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Capítulo 1


Nunca fui de me apaixonar logo de cara. Sempre sonhei com o príncipe encantado ou algum personagem de livro se caracterizar somente para mim, por isso sempre achei que acabaria sozinha. Mas algo aconteceu: ele finalmente apareceu. Eu o achava perfeito demais para ser verdade, e ele realmente era perfeito demais... Até descobrir que éramos irmãos!


Mais um dia de aula. Grande merda. Porém, hoje teria festa pra ir e é algo bom, pelo menos para mim, que nunca sai de casa.
Estava pronta pra ir para escola, tinha terminado de tomar meu cereal e esperava minha mãe, que vivia atrasada. Revirei os olhos e olhei no relógio que mostrava que faltavam 10 minutos.
- MÃE, ANDA LOGO! - gritei e ela apareceu correndo com sua bolsa aberta. A ajudei pegando a chave do carro e abrindo para ela entrar. Assim que entrei, devolvi a chave.
- Desculpa filha, sei que sempre atraso - ela disse um pouco ofegante e já tirando o carro da garagem. Respirei fundo e me encostei no banco.
Era o seguinte: meus pais eram divorciados, eu quase nunca via meu pai pelo fato dele ter casado com uma puta de luxo que eu odiava. Não que ela era realmente uma puta, mas por ela ser mal educada e me odiar, ela era puta para mim. Eu tinha 17 anos no momento e estava no terceiro ano, graças à Deus! Eu não era o patinho feio da escola, e ninguém enfiava minha cabeça na privada e tudo mais, só que eu simplesmente odiava acordar cedo e ir para um lugar onde todos eram doidos e ignorantes. Ninguém menosprezava ninguém lá, tinham preguiça demais para isso.
Minha mãe e eu nos dávamos muito bem. Ela me entendia o tempo todo, ela era minha melhor amiga e isso bastava.
- Te vejo depois, filha! - ela disse me dando um beijo na testa. Me despedi e saí do carro em direção à entrada da escola. Passei rapidamente e já estava nos corredores, abrindo meu armário e pegando meus livros. Assim que avistei minhas amigas, fui até elas.
- Ei, ! Preparada para a festa? - me perguntou. Sorri animada e fiz que sim.
- Você também, ? - perguntei para minha outra amiga que fez mais ou menos com a mão. Revirei os olhos.
- Ela vai estar quando ver o ! - disse rindo. lhe deu um tapinha e eu ri.
- MINHA GAROTA! - Levei um susto com (namorado da ) a abraçando. sorriu ao vê-los abraçados, eu olhei para os lados e vi seus dois amigos, e logo atrás. Dos três meninos mais lindos da escola, teve sorte de namorar , que era louco por ela. era apaixonada por desde sempre, mas ele nunca reparou nisso. Diziam que eu era pelo , mas na verdade eu só o achava o garoto mais lindo que eu já tinha visto na vida e ele realmente era.
- Ei, meninas - disse para e para mim. Sorri para ele e estava vermelha feito pimentão.
- Vão na festa hoje? - perguntou para nós duas. Sabia que não ia conseguir responder então fiz que sim.
- E vocês? Claro, né?- respondi sorrindo e eles afirmaram.
- Vai ser meio inovador vê-las em festas! - disse ainda sorrindo e me olhando. Meu Deus, como ele era LINDO!
Ri do que ele disse tentando disfarçar o nervosismo.
- Terceiro ano, né? Temos que curtir para que faça valer a pena o nosso último ano! - eu respondi sorrindo de lado e desviando o olhar.
- Finalmente - disse rindo e olhando para que estava catatônica. Dei um beliscão nela sem que ninguém visse.
- O que foi? Doeu! - ela disse alisando o braço. Olhamos para ela confusos e segurei o riso. Ela apenas sorriu e voltou a olhar o casal que não se soltava mais.
- Nos vemos na festa então, meninos - eu disse acenando e puxando comigo. Eles acenaram de volta, entramos na sala de aula e nos sentamos.
- MEU DEUS, EU ACHEI QUE VOCÊ IA DESMAIAR LÁ! - eu gritei com ela e ela riu.
- Eu também, eu tenho que parar com isso - ela disse fazendo bico. Ri também.
- Tem mesmo, isso é estranho! Mas enfim, temos que ir bem bonitas nessa festa de hoje, meio que eles esperam por isso e eu também. Tipo, vai que conseguimos ficar com eles. Já imaginou? - eu disse empolgada e ela também ficou. Vimos entrar na sala e começamos a combinar várias coisas para a festa de hoje.
Fomos todas para à casa da e lá passamos o dia todo vendo roupas e tudo mais para a festa. Dando uma certa hora todas fomos nos arrumar, demoramos mais do que para escolher, o que é estranho.
Olhei para que rodava em frente o espelho. Ela estava tão fofinha, depois vi saindo do banheiro e alisando seu vestido.
- Vocês duas estão lindas! - eu disse sorrindo e elas sorriram de volta. bateu palmas, depois elas me olharam boquiabertas. Me virei novamente para o espelho e sorri ao me ver pronta.
Já estávamos à caminho da festa. contava empolgada de como seria sua viagem com , estávamos empolgadas junto com ela, até que seu pai parou no local, nos despedimos e saímos do carro. Olhamos surpresas para o lugar, que era espetacular, enorme e todo iluminado por diversas luzes. Tinha muitas pessoas já e a festa já rolava. Já comecei à balançar a cabeça conforme a batida da música e também. apenas nos acompanhava olhando em volta. encontrou e foi até ele. Seguimos-a.
- Uau, nem reconheci vocês duas. Capricharam! - nos disse. Mostrei a língua pra ele e depois ri. apenas agradeceu. Olhamos em volta, olhei para e comecei a dançar e pular conforme a música, a convidando também.
Ela fez que não e eu a puxei para a pista de dança mesmo assim. Ela começou a se mexer lentamente de acordo com a música, ri disso e continuei dançando, jogava os cabelos e rebolava. Ela me olhava assustada e ria, mas depois de algum tempo ela fez o mesmo.
- Vamos tomar algo? - A chamei e ela fez que sim. Fomos até o bar e pegamos refrigerantes, mesmo eu não querendo apenas refrigerante, mas ok.
- Dançar em um local apropriado para isso é bem legal! - ela disse e eu soltei uma risada alta concordando, mas gelei e a dei um tapa. Ela me olhou confusa e eu fiz que ela olhasse para onde eu olhava. Avistamos e falando com a e o . Eeles estavam ainda mais lindos. Seria possível? Pelo que vejo, sim!
- Vamos lá! - eu disse a puxando. Ela travou um pouco, mas continuei mesmo assim. Chegando lá eles nos olharam e podemos notar eles ficarem surpresos e boquiabertos.
estava vestindo uma regata branca meio aberta dos lados, com uma jaqueta de couro por cima aberta, calça jeans escura e tênis. estava com uma camisa preta com alguns botões abertos, calça jeans escura também.
- As novidades aí e claro, estão lindas! - disse abrindo um sorriso e eu sorri de volta para ele.
- Chama elas para dançar, meninos - disse os empurrando, concordou os incentivando.
me olhou e estendeu a mão, segurei sua mão e olhei para que estava corada já e segurava à mão de também. Sorri daquilo e segui para a pista de dança.
Tocava “Under control - Calvin Harris feat. Alesso”, ele me girou e depois colocou suas mãos em minha cintura e eu abracei sua nuca. Ele sorria e descia o olhar por mim, e então omecei a mexer minha cintura conforme a música. Senti ele me colar em seu corpo.
Ele pressionava minha cintura, eu descia minhas mãos para seus ombros e depois seus musculosos braços e mordia os lábios. Ele sorriu ao ver eu fazer isso, o observei se aproximar de mim e quando estava bem perto, me virei de costas para ele, porém ainda grudada em seu corpo, voltando à dançar.
Comecei a rebolar conforme a música e sentia sua respiração em meu pescoço, suas mãos alisavam minha barriga e me pressionava em si. Senti ele descer uma de suas mãos pela lateral do meu corpo até minha coxa, levantando um pouco do vestido. Continuei a rebolar nele e encostei minha cabeça em seu peito.
- Desde o primeiro dia de aula eu quis ficar com você, sabia? - ouvi ele dizer. Abri os olhos imediatamente e o encarei, virando de frente.
- Sério? - perguntei surpresa.
- Sim, mas meio que nunca tive oportunidades! - ele disse voltando a me olhar.
- Você fala isso para todas as garotas que quer ficar, não é? - eu disse cerrando os olhos e rindo, ele riu também.
- Não, nem para todas - ele respondeu rindo, ri mais alto e lhe dei um tapa de leve no braço.
- Mas está funcionando? - ele perguntou passando os dentes em seus lábios e os soltando.
- Tenta mais um pouco! - eu disse perto dos seus lábios e sorrindo. Olhei em volta e vi saindo com . Arregalei os olhos e depois olhei para que comemorava. Voltei a olhar para .
- Você não disse que hoje iria se divertir por todos anos, então permita-me? - ele continuou dizendo. Senti sua mão pressionar minha cintura para si e a outra alisar meu rosto. Ri sem som.
- Estou me divertindo já - eu disse desviando o olhar do dele.
- Você quem sabe! - ele disse se afastando e me dando uma piscadinha e saindo dali. Respirei fundo e fui atrás segurando sua mão. Ele me olhou, sorriu e me puxou dali. O segui até um canto da festa, onde ele me empurrou contra a parede e me pressionou. Suspirei com aquilo. Ele mordia seus lábios e secava os meus.
Agarrei seu cabelo, colamos nossos lábios e iniciamos um caloroso e intenso beijo. Senti suas mãos explorarem meu corpo, parte por parte, coloquei meu pé na parede fazendo com que minha coxa ficasse mais perto de sua cintura e senti sua mão descer por ela e depois subir por dentro do vestido. Suspirei entre o beijo e comecei a bagunçar seu cabelo.
Ele desceu o beijo para meu pescoço, passando à língua por ele e depois começando a dar várias mordidas no mesmo. Senti sua mão chegar em minha calcinha e o empurrei.
- NÃO! - eu gritei, o olhando furiosa.
- Calma, eu não vou fazer nada que você não queira - ele disse sorrindo e voltando a me beijar. Retribui agora descendo minhas mãos pelo seu peitoral sobre a regata. Eu sempre o desejei e tipo, por que não? Não perderia nada com isso!
Coloquei uma de minhas mãos por baixo da sua regata e comecei a alisar seu abdomén, depois subi ela. Ele mordia e chupava minha língua entre o beijo e passei de leve as unhas em seu peitoral. Ele suspirou entre o beijo e eu sorri, em seguida mordi e puxei seu lábio inferior. Ele se afastou de mim e segurou minha mão, me levando com ele para o banheiro. Arregalei os olhos, porém continuei seguindo-o. Não tinha ninguém lá dentro, entramos em um e trancamos a porta. Abaixei a tampa do vaso e ri daquilo. Ouvi ele rir também e o fiz se sentar. Mordi meus lábios o olhando, observei ele tirar sua jaqueta e me olhar.
Fiquei “devorando” com os olhos, ele era inacreditávelmente PERFEITO. Levantei meu vestido e tirei minha calcinha, ele me olhou surpreso e boquiaberto, logo dei uma piscadinha e levantei meu vestido, já me sentando em seu colo. Puxei seu cabelo fazendo com que sua cabeça fosse para trás e passei a língua de leve em seus lábios, depois o beijei.
Senti ele passar sua mão dentro do meu vestido sobre minha coxa, movimentando-a em direção à minha virilha e lá a pressionando e esfregando. Comecei à gemer baixinho entre o beijo e intensificar mais. Desci meus lábios para seu queixo o mordendo, dei fortes chupões em seu pescoço fazendo que ficasse marcas, ouvi ele arfar e agora ele acaríciava meu grelhinho. Gemidos e suspiros saíam da minha boca e eu estava completamente molhada.
Desci minhas mãos para sua calça, abrindo-a, ele me ajudou à abaixá-la junto com sua cueca. Vi seu membro bem ereto e mordi meus lábios. Comecei a alisá-lo e já fazer o vai e vem lentamente enquanto observava ele fechar os olhos e começar a suspirar. Aumentei a velocidade do movimento cada vez mais, ouvi ele começar a gemer baixo e senti seu pênis ficar lubrificado. Subi minha mão de lá e dei-lhe um selinho demorado.
Me levantei um pouco de seu colo para ele pegar a camisinha e colocá-la, o que foi muito excitante assistir, e quando colocada ele segurou minha cintura e eu me apoiei em seus ombros. Ele desceu meu quadril e lentamente o senti me penetrando. Segurei o gemido alto de tesão, fechei meus olhos e mordi meus lábios. Ele me fazia subir e descer em seu colo, gemidos saiam da minha boca por mais que eu tentasse segurar e sentia ele aumentar a velocidade, até que tomei às rédeas.
Pressionei seu ombro e o encostei na parede, ele me olhou maliociosamente e desci suas mãos para minhas pernas, lá suas mãos as pressionavam com força. Comecei à subir e a descer rapidamente e eu me apoiava em seus ombros para ter o controle, tentava fazer com que fosse cada vez mais rápido e mais forte também. Olhei sua regata encharcada de suor e que marcava bem seus músculos, subi o olhar para seu rosto e vi que ele mantinha sua cabeça encostada na parede e os olhos fechados, seus lábios retraídos para não poder gemer alto também. Podia sentir o orgasmo chegar e aumentei mais ainda o movimento fazendo com que chegasse logo me atingindo, como imaginei não consegui conter o gemido alto que saiu quando gozei, mas continuei subindo e descendo em seu colo até que ele gozasse. Comecei a rebolar também o que ajudou muito, ele agarrou meu cabelo pela nuca e encostou sua cabeça em mim, ouvi ele gemer abafado e gozar também.

