- Hm, tão cheirosa! - sussurrou enquanto cheirava o pescoço da esposa. sorriu, encolhendo-se um pouco e se virando na cama para fitá-lo. – Bom dia!
- Bom dia! – respondeu, suspirando e escondendo o rosto na curva do pescoço dele. Ele abraçou sua cintura e a acariciou. subiu suas mãos para a nuca dele e fez um carinho enquanto escutava sua respiração calma bater contra seu ouvido.
- Hoje é sábado. – disse naturalmente. – Dia de ficar só com você.
- Hmm... – ela murmurou. – Comigo e com todas as suas fãs.
- Elas são só à noite. – beijou brevemente seus lábios. – O dia é com você.
- Yeah! - mordeu os lábios, soltando um suspiro. Ela tinha algo pra contar a ele há dias, mas não conseguia tomar coragem o suficiente para falar. – Ahm, acho que vou preparar o nosso café.
- Não, fica aqui comigo. – ele a apertou em seus braços. – Agarradinhos e quentinhos!
- … - falou, sorrindo, sentindo seu corpo se arrepiar aos toques dele. – A gente não pode passar o dia todo na cama, amor.
- Ah, não? – ele desafiou, dando mordidinhas em seu pescoço, fazendo-a rir.
- Nãão! – gritou, sentindo o marido começar a fazer cócegas em sua barriga. – Nãão, paaara! – ria alto, sentindo que iria explodir a qualquer momento de tanto rir. - !
- Ai, ai! – ele riu, jogando-se para o lado e a soltando. – Você ri por qualquer coisa, amor.
- Qualquer coisa? – perguntou ela, incrédula. Sentou-se na cama e pegou um travesseiro, tacando-o nele. – Você quase me matou agora pouco, seu louco!
- Ouch! – ele fez uma careta, passando a mão no lugar atingido. – Ei, para de me bater!
- E se eu não parar? – desafiou-o. levantou a sobrancelha, malicioso. - ?
- Vem cá, mulher! – puxou-a pela mão, fazendo-a se sentar sobre seu quadril. – Você é linda, sabia? - fez uma careta, negando. – Claro que é! – ela riu, apoiando as mãos sobre o peitoral nu dele. – Linda, linda!
- Para com isso, amor! – pediu, manhosa. Ele riu, puxando o rosto dela para próximo do dele e depositando um beijo leve em seus lábios. - , eu preciso te contar uma coisa.
- O que é, ? – perguntou, franzindo o cenho. A expressão do rosto dela estava tenso.
- , eu estou… - foi interrompida pelo celular do marido, que começou a tocar auditivamente. Ela suspirou alto, saindo de cima dele e alcançando o maldito sobre o criado-mudo. Pegou e o entregou a ele. Ele fez uma careta pra ela, pedindo desculpas e atendendo a chamada.
- Fala, cara! – falou, desanimado. se levantou e foi para o banheiro. Olhou seu reflexo no espelho e suspirou. Mais uma vez, alguma interrupção quando ela iria contar que estava grávida. Mas ela estava decidida, de hoje não passava. Fez toda a sua higiene matinal e, quando voltou ao quarto, já estava dormindo de novo. Riu, pensando o quão preguiçoso ele era. Saiu de fininho do quarto e rumou para a cozinha de sua casa. Preparou chá e torradas. Clássico, mas adorava. Estava distraída preparando a bandeja com as comidas, quando sentiu duas mãos fortes em torno da sua cintura. Assustou-se a princípio, mas depois sorriu. inalou o perfume do pescoço dela, depositando um beijo no mesmo, logo após. – Hm, chá com torradas! – comentou, observando a bandeja que ela preparava.
- Eu ia levar pra você, seu dorminhoco! – brincou, virando-se de frente para ele. fez uma careta, bagunçando o cabelo. – Mas já que acordou, vamos tomar café aqui mesmo.
- Ah, não! – choramingou. – Eu quero café na cama agora.
