“Não era mais um sonho. A respiração quente, mãos passeando pelo corpo e um sorriso sincero. Era de verdade, ou melhor, era ele fazendo seu corpo inteiro se arrepiar cada vez mais e mais.”
Você percebe o quanto está apaixonada por alguém quando conta todos os dias, quantos meses faltam para o show dos seus ídolos. Quando amamos tanto assim, chega a ser torturante essa espera, essa contagem regressiva. Um ano inteiro esperando ansiosamente por esse momento, mas a alegria seria mais completa se tivesse conseguido juntar o dinheiro pro “meet and greet”, porém, meus livros da universidade aumentam seus valores a cada semestre e meu salário não me ajuda muito. Pela primeira vez na vida, acordar cedo não foi uma tortura ou algo que me deixasse irritada pelo resto do dia. Foi uma alegria acordar nessa linda manhã com o celular apitando sem parar: “É hoje, é hoje.” A espera finalmente havia acabado e eu tinha algum tempo antes de ir para o estádio. Ajeitei meu quarto que estava uma verdadeira bagunça e lembro como era bom quando morava na casa dos meus pais, por mais que minha mãe dissesse que não limparia minhas bagunças quando chegava da universidade. Adivinha? Meu quarto estava limpo e arrumado, pronto para meu descanso, mas as coisas mudam quando você passa a morar sozinha, trabalhar e estudar.
— … — adentrou no quarto. Puxava uma mala e estava com as chaves do carro em mãos. — Vou viajar com o Robert, sabe, depois daquelas brigas, decidimos tentar pra ver se conseguimos reatar com o namoro. — Minha amiga tinha um sorriso lindo em seu rosto e eu sabia o quanto ela queria que desse certo. é uma colega de universidade, porém cursa Gastronomia e eu curso Direito.
— Boa viagem, . — Sorri e abracei minha amiga. — Torcendo por você e pelo Robert porque sei que nessa loucura que vocês insistem em chamar de relacionamento, sei que existe amor e é daqueles de filmes. — Sorri e minha amiga me abraçou fortemente e sussurrou um: “obrigada.” Assim que a saiu em busca de sua felicidade, terminei com a organização do meu quarto e preparei algo para comer porque senão desmaiaria na metade do show. Lavei meu prato e limpei a sujeira que havia feito na cozinha, Deus, como alguém suja tudo para cozinhar um miojo? Ah, mas isso tem uma explicação: sou péssima na cozinha e até que a tentou me ensinar algo, porém não levo jeito e muito menos gosto.
Ah, meu amor, desculpe a minha falta de atenção e que saí com tanta pressa que esqueci de dizer duas coisas:
1- Passei no shopping ontem e comprei umas coisinhas para você ir ao show e capricha, viu? <3 <3
2- Boa sorte no show e que tudo dê certo porque você merece. Queria ser rica e pagar o “meet and greet”, porém me encontro na mesma situação que a sua, mas pensando bem acho que você está BEM melhor, afinal, não é uma consumista doida que compra o shopping inteiro. Ah, meu Deus, começo falando algo e perco o foco, mas voltando ao assunto principal “você”, quero que aproveite ao máximo porque, menina, você esperou 12 meses para esse grande momento. Depois quero todos os detalhes e nunca se esqueça que amo você. “-
Sorri com a mensagem da minha amiga e corri em direção ao quarto dela para buscar meus presentinhos. Assim que peguei os embrulhos, bati a porta e voltei para o meu quarto para tomar o meu banho. Caprichei na maquiagem, entretanto, não usei nada extravagante porque não gosto. Meus cabelos estavam soltos, lisos como sempre, porém hoje fiz pequenos cachos nas pontas.
