Por mais que eu falasse com o animal do , ele não me escutava. O que custava aquele imbecil ir à festa da faculdade comigo? Nada! Mas ele insistia que tinha que ficar com a That. Ela nem notaria a falta dele na sexta à noite, afinal, estaria com a cara enfiada em seu trabalho que era para ser entregue na segunda de manhã. Então era só o quadrúpede falar que sairia para beber com os amigos, coisa que sempre faz, e deixar ela de lado. Que raiva. Que saudades de transar com ele. Droga. Pare de pensar em sexo com o . Mudando de homem, também não poderia me acompanhar, já que teria que tocar em uma boate na zona norte, então o que me restava era o , ex-marido da minha mãe. Não que ele não seja legal, mas eu queria que fosse o ! Vou cortar o pinto daquele desgraçado, pensando bem, não posso, se eu fizer isso vou ficar sem brinquedo. Só tem um grande problema, nunca desisto das coisas que quero. Peguei minha bolsa e fui até o apartamento de That, há essa hora ela ainda deveria estar trabalhando na biblioteca da faculdade, então estaria sozinho, só de cueca se bem o conheço. Mandei um sms para minha best friend para checar mesmo que horas ela chegaria, e bingo, sms respondido com sucesso. Teria três horas a sós com o delicia do namorado dela. Sorri o guardei o aparelho na bolsa. Atravessei a quadra rapidamente, chegando ao bloco onde ficava o prédio de That. Não precisei tocar o interfone para que alguém abrisse a porta, eu tinha a chave reserva. Subi as escadas apressada, enquanto as câmeras de segurança filmavam meus passos. Meu vestido curto quase deixava minha calcinha à mostra, espera, não estou usando uma. Ri sozinha. Então cheguei ao andar desejado. Entrei no apartamento sem tocar a campainha e lá estava o pedaço de bife estirado no sofá apenas de cueca samba canção. Ele me olhou e sorriu, tão safado quando eu. Alguém se lembra deu ter dito que estava com raiva dele? Certo, acho que a raiva se transformou em um tesão reprimido. Caminhei lentamente até o sofá, rebolando e fazendo uma cara de vadia tarada. Me sentei em cima do quadril de . Suas mãos alisaram minha coxa levantando meu vestido.
– Opa, acho que esqueci de colocar alguma coisa. – falei colocando a mão na boca.
– Você não presta. – em seus lábios surgiu um sorriso cheio de malicia. – Acha que vai me convencer de ir à festa contigo, dessa forma?
– Não vim aqui para te convencer a nada, você vai onde você quiser. – ele riu. – Além do mais, só vim porque estava entediada, sei lá, pensei que a That estivesse aqui para conversarmos. – olhei para cima e fiz cara de santa.
– Você sabe muito bem que ela trabalha das tardes de quarta. – apertou minha coxa. – E que é exatamente na quarta que tenho folga na loja.
– É? Hum, tinha me esquecido, então acho que tive sorte. – me segurou com força, e trocou nossas posições. – Tem alguém animado aqui. – coloquei a mão por baixo de sua cueca.
– Por que você é assim? Não deveria estar aqui. – disse beijando meu pescoço. – Deveria ir embora. – senti seus dedos me penetrando.
– Deveria? – gemi em seu ouvido. – Quer mesmo que eu vá? Vou ficar tão sozinha em meu apartamento. – seu polegar fazia movimentos circulares em meu clitóris.
A porcaria do interfone tocou. Ao mesmo tempo em que foi pular de cima de mim, eu o empurrei, o fazendo parar no outro sofá. Meu coração martelava em meu peito. Levantei, arrumando meu vestido enquanto foi atender o maldito interfone.
– Amor? Nossa, o que você está fazendo tão cedo em casa? – fiquei gelada por inteira.
– O que ela está fazendo aqui, e ainda mais tocando o interfone? – sussurrei e ele pediu para que eu ficasse quieta.
– Ah sim, certo. Vou abrir a porta. – colocou o fone no gancho. – Você tem que ir, a That saiu mais cedo e esqueceu a chave, para nossa sorte. – dizia enquanto me empurrava para a porta, e não deixava que eu falasse nada. – Tchau. – me deu um selinho e me colocou para fora.
Bati irritada com o pé no chão e desci de escadas, já que a That deveria estar subindo pelo elevador velho. Como iria resolver minha situação? tinha me deixado excitada.
“The way you do it(...)”
