Nós II


Escrita por: Julia B.
Betada por: Caroline Cahill




Gargalhei cheia de alegria no peito; era tanta que quase não cabia. Abracei-o e entramos pra dentro do apartamento e, se você está se perguntando se a minha resposta foi a de qualquer pessoa sensata e que sabe o que está fazendo — um bem alto e sonoro SIM —, bem, você está mais do que certo.

**


Assim que entrou, eu não pude deixar de fazer uma careta. Meu apartamento estava uma bagunça!
— Que foi? — ele me perguntou, me observando do sofá, com suas malas em seus pés.
— Nada, não. — sorri — Já volto!
Fui até o quarto, tirando o roupão e deixando-o no banheiro, que era caminho. Procurei na segunda gaveta por um short jeans, quando achei o meu preferido ainda — milagrosamente — limpo, me inclinei ali mesmo e passei pelas duas pernas, subindo-o. Quando cheguei nas coxas, senti uma presença atrás de mim, me lembrando poucos segundos depois de quem era.
... — arfei, sentindo seus dedos dedilharem minha bunda coberta apenas por um fino pano branco. Ele não me deu ouvidos e suas mãos desceram de minha bunda pelos lados de minhas pernas, chegando ao short, enquanto ele respirava ruidosamente junto comigo.
— Você é... — ele suspirou, me ajudando a subir o resto do short, o que me fez descurvar, encostando minhas costas contra seu peito. Virei a cabeça de lado a fim de observar seu rosto, e então ele completou: — Linda demais. — sussurrou, enquanto, com as pontas de seus dedos, ele voltava a dedilhar, porém agora minha barriga. Como se não quisesse nada, foi subindo, massageando cada parte que encontrava, me fazendo gemer em aprovação.
Seus olhos acompanhavam suas mãos e os meus lutavam para ficarem abertos. Quando as duas mãos chegaram abaixo dos meus seios, em vez dele pegá-los em concha, foi subindo pelos lados, ainda somente dedilhando. E então, massageou os dois lados, chegando seus dedos perigosamente perto dos picos sensíveis. Nós dois respirávamos ruidosamente, sem parar de nos ver nos olhos do outro, enquanto minha cabeça estava caída em seu ombro. beijou meu ombro e eu acompanhei o movimento de sua boca quando ele sorriu, me fazendo sorrir preguiçosamente em resposta. Uma de suas mãos subiu até o ombro em que ele não estava com a boca e se direcionou à alça do sutiã, mas, quando ele ia puxá-la para baixo, um barulho alto nos fez despertar e darmos um pulo pra longe do outro.
Levei alguns segundos para me situar sobre o que era, mas então me veio à mente; a campainha. Merda, eu tinha esquecido que havia marcado de almoçar com Eliza e Ethan!
— É a Eliza e o Ethan. — eu falei baixo e balançando a cabeça, tentando desanuviar meus pensamentos. — Tínhamos marcado de almoçarmos juntos hoje. Eles vão gostar de te ver. — completei, finalmente olhando para o seu rosto, vendo-o morder o lábio inferior e com os olhos fechados.
— Ok. — ele finalmente me respondeu depois de um tempo, balançando a cabeça e olhando nos meus olhos. — Eu atendo. — e saiu andando do meu quarto sem olhar pra trás, provavelmente tão confuso quanto eu.
— HARRY! — ouvi Lizzy gritar e sorri. Resolvi pôr logo uma blusa e abotoar meus short, indo para a sala calçando o chinelo que estava no corredor. Não disse que aquilo estava uma bagunça que só?
— Não reparem a bagunça, o me surpreendeu, assim como vocês. — eu falei, sorrindo ternamente na direção de meus três melhores amigos. — Oi, Ethan. — cumprimentei, sorrindo em sua direção. — Lizzy! — chamei minha amiga, sorrindo mais largamente ainda e indo em sua direção com os braços abertos, dando nela um abraço bem apertado.
— Tem um clima entre você e o . — ela comentou em meu ouvido, baixo o suficiente para que nem Ethan nem ouvissem, entretidos em sua própria conversa. — Ele não para de te olhar, como se pudesse te agarrar a qualquer instante. — senti minhas bochechas esquentarem e enterrei minha cabeça em seu pescoço, rindo, sentindo-a rir comigo.
