Escrita por: Sabrina Fernandes | Betada por: Heloïse


Prólogo

“O quanto uma garota precisa fazer para ter seus sonhos realizados? Quantas batalhas ela tem que lutar? Por quantas pessoas é preciso passar? Quantas vezes o coração tem que ser quebrado? Quantas vezes mais é preciso ressurgir das cinzas quando tudo parece impossível? Eu realmente gostaria de saber as respostas para essas perguntas, eu já fiz tudo isso um milhão de vezes, e em nenhuma das estradas pelas quais eu passei você estava me esperando no final... Eu preciso que você entenda... Eu abri meu coração para você e sabe o que aconteceu? Ele foi rasgado e ateado ao fogo, mas dessa vez não. Eu estou voltando, e diferente da ultima vez, você não ganhará nada de mim. Ninguém terá nada de mim. Não há melhor amiga, ou riquinho mimado que possa mudar o que eu me tornei. Porque quando se tem o coração partido do jeito que você partiu o meu é difícil continuar a mesma. Eu estou te escrevendo isso, apenas para que você saiba que eu estou voltando, mas não para você.”

Eu leio mil vezes o que eu escrevi, aquelas palavras começam a ganhar mais força do que eu achava que teriam. É exatamente isso. Eu queria que ele soubesse que eu estava voltando, mas não vou dar esse direito de ainda saber de mim. Eu não o devo nada, muito menos explicações. E ele não precisa disso. Quando ele me olhar nos olhos, vai reconhecer o monstro que ele criou. Qualquer um reconheceria isso. O que eu me tornei.

Capítulo 1- Hello NY! Again!

Acho que eu nunca amei tanto NY como hoje. Finalmente depois de 5 meses viajando, conhecendo esse mundo, vivendo experiências e me reconstruindo, não vejo a hora de chegar em casa e viver na cidade que nunca dorme. Acho que posso dizer também – embora eu nunca pensasse que diria isso - estou louca para ver a cara das pessoas ao abrir a Gossip Girl e ver o que eu chamaria de “a melhor manchete já feita pela vadia virtual” - “Queen B. voltou”. E é exatamente com isso que eu me deparo ao chegar ao Upper East Side:
- Blair, meu amor, você finalmente está de volta, mamãe sentiu tanta saudade! – Engraçado, minha mãe tinha essa mania de ao dizer meu nome, fazer-me sentir como se eu fosse a pessoa mais intocável no mundo, mas ambas sabíamos que isso não era verdade.
- Mãe! Eu nem acredito que estou em casa.
- Vamos, entre rápido e suba, quero ver todas as roupas que você comprou, espero que tenha casacos lindos para mim! – São essas as consequências de ser filha de Eleanor Waldorf, moda acima de tudo.
Subimos para o quarto e ficamos conversando horas e horas sobre as belas vitrines de Paris. Meu lugar preferido no mundo inteiro. Por um momento, estando lá com minha mãe, era como se as coisas nunca tivessem mudado. Mas a sensação era temporária. Tudo mudaria amanhã quando eu entrasse pelo portão do colégio e tivesse que encarar a cara de todas aquelas pessoas, tão conhecidas e estranhas ao mesmo tempo.
Passei à tarde daquele dia descansando, era o que eu precisava. Preparar-me, porque a guerra estava para começar, e só haveria uma vencedora, e seria eu. Essa era a opção. A única.
Segunda-feira. Por algum motivo, o dia que eu costumava ter horror, devido às minhas olheiras pós-festa do final de semana, hoje se parecia com o dia que a rainha assumiria o trono. E essa rainha era eu.
Vesti-me com aquele uniforme que me trazia lembranças doloridas, mas ao mesmo tempo me lembrava da minha missão. Vingança. Passei meu batom mais escuro, delineei meu olho do jeito que sempre quis, como atriz de Hollywood. Pensando bem, acho que nunca tinha feito isso. Arrumei-me do jeito que sempre quis, não seguindo o padrão de moda da minha mãe, mas do jeito que eu me sentia bem. Acho que depois que se passa por certas coisas, a cor do batom e como você usa e o seu delineador se tornam algo sem importância.