- , para onde o te levou? - perguntei saindo do banho e a encontrando jogada na minha cama. Sim, ela iria dormir na minha casa.
- Não sou uma tarada como você e não dei para ele na esquina, tá?- ela retrucou, cerrei os olhos e joguei meu sapato nela que deu um grito.
- Tá certa, é bem pior que eu! - falei cruzando os braços. Ela fechou a cara e ficou emburrada. Ri daquilo e ouvi ela rir também.
- Fala a verdade, anda! - eu disse me sentando ao lado dela e ela me olhou sorrindo.
- Nos pegamos no carro dele e depois pedi para voltarmos para a festa. Vocês estariam preocupadas - ela disse ainda sorrindo.
- E ele beija bem? Tem pegada? Não rolou nada mesmo? - perguntei com a sobrancelha arqueada, ela riu e fez que não.
- Você me conhece e sabe que sou virgem, não daria pra ele na primeira noite, mesmo o amando a tanto tempo! - ela disse suspirando e olhando para cima. Sorri disso.
- Vai dar certo, ele me pareceu encantado com você - eu disse apertando sua barriga que a fez dar um pulo e soltar uma risada alta, e nós rimos daquilo.
- Você é uma tarada mesmo. Você deu pro no banheiro mesmo? - ela disse boquiaberta e depois rindo, mordi os lábios e fiz que sim.
- Foi tão bom, você não faz ideia! Sei lá sabe, acho que nunca terei nada melhor do que aquilo, o lugar foi estranho e tudo foi rápido demais, mas eu senti uma confiança nele que eu nunca tinha sentido na vida! Ele não sai da minha cabeça, não sei explicar, parece que tudo nele se encaixa perfeitamente com tudo que eu sempre sonhei em encontrar! - eu disse respirando fundo e me deitando ao lado dela.
- , eu sempre soube que você era louquinha por ele. Lembro de quando ele entrou na escola e você não parava de olhá-lo e ficava fingindo que não viu nada demais. Vocês dois combinam, pois ele sempre a olhou de uma forma diferente também e a sempre disse isso também! - ela disse me olhando. Continuei a encarar o teto e sorri com o que ouvi.
- Espero que dê tudo certo, to cansada de me ferrar em relacionamentos! - eu disse soltando o ar e a olhando. Ela concordava.
- Espero que o sinta o mesmo que eu, para que eu possa poder finalmente perder a minha virgindade algum dia! - ela disse e depois riu. Ri também e ia dizer algo para ela, mas ouvi vozes. Minha mãe conversava com quem?
Levantei da cama rapidamente e espiei pelo corredor. Ela estava na porta de casa toda arrumada, conversava com alguém na porta, mas não via quem era. Tentei me esticar mais para ver e opa, espera aí... ERA MEU PAI? ELA ESTAVA SAINDO COM MEU PAI? ELES TINHAM VOLTADO!
- Pai, o que você faz aqui? - perguntei cruzando os braços. Ele e minha mãe se assustaram e ficaram meio sem respostas.
- Calma, minha querida, podemos explicar! - ele disse levantando as mãos.
- Você estão namorando escondidos? Não acredito! E a puta de luxo? - perguntei incrédula e ele cerrou os olhos.
- Não gosto quando usa esses termos, sua mãe e eu não somos mais adolescentes para namorarmos escondidos, então... - ele pigarreou e continuou: - Sim, voltamos a nos ver faz um tempinho. Percebemos que não havia mais motivo para ficarmos separados e estamos arrependidos de tudo! Eu sempre amei a sua mãe - ele finalizou e depois segurou a mão dela. Estava boquiaberta com tudo aquilo. Era mesmo real?
- Sempre amou? Que maneira diferente de se amar, mas quer saber? Tudo bem, se amem então! Só não quero que mude nada em minha vida, entenderam? Espero que sim! - eu disse e corri de volta para o meu quarto, me olhava assustada, mas não tocou no assunto, apenas continuou me fazendo rir a noite toda.

Capítulo 2


Alguns dias se passaram e eu fingia não ver minha mãe e meu pai juntos. tinha desaparecido não sei por que e isso era o mais que incomodava. Não esperava que ele fosse desses que transa e some para não dar satisfações, também não sabia e a única coisa que o falava era “Não sei”; tinha sumido junto com o . Será que os dois tinham sido abduzidos?
era tão amigo assim que nem sabia o motivo dos seus únicos amigos terem sumidos?
- É UMA DROGA ESSA PORRA DE VIDA! - eu gritei me jogando na cama da casa da . Ela estava sentada em uma poltrona macia e azul que ela amava. apenas nos observava aflita em pé de braços cruzados.
- Relaxa , vai reaparecer, é sério! - disse tentando me relaxar, mas nem ela estava. Ouvimos bufar.
- Engraçado eles terem nascidos grudados, não é mesmo? Um some e o outro vai junto?- ironizou. Acabei rindo disso e concordando.
- , seu namorado está lá fora! - Mãe de anunciou na porta do quarto.
sorriu para ela e agradeceu. Olhei para e demos risada quando ouvimos os passos de apressados na escada.
- Será que somos tão azaradas assim?- disse emburrada. Sorri de lado para ela e dei de ombros. Senti meu celular vibrar no bolso e era uma mensagem da que dizia: “Vão para a sorveteria próxima da casa da , estou aqui e tenho que mostrar algo”
Mostrei para a , que levantou rapidamente e ajeitou o cabelo. Fiz o mesmo e calcei meu tênis. Saímos de lá rapidinho e fomos direto para a sorveteria onde estava e , sentados na mesa. E ao lado de . Tive que olhar para o rosto da que estava pálida. Tentei não rir daquilo e acenei para o , que retribuiu.
- Marte tinha ficado sem graça? - perguntei para , me sentando ao lado de e deixando o lugar ao lado de desocupado para . sorriu para mim por fazer isso.
- Como assim? - ele perguntou confuso e depois observando a se sentar ao seu lado.
- Você desapareceu! - eu disse fazendo sinal de “Loser” na testa e todos riram.
- estava com problemas com a família, então fizemos uma pequena cagada de fugir para outra cidade para sacanear o pai dele! - ele disse rindo sem som e eu arregalei os olhos.
- FUGIRAM? PARA ONDE? COMO ASSIM? E ELE? - perguntei meio desesperada.
- Estou bem. Para falar a verdade, tô perfeitamente bem! - ouvi a voz de atrás de mim. Senti meu coração acelerar. Nós garotas olhamos para ele assustadas. Ele estava tão lindo com uma regata preta, bermuda jeans clara, um wayfarer escuro e tênis.
- Posso falar com você? - ele disse estendo a mão para mim.
Fiz que sim e segurei sua mão. Ele me puxou para fora da sorveteria e sentamos em um banquinho que tinha ali em frente. Fiquei o olhando e ele olhava para o nada, pensativo.
- Me perdoa por não ter entrado em contato com você e sumir do nada. Não sou desse tipo. Aliás, nem sou do tipo que transa com alguém no banheiro de uma festa, mas com você foi diferente! - ele finalmente disse e depois me olhou. Concordei com ele. - Sei que você também não é dessas, o que piora tudo, eu ter fugido e tudo mais. Você deve me odiar, mas quero ter a chance de me explicar! - ele disse voltando a segurar minha mão. O olhei de uma forma para que ele pudesse prosseguir.
"Meu pai abandonou minha mãe e isso já faz algum tempo, mas agora é definitivo porque ele voltou com uma ex dele! - ele disse revirando os olhos. Sorri de lado e apertei sua mão.
- Sei como é, meus pais eram separados e agora eles resolveram voltar, mas o estranho é que meu pai NUNCA se importou comigo e se quer saber, eu nunca tive pai de verdade! Ele me abandonou quando minha mãe estava grávida de mim, eu nem sei de nada sobre a vida dele e agora ele volta para a minha mãe assim do nada! - eu desabafei. Ele prestava atenção em cada palavra, depois ele me puxou para perto dele e me abraçou.
- Nossas vidas então estão de cabeça para baixo. Você me perdoa, então? - ele pediu depois depositou um beijo em minha testa. O olhei e tirei seus óculos, revelando aqueles olhos brilhantes e intensos.
- Você não devia nenhuma explicação para mim, mesmo assim fez e isso já é mais do que eu poderia querer. Não tem motivos para você me pedir perdão! Mas me conta essa história que vocês dois fugiram? - eu disse depois rindo.
Ele riu também e começou a contar sobre sua aventura até outra cidade vizinha com o , que foi o único amigo que aceitou fazer isso, pois nunca faria isso com a . Mas logo foram descobertos e seu pai foi até ele e o deixou bem encrencado por fazer isso.
- Você é bem doidinho mesmo! - eu disse de boca aberta. Ele concordou e riu.
- Promete que da próxima vez você me leva junto? - eu perguntei e ele me olhou incrédulo, depois sorriu.
- Por que não agora? - ele disse fazendo uma expressão desafiadora. Ri daquilo.
- Você já 'tá muito encrencado, mocinho! - eu disse apontando o dedo e tentando fazer uma voz superior. Ele mordeu meu dedo e eu soltei um gritinho.
- Por você eu posso ficar mais! - ele disse me colando em seu corpo. Joguei minhas pernas em seu colo e agarrei sua nuca, já alisando seu cabelo.
- Pode? Prova! - eu sussurrei perto de seus lábios e depois fiquei os olhando. Ele os grudou nos meus e iniciou um beijo.
Enrosquei meus dedos em seu cabelo e ele alisava minhas costas.
- Eu não consegui te tirar da cabeça, sabia? - ele sussurrou entre o beijo. Sorri ao ouvir aquilo e mordi de leve seus lábios.
- Não era pra conseguir mesmo! - eu disse o olhando e rindo. Ele riu junto e fez cócegas na minha barriga. O empurrei e corri para longe dele.
- Se eu ter que correr para te pegar, você não vai consegui se soltar depois! - ele disse se levantando e me dando um olhar ameaçador. Cruzei os braços e levantei a sobrancelha.
- Vamos ver, então – eu respondi e depois saí correndo o mais rápido possível. Observei ele correr atrás.
Nós dois ríamos e isso já me cansava. Eu corria pela calçada entre as arvores até que avistei o parque e corri até ele, tentei driblá-lo em uma árvore, mas não consegui e acabei presa em seus braços.
- Quero ver você se soltar agora! - ele disse me rodando. Tentei me soltar dele, mas acabei fazendo com que nós dois fossemos para o chão, ficamos rindo no gramado.
- Eu também não consegui te tirar da cabeça – eu disse me virando para ele e alisando seu rosto. Ele sorriu pra mim e me puxou para um intenso beijo.
Retribuí subindo em cima dele. Senti suas mãos fortes em minha cintura.
O beijo já estava mais intenso e caloroso para uma tarde no parque. Eu chupava sua língua e ele já alisava minha barriga por baixo da camiseta e a outra mão explorava minha coxa. Eu arranhava seu peitoral por cima de sua regata e ouvia seus suspiros entre o beijo. Selei o beijo com uma mordida em seu lábio inferior e depois desci para o que queixo e pescoço.
- Acho melhor terminarmos em outro lugar! - ele disse me afastando um pouco. Olhei em volta e havia pessoas nos olhando estranhamente, ri daquilo e me levantei de cima dele.
- Vim devolver seu celular, você esqueceu ele em cima da minha cama ontem a noite! - me assustei ao ouvir a voz de Nicolly na minha frente. Ela segurava o celular de e o olhava furiosa. O olhei e ele estava sem reação.
- Cretino! - ela disse jogando-o nele e saindo dali. Ele me olhou ainda catatônico, revirei os olhos e também saí dali, mas senti meu braço ser puxado.
- Me ouve, apenas me escuta, é só isso que eu peço – ele tentou implorar, mas puxei meu braço com toda a minha força e o empurrei para longe de mim.
Comecei à correr dali e ir em direção da minha casa. Como eu era idiota, mesmo! Semanas se passaram, mamãe e papai estavam ainda mais próximos. Eu ignorava toda a existência de , o que me fez ficar afastada de minhas amigas. namorava o e a não desgrudava do , mesmo ele deixando claro que só queria amizade com ela. Esses meninos são uns babacas, mesmo.
tinha que me encarar toda vez que nossos caminhos se cruzavam, mas eu sou muito BOA em ignorar a existência de alguém quando eu quero, mesmo sendo realmente IMPOSSÍVEL não olhá-lo. Não dava pra esquecer alguém de uma noite para o dia. Afinal, eu sempre gostei dele e depois de tudo só aumentou. Isso era a merda toda.
- Seu celular está tocando! - disse me fazendo acordar de meus pensamentos. Revirei os olhos e fui ver quem era. Minha mãe.
- Estou entrando na sala e não posso falar – eu disse rapidamente.
- Hoje venha direto para a casa, teremos um jantar importante e você precisa me ajudar em tudo – ela disse séria no telefone. Bufei e falei “ok”, desligando e entrando na sala.
Essa aula era com “eles”. Sentei no fundo ao lado da parede, me encostei nela e focalizei meu olhar na professora, mas não conseguia prestar atenção em nada que ela falava. alisava o cabelo de , eles estavam sentados nas primeiras carteiras. logo atrás ao lado de que mostrava vídeos engraçados para ela e ela ria e tentava disfarçar os suspiros por ele. Eu podia sentir o olhar de em mim e eu tentava ao máximo não olhar, só que não consegui, é claro.
Respirei fundo e senti meu olhar seguir um pouco mais para o lado e se encontrar com o dele. O olhar dele era penetrante e profundo, que fazia com que eu me arrepiasse até a espinha. Não consegui tirar os olhos dos dele e ele também não.
Ele desceu o olhar por mim e mordeu de leve os lábios. Não de uma forma sexy, mas de uma forma de arrependimento de que a vontade dele era levantar dali e falar alguma coisa.
Eu prendi e soltei o ar várias vezes. Ouvimos tocar o sinal e ainda continuamos nessa de nos encararmos sem nos preocupar com tudo ao nosso redor. Até que ele se levantou e começou a vir em minha direção, arregalei os olhos e fiquei esperando, mas a vadia da Nicolly surgiu em sua frente e o abraçou. Que lindo!
Saí dali rapidamente, seguindo o caminho da minha “feliz” casa.
Era quase sete horas da noite e eu estava pronta para o jantar mais importante do ano, (frase da minha mãe). Ajeitei mais a franja ao meu estilo e desci ao encontro de minha mãe que me esperava. Ela sorriu encantada para mim.
- Você está incrivelmente perfeita! - ela disse. Sorri para ela e agradeci. Fomos até o carro e seguimos para o restaurante. Eu me comunicava com a por mensagem e descrevia o quanto eu não estava nem um pouco afim desse jantar.
- Seu pai disse que você poderá finalmente conhecer seu meio irmão. Ele se sente culpado de nunca ter tido tempo de ter apresentado vocês! - ela disse empolgada. Olhei para ela, incrédula.
- ELE TEVE ESSE FILHO ENQUANTO AINDA ERA CASADO COM VOCÊ, ENQUANTO EU ESTAVA NA SUA BARRIGA! COMO VOCÊ PODE ESTAR FELIZ COM ISSO? O QUE ACONTECEU COM VOCÊ? - eu gritei furiosa. Que vontade que eu estava de saltar daquele carro.
- Calma, , relaxa! Eu superei isso, tudo na vida você pode superar... E olha quanto tempo já se passou. Você está uma moça linda e eu estou orgulhosa e feliz de te ver assim. O que passou passou, tá? - ela disse sorridente. Alguém tinha feito lavagem cerebral na minha mãe. A ignorei e voltei ao celular até chegarmos no restaurante todo iluminado.
Fomos até a mesa e lá estava meu pai, todo sorridente e bem arrumado. Ele a abraçou forte e depois sorriu para mim. O ignorei, até que ele me puxou para um abraço. Permaneci imóvel e depois de ser solta pude me sentar.
Peguei o cardápio e fiquei folheando, pude ouvir minha mãe sussurrar para ele:
- Dê um tempo à ela! – Revirei os olhos e bufei. Teria que ter muita paciência pra aturar aquela noite toda.
- Olha ele aí, vou apresentar meu garotão – ele disse sorridente. Nem fiz questão de virar para ver quem era, seria o mais odiado da noite por mim. Tinha prometido à mim mesma que faria da vida desse pirralho um inferno. Observei minha mãe se levantar para abraça-lo e continuei sentada, olhando o cardápio.
- Filha, sei que não está com vontade estar aqui, mas sei que educação você tem! – minha mãe disse. Joguei a bosta do cardápio na mesa e me levantei. Senti meu coração quase se explodir dentro de mim, meus olhos se arregalaram e abri minha boca. Meu Deus, o que estava fazendo ali? Me olhando da mesma maneira?
- Esse é seu irmão, filha! quero que conheça , sua irmã – ouvimos meu pai dizer. Senti eu ficar tonta e tive que me apoiar na mesa. ainda me olhava catatônico e totalmente sem reação.
- Isso só pode ser brincadeira mesmo – eu disse voltando a me sentar e apoiar minha cabeça em minhas mãos.
- O que houve? Vocês já se conheciam? – nosso pai perguntou. Continuei quieta e com os olhos fechados, esperando que algum milagre divino me acordasse daquele pesadelo. Não poderia ser possível, o menino mais perfeito da face da terra ser meu irmão bastardo!
- Nós estudamos na mesma escola, somos amigos! – ouvi ele dizer e levantei meu rosto e o olhei. Ele me olhava com aqueles olhos arregalados.
- Somos? Amigos? Jura? – perguntei um pouco irônica, ele engoliu em seco e desviou o olhar do meu.
- Que ótimo! Isso é uma boa noticia, vocês já se dão bem – mamãe disse e sorriu para papai que nos olhava desconfiado.
- Vamos jantar? – sugeriu e todos aceitaram. Fiquei em silêncio o jantar todo, tentei não olhar para meu irmão a noite toda, eu ainda tinha esperança de que aquilo seria apenas um sonho muito doido e problemático.
Terminando a noite, papai e nos acompanhou até nosso carro, fiz questão de entrar rapidamente no veículo para não ter que me despedir de ninguém. me observava de longe. Focalizei meu olhar no dele, era triste e vazio e aposto que o meu estava igual.
- Você está bem, filha? – acordei de meus pensamentos durante o caminho de volta para casa e fiz que sim.
- Tem certeza? Olha, eu sinto muito mesmo! – A olhei enquanto ela ainda dizia.
- Não quero mais falar disso, faça o que quiser da sua vida – eu disse e virei meu rosto novamente. O resto do caminho fomos em silêncio. Chegando em casa corri para meu quarto e peguei o celular, disquei o número da .
- Como foi a tortura? – ela disse do outro lado da linha.
- AARON É MEU IRMÃO BASTARDO! – soltei de uma vez, ela ficou em silêncio por uns segundos.
- Engraçadinha, mas me conta, como foi? – ela voltou a dizer.
- PORRA, TATIANA! AARON É A MERDA DO MEU IRMÃO BASTARDO, ELE É MEU IRMÃO, MEU IRMÃO! EU SOU IRMÃ DELE, DE SANGUE, ENTENDEU? – gritei com ela e comigo mesma. Fiquei repetindo isso várias vezes mentalmente também, meus olhos se encheram de lágrimas e meu coração parecia estar partido e dolorido dentro do meu peito.
- MEU DEUS, ! Não sei o que dizer, isso é... MEU SANTO DEUS! Que absurdo, tipo de todas as pessoas do mundo ELE é seu irmão – ela disse ficando apavorada. - ARIEL, VOCÊ TRANSOU COM ELE! VOCÊ TRANSOU COM SEU IRMÃO, SE SEUS PAIS SABEM DISSO, QUE HORROR! - ela gritou. Merda, ela estava me deixando pior ainda.
- Que bosta, ! Eu deveria ter ligado para a ! – eu disse me jogando na cama.
- Ok, desculpa. Fiquei desesperada – ela disse se acalmando.
- Minha vida é um caos, tem como ficar pior? – ela riu baixo e eu acabei rindo também.
- Essa eu vou ter que concordar com você, é muito azar mesmo – ela disse rindo.
- Você é uma péssima amiga – eu disse rindo.
- Eu sei, mas você me ama! – Soltei uma gargalhada irônica e desliguei na cara dela.
Coloquei para tocar Lana Del Rey, porque precisava de algo depressivo para esse momento e Lana é Lana! Enquanto tomava banho acabei chorando e cantando junto com a música.
Minhas semanas a partir daquele dia foram se passando devagar, quase parando. Não conseguia nem rir com minhas amigas, estava cada vez mais próxima de e não podia impedi-la disso. e nunca se desgrudavam, também procurava manter distância. Às vezes nossos caminhos se cruzavam, mas eu fazia questão de sair do caminho e fingir que ele nem existia.
Não saía de casa, chegava da escola, fazia o que tinha que fazer e depois passava o resto do dia lendo ou escrevendo sobre minha tristeza. Às vezes atendia as ligações das minhas amigas e ouvia as aventuras amorosas delas, fingia estar feliz e empolgada, mas na verdade nem tinha pique para isso, até que...
- , hoje seu pai e irmão virão almoçar aqui e temos notícias! – ouvi minha mãe dizer na porta. Me levantei e me olhei no espelho. Só conseguia ver olheiras em meu rosto, meu cabelo despenteado e armado. Respirei fundo e disse pra mim mesma “Já chega!”. Segui para o banheiro e tomei um belo de um banho.
Estava pronta para o almoço. Desci e todos já estavam lá. Era difícil de não admitir, mas era realmente muito bonito! Com aqueles maravilhosos olhos , aquele sorrisinho que só ele tinha, sua voz e suas piadas que o tornava ainda mais sexy e fofo.
- Nossa princesinha aí! – ouvi papai dizer, sorri para ele e ele me abraçou forte. Era inegável que meus pais estavam mais felizes que nunca, seria crueldade demais eu estragar isso, mesmo eu não estando.
- Me perdoa por ter sido grossa. – Ele abriu um lago sorriso e beijou minha testa.
- Eu que peço perdão por tudo e espero recompensá-la de agora em diante! – ele disse segurando minhas mãos. Eu sorria.
- Faça minha mãe feliz que já estará bom – eu disse e fui até aquela bela mulher que era minha mãe. A abracei forte e sussurrei “Eu te amo”. Ela sorriu e sussurrou de volta. Fui até a panela e provei um pouco do molho, notei que tocava Burn da Ellie Goulding. Remexi o quadril ao som da música e lambi os lábios para saborear o delicioso tempero do molho branco. me olhava com um sorriso sapeca, arqueei uma sobrancelha para ele.
- E aí, maninho? – o cumprimentei e ele riu.
- Maninho? – ele perguntou se aproximando. Coloquei as mãos na cintura e levantei a cabeça.
- É não, é? – soltei uma risadinha e desci meu olhar por ele. Como ele era gostoso! A pior bosta disso é que eu não podia ter mais esses pensamentos impuros dele.
- Esse shorts não está muito curto, maninha? – ele ironizou na última palavra. Gargalhei e depois fiz que não ainda rindo.
- Ok, vamos parar de brincadeiras. Eu realmente sinto muito por tudo isso! – ele disse ficando sério e eu o olhei.
- Eu só quero que eles sejam felizes, só isso me importa! Minha mãe merece isso, ela já sofreu muito com tudo isso, não sou eu ou você que possa a impedir de ter isso – eu disse soltando o ar e desviando o olhar do dele.
- Tudo bem, entendo! Mas não estou falando disso, foda-se que eles estão feliz ou apaixonados. Tipo, que bom pra eles, mas e nós? – ele perguntou ficando mais perto. Tentei não olhá-lo, mas ele estava muito perto.
- Como assim nós? Não existe nós, ! Somos irmãos agora e devemos agir como tal – eu respondi o empurrando de leve. Ele cerrou os olhos e abriu a boca para falar algo, mas logo parou e levantou as mãos.
- Tudo bem, você que sabe, se é assim que você quer! – ele disse dando alguns passos para trás e depois se afastando de vez. Revirei os olhos e fui ajudar minha mãe a colocar os pratos na mesa.
Almoçamos, observei mamãe e papai rirem e se divertirem com lembranças boas e engraçadas. Eu realmente estava feliz por vê-los assim. fingia rir com eles, mas sabia que era fingimento. Ele às vezes me olhava daquela forma sexy, sempre tentava o ignorar. Ele fazia para provocar mesmo! Mas o pior ainda estava por vir, eu podia sentir.
- Essa tarde foi tudo que eu sempre sonhei em ter, com meus dois orgulhos na mesa e a mulher da minha vida! – meu pai disse, mamãe beijou sua mão e eu sorri.
- talvez já saiba disso, mas hoje vou oficializar. Iremos todos morar juntos e a mudança começará amanhã mesmo, moramos apenas e eu naquela mansão e isso não faz sentido algum. Ela será bem ocupada pela minha rainha e minha princesa! – ele continuou a dizer, engasguei com o suco e cuspi tudo no prato. Minha mãe se levantou e começou a bater nas minhas costas.
Notei rir baixo daquilo.
- COMO QUE É? – gritei com a voz estranha e ainda tossindo, meu pai assustado.
- Calma, filha! Me perdoa se te peguei de surpresa assim, mas será melhor, vou poder recompensar todo o tempo perdido, quero ser o pai que nunca pude ser! – estava de olhos arregalados para ele e totalmente sem reação. Morar todos juntos? TODOS?
- Você e poderão ir para a escola juntos e sei que vocês são amigos da mesma turma, será muito divertido! Seremos imensamente felizes – ele continuou dizendo. Minha respiração voltou ao normal, me encostei na cadeira e olhei para que tinha aquele maldito sorriso no rosto.
- Vamos nos divertir muito, irmãzinha! – disse e depois piscou para mim, fechei os olhos e comecei a rezar. SÓ DEUS PODERIA ME AJUDAR!

