's POV
- Hey, você! - gritei pra ela, que desfilava brava pela rua. - Para de desfilar aí, garota.
- Não me chama de garota, me chama pelo meu nome. E eu não estou desfilando - respondeu, ainda andando.
- Por que eu te chamaria pelo seu nome se eu posso te chamar de namorada? - Eu corria atrás dela.
- Vai chamar aquela menina da festa de namorada, ela parece interessante, né? 
- Eu só a chamei de interessante pra não desapontá-la, ela não é legal! 
- Olha que ridículo a gente gritando no meio da rua. - virou pra mim, ainda longe.
- Muito! - Corri até ela. - Eu te amo, pequena.
- Já disse pra você falar tudo isso pra menina interessante da festa.
- Mas eu estou falando, você é a menina mais interessante da festa. Por isso todos os caras ficam em cima, e você, malvada, fazia eu correr atrás de você, só brincava com meu ciúmes. Mas tudo bem, eu controlo. E você... É fofa com ciúmes! 
- Mentira, não me jul... Que? Eu, fofa?
- É! - Beijei o nariz dela.
- Não sou, sai. - Ela me empurrou. - Você prefere ela, .
- E se eu te falar que ela é a minha prima chata? 
- Sua prima? - Ri da cara que fez. - Eu estava com ciúmes... da sua prima? PRIMA?
- Estava! - Eu ria enquanto ela me batia.
- Por que você não me disse? Para de rir, !
- Eu não... Eu... - Não conseguia falar de tanto rir.
- E por que chamou ela de interessante?
- Eu sempre falo isso nas festas de família pra ela não se chatear. - Eu ria menos agora.
- Te odeio, , você nem me avisou que encontrou ela!
- Te amo! – Abracei ela.
- Te amo! - beijou meu queixo e eu senti um arrepio.
- Vamos embora, vai... - Coloquei o braço apoiado no ombro dela e continuamos andando.
- E o carro, amor? 
- Deixa ele lá na casa do , vamos até onde der e depois a gente volta.
- A gente não tem mapa, sabia? - Eu olhava naqueles olhos castanhos escuros que brilhavam sérios. Aqueles lábios carnudos e vermelhos por natural. Mentira, estavam vermelhos de tanto beijo e um resto de batom. O cabelo dela estava meio bagunçado, meio enroscado no meu braço, então ali estava o charme. Uma coisa que eu gosto no nosso namoro é que em alguns dias eu sou o perdido e ela a séria; Já em outros, ela é louca e eu sou sério. Não combinamos, mas acho que se fossemos loucos ao mesmo tempo, morreríamos. E sérios ao mesmo tempo, não namoraríamos, seria um tédio.
- Sabia! Deixa a felicidade nos guiar ok? 
- Ok, seu louco! - Ela me deu um selinho rápido.

- Hey, acorda! - me enchia de beijos.
- Que horas são?
- Sei lá! Se a gente não tinha mapa, quem dirá relógio...
- Celulares? 
- Bateria zero! Para de ser sério e olha o sol, amor...
Sentei na grama e fiquei observando o mesmo junto com , que deitou a cabeça no meu colo. Tínhamos dormido num penhasco cuja a paisagem parecia muito linda a noite, estava enganado. A paisagem era linda também de manhã. O sol estava nascendo, já havia nuvens branquinhas no céu e ele tinha um tom laranja em uma parte, em outra um tom azul, depois ele ficava mais roxo e mais amarelo.
- Está lindo! Como você... - Olhei nos olhos dela.
- Seu bobo! 
- Tô falando a verdade.
- Mentira.
- Então não acredita...
- Não fica bravo.
- Você não gosta de mim!
- Eu te amo, .
- Eu te amo, . – Beijei-a. - Vamos voltar, de onde quer que a gente esteja? 
- Vamos! Como a gente dorme no meio do mato, cara?
- Nosso amor, ué.
- Com certeza. - Nos levantamos e saímos caminhando de mãos dadas.

