- ! – ouvi Marco, meu chefe, me chamar.
- Fala. – Eu estava sentada com uns amigos na grande garagem da firma onde trabalho.
- Um trabalho pra você. Buscar uma carga de bebidas na fábrica do Rio de Janeiro.
- Você é quem manda – eu disse me levantando e indo me preparar pra viagem. Quando aparece um trabalho assim, não é bom perder tempo.
- Tchau, princesinha. Faça uma boa viagem.
- Ah, vai se foder, Lucas – respondi.
Lucas é um ótimo amigo. Também trabalha na empresa, tem 46 anos e adora tirar onda com a minha cara. Isso quando não está querendo dar uma de pai protetor pra cima de mim.
- É sério, . Cuidado na estrada. – ele mudou a expressão, ficando mais sério.
- Tá bom, papai. Até parece que eu nunca viajei, né? E detalhe: pra bem mais longe que isso. – falei. – Mas relaxa, eu vou me cuidar, eu sei me cuidar. – Dei um sorriso e o beijei em sua bochecha. – Até mais, pessoal. – me despedi dos outros que estavam ao redor de uma mesa jogando baralho. Saí da garagem com meu “pequeno bebê” e peguei a estrada.
Vocês não devem estar entendendo nada né? Deixa eu esclarecer as coisas pra vocês então. Sou a . Isso vocês já devem ter sacado. Dãããã. Mas ok! Tenho 21 anos e há um ano trabalho como caminhoneira. Isso mesmo que você leu. Tenho minha própria carreta, ou “pequeno bebê” como gosto de chamá-la. Mas vamos voltar ao ponto principal da história. Meu pai também é caminhoneiro e me ensinou a dirigir quando eu tinha 15 anos. Sempre fui apaixonada por carros de grande porte e adorava viajar com o meu pai. Mas as coisas mudaram quando eu fiz 16 anos. Minha mãe morreu e como o meu pai vivia nessa vida de viajar o Brasil na sua carreta, simplesmente não voltou mais. É, eu perdi a minha mãe e fui abandonada pelo meu pai. História triste, não? Passei a morar com minha tia, irmã da minha mãe, que me ajudou bastante. Eu não entendia porque ele tinha feito isso comigo, nós éramos tão próximos. Ele me amava, eu tinha certeza disso. Mas então, por que fez isso? Essa era a pergunta que não calava. Terminei meus estudos ainda com 16 e logo em seguida entrei pra faculdade. Quando fiz 18 anos, minha tia me entregou um envelope dizendo ser do meu pai. Corri pro quarto e comecei a ler.
“Olá, filha! Feliz maioridade.
Eu espero que um dia você possa me perdoar pelo que eu fiz a você. Sei que não há motivos e nem razões de você me perdoar depois de tudo o que eu fiz. Mas quero que saiba que eu te amo. Sempre amei e não houve um instante que eu não tenha sentido sua falta, que eu não... pensasse em você. Você é a pessoa mais importante desse mundo pra mim. Eu amava muito a sua mãe e... me desculpe por ser um fraco, mas você é a cara dela. Seu sorriso, seus olhos, sua teimosia, sua euforia. Eu só... não me conformo dela ter nos deixado. E me sinto um fraco por não conseguir olhar pra você sem que meu coração seja esmagado. Eu te amo demais, minha filha, minha joia preciosa. Bem, junto com esta carta eu estou te mandando o cartão do banco, da sua conta. Sua mãe e eu fizemos quando você ainda era um bebê. Queríamos que você vivesse bem, sem preocupações. E como você é apaixonada por caminhões... esta caixa que está junto com o envelope é o meu presente de 18 anos pra você. Espero que goste, e que possamos nos esbarrar por essas estradas um dia. Te amo pra sempre, meu anjinho.”
Depois de ler toda a carta eu não sabia o que se passava dentro de mim. Resolvi não pensar e peguei o cartão com o papel do extrato bancário que veio junto com ele e me surpreendi com o valor que se encontrava ali. Realmente eles passaram 18 anos juntando. Mas e a caixa? Que raios de caixa era essa que ele falou? Só uma pessoa poderia saber, e estar com ela.
- Tia.
- Oi, meu anjo.
- Cadê a caixa? – perguntei sem enrolação.
- Mas que caixa, meu amor?
- Eu tô falando sério.
- Mas só chegou esse envelope e...
- Acha mesmo que eu vou acreditar? O que tem dentro da caixa que você não quer que eu veja?
- , você é muito nova, querida.
- Tia, me dá a caixa. – falei séria e ela foi buscar. Voltou pra cozinha com ela em mãos e com muita relutância me entregou.