Continua...



Capítulo 3


Uma semana que todos morávamos juntos e estava sendo o PIOR pesadelo de todos, ter o menino que você ama como seu irmão é uma grande MERDA! Ainda mais que eu sempre pretendia o ignorar e que o deixava mais bravo ainda, o levando a me provocar mais.
Estava me trocando no quarto, com o som ligado, me olhei no espelho e coloquei um vestidinho na frente do meu corpo, estava de calcinha e top, joguei o vestido na cama e amarrei meu cabelo, eu balançava a cabeça conforme a música e revistava meu guarda-roupa, onde eu não achava nada!
- Sua mãe está te chamando pra almoçar! - invadiu meu quarto, dei um grito e peguei a coberta da cama para me cobrir, cerrei os olhos para ele que ria.
- NÃO SABE BATER PORRA? - gritei me enrolando na coberta.
- Eu bati, mas você não ouviu! - ele disse ainda rindo e descendo o olhar por mim.
- ENTÃO ERA PARA VOCÊ CONTINUAR TENTANDO, MAS QUE DROGA AARON! - continuava gritando.
- Está bravinha porque eu te vi de calcinha? Já te vi pior, lembra? - ele disse e arqueou uma sobrancelha, ficando totalmente sexy, mostrei o dedo do meio para ele.
- Não lembro não, agora some daqui, PIRRALHO! - eu disse cruzando os braços e ainda com os olhos cerrados, ele soltou uma gargalhada e saiu, fui até a porta e tranquei-a dessa vez.
Talvez se eu aprendesse à odiá-lo o que eu sentia poderia passar, terminei de me vestir e desci para almoçar, todos estavam na mesa me esperando, sorria feito um anjo para mim, revirei os olhos e me sentei ao lado dele, meus pais nos olhavam sorridentes.
- Fico tão feliz que estejam se dando bem, fez questão que te esperássemos e isso é admirável! - mamãe disse sorrindo para .
- Só quero que minha irmãzinha goste de mim e que possamos ser amigos! - ele disse segurando minha mão e sorrindo, FALSO!
- Que coisa mais fofa, agora posso comer? - perguntei tirando minha mão da dele e enchendo meu prato de uma forma meio bruta.
Durante o almoço, todos conversaram como uma linda e perfeita família feliz, apenas fiquei quieta e terminei de comer, depois peguei meu prato e o lavei, corri para o meu quarto e dessa vez o tranquei assim que entrei, coloquei o fone e fiquei deitada pensando no caos que era minha vida.
- ? - ouvi a voz da Tati, ela batia na porta, me levantei e abri para ela.
- Ia perguntar o por que está trancada, daí vi o passeando pelo corredor! - ela disse depois que havia entrado, fechei a porta e sorri para ela.
- Ele me irrita! - eu disse revirando os olhos e me sentando na cama ao lado dela.
- Meninos são irritantes. - ela disse se encostando na cama, à olhei intrigada.
- O que ele te fez agora? - perguntei cruzando os braços.
- Nada, ele não fez NADA! Ele só tenta passar a mão em mim, mas poxa vida estou pedindo algo mais sério. - ela disse fazendo bico, dei risada.
- Tati amiga, na boa, namorar hoje em dia é coisa de pessoas cafonas! - eu disse ainda rindo.
- Então sou cafona com orgulho! - ela respondeu brava.
- Mas você é a rainha dos cafonas. - gargalhei depois de dizer isso, ela cerrou os olhos.
- Pelo menos eu não dei para o meu irmão. - ela soltou, parei de rir na hora e mostrei o dedo.
- Vai se foder! - eu disse me levantando e me afastando dela.
- Ok eu peguei pesado, foi mal! - ela disse sorrindo de lado, dei de ombros.
- Vamos ver um filme e tomar sorvete! - ela disse me chamando, sorri e fiz que sim.
***