— A gente quase transou agora. — falei mais baixo ainda em seu ouvido, não olhando em seus olhos para não ficar mais envergonhada ainda.
— Uau! — ela tentou sussurrar, mas não conseguiu esconder a risada. E então, me tirou de seu abraço de urso para olhar em meus olhos. — Você acha que rola mais tarde?
— Talvez. — soprei, envergonhada demais para encarar minha amiga, virando minha cabeça para o lado.
— Usem camisinha. — ela soprou de volta, se divertindo com o meu constrangimento, e se soltou de mim rapidamente, saindo de meu alcance, provavelmente porque sabia que ia levar um tapa.
— Eliza! — repreendi, pondo as mãos no rosto e rindo nasalado, sentindo o rosto pegar fogo.
— Eliza! — também a repreendeu, me trazendo para os seus braços, e encostei a testa em seu peito, sabendo que ele falaria mais alguma coisa. — Para de envergonhar minha namorada! — ele completou, parecendo estar sorrindo.
— OI? — Ethan e Liza falaram juntos e eu e rimos, o que finalmente me fez abrir os olhos e encostar a cabeça em seu peito de lado, a fim de olhar para os meus amigos e suas caras embasbacadas. Ri mais uma vez, dando um beijo no peito de .
— Pois é, você não me deixou completar. — eu soprei para Lizzy, entrelaçando minhas mãos nas costas do meu namorado e dando de ombros.
— Tá. Ok. — ela pareceu ainda meio atônita pela notícia repentina, e então lhe veio uma ideia brilhante. — Então, se beijem!
— Eliza! — ralhei com a minha amiga de novo, virando o rosto para o peito de , ouvindo meus amigos rirem e sentindo a vibração em seu peito. — Idiota! — xinguei e dei um tapa bem ali, me afastando momentaneamente. — Fica rindo de mim, que coisa. — completei, mas acabei rindo também. olhava em minha direção sem dizer mais nada, com apenas um sorriso de canto. Quando me puxou pela cintura e colou nossas bocas, eu esqueci de tudo. Do mundo. Éramos somente eu e ele, movendo nossas línguas de um jeito que me deixava arrepiada dos pés ao meu último fio de cabelo. Apesar de o beijo ser calmo, ele parecia querer me mostrar algo ali. Algo que eu não consegui identificar ao certo o que era, porque cedo demais nos afastamos e, voltando ao mundo real, eu ouvi assovios e palmas. Enfiei o rosto em seu peito novamente, sentindo-o beijar o topo da minha cabeça, mas dessa vez estendi o dedo do meio para os meus amigos. Eles, obviamente, riram.
— Tá bom, , acredito em vocês! Agora vamos fazer o almoço, que eu tô morrendo de fome, por favor? — Eliza praticamente ordenou e me tirou de meu conforto, me rebocando para a cozinha.
Fomos em silêncio até o pequeno cômodo, meu sorriso não saindo do rosto em momento algum, começando a preparar o salpicão e minha amiga, a macarronada.
— Você gosta dele.
— Sim. — foi surpreendente a rapidez de minha resposta, mesmo aquilo não tendo sido um questionamento. Lizzy sorriu e se virou para mim.
— Eu também tenho uma novidade! — minha amiga me começou empolgada. — A gente... Bem... — ela riu, meio constrangida. Eliza com vergonha? — O Tom me pediu em casamento. — E então ela levantou a mão direita e apontou seu dedo anelar para mim. Eu não pude conter o grito.
— QUE LINDOOOOOOO! — berrei e pulei em cima dela. Sei que foi meio criança, mas não deu para evitar. E eu nem conseguiria, estava feliz demais para tentar refrear qualquer sensação de alegria que fosse. — Te desejo toda, toda, toooooda felicidade do mundo! Mesmo! Ai, até que enfim nós duas conseguimos nos arranjar com nossos amores, hein? — falei, finalmente soltando-a, vendo o sorriso gigante estampado em seu rosto, provavelmente refletindo o meu.
— Sim! Já estava mais do que na hora das coisas evoluírem mesmo entre você e o . — ela disse e deu uma risadinha — Mais tarde, hein...
— Para! — eu ri, dando-lhe um empurrão de leve no braço e voltando ao que estávamos fazendo, conversando, agora, sobre coisas aleatórias.