— Até que fiquei bonita. — Sorri ao me encarar no espelho pela milésima vez. sabia escolher roupas e muitas vezes acho que ela errou ao escolher Gastronomia e não Moda. Ignorei meus pensamentos e arrumei a minha bolsa, mas como costumava esquecer as coisas, antes de sair de casa, chequei se meu ingresso estava na minha bolsa e caminhei para o estacionamento. Dirigia ao som de “Midnight Memories” que, sem dúvidas alguma, é uma das minhas favoritas do álbum. Alguns amigos me chamam de louca e realmente acreditam que seja louca por amar cinco garotos que não sabem da minha existência, porém cansei de explicar que isso nunca importou porque eu sei que eles existem e os amo. Assim que cheguei ao estádio, procurei pelo estacionamento que não estava tão cheio pois as pessoas costumavam ir de táxi ou até mesmo de ônibus.
— Boa noite. — Um homem educado sorriu e estendeu a mão para que eu lhe entregasse o ingresso. Em seguida, colocou em meu pulso uma pulseira com a cor que representava aonde deveria estar. Com muito sacrifício e algumas horas extras, comprei o ingresso da pista vip e assim que cheguei ao meu lugar, notei que já tinha uma quantidade considerável de garotas de todas as idades. Não teria show de abertura porque seria uma DJ que seria o responsável por animar todos os presentes antes do grande momento: o show. As meninas pulavam, dançavam, tiravam fotos e era lindo vê-las tão felizes assim como eu estava.
— Qual o seu nome? — Uma menina, loira e simpática, disse alto devido ao volume da música.
— . — Sorri. — E o seu?
— Jane. — Sorriu. — Não parece ter a nossa idade — sorriu — Mas não considere isso algo ofensivo.
— Não tenho mesmo. — Sorri. — Estou com vinte anos, mas o amor pelos meninos só cresce a cada dia. — A menina sorriu e pediu para tirar uma selfie comigo. Já fazia mais de uma hora que o DJ tocava para animar todos, mas a verdade é que não aguentava mais todas aquelas músicas porque precisava vê-los, precisava sentir que, pelo menos uma vez na vida, estive no mesmo ambiente que eles. De repente, a música acabou e todas as luzes foram apagadas e eu sabia o que viria quando as luzes fossem reacesas. Meu coração batia descompassado como se a qualquer momento fosse sair do meu peito e era tanta felicidade que por um momento esqueci como era respirar. A primeira música começou e não conseguia tirar os olhos do meu , não que não olhasse para os outros, porém com ele era mais forte, mais intenso e sentia algo que nunca senti por outro cara. Em um momento achei que o mesmo retribuiu meus olhares, porém, logo, fiz questão de lembrar que aquilo não era uma fanfic e que na certa estava imaginando coisas de tanto que eu leio sobre essas histórias que conhecemos os ídolos no show, se apaixonam e vivem feliz para sempre. Foquei a minha atenção em seus olhos , seus cabelos emaranhados e seu sorriso destruir de corações. Sem dúvidas alguma, era o melhor show da minha vida e não me arrependi por cada centavo que torrei do meu salário para desfrutar desse momento, entretanto, como tudo que é bom precisa acabar, logo os meninos se despediram e saíram do palco. Era uma confusão de meninas, meninos, mães e eu estava esperando as coisas se acalmarem um pouco para enfim pegar meu carro e ir pra casa dormir mais feliz do que nunca. Quando senti dois braços me puxarem e em seguida, o homem me colocou em seu ombro e caminhava em direção a um lugar desconhecido.
— Você poderia me soltar? — Gritava desde que o homem me colocou em seu ombro e na certa deveria estar puto, ou melhor, muito puto. — Você é surdo ou quê?
— Sério, eu não ganho pra aguentar isso. — O homem resmungou. — Fica quietinha que você vai gostar, ok? Agora me deixa fazer o meu trabalho e cala essa boca porque sua voz é irritante e não aguento mais gritos. — O homem praticamente gritou e me contive, afinal, sendo o que fosse, não poderia fazer nada. Comecei a lembrar tudo que fiz até chegar ao estádio e parei para pensar se tinha feito alguma besteira. Passamos por um corredor e algumas pessoas olhavam sem entender, não era apenas eles que não entendiam nada. Avistei a Lou com a Lux em seu colo e ela sorriu quando me viu no ombro do brutamonte vulgo segurança. Chegamos em uma sala e o homem enfim me colocou no chão.