- Semanas de provas já! - reclamou apoiando sua cabeça no ombro de que concordava.
- Só a que estudou mesmo, vive trancada no quarto ou na casa da Tati. - continuou dizendo, fiz uma careta e Tati riu.
- COMO HOJE É O ÚLTIMO DIA DE PROVAS, FESTA NA PISCINA HOJE A TARDE! - levei um susto com surgindo ao meu lado, anunciando isso.
- ISSO AÍ, VAMOS DIZER FODA-SE PARA ESSA PORRA TODA! - acompanhou, os dois riam, bateu palmas e riu também, sorria, Tati e eu os ignorava.
- Nossos pais sabem disso, senhor filho perfeito? - perguntei com a sobrancelha arqueada, ele me olhou com um sorrisinho no canto dos lábios e se aproximou, fingi não ter ficado nervosa com aquela aproximação.
- Eles não estarão em casa, senhorita desinformada! - ele disse piscando e depois se afastando, revirei os olhos.
- Não estarei em casa e espero não encontrar nada quebrado quando eu chegar! Tati vamos no cinema? - eu disse e depois me virei para .
- Tenho planos para ela hoje! - disse entrando na minha frente e pegando suas mãos, abri a boca.
- Cinema sozinha? Que coisa mais solitária! - brincou, cerrei os olhos para ele.
- Por que você não vai se foder? - eu soltei me aproximando dele e o encarando, ele desceu o olhar por mim.
- Quer que eu te responda mesmo? - ele disse mordendo os lábios, arregalei os olhos e dei um tapa em seu ombro.
- Nem se atreva! - eu disse e sai dali, indo para sala, cretino desgraçado mesmo!
***
Digamos que eu fui muito bem nas provas, semana de estudos compensou e tanto, como eu esperava a estava na festa com o , com o . Eu estava no meu quarto ouvindo o som alto do meu quintal, ouvia gritos e risadas, parecia que todos estavam se divertindo mesmo, e subiram duas vezes tentando me convencer à descer para a festa, mas sou teimosa.
Mas nem eu estava me aguentando, me levantei e abri meu guarda-roupa, sorri e peguei a roupa, fui ao banheiro e me troquei rapidamente. Estava pronta descendo as escadas em direção ao barulho, tocava o novo cd do Calvin Harris, balancei a cabeça conforme a batida da música, avistei minhas amigas e fui até elas dançando, ambas abriram um enorme sorriso ao me ver.
- ARI FINALMENTE! - disse me abraçando.
- Não consigo ficar parada enquanto toca Calvin Harris. - eu gritei e voltei a dançar conforme à música, elas riram e começaram a dançar também, abraçava a cintura de , sorria para que pegava bebidas, avistei de regata branca e bermuda, óculos escuros e bebendo também, várias vadias ao seu redor enquanto ele se exibia. Comecei a me movimentar entre as pessoas ainda dançando, peguei uma bebida e virei rapidamente, fui até ele que me olhou surpreso.
- Novas vítimas maninho? - perguntei sorridente e me fingindo de besta, ele riu.
- Está com ciúmes? - ele perguntou alisando meu rosto, mas dei um tapa em sua mão.
- Espera, vocês são realmente irmãos? - ouvi Nicolly perguntar, olhei para ela e fiz que sim.
- Mas vocês já não se beijaram? - ela perguntou horrorizada, soltei uma gargalhada daquilo.
- Meu querido irmão aqui, quando se trata de mulher vai até a irmã! Mas ele decaiu mesmo por estar pegando só lixo agora! - eu disse piscando para ela e sorrindo para , sai dali e peguei mais uma bebida, depois mais uma e mais uma, estava ficando bêbada.
- Quer mesmo que todos saibam que cometemos incesto? - ouvi meu querido irmão dizer atrás de mim, me virei para ele e puta merda, como ele conseguia ser tão gostoso assim? Sua regata estava molhada e grudada em seu corpo escultural, seus cabelos úmidos e bagunçados em seu belo rosto, seus olhos mais intensos.
- Eu não me importo mais , todos já sabem disso! - eu disse derrubando a bebida, depois rindo do meu próprio mico.
- Você está muito bêbada, vem deixa eu te levar para cima. - ele disse segurando meu braço, me soltei dele e fiz que não.
- Eu sei o caminho, fica longe de mim! - o empurrei e segui o caminho para o meu quarto, acabei caindo enquanto tentava subir as escadas. Acabei desistindo de tentar levantar e fiquei ali mesmo, senti alguém me levantar, continuei com os olhos fechados e sentindo eu ser carregada, pelo cheiro e pelos músculos poderia adivinhar quem era, mesmo se eu quisesse sair dali eu não teria forças.
- Eu realmente queria que tudo tivesse sido diferente! - ouvi ele dizer enquanto me colocava na cama, depois me cobria, abri um pouco os olhos e ele sorria, ele era tão lindo!
- Fica aí e vê se fica sóbria! - ele disse dando um beijo na minha testa e saindo dali, soltei o ar e fechei os olhos caindo em sono profundo e tendo sonhos estranhos e sem sentidos.
***

Acordei com uma puta dor de cabeça, olhei em volta e meu quarto estava todo escuro, a casa estava silenciosa, me levantei e tirei aquela roupa que me apertava, fui até o banheiro e tomei um banho daqueles demorados que lava até a alma! Saindo do banho, vesti meu pijama, prendi meu cabelo e sai do meu quarto, olhei pelo corredor e depois desci para a sala, a casa estava toda apagada, soltei o ar e fui até a cozinha, tomei um pouco d'água e peguei um pacote de bolacha no armário.
Sentei-me no balcão e fiquei comendo, peguei o Ipod que havia ao meu lado e o liguei, levei um susto ao ver o som se ligando, estava conectado ao som, a música era "Sweather Weather- The Neighbourhood", balança as pernas e a cabeça conforme a batida muito boa da música. Até que me assustei ao ver meu irmão, quer dizer, entrar apenas de toalha na sala, senti meu coração se apertar dentro de mim, até que ele me notou em cima do balcão e veio até mim.
- Acha sensato andar apenas de toalha pela casa? - perguntei ironizando, ele riu e se aproximou mais.
- Quer saber mesmo o que eu não acho sensato? - ele rebateu se encostando na mesa, na minha frente, arqueei a sobrancelha para ele.
- Aposto que nada, maninho! - eu respondi desviando o olhar do seu corpo úmido.
- Eu sentir vontade... - ele começou à dizer e dar um passo em minha direção, fiquei paralisada o olhando, ele continuou dizendo: - De passar a mão em cada parte do seu corpo! - senti ele apertar minha coxa de leve: - De te fazer ficar arrepiada o tempo todo! - ele passava as pontas dos dedos por toda minha perna e se colava no balcão, eu apenas encarava aqueles olhos .
- Sinto vontade de passar a língua por todo seu corpo! - sua voz ficava cada vez mais excitante, agora ele segurava minha cintura com força.
- De sentir todo o seu delicioso corpo colado ao meu, enquanto eu sussurro no seu ouvido... - ele disse puxando minha cintura contra seu corpo, ficando no meio das minhas pernas, segurei seus ombros com força e suspirei.
- Sussurrando o que? - perguntei baixinho perto de seus lábios, ele me olhava com a respiração ofegante.
- Que eu...Meu Deus! - ele não conseguia dizer, ele apenas atacou meus lábios com brutalidade, tentei empurrá-lo, mas não consegui. Retribui o beijo com a mesma intensidade, ele me pressionava contra seu corpo com força, abracei sua cintura com minhas pernas, eu passava as unhas por todo seu peitoral.
O beijo só aumentava, o calor entre nós estava imenso, suas mãos passeavam pelo meu corpo e apalpavam meus seios e pernas sempre. Seu pescoço já estava marcado por chupões, senti ele me pegar no colo e me colocar sob a mesa com uma certa pressa, derrubamos o que havia em cima, puxei sua toalha revelando seu ereto membro, ele puxava meu shorts e calcinha junto.
- Alguém pode chegar! - eu o alertei enquanto ele subia em cima de mim.
- Foda-se, eu só quero você agora. - ele disse me puxando de encontro com ele, me beijando novamente, levei uma de minhas mãos para seu membro o acariciando, ele gemeu entre o beijo, fiquei o massageando rapidamente, logo depois começando vai e vem, ele suspirava e gemia entre o beijo, senti-o chupar minha língua lentamente e repetidas vezes.
Chutei a cadeira sem querer, rimos durante o beijo, ele descia o beijo para o meu pescoço, tirando minha camiseta e apertando meus seios com força, os empinei mais para suas mãos, ele passava o polegar em volta do biquinho, gemidos e suspiros saiam da minha boca. Notando que ele ia quase gozar retirei minha mão, ele desceu suas mãos de meus seios até minha cintura e a puxou rapidamente contra ele, senti seu ereto membro roçar em minha intimidade.
Parei o beijo puxando seu lábio junto, me sentei na ponta da mesa o empurrando para fora dela, abri as pernas e abracei sua nuca, ele segurou em minha cintura e me penetrou com força e sem delongas, soltei um gritinho e joguei minha cabeça para trás, cravei as unhas em suas costas, ele suspirava e metia cada vez mais rápido.
A mesa estava sendo arrastada a cada investida, meus gritos eram mais altos que a música, apoiei meus cotovelos na mesa, ele apertava minha cintura com força contra si, seus lábios estavam retraídos para segurar os gemidos e suspiros, o suor dele se misturava com seu corpo já molhado pelo banho, ele subiu uma de suas mãos pela minha barriga até um de meus seios o amassando e apertando-o.
Tudo estava acontecendo tão rápido, o medo de que nossos pais chegassem e nos vissem assim, medo do arrependimento que virá, a culpa e a vergonha, aquilo não podia estar acontecendo, mas estava e infelizmente eu não queria parar! Ele saiu e entrava em mim com tanta agilidade, rapidez e brutalidade, eu não me aguentava mais, gritos e altos suspiros saiam de nossas bocas, ele me puxou da mesa e me fez cair no chão sobre ele, encaixei-me sobre seu membro novamente e comecei a rebolar, ele mantinha os olhos fechados e a boca aberta para não retrair mais os suspiros.
Eu me apoiava em seus ombros e continuava a subir e descer em cima dele, até que senti o orgasmo me invadir por inteira, mas mesmo exausta continuei ainda mais rápido, ele gozou o que não demorou muito, me joguei em cima dele, ambos com a respiração ofegante.
- Nós dois estamos encrencados! - eu disse o olhando, ele me olhou assustado.
- Não usamos camisinha! MEU DEUS NÓS SOMOS IRMÃOS, NÃO PODEMOS TER UM FILHO! - ele disse se desesperando.
- Relaxa, eu tomo remédio! - ele soltou o ar e relaxou, revirei os olhos.
- Então por que estamos ferrados? - ele perguntou.
- PORRA , VOCÊ MESMO ACABOU DE DIZER: "NÓS SOMOS IRMÃOS!" - acabei gritando com ele e me levantando dali, colocando minhas peças de roupas.
- Eu sei disso, sei muito bem! - ele disse calmo, se levantando também e pegando a toalha.
- Sabe? SABE MESMO? CARALHO POR QUE VOCÊ FAZ ISSO? ME RESPONDE! - estava quase explodindo em lágrimas.
- Nós fodemos na porra da mesa do jantar, sabia? Onde nossos pais vão sentar e comer aqui e vamos fingir que somos uma família linda e feliz! - continuei dizendo e apontando para a mesa.
- VOCÊ ESTÁ GRITANDO FEITO LOUCA COMIGO, MAS VOCÊ NÃO ME EMPURROU! - agora ele que gritava comigo.
- VOCÊ APARECE DE TOALHA COM ESSE MALDITO CORPO, ME SEDUZ COM SUA MALDITA VOZ TAMBÉM!
- MEU MALDITO CORPO? EU QUE O DIGA DO SEU! GAROTA TODA VEZ QUE EU TE VEJO EU SINTO VONTADE DE FAZER A MESMA COISA SEMPRE, ONDE QUER QUE ESTEJAMOS!
- CALA A BOCA, NÃO FALA MAIS ISSO! NUNCA MAIS FALA ISSO, ENTENDEU? PORRA ESSAS COISAS NÃO SE FAZ!
- O que não se faz é se apaixonar pela irmã, isso sim! - uma lágrima escorria de seu rosto, fiquei paralisada o olhando, respirei fundo e o abracei forte.
- Sinto muito mesmo, de verdade! Mas temos que deixar de lado essa droga de sentimento e agirmos como irmãos mesmo, ok? - eu disse alisando seu cabelo, ele assentiu.
- Prometo não te agarrar de toalha! - ele disse, ri daquilo.
- Isso é muito bom! - eu disse sorrindo, ele sorriu também e olhou em volta fazendo uma careta.
- Acho melhor arrumarmos isso antes que nossos pais cheguem. - ele disse, concordei e comecei à colocar as coisas no lugar e ele também.
***

e eu conseguimos arrumar as coisas, eu me trancar no quarto e apagar, nossos pais chegaram de madrugada, no café da manhã eu fingi estar passando mal e saiu de fininho sem tomar café, afinal seria a coisa mais estranha tomar café naquela mesa depois do que tinha acontecido.
- Não acredito que vocês transaram novamente e ainda na mesa! Que nojo! - falava com cara de nojo mesmo, acabei rindo daquilo.
- Não posso fazer nada se meu irmão é gostoso! - soltei e mordi os lábios.
- Isso é verdade! - ela disse concordando, dei um tapa em seu braço e ela resmungou.
- Só eu posso falar assim dele. - alertei-a e ela mostrou a língua, vimos e nos olhar do outro lado do refeitório, sorri de lado para ele.
- Vocês dois tem um tesão impressionante no olhar. - ela disse nos olhando, à olhei assustada.
- Você disse tesão? Sério? - zombei e ela revirou os olhos.
- Já está provocando sua amiga né? - se sentava na minha frente e roubava algumas batatas fritas do meu prato, joguei uma nele e ele riu.
- Ela sempre me irrita, mas estou acostumada. - brincou, se sentou ao lado de nos cumprimentando.
- Estou morrendo de fome. - reclamou, o olhei com um sorrisinho escondido nos lábios.
- Por que você não tomou café, ué? - falei como se nada tivesse acontecido.
- Aquela mesa me dá outro tipo de fome! - arregalei os olhos, engasgou e deu risada, joguei todas as batatas do meu prato nele.
- Cretino! - me levantei e sai dali rapidamente, indo em direção à sala de aula, me deparei com e se beijando, joguei minha mochila e se assustou.
- Acordou com o pé esquerdo foi? - ele provocou.
- Não, apenas me engasguei com o lanche! - respondi me sentando de qualquer jeito na mesa, arrastou sua mesa para perto de mim.
- e suas provocações não é? - fiz que sim para ela e bufei.
- vou falar a real! - ela disse respirando fundo, me virei de frente para ela. - Acho que você tem que colocar realmente na sua cabeça que o é seu irmão, mesmo que vocês tenham se envolvido e que ele seja lindo e o cara dos seus sonhos, mas ele é seu irmão, lembre-se sempre disso! Ficar arruinando sua vida por causa disso nunca vai melhorar, se dedique aos estudos e siga sua vida com a esperança de que tudo passa, inclusive seu amor por ele! - Ela terminou dizendo com um sorrisinho triste no rosto, ela tinha razão em cada palavra, à abracei forte e depois prestei atenção na aula.
***

Depois que uma das minhas melhores amigas me aconselhou daquela forma, tomei outro rumo da minha vida, tratava com respeito e apenas isso, ele tentou se aproximar várias e várias vezes, mas eu nunca deixei, isso doía demais, mas era necessário. Orgulhei meus pais com minhas excelentes notas e também, as férias se aproximava e o fim das aulas também, não estava tão contente assim, a escola era uma das coisas que me distraía de tudo, onde eu podia estudar e inventar mais coisas para estudar mais, agora nas férias era só eu e minha família, falando a verdade, era e eu.
- NÓS VAMOS AO CARIBE! - ouvi gritar lá na sala, arregalei os olhos e desci as escadas correndo, nossos pais riam e festejavam e também.
- O que houve? - perguntei e minha mãe veio me abraçar correndo.
- CARIBE ! VAMOS AO CARIBE MINHA QUERIDA FILHA! - ela gritava e pulava, ainda meio boba e sem reação, abri um sorriso e pulei junto.
- UMA SEMANA NO CARIBE, NÃO ESTOU ACREDITANDO! - gritava muito feliz para o nosso pai, não sei bem o motivo, mas essa viagem não acabaria bem!

