Dia dos namorados e eu vagando pela rua nesse exato minuto. Hoje definitivamente não foi meu dia de sorte. Primeiramente, discuti com meus pais, cheguei atrasada ao colégio, briguei com uma das líderes de torcida no intervalo, fui para a detenção. Fui à casa do meu então namorado, Daniel, e meu queixo quase foi ao chão com a cena que vi: ele estava deitado na
cama com uma loira oxigenada nua e de pernas abertas sobre ele. Ao ver a minha cara de espanto, a infeliz ainda se atreveu a dizer:
- Amor, mas eu pensei que tinha terminado com ela.
Daniel não sabia onde enfiar a cara, pelo que parecia.
- ... eu... eu posso explicar! - disse, cobrindo as partes íntimas com o lençol e tateando pela cama até encontrar suas roupas. Vontade de espancar aquela infeliz não me faltou, porém, eu não fiz porque brigar por causa de macho definitivamente não se encontra em meu dicionário. Ainda mais por causa de Daniel, me poupe, né?!
Até que eu poderia muito bem ir para minha linda casinha, me trancar em meu quarto e começar a chorar e examinar meu relacionamento inteiro, tentando descobrir o que deu errado. Isso tudo enquanto assistia a algum desses filminhos românticos idiotas que passam na tv e escutando alguma musiquinha da Taylor Swift. PUTA QUE PARIU! NÃO!
Ao invés disso, resolvi que iria sair. Não importava para onde, para qualquer lugar bem longe de lá. Então peguei o primeiro busão que vi na frente e cochilei ao som de Aerosmith em meus fones. O ônibus fez uma freada brusca, quase fui jogada para a parte da frente dele e acordei sobressaltada. Olhei pela janela, nenhum sinal de casas ou pontos de referência conhecidos. Por Deus, em que diabos de lugar eu fui parar? Fiz sinal para o motorista parar e desci ali mesmo, naquele lugar que eu não fazia a menor ideia de onde fosse. E aqui estou, para fechar meu lindo dia dos namorados com chave de ouro, vagando perdida em uma cidade que não faço a menor ideia de
onde seja.
Ok, , keep calm. O lado positivo é: pelo menos aqui estou livre de casaizinhos irritantes e suas frescurinhas de presentes e beijinhos e de filmes idiotas na televisão. O lado negativo é: estou livre de tudo isso, simplesmente porque... NÃO TEM NINGUÉM AQUI. Simplesmente ninguém.
Minhas pernas já estão doendo de tanto andar e nada de eu encontrar qualquer alma viva nesse lugar. Aqui não há casas, nada. Só estrada e mais estradas. ‘Peraí, tem uma coisa ali com luz. E se eu for até lá? É, né, não me resta escolha mesmo. Ainda mais que, como se fosse obra divina para sacanear ainda mais minha noite, ainda estou sentindo uns pingos de chuva em mim. Ah, não, era só o que faltava, chover logo agora que não tenho para onde ir. Mas, tudo bem, como desgraça pouca é bobagem, né, aí vamos nós. E a chuva cada vez mais forte, a mim só restava correr em direção a aquela coisa com luz na frente. Sabe Deus o que deve ser, mas foda-se, é o único lugar que tem para me abrigar e só até a chuva passar. Então entrei naquele lugar. E nada da desgraça de chuva passar, inclusive, só piorou. Virou um temporal fortíssimo. Que ótimo, eu não iria sair de lá tão cedo.
Um barulho de música alta me despertou para a realidade. Olhei para trás e vi uma entrada meio escura. Tá, né, que mal faria se eu entrasse um pouquinho? Afinal, pelo que tudo indicava, eu não teria condições de ir a algum outro lugar, não é mesmo? Entrei então. OMFG, O QUE ERA AQUILO?! O lugar era amplo e cheio de luzes coloridas, música alta a níveis estratosféricos, várias pistas de dança, com direito até mesmo a Dj's. Para cada um dos lados que eu olhava, havia muita gente. Gente dançando, algumas pessoas bebendo, outras se beijando (inclusive do mesmo sexo), outras fumando. Do outro lado, o lugar das bebidas. E, OMG, que caras mais gostosos aqueles que serviam. Ok, , se controle. Só vai olhar um pouquinho e depois vai voltar para casa. Era o que eu pensava.
Algo chamou minha atenção. Era uma espécie de palco, com alguns poles. Neles estavam garotas belíssimas, em roupas curtas e justíssimas, exibindo sua performance neles enquanto despiam-se lentamente, para deleite da plateia. Próxima a elas, havia uns rapazes, lindos, que faziam a mesma coisa. Não tenho nada a perder, não é?! O que custa ficar só mai um pouquinho olhando? Olhar não tira pedaço. Minutos depois passou uma garota ruiva com uma bandeja de bebidas na mão e me ofereceu. Tomei dois coquetéis em um só gole. Senti meu corpo inteiro relaxar. Ok, , já chega de bebidas por hoje.