Enquanto ia para a escola de táxi, pude perceber o quanto amava NY e como aquilo tudo me fez falta. A cada esquina pela qual passava, lembranças me atingiam como uma bala de canhão. Umas me arrancavam sorrisos, mas outras enchiam meus olhos de lágrimas. Mas apesar de tudo, eu estava feliz. Sempre gostei daquele trajeto que fazia até a escola. As avenidas falavam por mim, contavam uma história, e observar todas aquelas pessoas caminhando, correndo, sorrindo... Sei lá. Acho que me fazia lembrar como eu costumava ser. Festas, bebidas, garotos. Diversão. Se um dia você vier para NY, lembre-se do que eu vou dizer agora. New York é sinônimo de diversão. Esqueçam o que ouviram sobre Las Vegas. O Upper East Side tem tudo que você precisa. Do bom e do ruim. É a verdadeira cidade do mal. Aceite meu conselho “Esqueça uma grande entrada, todos sabem que é da saída que lembrarão.”.

Capítulo 2- Back to school!

Sabe quando você acha que tudo vai ficar bem,que depois de muito tempo se recuperando das feriadas elas estão completamente cicatrizadas? Pois bem, esqueça isso. O passado é realmente um inferno e ele faz refém até as pessoas mais fortes. Acredite no que eu digo. É o inferno.
Eu não estava preparada para aquilo, mas agora já era tarde demais.
Serena Van Der Woodsen, não é a única loira de NY, mas eu garanto, é a mais vadia. E é com certeza, a pior visão que eu poderia ter ao chegar à escola. Eu estava errada sobre aquele dia, ele com certeza não seria o melhor. Minha ex BFF, a garota que jurou para mim que sempre estaríamos juntas, independente de tudo. A menina que me viu crescer, que cresceu comigo e que me conhecia melhor que ninguém. É em momentos assim que eu me lembro de quando passei por um dos meus momentos... Minha overdose... Quando descobri que meu pai era gay... E mesmo assim ela esteve do meu lado
”- Não deixe um escândalo estúpido fazer você fugir como fez comigo. Como ele faz com todos no nosso mundo.
- Tudo é horrível. Toda a minha vida desmoronou.
- Então, reconstrua. Você é uma Waldorf, se lembra? As pessoas não dizem quem você é. Você lhes diz que é. Eu vou lutar com você.
- Eu estou tão envergonhada.
- E daí? Começar de novo. Isso pode ser feito. Podemos passar por isso juntas.
- Promessa?
- Promessa.”
Quando dei por mim, meus olhos já estavam cheios d’ água então lembrei a mim mesma, que aquela Serena, que aquela amizade havia acabado, morrido e sido enterrada no dia em que ela me traiu, no dia em que eu fui obrigada a mudar. No dia em que eu realmente descobri o que era a vida.
- Blair! Minha B. está de volta! – Nate, meu melhor amigo. Ah como era bom ver o rosto dele de volta. Ele foi o único com quem mantive contato durante minha viagem, o único que tentou me entender. O único que também fora apunhalado pelas costas assim como eu.
- Ora...ora... se não é o Sr. Nate Archibald em pessoa! Cadê suas cadelas? – Essa era minha maneira carinhosa de chamar as meninas que o perseguiam como loucas.
- A principal acaba de chegar!
Não sei o que se passou nos próximos segundos, nem me interessa na verdade... Só me lembro de estar abraçada com Nate e da sensação de conforto me invadindo. As pessoas sempre disseram que fomos feitos um pro outro, até nossos pais, mas eu e ele sabíamos a verdade. Sempre fora amizade, e sempre iria ser. Isso não quer dizer que eu nunca tenha beijado o Nate. Por favor, eu não sou estúpida. Archibald era um tremendo “partidão” em todos os sentidos.
Depois da aula Nate me levou ao parque, disse que tinha um assunto importante para me falar. Eu senti pelo tom na voz dele que as coisas não ficariam bem.

Capítulo 3- Revelations!

