Escrita por: Lala Luziardi
Betada por: Laura Bertão


's POV on

Merda! Merda de praia, merda de chuva, merda de vida. Por que tanta merda? Simplesmente porque meu namorado terminou comigo por uma mensagem ridícula:

"Oi, , então... Acho que a gente não tá dando certo e eu to gostando de outra garota. Quero terminar nosso namoro, por favor, não me procure mais. - Jay."

Você viu isso?! Ele terminou a porra de um namoro de um ano com uma mensagem! E ainda admitiu que está gostando de outra garota. Canalha.
Era para ser divertido! Eu, minhas melhores amigas e meu (ex) namorado combinamos de vir a praia (Califórnia, baby) nas férias, sem pais, sem ninguém! Mas agora, eu tenho que dividir um quarto com o meu irmão, que veio para substituir o Jacob, e ao invés de com e meu namorado. Realmente não sei como isso funciona, já que e Anthony (my brother) sustentam um ódio mortal. Uma chuva forte já durava três dias e tornava impossível ir tomar um sol. Ninguém merece.
, , e eu vamos ao centrinho às vezes para comprar pulseiras, mas só quando a chuva diminui o suficiente para isso.
Abri os olhos e parei meus pensamentos. Ainda estava acordando quando olhei pela janela e vi que estava sol! SOL! Mesmo assim, estou morta feat. Enterrada. Preguiça mortal de levantar dessa cama.
! Vamos descer pra piscina que tem um monte de australiano gato lá em baixo! - essa é a , minha melhor amiga comilona, tarada e muito engraçada, mas que gritava muito meu nome.
! Vaaamos festar! Quero pegar um brozeado agora! Antes preciso de vodca! Ei, alguém trouxe vodca? - , bêbada e apaixonada por moda que nunca segurou um namorado por dois meses por ser muito animada.
—Hey, galera! O dia está lindo, os garotos estão lindos, comprei cerveja e vodca gelada e muito bronzeador! Partiu piscina? - , animada, tarada e escandalosa. É meio que uma mistura da e , só que ela não bebe muito porque fica bêbada de cair no chão fácil. As três ainda conversavam animadamente enquanto eu tentava cochilar mais alguns minutos.
Lookewood, o que ainda está fazendo na cama?! - gritaram juntas. Merda. Fui descoberta.
—Calma gente! Tô indo, tô indo! - falei, gritando no mesmo tom que elas.
Desci da cama, tirei o pijama e coloquei um biquíni azul lindo, um short jeans com uma blusinha regata rosa pink. Dirigi-me até o banheiro, fiz minha higiene pessoal, passei blush para dar uma vida ao meu rosto. Saí e encontrei me olhando com uma cara de nojo.
—Que.Merda.De.Cabelo.É.Esse?! E que roupa é essa?! Ai, vem aqui garota.
Pegou uma bata branca meio transparente e um short azul, um pouco curto demais, porém não vou falar nada porque sei que ela não vai me ouvir.
—Ok... Agora vamos dar um jeito nesse cabelo! - ela me puxou e fez uma trança de lado, estilo praia.
Calcei as havaianas e me olhei no espelho, realmente estou me sentindo mais bonita, acabei até sorrindo e animando!
? Eu te amo! - pulei em seu pescoço e a abracei.
—Sabemos que você ama todas nós. Agora podemos ir? Não estou a fim de passar esse mês sem nenhum gatinho! - falou, dando pulinhos e rindo de um jeito que me deu medo. Muito medo.
Peguei fones de ouvido e meu Iphone, afinal, não iria aguentar as três falando de meninos, bebida e o último desfile da Dior sem música. Saímos do apartamento e seguimos para a piscina, que não ficava nem um pouco longe.
Fiz uma playlist com algumas das minhas favoritas, a primeira a tocar foi "Oh No! - Marina and The Diamonds", eu sou completamente apaixonada por essa música! Não resisti e comecei a cantar junto com Marina, tirei os fones e as meninas me acompanharam.

"I know exactly what I want and who I want to be
I know exactly why I walk and talk like a machine
I'm now becoming my own self-fulfilled prophecy
Oh, Oh no! Oh no! Oh No-oh!"