Capítulo 4


- EU NÃO POSSO IR! - eu chorava no telefone para .
- VOCÊ TEM QUE IR, MEU DEUS É O CARIBE ! - ela gritava empolgada.
- POR QUE SÓ EU QUE PAREÇO ESTAR EM UM COLAPSO NERVOSO POR CAUSA DESSA VIAGEM? - eu gritava ainda mais triste.
- PARA DE SER DRAMÁTICA, CURTA A VIAGEM E ESQUEÇA SEU IRMÃO! É O CARIBE ENTENDEU? IMAGINA O TANTO DE CARAS GATOS QUE TERÁ LÁ. - bufei no telefone e me joguei na cama.
- Você tem razão, meu Deus é o Caribe! - eu finalmente acordei para a vida e pareci feliz com a viagem.
- SIM É O CARIBE. - ela disse novamente, ficamos rindo e fazendo planos para a viagem.
As preparações para a viagem foram ótimas, fiquei bem empolgada com a viagem, gritava todos os dias que ele ia ao Caribe o que era bem engraçado e animador, a felicidade dele era contagiante, acabei entrando na onda dele também.
No dia da viagem, não dormimos praticamente, de manhã colocamos as malas no táxi que nos levaria ao aeroporto, foi cantando o caminho todo e eu gargalhando, nossos pais mais apaixonados que nunca, no aeroporto demorou um pouco mais para o embarque, teve o check-in e tudo mais. Quando finalmente estávamos no avião, sentei ao lado de que tinha roubado o lugar da janela para ele, mas não me importei, tinha um pouco de medo de altura.
- Estamos indo para o Caribe, alguma coisa me diz que eu ainda estou sonhando! - ele disse piscando várias vezes, o belisquei de leve.
- Não está não! - ele riu e agradeceu; fingi não estar com medo quando o avião decolou, fingiu estar em uma montanha russa, o que me acalmou um pouco, a aeromoça estava quase o expulsando do avião, enquanto eu não parava de rir das suas gracinhas.
Depois peguei os fones de ouvido e assisti um filme, ouvia música e olhava para as nuvens abaixo, o observei por algum tempo, depois caí na real e voltei á assistir meu filme, que era "Guardiões da Galáxia", que me entreteve bastante durante a viagem. Quando chegamos eu estava bem sonolenta por causa da viagem e por não ter dormido direito, mas o Resort era MARAVILHOSO , enquanto nossos pais faziam o check-in na recepção, e eu babávamos com tudo ao nosso redor, depois fomos até o quarto, minha felicidade e tranquilidade foi embora quando fiquei sabendo que ia dividir o quarto com , tudo bem que para nossos pais éramos irmãos, mas porra um quarto só para gente? ERA DEMAIS PARA MIM!
- A cama do canto é minha então sai fora! - eu o empurrei e pulei na cama, ele riu e sentou na que ficava ao lado, olhei pela janela e admirei aquela paisagem maravilhosa.
- Já avisando que se você demorar muito no banheiro vai ter troco, você sabe que eu sei ser vingativo! - ele ameaçou e deu uma piscadinha, que os jogos começassem agora!
- Sei sim, mas relaxa maninho e curta a viagem! - eu disse me encostando no travesseiro e respirando fundo, não era hora de provocá-lo, não quando eu teria que ficar no mesmo quarto que ele.
- Vamos curtir já? Balada "Summer" hoje as onze da noite, vamos? - ele sorria de uma forma tão convidativa, sorri de volta e fiz que sim, pulando na cama e ele também.
- Vamos acabar quebrando a cama desse jeito! - eu disse ofegante e rindo, ele concordou e parou de pular, rimos um da cara do outro.
Fomos ao quarto de nossos pais, eles estavam bebendo e comemorando, acabamos os acompanhando, eu nunca tinha visto eles tão felizes, eu também estava e mais ainda. Deixamos nossos pais jantarem sozinhos e voltamos para nosso quarto, abri minha mala e comecei a esvaziá-la, depois comecei a procurar uma roupa para a balada.
- Posso ajudá-la à escolher? - ouvi , me virei e ele estava deitado me observando, arqueei a sobrancelha.
- Pra eu ir apenas de calcinha e sutiã? Melhor não! - eu disse voltando a procurar, ouvi ele rir.
- Claro que não, sou seu irmão e não quero que se vista como vadia! Pode deixar que eu escolho, eu tenho um bom gosto! - ele disse se levantando e me empurrando de leve, cruzei os braços e fiquei o olhando. Ele me olhava de ponta à ponta com um sorrisinho, depois revirava minhas roupas, ele ficava tão sexy fazendo aquilo, afinal ele ficava sexy até babando enquanto dormia!
- Experimenta essa, anda! - ele disse me jogando uma peça de roupa, fiz que sim e fui até o banheiro me trocar.
Terminei de me vestir e sai do banheiro, ele abriu um enorme sorriso e bateu palmas, sorri e me olhei no espelho, alarguei mais ainda o sorriso ao me ver ,dei uma voltinha e depois o olhei agradecendo.
- Você tem bom gosto mesmo e não estou vestida de vadia! - assumi e ele riu, se levantando e pegando sua roupa no guarda-roupas.
- De nada maninha! Vou me trocar e já vamos ok? - fiz que sim e observei ele entrar no banheiro, soltei um suspiro e fui me maquiar, passando apenas a base e marcando bem os cílios, depois um gloss cor Nude, soltei o cabelo e o deixei um pouco bagunçado.
não demorou muito à sair do banheiro, o observei admirada quando saiu, ele conseguia ficar bonito de qualquer jeito mesmo, ele usava uma bermuda jeans branca, regata preta aberta dos lados, onde deixava seus músculos à mostra, seu cabelo molhado bagunçado no rosto, seus olhos intensificados pela cor preta da regata.
- Vamos? - ele perguntou sorridente, me levantei e fui até a porta já saindo e esperando por ele lá fora, ele trancou a porta e fomos até o elevador, tocava alguma música familiar no elevador, eu me olhava no espelho para disfarçar minha admiração enorme pela beleza nada natural dele.
- Você está linda! - ouvi ele dizer e sorri de lado.
- Obrigada, você também! - nem sequer olhei para ele ao dizer isso, o elevador se abriu e fui à primeira a sair, elevador era um lugar que transmitia uma tensão sexual muito grande.
Era meio que um baile "Havaiano" onde recebíamos colares com flores e éramos direcionados para o grande salão em frente às piscinas, onde também acontecia a festa. e eu estávamos encantado com o local, era tudo perfeito! Tocava uma música meio antiga já, mas sua batida era muito dançante, "Mr Saxobeat - Alexandra Stan", comecei à rebolar conforme à música.
- Vou pegar bebidas, me espera aí! - disse piscando e indo até o bar, o observei ir até lá, depois passeei com o olhar pelas pessoas, estava lotado de caras gatos e mulheres lindas, voltei à dançar e tentei me desligar à tudo em minha volta e apenas curtir a festa, que estava apenas começando.
- Sua bebida! - ouvi a voz de , abri os olhos e ele sorria, peguei a bebida de sua mão e dei um gole, era batida de abacaxi.
- Gostou? - fiz que sim e continuei tomando e rebolando.
Começou a tocar "Locked out of a Heaven- Bruno Mars", abri um sorriso e comecei à cantar junto com a música, também cantava e levantava seu copo, ri daquilo e voltei a cantar. Terminamos de beber juntos, ele segurou minhas mãos e me conduziu para o meio da pista, chegando lá ele segurou minha cintura e voltou a cantar e dançar conforme. Ele ficava cada vez mais apaixonante em tudo, aquele olhar penetrante, o azul intenso de seu olhar sob os meus, seu sorriso perfeito e contagiante, nossos corpos colados um ao outro sentindo e se mexendo conforme a batida, apenas sentindo a música.
- "Cause your sex takes me to paradise
Yeah your sex takes me to paradise
And it shows, yeah, yeah, yeah..."
- ele cantou enquanto me encarava, depois me girou, alarguei mais o sorriso, abracei sua nuca me aproximando mais e cantei:
- "Cause you make me feel like
I've been locked out of heaven
For too long..."
- ele sorriu e apertou minha cintura contra seu corpo, levei uma de minhas mãos até seu rosto e alisei-o, ele fechou os olhos e continuou sorrindo, passei o polegar lentamente no contorno de seus lábios, quase que por um segundo eu me deixei cair em tentação e lhe beijei, mas eu não podia, me afastei dele e fui até o bar pegar mais bebidas, optei por algo mais forte, como: Tequila!
- Eu fiz algo? - tentei ignorar , mas era impossível.
- Não fez não, relaxa e vai aproveitar a festa! - eu disse sem olhá-lo.
- Já estou aproveitando e você está? - o olhei e fiz que sim, forcei um sorriso e pedi mais uma dose de tequila.
- Vai devagar, essa bebida não é de Deus! - ele zombou, soltei uma risada daquilo.
- Se não se importa vou beber e dançar, sozinha! - eu disse terminando de beber, claro que com o abençoado limão e sal, depois segui para a pista de dança.
Tocava "How to be a heartbreaker- Marina and the diamonds" e eu ADORAVA aquela música, eu cantava e jogava o cabelo conforme a música, intercalava com reboladas até o chão, depois subia lentamente, percebi que atraía olhares, reparei um cara loiro e musculoso, de olhos verdes me admirar, pisquei para ele e voltei á dançar. Afinal aquela viagem era para isso, curtir outros caras e não meu irmão!
O loiro sorria e não parava de me encarar, comecei à encarar de volta, mas algo me chamou à atenção, estava cercado de meninas babando por ele, PORRA O QUE ELE TINHA? Bufei e cruzei os braços, fiquei observando a cena de onde estava, mas que grande merda, onde ele fosse tinha que ter as galinhas atrás.
- Posso saber seu nome? - dei um pulo, olhei para atrás e era o loiro gostoso, abri um sorriso para ele.
- Claro que pode, e o seu? - respondi entendendo a mão para ele que tinha um sorriso esplêndido no belo rosto.
- Leo, muito prazer! - ele disse apertando minha mão e me puxando para perto, soltei uma risadinha. Começamos à dançar e conversar, sobre onde morávamos, idade e afins, ele tentou me beijar algumas vezes, mas não permiti, não por não querer, mas adorava ser difícil. Até que conversa vai e conversa vem, rolou um caloroso beijo, mas que não durou tanto tempo quanto esperava, fomos empurrados um do outro, olhei em volta confusa e me deparei com furioso.
- Qual é cara? Algum problema? - Leo abriu os braços e se aproximou de que o encarava, já me coloquei entre os dois.
- Leo ele é meu irmão e sabe como é né? - eu disse tentando acalmá-lo, ele apenas bufou e se afastou um pouco.
- Sei como é princesa, mas relaxa cara é só um beijo, também tenho irmãs! - Leo disse um pouco mais calmo para que estava vermelho de ódio.
- ELA É MAIS QUE UMA IRMÃ, FICA LONGE DELA! - arregalei os olhos para ele e lhe dei tapa na cara, ele me olhou assustado, agora eu que estava vermelha, como ele ousava falar isso em voz alta? Leo nos olhava confuso e assustado, fiz que não para ele e caí em choro saindo dali. Nem sabia para onde estava correndo, até que reparei que estava na praia de frente para o mar, me joguei na areia e me entreguei aos soluços.
- Me perdoa, por favor, eu não deveria ter dito aquilo! - ouvi dizer, levantei o olhar e o encontrei de pé na minha frente, ele chorava também.
- Você não deveria ter FEITO nada, porra eu sou sua irmã e devo ficar com outros caras, como você também deve ficar com outras meninas! - eu disse me levantando e o encarando com raiva.
- Eu sei disso, estou cansado de saber disso, mas eu não consigo me controlar, eu não posso ser seu irmão, me entende? Não posso! - ele disse abaixando o tom de voz e segurando o choro, como eu queria quebrar essa distância e me jogar naqueles musculosos e protetores braços, me entregar à ele por completo, isso realmente não era justo!
- Mas você é, nós somos e está na hora de aceitar isso ! - eu disse tentando parecer fria, mesmo que meu coração se apertasse dentro de mim.
- Você fala isso como se fosse tão fácil, você já aceitou não é? Eu te amo entendeu? EU TE AMO! - ele disse e mais lágrimas saiam de seus lindos olhos, engoli o choro e desviei o olhar para respirar fundo e tentar me acalmar, aquilo doía tanto!
- Você vai superar. - ele me olhou surpreso e decepcionado, olhei mais uma vez para o infinito mar e segui para o hotel, o deixei ali chorando, se era o que eu queria fazer? NUNCA! Se provavelmente foi a coisa mais difícil que já fiz? COM TODA CERTEZA! Mas eu tinha escolha?
- Filha o que houve? Que carinha é essa? - me assustei ao ver minha mãe no corredor, sorri para ela e tentei esconder que estava triste e arrasada.
- Estou apenas cansada mãe, a festa foi maravilhosa! - eu respondi lhe dando um beijo na testa.
- Que ótimo, fico feliz que esteja aproveitando. - sorri ao ouvi-la dizer isso.
- Estou sim, boa noite e dorme com os anjos. - entrei em meu quarto e fui ao banheiro, liguei o chuveiro e deixei encher à banheira enquanto eu tirava minhas roupas, sentei-me no chão e lá sim me entreguei ao choro e à dor insuportável que eu sentia no meu peito. O que eu faria para continuar vivendo sem o amá-lo e desejá-lo? Entrei na banheira e tentei relaxar, fechei os olhos e tentei viajar para outro mundo. Ouvi entrar no quarto, respirei fundo e tentei ficar em silêncio, eu observava sua sombra embaixo da porta, até que vi ele abrir à porta, seus olhos inchados e seu rosto avermelhado, mas ele ainda possuía a maior beleza que eu já tinha visto!
- Só vim aqui para te pedir perdão e que não acontecerá mais! Você é minha irmã e tenho que respeitar isso e me perdoa por atrapalhar seu banho, irmãos fazem isso eu acho. - ele começou à dizer olhando para o teto, no final soltou uma risada abafada, sorri para ele.
- Me dá mais um beijo? Por favor! - nem eu acreditava no que eu tinha acabado de pedir, ele me olhou surpreso e de boca aberta.
- Como é que é? - ele perguntou ficando irritado, ignorei tudo que acontecia e saí da banheira mesmo quase escorregando, fui até ele e pulei em seu colo o beijando loucamente e desesperadamente, como se nada importasse, como se fosse o último dia que em que viveríamos na terra, ele pareceu relutante em corresponder, mas não demorou muito em ceder à essa incrível sensação. Ele caminhava comigo no colo, eu bagunçava seu cabelo e chupava sua língua entre o molhado beijo. Estávamos ofegantes, mas continuávamos à amassar nossos lábios contra o outro; parei o beijo mordiscando seu lábio inferior e aproveitando para tirar sua regata e sentir pelo menos mais uma vez aquele corpo colado em mim.
Soltei um gritinho quando caímos dentro da banheira, transbordando-a e alagando o banheiro todo, rimos daquilo e o puxei novamente para mais um beijo, as suas mãos passeavam pelo meu molhado corpo, explorando e apalpando cada parte como se nunca tivesse as tocado. Ele descia o beijo pelo meu pescoço até meus seios, depois voltava aos meus lábios. Retirei sua encharcada bermuda junto com sua cueca, ele me colocou em cima dele, derrubando ainda mais água pelo chão do banheiro.
Passei minha intimidade no seu ereto membro, à água já havia esfriado, mas nossos corpos estavam bem quentes que nem nos importamos. Selamos o beijo e ficamos nos olhando, ambos ofegantes e com desejo no olhar, eu alisava seu perfeito rosto e descia com o olhar para os vermelhos e macios lábios, passei à língua lentamente pelo contorno deles, ele ainda me olhava, senti ele apertar meus seios lentamente e ao mesmo tempo ferozmente.
- e , está tudo bem aí? – ouvimos nossos pais baterem na porta do quarto, arregalei os olhos e saí de cima dele, pegando à toalha.
- Se seca e vai falar com eles, fala que estou no banho! – ele disse indo comigo até a porta do banheiro, comecei à me secar rapidamente e enrolar a toalha no cabelo, peguei o roupão que estava em cima da cama e me vesti, atendi a porta apressadamente.
- O que houve? – perguntei os olhando, eles olharam dentro do quarto e depois para mim.
- Ouvimos barulhos e queríamos saber se estava bem, você não estava com uma cara muito boa e nem o , achei que estivessem se afogando na banheira! – mamãe disse, soltei uma risada daquilo.
- Claro que não, ele está no banho cantando e eu apenas joguei um sapato na porta para que ele cantasse mais baixo! – eu disse sorrindo de lado, eles riram.
- Tudo bem? Estou querendo me trocar antes que ele saia, boa noite e amo vocês! – eu disse e fechei à porta, soltei todo o ar que havia segurado.
- Eles acreditaram? – surgiu de toalha, pedi que ele falasse mais baixo.
- Acho que sim, relaxa! – voltei à respirar normalmente e fui até minha cama.
- Depois dessa vou realmente tomar um banho. – ele disse passando as mãos em seu cabelo, soltei uma risada e fui até ele, o puxei para um selinho demorado.
- Vou tentar dormir, boa noite. – o soltei e tirei o roupão, colocando meu pijama, voltou ao banheiro, me deitei e sem mais nem menos apaguei. Promessas podem ser jogadas ao vento como se fossem apenas palavras, depois de tanta promessa que eu tinha feito para mim mesma, tinha feito para ele mesmo, nós tínhamos feito para nós mesmo, cumprimos? Não! Nos arrependemos? SEMPRE! Toda vez que conseguíamos ficar sozinho naquela viagem nos pegávamos e transávamos loucamente, por todo canto possível, eu já não aguentava mais falar não e ele muito menos, mas sabíamos que uma hora ou outra isso teria que parar e acabar de uma vez por toda.
- Acho que devíamos deixar o que aconteceu aqui! Tipo “O que acontece em Vegas fica em Vegas” sabe? – falei enquanto ele mordia meu pescoço, estávamos sentados em frente o mar, meio que isolados, era fim de tarde e nossos pais estavam em um safári.
- Como assim? – ele perguntou parando e me olhando.
- Você sabe, deixar todo nosso passado aqui no Caribe, vamos ficar para sempre nos pegando enquanto nossos pais não estão? Pelo resto de nossas vidas? – ele suspirou e revirou os olhos.
- Eu tenho razão, admite! – o pressionei e ele continuou olhando o mar.
- Sei que é difícil, mas temos que fazer isso, ok? – perguntei e ele não me respondeu, continuei o encarando esperando uma resposta.
- Sim, tudo bem. – ele finalmente disse e depois se levantou, não fui atrás, deixei ele ir caminhar.
- Ele realmente é seu irmão? – levei um susto ao notar alguém atrás de mim, me virei rapidamente e era Leo, o loiro gostoso da outra noite.
- É, quer dizer, não! – me enrolei e acabei soltando uma risada, ele se sentou ao meu lado.
- Estou com o tempo livre, quer desabafar? Dizem que é bom desabafar com um desconhecido. – ele disse sorrindo de lado, algo nele me fazia eu me sentir bem e segura, respirei fundo e acabei soltando tudo, a história da minha família, à minha e a de , desde tudo e ele acompanhou sem me interromper, arregalou os olhos e ficou surpreso quando ouviu que éramos realmente irmãos e que isso não impediu nossas “ficadas”.
- Uau, sabia que isso daria um belo livro? – ele disse depois de tudo, soltei uma risada cansada.
- As pessoas gostam de incesto hoje em dia? – perguntei rindo, ele deu de ombros.
- As pessoas estão gostando de tudo hoje em dia! – ele afirmou e eu concordei.
- Sabe o que eu faria se eu estivesse vivendo isso? Não sou perito no assunto, nem nunca fiquei com prima minha que é mais normal, mas vou me colocar na história! – ele começou dizendo e depois parou, tomou fôlego e prosseguiu: - Você se formou e seus pais sentem o maior orgulho de você, aposto que você tem sonhos e não quer desistir só pelo fato de que ama beijar seu irmão às escuras, então vá para a faculdade e procura uma bem longe, se esforça e estude, viva a sua vida e deixe que o futuro Deus cuida, quem somos nós para mudar algo que já esteja predestinado para nós? Então não pare de viver por algum problema, mesmo que seja problemão, ok? – ele terminou e sorriu, acabei sorrindo junto e concordando.
- Sabe que você tem razão, não posso deixar de viver mesmo! E essa ideia de me mudar e ir para longe de casa é a melhor de todas, ficar longe dele seria a coisa mais sensata à se fazer, para ambos continuar vivendo. – eu disse com esperança e confiança.
- Assim que se fala! Fico feliz em saber que ajudei e agradeço pela incrível história. – ele disse depositando um beijo em minha testa e se levantando.
- Nos vemos por aí princesa. – ele se despediu, o observei partir e continuei sorrindo olhando para o mar, nunca estive tão certa na minha vida sobre o que fazer e qual caminho seguir, Leo poderia ser um estranho, mas lembraria dele para o resto da minha vida por ascender a luz dessa escuridão que me cegava.