**


Depois de cerca de uma hora, nossa comida estava pronta. Ethan não parava de elogiar a macarronada da minha amiga e estava ao meu lado, fazendo círculos imaginários com os dedos em minha coxa direita, me fazendo ter arrepios constantes, o que não me ajudava em nada a me controlar.
... — sibilei, tentando não chamar a atenção de Ethan ou Lizzy. — Para.
— Tem certeza? — ele sibilou de volta, um sorriso brincando em seus lábios, e continuou comendo como se não estivesse fazendo nada. Dei um tapa estalado em sua mão e olhei feio em sua direção, voltando a comer como se não houvesse acontecido nada. Ethan e Eliza não perceberam e, se perceberam, não comentaram nada, graças a Deus, mas deu uma risadinha. Eu já disse como o cara que eu amava era idiota?
Quando vi que ele estava quase acabando de comer, entretido em uma conversa com Ethan e cheio de comida na boca, juntei de toda minha coragem e aproximei a mão de sua coxa, tentando não ser percebida, e, então, quando ele menos esperava, dedilhei sua perna com uma mão, enquanto, com a outra, apoiei o cotovelo na mesa e a cabeça na mão, puxando um papo qualquer com Eliza. Senti enrijecer embaixo de meus dedos e, numa nova surpresa, apertei sua coxa, perto de sua virilha, o que o fez engasgar com o refrigerante. Todos pararam e olharam para ele, que se recompunha.
— Eu só engasguei! Podem voltar a comer. — ele resmungou, se levantando — Vou ao banheiro. — e saiu em disparada.