Demos muita risadas e, quando percebi, já estávamos na piscina. Deve estar se perguntando: "Você não acabou de levar um pé na bunda?! Por que está rindo?" Porque eu não contei para ninguém! Elas não podem nem desconfiar que ele me chutou ou vão ficar tristes por mim e eu não quero isso. Realmente? Quero que o Jay se foda! Essas férias de verão serão perfeitas com ou sem ele! Coloquei "Shake it Off-Taylor Swift" para me animar, afinal, haters gonna hate, baby I'm just gonna shake! Estou cansada de sofrer por quem não merece.
Bem, pensamentos à parte, tem um australiano muito lindo aqui.
sumiu. e me olharam com cara de interrogação e eu simplesmente estava do mesmo jeito. Conversamos e olhamos os australianos. Cada uma estabeleceu sua meta.
Depois do que pareceram horas, mas devem ter sido segundos, voltou com copos e um cara.
—Ok. Quem é esse ? - perguntou.
—Ah, ele ta me seguindo. Só fui pegar energético, groselha, soda e limão para fazer nossa bebida favorita! - você deve estar tipo: O quê? Vou te explicar. Once upon a time, nós fomos à formatura do amigo do meu brother, lá tinha uma bebida que chamava “Crazy Neon”. Eu e bebíamos muito na época e pegamos umas trinta dessas, embebedando e também. A formatura foi perfeita e nos apaixonamos pela bebida. Que era feita com essas coisas que a pegou.
—Não acredito! Onde você achou isso? - perguntei, pegando tudo e levando para a mesa mais próxima.
—Com esse cara que ta me seguindo ué.
Rimos e cada uma fez um copo, indo em direção a um grupo de garotos em volta de uma garota morena bem magra, até bonitinha, que dançava ridiculamente mal, mas que chamava atenção dos garotos pela saia minúscula que usava (fala sério, a garota parece uma vareta! O que eles esperavam ver de baixo da saia?! Hm. Eu quis dizer bunda, ta?).
me puxou pelo pulso para um canto mais afastado.
—Vamos mostrar pra eles o que é um corpo de verdade no estilo brasileiro? - eu sabia que ela estava bêbada, porém, qual é o problema de ficar de biquíni? Afinal, isso é uma área de piscina e eu estou mega em forma! e nos acompanharam.
—Claro! Vamos calar a boca dessazinha! -falei, tirei a bata e o short, já atraindo alguns olhares.
Depois que estávamos devidamente prontas para nadar, chegamos ao círculo de meninos e entramos como quem não quer nada. era mestre para dar em cima de caras gatos.
—Oi? O que está acontecendo aqui? - ela perguntou, tocando o ombro de um garoto de olhos puxados e cabelo castanho escuro. Ele imediatamente olhou para ela e sorriu.
—Nada de mais. Meu nome é Calum. - ele sorriu. Eu não acredito que ela já arranjou um menino. Fiz minha cara de emoji (leia-se: -.-).
, muito prazer. - ela parecia ter se esquecido de mim, e , então dei um cutucão em sua cintura. —Ai! Ah. Essas são minhas amigas: , e .
—Oi. - sorri, sem graça.
— Oi, Calum. Será que pode me apresentar um amigo seu? - disse.
—Hm. Oi, , muito prazer. - ela sorriu abertamente.
Calum nos olhou de cima a baixo e sorriu, entrou no círculo rapidamente e voltou alguns minutos depois, trazendo três garotos. Um bem branquinho e de cabelo colorido foi na direção da , um bronzeado de cabelos cacheados na direção de e um… Gostoso! Opa. O cara era musculoso na medida certa, bronzeado, olhos azuis e cabelo loiro e, ai Deus, um piercing no lábio de baixo. Calum pegou na cintura de , piscou para o garoto que veio em minha direção e saiu, nos deixando sozinhos.
—Ahn, oi! Meu nome é Luke Hemmings, qual é o seu? - perguntou. Luke... Um nome muito bonito, não? E ainda é australiano! Ah, eu tenho que respondê-lo.
Lookewood, mas pode me chamar de . - falei, sorrindo. Ele sorriu de volta, mostrando um sorriso magnífico que iluminava tudo ao meu redor.
—Que nome lindo! Vamos… Sentar? - disse, apontando para umas cadeiras que estavam perto de nós.
—Claro! - ok, acho que estou animada demais.
—Hm, desculpa a pergunta, mas quantos anos você tem?
— Sem problema! Tenho dezessete. E você? - ele sorriu. Não me pergunte por quê.
—Ótimo! Tenho dezessete também. É que você tem cara de quinze e corpo de dezenove. Eu estava em dúvida.
—Espero que isso seja bom. - falei, rindo.
—E como é! Mas então, dona , que tipo de música você gosta?
—Hm… Acho que gosto de tudo um pouco, mas a minha favorita é rock.
—Que tipo de rock?
—O tipo The Pretty Reckless, Muse, The Police, The Beatles, Arctic Monkeys… - poderia continuar por horas, já que tenho uma banda e falar sobre música é meu assunto favorito, mas ele estava me olhando boquiaberto e isso me fez parar e corar.
—Mesmo? - seus olhos brilhavam.
—Mesmo, dono Luke. E você? Do que gosta? Só não me fala que gosta de Restart! Por favor. - falei, rindo da cara que ele fazia.
—Realmente Restart é minha favorita, ! Algo contra? - ele se levantou e colocou a mão na cintura, afinando a voz. Tentei segurar a risada escandalosa que ia escapar, mas não deu. Nós dois rimos — Bem, eu gosto das mesmas, porém The Pretty Reckless e Artic Monkeys são minhas favoritas. - falou, finalmente eu obtive uma resposta séria senhoras e senhores! Haha.
Ficamos em silêncio por um tempo, até que resolvi falar algo.
—Hm, bem, eu tenho uma banda. - ele olhou para mim, sorrindo aquele sorriso maravilhoso.
—E o que você toca?
—Correção: Eu, , e temos uma banda e tocamos esse tipo de música, apesar de termos só umas duas ou três músicas nossas.
—Acho que fomos separados na maternidade, . - falou. Ri da sua careta pensativa.
—Sério? Você ta brincando, né?
—Não! Olha, gostamos das mesmas coisas, temos a mesma idade, até que parecemos fisicamente… Ou somos irmãos, ou isso é o destino! Eu, particularmente, prefiro a segunda opção.
—Você esqueceu uma coisa: Eu sou de Londres e você é da Austrália, Luke! Acho que não dá para gêmeos nascerem em países diferentes.
—Então é o destino! Graças a Deus.
Rimos por um tempo, até que começou a chover. Luke me puxou pelo braço e pulamos na piscina (que por sinal estava muito fria), e ele teve a brilhante ideia de fazer guerra de água. Coitado. Mal sabe que sou muito boa nisso, mas ele logo descobrirá.
—Trégua! Por favor, chega! - falei, esfregando meus olhos. Luke chegou mais perto de mim.
—O que aconteceu?
—Você perdeu! - pulei em seu pescoço e o afundei na água, rindo da minha vitória. Ele levantou e começou a rir comigo.
—Você é muito boa com guerra de água, mas quero ver se é boa para fugir! - ele saiu andando na piscina atrás de mim e depois, fora dela. Corremos na chuva por um tempo, até que ele escorregou e caiu de bunda no chão.
-HAHAHAHAHA! Bem feito, Hemmings!
-Ha.Ha.Ha! Me ajuda aqui, Lookewood! - fui em sua direção e o ajudei a levantar.
Fomos até as mesinhas que estavam com as bebidas minhas e das garotas e sentamos, agora protegidos da chuva. Conversamos sobre coisas diversas, como família, amigos, etc. Por horas eu pude observar aqueles lindos olhos azuis piscando para mim, ouvir a risada gostosa dele e sentir sua mão na minha. Até que um trovão forte, muito forte, fez um puta de um barulho e eu praticamente pulei no colo de Luke. Sim, eu tenho medo de trovões. Algum problema?
Eu dei risada, mas ele só me encarava sorrindo. Sua mão subiu até meu rosto, colocando uma mecha de cabelo rebelde para trás da orelha, ela se demorou um pouco ali e depois desceu para minha nuca.
—Tão linda. - falou. Senti minhas bochechas queimarem e percebi que estava corada.
Olhei para baixo com vergonha e sorri.
—Obrigada.
Ele pigarreou e sorriu.
—Acho que era bom irmos tomar um banho agora, não quero te ver doente hoje à noite. - Luke falou.
—Isso foi um convite? - perguntei, tirando com sua cara.
—Ahn… Foi? - aah tudo tem limite! Ele estava corando!
—Ok, aonde nós vamos?
—É surpresa! Esperarei ansiosamente às dez, princesa , aqui na piscina. - falou, pegando minha mão e dando um beijo nela. Senhor, acho que vou desmaiar.
—Eu também. - falei, beijando sua bochecha. Se ele estava achando que ia me beijar de primeira, estava errado! Despedimos-nos com sorrisos. Acho que quero casar com ele. Cedo demais?

