“, onde você está?”
“Estou quase em casa, por quê?”
Eu não sabia o quanto mandar SMS era útil até eu começar a namorar com Alex, há tipo uns... Seis meses? Eu havia até comprado um pacote com mensagem de texto ilimitado, por que a gente conversava demais, e naquele dia não estava sendo diferente. “Quer vir para cá?”
Foi um convite um tanto quanto instigante; acelerei o passo, aumentei a música no meu fone, que naquele momento tocava Heart In A Cage, do The Strokes, de forma que ele acompanhasse minhas passadas aceleradas. O fato era que eu realmente estava quase em casa, a adrenalina causada pela ansiedade e pela música durou alguns segundos.
Ao passar pelo corredor, o porteiro me cumprimentou. Como sempre, tudo parecia muito normal, mas dentro de mim, eu sabia que aquilo ia ser diferente, pelo menos naquela noite.
Apertei o botão do elevador, mas ele já se encontrava no térreo. Assim que pus o pé para dentro, recebi duas novas mensagens de texto, naquele momento percebi que havia faltado sinal em algum canto do breve caminho e as mensagens só haviam chegado naquela hora. “Preciso de ajuda na cozinha, aquela receita de farofa que você me mostrou, acho que eu queimei.”
“E além disso... estamos com umas coisas pendentes”
Eu pessoalmente não me lembrava de nada que eu tivesse pendente com ele, olhei em dúvida para o celular e ouvi a porta do elevador se abrir. Naquele momento, achei que fosse melhor ir ao apartamento dele ajudar com a farofa e descobrir o que eu tinha de pendente com ele.
Eu era brasileira, mas morava em Nova Iorque desde os dois anos, minha mãe era brasileira e meu pai americano. Isso explica o fato do meu nome ser em português, , e meu sobrenome ser em inglês, . E isso explicava meu amor por comidas tipicamente brasileiras, como a farofa (que eu ensinei, ou tentei ensinar, para o Alex), e a clássica combinação de arroz e feijão.
Eu já tinha as chaves do apartamento 505, puxei do meu bolso e destranquei a fechadura. Ao abrir a porta, eu percebi que sim, ele havia realmente queimado a farofa. Fui em direção à cozinha, tirando minha bolsa do ombro no caminho. Ao chegar na cozinha Alex estava perdido, olhando para o fogão com cara de idiota. Na verdade, eu não sabia se ele estava com cara de idiota ou não, supus, afinal, ele estava de costas.
Ele estava de costas e sem camisa. O jeans que ele vestia estava sem cinto, e então estava caindo de uma forma incrivelmente sexy, mostrando a barra da cueca vermelha que ele usava. Mordi meu lábio inferior, e antes de dizer alguma coisa, contemplei a visão de suas costas desnudadas. Era bem branca, assim como o resto do seu corpo; era linda, comecei a ter certo pensamento pervertido de me imaginar arranhando aquilo. Mexi minha cabeça com força, apagando aquilo da minha cabeça.
- Alex? – Ele se virou, a visão da frente era ainda melhor. Eu não sei por quê, mas eu adorava caras magros, e ele fazia bem meu tipo. A barriga era bem lisa, mas com alguns sinais de músculos que queriam crescer, assim como seus braços. Senti meus olhos encararem o abdome dele com cuidado, meu olhar subiu parando no peitoral, parecia incrivelmente confortável. E é claro que ele percebeu, mas se fez de bobo.
- Você... É... Me ajuda? – Sorri boba, fui até ele, dei um selinho e desliguei o fogão.
- Primeira coisa, fogo baixo, isso aqui parece uma fogueira, não uma boca de fogão. – Ele ficou sem graça, eu apenas revirei os olhos, indo até a lixeira e jogando fora a farinha queimada.
Fui até a pia e limpei a frigideira, deixando ela completamente limpa para que eu começasse a fazer tudo de novo. Depois de limpar, sequei e fui até o fogão de novo, colocando a manteiga na frigideira. Apontei para a boca do fogão.
- Tá vendo, Alex? É assim! – Quando eu me virei, ele me olhava com malícia, seus olhos castanho estavam semicerrados e como sua boca estava arqueada fazendo um biquinho completamente lindo. Como se ele estivesse estudando o que pudesse fazer comigo.
Era um olhar um tanto parecido com o que eu estava dando para ele há alguns minutos, só que mais indiscreto.