- FINALMENTE! Comida, comida, comida e banho - entrou gritando no nosso apartamento.
- Como eu te sustento, menina? Aliás, como você come, come, come e não engorda? 
- Como se você comesse, comesse, comesse e engordasse. Você também não engorda! - me empurrou.
- A gente namora e mora juntos...
- Não? Jura? Descobriu quando, ? 
- Nossa, sua grossa, nem deixou eu terminar!
- Termina, meu môr! - apertava meu lábio, fazendo peixinho.
- Solta o peixinho pra eu falar, môr.
- Ai que fofo! - Ela soltou e girou feliz. Eu apenas ri.
- Ninguém que namora e já mora junto, as pessoas devem achar estranho isso entre eu e você.
- Quis dizer o dia em que a gente vai terminar?
- A gente vai terminar? 
- Você sabe que não. Não gosto dessas conversas. - Ela cruzou os braços.
- Então não vamos falar disso, mas...
- Mas...?
- Deixa, vai pro banho.
- Vai nada... Vamos! - me puxou pro banheiro e assim tomamos banho juntos.

Sentei na banqueta e me apoiei na bancada, reparando em . Não disse da primeira vez, mas gosto muito da visão que eu tenho dela de costas. Não pensem besteiras, mas eu acho a perfeita. Tanto de frente como de costas, eu não sei, algo me chama atenção para as costas dela. Ela estava com um vestido branco bem curto, vestido não... Uma camisola. Um coque alto, daqueles feitos de qualquer jeito, e algumas pontas soltas meio molhadas, que deixavam escapar algumas gotas de água.
- O que você vai fazer pra eu comer? - Quando reparei, já estava a abraçando pelas costas e dando vários beijos em seu pescoço. - Por que não consigo deixar seu pescoço arrepiado? 
- Porque eu sei me controlar - ela disse, rindo. - Vou fazer um sanduíche como o meu e suco de laranja.
- Ô delicia! 
- Eu ou o sanduíche? - se virou pra mim e começou a fazer carinho na minha nuca.
- Os dois, ué. - Ela fechou os olhos e sorriu. - Para com isso. - eu disse rindo.
- Vai ficar arrepiado, é? - continuava com o carinho.
- Você sabe que eu vou. - Pronto! Arrepiei.
- Se controla, menino. - me empurrou, rindo.
- Tudo isso é poder...
- Culpa das estrelas.
- Han? 
- Sou filha delas. Tenho meu brilho próprio, não me achando muito, mas é isso. É culpa das estrelas que eu te amo, quando der a nossa hora, nós seremos duas estrelas juntas no céu.
- Aaaah! Estão estaremos juntos pra sempre.
- Sempre. - me soltou e foi fazer os nossos lanches.

x Tel On x
- ? 
- Oi, ! 
- Onde você e a foram parar desde anteontem à noite? Vocês sumiram do nada da festa e hoje seu carro não está mais aqui na garagem!
- A gente saiu andando por aí, acampamos e voltamos bem cedo aí pra pegar o carro.
- E nem me avisou?
- Você estava mais bêbado que meu tio em churrasco.
- É, to com uma bela ressaca.
- Boa sorte!
- Valeu. Então, já viu o que esta na internet? 
- Não, o quê? 
- Entra aí. - falou o site de uma revista de fofocas e eu entrei.
- Ah, fotos minhas e da .
- Lê! 
- Esse povo que fica falando que é estranho a gente namorar e morar junto, e carícias quentes e roupas curtas da e blá, blá, blá, é osso.
- Bem isso!
- Nem me importo.
- Bom assim.
- Melhor assim...
- Já falou pra ela?
- Não. Não quero que seja simples...
- Mas o simples é o romântico de vocês!
- Eu sei... Mas quero mudar. Se não pode ser um dia que ela vai estar séria e vai achar que eu só estou falando porque estou louco, ou um dia eu vou achar que ela só vai responder por loucura.
- Entendi. Boa sorte.
- Pois é... Obrigado.
- Ah, minha cabeça! 
- Cara... Vai tomar umas aspirinas e dormir, vai!
- Ok, cara, falou.
- Tchau.
x Tel OFF x

- Quem era? - Levei um leve susto, não vi que tinha acordado.
- O ! 
- Ah, então ta. Vamos na Starbucks ? 
- Vamos! – Puxei-a.
- De pijama? - Ela recuou.
- E o que tem? 
- Então vamos, deixa eu por um shorts. 
colocou um shorts por debaixo da camisola e descemos de pijama e descalços mesmo.
Vários papparazzis vieram pra cima de nós, o que já era esperado.
- Vamos correndo? - sussurrou no meu ouvido, enquanto tentava esconder o rosto. Eu amo quando ela faz isso. Às vezes quando estamos saindo de eventos, ela faz a mesma coisa, só que conta uma piada, nunca uma reclamação. Ó Deus, essa mulher é perfeita.
- Vamos – respondi, já a puxando e deixando os papparazzis pra trás. Chegamos rindo na Starbucks e eu só pensei e fiz. Dei um beijão nela, Ah, eu amo a . - , eu te amo.
- , eu te amo.
Pedimos nossos frappuccinos , tomamos, fomos fotografados por fãs, por mais papparazzis e depois voltamos correndo para mais um banho juntos.