Peguei meu celular e já comecei a caçar o nome na agenda telefônica. , chamando, aguarde. Coloquei o aparelho no ouvido. Puxei um pouco meu vestido para baixo, já que ele estava subindo a cada degrau que eu descia. Bufei irritada com a demora de para atender. Acabou caindo na caixa postal. Tudo bem, se ele não quer me atender, ou está ocupado demais para isso, vou até seu escritório. Guardei o aparelho em minha bolsa. Sai do prédio e procurei um ponto de taxi mais próximo. Entrei no primeiro carro que encontrei e dei o endereço ao motorista. Enquanto não chegava ao meu destino, fiquei trocando sms com . Ele era tão doce e gentil, poderia até dizer que estava apaixonada por ele, poderia, mas não vou, porque não estou. Olhei pela janela a paisagem, nada de bom para se observar, voltei minha atenção para meu celular que vibrou em minha mão.
“Você não sabe o quanto sinto sua falta. Te amo. #”
Ele era um amor. Apenas respondi um; “Eu também.”. Desliguei o aparelho, pois já tinha chegado ao prédio do escritório onde trabalhava. Joguei o dinheiro no banco da frente e desci do carro. Entrei no prédio e subi de elevador até o décimo andar.
– Boa tarde, senhorita Rocha. – Taylor, a secretária virgem de sorriu ao me ver. – No que posso ajudá-la?
– Em nada. – sai entrando.
– O Doutor Leto não está no momento. – disse me seguindo.
– Eu espero. – me virei para ela e a olhei de cima embaixo.
Além da garota ser baixinha, ainda calçava uma sapatilha cafona, o que não ajudava em nada. Torci os lábios reparando no que ela vestia, coitada, não tinha a menor senso de moda. A virgem usava um óculos de armação preta, enorme, bem loser, e seu cabelos cacheados estavam armados, feito uma juba de leão. O que mais me assustou foi seu terninho branco encardido que estava por cima de uma blusa cacharrel laranja. Por Deus, de onde ela arranjou esse look? Nem preciso mencionar novamente sua sapatilha, na qual era de plástico opaco azul marinho, e aquela calça de boca larga que ela vestia. Por favor, alguém socorre essa menina?
– Er... Queridinha, me dê licença. – entrei na sala dele e fechei a porta na cara dela.
Me sentei na cadeira giratória e rodei nela, depois abri as gavetas procurando o que eu mais gostava em , sua heroína. Revirei tudo e não encontrei. Droga, ele deve ter levado quando saiu. O que me restou foi mexer no computador. Fiquei horas esperando, e quando finalmente chegou, minha vontade era de tacar algo nele, por ter demorado tanto.
– O que você está fazendo aqui? – perguntou tirando seu terno.
– Desculpe Doutor, mas ela disse que... – Taylor nem terminou seu frase.
– Tudo bem. – deu um sorriso. – Pode ir embora, não vou atender mais ninguém hoje. – a virgem saiu. – Então, se não atendi a sua ligação, quer dizer que eu não te queria aqui. – se aproximou e parou à frente de sua mesa.
– Hum, você está sendo indelicado comigo. – fiz cara de coitada. – Estava com saudades. – cruzei minhas pernas e lambi meus lábios. – Sabe, desde que foi embora, não te vejo. – passei o indicador em minha coxa. – É difícil não te ver mais todos os dias.
– Como está sua mãe? – tentou desviar o assunto, mas seus olhos não desviavam de meu vertido.
– Garanto que está melhor do que eu sem você. – sorri. – , não seja mal. – uni as sobrancelhas e levantei. Caminhei até ele. – Vai dizer que não sentiu falta me tocar? – parei a sua frente e peguei sua mão. – Porque eu senti falta de você me tocando. – a coloquei em minha cintura.
– Já falei que não era mais para me procurar. – mesmo ele falando isso, senti sua mão me apertando.
– O que você pediu é muito difícil. – disse bem próximo de seus lábios. – Mas queria saber se quer ir em uma festa da faculdade comigo na sexta. – riu.
– Acho que estou um pouco velho para ir a festas de faculdade, ainda mais com uma garota como você. – me prensou contra a mesa.
– O que quer dizer com; “Uma garota como você.”? – meus dedos bagunçaram seus cabelos penteados.
– Jovem e exuberante. – sussurrou em minha orelha. – Se é só isso que veio fazer, já pode ir embora. – se afastou.
Revirei os olhos revoltada e arrumei meu vestido.