Quando abri, quase caí da cadeira ao ver que se tratava de chaves e documentos de uma carreta, todos os documentos em meu nome. Meu pai havia me dado uma carreta de presente? Agora eu entendia a hesitação da minha tia. Ela sabia que esse era o meu sonho. De possuir minha própria carreta pra poder trabalhar viajando pelo Brasil afora. Logo tirei minha carteira de motorista. Com 20 anos terminei a faculdade e a primeira coisa que eu fiz foi cair na estrada. Mas antes eu tive que achar uma empresa que agrega caminhões para que você trabalhe pra ela. E cá estou eu. Indo de São Paulo pro Rio de Janeiro buscar uma carga de bebidas e... avistando um carro quebrado na estrada? Será que precisam de ajuda? Acho melhor parar. Mas e se for alguma armadilha? Isso costuma acontecer, é por isso que nunca paramos no meio da estrada, ainda mais um lugar tão esquisito e sem movimentação como aquele. Mas por outro lado... parecia que uma das pessoas estava aflita. Andava de um lado para o outro. Certo, eu vou parar.
Capítulo 2
* ’s POV on *
- Estamos ferrados, estamos ferrados. – falava, andando de um lado pro outro. – Eu posso saber quem foi que teve a brilhante ideia de ir de carro até o Rio de Janeiro?
- Relaxa, mate. Seu ataque de nervos agora não vai adiantar de nada. – disse.
- Eu só não entendo como que o Fletch foi fazer isso com a gente. – dizia.
- Pessoal, será que dá pra vocês se acalmarem? O Fletch disse que ia na frente e perguntou se a gente não queria ir de carro pra apreciar a vista. – falei. Fletch foi na frente só pra levar os instrumentos e arrumar tudo por lá, e quando nos perguntou se queríamos ir de carro, todos nós aceitamos. Agora estamos aqui, há mais de meia hora parados no meio do nada com o carro quebrado. E pra piorar não havia sinal de celular aqui.
- Sinto muito, guys, mas estamos sem comunicação. – Adam, nosso motorista, falou.
- Ótimo! O que faremos agora? – se desesperou.
- Calma, gente. Daqui a pouco o Fletch se liga que estamos atrasados e liga pro hotel de São Paulo, e lá eles vão dizer a hora que saímos, então ele vai vir atrás da gente. Pronto! Problema resolvido.
- , como você pode ficar tão calmo desse jeito? Estamos num país desconhecido, é a primeira vez que pisamos aqui! PELO AMOR DE DEUS! – não se controlava e isso já estava me irritando.
- NOSSA SALVAÇÃO! – gritou de repente.
- O quê? – perguntei.
- Tem um caminhão parando. – falou e eu me virei pra olhar.
- Será que é alguma armadilha? – perguntei tentando ver o motorista, mas o sol não me permitiu. Os guys se encararam assim que fiz a pergunta.
- Será? Porque se for, estamos perdidos. Vamos morrer!
- , se controla! – eu gritei, ainda olhando o caminhão parando a poucos metros de distância de nós. A porta se abriu e meu queixo quase caiu. – WOW.
- Estou tendo alucinações ou é mesmo uma mulher que acabou de descer daquele monstro? – perguntou.
Ela era linda, e vinha caminhando até nós com certo receio. Ela não nos conhecia, dava pra perceber.
- Acho que não é uma alucinação não, dude. – falei a olhando, encantado com sua beleza, não consegui desviar os meus olhos um segundo sequer dela.
* ’s POV off *
Desci do carro e me aproximei ainda com medo.
- Oi. – falei um pouco alto, já que ainda estava longe, qualquer coisa era só correr de volta pro caminhão e passar por cima deles. – O que aconteceu? – perguntei.
- Hã... desculpe... mas não falamos sua língua. – um deles disse. Ah que legal, gringos. Por sorte eu sabia inglês. Fiz curso desde os meus seis anos.
- Oh, o que aconteceu? O carro quebrou? – tornei a perguntar, agora em inglês e acabei me aproximando já que constatei que não era nenhuma emboscada. E pela expressão do rosto deles, deveriam estar aliviados por ver que eu falava a língua deles.
- É, e não estamos conseguindo contato com ninguém.
- Essa área aqui é muito ruim pra pegar algum sinal de celular, a não ser que vocês subam esse morro aqui. Lá em cima pega. Sou a . – falei estendendo a mão.
- Prazer, .
- Ok. Tudo bem?