's POV off

’s POV on

—Prazer, meu nome é Ashton Irwin, mas pode me chamar de Ash. - ele piscava aqueles olhinhos verdes e me deixava sem fala.
—Oi! e eu… Não lembro meu sobrenome. - cambaleei para trás e ele me segurou, rindo. Ops, acho que bebi demais. —Desculpa, acho que exagerei na bebida.
—Tudo bem, só não faça mais isso, você é muito linda para beber.
—Ai, Deus! Que vergonha! - falei, escondendo o rosto com as mãos.
—Ei, calma. - falou.
—Não! Fala sério! Eu tenho muito azar. Nunca vi um garoto mais simpático que você e mais lindo, e justo agora, to mais bêbada que a Amy Winehouse! - imediatamente me dei conta que tinha dito que ele era lindo. Merda.
—Se te ajudar, eu também te achei muito linda e engraçada. - oh Gosh! Que lindo.
—Ok, também não precisava falar que eu tenho cara de palhaça. - falei, fazendo cara de brava.
—Não, eu não quis dizer isso! Eu só… - esperei ele se complicar com as palavras para rir.
—Haha! Estou brincando, Ash. - ele soltou um suspiro e riu comigo.
—Mas então, palhaça, o que você faz da vida?
—Ah, senhor sem álcool, eu toco em uma banda.
—Uou, eu também!
—Sério? Qual é o nome da sua? - perguntei.
—5 Seconds of Summer - sorri — E da sua?
—Daisy Days. Não é tão bom quanto o de vocês, mas eu gosto.
—Está brincando, não é? Adorei o nome de vocês! Aliás, quem é vocês?
Ri de sua pergunta meio confusa, mas então percebi que não sabia quem era o “vocês” da banda de Ash.
—Eu, , e ! As meninas que estavam lá na piscina hoje.
—Calum, eu, Luke e Mike. Os garotos da piscina. - ele piscou e eu ri.
—Quem sabe a gente não lance uma música juntos um dia? - falei.
—Quem sabe! Acabamos de assinar um contrato com a Island Records, nosso CD já foi gravado e vamos sair em turnê daqui um mês!
—Uou! Que demais!
—Pois é. Prometo que não vou me esquecer da Daisy Days quando me falarem para chamar uma banda para abrir nossos shows!
—Isso mesmo, Ash! Haha.
Conversamos mais um pouco sobre banda e depois (não me pergunte como) chegamos ao assunto de ex-namorados meus, mas então veio uma pergunta meio… inusitada da parte de Ash.
—Sei que a gente se conheceu hoje, mas eu posso te beijar?
—Está mesmo me pedindo isso, Ash? - perguntei sorrindo.
—Ahn, sim.
—Vá em frente, Ashton Irwin. - fechei os olhos e só senti seus lábios selando os meus.