- Larga de manha, garoto! – deu um beslicão no braço dele, fazendo-o rir. – Vem, vamos comer antes que esfrie. – avisou, pegando a bandeja e levando-a até a mesa. continuou parado no mesmo lugar, de braços cruzados, observando-a. , que já estava sentada, notou e o olhou, confusa. – Ei, não vem?
- Acho que te amo... – falou ele, sorrindo. riu, balançando a cabeça.
- É, talvez eu também te ame... – sorriu, vendo-o concordar. – Talvez eu te ame muito. – ele se aproximou dela. – Mas só talvez.
- É, talvez! – ele deu de ombros, fingindo indiferença. – Talvez eu só queira comer torradas, não sei.
- É, talvez! – eles se entreolharam e começaram a rir. – Idiota!
- Bobona! – revidou. riu, mostrando a língua. – Ok, vamos tomar logo esse café, porque eu tenho ensaio daqui a pouco.
- Ahmm... – fez de um jeito triste. Desse modo, ela nunca ia conseguir contar a ele sobre a gravidez. – Achei que o dia era só meu hoje.
- Sinto muito, ! – sentou-se, entrelaçando sua mão com a dela. – Mas você sabe que eu tenho um show super importante hoje, né? – ela concordou, sorrindo sem mostrar os dentes. – Não faz essa carinha, meu anjo.
- Tudo bem, amor. Eu entendo! – tentou tranquilizá-lo. – Eu sabia de tudo isso quando me casei, certo? E não me arrependo!
- Eu me sinto culpado, às vezes. – suspirou, confessando. – Você passa a maior parte sozinha em casa. Me sinto mal, sabe? Eu não quero isso pra você.
- Ei, ei! – ela o interrompeu, levantando-se e indo se sentar no colo dele. – A gente já conversou sobre isso e está tudo bem, meu amor. – sorriu, beijando-o. – Você sempre esteve aqui quando eu precisei. Eu entendo sua profissão, eu tenho orgulho de você e dos meninos. - sorriu, concordando.
- Eu não podia ter escolhido uma mulher mais perfeita pra mim. – segurou em sua cintura, puxando mais para si.
- Bobo! – sorriu.
- Linda! – sussurrou, beijando-a em seguida. O beijo tornou-se longo, urgente e apaixonado. Depois de minutos, terminaram-no com selinhos. pegou uma torrada, quebrou-a em pequenos pedaços e colocou um na boca da mulher. – Come aí.
- Delicadíssimo! – riu, de boca cheia. – Ah, tenho que encontrar minha mãe hoje.
- Ótimo! Sinto-me menos culpado por te deixar sozinha aqui – comentou enquanto comia as torradas.
- Não precisa se sentir. – pediu, levantando-se do colo do marido. – Você me dá uma carona até lá?
- Claro, amor! – concordou, lançando um sorrisinho carinhoso a ela, que concordou e foi para o quarto se arrumar. Colocou uma calça jeans, uma regata comprida com a torre Eiffel estampada, calçou uma sapatilha, fez uma leve maquiagem, borrifou um pouco de perfume e penteou os cabelos. Pronta! – Amor, viu aquela minha camisa verde? - entrou no quarto, perguntando. Andou até o closet e o abriu, vasculhando entre as suas camisas.
- Tá suja, ! – avisou, indo até ele e pegando uma camisa azul. – Aqui, usa essa.
- Valeu! – agradeceu, dando-lhe um selinho. se sentou na cama, olhando o marido se arrumar. riu.
- O que você está olhando? – perguntou, terminando de se vestir. Ela deu de ombros, sorrindo.
- Só estou te olhando, oras! – falou, apenas. riu, balançando a cabeça. Passou um perfume, bagunçou os cabelos e pegou os óculos escuros, colocando-os no rosto. – E aí, vamos embora?
- Vamos! – concordou, esticando os braços para que ele a ajudasse a levantar. Foi o que ele fez. Em poucos minutos, já estavam na rua, ignorando alguns paparazzi, dando tchau para algumas fãs e, enfim, chegando à casa da mãe de . – Quando terminar lá, me busca, tá?
- Pode deixar, linda! – puxou o rosto dela pelo queixo, beijando-a rapidamente. – Manda um abraço para a sua mãe.