- Na verdade não. Somos músicos e temos que fazer um show no Rio e o carro quebrou e... estamos perdidos. – falou e eu não pude deixar de sorrir, eles pareciam ser bem simpáticos e muito bonitos também.
- Humm... foi algum problema com o motor? Porque eu acho que posso concertar e...
- Não, , eu já olhei o motor e mesmo que desse pra concertar, o pneu também baixou. – outro homem falou. – Sou o Adam, motorista dos meninos.
- Olá, Adam. Bom, sendo assim, eu acho que posso ser a salvação de vocês. – Dei um sorriso. – Estou indo para o Rio também. Se quiserem posso dar uma carona. O carro é bem grande, deve caber todo mundo. Tem bastante espaço.
- Ahn... sério? Nossa, isso é... – Outro rapaz disse.
- Ótimo! – Adam interrompeu. – Vão meninos, eu fico aqui.
- Fica aqui? Mas por quê? – perguntou.
- Preciso esperar o reboque.
- Certo. Obrigado, , você é um anjo. – Um dos rapazes se adiantou pegando minha mão e beijando.
- Esse é o estressadinho . E eu... sou o . Ao seu dispor. – ele falou se curvando em reverência na minha frente. Dei uma risada nasalada.
- Ai meu Deus. Não liga pra eles, . Sou o e é muita gentileza da sua parte nos ajudar.
- Não é nada. Afinal que tipo de pessoa seria se fosse embora deixando vocês pra trás? Sem coração? – perguntei e todos riram.
- Então vamos logo. – disse se virando pro restante.
- , será que você pode fazer um favor pra mim?
- Claro, Adam.
- Pode parar no próximo posto e pedir um reboque? Não tô a fim de subir esse morro pra fazer um telefonema.
- Claro.
- Obrigado.
Voltamos pro caminhão, onde se sentou no banco do carona e os outros três foram sentados no banco de trás (lê-se: minha cama).
- WOW. Você dirige mesmo esse monstro?
- Não o chame de monstro, .
- Ele é seu? – perguntou curioso.
- Sim. E eu o chamo de “little baby”. – respondi olhando de soslaio pros meninos que pareciam encantados.
Passamos um tempo em silêncio. Parei em um posto e solicitei o reboque dando a localização onde o carro havia quebrado.
- , você gostaria de assistir ao nosso show? – perguntou enquanto seguíamos viagem.
- Ah, eu não sei.
- Por favor. É o mínimo que podemos fazer para agradecer. – falou. Pensei um pouco antes de responder.
- Tudo bem então.
- Legal! – disse enquanto mexia nos vários CDs que eu tinha. – Nossa! Você é amante dos clássicos por acaso?
- O quê? – perguntei na mesma hora em que falava.
- Ela é? – ele perguntou curioso.
- Você tem mesmo certeza que dirige um caminhão? – me perguntou e eu ri.
- Claro que tenho.
- E amante de rock também. – ele continuava a falar encantado. – Beatles, Blink 182, Bruce Springsteen, Red Hot, Metallica, Oasis, Mc... VOCÊ TEM NOSSOS CDS!
- Eu o quê? – perguntei com o coração acelerado do susto.
- McFLY! Somos nós! – ele falou animado, colocando os CDs na minha frente.
- Tira isso da minha frente, ! Quer que eu bata o carro?
– Room On The 3rd Floor, Wonderland, Motion In The Ocean, Just My Luck, All The Greatest Hits e Greatest Bits. – falou mais empolgado que os outros. – Caraca, você tem todos os nossos CDs e coletâneas.
- É sério que são vocês gente? Nossa que legal! É que eu nunca prestei muita atenção nas capas, entende? Minha amiga que me deu todos esses CDs. Ela é fã de vocês. Mas eu realmente acho as músicas linda. Elas sempre embalam as minhas viagens. São... profundas.
- Obrigado. – falou, e mesmo dirigindo pude perceber que ele me olhava.
- Pelo menos você sabe as músicas. Não sabe? – me perguntou.
- Claro que sei – respondi sorridente.
Depois de todo esse falatório os meninos finalmente se aquietaram (eles eram muito agitados, não paravam um minuto) e ficamos em silêncio. Um silêncio que não era incomodo pra mim, já que minha vida era essa. Solitária. Apenas eu, meu caminhão e a estrada. O tempo se passou rápido e logo havíamos chegado.
– Meninos, chegamos. – avisei e estacionei nos fundos da casa de shows, depois que os meninos falaram com os seguranças. Os meninos desceram e eu peguei minha mochila, colocando-a nas costas em seguida.