**


Quando voltou, já estávamos os três no sofá, enquanto Lizzy zapeava pelos canais encostada em Ethan e eu recostava minha cabeça no braço do outro sofá, de olhos fechados.
? — senti um cutucão no ombro e olhei para cima. — Deixa eu sentar aí do lado do braço do sofá? — perguntou com um meio sorriso. Dei de ombros e fui para o meio do mesmo, sentando de pernas cruzadas e pegando o celular, a fim de me entreter. sentou-se de lado, virado para mim, e deu uma risadinha, completando: — É pra você vir e se aconchegar comigo, boba.
— Ãhn... É? — eu perguntei, confusa, olhando em sua direção, só aí percebendo que ele se encontrava só de bermuda tactel e tinha o cabelo molhado, provavelmente recém-saído do banho.
— Sim! — ele afirmou e puxou minha cintura para cima de si, acabando por me fazer pôr uma perna em cada lado de seu quadril e ofegar ao sentir que ele estava sem cueca. Sem. Uma. Fucking. Cueca.
... — eu adverti, segurando seus ombros, buscando apoio para me levantar.
— Não... fica. — ele me pediu, voltando a puxar meu quadril para baixo, rebolando o seu, se roçando em mim. Minha boca se abriu em um "O" e minha respiração ficou presa na garganta.
— O Ethan... — eu ofeguei — A Eliza...
— Eles... — também ofegou, tendo dificuldade em continuar a frase — Foram pro quarto... — e afundou seus dedos na carne do meu quadril, ainda por cima da blusa.
— Bom! — ouvimos a voz de Eliza, provavelmente vinda do corredor, e como eu sabia que não daria tempo de sair do colo de , só escondi meu rosto em seu pescoço — Ok, vamos dar privacidade a vocês, crianças. Mais tarde voltamos e saímos, pode ser?
— Uhum. — o som saído de mim foi abafado pelo pescoço de , mas nada que não pudesse ser escutado. Balancei também a cabeça em concordância.
— Beijos, beijos!
— Tchau! — Ethan completou.
— Tchau. — foi a vez de falar. Sua voz estava rouca e baixa, e suas mãos passeavam pelas minhas costas, enquanto as minhas se enrolaram em sua cintura. Ficamos daquele jeito por incontáveis minutos mesmo depois que nossos amigos haviam ido embora.
Quando levantei a cabeça, não tive coragem de olhar em seus olhos, e então levantei como um foguete de seu colo, indo até o quarto sem dizer mais nada.
Aquilo tudo era muito novo para mim, aquelas sensações, as mãos de passeando pelo meu corpo... Eu estava excitada, confusa, desnorteada, não conseguia pensar direito, e tudo isso estava formando um nó em minha cabeça.
Quando entrei, não fiz nada a não ser me encostar na parede ao lado da porta, respirando fundo e fechando os olhos, tentando clarear os pensamentos. Eu queria mesmo aquilo? Queria a ponto de me dar inteira a ele, mesmo fazendo muito pouco tempo que havíamos decidido ficar juntos? Estaria eu fazendo o certo, mesmo o desejo falando muito alto?
Senti subitamente duas mãos pegarem minha cintura e me levantar, mesmo recostada contra a parede, e então um corpo se encostar ao meu, me escorando no lugar. Prendi as pernas em sua cintura e, mesmo sabendo quem era e que deveria abrir os olhos e encarar suas imensidões azuis, eu só encostei minha cabeça em seu ombro e ficamos ali por algum tempo. Nenhum dos dois falava ou fazia nada, apenas curtíamos a presença compartilhada, mesmo eu sentindo uma forte carga elétrica por todo o corpo simplesmente por saber que, se eu empurrasse sua tactel, ele ficaria nu na minha frente.