– Não foi só isso que vim fazer aqui. – falei irritada. – Você é engraçado, me pega e depois dispensa. – ele ergueu uma sobrancelha. – Não sou nenhuma criança para ser descartada dessa forma!
– Estou ocupado demais no momento para discutir contigo. – apenas respondeu e deu a volta em sua mesa. – Você andou mexendo nas minhas coisas?
– Andei. Alguém problema? – perguntei me virando para encará-lo. – Além do mais, não tinha nada que prestasse nessas gavetas.
– Não, mas bagunçou meus papéis. – tentou organizar suas coisas. – O que você estava procurando está no bolso de dentro do meu terno. – apontou para o mesmo que estava jogado sobre o sofá.
– Quem disse que eu estava procurando alguma coisa? – puxei sua cadeira para trás e a virei. – , vai na festa comigo? – perguntei mais uma vez. Coloquei minha perna entre as dele. – Só dessa vez. Quero muito que vá.
– Você não sabe receber “não” como resposta? – alisou minha coxa.
– Esse é o problema deu ser uma menina mimada. – sorri e joguei minha cabeça para trás, fechando os olhos ao sentir a mão dele me tocando. – Não precisamos ficar muito tempo.
– Está bem. Que horas na sexta? – sua mão foi subindo.
– As onze. – soltei um pequeno gemido quando ele me apertou.
– Ok. – me soltou e tirou minha perna de entre as suas. – Agora tenho que resolver algumas coisas. Até sexta.
– Mas... Agr! ! – grui nervosa. – Quer saber?! Tchau. – sai andando e peguei minha bolsa. – Você nem vai me impedir de ir embora?
– Não. Quer que eu te acompanhe até a porta? – apenas ergueu seu olhar de seus papéis.
Não respondi, apenas sai batendo a porta. Odeio quando ele me despreza. Ele tem que me querer sempre!
“(...)You got that something(...)”
Peguei meu celular e o liguei. Mandei rapidamente um sms para falando que ia à casa dele mais tarde. Joguei o aparelho dentro de minha bolsa e fui para meu apartamento. Tomei um banho demorado, com direito a sais perfumados e tudo mais. Me enrolei na toalha e fui para o quarto. Conectei meu iPod no aparelho de som e coloquei a primeira música para tocar. Deixei com que minha toalha caísse e caminhei até meu closet, dançando pelo caminho. Ouvi meu celular tocar, então dei uma corridinha rápida até ele e me joguei na cama, já o atendendo.
– Amiga! – falei ao atender That.
– . – sua voz não foi a da mais agradável. – Está ocupada?
– Não, estava me arrumando para me encontrar com o , mas nada que ele não possa esperar. O que aconteceu? – me virei na cama ficando de barriga para cima.
– , ele tem agido de um jeito estranho. Hoje quando cheguei mais cedo da biblioteca, ele estava tenso. – ela falava baixo e parecia que queria chorar, mas quando ouvi suas palavras, senti algo frio percorrer meu corpo.
– Tenso, como? – tive que perguntar.
– Hum, ele estava excitado, se é que você me entende. – tive vontade de soltar uma gargalhada alta com aquilo. – , acho que tem uma amante. – e foi ai que That começou mesmo a chorar.
– ? Com uma amante? Sério? – praticamente debochei. – Pare com isso, ele é louco por você. – tentei logo tirar aquilo da cabeça dela. – Amiga, olha, não pense nessas coisas, porque é pior. Além do mais, por que não aproveitou que ele estava todo feliz? Ah, eu teria aproveitado, e muito. – ela riu. – É disso que gosto, de te ver rindo. Agora seque esse rosto e vá fazer algo de bom com seu namorado gostoso.
– , só você mesmo para me animar. – a escutei dar uma fungada. – Tem razão, acho que estou ficando paranoica. – alguém bateu na porta onde ela estava.
– Com que está falando? – era quem perguntava.
– Hey, diga que estou mando um “Alô”, ou melhor, me deixe falar com ele. – pedi.
– É a , e ela quer falar contigo. – houve um silêncio e então atendeu.
– Oi, amor. – dei uma risadinha. – Tenha mais cuidado, a That está começando a desconfiar de você.
– Hm. Certo. – eu pagaria qualquer coisa para ver a cara que ele deveria estar fazendo. – Pode deixar que vou cuidar bem dela.
– Não faça nada que não faria comigo. – ele coçou a garganta. – Então, a faça feliz. Se a That descobrir algo, eu juro que te capo. Estamos entendidos?