- Onde você vai agora, ? – perguntou se aproximando de mim.
- Ahn... vou a um hotel me arrumar.
- Por que você não fica aqui comigo? Quero dizer, com a gente. - Ele corrigiu rapidamente. – Pode tomar banho e se arrumar no nosso camarim. Te devemos essa.
- Vocês têm que parar de achar que me devem algo. – eu falei, mas na verdade eu não sabia o que falar. Estava fascinada pelo , isso era fato. – Mas tudo bem, eu fico. – respondi e inacreditavelmente ele segurou minha mão, me guiando até uma porta onde o nome McFLY estava escrito.
- Fique a vontade. – ele falou e eu agradeci seguindo para o banheiro. Tomei um banho e me arrumei colocando um short jeans curto com uma babylook antiga do The Doors e meu all star. Passei apenas lápis de olho e soltei meus cabelos que caíram ondulados até minha cintura. Saí do banheiro vendo os quatro já arrumados, sentados no sofá e conversando. Quando me viram abriram um imenso sorriso.
- Você está linda. – disse.
- Não. Você é linda. – o corrigiu.
- Tem certeza que você mora mesmo dentro de um caminhão? – perguntou.
- Meninos, vocês estão me deixando sem graça.
- E você fica ainda mais linda sem graça. – se pronunciou, chegando mais perto de mim e depositando um beijo no canto da minha boca.
- Pessoal, tá na hora. – Um rapaz entrou avisando. – Oi, você deve ser a né? Sou o Fletch. Muito obrigado por resgatar essas crianças da estrada.
- Não tem problema. Eles se comportaram bem.
- Sério? Isso é novidade. – Fletch falou e eu ri.
- Valeu mesmo, Fletch. Anda logo, vamos nessa. – Eles falaram saindo do camarim. – Vem, , você vai ficar do lado do palco.
Antes de sair peguei uma maçã e fui assistir ao show.
Capítulo 3
O show durou cerca de duas horas. Eles eram realmente bons, as músicas muito lindas e viciantes.
- O que achou? – perguntou colocando seus braços em meus ombros.
- Perfeito.
- VAMOS COMEMORAR! – gritou, levantando os braços.
- Desculpa, mas tenho que ir agora, meninos.
- Não, ! Fica pra comemorar com a gente. – pediu.
- Adoraria ficar, mas infelizmente não posso. Tenho que estar de volta a São Paulo até amanhã à noite. E às vezes leva séculos pra carregar. Na verdade, já era pra eu estar na fábrica há essa hora.
- Poxa. Mas tudo bem. Foi um enorme prazer te conhecer, . – falou.
- Eu que o diga. Vocês são muito legais.
- Espero que possamos nos encontrar da próxima vez.
- Pode ter certeza que sim, . Vou ficar bem ligada da próxima vez que vierem. Vou chegar com meu “little baby” em frente ao hotel a buzinar o mais alto que puder para que vocês me escutem. – falei e eles riram.
- Faça isso mesmo. Vai ser ótimo te reencontrar. – falou me abraçando. Me virei pra me despedir de , que parecia estar com a cabeça nas nuvens.
- Tchau, .
- Tchau, . – Ele me abraçou, mas logo me soltou. – Vou tomar um ar. – disse e saiu logo em seguida.
- Vou buscar minha mochila no camarim. Obrigada por tudo meninos. – Me despedi.
Eu realmente gostei deles. Em pouco tempo pude perceber o quanto eles eram legais, divertidos e muito engraçados. Isso foi com certeza um acaso do destino muito bom. Ter encontrado eles na estrada... foi com esse pensamento que eu peguei minha mochila, segui até o caminhão dando partida logo em seguida e voltando, assim, a minha rotina diária.
Cheguei à fábrica e entrei na garagem estacionando um pouco afastado. Odiava chegar tarde, porque o local que eu estacionava era distante e geralmente era um pouco escuro. Peguei os papeis e desci do carro.
- Boa noite, . Chegou meio tarde né?
- Boa noite, Adriano. Nem me fale. Aqui. – Entreguei a ele os documentos.
- Sinto informar, mas tem duas carretas na sua frente.
- Ai! Por que eu sabia que você ia me falar isso? – Disse rindo um pouco. – Acho que eu já esperava pela hora.
- Aproveite pra descansar. Você não vai carregar menos que três da manhã.
- Isso é um consolo sabia? Você não tem ideia do quanto eu tava a fim de passar a noite aqui.
- Sem ironias pra cima de mim e vá logo dormir. Te chamo quando for a hora.
- Ok. Até mais, Adriano.