— Eu não vou te forçar a nada, nunca. — começou, com a voz baixa, respirando fundo com o nariz colado em meu ouvido — Mas eu não... — hesitou, depositando agora um beijo em meu pescoço — Eu não consigo mais resistir a você. — me confessou num fio de voz, como se confessasse um pecado. — Eu imaginei tantas vezes enquanto estava em Warwick, sonhei tantas vezes com uma única oportunidade em que eu pudesse ficar assim contigo... — finalmente a coragem para abrir os olhos e olhar dentro dos seus veio, e ali vi toda sinceridade que alguém pode ter em si mesmo. E então, minha confiança veio até mim como um trem-bala.
Ataquei sua boca desesperadamente, precisando daquilo mais do que ar no momento. me prendeu ainda mais contra a parede para que eu não escorregasse por ela, pressionando contra mim todas as partes possíveis de seu corpo, me fazendo agarrar seus cabelos por conta do desejo louco que voltou com tudo. Ele me pegou pela bunda, o que me fez sentir calafrios, e saímos, então, da parede. Chegando perto da cama, me segurou com um braço pelas costas e com o outro se apoiou na mesma, a fim de evitar que eu caísse e ele caísse por cima, acabando os dois se machucando. Quando se afastou de minha boca, ele se apoiou nos dois braços e resolveu que seria uma ótima hora para me avaliar.
Minhas mãos continuavam em seus cabelos, acariciando-os, enquanto ele fechava seus olhos e suspirava.
— Eu preciso... perguntar uma coisa. — informou, abrindo seus olhos e me encarando — E preciso que você seja sincera comigo. — ele completou, correndo agora suas mãos por minha barriga, me fazendo morder os lábios.
— Ok — “Qualquer coisa que você quiser, lindo”, pensei.
— Você já... — ele bufou — Você ainda é virgem? — ele perguntou numa lufada de ar só, juntando toda a coragem que tinha e a que não tinha. E eu, óbvio, corei violentamente.
— Não. — respondi curtamente, mas completei poucos segundos depois. — Mas me sinto assim, já que não foi bom. — e dei de ombros, como se não importasse.
— Quem foi o idiota que não fez valer a pena? — ele perguntou baixo, agora com um sorriso de canto, certa adoração na voz. Sua mão direita começou a viajar pela minha perna enquanto arrastava suas unhas curtas pela pele descoberta, me causando tremores e ofegos. Quando suas duas mãos subiram arranhando minhas pernas e se decidiram por minha barriga, eu fiquei tensa. Não sabia como agir, e não queria que ele não gostasse do jeito ou do que eu faria.
Suas mãos baixaram, percebendo meu desconforto, mas eu as peguei de volta antes de saírem completamente do meu corpo, arrastando-as com as minhas por cima por minha barriga por debaixo da blusa, até chegar bem em cima dos meus seios. respirou forte e eu arfei, correndo minhas unhas por seus braços até seus ombros.
— Eu só não... sei como agir daqui por diante. — ao ouvir minhas palavras, ele apertou meus seios de um jeito gostoso que me fez morder os lábios para conter o gemido. Então tirou suas mãos deles, apenas para me sentar e puxar minha blusa pra cima de uma única vez.
— Eu quero que você se sinta confortável e não pressionada. Ok? — ele confirmou, me fazendo assentir apenas com a cabeça, e então correu suas mãos pela minha barriga até as minhas costas, abrindo o fecho do sutiã com facilidade, trazendo em seus dedos as alças e, consequentemente, toda a peça. Tudo o que eu conseguia fazer era olhar em seus olhos. — Tudo bem? — perguntou, visivelmente se controlando, e eu apenas meneei a cabeça em concordância de novo.