– Ok. Vou passar para ela. – esperei que ele devolvesse o aparelho. – Se arrume, nós vamos sair. – não vou negar que fiquei meio irritada por ele tê-la a chamando para sair, ainda mais sabendo que eu estava escutando. Certeza que o cretino fez isso de propósito.
– Nossa, o que você disse a ele? – That logo perguntou, e ela estava toda animada.
– Nada demais. Só falei que se ele te magoasse, os dias dele estariam contados. – soltei uma risada forçada. – Já que você está melhor e pelo jeito faturou ainda, posso desligar e ir me arrumar.
– Claro, e desculpe se te atrasei. – disse meio envergonhada.
– Que nada. Depois conversamos mais. Beijos, gata. – mandei vários beijinhos.
– Beijos. – encerrei a ligação e tive vontade de jogar o celular na parede.
Dei um berro de raiva e fui me vestir. Por que tinha que ser dela? Ele era para ser meu, eu o vi primeiro. Não me conformo com isso. Coloquei qualquer porcaria que encontrei, não se importaria mesmo. Peguei minhas coisas e me mandei para a casa dele. Toquei a campainha e esperei que ele abrisse logo. Olhei para a foto que tinha no visor do meu celular e o coloquei no bolso. Era uma foto minha e da That em uma tarde na faculdade, foi quem a bateu. E como sempre ficava segurando vela para aqueles dois. Sabe, não é que eu goste mesmo dele, só que aquele gostoso me tirava do tédio, ele tinha uma pegada boa, mas não gosto da ideia de ter que dividi-lo com minha amiga. Geralmente tenho tendência a querer as coisas que não são minhas. A porta se abriu. Sorri e entrei, dando um abraço apertado naquele fofo. Seus braços deram a volta em minha cintura, me apertando um pouco mais contra seu corpo. Encostei a cabeça em seu peito e respirei fundo, sentindo o cheiro de seu perfume. fechou a porta comigo ainda agarrada nele. Nos olhamos antes de um colar nos lábios do outro. Com apenas as pontas dos meus pés encostando no chão, fui empurrando ele até o sofá da sala, quando caímos sobre ele, começamos a rir.
– Preparei o jantar para nós. – falou colocando uma mecha de cabelo para trás da minha orelha.
– Sério? – foi impossível de não soltar um sorriso largo. Era impressionante como era tão legal comigo.
– Uhum. – me deu um selinho. – E tem vinho também.
– Pare de me comprar dessa forma. – dei um tapinha de leve em seu peito.
Ele apenas riu. Nos levantamos e fomos até a sala de jantar, onde sobre a mesa tinha velas acesas e uma linda rosa vermelha. Outro sorriso começou a brotar em meu rosto, e então, repensei se deveria ficar mesmo correndo atrás de outro cara que não fosse o . Ele me tratava tão bem, além de ser famoso e ser rico. Me sentei enquanto ele foi o mais cavaleiro possível.
Depois de comermos voltamos para a sala e ficamos vendo filme, foi ai que acabei pegando no sono nos braços de .
Acordei na manhã seguinte em um lugar diferente, estava deitada na cama, então rolei por ela caçando meu garoto, mas a encontrei vazia. Me obriguei a abrir mais os olhos e vi que estava sozinha no quarto. Achei meu celular sobre a cabeceira e um pedaço de papel dobrado embaixo dele. Olhei a hora e depois pequei o papel. Dei um sorriso ao ver a caligrafia de .
“Desculpe ter saído sem te falar, mas não quis te acordar. Te amo, minha anja.”
É só isso que eu ganho! Um pedaço de papel falando que em ama! Quero ver mais ação, escutar ele gemendo e sussurrando isso em meu ouvido. Bufei e levantei, já estava na hora deu ir para casa, ou melhor, no trabalho de . Assim quando passei pela porta da loja, já fui empurrada para fora. Ele nem se quer deu uma palavra, apenas me colocou para fora. Qual é desses homens? Estão fazendo um complô contra a minha pessoa? Já que não me restava mais anda a fazer, fui comprar uma roupa nova para ir à festa amanhã.
“Damn you look so sexy(...)”
Hoje a noite vai ser quente! Coloquei o vestido que comprei ontem, ele era platinado de um só ombro, além de ser bem curto. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo e coloquei uma gargantilha com um pequeno pingente de diamante, presente do . Passei um batom Pink e pintei meus olhos com uma sombra preta. Quando acabei de me arrumar, caminhei até a sala de estar, onde já me esperava. Ele me olhou de cima embaixo e por fim colou seus olhos em minhas coxas. Mordi o canto da boca, e não consegui segurar minha cara de safada.