Capítulo 5


Quase duas semanas se passaram desde a viagem, , andava me evitando e isso era ÓTIMO, mesmo que machucasse ficar sem ele, mas era o necessário. Nesse tempo prestei vestibular para várias universidades, até que me enviassem a reposta já estaria com o diploma em mãos, afinal faltava dois dias para a formatura.
- , tem certeza disso? – , me perguntava com lágrimas nos olhos, sorri de lado e fiz que sim.
- Será melhor para mim, meu coração está em pedaços por deixar você e a , aqui, mas nunca perderemos o contato ok? – respondi enxugando as minhas lágrimas, , sorria para mim sentada na ponta da cama.
- Você está certa, sério! Isso tudo só passará com o tempo e ficar longe do problema vai ajudar mais ainda. – , disse, concordei e soltei o ar.
- Já chega de tristeza, temos um baile para ir, cadê a empolgação? – falei ficando mais animada, as duas riram e ficaram de pés.
- Vamos fazer esse baile ser o melhor de todos! – , disse sorridente, bati palmas e a abracei, logo sentimos , se juntando ao abraço.
Sabíamos que para ir ao baile, teria que ser acompanhadas, mas como seria meu último baile aqui, resolvemos irmos juntas, , dispensou , de ser seu par e resolvemos chegar juntas, quem se importaria de ser zoada?
- Pronto, ? – ouvi minha mãe gritar da sala, revirei os olhos e sai do quarto, desci as escadas e vi e me esperando. Abri um enorme sorriso para elas. estava linda vestida com sua cor preferida. ao seu diferente e lindíssimo estilo. Elas sorriam admiradas para mim também.
- Você está magnífica amiga! – , disse, alisei meu vestido. Ao terminar de descer as escadas, nos juntamos para tirar fotos e logo depois fomos à caminho da grande festa.
Chegando lá o lugar já estava lotado, tocava Dark Horse da Kety Perry, na entrada tivemos que tirar mais fotos ainda pelo fotógrafo da escola, acabamos rindo disso e zoando sermos famosas e estarmos no tapete vermelho do Oscar. Entrando no enorme salão, as pessoas já dançavam conforme a música, todos estavam perfeitamente arrumados, admiramos os vestidos de algumas garotas e gargalhamos de outros, como eu sentiria falta disso!
- Nem ouse pensar em coisas tristes! – , apontou o dedo para mim, arregalei os olhos e depois ri.
- Ela nem vai precisar se esforçar. – , disse meio chocada olhando para um canto, segui seu olhar e vi , do outro lado, conversando com , e ; Meu Deus como ele estava magnificamente perfeito. Fiquei o admirando por um longo e demorado tempo, as meninas sabiam que eu precisava disso então nem me acordaram no meu trânse. Até que ouvi colocarem The fray para tocar: Love don’t die, seu olhar se encontrou com o meu, senti meu coração se acelerar automaticamente, notei ele abrir um leve sorriso e me olhar de cima à baixo, acabei sorrindo junto.
- BUT LOVE DON’T DIE! – ouvi alguém gritar com a música, soltei uma risada disso e comecei a dançar conforme a música e cantar loucamente.
- “No matter where we go Or even if we don't And even if they try They'll never take my body from your side Love don't die” – ouvi , cantar perto de mim, sorri para ele e observei , com a , , , e , dançando, voltei à olhar o garoto mais lindo do mundo na minha frente, aproximei-me dele e joguei os braços em volta de seu pescoço, ele abraçou minha cintura.
- “You can break it up. You can burn it down, you can box it in. Bury it in the ground. You can close it off. You can turn it away. Try to keep it down. Six feet in the ground... But love don't die” – cantamos juntos, para falar a verdade, gritamos juntos e depois caímos na gargalhada, joguei meu cabelo conforme o final da música e depois aplaudimos juntos.
- Essa música é ÓTIMA! – eu gritei par ele e ele concordou.
- Você está perfeita, sabia? – senti minhas bochechas corarem.
- Te digo o mesmo se é que é possível você ficar mais perfeito! – admiti e ele alargou mais o sorriso.
- Eu queria que pelo menos hoje, esquecer tudo sabe? Só hoje! – ele disse me pressionando contra si, comecei a alisar seu cabelo.
- Esquecer todos os nossos problemas, fazer dessa noite a melhor de todas, sabe do que estou falando? – ele disse umedecendo seus lábios e analisando cada movimento meu, fiz que sim e passei as costas da minha mão em seu belo rosto.
- E o que você me diz? – ele perguntou deixando seus lábios encostarem aos meus, senti uma pontada no peito, respirei fundo e o olhei novamente.
- Eu vou embora daqui , ! Tenho que te contar isso antes que outra pessoa conte. – soltei o que estava preso, ele me olhou confuso.
- Embora? Como assim? – me afastei um pouco dele.
- Para outro país, farei faculdade para fora e montarei minha vida lá, não te direi onde e proibi nossos pais de lhe contar, estou sendo cruel e sei disso! Mas o que eu posso fazer? Continuar te amando, te desejando, querendo estar em sua cama toda vez que acordar, querer alisar seu cabelo e olhar esses seus lindos olhos , ! – tomei fôlego e continuei: - Te dizer todos os dias que te amo, poder segurar sua mão sempre que quiser, querer ter filhos com você e passar o resto da vida ao seu lado? Mas como farei isso sendo sua irmã? Me diga! – acabei despencando, lágrimas escorriam de meu rosto, ele me olhava triste e sem reação.
- Não tente me impedir, por favor! Você sabe que será o melhor para ambos e sim eu gostaria que pelo menos hoje, esquecêssemos de tudo isso, se você quiser... – fiquei o olhando esperando alguma resposta, ele apenas me olhava, até que ele desviou o olhar e percebi ele ficar nervoso.
- Pra depois essa noite ser apenas uma lembrança? Ou pior, apenas um sonho? Desculpa, mas eu não quero isso! Quer saber o que eu realmente acho? – ele explodiu em fúrias, , e , nos olhavam preocupadas, , e , mantinham-nas afastadas de nós.
- Eu não me importaria de fazer tudo isso contigo, se é pecado? Incesto? ÓTIMO! Pelo menos iria pro inferno feliz e ao seu lado. – ele disse soltando o ar e abaixando a cabeça, o olhei pasma.
- Nós dois seríamos expulsos de casa, sabia? , ISSO NÃO É NORMAL! – gritei com ele e reparei todos nos olhando, novamente estávamos dando vexame em público, apenas me guiei para fora dali.
- EU NÃO ME IMPORTO EM SER EXPULSO DO UNIVERSO SE PRECISAR! – ouvi ele gritar atrás de mim, apenas continuei meu caminho.
- Você mesmo assim está indo embora, lembre-se de que quem virou as costas foi você! – ele disse, parei de andar e me virei para ele.
- A culpa é minha? Isso que está jogando na minha cara? – ele revirou os olhos ao me ouvir.
- Se você for embora é sim, a culpa será toda sua! Porra, estou aqui me humilhando novamente, dizendo que largaria tudo e gritaria “FODA-SE O UNIVERSO” por você e mesmo assim é como se não fosse o bastante! – ele disse, aquilo doeu mais que tudo, pois ele estava certo em cada palavra.
- O problema é que eu não quero que o universo se foda, , . – eu admiti e pude sentir a dor se aprofundar, minha garganta ardia de tanto segurar os soluços.
- Eu já sabia disso, só fui idiota o bastante para ter que ouvir da sua boca, vai embora e nunca mais volte mesmo, cadela! – ele disse secamente e depois saiu dali, despenquei ao chão gelado e me entreguei ao choro, gritando e esperneando, pude sentir as meninas virem ao meu encontro e me abraçar forte, mas nem elas e nem nada poderia superar aquela dor.