— Obrigada pela delicadeza. — Debochei enquanto ajeitava minha roupa. — Tenho pena da sua mulher porque imagina o “carinho” que você faz nela? Deve deixar a coitada toda roxa. — Ouvi gargalhadas ao fundo. O homem sacudiu a cabeça e se retirou. Quem seria os infelizes que estavam rindo? Quando me virei, encontrei-os sentados em um enorme sofá, porém por um minuto minhas pernas falharam e eu não conseguia acreditar.
— Oi... — sorriu e se aproximou. Logo os amigos acenaram e se retiraram da sala. — Você deve estar achando tudo...
— Louco, muito louco. — Sorri nervosa e ele apontou para o sofá.
— Gostei de você. — Ele sorriu e olhava dentro dos meus olhos, mas a única coisa que conseguia fazer era viajar em seus olhos que brilhavam. — Realmente gostei muito de você. — Ele se aproximou perigosamente, deixando suas mãos cada uma de um lado da minha cintura e Deus, não sabia quanto tempo suportaria essa tortura de tê-lo tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Seus lábios procuraram pelos meus e sem hesitar deixei, pediu passagem para a língua e logo cedi. Minhas mãos seguravam firme em seus cabelos e tinha as mãos pousadas em minha cintura. Cessamos o beijo por falta de ar, mas continuou com seus carinhos, beijando meu pescoço e dando leves mordidas no lóbulo da minha orelha. Por fim, selou rapidamente nossos lábios e nos olhamos sem entender o que havia acontecido.
— E-e o que foi isso? — Sorri tímida e me olhou com um sorriso doce em seus lábios.
— Isso — selou nossos lábios — É o que quis fazer no exato momento que te vi no meio de todas aquelas meninas, eram bonitas, porém você ganhava de todas. — Sorriu e eu corei.
— Obrigada. — Sorri e me levantei. — Acho melhor ir porque está tarde e…
— Quero sair com você. — Ele despejou as palavras e paralisei no meio do cômodo. Não imaginei que ele iria me fazer esse convite, afinal, pensei que tivesse sido apenas mais uma e o cara me vem com isso? Não conseguia me virar e encarar o , porém senti seus braços em minha cintura e sua respiração em meu pescoço.
— …
— Não aceito não como resposta. — Disse próximo ao meu ouvido e meu corpo inteiro se arrepiou. — Daqui a duas semanas — beijou meu pescoço — Iremos ter uma folga e quero passar o dia com você, ou melhor, a noite, a madrugada e a manhã. — Sorriu malicioso e entendi o recado do .
— Safado! — Gargalhei e me virei para encarar seus olhos . — Me empresta seu celular — ele entregou e se sentou em uma das poltronas — Pronto! Agora você tem meu número e meu endereço. — Sorri e selei nossos lábios. Os meninos adentraram a sala e nos olharam como se estivessem esperando que fosse embora para encher o de perguntas. Homens falam das mulheres, mas, no fundo, conseguem ser piores do que elas.
— Quer que eu a leve em casa? — sorriu e eu neguei com a cabeça.
— Foi um prazer conhecê-los. — Sorri e sacudi a chave do carro. O segurança me deixou no estacionamento e depois sumiu. Dei partida no carro e pelo horário a rua estava tranquila e rapidamente cheguei em casa. Tomei um banho longo e demorado, me joguei na cama e o sono falou mais alto.
Nas últimas duas semanas, olho pro meu celular de dois em dois segundos na esperança de ver uma ligação ou uma mensagem, porém desde o acontecido no dia do show, o senhor não deu sinal de vida. Ah, , como você é ingênua em achar que entre milhares ele escolheria você.
— , o Robert vai vir almoçar com a gente. — sorria e era impossível não ser contagiada por toda felicidade que minha amiga fazia questão de demonstrar. Assenti que sim e fechei meu livro para organizar a sala que estava uma verdadeira bagunça. preparava algo que na certa estava delicioso porque o cheiro estava me deixando louca.