- , O TÁ CONVIDANDO A GENTE PRA JANTAR COM O PESSOAL HOJE! VAMOS? - ela gritava lá do quarto.
- CLARO! – disse, escovando os dentes.
Sai do banheiro e fiquei observando . Ela estava deitada na cama, com a cabeça na ponta da cama. Essa mulher é louca, ela estava com biquíni dentro de casa. É muito estranho. Novamente estava reparando nas suas costas descobertas, fazia caretas, poses pra fotos e falava no telefone. Era impossível não rir.
- OK! - Ela riu tímida pra mim, vendo que eu a observava.
Era essa noite. A grande noite. Obrigado, meninos, eles sabem bem que se eu ainda não fiz, eu não vou fazer sem eles.

- E aí, tô bonita? - ela disse, parando na minha frente.
estava com o cabelo solto, um laço vermelho em pé do lado esquerdo do cabelo, um vestido branco até o joelho, um cinto preto modelando a saia e um salto vermelho.
- Perfeita! – Beijei-a. - E eu, ?
- Seu cínico! 
- O que? 
- Você é perfeito de qualquer jeito. Se duvidar até como mendigo...
- Mendigo? 
- Seria o mendigo mais bonito de toda Londres. - Nós rimos.
- Vai... Fala ! - Eu estava com uma camiseta preta com "decote V", um bermuda branca, um tênis preto e uma pulseira vermelha.
- Tá lindo, lindo, lindo, lindo, perfeito, maravilhoso, mister universo, não tem mais palavras pra descrever o quão lindo você tá e que a gente está combinando! - estava abraçada comigo. - Vamos tirar uma foto! 
Peguei meu iPhone e pegou o dela.
- Vamos tirar com os dois? - disse.
- A primeira com os dois iPhones, uma com o meu e outra com o seu.
- Ok! - Nos olhamos no espelho e assim fizemos. - Vamos...
Durante o caminho fomos nos beijando, tirando fotos do iPhone da . Ela tirava fotos só minhas enquanto eu dirigia e do meu iPhone ela tirava fotos dela. Descemos e ela ordenou que eu parasse, abracei-a por trás e tiramos mais uma foto.

- HEY, VOCÊS! - gritou da mesa ao nos ver chegando.
- Nem demoraram... - reclamava.
- Imagina se tivesse demorado! - rolou os olhos.
- VENHAM LOGO! - gritou. 
Preciso comentar que o restaurante inteiro estava nos olhando? Não né? Ok.
- Chegamos... Nossa, quanto amor de vocês, hein! - disse se sentando e eu ri.
- Já pediram pelo menos? - perguntei e eles se entreolharam. Só rindo viu.
- Não. - colocou a mão na barriga.
- Vou fazer meu pedido então - eu disse e pegou o violão.
- Pra que o violão, ?
- Pra gente cantar aleluia quando o pedido chegar! - disse e todos rimos.
- Garçom?! - chamou e uma garçonete veio. Entregou um cardápio para cada um e se retirou.
- É só o meu cardápio que tá errado? - nos encarou assustada. - Como assim? Errado? - perguntou.
- Sim! Olhem, tá falando assim... Casual, a fantasia, outro tema, musical e essas coisas... - Ela virou o cardápio.
- Deve ser só essa folha... Continua vendo! - eu disse, escondendo o nervosismo.
- Agora tá falando de decoração florida, igreja e... - se calou, foi aí que eu e os meninos começamos a cantar Little Things. - Ai meu Deus. , o que... Ai meu Deus... Ai minhas estrelas.
- Não chora - sussurrei pra ela enquanto cantava.
- Impossível! - ela respondeu, chorando.
Depois de Litte Things, eu me ajoelhei em frente à ela. Os meninos estavam em volta da e o restaurante todo estava em pé vendo a cena. Essa hora já tinha papparazzis, fãs e curiosos tirando fotos.
- , eu te amo. Isso pode até ser culpa das estrelas como você diz, mas pra mim é amor. Era isso o que eu queria te dizer aquele dia do "mas...", mas faltou coragem. Os meninos tiveram que dar esse empurrão e agora estou eu.
- Isso tudo foi combinado? 
- Mais ou menos. Eu não iria pedir agora, mas foi graças à você que eu combinei isso com eles.