– Não acha que está um pouco chamativo demais esse vestido? – perguntou já se levantando. – E outra coisa, essa é a última vez que saímos juntos. – não o questionei sobre isso, pois já tinha escutado fala disso algumas outras vezes. Era sempre assim.
– Seria mais chamativo se eu saísse nua. Pare de reclamar da minha roupa, e vamos. – sai andando na frente e fazendo questão de rebolar.
Antes deu abrir a porta, me puxou pela cintura. Senti minhas costas se chocarem contra o peito dele, sua barba que já começava a crescer novamente, roçou em meu pescoço e seus lábios passaram na ponta de minha orelha. Sorri de forma maliciosa.
– Nem pense em fazer nada agora, senão vai borrar a minha maquiagem. – tirei suas mãos de minha cintura. É bom sentir o gosto do próprio veneno, não é? Ninguém mandou me deixar na vontade no outro dia.
Fomos para a festa, e quando chegamos o lugar já estava mais do que lotado. Dei um sorriso e joguei os braços para cima, passando por entre as pessoas e dançando. Pude sentir as mãos de tocarem minhas curvas, ele podia ter mais de 40 anos, mas se divertia com um cara de 20. Me virei de frente para ele e o beijei. Sua mão desceu até minha bunda e a apertou com vontade. Me afastei e voltei a ficar de costas para ele. Ficamos dançando juntos por um bom tempo, um provocando o outro. Foi nesse exato momento que senti meu corpo ficar todo gelado, pois dei de cara com That e , mas não parei de me mexer, continuei agindo como se tudo estivesse normal. Só que o problema era que That sabia que era meu ex-padrasto, mas não a parte que nós nos pegávamos, já , nem se quer imagina que tenho outro. A única coisa que me restou foi sorrir. Espera ai, ela não tinha dito que ficaria fazendo o trabalho da faculdade e por isso não iria vim?
– O que está fazendo aqui? – perguntei dando um abraço apertado na minha amiga.
– me ajudou a acabar o trabalho, tentei te ligar, mas seu celular está dando desligado. – claro, desliguei para ninguém me encher o saco. – Não me diga que está pegando o . E o ?
– O está tocando em outra festa. Sim, eu digo. – o som era alto demais para que mais alguém estivesse escutando aquela conversa. – Estou pegando o . Minha mãe não quis mais, então tem quem o queira, eu!
– Você não presta! – rimos juntas. Quem disse que prestei algum dia?
me olhava com raiva, e eu nem ligava para isso, afinal, não sou propriedade de ninguém. Quanto mais ele me olhava, mas me esfregava no , e sabe de uma coisa, estava adorando isso, os dois me queriam, estava mais que na cara. Ser desejada por dois caras lindos é a melhor coisa que tem, só perde para os dois na cama comigo, porque isso sim, é a melhor coisa do mundo. também não deixou por menos, ele fazia a questão de ficar agarrando That bem ali na minha frente. Não deixei por menos, a boca de era tão gostosa quanto à dele. Só que esse jogo estava começando a ficar chato, podíamos pular logo para a parte que os dois caem na cama comigo. Aquilo tudo estava me dando sede, então me soltei de e fui até o bar pegar algo para beber. O ambiente que ficava o bar era um salão com portas de vidro, para isolar um pouco o barulho do som e também era uma área de fumante, na verdade ali era um lounge com alguns sofás e mesas. Fiquei rebolando enquanto esperava algum barman me atender, aquele lugar estava realmente muito cheio. Uma mão bruta e bem conhecida segurou meu braço com força me puxando para trás. Já virei com um sorriso nos lábios, por sinal, minha provocação tinha dado mais do que certo.
– Quem é aquele cara? – perguntou muito próximo do meu rosto. Ele mascava um chiclete de menta, e seu hálito fresco me dava vontade de beijá-lo.
– Ele é o meu cara. Algum problema? – meus lábios praticamente tocaram os dele. – Sentiu inveja dele porque ele estava me beijando? – segurei seu queixo e minhas unhas compridas apertavam seu maxilar. – Você tem o seu brinquedo, eu também tenho o meu. Não vejo nada demais nisso. – estava tenso, sua respiração era pesada. – O que tem a dizer? – minha outra mão já deslizava por sua calça até chegar ao meu lugar favorito de seu corpo.
– Você é surtada. – ri com seu comentário sutil. – Some da minha frente, antes que eu arranque seu vestido aqui mesmo. – agora era a mão dele que me alisava. Mordi seu lábio inferior.