— , vou tomar um banho e depois venho para almoçar com vocês. — Separei uma roupa bem simples e preparei a banheira porque precisava relaxar já que a semana foi puxada no trabalho e na universidade. Já estava há um tempo na banheira quando meu celular começou a tocar sem parar. — , atende, por favor. — Minha amiga não respondeu, mas não ouvi o celular tocar e deduzi que tinha atendido.
—, é um tal de e.... — Peguei meu roupão e o vesti de qualquer jeito. Saí do banheiro desesperada e corri em direção a sala. Peguei o celular das mãos da minha amiga e ela olhou sem entender a minha atitude.
— Alô — sorri e me sentei no sofá.
— Desculpe não ligar antes, mas estávamos tão enrolados com os shows e a gravação do novo CD que não tive tempo nem de respirar.
— Sem problemas, lindo. — Sorri e parou o que estava fazendo para prestar atenção. Fofoqueira, sim ou claro?
— Não esqueci do nosso encontro. — Disse sério. — Quero muito vê-la novamente. — Sorriu fraco e ouvi algumas risadas ao fundo.
— Também quero muito rever você. — Minha voz saiu mais doce do que queria e minha amiga gargalhou ao fundo, mas logo fiz questão de tacar uma almofada para que ela conter sua risada.
— Chego pela tarde, mas a noite queria levá-la para passear. — Sabia que ele sorria e mexia em seus cabelos do outro lado da linha. — Passo às 20:00h na sua casa, ok?
— Irei esperá-lo. — Sorri e ele se despediu porque tinha que embarcar. me olhava como quem queria saber tudo, porém corri o mais rápido possível para o banheiro, afinal, estava totalmente ensaboada, mas a ouvia resmungar atrás da porta: “, quem é ?” “Vocês vão sair?” “, pare de me torturar” “Quando você sair desse banheiro não vai escapar de me contar tudo.”
— , pode me contar quem é esse tal ?
— Ai, , como você é a lerda. — Bufei. — … Ficamos no dia do show e ele me convidou para sair. — Disse baixo, mas minha amiga escutou e me olhava incrédula.
— E você não me conta nada? — continuava me olhando incrédula.
— A senhorita estava viajando e voltou somente ontem. — Disse séria. — Não queria atrapalhar sua viagem de namoro e dizer: “Sabe o , amiga? Então, peguei e adivinha? Me convidou pra sair.”
— Mas vocês vão aonde? — se sentou ao meu lado, esquecendo das suas panelas e do almoço.
— Ainda não sei, mas ele disse que passa pra me buscar às 20:00h. — Sorri e correu para desligar o forno. Puxou-me pela mão e adentramos no quarto dela. Ela abriu o seu guarda-roupa e olhava fixamente para as roupas e hora ou outra me olhava. Por fim, separou uma blusa de frio, uma calça jeans, botas e um chapéu lindo, e me entregou tudo e entendi o recado, deixando tudo sobre a minha cama. Assim que voltamos para a sala, arrumei a mesa de jantar enquanto terminava de preparar o almoço e quando a campainha tocou, era Robert. O cumprimentei e ele adentrou a cozinha agarrando minha amiga. Esses casais… serviu o almoço, nos sentamos na mesa e começamos a saborear uma lasanha que estava maravilhosa. Não fiquei para a sobremesa porque senti que Robert queria um tempo “sozinho” com a e não seria empata transa de ninguém.
“Cheguei! Até mais tarde, linda.” xx
Acordei por volta as 18:30h e logo tomei o meu banho relaxante para espantar o sono. Assim que saí do banho, vesti a roupa que a havia separado com todo carinho do mundo. Fiz uma maquiagem bem leve e calcei as minhas botas. Por fim, soltei meus cabelos e fiz pequenos cachos nas pontas e para finalizar, coloquei o chapéu que havia separado. Olhei no relógio e marcava 19:45h, ou seja, tinha pouco tempo para arrumar a minha bolsa e procurar meu celular, porém pareceu imaginar que estava procurando meu iPhone igual a uma louca porque no segundo seguinte ouvi o toque que havia escolhido para ele. Sorri boba e atendi.
