabeça no encosto do sofá.
- Desafio? Que desafio? – null se interessou.
- Tipo, vai ter uma apresentação lá na escola de música e uma pessoa também quer tocar bateria, então propuseram um desafio: Quem tocar melhor, ganha. – null resumiu a história.
- É aquela coisa que você me falou quando a gente estava na sua casa? Sobre um dia em que um artista vai lá na escola e vocês fazem uma apresentação pra eles? – null lembrou que a prima tinha comentado algo assim com ela.
- Isso. – null confirmou.
- Espera aí, como funciona isso? – Danny se interessou na história.
- Bom, todo ano, o pessoal da Glenville’s tenta convidar um artista para fazer uma visita à escola e são escolhidos alunos para apresentarem algumas músicas desse artista. Nesse ano, finalmente conseguiram chamar Brian May e Roger Taylor, nisso, começou aquela coisa: Todos querem participar e tem um carinha que quer tocar bateria nesse evento. – null explicava, torcendo para que todos estivessem entendendo o que ela estava dizendo. – Os donos da escola, que são meus amigos, sabem que eu também quero participar, daí começou o impasse e nasceu o desafio: Três músicas do Queen sem acompanhamento. Quem vencer o desafio, ganha o direito de tocar na apresentação.
- E você sabe quais são as músicas? – Harry perguntou.
- Sei sim, não são músicas tão difíceis, só cobra agilidade... – null deu de ombros.
null continuou falando sobre o desafio na Glenville’s e sobre seu “desafiante”, que já estava ensaiando há dias e ela tinha mais ou menos cinco dias para ensaiar o máximo que podia, já que queria muito poder se apresentar.
- Olha só, deu tempo! São 00:15 e o resultado da votação já deve ter saído... – null comentou e ligou novamente o notebook.
- Pelo menos, conseguimos preencher o tempo. – null sorriu.
- Prontos para saber o resultado? – null perguntou, olhando para todos e abrindo a página da votação, onde já tinha o resultado.
- Fala, null! – Tom, que era o mais ansioso de todos, pediu.
- A setlist que vocês vão tocar amanhã é a da turnê... – null fez suspense.
- Adianta, mulher! – null disse, rindo.
- Anda logo, null! – null também ria.
- A set de amanhã vai ser a mesma da Radio:ACTIVE tour! – null finalmente falou.
Todos ficaram satisfeitos com a decisão dos fãs e acharam legal a ideia de relembrar aquela tour depois de anos.
As conversas continuaram por um bom tempo ainda na sala, até que null relembrou:
- Meninos, vocês têm show amanhã. Seria bom vocês irem descansar um pouco.
- Na verdade, o show é hoje, já passa da meia-noite. – null corrigiu.
- Pois é, vocês deviam descansar mesmo. – null concordou.
- Bom, eu não queria, mas... – Tom suspirou.
- Temos que ir. – Harry completou a fala do Tom.
- Nós também temos que ir, afinal, amanhã, quer dizer, hoje, ainda vamos voltar pra casa e temos muito a fazer. – null relembrou com um leve tom de pesar.
- É mesmo, vamos lá. – null disse e todos levantaram para ir para seus respectivos quartos.
Depois de quase uma hora, ninguém tinha conseguido dormir ainda.
- Ah, não... De novo? Mas eu acho que dessa vez ninguém dormiu também. Se isso aconteceu, as meninas devem tem feito uma coisa... Que mal tem se eu fizer também? Rimou! – null se levantou, saiu do quarto e foi em direção ao quarto do Harry.
- “Oh, gosh, será que ele está dormindo?” – null pensou enquanto batia à porta.
- null? – Harry estranhou ao abrir a porta, acordando null de seus devaneios.
- Te acordei? – null estava sem jeito.
- Não...
- Então posso entrar?
- Pode. Pode sim. – Harry deu passagem para null entrar, ainda sem entender nada. – Aconteceu alguma coisa?
- Não, eu resolvi vir pra cá porque também não tinha conseguido dormir e achei que as meninas estavam ocupadas ou dormindo.
- Hm, entendi... – Harry assentiu enquanto sentava na cama.
- Mas não vá pensando besteira não, porque eu vim aqui para conversar. – null disse em tom severo enquanto também se sentava na cama, só que do lado oposto ao que Harry estava. – Aposto que as meninas também estão fazendo isso...
- Pensando bem, também acho. – Harry acabou concordando.