- Pode deixar, genro dos sonhos! – ela riu, lembrando-se da piadinha que a mãe dela havia feito. Saiu do carro e foi para a casa da mãe. Hora de ouvir conselhos!
***
- Eu posso ser sincera, filha? – perguntou a mãe enquanto estavam sentadas no sofá da sala. balançou a cabeça, concordando. – Eu acho que o vai surtar quando souber. No bom sentido, é claro! – ela riu. – Ele vai amar saber que vai ser pai. Ele te ama, querida. É claro que ele vai ficar feliz quando souber que vai ter um filho seu.
- Eu também acho que sim! – sorriu, colocando a mão sobre a barriga, involuntariamente. – Mas eu não acho uma oportunidade certa pra contar isso a ele, entende? Todas as vezes que eu tentei contar, algo nos atrapalhou!
- Então não espere mais! Assim que chegar em casa, conte a ele a novidade. – sugeriu. – Confie em mim, ele vai ficar muito feliz.
- Eu vou fazer isso! – concordou. – Eu já esperei muito tempo, não dá mais.
- Isso mesmo, querida! – sorriu. – E aí, quanto tempo mesmo?
- Oito semanas! – sorriu largamente. – E já tem uma semana que eu estou tentando contar isso a ele.
- Vai dar tudo certo, acredite!
- Eu espero que sim.
Quando foi buscá-la na casa da sogra, estava decidida a contar tudo a ele. Mas acabou desistindo quando viu que tinha trazido um dos companheiros de banda com ele. Ela iria surtar se não contasse logo. O show seria em menos de três horas. Como contar isso até lá? Bom, pelo jeito, ela teria que adiar de novo. Quando já estavam no local do show, nos bastidores, estava jogada no sofá do camarim, vendo os meninos ensaiarem e discutirem os últimos ajustes para o show. Houve uma batida na porta, o agente deles entrou, carregando no colo uma menininha de, no máximo, dois anos.
- Olá, meninos! – ele disse, aproximando-se deles. – Essa é a mais nova fã de vocês!
- Oi, fofinha! – um deles falou, segurando a mãozinha dela. – Como você se chama, pequena?
- Lucy! – falou baixinho. Eles sorriram com a doçura dela.
- Você vai assistir ao show, Lucy? - perguntou, vendo-a colocar o dedo na boca. Ela balançou a cabeça, concordando. – Quer conhecer o nosso camarim?
- Quero! – falou, animada. Estendeu os braços para ele, para que ele pudesse pegá-la. Ele se surpreendeu, olhou para os lados, sem saber o que fazer.
- Ahm, ok! – sorriu, sem jeito. Pegou-a no colo e ela passou o bracinho pelo pescoço dele, deixando-a levar para onde quisesse. começou a andar pelo camarim, mostrando todas as coisas existentes lá para ela. – Essa é a nossa guitarra, olha. – ele pegou a guitarra, deixando-a passar a mão. Ela riu, adorando aquilo tudo. – Hmm... – ele olhou ao redor. Viu sentada no sofá, olhando-os meio intrigada. – Tá vendo aquela moça ali? – ele apontou para ela, chegando mais perto. Lucy concordou. – Ela é a minha esposa. Bonita, né?
- Bonita! – ela repetiu, sorrindo. balançou a cabeça para ele, negando.
- Oi, lindinha! – ela falou, assim que eles pararam à sua frente. – Tá gostando de estar aqui? – ela concordou, voltando a colocar o dedo na boca. mordeu os lábios, olhando a cena do marido segurando uma criança. Lindo. Suspirou, imaginando-o segurando o filho deles. Ok, ela tinha que contar a ele. E ia ser agora.
- Ok, o passeio acabou! – o agente deles avisou. Foi até e pegou Lucy de volta. – Garotos, entramos em cinto minutos! - o olhou atordoada. Era agora ou nunca.
- Vamos embora, ! – chamaram-no depressa. – Se não a gente se atrasa!
- Estou indo! – avisou, alto. – Deseje-me sorte, meu bem!
- Ahm, … - ela começou. – Eu preciso te dizer uma coisa.