– . – pela segunda vez naquela mesma noite, meu coração ameaçou parar. Aquela voz não, poderia escutar qualquer uma, menos aquela. Fechei os olhos e respirei fundo. – Você poderia me explicar o que está acontecendo aqui? – bem, explicar até posso, só não garanto que irá gostar.
E quando pensei que a situação não podia ficar pior, ela ficou. Assim que me virei para olhar , com ainda alisando a minha bunda, That estava logo ao lado dele, e o sorriso que minha amiga tinha no rosto, logo foi sumindo aos poucos. Com certeza ela tinha encontrado com e veio atrás dele na expectativa de me ajudar, já que estava ali, e ela logo formulou que um não sabia do outro, That era uma garota esperta, além de me conhecer muito bem. Minhas mãos subiram até o peito de e o afastou de mim, foi só ai que ele se tocou no que estava acontecendo. O sujeito ficou pálido e me olhou, tentando buscar uma saída, apenas neguei com a cabeça, agora estávamos ferrados. Não sabia o que era pior, se ver algumas lágrimas escorrendo pelo rosto da minha amiga ou se me olhando com cara de extrema decepção.
– Quando me ligaram falando que tinham te visto se agarrando com outro cara, não esperava que fosse o namorado da sua melhor amiga, e, muito menos, esperava que isso fosse verdade. Tive que vim ver com meus próprios olhos. – o que falar agora? Não tenho nada para dizer, estava pegando o mesmo e não vou negar. – Vai ficar me olhando e não vai falar nada?
– O que tenho para dizer? Estou errada mesmo. – falei arrumando meu vestido, ele tinha levantando um pouco com a mão de na minha bunda.
– Poderia pelo menos pedir desculpas. – virou o rosto, e That saiu correndo. Empurrei para ir atrás dela e ele foi. – Serio, não esperava isso de você.
– , nós não tínhamos nada sério. – rebati, não posso ser crucificada também.
– Se para você o que tivemos não foi nada sério, para mim foi. – revirei os olhos.
Vi entrando no lounge, e seguiu meu olhar e depois me encarou. O ruim era que ele sabia quase da minha vida inteira, já que passávamos mais horas conversando do que fazendo outras coisas mais interessantes.
– O que... Você não estava com o , não é? – tive vontade de rir, mas me controlei.
– Er... Não. – e agora um sorriso singelo brotou em meu rosto. – Vim com o .
– , você não tem escrúpulos. – me olhava com certo nojo.
– Algum problema aqui? – já chegou perto de mim, me abraçando.
– Não, quem tem algum problema aqui, é essa garota. – respondeu e foi embora.
– Tenho que resolver isso. – falei com e fui atrás do . – Hey, espera, as coisas também não são bem assim.
Ele nem se quer me respondeu, continuei andando atrás dele, mas andava rápido. Tentei caminhar mais depressa, porém era complicado fazer isso com saltos enormes nos pés. Quando ele saiu do lounge e entrou no meio das pessoas, o perdi de vista. Droga. Andei um pouco no meio da multidão, só que não consegui encontrá-lo. Nessas horas que preciso do meu celular, eu o deixo em casa.
“(...)I just wanna touch you(...)”
Voltei e me encontrei com , ficamos conversando e expliquei a confusão que estava acontecendo. Ele apensas me chamou de safada, nada que eu realmente não seja, mas também não me julgou. Ficamos bebendo um pouco e depois fomos para a pista fazer o que tem de melhor em uma boate, dançar. Afinal, não tem nada que eu possa fazer agora. Meu corpo estava suado e a boca de ficava cada vez mais gostosa de beijar. Sabe aquela sensação de que alguém está de observando? Então, estava sentindo isso a todo o momento, como se estivesse sendo vigiada. Aquilo estava tão bom, que as horas pareciam minutos. Vi se aproximar, e ele não tinha uma cara nada boa, achei estranho ele ainda estar ali.
– Me ajuda a encontrar a That?! – pediu, mas aquilo me pareceu mais uma ordem. – Não a encontro em lugar nenhum.
– Ela deve ter ido embora! – dei de ombros e um gole na cerveja que segurava.
– Não, os seguranças disseram que ninguém saiu ainda. – isso me fez pensar que então não tinha ido embora.
– Certo, vou te ajudar. – avisei ao que ia tentar achar That e o deixei sozinho.