... E null não estava errada.
No quarto do Danny...
- Anda não entendi, null... A banda acabou por causa do vídeo para McHouse? – Danny perguntou, olhando para o teto, tentando assimilar a história que null tinha acabado de lhe contar.
- Basicamente por isso. Não culpo ninguém por isso. O que aconteceu foi que a Heather não aceitou o fato de eu já ter gravado o vídeo com as meninas e não tinha dito nada pra ninguém. – null explicou novamente.
- Mas era normal acontecerem brigas entre vocês?
- Nada tão grave... Éramos como grandes irmãs, super amigas, sabe? – null sorriu com as lembranças. – Se discutíamos, em menos de meia hora, já estava tudo bem. Sabíamos tudo uma da outra, mas aí teve essa briga e tudo acabou.
- Então a amizade acabou com todas? Pensei que tinha sido só com a Heather. – Danny virou de modo que pudesse ver null, que estava deitada ao lado dele.
- Na verdade, eu não sei, Dan... Eu destaco a Heather porque eu acho que vai ser mais difícil conversar com ela do que com as outras meninas, mas eu tenho a esperança de voltar, pelo menos, a falar com ela.
- E a banda? Não quer mais?
- Quero, mas se elas não quiserem, eu posso tentar outros caminhos, além de ser difícil achar que vou me acostumar a tocar com outras pessoas... – null se confundiu, mas Danny entendeu.
- Com o tempo, você acostuma... Seria um desperdício se você desistisse da música. – Danny disse, olhando nos olhos de null e afagando seu rosto suavemente.
- Aaaaawn, - null abraçou o Danny e perguntou com a cabeça apoiada no ombro dele: - Será que dá pra acostumar?
- Claro! Quando você conhecer bem e gostar das pessoas com quem você está trabalhando, tudo vai ficar mais fácil. – Danny disse confiante e a conversa continuou.
No quarto do Dougie...
- O que aconteceu? - null estranhou a quietude do Dougie.
- Fiquei preocupado, null... – Dougie suspirou.
- Preocupado com..?
- Com a sua volta pra casa. Depois do que você contou o que aconteceu quando você ligou pra lá...
- Ah, a Madison? - null supôs e Dougie confirmou com um aceno de cabeça. - Mais cedo ou mais tarde eu ia ter que vê-la, afinal ela é minha irmã.
- Se eu pudesse, não deixaria você voltar pra casa.
- Como assim? – null riu, já esperando uma história que chegaria a ser absurda em alguns aspectos.
- Poderíamos fugir e viver num lugar afastado de tudo e de todos, tipo o Havaí, aí você não precisaria ver a Madison. - Dougie contou sua ideia.
- Mas Dougie, ainda tenho meus pais e minha faculdade para terminar, não é tão simples.
- Pois é... - Dougie assentiu. - Quando você terminar a faculdade, conversamos com os seus pais e então vamos embora, combinado?
- Tá bom. - null riu. Além de não acreditar muito naquele "plano". - De certa forma, sinto saudades de casa.
- É normal.
- Sinto falta dos meus pais, dos meus livros, do meu computador velho...
- De todas as pessoas, você só sente falta dos seus pais? – Dougie estranhou.
- É. Não tenho uma boa relação com meus parentes que moram lá por perto. – null deu de ombros. Aquilo não lhe incomodava.
- Nem família?
- Fora os pais das meninas, só me dou bem com uma tia que mora em Reading. - null disse e começou toda uma conversa sobre a relação dela com a família.
No quarto do Tom...
- Ah, Tom... Vai ser tão lindo! Como há alguns anos quando vi vocês na O². – null disse, bastante nostálgica.
- Mas null, lembre-se que todos nós mudamos. O show pode não ser como você está esperando. – Tom imaginava que o show do dia seguinte não seria exatamente igual a nenhum da tour de 2008.
- Não importa, é um show do McFLY. - null sorriu e Tom, involuntariamente, sorriu também.
- Assim fica até parecendo que nunca viu um show nosso. - Tom estranhava a euforia de null.
- Isso acontece desde criança. - null justificou. - Minha professora de ballet clássico era muito ansiosa e acabou passando isso pra mim.
- Você fez aulas de ballet quando era criança? – Tom arqueou a sobrancelha. Não se lembrava daquela informação.
- Eu fiz alguns cursos quando era criança... Meus pais queriam que eu soubesse um pouco de cada coisa.