- Estou... – ele disse bem baixinho com aquela voz grossa e rouca, senti meu corpo estremecer. Virei para o fogão para disfarçar minha vergonha, peguei o resto da cebola e do alho que ele tinha deixado sobre a mesa e joguei por cima da manteiga. Mexi um pouco, esperando ficar dourado, quando ficou, simplesmente joguei a farinha em cima e comecei a mexer com a colher. Não era algo que eu simplesmente precisasse, mas eu estava fazendo porque não queria encarar Alex. Eu simplesmente achava que aquilo seria uma boa forma de ignorá-lo, quando ele chegou por trás. Ele era alto o suficiente para envolver meu corpo com o dele com facilidade. – Vai demorar muito para ficar pronto, ? – Sua voz tocou meu ouvido, me fazendo ficar toda trêmula de novo. Mesmo depois de certo tempo os efeitos de Alex não passavam.
- N-não... – Respondi, gaguejando, ele riu, suas mãos apertaram minha cintura. É, ele queria algo que eu ainda não havia dado a ele. Seus lábios morderam o lóbulo da minha orelha e roçaram por ela até chegar a meu pescoço, desliguei o fogo de forma intuitiva. Sua mão subiu, chegando até o primeiro botão da minha camisa xadrez, desabotoando sem me perguntar. Seus lábios subiram, se encontrando com minha orelha novamente. Ele suspirava, suspirava de uma forma completamente ardente e sexy. Gemi com aquilo, e eu suspirava forte a cada botão que ele desabotoava. Até que ele chegou ao último. Suas mãos subiram até a gola, e com ajuda dela, passou as duas mangas da camiseta pelo meu ombro, retirando a peça. Senti o choque do seu corpo contra o meu e gemi um pouco mais forte, Alex riu e passou a mão sobre o fecho do sutiã, retirando-o com uma facilidade anormal.
- Está bom assim? – Não, não estava, meu corpo queria mais, bem mais do que aquilo. Alex saiu do campo do meu pescoço e começou a descer pelas minhas costas, começou a me dar beijinhos no ombro e descer seus lábios na direção da minha coluna. Meu corpo tremia e se arrepiava, e ele parecia satisfeito com aquela reação. Sua mão estava na minha cintura e acompanhava seus movimentos pela lateral do corpo.
Quando Alex chegou ao meu short e segurou no botão.
- É isso mesmo que você quer? – Me virei com força e senti nossos peitos se tocarem, estremeci e beijei seus lábios, Alex me fazendo decidir coisas em horas que eu não conseguia nem sequer pensar, em horas que eu sentia metade do meu corpo sendo tocada por ele. Senti sua respiração e pensei no que eu queria. Eu queria uma cama.
- Me leva pro quarto, agora. – Alex sorriu de lado e aproximou os lábios da minha orelha, correndo até o lóbulo e mordendo, me deixando arrepiada. Agarrei com força em sua cintura, nossos corpos se prenderam com mais força, ambos estavam quentes, e era assim que eu me sentia, pegando fogo.
- Mandona, é? Adoro mulheres mandonas. – Ele disse bem baixinho no meu ouvido. Suas mãos me apertaram com mais força, me levantando. Apoiei minhas pernas na cintura dele e fui levada até o quarto. A cama dele era de casal também, e tinha o dobro de tamanho da minha. Ele me deitou sobre o colchão macio, segurando meus punhos paralelos ao corpo para que eu não me mexesse, como se eu quisesse isso. – Mas hoje sou eu que mando aqui, .
Dito isso, ele sentou de joelhos e colocou sua mão na calça, tirando o cinto com força, mordi meu lábio e comecei a me afastar, indo em direção a borda da cama. Vi sua calça sendo puxada junto com a cueca, pude ver seu membro ereto saindo da mesma, a vontade de ir lá e beijá-lo era enorme. Alex me olhou de baixo para cima, com sua sobrancelha levantada como se eu fosse uma presa, e ele fosse o caçador. Ele terminou de passar a calça pelas pernas e veio até mim engatinhando, como se ele tivesse lido meus pensamentos. Mordi o lábio inferior, agora eu não tinha para onde correr, ele me puxou pela barra do shorts, meu corpo escorregou, ficando mais próximo. Alex me olhou nos olhos e desabotoou o jeans, abaixando o zíper até o final. Ele parecia completamente extasiado com a situação. Fechei os olhos e senti meus shorts sendo abaixados juntos com a minha calcinha. Ele se aproximou me beijou, não resisti e o puxei com mais força, aprofundando o beijo, sentindo nossos corpos completamente despidos se tocando e aproveitando o momento.