— Alô… — sorri e ouvi a sua risada gostosa ao fundo. Tinha barulho de carros e pessoas falando.
— Eu sei que o combinando era às oito e ainda são sete e cinquenta... — Ele não conseguiu terminar porque o interrompi.
— Sem problemas, lindo. — Sorri e peguei minha bolsa. — Já estou pronta e estou descendo, mas aonde você está? — Tranquei a porta e adentrei no elevador.
— Ah, , estou aqui na frente do seu prédio. — Sorriu. — Sem querer apressá-la, mas já apressando — sorrimos juntos — Vem o mais rápido que puder porque estou com saudade e quero evitar esses paparazzis chatos. — Podia ver que ele franziu o cenho ao falar dos paparazzis, afinal, esses caras sugam a vida pessoal dos artistas e, tudo bem, compreendo que seja o trabalho deles, entretanto, muitos perdem a noção e acabam se intrometendo em coisas que ninguém deve se intrometer. Assim que passei pela portaria, cumprimentei o porteiro, o mesmo sorriu e apontou para o carro parado em frente ao prédio. De longe avistei batucando no volante e cantando alguma música que parecia ser animada porque o garoto sorria largamente. Deus, como era lindo e agora poderia ser o meu lindo. Caminhei lentamente até o carro e disquei seu número. Logo sua voz rouca e extremamente sexy soou aos meus ouvidos.
— Ouvi dizer que alguém estava com saudade e que iria me levar pra sair. — Sorri e logo sua risada se fez presente. Ouvi a batida da porta e ouvia passos. Estava de costas, porém ouvia passos em minha direção e juntamente acompanhado por um cheiro maravilhoso. Senti duas mãos agarrarem minha cintura, uma respiração quente em meu pescoço, uma mão passando por de trás do meu cabelo e agarrada em minha nuca.
— Muita — beijou meu pescoço — Muita saudade. — Puxou-me para si, tomando meus lábios em um beijo intenso. Sua língua pediu passagem e logo cedi. Sentia-me como jamais me senti antes. O cara que eu amo me beijando ferozmente, provocando-me arrepios dos pés a cabeça e o melhor de tudo; ele não se importava com quem estivesse vendo ou se teria mil fotos de nós dois. tinha isso de não se importar em desfrutar os momentos por preocupação com os paparrazis ou o que falariam sobre o ocorrido. Nossas respirações estavam descompassadas, mas trilhava um caminho perigoso com as suas mãos ora na minha cintura e ora em meu bumbum. Deus, mais safado do que ele não existe e por mais que digam que sou retardada, eu amo esse homem exatamente dessa forma. , misto de maldade com doçura. Misto de delicadeza com brutalidade. Misto de apaixonado com um tom levemente safado. Cessamos o beijo e entrelaçou nossas mãos. Ele abriu a porta do carro, me acomodei e alguns segundos depois ele deu partida no carro. Não sabia pra onde iríamos ir porque ele fez questão de guardar esse segredo. dirigia há mais de vinte minutos e minha curiosidade começava a falar mais alto.
— Lindo, aonde iremos? — Sorri e ele sacudiu a cabeça negativamente. — Ah, , pelo menos fala se falta muito. — Fiz bico e ele sorriu. Adentramos numa rua que tinham muitos carros parados e um movimento bem intenso de pessoas chegando e outras indo embora. estacionou o carro e logo abriu a porta, novamente entrelaçando nossas mãos.
— Chegamos? — sorriu, mas puxou-me pra si e logo caminhávamos juntos em direção ao tal lugar. Podia notar alguns olhares sobre nós, entretanto sussurrou ao meu ouvido: “Fica calma ok? Vão querer alguns autógrafos e fotos, porém depois vão nos deixar aproveitar.” Assenti e logo avistei um enorme parque de diversões. Sabe esses parques que são montados para arrecadar dinheiro para formaturas, instituições de caridade? Então era um desses eventos e Deus, fazia muito tempo em que não vinha a um desses. Meus pais costumavam me trazer quando era pequena e, sem dúvidas, já começou ganhando pontos pelo local escolhido. Ele tirou algumas fotos e deu alguns autógrafos e, em seguida, comprou nossas entradas.