- E isso é ótimo. - Tom não via mal algum naquilo. - Mas então, fez curso de que mais?
- Além do ballet, fiz aulas de piano, teatro, canto, natação, ginástica artística e mais algumas coisas...
- Tudo isso na infância? - Tom se assustou.
- Não, não... Adolescência também conta. - null explicou, rindo com a expressão do Tom. - Na infância, eu fiz ballet, piano e natação. O resto eu quis fazer depois de um tempo.
- Por que você nunca disse que tocava piano?
- Porque faz muito tempo que eu não pratico. Parei aos 12 anos de idade, ou seja, há quase 12 anos...
- Tenho certeza de que você ainda sabe alguma coisa.
- Já eu não tenho tanta certeza... - null brincou.
- Mas enfim, tem poucas coisas que você não sabe...
- Cozinhar, por exemplo. - null interrompeu.
- Isso você aprende com o tempo, não é tão difícil.
- Espero que não seja mesmo. - null disse e se aconchegou ao lado do Tom.
E assim terminou a última noite (ou madrugada) de McHouse.
Horas depois, null acordou sozinha.
- Put'z, dormi demais... – null espreguiçou-se e sentou na cama. – Ué, não me lembro de ter trocado os lençóis...
- Pensei que você não ia acordar tão cedo... – Harry disse ao sair do banheiro, secando o cabelo com uma toalha laranja.
- Ah, meu Deus! – null se cobriu com o lençol e perguntou assustada: - A gente não..?
- Dormimos juntos. – Harry afirmou com naturalidade.
- Ah, não... Ah, não! – null se desesperou, tentando relembrar o que tinha acontecido na madrugada anterior.
- Ah, não aconteceu nada não, calma. – Harry disse, segurando o riso com aquela reação da garota. – Você não se lembra de nada?
- Pois é, não aconteceu nada... – null deu uma risadinha sem jeito, relembrando que passou a madrugada quase toda conversando com o Harry e depois escondeu seu rosto ruborizado com o lençol.
- Acha que tem mais alguém acordado? – Harry perguntou, mudando de assunto.
- Acho que sim... – null comentou, ainda escondendo o rosto.
- Para com isso, null... – Harry puxou o lençol da cama e se jogou ao lado de null.
- Você vai forrar a cama depois... – null disse de modo autoritário.
- Sim, senhorita. – Harry deu um selinho em null.
- Hey, para, eu nem escovei os dentes ainda...
- Mas eu escovei. – Harry se aproximou novamente, mas null recuou.
- Deixa eu ir para o meu quarto. – null se levantou da cama. – Enquanto isso, se não tiver mais ninguém acordado, coloque água para esquentar e fazer o café.
- E eu não vou ganhar nem um beijinho?
- Depois, Harry, depois... – null piscou para o Harry, sorriu e saiu do quarto.
No quarto do Danny...
Bom, no quarto do Danny, quem estava acordando naquela hora era null.
- "Hm, estou com uma preguicinha boa..." - Ela pensou e tentou se levantar, mas Danny estava praticamente prendendo-a em seus braços, impossibilitando boa parte de seus movimentos. - "Bom, já que insiste..."
Na cozinha…
- You got me twisted, oh, you got me twisted. I'm not someone you can just disrespect... How would you feel if you were in my shoes feeling used, with the heart bruised. - Harry cantava enquanto a água esquentava.
- Eu sabia que você ia gostar da música... - null disse, chegando à cozinha.
- Nem é isso, é que a música simplesmente grudou na minha cabeça... – Harry riu.
- Você simplesmente não quer assumir que gostou de uma música dos Backstreet Boys, vejo isso em seus belos olhos. - null disse, enquanto procurava o café no armário.
- Você nem está olhando para mim!
- E nem é preciso... Pelo jeito que você estava cantando, dava pra perceber que você estava envolvido.
... E, com essa conversa, null fez o café e fez um chá pra ela.
- Por que não vamos fazer mais nada pro café da manhã? - Harry perguntou.
- Não sabemos que horas o pessoal vai acordar, eu não estou sentindo fome e já passa das 11 da manhã, então, quando todos acordarem, já vai ser hora de almoço, não de café da manhã, além de estar sem vontade nenhuma de fazer nada pra comer...