Comecei a procurá-la, e até mesmo . Nós não os encontramos em lugar nenhum, a menos que estivessem no meio da pista, e isso seria como procurar uma agulha no palheiro. Que porcaria. Por que eu tinha que ficar procurando a That logo agora? Tinha que ir no banheiro, estava sentindo que as cervejas que tomei, já queriam fazer seu efeito. me seguiu até a porta, e ficou me esperando do lado de fora. Apesar de terem bastantes cabines, tinha uma fila de mulher para usá-las. Encostei na parede e cruzei minhas pernas. Conforme as cabines iam sendo desocupadas, apenas uma continuava fechada.
– Tem alguém se pegando na última cabine? – perguntei para a menina na minha frente. Já era de se imaginar, essas coisas sempre aconteciam.
– Acho que sim. – riu que nem uma porquinha.
– Isso porque estou apertada. Lugar de comer os outros é no mínimo dentro do carro. – falei e a menina riu mais ainda. – Vou resolver isso agora. – fui até a última cabine e esmurrei a porta. – Ai galera, desculpa empatar a foda, mas desocupa ai, tem gente querendo usar a cabine. – Não tive resposta, então olhei por baixo e vi dois pares de pés. – Vou chamar o segurança, não pode entrar homem no banheiro feminino!
Ok, fiquei no vácuo. Fui até a porta do banheiro e chamei a mulher que fazia a segurança. Ela entrou e foi até a onde informei, e claro, eu estava logo atrás para ver quem era. A segurança fez a mesma coisa que fiz, mas também não obteve resposta, então ela deu um jeito e abriu a porta da cabine. Não, não pode ser. Era o , e eu conhecia aquele sapato vermelho, era o mesmo que That tinha, e eles estavam...transando! Como assim? Como que ele nunca faz isso comigo e faz isso com minha amiga? Essa vadia, dando para o homem que eu queria usufruir! Dei um grito irritada com aquilo. Os dois me olharam e riram. Eles riram! That saiu de dentro da cabine com a maior cara de deboche para mim. Respirei fundo e agarrei os cabelos daquela vaca! Ela não podia ter feito aquilo, não mesmo!
– Meu cabelo, não! – disse tentando tirar minhas mãos de cima dela. – Me solta!
– Você deu para o meu homem! – That me deu um tapa na cara, que fez até um barulho alto.
A soltei e encarei aquela garota. Ela nunca bateu nem em uma mosca, como ousa me esbofetear? Todos no banheiro ficaram quietos naquele exato momento. nos olhava agora apavorado com a situação. Soltei outro grito e pulei em cima de That. Nós duas caímos no chão e começamos a nos bater, era tapa para todos os cantos, minha unha chegou a quebrar o que me deu mais raiva ainda. As pessoas nos separavam, enquanto eu ainda gritava feito uma maluca histérica. That estava toda descabelada e eu não deveria estar muito diferente disso.
– Sua vadia! – berrei. – Você não tinha o direito. – tentei pular em cima dela novamente, mas me seguraram.
– Cale a boca! A única piranha aqui é você, eu apenas dei o troco, no qual foi muito bom, posso garantir. – ela riu de forma debochada.
– Chega, vocês duas! – entrou no meio de nós. – That, vamos embora, te deixo em casa. – ele pegou a mão dela e saiu puxando ela para fora.
Quando That passou por mim, fez questão de esbarrar em meu ombro. Encarei meu reflexo no espelho, estava toda desmontada, tinha que dar um jeito naquilo antes de sair daquele banheiro. As meninas me ajudaram a retocar a maquiagem e arrumar meu cabelo, até que elas foram legais. Já que não entendiam muito bem o que estava acontecendo, elas achavam que eu era a vitima da história toda. Sou uma fabulosa loba fantasiada na pele de cordeiro. Agradeci as feiosas e sai como se nada tivesse acontecido. ainda continuava na porta do banheiro parado feito uma estátua.
– O que você ainda está fazendo aqui? Não viu que a sua namorada saiu com meu peguete? – perguntei o empurrando.
– Eu vi. O que aconteceu lá dentro? – cruzou os braços e encostou-se à parede.
– Saímos no tapa. Eles dois estavam transando dentro da última cabine. – fiz cara de nojo. – E ai, o que vamos fazer? Ficamos na merda agora.
– Não sei você, mas eu vou tentar conversar com ela amanhã. – sorri, isso queria dizer que ele poderia ser meu hoje e minha fantasia de ter ele e o na mesma cama comigo, estava mais perto do que eu esperava. – Estou indo nessa.