x Flashback On x
- Olha, ! Meu Deus do céu... - e eu estávamos deitados no tapete da sala. Ela estava no meu colo, brincando com meus dedos. Eu acho que ela estava no meu colo, bom... Estávamos bem bagunçados.
- O que foi, ? Tá... Tá... Tá tudo bem? 
- Não! 
- O que aconteceu? Fala logo, meu Deus.
- Hoje eu e você não estamos loucos e sérios... Estamos normais.
- E isso é bom? 
- Mostra que somos iguais, mas eu não quero pra sempre, ok?
- Ok, só hoje então.
- Só hoje e hoje...
- Hoje...? 
- Eu vou ao mercado sozinha.
- Juízo! 
- Ok. - me beijou e saiu do apartamento.

x Cel On x
- Meninos?  - Fala, ! - quem tinha atendido.
- É hoje, não posso falar muito por que a logo chega.
- Ok,vamos fazer como combinamos aquele dia, ok? Restaurante, LT e o pedido! - disse.
- Ok, obrigado! 
- Sempre aqui - os quatro responderam uníssono.
- Obrigado, tchau.
- Até mais.
x Cel OFF x

x Flashaback OFF x

- , eu tinha medo de te pedir e você estar séria e achar que eu só estou falando porque eu estaria louco, ou um dia eu pedir sério e achar que você só respondeu por loucura.
- Concordo com o seu medo. 
- Nós somos iguais, ... Quase uma pessoa só. Então vou direto ao ponto! Quer ser minha noiva? - Abri a caixinha preta com a aliança. - E em pouco tempo começarmos a ver as coisas do nosso casamento? - Peguei aquele cardápio.
- Aceito, , claro! Mas e a banda? 
- A gente também aceita! - disse rindo.
- Então... É definitivo! Eu aceito - disse com um enorme sorriso. Coloquei a aliança no dedo dela, me levantei e ela simplesmente pulou em mim, me dando um longo beijo. O pessoal ali apenas aplaudia.
- Eu te amo, . Acredita agora? - Sorrimos. Eu observava cada característica daquela mulher. Da minha mulher. - Eu te amo, . Oh! Suas características... - Minhas características, o que tem? - Ela se espantou um pouco e eu comecei todo o meu discurso sobre ela:  - Amo quando você desfila brava pelas ruas, acho que eu tenho uma tara pelas suas costas. Amo olhar nesses olhos castanhos escuros que brilham sérios. Esses lábios carnudos e vermelhos por natural. Mentira, sempre vermelhos de tanto beijo e um resto de batom. O seu cabelo meio bagunçado, às vezes meio enroscado no meu braço. Uma coisa que eu gosto no nosso namoro é que em alguns dias eu sou o perdido e você a séria; já em outros, você é louca e eu sou sério. Não combinamos isso, mas acho que se fossemos loucos ao mesmo tempo, morreríamos. E sérios ao mesmo tempo, não namoraríamos, seria um tédio. Você é perfeita tanto de frente como de costas. Eu não sei, algo me chama atenção para as suas costas e não é safadeza. Você com um vestido branco bem curto, vestido não... Uma camisola. Um coque alto, daqueles feitos de qualquer jeito e algumas pontas soltas, meio molhadas, que deixam escapar algumas gotas de água, é muito lindo. Você está linda hoje, você é linda chorando de felicidade, você é linda com ciúmes, você é linda comigo, amo quando sentamos juntos e observamos algumas paisagens ou deitamos "confusamente" no tapete. Você é linda usando roupas que não tem nada haver com o tempo ou local, você é radiante quando fazemos loucuras e está mais radiante ainda com essa aliança. - Acho que fiz o restaurante dormir. 
- , que lindo... Eu não tenho palavras pra te responder. Eu simplesmente te amo. Juro que no nosso casamento eu faço um discurso digno! - Rimos.
- Eu acredito que você gosta de mim.
- Oh homem, eu te amo!
- Eu te amo, mulher!