- Ok então... Vou ficar quieto. – Harry disse, mas acabou não ficando quieto. – Sabia que você é cruel com as pessoas? Vai deixar todo mundo sem comer...
- Que isso! Eu sou um amor de pessoa... Só que de um jeito diferente. Você se acostuma com um tempinho... - null disse e beijou o Harry, só que, como estava virando costume, algo aconteceu. Dessa vez, foi a campainha que tocou.
- Ah, não... Eu não acredito. - Harry suspirou impaciente ao partir o beijo, fazendo null rir.
- Relaxa, eu atendo. - null deu um selinho no Harry e foi atender à porta.
No quarto do Dougie...
- O quê? Quem está aí? - Dougie acordou sobressaltado, acordando null.
- O que foi, Doug? – null perguntou, assustada.
- Foi a campainha. - Dougie rolou os olhos, achando sua reação um tanto idiota.
- E você se assustou assim? - null riu. - Imagine se fosse uma bomba...
- Eu não estava em sono profundo, por isso a campainha me assustou. - Dougie se justificou. - Desculpa por ter te acordado.
- Ah, sem problemas, Doug, já estava acordada também, só não me assustei com o barulho assustador da campainha. - null zombou.
- Aah, null, para com isso.
- Desculpa. - null tentava não rir. - Será que tem mais alguém acordado?
- A campainha só tocou duas vezes, então tem.
- Então deixa eu ir pro meu quarto, depois desço.
- Tá bom, passo lá no seu quarto para ir te buscar, tá?
- Tá bom. - null assentiu e saiu do quarto.
No quarto do Tom...
- Tom, acorda. - null dizia. - Já está tarde...
- Já? - Tom perguntou, ainda sonolento.
- Já. - null confirmou. - Pra você ter uma ideia, eu já me levantei, tomei banho e me arrumei enquanto você dormia.
- Tá bom, eu vou acordar daqui a pouco, só preciso abrir os olhos. - Tom mantinha uma mão na frente dos olhos.
- Isso é fácil. - null afastou a mão do Tom.
- Você me acordou! - Tom disse como se null tivesse feito algo inacreditável.
- Agora deixa de manha e se arruma, porque eu já estou descendo. – null disse de modo autoritário.
- Tá bom, vou me arrumar... – Tom assentiu, coçando os olhos.
- Estarei na sala. - null saiu do quarto e Tom foi para o banheiro.
No quarto do Danny...
- null, acorda... null? Ok, eu tentei te acordar suavemente, mas você não acordou, então... - Danny tomou impulso e pulou em cima de null.
- DANNY! - null deu um soco em cada ombro dele e depois riu.
- Eu tentei te acordar, mas você estava aí... - Danny se fez de inocente. - Ainda me bateu!
- Eu me assustei... - null justificou, mas ainda ria. - Está acordado há muito tempo?
- Não sei... Não vi que horas acordei. - Danny deu de ombros.
- Você sabe, pelo menos, que horas são?
- Não. - Danny estava quase rindo.
- Você é doido, sabia?
- Não. - Danny disse e desatou a rir.
- Não, você não é nem um pouquinho doido. - null disse, fazendo Danny rir mais ainda, fazendo-a pensar que ele é mais doido do que ela imaginava. – Vamos descer?
- Assim? – Danny perguntou.
- Não, plantando bananeira. – null disse de modo irônico, depois riu. - Vou pro meu quarto, daqui a pouco volto.
- Vai me deixar aqui sozinho? - Danny fez bico.
- Vou, mas volto - null disse já saindo do quarto.
Na sala, algum tempo depois...
- ... Aí deixaram esse envelope com a set e várias coisas que vamos ter no show de hoje. – Harry explicou e entregou o papel para o Tom.
- Tá tranquilo. – Tom comentou depois de ler o documento. – Não vai ser tão complicado quanto eu pensei que seria.
- Deixa eu ver. – Danny disse e pegou o documento da mão do Tom. – É, vai ser de boa. Só vamos reproduzir a set, não teremos os mesmos arranjos.
- Mas seria bom acertar logo o que vamos fazer e passar logo isso para os outros. – Dougie advertiu.
- Reunião da banda. – null brincou, fazendo os guys rirem.
- Nós não vamos atrapalhar. – null disse, se levantando do sofá.
- Participem, vai ser bom ter outras opiniões. – Harry propôs e as meninas se entreolharam sorrindo.
- Então beleza. – null esfregou as mãos. – Reunião da banda e agregadas.