Alguns dançarinos saíram do palco e foram interagir com a plateia. E, justamente um deles estava vindo para o meu lado. Era alto, forte, maxilar quadrado, olhos claros, lábios finos, mas em um sorriso de lado e malicioso que o deixava ainda mais sexy. De longe, o melhor dançarino entre eles. Usava uma calça jeans preta e uma gravata borboleta preta e branca, tornando aquele corpo ainda mais tentador do que naturalmente era. Ele se aproximou, com aquele corpo delicioso e dançando sensualmente bem perto de mim, causando-me instintos de tocar, de sentir, provar... opa, , volte a si, você nunca viu esse homem antes! Encolhi-me um pouco envergonhada. Ele apenas riu pelo nariz e me olhava maliciosamente, colocou as mãos em minha cintura e sussurrou perto do meu ouvido, com aquele timbre rouco e sexy que me causava arrepios.
- Eu sempre tive um fraco pelas tímidas, elas são as piores... - disse isso depositando um beijo logo abaixo do ouvido, fazendo meu corpo estremecer ainda mais. Ondas de calor percorreram meu corpo inteiro, espasmos involuntários só de imaginar o que aquele homem faria comigo.
Meu baixo ventre começara a formigar. O que estava acontecendo comigo?
Ele inspirou meu perfume e riu contra a fina pele de meu pescoço antes de enchê-lo de beijos novamente.
- Estou curioso pra saber do que você é capaz.
Quer saber? Pro inferno essa frescura de "só o conheci hoje", pro inferno os romantismos estúpidos, foda-se tudo: a chuva , Daniel, o busão errado, eu não saber como voltar pra casa... Naquela hora, nada mais me importava. Por que negar a chance de um pouquinho de diversão nessa vidinha medíocre? Sorri maliciosamente com meus pensamentos e então me aproximei daqueles lábios tentadores, mordendo e puxando-os de leve.
- Mostre-me você.
De repente, o pouco de juízo que eu poderia ter em meus 16 anos se foi completamente. Até poderia arriscar pensar que estava, enfim, assumindo o controle da situação. Mas, não, ele não tinha cara de que deixava alguma mulher fazê-lo submeter-se. Huum, isso ainda poderia ficar melhor do que imaginava. Envolvi meus braços em seu pescoço e sorri da maneira mais inocente que consegui. Se é que naquele contexto haveria espaço para algum tipo de inocência, se é que me entendem.
- Não brinque com fogo, garota. - aconselhou-me, em vão, claro. Eu estava doida para ser queimada. Se bem que já sentia meu corpo queimando por dentro. Ele então me afastou um pouco e me sentou em uma cadeira. Aproximou-se de mim e continuou a dançar, colocando minhas mãos sobre seu abdômen e descendo-as até o zíper de sua calça. Tirou devagar enquanto dançava. CÉUS! O calor em meu corpo aumentava cada vez mais, e meus sentidos ansiavam por mais: mais daquele contato físico viciante, daquele cheiro, daqueles músculos contra meu corpo.
Daniel? Quem é mesmo Daniel? Naquele momento não importava quem era aquele homem tirando as calças e dançando na minha frente, nem seu nome, nem de onde vinha. Apenas de uma coisa eu sabia. Eu o queria naquele momento mais do que qualquer coisa. Seria um tanto clichê dizer que em apenas um olhar, nos desejamos de forma tão absurda que poderia ser doentia. Mas foi o que aconteceu. Eu o queria. E eu iria tê-lo.
Levantei-me então e puxei seu corpo contra mim. Ele passava a língua sobre meus lábios e os mordiscava levemente, o que aumentava ainda mais o desejo. Pus minhas mãos atrás de sua cabeça e a empurrei contra meu rosto, beijando-o vorazmente e chupando sua língua, dando uma breve ideia do que eu poderia fazer em outros lugares. Ele mordia meus lábios, meu queixo e percorria com a língua o caminho até meu pescoço, e dali até o lóbulo de minha orelha.
- Estou quase nu aqui e você ainda está de roupas...
- Isso é um problema? - sorri.
- Sim. - disse ele depositando beijos. - E muito grave...
- O que sugere, então?
- Uma troca... eu fiz strip pra você, agora é a sua vez. Nada mais justo, não?! - o quê? Eu fazendo um strip para aquele deus grego no meio do que parecia ser uma boate?! , onde é que você está com a cabeça mesmo?! Mas, está no inferno então abrace o capeta, né? Sorri e pedi mais dois ‘Sex On The Beach’ para uma das garotas que estavam servindo e me preparei para meu "show".