's POV


Quando a , a minha , meneou com a cabeça que estava confortável o suficiente a ponto de eu poder continuar a fazer o que queria, eu não me segurei e ataquei seu pescoço. Beijei, chupei, mordi e, ouvindo-a gemer baixinho, resolvi mudar minha boca de lado em sua pele, repetindo tudo, ouvindo-a gemer um pouco mais alto enquanto apertava meus braços, e então resolveu se deitar. Até então, eu só estava avaliando quais seriam suas reações quando descesse minha boca, se ela ficaria desconfortável, ou algo assim. Tirei, então, minha boca de sua pele e observei-a, de olhos fechados, respirar fundo. Quando abriu-os, não havia mais insegurança ali, e sim puro desejo.
levantou a cabeça apenas o suficiente para capturar meus lábios com os seus, se deixando ir de encontro ao colchão de volta e me levando junto, me fazendo pressioná-la. Tirei uma de suas pernas de meu quadril com a mão direita e, enquanto subia-a pelo seu corpo, direcionava a esquerda até sua bunda, fazendo-a colar ainda mais seu corpo no meu, mesmo que apenas uma parte dele. Com isso, não me importando de estar de tactel, rocei nossas intimidades. largou minha boca e a sua se abriu em um "O", ofegando, enquanto eu levantava a cabeça a fim de observar sua face, não cessando em momento algum os movimentos.
... — ofegou, fincando suas unhas em minhas costas apenas o suficiente para me provocar arrepios, tentando completar a frase. — Eu tô... tão perto... quase... — e gemeu, jogando a cabeça para trás no travesseiro. Eu não queria controle da parte dela.
Larguei sua perna e fiz nosso contato ser interrompido, apenas para começar a descer os beijos pelo seu corpo. Puxei algumas vezes seus mamilos com os lábios e dentes, ouvindo gemidos longos, porém não me demorando muito por ali. Desabotoei rapidamente seu short e ela colaborou sem ao menos pestanejar, elevando o quadril para que eu puxasse a peça junto com a calcinha.
Quando parei pra observar seu sexo, ele estava muito molhado. Melhor dizendo, encharcado. Não me segurei, chupando seus dois lábios enquanto sibilava, batendo as duas mãos na cama e provavelmente agarrando o lençol. Corri as minhas duas mãos pelo colchão até as suas e entrelacei nossos dedos, envolvendo seu botãozinho sensível com meus lábios e puxando-o para dentro da minha boca. arfou e choramingou, mas eu queria seu descontrole. Era demais pedir que ela gemesse? Soltei sua carne e ergui a cabeça, observando sua expressão confusa, suas sobrancelhas juntas, quase me questionando por que parei.
— Eu quero que você gema. — minha voz saiu rouca e baixa. Eu não queria falar naquele momento, mas me obriguei a completar a frase — O meu nome. — eu falei mais uma vez, mordendo sua coxa e chupando-a, voltando segundos depois a depositar todo meu desejo em seu clitóris. Não demorou muito até que começasse a tremer e convulsionar e gritasse o meu nome. Comecei a trabalhar mais furiosamente, ainda com minha língua, em toda sua carne, afundando-a repetidas vezes em seu interior, não dando trégua até ouvir um segundo choramingo, e, então, gritou. Repetidas vezes. O meu nome. E eu não me importei se seus vizinhos ouviriam, ou se toda a rua ouviria, porque, naquele momento, tudo que eu queria fazer era me afundar em seu corpo pequeno e quente pelo resto do dia, da noite e da vida.