’s POV off

’s POV on

. - sorri, fitando meus sapatos.
—Mike, princesa.
Dei risada.
—Princesa? Tô mais para sapa, haha. - ele me olhou, sério.
—Nunca mais fala isso, você é linda.
Fiquei sem graça. Senti as bochechas esquentarem e tinha certeza que estava corando.
—Obrigada.
—Dizer a verdade não é nada de mais .
—Você nem me conhece direito e já está me mimando!
—É para isso que eu vim ao mundo, para mimar a senhorita. - ele cutucou minha costela.
—E eu para ser mimada por você!
—Exatamente, garota! Você pega rápido haha!
—Aluna de honra na escola! - falei, fazendo cara de metida.
—Uou! Aluno de… Eu toco em uma banda, isso me dá créditos! Haha.
—Jura? Qual é o nome da sua?
—5 Seconds of Summer!
—Daisy Darling.
—Ahn?
—A banda que eu toco.
—Mesmo? Gostei do nome.
—Gostei do de vocês também. O que vocês tocam?
—Tipo um pop/rock, mas mais puxado para Rock.
—Legal… acho que a nossa é o mesmo estilo.
—Ei, vocês se vestem de gatinhas ou de strippers dos anos oitenta para cantar?
—Não. Vocês colocam calças coladas e blusas xadrez para tocar?
—Sim.
—HAHAHAHAHA! Sério? - ele me olhou. Visivelmente magoado. —Desculpe. Se quer saber, nós nos vestimos como strippers dos anos oitenta uma vez. E eu acho essas calças pretas coladas e blusas xadrez super sexy.
Pisquei para ele, que agora tinha o mesmo sorriso sapeca e lindo no rosto.
—Strippers dos anos oitenta, hm… Você ainda tem a roupa?
—Sim, por quê?
—Ah, porque a gente podia…
—Mike! Não! - falei, cortando e rindo dele. —Seja mais cavalheiro.
Ele fez uma cara pensativa e depois me olhou, sorrindo de orelha a orelha.
—Hum, talvez um tempo com você me ensine alguma coisa.
E então ele me beijou. Me beijou de um jeito carinhoso e calmo no começo, mas que depois ficou cheio de desejo e intensificado. Correspondi a cada segundo do beijo. Tinha certeza que meus lábios doeriam depois, mas não me importei, apenas aproveitei o momento.

’s POV

Cheguei ao quarto e vi dormindo, ouvindo música na minha cama e ouvi barulho de chuveiro, portanto devia estar tomando banho. Olhei para novamente. Ela acha que eu não sei sobre o Jay... Era para eu ter ficado triste por ela, não? Mas isso não aconteceu. Jacob era um completo safado! Nunca gostei dele e sempre deixei isso bem claro para os dois.
entendeu, mas Jay ficava de implicância sempre tentando fazer ela se distanciar de mim, ainda bem que minha melhor amiga não é besta a esse ponto. Bem, parece que ela tá de affair com esse Luke! Estou tão feliz por ela! Ele parece ser um cara legal, se não for eu quebro a cara dele! Ou pelo menos pago alguém para fazer isso, já que meu soco não faria nem cosquinha.
Dez minutos depois, parei de tentar pensar em maneiras de matar o Luke caso ele aprontasse com a minha amiga e vi saindo do banheiro com um sorriso gigante no rosto. Ok, eu preciso saber por que ela está tomando banho no nosso quarto se ela tem o dela e por que ela está sorrindo.
, que sorriso gigante é esse aí? - perguntei, chegando mais perto.
—Ah! É o Mike, amiga. Ele me beijou. - fiz cara de supresa.
—Você? Mas você nunca beija um cara que acabou de conhecer! - ela deu de ombros.
—Senti uma conexão com ele.
—Ok, então, você e saiam daqui para eu tomar um banho e dormir em paz! - levantou sorrindo e seguiu de toalha até seus quartos. Ok, tenho muitos sorrisos para descobrir os motivos.
Entrei no banheiro e lá estou eu ouvindo Capital Inicial e cantando Depois da Meia Noite quando o ANTHONY entra no banheiro sem bater e dá risada.
—Ai porra! O que você ta fazendo aqui! Sai! Agora! - puxei a toalha e me enrolei.
—Por que? Tem medo de mim, zinha? - ele chegou mais perto, perigosamente perto para duas pessoas que se odeiam.
—Anthy, sai. Eu preciso tomar banho para sair com o Calum. - falei, decidida a fazê-lo sair dali.
—Calum? Quem é Calum? - perguntou.
—Meu ficante, ok? Você não me assumiu, bem, quem sabe ele me assuma!
—Ah, ainda está chateada com isso? - falou, virando de costas.
—Sim, ainda estou chateada por você ter me feito trair o Lucca e depois me jogar pra escanteio. - disse.
—Eu tinha dezessete anos! Você tinha treze e só estava de rolo com o Lucca, não estava namorando ainda!
—Mesmo assim! Nós nos beijamos várias vezes Anthony. – falei. Lembrei de todos os beijos e fiquei corada.
—Por favor! Supera! Você tem dezesseis agora, será que não podemos tentar de novo? - perguntou com uma carinha fofa que quase me fez dar uma segunda chance. Quase.
—Não. Agora sai daqui, por favor. - apontei para a porta e ele saiu, balançando a cabeça negativamente. Soltei o ar que estava guardando quando pensei que ele já estava fora do enorme banheiro, mas vi que ele estava parado na porta me olhando.
—Você ainda vai ser minha, . - disse, finalmente saindo.