- Tem certeza que não vai querer contar para o seu irmão? – mamãe ainda insistia nisso, bufei e fiz que não.
- Não queria que ninguém soubesse, mas fazer o que! – respondi terminando de beber meu copo de água.
- , filha, você vai mesmo antes? Esse tempo poderia ficar mais por aqui para se despedir das pessoas que te amam, você vai se arrepender e não terá mais volta. – ela disse e fez uma expressão triste.
- Estou mais do que certa do que quero e sei que irei me arrepender, mas será melhor assim. – respondi enquanto terminava de lavar o copo, saindo da cozinha deparei-me com , .
- E aí! – o cumprimentei e comecei a subir as escadas. - , posso falar com você? – parei e me virei para ele, o olhei intrigada e fiz que sim. Fui com ele até a varanda da minha casa, sentei no banco ao seu lado e ainda o olhava da mesma maneira.
- Sei que não há maneiras de te impedir de viajar não é? – ele começou dizendo, ri daquilo e fiz que não.
- Sei que anda difícil, mas posso te fazer uma pergunta? – fiz que sim e ele pensou bem antes de fazê-la.
- Você ama o , ? Ama de verdade mesmo? Ou ele foi apenas um amorzinho proibido e divertido para você? – aquilo doeu! O olhei espantada e fiz que não rapidamente.
- Claro que não, , , qual é? Está meio na cara que eu o amo! – respondi meio irritada.
- Não está não, pode gritar comigo, mas você não ama ele tanto assim quanto acha ou quanto ele te ama! Ele estava disposto a largar tudo, virar meio que uma aberração por você, isso é amar, agora ir para o outro lado do mundo para fugir, isso se chama covardia! – ele cuspiu as palavras, me levantei assustada.
- Covardia é você não ter perdido a , em namoro ainda, vê se cresce. – joguei na cara dele e sai dali, mas ele segurou meu braço.
- Estou cuidando disso já, sei assumir meus erros! – ele retrucou, puxei meu braço e corri para o meu quarto, que ousadia dele vir supondo o que eu sinto e mandando o que eu deveria fazer!
, por causa do , havia se distanciado um pouco de mim, ela também concordava com ele e já tinha deixado isso bem claro, no fundo eu também concordava, mas talvez eu fosse covarde demais mesmo!
- , para de chorar, você decidiu isso e se não quiser mais ainda dá tempo de voltar! – , disse enquanto eu não parava de chorar e andava pra lá e pra cá em seu quarto.
- Dói tanto amiga, tanto mesmo! – disse em prantos, ela não sabia mais o que fazer, apenas se levantou e me deu um forte abraço.
- Não sei o que te dizer, ninguém mais sabe. – ela disse soltando o ar e se afastando do abraço, assenti.
- Preciso caminhar! – eu disse limpando as lágrimas e saindo dali rapidamente. Na rua já, comecei à correr com os fones no ouvido e a música no último volume. Tocava Flawless da banda The Neighbourhood, não sabia como ainda saía lágrimas de meus olhos, achei que já havia secado. Cantei junto com a música “But I just can’t wait for love to destroy us”( Mas não posso esperar o amor nos destruir), engoli o choro e aumentei o passo. Ouvi trovejar e corri mais depressa ainda, mas acabei tropeçando em um galho de árvore e indo direto pro chão. Fiquei ali deitada por um tempo, sorte a minha que ninguém tinha visto, consegui me levantar e lá estava meu joelho ralado, revirei os olhos e voltei à correr mesmo com o machucado ardendo e mancando um pouco. Chegando em casa, , estava na varanda com a mesma cara de choro que ele andava ultimamente, infelizmente teria que passar por ele para entrar e a chuva tinha finalmente caído.
- E ai! – cumprimentei-o, antes que o olhar dele pudesse chegar no meu, ele olhou meu joelho e já se levantou preocupado.
- Pode parando, estou bem! Foi apenas um ralado de nada. – eu disse o fazendo de parar, ele revirou os olhos.
- Foda-se! – ele disse dando de ombros e passando por mim, fui atrás dele.
- Onde você vai nesse temporal? – perguntei tentando andar atrás dele no meio do temporal que caía.
- Vai cuidar dos preparativos, a tão esperada viagem não está chegando? Vai procurar o que fazer e me deixa em paz! – ele gritou de volta e acelerou o passo, era um teimoso desgraçado mesmo.
- POR QUE VOCÊ TEM QUE SER TÃO INFANTIL? SEU BABACA! – berrei o mais alto que pude e chutei uma poça na minha frente, ele parou de andar e se virou para mim.
- EU SOU INFANTIL? TUDO BEM, EU ACEITO SER! MAS PELO MENOS NÃO SOU COVARDE! – ele retrucou, abri a boca em ofensa.
- NÃO É COVARDIA SER REALISTA! – ele rolou os olhos e bufou ao ouvir-me.
- VÁ SE FODER GAROTA. – ele gritou e mostrou o dedo do meio.
- Achei que você que gostasse de fazer isso. – respondi com sarcasmo, depois parei para realmente ouvir o que acabei de falar, como eu tinha sido tão “baixa”.
- Droga! – reclamei já colocando as mãos na minha boca e o olhando, só conseguia ver decepção.
- Foder você não era o mais importante pra mim. – ele disse friamente e depois voltou à seguir seu caminho, não sei bem o motivo, mas meu corpo foi levado junto, não conseguia parar de segui-lo.
- , vai pra casa, por favor! – ele ordenou, mas não o obedeci, ele parou novamente e se virou para mim furioso.
- Não vou pedir novamente. – arqueei à sobrancelha ao ouvir-lhe.
- Você pediu! – ele disse e avançou em mim, segurando-me no colo, comecei a me debater e tentar pular, mas nunca iria conseguir.
- ME SOLTA PORRA! AGORA. – comecei à gritar, mas ele não me dava ouvidos e continuou me carregando com pressa de volta.
- SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA! – gritei para toda a vizinhança, , mudou-me de posição, jogando meu corpo sobre seu ombro, ficando pendurada comecei a bater em suas costas encharcadas pela chuva.
- SEU DOENTE, ME SOLTA! – gritei enquanto me debatia nele, não conseguia ver direito e estava começando à ficar tonta por causa da chuva e posição nada agradável, até que ele parou e me jogou contra um sofá. Estávamos na nossa garagem.

Capítulo 6


- Fica longe de mim! – ele disse de uma forma que eu nunca tinha o visto, ele estava absurdamente assustador e incrivelmente sexy.
- É o que estou fazendo. – eu disse mordendo os lábios para contrair um pouco à dor no meu peito.
- Não está fazendo direito então. – ouvi ele dizer, soltei uma risada cansada e despejei-me no sofá. Ele me analisava e eu fazia o mesmo, aquele corpo molhado e ao mesmo tempo parecia tão quente, tão convidativo e tentador, me peguei passando à língua nos lábios.
- Você não vale nada mesmo. – ele disse soltando uma risada abafada, desci o olhar mais uma vez por todo o seu corpo. – E eu sempre vou ser o trouxa que vou ceder! – ouvi ele dizer e voltei à olhá-lo, ele veio até mim e quando chegou perto, começou à despir-se. Nós dois começamos à gargalhar quando ouvimos tocar “Problem” da Ariana Grande e da Iggy em alguma casa lá perto, revirei os olhos.
- Preferia The Neighbouhood! – eu disse o olhando que ainda ria, ele caiu sobre mim, soltei um leve gritinho.
- Você me fez pegar raiva da Sweater Weather, sua cachorra! – ele meio que rosnou no meu ouvido, soltei uma risada alta e puxei seu cabelo com força.
- Que peninha. – fiz biquinho que o fez o morder forte, fiz careta ao sentir. Paramos de rir e ficamos nos olhando por alguns segundos, até que não me segurei e comecei à passar a língua por cada parte de seus lábios, descendo pelo queixo e lá dando uma mordidinha.
- “ I got one less problem without ya” – ele cantarolou em meus lábios, bufei e lhe dei um tapa forte na bunda que o fez rir.
- Cala a boca! – ordenei e abracei sua cintura com as minhas pernas e o colei em mim, o fazendo arfar. Ele começou à se roçar em mim lentamente, fechei os olhos e encostei minha cabeça no braço do sofá, soltando altos gemidos. Senti ele colocando suas frias mãos por baixo da minha blusa, subindo diretamente aos meus seios e os apertando e preenchendo-os em suas mãos, deixando-me mais excitada do que poderia estar. Ele alisava-os com o polegar e depois os amassava, seus lábios saboreavam-se em meu pescoço e desciam até meu decote, em um movimento rápido ele se livrou da minha blusa e desesperadamente atacou um de meus seios com boca, o chupando e lambendo-o por inteiro e já partindo para o outro. Por baixo dele, levantei um pouco o quadril e apertei sua bunda contra mim, fazendo-me sentir seu ereto membro, voltei à roçar mais rapidamente o fazendo gemer enquanto chupava o biquinho do meu seio.
- , , , ! – o chamei rapidamente e o empurrei quando ouvi o barulho de alguém entrando em casa, ele caiu no chão e pegou suas roupas, vestindo-as. Fiz o mesmo e subimos o mais rápido possível, dando de cara com , na sala nos olhando estranhamente.
- O que vocês estavam fazendo? – ele perguntou, revirei os olhos e soltei o ar, relaxando.
- Puta que pariu mano, que susto! – , disse começando à rir.
- O , estava te procurando e então o deixei entrar, onde vocês estavam? – , e eu nos olhamos assustados e nos viramos para nossa mãe atrás da gente.
- Eu caí no meio da chuva e meu irmão me trouxe pra cá, quer dizer até a ... você sabe! – eu disse gaguejando e esquecendo tudo o que ia dizer.
- A garagem onde eu achei que tinha o kit de primeiro socorros, mas não encontramos então eu apenas à ajudei lavar! – ele completou um pouco nervoso também, terminando de dizer ele sorriu e eu também.
- Bem pensado, mas é só um ralado. – ela disse rindo, acabei rindo junto.
- Eu falei isso para ele, mas é teimoso! – falei abrindo os braços e voltando à relaxar.
- Sou mesmo. – ele disse e me deu uma piscadinha, mordi a língua de leve e depois rimos, ouvimos , pigarrear.
- Vocês vão para o inferno! – ele disse baixo e depois rindo.
- Vou tomar um banho, tchau meninos. – acenei para eles e subi as escadas correndo.

- Nem acredito que sua viagem é amanhã já! – mamãe disse chorosa enquanto me ajudava à fechar as malas, à puxei para um abraço.
- Eu vou morrer de saudades. – eu disse e ela já se entregou ao choro.
, não sabia que era amanhã, ele sabia que estava próxima, mas não sabia quando, mas estávamos tão bem e ele sorria e brincava comigo como antes, podíamos até roubar beijos um do outro. Não queria vê-lo chorar, não mais. Já bastava minhas amigas e minha mãe que choravam o dia inteiro, eu já havia aceitado e para falar a verdade estava bem empolgada. (música da cena)
Não consegui pregar o olho naquela noite, olhei para o relógio e marcava quatro horas da manhã, levantei-me e segui para o quarto de , no mesmo corredor, como eu sentiria falta de tudo, até daquele corredor, daquele espaço mínimo entre nós, de suas brincadeiras bestas. Abri a porta sem que fizesse barulho, ele dormia feito um anjo, fui até a beirada da cama e alisei seu cabelo. Ele se mexeu um pouco, mas não acordou, passei lentamente os dedos em seu maravilhoso e perfeito rosto. Desci as mãos para os largos ombros, até seus fortes braços, suas mãos quentes e acolhedoras, meu coração se espremia dentro de mim, mas essa seria minha despedida.
- Eu te amo, sempre amei e por toda a minha vida vou te amar! – eu sussurrei em seu ouvido e dei-lhe um beijo na testa, saí rapidamente do quarto e mais uma vez e espero que tenha sido a última, passei o resto da noite chorando o que tinha prometido não chorar mais.

A manhã foi como o planejado, papai levou , para ajuda-lo com algumas coisas e antes que eles voltassem eu já teria ido, e assim foi. Mamãe me levou ao aeroporto junto com as minhas amigas, , e , .
- Nunca vou me esquecer de vocês e vou mandar e-mail todos os santos dias! – eu disse durante o último abraço, elas choravam e concordavam. Mais choro e coisas que eu odiava, até que era hora do meu embarque, sem hesitar e olhar para trás, segui meu caminho. Antes de colocar o pé no avião, senti um aperto enorme no coração e uma onda de arrependimento, pude ouvir a voz de , atrás de mim implorando para ficar, fechei os olhos e comecei à tremer.
- Moça está tudo bem? – a aeromoça perguntou-me ao ver que eu tampava a passagem, à olhei e fiz que não.
- O que a senhorita está sentindo? Posso te ajudar? – preocupada tentou me ajudar, fiz que não.
- Só quero ir embora logo! – eu disse me controlando e entrando no avião.

O que fiz nunca terá perdão e pagarei por isso, mas foi o que escolhi e sei que se pudesse fazer de novo, faria. Já se passava um mês que havia me instalado à nova vida, minha colega de quarto era uma garota muito legal mesmo, gostava das mesmas coisas que eu e isso era incrível. Já tinha assistido à um dia de aula e era tudo o que eu sempre quis, todos eram bem legais e receptivos, mas nada conseguia tirar o buraco enorme que existia em meu peito. Comecei à evitar os e-mails das minhas amigas, por um simples motivo:
! Não queria saber dele, tinha me mudado exatamente para isso e elas cediam sempre. Então lá se vai minhas amigas também, mamãe e papai eram os únicos que me entendiam e nunca citavam o nome dele.
Segunda semana de aulas, minha colega de quarto me apresentou a várias pessoas legais e divertidas que já ando no intervalo e até combinamos de sair todos juntos. À caminho do refeitório onde iria me encontrar com a turma, acabei esquecendo um livro na sala e acabei voltando para pegar, dando de cara com alguém que nunca esperei que fosse encontrar novamente.
- A garota do Havaí! – era o Leo das férias, arregalei os olhos.
- LEO? O que faz aqui? – perguntei totalmente surpresa, ele ria.
- Mundo pequeno, faço faculdade aqui! – ele respondeu se aproximando e me puxando para um abraço.
- Muito pequeno mesmo, nossa estou pasma ainda. – e realmente estava, ele ali na minha frente, o cara gato das férias do Havaí na mesma faculdade que eu.
- Estou vendo que seguiu o conselho de um velho amigo, não é mesmo? – ele disse sorrindo, abri um sorriso e concordei.
- Sim e sou grata por isso! Acho que te devo um café, não é? – ele alargou mais o sorriso.
- Talvez! – ele respondeu rindo e me acompanhando.

Doze Anos Depois


- VOCÊ ESTÁ VINDO PARA O MEU ANIVERSÁRIO DE CASAMENTO, AINDA NÃO ESTOU ACREDITANDO! – , berrava ao telefone.
- Me sinto culpada por não ter ido ao casamento, mas vou ao aniversário! – respondi dando risada.
- ESTOU PULANDO DE FELICIDADE, JURO! – ela ainda gritava super empolgada, mas eu também estava por dentro.