- Blair, já disse que você está linda?
- Já, e eu sei disso então, por favor, ande logo com o assunto, Nate. Não aguento mais esperar. Ande com isso, você nunca foi de hesitar tanto. Lembre-se, independente do que for, eu estarei ao seu lado.
- Blair eu...
- N. Somos melhores amigos, lembra?
Ele me lançou aquele sorriso compreensivo e pela primeira vez em 17 anos de amizade, eu não sabia se eu poderia suportar aquilo. No fundo acho que depois que se conhece bem uma pessoa, você sempre sabe quando algo ruim está por vir.
- Eu sei que o que eu fiz, o que eu estou prestes a te contar vai mudar tudo. Eu só espero que você entenda Blair, as pessoas mudam, e às vezes para melhor – ele hesitou e eu apenas assenti - elas se arrependem dos seus erros, e só nos resta perdoar. B, eu quero que você saiba, eu ainda te amo, você ainda é minha pequena B. Minha Queen B. Isso nunca mudou. Eu só mudei. Eu aprendi a perdoar, eu... Blair... eu... – ele olhou para mim, mas dessa vez eu não assenti só o encarei de volta - Eu estou com a Serena.
Aquilo não podia estar acontecendo, eu só perdi a noção do tempo, era um sonho. Eu... Nate não faria aquilo comigo, ele não podia ter feito, não depois de tudo que eu contei, depois de tudo que Serena fez comigo... Ele... Ah Meu Deus! Eu só precisava sumir. Dizem que o medo te paralisa, te faz incapaz, te confunde. Essa é a mais pura verdade. Eu estava paralisada, o mundo girava ao meu redor. Agora eu estava só. Blair Waldorf. Traída pelo seu namorado, pela sua melhor amiga e agora pelo seu melhor amigo. São em momentos como esse que você tenta se lembrar de todos aqueles textos que você leu sobre amizade eterna, das histórias de “felizes para sempre” que sua mãe te contava antes de dormir... Mas, acima de tudo é nesse momento que você se dá conta. Tudo não se passava de mentiras. Nenhuma amizade é para sempre e nada acaba “feliz para sempre”.
Nate estava me encarando, esperando por uma resposta. Eu não sabia o que dizer, eu queria gritar, dizer mil vezes que ele não poderia ter feito isso. Mas eu não podia,eu não conseguia, eu precisava sair dali.
- Nate, eu...eu tenho que ir.
Levantei-me e saí. Não olhei para trás. Ele deve ter me chamado, mas eu não ouvi, não prestei atenção. Eu simplesmente peguei um táxi e saí pela cidade do mal, como a chapeuzinho vermelho fugindo do seu lobo. Mas diferente da história, eu tinha como resolver meus problemas, eu podia esquecer deles. Um porre. Se tiver uma coisa que você aprende no Upper East Side é que nada como um whisky para te livrar da dor. Então aí vou eu.

Capítulo 4 - My Dream... our... Nightmare

Quem sou eu? Onde eu estou? E que diabos eu fiz? Minha cabeça dói, minha respiração está irregular, meu coração está pesado... A noite passada não passa de um borrão. Lembro-me de estar em algum lugar do Upper East Side, bar, cafeteria, boate... Ai meu Deus... Eu estava bêbada, completamente fora de mim, ou mais sã do que pensei, não dizem que quando você bebe você finalmente faz as coisas que realmente sempre quis fazer? Se o que eu me lembro foi o que eu realmente fiz,então eu não pretendo acessar a Gossip Girl hoje.
Música. Eu estava dançando em cima de um palco, um djavú de alguns anos atrás ou algo se repetindo, eu já havia bebido demais, eu não tinha nada a perder, subi no pequeno palco, onde outras mulheres dançavam e me soltei. Não me importei com quem estava lá, com o passado... eu só queria esquecer. Mas como já dizia alguns desses escritores que a escola me obriga a ler “O universo não consegue sustentar momentos bons por muito tempo”. Então, eu o vi, quer dizer eu os vi. Lá, parado ao lado dele, estava ela. Dois traidores juntos. Chuck Bass e Serena Van der Woodsen. Eu queria poder escrever outra coisa, pensar outras coisas, mas eles estavam ali. Olhando para mim enquanto eu dançava. E então o inevitável aconteceu. Meu mundo caiu, e com ele todo, meu autocontrole, tudo que estivera, durante 5 meses, tentando esquecer, voltou.
Fui até o microfone que havia no meio do palco e disse as palavras que em outra situação, sob outro efeito, eu nunca teria feito, uma pessoa normal, com um pouco de senso teria se arrependido dessa noite, mas eu não.
- Vejam só senhoras e senhores! Chuck Bass e Serena Van Der Woodsen! Meu namorado e minha melhor amiga, ou deveria dizer meu ex-namorado e minha ex-melhor amiga? Ou se vocês preferirem eu posso os chamar de casal! É só dizer e a traída, idiota e enganada Blair Waldorf fará. Isso mesmo, caros amigos que estão aqui hoje. – Olhares voltaram-se para mim. Eu não sei se Chuck ou Serena me olhavam, mas não importava, eu nem sabia sequer se eles ainda estavam ali, mas agora que eu havia começado a falar, nada iria me calar – Sentem-se amigos. A história é longa. Aproximem-se, porque agora vocês estão prestes a ouvir um thriller, ou se preferirem, podem chamar de romance.
- Blair... – Chuck gritou e me lançou um olhar de suplicio, mas agora já era tarde demais.
- Ah, Chuck Bass! Você ainda sabe meu nome? Senhoras e senhores, é Chuck Bass! Sim, o filho do famoso empresário e bilionário Bart Bass, e vejam só, ele está se dirigindo a uma mera mortal como eu!
- Blair, por favor...
- Chuck, não se envergonhe, suba aqui, venha ouvir uma história trágica! Não é disso que precisamos às vezes? Mas, me desculpe, Sr. Bass. Eu receio que essa história já é familiar para você. Como eu dizia amigos, há algum tempo atrás, eu estava feliz como nunca, tinha ao meu lado minha melhor amiga, Serena, e conheci um garoto que roubou meu coração e fez dele refém, para depois o matar. Enfim, eu estava feliz com meu amor e com minha amiga, até que um dia em minha festa de 16 anos, vocês sabem como é uma data importante para uma garota, ao final da festa, meu namorado e minha BFF desaparecem! Sequestrados? Mortos? Reféns? Não. Nada disso. Eles estavam bem... apenas transando na mesa do bar. E eu nunca ficaria sabendo daquilo, se não fosse pelo destino. Lugar certo, hora certa. Ou lugar errado, hora errada. Isso depende do ponto de vista. Passei então 5 meses viajando, livrando-me da dor, da vergonha. Até que ontem eu voltei. Fui para escola, e olhem o que eu descubro. Meu melhor amigo está com minha ex-BFF, ou pelo menos é o que ele diz, eu não acredito muito que isso seja verdade, pois uma vez vadia, sempre vadia, mas se vocês querem saber se isso é verdade ou não, aqui está a chance. Contem para nós Chuck Bass e Serena Van Der Woodsen, como termina essa história?
Não me lembro de mais nada, só de acordar na minha cama, com uma enxaqueca do diabo.