Com várias ideias e algumas votações para decidir o melhor para aquele show, a reunião terminou rapidamente e Tom ligou para passar a informação para o Fletch. As meninas gostaram de participar, sentindo que fizeram o show exatamente do jeito que elas achariam que seria perfeito para a despedida dela.
- Ok, o que tem pra comer? - Danny perguntou, se acomodando no sofá.
- Nada. - Harry disse em tom dramático.
- Sem problemas, vou pedir pizza. - Danny se levantou e foi pegar o telefone.
- Dê o endereço certo... - Harry avisou.
- E porque o Danny não daria o endereço certo? - null estranhou.
- É que o Danny tinha a mania de dar o endereço certo, mas não dava o número da casa certo, então, quando o entregador chegava e batia na porta do vizinho, o Danny saía de casa culpando o atendente pelo engano e, no fim das contas, os 30 minutos já tinham passado e a pizza ficava por conta da casa. - Harry explicou, relembrando algumas histórias antigas.
- E ainda dizem que o Danny é burro. - null comentou impressionada.
- Mas eu parei com isso quando soube que um atendente foi demitido. - Danny disse, afastando o telefone.
- Caramba, Danny, que tenso... - null disse, sentindo uma certa pena da pessoa que foi demitida.
Não demorou tanto para a pizza chegar e todos almoçarem.
- O pior é que daqui a pouco teremos que ir para a O²... - Dougie comentou desanimado depois do almoço.
- Nããããããããão... - As meninas disseram em coro e fizeram bico.
- Que horas são, Dougie? - Tom perguntou.
- 15:30, Tom...
- E que horas temos que ir? - Harry achou que eles sairiam mais tarde.
- Às 16:30 ou 17:00, algo do tipo. - Tom disse sem conseguir lembrar direito do que o Fletch tinha dito.
- Uma hora... - null disse só para quebrar o silêncio que tinha se instalado naquela sala.
Durante os minutos seguintes, todos começaram a procurar um jeito de aproveitar aqueles últimos momentos juntos.
- null, aquela coisa que eu tinha pedido a você ontem está pronto? - null perguntou baixo, para que ninguém, principalmente, null ouvisse.
- Quase pronto. - null respondeu no mesmo tom. - Já que ela vai lá pra casa, eu entrego amanhã.
- Tá bom. - null assentiu e o telefone tocou.
- Eu atendo. - Dougie se apressou para atender o telefone. - Alô? McHouse? O que é McHouse? Desculpa, mas você ligou para o número errado... Tá bom, Fletch, parei com a brincadeira...
- Será que já é pra vocês irem? - null perguntou.
- Ou é isso, ou é para avisar em quanto tempo temos que sair. - Tom disse e Danny concordou.
- ... Tá bom, pode deixar que eu aviso. - Dougie desligou o telefone.
- E então..? - null perguntou, já que era a mais curiosa de todas as meninas.
- Em meia hora a van chega e vamos ter que ir para a O². - Dougie fez o comunicado que ninguém queria ouvir naquele momento.
- Eu deveria comentar algo sobre isso, mas... - Danny assumiu uma expressão desanimada.
- Não precisa comentar nada, só chegou a hora de vocês irem para mais um show. - null tentou animar a todos.
- Exatamente! - null concordou e se levantou. Depois, tentou fazer com que os guys se levantassem, puxando-os pelo braço.
Os guys se levantaram e foram para seus quartos para se prepararem para sair. Enquanto isso, as meninas ficaram na sala.
Exatos 25 minutos depois, eles estavam de volta.
- Vocês não vão levar nada não? - null estranhou ver os guys com as mãos vazias.
- Acho que não precisa não. - Harry disse, indo se sentar ao lado de null no sofá.
- Tem certeza? - null perguntou, abraçando o Harry e apoiando a cabeça no ombro dele.
- Não. - Harry riu.
- Pois é, gente, tá na hora... - Tom suspirou desanimado quando ouviu a buzina da van.
Todos se despediram rapidamente, pois Fletch tinha ido até a casa para ter certeza que os guys não iam se atrasar. As meninas preferiram ficar, porque ainda tinham muitas coisas para arrumar antes de irem embora, então Fletch disse que a van iria buscá-las para o show, por volta de uma hora depois.
Depois de um tempo, as meninas já estavam de malas prontas, mas ainda estavam em seus quartos.