's POV off

's POV on

Acordei do meu cochilinho com dando risada de alguma coisa que ela viu no celular. É sempre assim, ela ri de tudo. Absolutamente tudo. Eu a amo, mas odiei ela ter me acordado por causa de sua risada incrivelmente alta, escandalosa e engraçada.
! Qual é? Você me acordou! - joguei um travesseiro em minha melhor amiga, que retribuiu três. -Ai! Ai! Para! Cadê a e a ?
—No quarto delas ué!
—Elas não vão sair?
—Vão, mas vão uma hora depois, acho.
—Hm, ok. Posso voltar a dormir, mãe?
—Não, acorda! Temos que sair com os meninos daqui a pouco.
! - falou, levantando em um pulo para se trocar.
Olhei no celular e vi que eram sete horas ainda. Nós só sairíamos umas dez e meia. Tentei dormir de novo, mas não consegui. Desistindo, levantei e fui até o banheiro, sentir a água gelada batendo em meus ombros me acordou completamente, tudo melhorou depois disso. Principalmente meu humor.
—Que roupa eu uso? – perguntei, encarando minha mala extremamente cheia.
—Hey, , cade seu irmão? - praticamente ignorou minha pergunta, o que me irritou, mas depois percebi que ela estava perguntando sobre meu irmão. Como assim? Ela até esquece que eu tenho um irmão!
—Anthony? Você lembra do Anthy? - perguntei, pegando um cropped preto e um short jeans de cintura alta para usar.
—Claro que lembro dele, besta! - disse, dando um pedala robinho em mim. Dei risada.
—Tô brincando! Não precisa me bater.
Ela deu risada do biquinho que eu fiz.
—Enfim, por que depois de três anos sem nem tocar nesse nome você quer saber dele?
Percebi que ela ficou corada e começou a fitar os dedos. Ela quer me contar alguma coisa, conheço a muito bem.
... Quer me contar alguma coisa?
Foi aí que veio toda a informação. Ela começou a me contar que ficou com Anthony há três anos, quando estava só ficando com o Lucca, mas depois de mais alguns beijos, ela se apaixonou por ele. Quando a questionei sobre o porquê de ela não ter me contado, falou que tinha medo de eu a odiar.
—Mas, se você o amava, por que vocês se odeiam tanto hoje?
—Simplesmente porque depois de um mês que estávamos "ficando" - ela fez aspas invisíveis — fui à festa da Catarina com você e a , lembra?
—Sim... Acho que sim. - é claro que eu lembrava. Foi onde eu conheci o Jay.
—O seu irmão foi e eu fiquei super animada com isso! Ele falou que iria me assumir nessa festa e que iríamos, finalmente, poder sair juntos sem preocupações. Nessa época eu não estava nem aí para o Lucca, mas às vezes ainda saia com ele, por pura dó.
Fiz que sim com a cabeça, incentivando a continuar.
—Mas, quando entramos na festa, vi logo de cara o Anthony beijando a idiota da Lídia! Nunca fiquei tão triste na vida. - ela derramou mais algumas lágrimas e eu pude me lembrar daquele dia.

Flashback on

Abri a porta da casa e vi muita gente. Muita gente mesmo. Imagine, uma garota de treze anos em uma festa de uma garota de quinze. Eu estava mega animada!
, e eu (conhecemos um tempo depois) nos arrumamos durante horas em casa, até que olhamos para o espelho e vimos garotas lindas, não crianças bobas. Estava maravilhada com tudo aquilo, a única coisa que me acordou foi o cheiro de bebida alcóolica no ar. Eca. Foi aí que eu o vi. Loiro, bronzeado, corpo escultural e um sorriso lindo. Um sorriso lindo pra mim! Ele estava olhando para mim! Oh my God! Olhei para trás para conferir se não estava ficando louca, mas o que vi foi: Faltava uma das minhas duas amigas. .
—Hey, , cadê a ? - perguntei para minha segunda melhor amiga.
—Ela saiu correndo chorando, tentei segui-la, mas não deu tempo.
Entrei em desespero naquele dia. Por que ela estava chorando? Procurei Lucca com o olhar para ver se ele estava a traindo, mas não o vi. A única pessoa que se atracava com uma menina ali era o Anthony, mas, bem, não podia ser ele.