Todo seu corpo ainda tremia, e eu não movi minha boca de seu sexo imediatamente, absorvendo os sucos que por ali ainda escorriam, me deliciando. Lufadas de ar eram desesperadamente expelidas de seu corpo, me fazendo sentir as ondulações mesmo de onde estava. E então, levantei meu rosto e observei-a, ao mesmo tempo que ela abriu seus olhos e me observou, me analisando, e então se dando conta de onde eu ainda me encontrava e provavelmente na situação que devia estar minha boca. Suas bochechas coraram e ela virou seu rosto de lado na cama, fechando os olhos com um sorriso tímido.
— Ei. — chamei, soltando suas mãos e posicionando meu corpo por cima do seu rapidamente, com os cotovelos apoiados dos lados de sua cabeça. Minhas mãos puxaram seu rosto de volta para cima e ela abriu seus olhos, finalmente encarando os meus. — Você tem uma mínima noção do quanto eu gostei de ter feito isso? — eu perguntei a ela, realmente esperando por uma resposta. Sua cabeça apenas se balançou em negativa. — Pois então, agora sabe. — afirmei com um sorriso, lambendo os lábios, sentindo seu gosto ainda ali. olhou para eles e ofegou, puxando subitamente minha nuca até que minha boca se chocasse contra a sua.
Primeiramente ela chupou meu lábio inferior e depois o superior, gemendo baixinho, e então sua língua procurou pela minha. Quando essas se encontraram, ela gemeu alto e rapidamente nos virou, me mantendo embaixo de si.
— Você não vai fazer o que eu tô pensando, né? — eu sibilei, puxando seus cabelos para que ela olhasse para mim.
— Não. Eu não sei chupar. — me confessou, corando, porém parecendo decidida. Eu não pude conter a decepção, mas tentei não deixar transparecer. — Você ainda vai ter bastante tempo de me ensinar, eu te garanto, e eu quero aprender. Mas, agora, eu preciso de você dentro de mim. — com suas palavras, eu gemi, quase fechando os olhos, conseguindo me segurar a tempo.
— Você tem certeza? — eu lhe perguntei, mesmo que meu pênis praticamente implorasse para que eu calasse a porra da minha boca.
— Toda do mundo. — minha garota me garantiu, puxando minhas mãos que tinham ido de seus cabelos para sua cintura, correndo-as por sua barriga e, então, parando-as em seus próprios seios. Belisquei-os e observei-a gemer, fascinado. — Agora. — ela sibilou, puxando o elástico da minha tactel e soltando-o, sinalizando o que queria que eu fizesse. Soltei seus seios e abaixei minhas mãos, fazendo-a ficar apoiada em seus joelhos a fim de que eu tirasse a bermuda, empurrando-a até onde deu, e então se inclinou para trás para acabar de empurrá-la, deixando sua carne exposta. Não me controlei e esfreguei meus dedos ali, para cima e para baixo, sentindo então a bermuda chegar em meus pés, chutando-a para fora da cama. retornou de sua posição arfando e então, observando sua expressão, afundei devagar dois de meus dedos nela.
De tão apertada, quase que meus dedos realmente não entraram. Seus olhos se cerraram, ela ofegou e sua boca se abriu, dali saindo um gemido completamente carnal que não conseguiu controlar. Eu comecei a afundar e tirar meus dedos de seu interior em movimentos curtos e lentos, sentindo-a tremer de novo, e então parei. Peguei meu pênis com uma mão, enquanto com a outra segurava a cintura de e, vendo-a fechar os olhos, me afundei em seu interior.