- Hum... É uma boa ideia. - null pensou alto, saiu de seu quarto e foi em direção ao quarto de null. - null?
- O que foi? - null perguntou ao abrir a porta.
- Preciso conversar com você e com as meninas. Chama a null que eu chamo a null e vamos nos reunir no meu quarto, certo?
- Ok. - null assentiu e foi chamar null, enquanto null chamava null em seu quarto.
- Qual o motivo da reunião? - null perguntou ao sentar na cama de null.
- Bom, eu pensei em escrevermos juntas... - null explicou.
- Escrevermos? - null franziu o cenho.
- Uma carta para os guys. - null disse em tom óbvio.
- Seria legal... Eles poderiam ler juntos quando voltassem pra casa. - null deu um meio sorriso.
- Então, meninas... - null olhou para as primas com expectativa. - O que me dizem?
- Eu topo. - null assentiu, já tendo ideias do que escrever.
- E eu tive uma outra ideia, vamos ver se vai ser melhor do que a carta... - null disse e as meninas pararam para ouvir a ideia que ela teve.
Quando elas terminaram de executar suas ideias, elas ouviram a buzina da van que tinha ido buscá-las.
- Hora de ir. - null disse e foi buscar sua mala em seu quarto. Todas as outras fizeram o mesmo e logo desceram para a sala para saírem juntas.
- Vamos sair do mesmo jeito que chegamos. Juntas. - null sorriu com lágrimas nos olhos.
- Vamos. - null sorriu, tentando não chorar. Todas deram um jeito de abrir a porta juntas e saíram de casa.
Elas entraram na van e viram que o motorista não era o mesmo de quando elas foram para McHouse.
- Motorista diferente? - null perguntou, como se a resposta não fosse óbvia.
- Sim, meu nome é Fredderick. - O motorista se apresentou.
- Olá, Fredderick! - null sorriu simpaticamente.
- O sr. Fletch disse que, se vocês preferirem, podemos ir direto para o aeroporto. - Fredderick disse ao dar a partida no carro.
- Tudo bem, mas nosso plano ainda é ir para a O². - null recusou a ideia, mas acabou parando para pensar na possibilidade de não ir ao show.
A "viagem" para a O² foi longa, pois o trânsito estava um tanto lento em algumas avenidas. Isso deu tempo para as meninas conversarem.
- Eu acho que vai ser muito tenso se despedir deles. - null opinou.
- Ah, eu também acho... Provavelmente, eu vou chorar horrores. - null concordou. - Vou acabar com a minha maquiagem.
- Eu já acho que deveríamos ir ao show. Seria como uma última boa lembrança dessas duas semanas. - null argumentou e a discussão continuou até a van chegar na entrada da O².
- Então, senhoritas, ficam aqui, ou..? - Fredderick, que tinha ouvido toda a discussão sobre ir ao show ou ir direto para o aeroporto, perguntou.
- Bom, eu dei minha opinião. - null levantou as mãos, como se não quisesse falar mais sobre aquele assunto.
- Mas teremos que chegar a um consenso agora: Vamos ou não vamos? - null perguntou e todas as meninas se entreolharam com evidentes expressões de dúvida.
Fim.
Nota da Autora (18/07/2015):Espera, ultima att? Season finale? Então cantem comigo: CARRY ON MY WAYWARD SOOOON. THERE’LL BE PEACE WHEN YOU ARE DONE… ♪
Acho que as cerejinhas vão querer me matar por isso, mas fiquem tranquilas, eu já estou providenciando tudo para a segunda temporada e não vai demorar até vocês saberem o que acontece a seguir.
No grupo, farei um texto maiorzinho e um tanto sentimentalista, mas existem muitos sentimentos enquanto escrevo essa pequena nota na última att da primeira temporada.
Nos vemos na segunda temporada, continuem acompanhando McHouse, porque essa fic não seria nada sem vocês ♥
Gostaria de aproveitar essa nota para agradecer à Gabs, a minha beta, a melhor beta que eu poderia ter! Muito obrigada, linda, espero poder contar com você na segunda temporada e nas próximas que poderão vir *-*
Nota da Beta: Gente, como assim fim?? rs Okay, sabemos que tem segunda temporada então, ufa... rs menos uma facada no core. Não sou nem de longe a melhor beta, mas obrigada pela paciência, Ally. Vamos lá, comentem para que a Ally fique feliz *-* <3