Não havendo mais escolhas para mim, sorri e me deixei levar até um dos lugares mais privados daquela boate. Ao chegarmos lá, Channing estava agora só de boxer preta, o que o deixava mais sexy ainda, fechou a porta e virou-se para mim.
- Dance para mim. - aquilo não fora um pedido, muito menos uma afirmação... Aquilo fora uma ordem.
- Estávamos totalmente fora de controle, a única coisa que eu queria naquele momento era sentir seu corpo com mais intensidade. Ele segurou minha cintura e me pressionou mais contra seu colo, arfei um pouco ao sentir a ereção dele exatamente em cima do meu clitóris. Um formigamento me subia pelo corpo todo, e a ansiedade em tê-lo dentro de mim só aumentava.
- Você é boa demais para ser tímida, garota. - ele vociferava.
Sorri de lado e sussurrei em seu ouvido.
- Você vai ficar só conversando? - ironizei.
Sorri maliciosamente e o empurrei para sentar-se em uma cadeira que lá havia. Comecei a dançar, olhando-o nos olhos o tempo inteiro.
Desabotoava lentamente a blusa e passava as mãos pelo meu corpo, deixando-me levar pela música e pelo calor que meu corpo sentia naquele momento. Estava ali, dançando para ninguém mais, ninguém menos que Channing Tatum, o cara mais sexy daquela boate. Aproximei-me ainda mais e me ajeitei entre as pernas dele, sentando em seu colo de frente e passando as mãos em suas costas, movendo o corpo de um lado para o outro, exibindo e encostando meus seios no corpo dele. Pressionava meu corpo contra o dele, e já sentia a ereção dele cada vez mais visível.
Isso me excitava ainda mais, e mordi o lábio inferior.
Senti suas mãos fortes e levemente ásperas embaixo de minhas pernas, levantando-as bruscamente, o que me fez automaticamente entrelaçá-las em sua cintura. Meu corpo tinha cada vez mais sede. Sede daquele homem, e daquele estranho calor que ele provocava em mim. Procurava seus lábios, os meus sedentos por senti-los novamente. Precisava, desejava mais do que tudo. Ele me encostou contra a parede sem a menor delicadeza e retribuiu meu beijo com tanta ou mais vontade do que eu.
Segundos depois, meu sutiã não fazia mais parte daquela pequena guerra de quem assumiria o controle agora. Estávamos iguais, a única coisa que nos impedia era, de fato, nossas partes baixas.
Sorri durante o segundo beijo que ele me dera e fiz forca em minhas pernas. Entendendo o recado, ele me soltou, deixando-me em pé de frente para ele. Desci minhas mãos pelas costas dele, e ao chegar ao cós de sua boxer preta, mordi meu lábio imaginando o que viria a seguir. Nunca poderia imaginar que ao parar ali naquela boate transaria com alguém, só queria um lugar para me abrigar do temporal. Quer dizer, boas garotas se incomodariam em ter um stripper a agarrando e passando suas mãos fortes por todo seu corpo. Pois é... Boas garotas.
Eu não tinha mais necessidade de ser uma, não é? Sentia como se já não fosse mais eu aquela noite. Estava totalmente relaxada pela bebida, e ao mesmo tempo com o corpo queimando, ansiando pelo toque daquele homem que nunca vira antes. Eu teria mais daquilo, queria mais.
Beijei seu pescoço e fui descendo por seus largos ombros, dando-lhe uma pequena mordida. Desci com a língua, fazendo um caminho molhado e não esperei mais um só segundo, desci com a boca a boxer preta dele, encontrando seu bem-dotado e ereto pênis. Coloquei-o inteiramente em minha boca, dando leves sugadas. Ele fechou os olhos e segurava fortemente meu cabelo, o que me fez ter vontade de chupá-lo ainda mais vorazmente. Queria fazê-lo gemer. Vi nitidamente seus músculos abdominais se contraírem, e ele soltando um longo e rouco gemido. Retirei o membro de minha boca e passei a língua sobre toda a extensão dele, sentindo-o pulsar cada vez mais, quente e ereto. Minha intimidade formigava só de imaginar aquilo tudo dentro de mim. Ele puxou meus cabelos com força até que eu me levantasse e fosse até sua boca. Beijou-me, sugando meus lábios tão fortemente que assim que nossos lábios se separaram, poderia ver marcas vermelhas neles. Ele então me deitou de qualquer jeito na cama, vindo por cima de mim e ficou a me olhar profundamente, como se me admirasse daquele jeito.
Seminua, cabelos assanhados. Olhava-me como se eu oferecesse um belo e excitante quadro para sua visão. Retiirou minha calcinha com forca, sem se importar se rasgaria ou não.