Flashback off

Agora as lágrimas brotavam em meus olhos, não consegui segurá-las. —! Oh meu Deus! Sinto muito, meu irmão é um idiota! - abracei minha amiga, que retribuiu o abraço.
—Ainda não acabei. - olhei para ela, esperando que continuasse.
me contou sobre hoje de manhã, quando Anthony falou que ela ainda seria dele.
—Eu.Vou.Bater.NELE! Anthony de hoje não passa! - falei, levantando.
—Tudo bem, eu não ligo. Termine de se arrumar logo que vamos encontrar os meninos. - disse, enxugando as lágrimas com as costas da mão.
—Você quer ir? Posso falar para eles que você não se sentiu bem e...
—Pode parar! Acha mesmo que eu vou perder uma festa pelo babaca do seu irmão?! Ainda mais quando tenho um acompanhante australiano gratíssimo? Nem em outra vida meu bem! - eu ri e ela se dirigiu ao banheiro para retocar a maquiagem.
—Ok, garota, só não entra em coma alcóolico! - falei, indo atrás dela para me maquiar.
Depois de vinte minutos estávamos prontas e muito lindas. usava um tubinho azul com um salto também azul, eu usava um cropped preto com uma saia branca e um salto preto. Estávamos dez minutos atrasadas, mas eles não ligariam, certo? Descemos as escadas do prédio com um pouco de dificuldade, mesmo sendo só alguns degraus aqueles saltos eram bem altos, ok, eu estou nervosa! Satisfeitos? Faz um século que não saio com ninguém, tirando o merda do Jacob! Eca, sai, sai, sai da minha cabeça! Antes de atravessarmos a porta para chegar à área da piscina onde combinamos de nos encontrar, me puxou pelo braço, o que quase derrubou nós duas.
, me promete que você não vai falar com ninguém sobre seu irmão? - posso jurar que vi seus olhos marejarem. Ela sente algo por ele.
—Ahn, claro.
Com isso, atravessamos até a piscina recebendo vários assobios e olhares masculinos. Afinal, quem é que fica na piscina em uma sexta-feira quando há dezenas de festas rolando na cidade? Argh, não importa! Avistei Calum, Ash, Mike e Luke de longe, meu Deus! Por que ele tem que ser tão lindo? Com a camisa azul dobrada até o cotovelo, uma calça jeans escura e o cabelo perfeitamente bagunçado. teve que me cutucar, quase caí dentro da piscina de tão hipnotizada que estava com aqueles enormes olhos azuis.
—Tem uma coisa aqui. - disse, apontando para o meu queixo.
—Ai, tira! O que é? - comecei a passar a mão freneticamente ali.
—Uma babinha! Hahaha! - olhei para ela com cara de desprezo. —Qual é, fica calma!
Respirei fundo e continuei andando em direção ao meu futuro marido. Podia até vê-lo perto do Padre e como madrinha de casamento! Não vou estragar tudo com ele, não posso. Minha nossa senhora do meio-fio, dai-me equilíbrio.
—Oi! Calum? Mike? Vocês não vão mais tarde? - eles confirmaram com a cabeça e Mike completou.
—Vamos dar um tempo aqui na piscina enquanto isso.
Olhei para Luke, que também me olhava boquiaberto.
—Wow! V-você ta maravilhosa, . - falou, estendendo a mão para que eu a segurasse. Aceitei.
—Obrigada. Você não fica nem um pouco atrás! - disse, fazendo-o olhar para os pés com vergonha. —Ei, para onde vamos?
—Uma balada nova vai inaugurar hoje. Pensamos que vocês iam gostar. - ele sorriu de lado.
—Nem me conhece direito e já sabe meu gosto? Olha, está de parabéns. - falou olhando para Calum, fazendo todos rirem.
Entramos no carro do Luke e fomos para a festa. Mais ou menos quinze minutos depois (com trânsito, como se já não bastasse o trânsito de São Paulo, minha cidade amada), chegamos a um quadrado de concreto com uma porta de madeira na frente. Ok, alguém me diz que a balada fica atrás desse negócio, não? Por favor! Olhei para que retribuiu minha cara de nojo, mas, afinal, não iríamos falar nada para os garotos! Qual é, eles arranjaram uma festa super (a essa altura, acho que estavam distribuindo convites) esperada para nós. Calum bateu três vezes na porta e ela se abriu, revelando um ambiente cheio de luzes neon, tocando Calvin Harris e com muita gente, só que em uma quantidade boa para se movimentar ali dentro.
—Ai.Meu.Deus! - eu e falamos juntas, fazendo os garotos se sorrirem.
—Que lugar lindo! - falei, ainda tentando olhar tudo a minha volta. Luke sorriu.
—Vamos dançar?
Fiz que sim com a cabeça e logo estávamos na pista de dança. Com o som de “Outside”, dançávamos loucamente, então avistei meu irmão. Não pude evitar, toda a raiva que estava subindo pela minha garganta ao vê-lo beijando outra garota sendo que no mesmo dia disse que seria dele. Deixei Luke na pista com cara de quem levou um tapa e fui em direção ao meu irmão, pisando tão forte que poderia abrir um buraco no chão.
—Cretino! Como eu posso ter o mesmo sangue que você? Eu te odeio mais que tudo nessa vida, Anthony! - dei um tapa em seu rosto.
—O quê? Do que você ta falando, ? Calma! - ele segurava meus pulsos com uma certa força.
me contou tudo, seu canalha! Não chega mais perto dela! Nunca mais! - ele riu.
—Quem você acha que é para mandar em mim vagabunda? - ele acertou um tapa no meu rosto e avançou para cima de mim, empurrando-me contra a parede. Bati a cabeça e caí no chão. Ouvi a voz de Luke.
—Ei! Seu covarde! - Luke chegou mais perto de Anthony, acertando um soco no olho direito dele. Agora ouvia barulho de socos e gemidos de dor, mas não via ninguém. Meu olhar estava no chão e minha cabeça logo foi perdendo a força. Até que eu não ouvia mais nada, nem via.

*


? Mãe? Pai? Alguém? - eu me encontrava em uma sala totalmente branca, vazia e sem nada e, aparentemente, sem ninguém.
—Oi. - Jacob apareceu, saindo de uma porta que eu não havia visto antes.
—Jay? O que faz aqui?!
—Vim te falar algumas coisas.
—Pois bem, fale.
—Eu sei que você não consegue viver sem mim. Sei que ainda me ama e sempre vai amar, mas eu não quero mais você.
—Está enganado. Eu gosto de outra pessoa.
—De quem? Luke? Haha.
—Sim. E acho que posso vir a amá-lo.
—Sonhe. Você nunca me esquecerá.
—Já esqueci.
Virei de costas, entrei pela porta que ele saiu e comecei a correr. Cheguei a um tipo de penhasco.
Luke estava do outro lado.
—Luke! - gritei. Ele me olhou e sorriu.
—Não pule. - falou.
—Mas eu quero estar com você!
—Não pule.
—Luke! - ele sumia, se esvaia do sonho rapidamente.
Sentei no chão e comecei a chorar, gritar loucamente. Senti o chão desabar debaixo de mim, então a queda começou. Parecia que nunca acabava. Eu gritava, mas o som não saia. Voltei a chorar e bati as costas no chão. Não havia ninguém perto de mim, eu estava sozinha de novo. O desespero começou fazer meu coração bater mais rápido, então vi Luke perto o bastante para que eu pudesse tocá-lo. E foi o que eu fiz.
. - ele sorriu e abriu os braços.
—Luke! - o abracei. —Promete que nunca vai me deixar?
—Nunca.