— Amo parque de diversões. — Sorri e o abracei.
— Ah, linda, fico tão feliz que goste. — Sorriu e pegou seu celular. — Selfie, amor? — Fez cara de pidão e me diz como resistir? Não tem como. Assenti que sim e logo colocou na câmera frontal e tiramos algumas fotos, porém pensei que ele guardaria pra si como lembrança, entretanto ele fez questão de postar e com a seguinte legenda: “Linda”. Não resisti e tive que selar nossos lábios. se afastou por alguns minutos e o aguardei sentada em um dos bancos. Seu celular estava em minhas mãos e lia os xingamentos e até mesmo algumas dizendo que shippavam.
— Maçã caramelizada? — Meus olhos brilharam e logo sorriu, entregando-me uma. — Lindo, como você estava adivinhando tantas coisas sobre mim? — Sorri, mordendo um pedaço da maçã que estava deliciosa.
— Somos parecidos e isso facilita muito. — sorriu e entrelaçou nossos braços. Caminhávamos pelo enorme parque e eu sorria das piadas sem graça do . Como comediante, é um ótimo cantor. Depois de alguns metros, encontramos uma barraca de acerte ao alvo e pareceu adivinhar o que eu queria e logo estávamos na barraca.
— Um beijo de boa sorte. — sorriu e selamos nossos lábios. O espírito competitivo estava na alma do porque ele fixou seus olhos no alvo e não é que ele derrubou de primeira? O homem responsável pela barraca entregou um urso de pelúcia gigante nas mãos do . Ele segurava a pelúcia e sorria tão doce mais tão doce que naquele momento eu fiquei ainda mais apaixonada por aquele garoto. Ali não era o cantor famoso, amado e desejado por milhares de garotas. Ali comigo estava o , doce, engraçado, péssimo comediante, dono dos lábios mais desejados por mim. Entregou-me o ursinho e o agarrei fortemente.
— … — Disse sorrindo e ele me olhou sem entender. — O nome dele — mexi no ursinho e ouvi a gargalhada do . Nossos estômagos gritavam por comida e encontramos uma barraca de cachorro quente, nos sentamos em uma mesa afastada para evitar chamar mais atenção. voltou com uma bandeja com cachorro quentes e latas de refrigerante. Não lembrava que o era tão esfomeado porque enquanto fiquei com um cachorro quente ele comeu QUATRO. Assim que terminamos, decidimos que iriamos em alguns dos brinquedos. Começamos pelo bate bate e gargalhávamos igual a duas crianças. Fomos no carrossel, fizemos um retrato nosso com um retratista que ficava no parque e logo estávamos diante de um brinquedo que não me recordo o nome, entretanto ele é basicamente assim: Uma cabine dupla que vai girando até alcançar o limite máximo de altura e depois simplesmente gira de cabeça pra baixo. Nunca iria nesse brinquedo nem que me dessem todo o dinheiro do mundo.
— ! — Gritei quando estava dentro do brinquedo que subia e quase atingia sua altura máxima. Ele gargalhava da minha cara de pânico e naquele momento quis socar aquele lindo rostinho.
— Amor, economize os gritos e xingamentos porque… Melhor espere e verá. — Sorriu e entrelaçou nossas mãos. Quando o brinquedo alcançou a altura máxima, meu coração gelou enquanto continuava com o sorriso em seus lábios. Ah, se não o amasse tanto quanto amo.... pegou seu celular e começou a gravar. Sério isso? De repente o brinquedo começou a girar rapidamente e a sensação de adrenalina invadiu meu corpo.