Capítulo 5 - The Trut...our not


Serena Van Der Woodsen no meu quarto. Não me pergunte como isso aconteceu, eu acordei e puf, o diabo estava lá.
- Blair, você acordou. – Ela me olhou, eu não acredito que direi isso, mas ver aquele olhar me trazia saudades do que costumávamos ser.
- Se não é o diabo. Por favor, fale baixo, sua voz me irrita. – Apesar das lembranças meu desprezo era maior.
- Blair, por favor...
- Saia, Serena. Saia
- Blair, me ouça, por favor. 5 minutos. Só... Por favor.
- Seu tempo já começou.
- B. eu nem sei o que te dizer. Eu queria que só minhas desculpas, ou que minhas explicações fossem suficientes para você me perdoar, mas eu sei que não é. Eu errei Blair, assim como todo mundo erra, mas eu também aprendi com isso e mudei. Eu não espero que você me perdoe, mas eu estou tentando explicar, eu estava fora de mim, eu era imatura e Chuck Bass era...bem... Você sabe como ele pode ser. - Eu não sei como aconteceu, de repente nós estávamos ali rindo daquela frase, apesar de tudo eu e ela nos entendíamos. - Eu sei, isso não é desculpa, o erro foi meu, mas sabe Blair, sua amizade é e sempre foi tão importante, era com você que eu me sentia segura, que eu sentia que tudo poderia ficar bem. Era no seu abraço B. que eu me sentia em casa. Lembra? Nós contra o mundo. Era o que costumávamos dizer... - Eu só vi Serena chorar uma vez, na morte de seu pai. Mas agora, parada na minha frente ela simplesmente desabou, e eu simplesmente a envolvi no abraço. Você pode pensar que eu era estúpida, e ingênua. Talvez eu seja. Mas eu a amava. Éramos amigas desde sempre. Não havia Blair sem Serena. Um time. “B and S”. Nós éramos uma só. Foda-se os garotos, foda-se os erros. Era preciso recomeçar. E por uma amizade que nem a nossa eu estava disposta a isso. – Blair eu...
- Shh, eu sei Serena, eu sei... Eu te amo ok! É isso que importa agora! – E ficamos ali, abraçadas, não sei quanto tempo, era tão confortável que não nos preocupamos com isso. Amigas. Não importa o que aconteça.