Num baque, seus lábios se desvencilharam dos meus, correndo pelo meu pescoço e chegando ao meio de meus seios. Seus lábios envolveram meu seio esquerdo, gemi de excitação, Alex olhou para cima e sorriu, ainda com meu seio na boca, ele desceu e passou pela minha barriga, senti meu corpo arquear. Alex riu e desceu até minha intimidade. Senti sua língua passar pela minha entrada, aquilo me enlouqueceu, gemi como resposta e ele apertou minha bunda, me trazendo mais para perto. A mistura dos atos me deixou louca, eu estava querendo implorar por mais. Senti seus lábios correrem até o meu clitóris e senti dois dedos me penetrando, percebi que suas mãos poderiam fazer coisas mais prazerosas para mim do que apenas tocar minhas músicas favoritas.
O vai e vem de seus movimentos era algo que chegava a ser hipnótico, eu já havia me masturbado várias vezes, mas ele fazia isso muito melhor. Ele poderia conseguir um orgasmo meu só com aquilo, mas dentro de mim eu implorava por mais, afastei de uma forma brusca e subi em cima dele, ficando de quatro em cima do corpo dele.
- Agora é minha vez, me deixa fazer o mesmo? – Pedi, implorando, fazendo aquele olhar que eu havia aprendido com o Gato de Botas do Shrek, mas aquilo não havia adiantado muito. Alex me olhou com aquele olhar cínico que eu aprendi a amar, e disse:
- Não. – Ele me puxou pela cintura com toda força e senti seu membro me penetrar com força, gemi alto com o ato inesperado, ele começou a movimentar a cintura com força. – Quer me dar prazer também? Então rebola. – Comecei a me movimentar, cheguei a sentar sobre seu colo para facilitar a situação, ele sentou também. Senti seu peito se chocar contra o meu novamente, ele me olhava nos olhos, com a boca entreaberta ofegando com força, agarrei sobre suas costas e comecei a arranhá-la como forma de aguentar todo o prazer que eu sentia. Eu devia estar muito molhada, pois ele entrava e saia com facilidade.
Por algum momento resolvi olhar para o lado e percebi que havia um espelho, e o que estava refletido nele era completamente inacreditável. Devo ter ficado muito impressionada com o que vi, pois comecei a diminuir o ritmo, e isso não pareceu agradar Alex.
- Eu disse rebola. – Olhei para ele, confusa, ele riu e me deitou na cama, pareceu ter desistido de me deixar no comando. Ele se pôs sobre mim e começou a meter com força, apertei o lençol, ele, tudo.
Ele tentou beijar meu pescoço enquanto me penetrava, mas estava quase impossível, ele não parava de ofegar, dizer coisas. Não consegui entender muito bem, mas podia jurar que ele tinha me chamado de gostosa. O que me deixou excitada por mais. Acho que ele percebeu que eu havia escutado um pouco, seus lábios correram até meu ouvido novamente.
- Achei que você não queria isso, ... Estava enganado. – Eu queria realmente responder alguma coisa naquela hora, mas só conseguia gemer, sentir seu corpo me penetrar, entrar e sair, me dando muito, muito prazer. Era bom tê-lo dentro de mim. Resolvi olhar para ele, mas dessa vez seus olhos estavam fechados, ele parecia aproveitar aquilo tanto quanto eu. Seus lábios continuavam abertos, puxei seu cabelo com força. Aquela sensação era maior do que qualquer outro homem tinha me proporcionado antes.
- Alex, eu... – Gemi, senti que algo estava vindo, eu simplesmente sentia que ia chegar ao meu ápice, que aquilo era muito para mim. – Alex... Por favor... n-não... Para... – Senti um arrepio cobrir meu corpo inteiro um prazer tomar conta de mim por completo, eu gritei, eu simplesmente soltei um berro de prazer. Alex abriu os olhos e pareceu deliciado enquanto eu me sentia vulnerável, eu me sentia completamente dele. Ele sorriu, e então senti que aquilo havia motivado ele. Seus olhos castanhos estavam presos em mim, como se eu fosse a última mulher do mundo. Ele agarrou minha cintura com força, mordeu o lábio inferior e virou a cabeça para trás fazendo uma cara de prazer que simplesmente não se podia negar. Ele sentia o mesmo que eu. Ele caiu na cama ao meu lado e eu sentei, ainda sentindo os espasmos do orgasmo recente. Meus olhos se fecharam enquanto eu sentia meu corpo relaxar aos poucos.
- Ah, ... – Ouvi atrás de mim, mas não me virei, seus lábios tocaram meu ombro, e seguiram caminho pelas minhas costas nuas, uma carícia que me fez me sentir tão bem e confortável. A única coisa que eu queria naquele momento era ficar naquela cama o dia inteiro.
FIM
Nota da autora: Todo mundo pedia algo mais dessa fic, resolvi ser bem... Ambiciosa. Espero que vocês tenham gostado.