's POV


Quando finalmente se afundou dentro de mim, eu achei que não fosse durar dez segundos. Aquilo era bom como nunca havia sido, minha boca se abriu em um "O" gigante, tentando suportar aquele prazer. James não havia dado toda aquela atenção ao meu corpo, e nem se preocupado se eu estava confortável ou não, ou feito qualquer outra coisa que havia me feito sentir. Me apoiei em seu peito, mas nos virou com uma rapidez que quase me deixou tonta, fazendo-me abrir os olhos.
— Eu... — ele começou, olhando em meus olhos, e dava para perceber que ele estava se controlando. — Quero que isso seja especial. Pra nós dois. — e, respirando fundo, investiu mais uma vez, lentamente, e outra, e outra... Nos encarávamos nos olhos sem desviar, e eu via ali toda a paixão reprimida por tantos anos, imaginando que provavelmente eu me encontrava da mesma forma. Às vezes eu não conseguia me segurar e levantava a cabeça a fim de puxar os lábios de aos meus, mas caía de volta à cama, ofegando quando mordia-os, por conta de suas investidas mais profundas.
Quando eu achei que nada poderia ser melhor do que aquilo, saiu de dentro de mim e me pediu que me deitasse de lado na cama, e eu prontamente o fiz. Ele se deitou de frente para mim, puxando minha perna direita para cima de seu corpo e se encaixando em minha entrada com uma mão, direcionando a outra para meus cabelos, segurando-me, amparando-me, antes de se enterrar novamente em mim. Dessa vez, foi impossível segurar o gemido. E eu nem me importava mais em tentar. queria meu descontrole, e eu queria me descontrolar. Já estava bom demais...
Ele direcionou novamente sua mão de onde nossos corpos se conectavam até minha perna e pegou-a, puxando-a mais para cima, na altura de nossas barrigas, consequentemente chocando nossos corpos e entrando ainda mais fundo do que antes em mim. Eu arqueei meu corpo em sua direção e gemi um pouco mais alto. encostou seus lábios aos meus, mas nenhum dos dois conseguiu sustentar o corpo mais do que cinco segundos, pois o ar já nos faltava, com as investidas de aumentando gradativamente. Eu não duraria mais nem cinco minutos, disso eu tinha certeza.
, eu... — começou, mas demorou a completar a frase, apertando ainda mais forte minha coxa, me fazendo começar a ter espasmos quando percebi o que ele queria dizer. — Goza comigo. Por favor, linda. — ele me implorou, direcionando novamente seus dedos ao meu clitóris. Mesmo que ele não o fizesse, eu já começava a tremer, e o ar me faltava. ainda me segurava pelos cabelos, e então me beijou, gemendo em minha boca e explodindo em meu interior. Eu engolia-o cada vez mais e meus dedos se apertaram em suas costas, enquanto minhas pernas se esticavam e os dedos de meus pés se enroscavam. Gritei seu nome uma última vez em sua boca, e então, com uma última estocada em meu interior, ele se pressionou contra mim e sua cabeça pendeu para trás, dando um gemido forte.
Quando tirou gentilmente minha perna de seu quadril, se jogou de costas na cama e me puxou para o seu peito. Eu ainda tremia e estava ofegante, como eu. Ficamos em silêncio por longos minutos; enquanto ele fazia desenhos abstratos em minhas costas, eu descansava o rosto em seu peito, ouvindo as batidas de seu coração se acalmarem aos poucos. Minha mão se encontrava em sua barriga. O resto de meu corpo estava todo mole, e eu não pensava em sair de onde estava nem tão cedo.
— Fizemos exatamente o contrário do que Eliza tinha pedido pra eu fazer.
— O quê?
— Não usamos camisinha. — soprei, envergonhada. — Mas eu tomo pílula! — completei quando senti seu coração acelerar. E ele suspirou aliviado, me fazendo dar uma risadinha. Voltamos ao silêncio gostoso depois disso.
? — soprou novamente, falando tão baixo que eu quase não ouvi.
— Hm? — meio que gemi de volta, beijando seu peito. Ele passou as mãos em meus cabelos e enrolou uma das mãos nos da nuca, puxando minha cabeça para trás, para que ele pudesse me olhar nos olhos. E então, ali, mergulhada na imensidão azul que eram seus olhos confusos, eu disse as três palavrinhas mágicas antes que ele dissesse qualquer coisa. — Eu te amo.
Vi-o piscar seus lindos olhos diversas vezes, rapidamente no início, para acabar fechando-os, e então ele deu um sorriso que iluminaria até meus dias mais sombrios.
— Repete. — ele pediu e eu não consegui evitar de sorrir, mesmo que ele não visse.
— Te amo. — beijei seu pescoço, me remexendo para conseguir me mexer livremente, fazendo-o soltar seu braço de minha cintura. — Te amo, te amo, te amo... — enquanto repetia, ia beijando todo seu rosto, até chegar aos seus lábios e soltar uma risadinha antes de repetir "te amo" uma última vez. capturou meus lábios com os seus, me beijando com ternura, tesão, admiração, carinho... Mas, principalmente, amor. Aquele beijo continha todo o significado do que ele queria me mostrar e do que sentia por mim, e que sabia ser recíproco.
— Eu te amo, , e você foi incrível. Espero que esse nosso fogo não acabe nunca. — falou, abrindo seus olhos e sorrindo como uma criança, olhando nos meus, para fazer de suas palavras as mais verdadeiras possíveis. Sorri junto e, com sua última frase, soltei uma gargalhada. Olhei para a sua boca e mordi seu lábio inferior, provocando-o.
— Não vai acabar, tenha certeza disso.
— Ah, eu tenho... — comentou vagamente, me puxando novamente pela nuca para que baixasse a cabeça até a sua.

E assim fomos, até Eliza nos interromper me ligando, a fim de comunicar que se arrumariam logo para sairmos, o que deveríamos fazer também.
Saindo com nossos amigos, eu me senti mais completa do que nunca havia me sentido antes. Como ainda existia gente que vivia sem aquele tipo de felicidade? Acho que essa é uma ótima pergunta, e sem resposta. Sabe, ainda havia a saudade de meus pais, que ficaria sempre ali, em meu peito. Mas aquela era outra história...


FIM






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