Capítulo 6- Always and Forever

Semanas se passaram, escola, provas, baladas, piadas, diversão. Blair Waldorf e Serena Van Der Woodsen. Melhores amigas de novo.
Era sábado à noite, e no Upper East Side isso significava badalação. Mas, não sei por que, Serena preferiu me levar a um restaurante no centro da cidade bem perto do Empire State. Aquele prédio me trazia tantas lembranças. Fora lá que Chuck e eu nos beijamos pela primeira vez. No topo do mundo. Do nosso mundo. Mas agora isso não importava mais. Havia semanas que eu não o via e era melhor assim.
Trovoadas e relâmpagos. Agora eu entendia o porquê do restaurante. Conversamos, comemos e nos divertimos. Levei Serena até em casa e depois fui caminhando para a minha. Pode me chamar de louca, mas eu adorava chuva e adorava caminhar nela. Fui devagar, sem pressa, no meu próprio tempo. Aquelas avenidas, aquelas pessoas... Nostalgia, sabe?! Eu estava ensopada e meus pensamentos longe, quando alguém chamou meu nome.
- Blair! - Eu gelei. Aquela voz. Meu corpo ficou paralisado, eu relutava em olhar de onde vinha a voz. Era demais para mim, mas ainda sim eu o fiz. Ele estava ali. Intocável, incrível, doce, magnífico e, depois de tudo, ainda assim apaixonante.
- Chuck. – Foi o que eu consegui dizer, as palavras me faltavam.
- O que você faz aqui com essa chuva? Eu... Ahn ... quer carona? Meu carro está logo ali, eu te vi na chuva e resolvi oferecer...
- Não, obrigada eu vou andando mesmo. – Não hesitei, dei as costas e saí andando.
- Blair, espere! Por favor, a gente precisa conversar!
- Conversar, Chuck? O que você quer falar? Que você está arrependido? Que me adora e quer voltar? Poupe-se disso. – Eu não iria ouvir mais nada, continuei a passos firmes.
- Não Blair. Eu não quero isso. Eu sei que eu te devo desculpas, mas não agora. Agora eu só quero te dizer o que eu nunca fui capaz. Eu quero te lembrar das vezes em que apesar de tudo, apesar de eu não dizer o que você mais queria ouvir, você permaneceu do meu lado. Você sempre esteve aqui para mim e eu nunca fui capaz do mesmo. Obrigado Blair, por tudo e desculpe por tudo que eu fiz, ou por tudo que eu não fiz. Mas agora, Blair Waldorf, nesse momento eu só quero te dizer o que eu sinto, o que eu sempre senti, o que eu nunca tive coragem de dizer por ser um completo idiota... Eu te amo, Blair Waldorf, e se você não me amar de volta, se você não for capaz de me perdoar, eu aceito isso. A questão é, Blair. Não importa o quanto tempo passe, não importa o que aconteça, eu sempre irei te amar, Blair. Sempre e para sempre. Eu te amo.
Sabe quando você tem aquela sensação de que seu coração vai saltar do peito? Foi o que aconteceu. “Três palavras. Oito Letras. Diga e eu serei sua.” Eu me lembro de dizer isso a ele, e ele não me disse. E agora depois de tudo, ele estava ali. Eu sabia que aquilo era de coração. Os olhos dele diziam tudo. Eu sempre amei Chuck Bass e eu sempre o amarei. Sabe onde o passado fica? É no passado. Eu não iria perder o amor da minha vida, para o passado. Essa batalha eu iria ganhar. Eu o amava. Eu não sabia o que aconteceria no instante seguinte, no mês ou no ano que vem. Eu não sabia se ficaríamos juntos para sempre. Eu sabia que eu o amava e que ele me amava e isso era tudo que importava agora. Por agora. Eu me aproximei e o envolvi com os braços, ficamos ali, em silêncio, com a chuva caindo sobre nós. Nos tornamos um corpo só.
- Blair, eu... – Ele me olhou nos olhos e seus dedos macios tocaram meu rosto.
- Eu sei Chuck, eu também te amo. – Nossos lábios se tocaram e ficamos ali, sob a chuva, juntos, aos beijos, como deveria ser.
Por fim, ele pegou meu rosto entre as mãos, me olhou nos olhos
- Blair, o que será de nós?
- Eu não sei, Chuck.
- Só se lembre Blair, se algo acontecer e você esquecer que é Blair Waldorf, lembre-se que eu sou Chuck Bass e amo você.
Não nos preocupamos mais com o futuro, o agora era mais importante.

Fim.


comments powered by Disqus




Nota da Beta: Erros na fiction? Comunique-me:
Email | Twitter