- O quê? Dá pra esperar até o final do show? – pediu.
- Vamos logo! – ouviu de novo o chamarem. bufou, impaciente.
- Argh! – falou alto.
- Que foi, amor? Tudo bem? – perguntou, preocupado. respirou fundo, achando que fosse explodir.
- … - começou. – Eu estou grávida! – confessou, finalmente. a olhou com a expressão de surpresa estampada no rosto.
- Droga, ! Vem! - sentiu alguém o puxando para fora pelo braço. Viu se afastando de acordo que o puxavam. Grávida? Era isso mesmo? – Acorda, cara! – o amigo estalou os dedos na frente do rosto dele. balançou a cabeça, saindo do transe. Olhou para os lados e notou que já estava atrás do palco. Procurou por , mas não achou. Ele parecia estar perdido em algum tipo de sonho. Não sabia se era real o que ele tinha acabado de ouvir. De repente, tudo ficou escuro. No instante seguinte, luzes inundaram o local, gritos histéricos e fãs enlouquecidas. O show havia começado. tentou se concentrar no que estava fazendo, ouviu a introdução da música, respirou fundo e começou a dar o melhor de si.
- Boa noite, Londres! – quase gritou no microfone. – Prontos para mais uma noite de arrasar? – houve gritos. – Acho que isso foi um sim. – ele riu. Finalmente, o show começou, muitas músicas, gritos, danças, cartazes, cartas e ursinhos de pelúcia jogados no palco. Quase no final do show, no intervalo de uma das músicas, olhou para o canto do palco e a viu. estava lá, parada, olhando fixamente para ele. Não sabia o que dizer e nem o que fazer. sorriu, tendo uma ideia. Quando ia começar mais uma música, ele interrompeu. O resto da banda o olhou, sem entender. – Bom, pessoal, essa foi uma noite mágica pra mim. – começou, vendo todos aqueles milhares de rostos atentos ao que ele falava. – Mágica porque eu estou aqui com vocês, fazendo o que mais amo na vida. – gritos e mais gritos. – É, eu sei. Mas essa noite se tornou ainda mais mágica... - direcionou o olhar para a esposa, rapidamente. o olhava apreensiva. – Hoje, enquanto eu estava entrando no palco, recebi uma grande notícia! – a banda se entreolhou, esperando alguma resposta, mas ninguém sabia o que era. – Recebi a notícia que eu, , vou ser pai. – aconteceu uma explosão de gritos surpresos. – É! Isso não é maravilhoso, pessoal? – sorriu, vendo a alegria do público e dos amigos. – Ei, , não tive a oportunidade de dizer isso antes, mas... – ele suspirou. – Eu te amo e estou muito feliz em saber que eu vou ter um filho seu! – ela colocou a mão na boca, não acreditando que ele havia feito aquilo na frente de milhares de pessoas. Ela balançou a cabeça positivamente, gesticulando um “Eu também te amo” de volta. Ela não aguentou, correu até ele e o abraçou forte. O público foi ao delírio. soltou o microfone e sussurrou no ouvido dela: - Obrigado por me dar esse presente, meu amor. Obrigado por tudo que você representa na minha vida. Eu estou muito, muito feliz por isso!
- Eu... Eu te amo demais! – foi o que ela conseguiu dizer, pois o choro já havia a invadido. Ele sorriu, dando-lhe um longo selinho. Houve vários assovios e gritinhos maliciosos. se agachou, depositando um beijo na barriga dela. Ela chorou ainda mais. Ele se levantou, dando-lhe mais um beijo.
- E aí, galera! Querem mais música? – ele perguntou, voltando a segurar o microfone. sorriu para ele, beijou sua bochecha e voltou para o seu lugar de antes. Ela passou o resto do show com um sorriso de orelha a orelha, a felicidade que ela sentia não havia explicação. Todo o amor que ela sentia não havia como explicar. Era simples, puro e real. Ela simplesmente o amava e amava ainda mais a ideia de ter um filho dele. Se ia durar? Quem sabe? Mas de uma coisa ela tinha certeza: ela teria para sempre um pedaço daquele amor com ela.