Estava esperando a hora do meu embarque, peguei um livro para ler e esperar a hora passar um pouco. Fazia tanto tempo que não ia para casa, meus pais já tinham vindo me visitar umas três vezes, minhas amigas nunca. Mas eu nunca mais tinha voltado para casa, até agora! Senti o celular vibrar em minha bolsa, pude ver o nome do Leo no visor.
- Você está viajando? A nossa audiência é pra daqui alguns dias! – ele disse logo que atendi, revirei os olhos.
- Relaxa, estarei lá! – respondi calmamente.
- Você está levando nosso divórcio a sério? – ele perguntou me irritando totalmente.
- Mais do que você imagina, querido. – soltei uma risadinha, pude ouvi-lo bufar.
- Que você seja feliz com suas ironias! – ele disse deligando, comecei a rir por conta disso, Leo foi meu marido, no começo ele me surpreendia, era tudo perfeito. O tempo se passou e percebemos que estávamos apenas nos enganando e tentando parecer felizes um com o outro, nossa vida era vazia e sem emoção ou sentimento. Mas era o que eu tinha me tornado, uma mulher fria!
Embarquei depois de um tempo, fui dormindo durante à viagem o que a fez ser bem rápida mesmo, desembarquei e como previsto meus pais e a , estavam lá me esperando, corri até eles e os abracei como se nunca tivesse abraçado ninguém.
- VOCÊ ESTÁ TÃO LINDA! – , gritou para mim com lágrimas no rosto, ela não tinha mudado muita coisa, o cabelo estava mais curto.
- Você também, meu Deus! Nem acredito que estou aqui com vocês novamente, poxa doze anos já se passaram. – admiti secando minhas lágrimas e olhando para os meus pais.
- Querida sentimos muito pelo divórcio em falar nisso. – mamãe disse sorrindo de lado, abri um sorriso e dei de ombros.
- Nem pude conhecer seu marido, isso é imperdoável! – , reclamou.
- Estou aqui e já ganho créditos por isso, não perdeu muita coisa não o conhecendo! – eu disse rindo, todos riram e seguimos para o carro, papai me ajudou com as malas. No caminho para casa ouvi sobre todos, , e , já tinham gêmeos de três anos de idade, , não queria ter filhos ainda e disso eu já sabia também, até que ...
- , também virá pra festa! – meu coração se apertou dentro de mim, como antigamente, achei que nunca mais iria sentir isso, , me olhou na mesma hora que papai disse.
- Com sua esposa que está grávida também. – mamãe completou dizendo, pude até ouvir o meu coração se partindo ao meio. Mas o que eu esperava também?
- Esposa? – perguntei na mesma hora e tentando disfarçar as lágrimas involuntárias.
- Sim, ele se casou faz uns dois anos com uma moça muito bonita e humilde, educada, um doce! – mamãe continuou dizendo, meus olhos viraram automaticamente, pra que tantos elogios?
- Que ótimo saber disso! – disse tentando não ser irônica, , me olhava ainda, arqueei a sobrancelha para ela e ela apenas riu baixinho.
Chegando em casa, todos nós jantamos e demos boas risadas, vi fotos do , e sua linda esposa, mesmo que me desse nojo eu admito a beleza dela! Ele tinha conseguido ficar ainda mais bonito do que já era, ele ficou com mais corpo, digamos que mais forte. Virou um homem e tanto, ele nunca ia deixar de ser o cara mais bonito que eu já tinha visto realmente!
Como os velhos tempos, , dormiu em casa, no meu quarto que não estava tão diferente, apenas as paredes de outra cor, a cama tinha mudado de posição também, mas fora isso mais nada, tinha até o mesmo cheiro.
- Está preparada para a festa? – perguntei quebrando o silêncio, ela fez que sim.
- E você? – ela perguntou mais interessada.
- Não sei, ouvir o nome dele e ver a foto dele, trouxe algumas coisas de volta! Mas eu cresci e superei isso, tenho certeza. – eu assumi e depois respirei fundo.
- Sei que sim! , vai adorar te ver e os gêmeos são lindos. – ela disse abrindo um enorme sorriso, me virei de frente para ela para podermos conversar melhor. Mas não durou muito, nossos anos de passar a noite em claro conversando já passou e faz tempo, não tínhamos mais tanto pique assim.
No dia seguinte foi tudo muito corrido, preparativos para a festa, me arrumei junto com a , , , estava com o , na casa da , com o , . Escolhi um vestido preto básico, , com o seu precioso vestido azul como sempre, passei a tarde com ela no salão de beleza, mesmo achando isso extremamente cansativo e exagerado. Finalmente prontas e à caminho da festa que já estava com bastante gente que fazia décadas que eu não via. , já estava lá o que fez meu coração gelar, olhei em volta mas , não estava lá ainda.
- E aí , , parabéns! – estendi à mão para ele, mas ele me puxou para um abraço.
- Obrigado de verdade, , está muito feliz por você estar aqui e claro eu também! – ele disse saindo do abraço e sorrindo, abri um largo sorriso de volta.
- Eu que agradeço por tudo. – eu disse me afastando e deixando as pessoas falarem com ele, , também estava bem ocupada, fui até mesa onde meus pais estavam sentados.
Comecei à beber algumas taças de champanhe, logo depois , e , chegaram com os gêmeos, corri até ela e à abracei fortemente.
- MEU DEUS QUE SAUDADES, VOCÊ NÃO MUDOU NADICA DE NADA! – eu gritei enquanto a apertava.
- VOCÊ TAMBÉM NÃO! – ela gritava junto e me apertava também, acenei para , que nos olhava assustado e ao mesmo tempo ria com um dos gêmeos no colo.
- E essas crianças mais lindas desse mundo. – eu disse abaixando para beijar o que já estava no chão, eles eram lindíssimos e fofos como os pais. Depois de conversar com eles, me dei conta que todos estavam ali menos ele, revirei o salão com o olhar, mas não achei nada. , e , me olhavam desconfiados, odiava quando eu dava na cara.
Depois de várias taças e muitas risadas com as amigas, resolvi tomar um ar lá fora, o salão de festas tinha uma sacada maravilhosa, encostei-me lá e deixei a brisa gelada bater em meu rosto e por lá fiquei por um bom tempo.
- Você é a dona do carro prata? – ouvi alguém me perguntar, fazendo-me despertar de meus pensamentos.
- Não vim com meu carro! - respondi me virando para a pessoa, abri a boca na hora e arregalei os olhos na hora, NÃO ACREDITO!
- Eu já sabia bobinha. – , disse e logo depois sorriu, continuei parada e catatônica, não tinha nada nesse mundo que pudesse descrever o que eu estava sentindo.
- Credo , , parece que viu um fantasma. – ele zombou de mim e se aproximou mais.
- , , meu Deus! – finalmente consegui soltar a voz e o abracei, ele demorou um pouco para retribuir o abraço, mas assim o fez.
- Como você está? – ele perguntou saindo do abraço e me olhando, aqueles olhos !
- Estou bem e você? – ele fez que sim com a cabeça.
- E a vida? Fiquei sabendo que casou, cadê o maridão? – ele perguntou, puxei o ar e soltei-o lentamente.
- Divorciada na verdade. – eu disse sorrindo de lado, ele fez uma careta e depois riu.
- Sinto muito! – dei de ombros e desviei o olhar.
- Não sinta, estou feliz por isso. – eu disse rindo de mim mesma.
- Então um brinde à isso. – ele fez “tim tim” com uma taça vazia que estava em cima de uma mesa ao lado, ri daquilo.
- E sua esposa? – perguntei o examinando, ele me olhou.
- Ficou em casa, não estava se sentindo bem! – ele disse fazendo bico.
- Mas ela está bem? – ele fez que sim rapidamente.
- Relaxar faz parte da gravidez! – ele respondeu sorrindo.
- A sim, já sabe o sexo? – ele fez que não.
- Queremos saber na hora, mas meus pais acham que é menino! – ele respondeu sorridente. (música da cena)
- Nossos pais! – o corrigi rindo, ele revirou os olhos e riu também também.
- Sim nossos pais. – ele afirmou e voltou à me olhar. Desviei o olhar do dele e balancei a cabeça conforme a batida da música, mas ele pegou uma de minhas mãos e me puxou para perto dele. O olhava sem entender, ele apenas sorria de lado e colocando a outra mão em minha cintura.
- Não sabe mais dançar? – mostrei a língua para ele e segurei seu ombro com uma de minhas mãos e a outra estava presa a sua. Começamos a dançar conforme a melodia, aproveitei para me colar mais nele e matar a saudade de tudo, seus olhos , intensos, seu cabelo que realçava seu tom de pele, seus lábios tão beijáveis e desejáveis, suas mãos fortes em mim. Seu ombro largo, seu corpo quente encostado no meu; seu olhar descia por mim também como se ele fizesse o mesmo.
- Você não mudou nada! – ele disse fixando seu olhar em meus lábios.
- Você também não, quer dizer está ainda mais bonito! – eu disse sentindo minhas bochechas corarem.
- Mentirosa! – ele disse abrindo um sorriso, cerrei os olhos.
- Nunca fui mentirosa. – declarei e ele concordou rindo.
- Você é muitas coisas, menos isso! – ele disse parando de rir.
- Senti tanto sua falta. – acabei dizendo e não conseguindo me controlar.
- Não consigo acreditar nisso. – ele disse me olhando sério.
- Imaginei que não mesmo, mas senti e só eu sei disso! – me afastei um pouco dele, mas ele não permitiu e me puxou de volta.
- Não quero falar do passado! – ele disse e eu concordei.
- Vamos falar de que? – perguntei abrindo um sorriso. (outra música!)
- Que tal curtirmos apenas o momento? – ele sugeriu, alarguei mais o sorriso e fiz que sim. Continuamos dançando, senti ele passar sua mão em minhas costas e cabelo, fechei os olhos e encostei-me em seu peitoral. Aquilo era a melhor sensação do mundo, estar ali com ele, em seus braços e não pensar em nada, se o mundo algum dia fosse acabar poderia acabar ali, morreria como a pessoa mais feliz do mundo. Nesses doze anos eu acreditei que nunca mais iria vê-lo e se visse ele me odiaria e nunca mais me abraçaria assim, mas hoje está sendo melhor do que tudo e agora mais do que nunca sei que cometi um grave erro no passado. Hoje eu abandonaria tudo por ele, assumiria o incesto e gritaria: Foda-se o universo!
Levantei o rosto para olhá-lo e lá estava ele, sorrindo para mim, era demais pra mim, não conseguiria evitar, levei meus lábios até os dele e os pressionei. Esperei alguma reação dele, mas não houve, decidi colocar minha língua e iniciar o beijo. Fiquei tentando o beijar mas ele não se mexeu, quando desisti ele segurou minha cabeça e recomeçou o beijo, fazendo-o ficar intenso. Deixei escapar vários suspiros entre o beijo e ele também, minha língua invadia sua boca enquanto ele à chupava e mordiscava meus lábios, suas mãos desceram por todo meu corpo apalpando minha bunda e levantando meu vestido. O joguei contra a parede da sacada e pulei em seu colo abraçando sua cintura com as pernas, ele já apertava minhas coxas com força e com aquela pegada que só ele tinha.
Selamos o beijo, descendo-o para meu pescoço, podia sentir ele passando a língua lentamente até chegar em meu decote, comecei à soltar vários gemidos. Ele puxou meu vestido para baixo um pouco com as alcinhas e tirou meus seios para fora, começando à se deliciar neles. Ele chupava-os com brutalidade e desejo e nunca se cansava, eu não conseguia controlar meus gemidos e suspiros altos, não conseguia nem pensar direito, era só aquilo que eu queria.
- Não .... Posso ... Sinto muito! – ele disse me colocando no chão e se afastando, o olhei confusa.
- Não sei o que deu em mim, nem deveria estar aqui. – ele disse totalmente arrependido, passando as mãos em seu cabelo, na verdade eu o entendia.
- Eu que peço perdão por voltar e tentar foder sua vida novamente, só porque a minha foi! Eu não te mereço e nunca mereci, você tem sua esposa que está esperando um filho seu, não poderia estar aqui te beijando e te seduzindo, sou uma vadia sem coração mesmo. – eu disse caindo no choro e saindo dali, corri pela festa sem parar e nem olhar para ninguém, peguei minha bolsa e corri para a rua. Saí a procura de um táxi até encontrar um, encontrando um vazio pedi para que me levasse para casa, onde faria as malas e iria embora novamente.

, ’s POV: Fiquei ali parado sem reação olhando ela ir embora, apenas absorvendo suas palavras. Entrei para a festa novamente, mas não à achei lá e nem queria, na verdade nem eu sabia o que eu queria. Peguei uma garrafa de tequila na cozinha da festa e sai dali à bebendo, acabei indo a pé pra casa, chorando e me embriagando pelo caminho. Cheguei em casa e minha esposa estava dormindo, tomei um banho demorado e deitei no sofá, com apenas ela na minha mente acabei pegando no sono. Acordei com uma baita dor de cabeça e com o sol batendo meu rosto, pelo visto só eu havia acordado, fui até o banheiro lavar o rosto e depois preparar um café bem forte.
Coloquei uma roupa e resolvi sair de casa para espairecer um pouco, mas não ajudou, só vinha ela na minha cabeça, o desgraça viu! Depois de anos achando que tinha à superado, ela volta e já faz um estrago desse comigo. Fiquei horas caminhando e pensando, até que deparei com a rua da casa de meus pais, claro que eu estava indo para lá e nem mesmo percebi! Tomei fôlego e fui até a casa, chegando perto observei um alvoroço ali mesmo, corri até lá e vi papai pegando algumas coisas e colocando no carro.
- Pai? O que houve? – ele se assustou comigo, notei seu rosto um pouco inchado por causa do choro.
- Meu Deus pai me fala! – segurei seus ombros e ele começou à soluçar e não conseguir falar. - A , sofreu um acidente . – ouvi a voz de , atrás de mim, virei-me para ela que chorava também.
- O que você está fazendo aqui? Como assim? Cadê ela? – comecei a me desesperar, ela veio até mim.
- Fiquei sabendo antes de viajar com o , , tentei te ligar o dia todo mas seu celular está desligado, estou aqui ajudando seu pai a pegar algumas coisas. – ela disse e sua voz começou a falhar.
- O que aconteceu? – implorei e senti lágrimas descerem de meus olhos.
- O táxi que ela pegou ontem, o motorista estava bêbado e acabou ultrapassando o sinal vermelho que resultou em uma colisão com um ônibus! – ela contou-me tentando permanecer calma, mas terminando de falar caiu em lágrimas.
- Sua mãe deve estar precisando da gente, vamos? – ouvi papai chamar já dentro do carro, ainda não estava acreditando naquilo, entrei no carro e continuei no mesmo estado até chegar no hospital. Os acompanhei até um corredor que estava escrito UTI, mamãe estava em prantos e um médico estava parado em sua frente triste, corremos até ela.
- Mãe o que houve? – à abracei forte, ela não conseguia nem falar de tanto que soluçava.
- Ela não aguentou filho, ela se foi, minha menininha se foi! – ela disse entre soluços e gritos de desespero, à soltei e me afastei, olhei em volta e algo me levou à uma sala aberta, corri até lá e deparei com ela na cama, sem vida alguma em si. Seu corpo estava praticamente coberto de sangue, mas era ela e eu à reconheceria de qualquer forma, a mulher que eu sempre amei ali na minha frente, porém morta.
Caí de joelhos no chão e me entreguei ao choro que havia segurado esse tempo todo, como aquilo poderia ter acontecido? Por que ela? Por que agora? Senti mãos em mim e pessoas me abraçando e me tirando dali, mas eu só queria chorar e chorar até não aguentar mais, até meus olhos arderem e as lágrimas secarem ou meu coração se irritar e parar de bater, o que seria um favor.

Mas nada disso realmente aconteceu, continuei chorando por muito tempo, a dor em meu peito parecia nunca se cicatrizar, realmente era como se eu tivesse perdido metade do meu coração e a que ficou não estivesse funcionando mais. A morte é vazia, escura, depressiva como os dias cinzas onde você fica na janela esperando que o tempo mude e aconteça algo que melhore seu dia, mas nada acontece. Talvez só na minha vida acontece, depois de meses eu tive meu primeiro filho que foi um lindo menino que me fez voltar à sorrir.

ALGUNS ANOS DEPOIS


- , eles estão muito quietos! – minha esposa reclamou enquanto desligava o forno, fechei o jornal e a olhei. Ela se referia aos nossos filhos, eram dois, meu garotão e minha princesinha que veio logo depois para completar-me.
- Devem estar cochilando, relaxa. – eu disse rindo e me levantando, ela ainda olhava para as escadas desconfiada.
- Eles nunca ficam quietos, sempre estão brigando! – ela reclamou novamente, revirei os olhos e fui até à escada.
- Vou verificar ok? – ela abriu um sorriso e voltou à colocar as coisas na mesa, subi as escadas sem pressa, passei pelo corredor e parei deparando-me com uma foto na parede, a foto era minha com meus pais e ... Ela! Engoli seco e respirei fundo, voltei à andar pelo corredor chegando ao quarto dos meus filhos que já estavam com 14 anos. Sem me preocupar muito abri a porta para assustá-los, mas acabei vendo o que achei que nunca iria ver, arregalei os olhos para poder ver melhor, os meus filhos estavam se beijando ali no tapete, diante de meus olhos!
- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – berrei o mais alto que pude, os dois deram um pulo enorme e me olharam mais assustados ainda.
- Não acredito que está acontecendo isso de novo! – soltei as palavras sem pensar e passei as mãos nos cabelos, realmente aquilo não poderia estar acontecendo!


Nota da autora: (10/12) Hello, hello! Então amores pra quem não sabe essa short fic foi inspirada em uma história verídica. Sim é sério mesmo! Pois é, quando fiquei sabendo eu surtei e pensei: TENHO QUE ESCREVER ALGO COM ISSO! haha Enfim, espero que gostem como eu gostei de escrevê-la.
Trailer da fic: https://www.youtube.com/watch?v=5hjQZE3RwoI Meu grupo: https://www.facebook.com/groups/551862104936554/


Nota da Beta:Vim dizer que chorei de rir, morri de amores e vivi essa história. Incrível, Ariel como sempre de parabéns. Eu ainda não acredito que essa história tenha acontecido HAHAHAHA.




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