? Você tá me ouvindo? - acordei com a voz doce de e depois vi sua silhueta.
—Ahn. - gemi. Minha cabeça parecia prestes a explodir
—Ela acordou! - gritou, como sempre, na pior hora.
—Oi. - Luke apareceu com algumas flores e um arranjo muito bonito.
—Oi! São para mim? - falei sorrindo, ele confirmou. —Obrigada.
Bati a mão na cama para que ele se sentasse ao meu lado. Observei Luke por algum tempo, tentando gravar todo o seu rosto em minha memória.
—Há quanto tempo estou aqui? - perguntei.
—Algumas horas. - ele passou a mão delicadamente em meu cabelo. — Que pareceram meses. - murmurou baixinho, mas eu pude ouvir e sorrir.
—Sabe, eu sonhei com você.
—Mesmo? - ele abriu um enorme sorriso.
—Mesmo, Hemmings.
Luke foi chegando mais perto, até que senti seus lábios roçando os meus e não aguentei mais. Colei nossos lábios em um beijo desesperado, eu não sabia o quanto precisava disso até beijá-lo. Uma corrente elétrica partia de minha boca e de minha cintura, onde sua mão pousava, para todo meu corpo. Foi maravilhoso.
Mordi seu lábio partindo o beijo, ele encostou nossas testas e sorriu. Fiz o mesmo.
Ficamos assim por um bom tempo, até que entrou no quarto dando pulinhos de alegria.
—Você vai receber alta já e poderemos ir para a praia!
—Está amanhecendo agora, !
—Eu sei! - ela saiu, pulando mais ainda.
Virei a cabeça em direção a Luke, que me olhava.
—Cadê o Mike, Calum, Ash…? - ele balançou a cabeça, saindo de algum transe que se encontrava.
—Hum, acho que foram para o apartamento dormir um pouco.
—Obrigada por ter ficado comigo.
—Eu nunca te deixaria. - sorri, lembrando do sonho.
Alguns minutos depois recebi alta e ocorreu tudo bem. Sem dores de cabeça ou enjoos, como o médico avisou que eu poderia ter durante alguns dias. Passamos no apartamento para trocar de roupa e acordar a (a qual estava morrendo de ressaca por isso foi embora do hospital) para ir a praia. O dia estava maravilhoso mesmo que às sete da manhã.

*


Em duas semanas, beijei Luke mais algumas (muitas) vezes e todas elas eram a mesma sensação: Um choque elétrico que percorria todo meu corpo. O sol e a praia continuavam perfeitos. A amizade que construí com Ash e Mike era fora do normal, era como se nos conhecêssemos há anos.
Mais um dia de praia, eu estava estirada no chão quando vi gritar e apontar para alguém/alguma coisa. Levantei e tirei os óculos de sol rapidamente para ver o que ela e todos os meus outros amigos olhavam tão boquiabertos. Luke com… uma vadia. Senti meus olhos marejarem e depois um abraço do Ash e a mão do Mike na minha, levando-me para longe. As lágrimas caíam sem permissão, meus pulmões foram parando conforme Ash me apertava mais e mais.
—P-por quê? - perguntei, virando o rosto para Mike.
—Eu não sei, . Sei que alguém vai ter a cara quebrada por um amigo. - falou, suspirando pesadamente.
Mike estava com uma cara triste e brava ao mesmo tempo. Olhei para Ash e ele estava do mesmo jeito.
—Não batam nele.
—Como assim, ?! - Ash parou de andar e me olhou sério.
—Não batam nele. Por favor, prometam.
—Mas por que… - Mike começou e eu o interrompi.
—Porque não. Prometam. - Ash e Mikey se entreolharam.
—Tudo bem.
Sequei minhas lágrimas com as costas da mão e sorri.
—Quero voltar para a praia. Por que estávamos voltando mesmo? - por sorte eles entenderam que eu não queria nem lembrar do fato de Luke existir.
—Claro.
Voltamos caminhando lentamente e rindo de alguma coisa boba que Ash disse. Luke estava lá, em pé, gritando com a , que gritava de volta. Não ouvi nada com muito nexo.
—Oi, Luke. - falei, chegando a centímetros dele.
! Você não entende! Eu estava com medo, a beijei porque estou com medo! EU gosto tanto de você e tenho medo disso. Nós vamos nos separar daqui a alguns dias e do jeito que estou me sentindo em relação a você, não vou conseguir me distanciar.
—Acabou? - queria acreditar nele, meu coração queria, mas meu cérebro dizia que seria burrada.
—Sim. Não vou desistir de você, . - ele passou por mim e foi embora da praia. Quase fui atrás dele falando que confiava e sabia que ele nunca faria isso, mas eu não sabia.
Peguei meus fones de ouvido na bolsa e comecei a ignorar tudo ao meu redor, inclusive as piadas de Ash. Estava tudo ótimo até que vi um casal se beijando e não consegui segurar o choro. Ninguém parecia ter percebido, era um choro silencioso e lento. Encarava o mar, pensando em tudo o que tinha acontecido até agora.
Luke.Gostar.Beijos.Paixão. Amor.
Sim, eu estou completamente apaixonada por aqueles olhos azuis enormes, por aquele cabelo bagunçado do jeito que eu amo e por seus lábios. Que sem noção! Como me apaixonei tão rápido?! Ele vai tentar me reconquistar, certo? Porque eu não sinto como se fosse só um amor de verão e sim, um amor para a vida toda. Será que conseguimos saber quando achamos a pessoa certa para passar o resto da vida? Eu acho que achei, mas acabei perdendo.

Luke’s POV

—Droga! Como eu sou idiota! - cheguei ao apartamento e chutei uma cadeira que estava na minha frente. Vi Calum, que ainda estava no quarto terminando de se arrumar para ir a praia. —Me deixa sozinho, dude, por favor.
Ele saiu sem dizer nada, apenas lançou um olhar de interrogação para mim.
Sim, eu beijei aquela garota e queria que visse, mas assim que vi sua reação… Foi como se eu tivesse enfiado uma faca no meu próprio coração. Por que eu fiz isso? Porque eu estou com medo. Muito medo. Pode me chamar de covarde, mas eu estou! Em uma semana conseguiu fazer o que minha ex tentou por meses e não conseguiu: Que eu a amasse. Eu estou apaixonado por ela, completamente e com todas as minhas forças. O problema é que ela vai voltar para a cidade dela e eu para a minha daqui a uma semana e aí… Como eu fico? Eu a amo, dude! E não faço a mínima ideia do que fazer. Tenho medo de ela achar que me apaixonei rápido demais e se afastar, mas isso eu já fiz.
—Seu merda! - me joguei na cama e comecei a sentir meus olhos arderem. Ótimo, até isso ela consegue. Eu não chorava desde… A morte da minha mãe. Uma memória invadiu minha cabeça sem nenhuma permissão.