— EU VOU MATAR VOCÊ — o brinquedo havia virado de cabeça pra baixo e continuava a girar. Na segunda virada de cabeça pra baixo já não gritava ou estava em pânico. Pelo contrário, sorria e me divertia como nunca. Quando o brinquedo virou novamente roubou um selinho rápido e o retribui. O brinquedo parou de girar e se abaixava aos poucos até chegarmos enfim na superfície. Saímos do brinquedo e enquanto caminhávamos estranhei porque estava quieto e com uma carinha nada boa. Será que havia feito algo ou o pior será que ele nunca mais quereria me ver? Mas quando ia perguntar o garoto puxou meu chapéu e colocou tudo pra fora dentro do meu chapéu. Não consegui dizer nada porque no segundo seguinte correu em direção ao banheiro e Deus, era perceptível que ele estava muito envergonhado. Procurei uma barraca de bebidas e comprei uma água mineral. Sentei-me no banco que estava de frente para os banheiros. Minhas mãos suavam frio porque fazia um tempo que adentrara aquele banheiro e até agora nada. Quando estava me levantando para entrar no banheiro e ver o que tinha acontecido, notei sua feição envergonhada se aproximar.
— Desculpe pelo chapéu… — Disse envergonhado e logo me levantei. Não deixaria que ele se sentisse mal ou com vergonha, afinal, o garoto tinha me proporcionado a melhor noite da minha vida e isso poderia acontecer comigo ou qualquer pessoa. Olhei em seus olhos , passei o polegar sobre o seu rosto e ele fechou os olhos, soltando um sorriso. Entreguei a garrafa de água e logo ele bebeu todo o contéudo.
— Não me importo com esse chapéu idiota — coloquei suas mãos em minha cintura — você não precisa se desculpar porque isso poderia ter acontecido comigo e tenho a certeza que você faria de tudo para que me sentisse bem. — Sorriu e assentiu que sim. — , você me proporcionou a melhor noite da minha vida. — As lágrimas rolavam pelo rosto, mas sentir suas mãos tentando enxugá-las me deu ainda mais vontade de chorar. Quando que imaginei estar assim, com ele tão perto e colando nossos lábios em um beijo que ganhava intensidade a cada segundo. sussurrava ao pé do meu ouvido o quanto me achava linda e quanta saudade sentiu desde do nosso último encontro e eu estava no paraíso.
— Quer namorar comigo? — sussurrou ao meu ouvido e se não fosse por seus braços me segurando, tinha caído porque minhas pernas falharam. me aninhou em seu peitoral e podia ouvir seu coração batendo mais acelerado. Encarei seus olhos e eles estavam fixos nos meus. Com um simples olhar , fazia o meu corpo inteiro se arrepiar e sentir ainda mais necessidade de ser tocado por ele.
— Sim — sussurrei ao pé do seu ouvido e o senti se arrepiar. — Aceito ser sua — selei nossos lábios — amiga, namorada — selei novamente nossos lábios — sua e demais ninguém. — Finalizei e esmagou seus lábios contra os meus. Era uma verdadeira e deliciosa guerra entre nossas bocas e línguas. E era assim que queria estar todos os dias da minha vida.
FIM
Nota da autora: Olá, meus amores, como estão todas? Espero que bem. Quero desejar um ótimo 2015 para todas e que esse ano seja uma vitória para todas. Então queria agradecer a todas as pessoas que acompanharam e esperaram pela parte II. Essa coleção de shorts que titulei de “Night Changes” está sendo uma delicia de escrever. Desde o princípio quando começaram as brincadeiras de que tiveram encontro com os meninos , decidi escrever porque queria poder levar um pouquinho dessa experiência para as leitoras. Agradeço a todas as leitoras e a todas que comentaram na primeira parte e já deixo avisa que terá mais três partes antes de ser finalizada. Gostaram de mais um encontro com seu ídolo? Lembrando que essa história foi inspirada na música/clipe “Night Changes” e foi um prazer escrever mais essa shortfic. Agradeço a minha beta pelo carinho e pela atenção. Beijos meus amores.
Formas de encontrar a autora?
° Twitter: @_BragaMayara
° Grupo No Facebook