– O que? Você não pode ir. – o segurei.
– Posso sim. Fica ai com o seu estepe. Estou metendo o pé. – tirou minha mão de si.
– ! – bati o pé.
– , me esquece, ok? – disse bem sério olhando dentro dos meus olhos. – Já perdi a garota que eu amo, agora não me faz perder meu tempo contigo.
Fiquei sem palavras, eu pensei que ele gostasse de ficar comigo, pelo menos isso. Observei se afastar e não consegui fazer nada. O único que em restava agora era o . O que tinha mais a se fazer? Perdi minha piroca amiga.
“(...)Take a shot, you want one(...)”
Entrei no pub e me sentei nos bancos que tinha no balcão. Para começar a noite bem, pedi uma tequila. Assim que virei o shot, peguei meu celular e mandei um sms para o John. Meu mais novo gostoso, ele era carne nova na faculdade e eu tinha que provar. Coloquei o aparelho ao lado do meu copo e olhei ao redor. Será que o Ian vai aparecer por aqui hoje? Não seria nada mal, ele tem uma pegada tão boa. O barman me serviu uma caipifruta de abacaxi junto de um bilhete. Dei um gole na bebida pelo canudinho, na qual estava bem fraquinha, porém deliciosa. Peguei o pequeno papel e o li.
“Se eu te convidar para ir a uma festa comigo agora, você iria?”
Ergui o olhar até encontrar o dono do recado, localizando um homem lindo, que me olhava de longe, sentado no outro lado do balcão. Sorri para ele mordendo o canudo e tomei mais um pouco da caipifruta. Chamei o garoto que me serviu e pedi uma caneta emprestada. Virei o pequeno papel e escrevi.
“Que tal você vim até aqui e tentar me convencer mais de perto?”
Pedi para o garoto entregar o recado. Fingi não prestar muita atenção ao meu redor, e nem vi se o homem leu o que escrevi ou não. Então pedi mais uma dose de tequila e a virei de uma só vez. Enquanto isso, continuei bebendo e olhei para meu celular, que tinha recebido um novo sms. John. Li o que ele mandou, mas não respondi, apenas desliguei o aparelho, ele poderia ficar para mais tarde, ou quem sabe para amanhã. Alguém se sentou ao meu lado, olhei para ver que era, mas já sabendo quem iria encontrar. Dei um sorriso largo para o homem gato.
– Boa noite. – falei entendendo a mão. – Prazer, . – ele a pegou, então pude ver um enorme anel dourado em seu dedo anelar. Isso estava começando a ficar interessante.
– O prazer é todo meu, Enrique. – ele tinha um sorriso tão safado quanto o meu. Então deu um beijo singelo nas costas da minha mão. – Acho que nós já nos conhecemos. – o olhei bem, e realmente, esse cara não me era estranho. Forcei um pouco minha memória e consegui lembrar, como um estalo.
– Você é namorado da Nanda. – Enrique apenas riu. Nanda fazia algumas aulas comigo, e ultimamente tínhamos conversado bastante. – Então, onde é essa tal festa?
– Nossa, foi fácil te convencer. – riu e se levantou do banco. – Pensei que seria mais complicado.
– Nessa vida as pessoas complicam coisas que são muito simples e deliciosas de se fazer. – mordi o canto da minha boca. – Então, me faça gostar do que vamos fazer essa noite. – peguei meu celular e o coloquei no bolso da minha saia. – Ai, me vê mais um shot de tequila. – o barman me serviu. Tudo que vez em três é mais gostoso. E digo que ainda vou jogar três homens na minha cama. Porque o número três é o meu número da sorte.
“(...)You know I love it”
N/A: Hola chicas. Como estão? Hein? Espero que bem! E ai, o que acharam do meu especial para o Party Tequila do We <3 FFOBS? Eta menina danada. Sabe, queria fazer alguma coisa na qual ainda não tinha feito ainda, então, por quê não criar uma personagem safada e arrebatadora? E aqui está ela. Dei muita risada enquanto escrevia e espero que vocês também tenham rido um bocado com essa loucura. Sem duvidas a nossa Miss Santidade aqui, é louca, louca. Não existe algo que a impeça de fazer o que queira. Ela o quer, ela vai ter, não importa de quem o cara seja, ele será dela! Não posso esquecer da participação especial da That, que me ajudou a ter ideias e não me deixou parar de escrever. Além da Nanda também, minha paçoca linda, no qual me deu a maior força. <3’
É isso. Espero que tenham gostado.