A sensação da língua dele dentro de mim, molhando a delicada carne do meu clitóris era simplesmente inexplicável, sentia arrepios de prazer percorrerem o meu corpo todo. Apertei o lençol com as mãos e arfava, ele parecia estar gostando de ouvir que estava fazendo um ótimo trabalho e continuou me estimulando.
- Eu...Eu... Oh, meu Deus! - eu só conseguia gemer, pouco me importava em segurar os gemidos. Aquele estava sendo o melhor oral que eu já recebera.
- Quero que goze para mim. - foi o que ele vociferou antes de colocar, sem aviso prévio, dois dedos dentro de mim. Automaticamente gritei, tamanha foram as sensações que me atingiram. Ele continuou com os movimentos dos dedos e a sugar meu clitóris. Não estava aguentando mais, sentia um formigamento em minha intimidade que se espalhava pelas minhas coxas e por todo o meu corpo.
Não estava mais conseguindo segurar e em questão de segundos, senti meu sexo fazer rápidas contrações e estava pulsando muito. De repente, todos os músculos do meu corpo relaxaram de uma vez só e senti minha intimidade ficando cada vez mais molhada. Soltei um gemido alto, rendendo-me a um dos melhores orgasmos de minha vida. Mal estava me recuperando dos espasmos de prazer, ele me puxou novamente, e colou nossos lábios em um beijo selvagem e cheio de luxúria. Percorreu com a língua o caminho entre minha boca e meu pescoço, depositando chupões que deixariam marcas mais tarde, mas eu não estava nem aí para mais nada.
- Eu... Quero... Você dentro de mim... Agora!
Ele sorriu e mordia meu queixo e meus lábios, desceu com leves mordidas pelo meu pescoço agarrou com uma das mãos meus seios e começou a chupá-los. Eu simplesmente estava enlouquecendo, suspirava e gemia baixo, pedindo que ele me fodesse logo de uma vez. Empinei minha bunda ao máximo enquanto sentia seu membro me invadir em toda sua extensão. Gemia cada vez mais alto e rebolava, sentindo-o mexer dentro de mim enquanto dava estocadas cada vez mais violentas. Segurou meus cabelos e os puxava para trás enquanto eu gemia.
- PORRA DE MULHER GOSTOSA! - vociferou ele, cada vez mais excitado. - QUER ME MATAR, É?
Sorri e continuei gemendo, pedindo para que não parasse. Rebolei mais enquanto ele dava tapas fortes em minha bunda e estocava cada vez mais forte e rápido. Logo depois ele retirou bruscamente seu pênis de dentro de mim e me pediu que ficasse de quatro para ele. Empinei minha bunda ao máximo enquanto sentia seu membro me invadir em toda sua extensão. Gemia cada vez mais alto e rebolava, sentindo-o mexer dentro de mim enquanto dava estocadas cada vez mais violentas. Segurou meus cabelos e os puxava para trás, enquanto eu gemia.
Em questão de segundos, seus gemidos se tornaram cada vez mais roucos e logo após isso senti seu gozo me inundando inteiramente. Caímos um ao lado do outro na cama, sorrindo um para o outro, completamente exaustos.
- Seu nome, por favor. - disse ele.
- Para...?
- Caso você se perca acidentalmente -fez aspas com as mãos. - por aqui de novo. Vou adorar fazer companhia.
- . – sorri. - E o seu? Channing Tatum, não é mesmo?
- Ora, ora, pelo visto a senhorita anda bem informada para quem veio aqui pela primeira vez. - disse ele sorrindo.
- Perguntei para a garçonete enquanto me servia bebidas. - sorri.
- Bom, tenho que voltar ao trabalho. - disse ele levantando-se e despedindo-se com um beijo em minha testa e outro em meus lábios. - , não é?! Aqui está meu telefone. E, como é que dizem mesmo? Ah, sim, volte sempre.
- Pode deixar. - falei com um sorrisinho malicioso.
Vesti minhas roupas de volta e saí da boate com um sorriso de orelha a orelha. Meu novo "amigo" voltara a seu trabalho, dançando, e volta e meia me direcionava sorrisos e piscadelas. Aquele, sem dúvida, fora meu dia de sorte, pensei enquanto caminhava até a parada de ônibus. Um ônibus parou e dessa vez vi que era o ônibus certo. Sorri e entrei. Aquela noite não me sairia da cabeça pelo resto da minha vida. Olhei para trás, sorri e pensei: mas que mal faria se eu errasse o caminho novamente algum dia? Minha vida até ali já tinha sido um erro, por que não se divertir com os novos?! E com esse pensamento e um sorriso nos lábios, desci do ônibus e continuei andando a caminho de minha casa. Aquele fora o melhor dia dos namorados da minha vida.
FIM
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