- Até. – Voltei pro carro decidida a descansar. Entrei e fechei a porta, travando a mesma.
- Oi.
- AAAHHH!!! – Não pude deixar de gritar. Um grito de horror que quase estourou meus próprios tímpanos.
– Calma, sou eu.
- PUTA QUE PARIU, ! Tá querendo me matar do coração é? O que você tá fazendo aqui? Pra começo de conversa, como entrou aqui? E como é que eu não te vi?
- Eu tava aqui atrás e a cortina tava fechada. E você tava tão entretida cantando nossas musicas do show...
- Ok, ok. Mas... o que você tá fazendo aqui?
- Não me despedi corretamente.
- Não? E como seria o correto pra você? – perguntei sentindo cada nervo do meu corpo virar gelo quando ele pegou a minha mão, me chamando pra me juntar a ele no banco de trás da cabine, ou seja, a cama. Ele, suavemente, pegou em meu rosto aproximando o seu e roçando levemente seus lábios nos meus.
Começamos um beijo lento que rapidamente se transformou em puro fogo e desejo. desabou em cima de mim ofegante e suado. Eu não estava diferente.
- Conseguiu se despedir corretamente agora? – perguntei alisando seu rosto. Ele era lindo, perfeito.
- Não queria que fosse uma despedida.
- Talvez isso não seja um adeus. – Eu disse.
- Promete?
- Vamos deixar nas mãos do destino. O que tiver de ser será. – Encerrei o assunto beijando-lhe os lábios e caindo na inconsciência logo em seguida.
Acordei às 3:25 da madrugada com o Adriano me chamando. Sabia que ninguém poderia entrar, mas o estava dormindo tão bonitinho que eu não tive coragem de acordá-lo. Então apenas fechei a cortina para que ele não acordasse e nem que o vissem e entrei. Era pouco mais de quatro e meia da manhã quando saí da fábrica. Ia passar no hotel pra deixar o e seguir com minha vida.
- Então é isso. Até breve?
- Até breve, . – Falei enquanto ele descia do carro, voltando rapidamente para colar nossos lábios novamente.
- Obrigado por tudo. Obrigado por existir, obrigado por ter parado na estrada. – ele disse. Sorri acariciando seu rosto, cabelos e parando em sua boca.
- Eu que agradeço por ter me dado a oportunidade de te conhecer. – Então ele sorriu, se virou e desceu do carro seguindo para dentro do hotel. Dei partida, voltando pra São Paulo, voltando pra minha vida. Droga! Não tirei nenhuma foto. Mas não tinha importância. Eu ainda os veria de novo. E eu não precisava de foto nenhuma pra me lembrar deles. Eu levaria para sempre esses meninos nos meus pensamentos e no meu coração. E o ... ele estaria pra sempre gravado em cada parte do meu corpo, em cada lugar da boleia desse caminhão.
FIM
Nota da autora: Roendo as unhas aqui! Então? O que acharam??? Como se sentiram sendo caminhoneira por um dia? E pegar o seu mcguy dentro da cabine do caminhão? U.U Não sei vocês, mas eu nunca tinha lido uma fic com um tema desses. Então eu pensei... Por que não?! Quando a ideia dessa fic surgiu eu estava varrendo a minha casa. Eu gosto de ficar cantando e falando sozinha (é, eu não sou normal) e do nada começaram a vir diálogos na minha cabeça. Então corri e peguei meu caderno, começando a escrever. Isso foi no dia 17 de outubro as 10:51hs. Terminei de escrevê-la no mesmo dia, 22:50hs! Exatamente 12 horas ^^ espero que vocês gostem!!! Fiz de coração. Quero agradecer a minha irmã Samy, que tá sempre do meu lado me apoiando nessas minhas loucuras (minha Jones louca que eu não vivo sem), minha amiga Téh (Judd incorrigível que só vivemos brigando, mas que eu amo), a Duda, minha capista e acima de tudo amiga, que fez essa linda capa! Sério, me apaixonei por ela :D a minha amiga Thamih Jones (autora de Dangerous) por ser a melhor crítica e conselheira da face da terra! Obrigada amiga! A Lolah (adotei ela, gente! É minha little sister), Belah, Isa, Bianca... E a todas vocês que estão lendo (minhas amigas do face que eu sei que são MUITAS! Eu não esqueci de nenhuma de vocês tá?! AMO DEMAIS <3) Então é isso galera! Beijudds com sabor de paçoca ^^
Qualquer erro nessa fanfic, seja de gramática/script/HTML, mande um e-mail diretamente para mim. Não use a caixinha de comentários.