Flashback on

—Luke! Venha aqui meu filho. - mamãe estava no hospital há um ano sem nenhuma melhora do câncer e eu sentia que sua hora estava cada vez mais próxima.
—Oi, mãe. - peguei em sua mão, com quatorze anos na época.
—Quero falar sobre sua namorada. Minha nora que não irei conhecer.
—V-você vai conhecer mãe! - eu já chorava e ela fez que não com a cabeça.
—Esqueça isso. Um dia, você vai conhecer uma boa garota. Linda, carinhosa, que te ame muito, te faça feliz, te faça rir e chore com você, quando preciso. - afirmei com a cabeça, incentivando-a a continuar. — Nunca, nunca perca essa garota. Não faça nenhuma besteira com ela, está ouvindo?
—Sim, mãe! - ri e ela riu junto.
—Me prometa que irá casar com ela e ter vários netinhos para seu pai. Me prometa Luke, que você irá ama-la incondicionalmente.
—Eu prometo.
—Eu te amo, meu garoto. Tenho muito orgulho de você. Nunca se esqueça disso.
—Eu também te amo, mãe. - beijei sua mão e assisti a vida deixar seus olhos.


Flashback off

Quando a lembrança saiu de minha cabeça, eu percebi. é minha boa garota e eu fiz besteira com ela. Só uma coisa martelava minha cabeça: Ela tem que ser minha para sempre.É isso que ela vai ser.
Saí do quarto mais determinado do que nunca. Pronto para qualquer coisa, qualquer reação ou pegadinha do destino. Estava a caminho da praia quando vi um anúncio gigantesco que me deu uma ideia no mínimo interessante. Liguei para os caras no mesmo instante.
“Luke? O que você quer?” -Ash atendeu, provavelmente ainda bravo pelo beijo com a… Tanto faz.
“Quero você e os caras aqui no apartamento. Agora. Tenho um plano.”
“Hm. Ok, estamos indo.”
Desliguei o telefone animado. Ela amaria a supresa.

Luke’s POV off

’s POV on

Olhei para . Fazia dois dias da traição de Luke e ela continuava do mesmo jeito. Sem o brilho nos olhos, aquele sorriso fofo na cara e ela parecia… Vazia. encarava o mar como se fosse a coisa mais interessante do mundo, não que não seja porque eu quero ser bióloga, mas aquilo estava me deixando em depressão por ela! Estava pensando em um lugar para levá-la essa noite e beber muito quando recebi um torpedo de Mike.

“Vamos sair hoje? Eu e você, Ash e , e Calum, e Luke?”
“A primeira parte tá de acordo, mas não vai se for para ficar com Luke.”
“Eles ficam longe um do outro, pronto.”
“Hm… Certo. Posso falar para ela que ele não vai.”
“Ok. Endereço: Angles Blvd, 189”
“Obrigada! Que horas?”
“Nove horas quero vocês lá!”
“Ookie-dokie! Beijos.”
“Beijos, minha linda.”

Fiquei um tempo suspirando pela última mensagem de Mike até que me tirou do transe gritando.
—Aah! Eu preciso fazer algo legal hoje! - sorri. Não podia ser em hora melhor.
—Eu sei um, amiga! - ela me olhou, sorrindo.
—Qual?
—Vai ser surpresa. São seis e meia, nós vamos às oito e meia. Querem subir? - todas fizeram que sim com a cabeça e eu ri.

’s POV off

’s POV on

Estava no banho quando ouvi a porta do quarto bater. Estava trancada, então não era , nem . Não podia ser , porque ela estava na pia do banheiro se maquiando então… Anthony. Fiz cara feia na mesma hora.
, tem alguém no quarto. - ela entendeu.
—Eu vou falar com ele.
—Não! Tranca a porta do banheiro e vamos ficar aqui. - desliguei o chuveiro e ela concordou com a cabeça. Esperamos a porta bater novamente alguns minutos depois, indicando a saída dele.
—Agora eu vou lá. - falou e eu concordei, voltando ao banho.
Enxaguei o condicionador, peguei uma toalha e dei de cara com uma boquiaberta.
—O que foi?! O que ele fez?! - perguntei preocupada.
—E-ele… Ele foi embora, .
Saí do quarto e olhei para o lugar onde sua mala estava. Então era isso, ele ia sumir do mapa.
—Hm. Bom para gente. - falei, indiferente. — , você está gostando do Calum, não é? De verdade?
—Sim! Claro, , mas… Eu me preocupo com o seu irmão. Sei que sou idiota de fazer isso, mas eu já o amei e isso não faz muito tempo. - peguei nos ombros de e comecei a chacoalhá-la.
! Pelo amor de Deus! Isso faz sim, muito tempo! Esquece ele, esquece que ele existe! - ela piscou algumas vezes e sorriu.
—Obrigada, era isso que eu precisava ouvir. - ela me abraçou e eu retribuí.
—Ok, ok! Agora vamos nos arrumar para beber! - falei, levantei os braços e deixei a toalha cair sem querer. gargalhou. —Opa.
Meia hora depois, eu e estávamos paradas olhando para as malas e resolvendo o que usar quando e entraram no quarto, prontas.
—Gente! O que vocês estão fazendo de toalha?! - entrou gritando, fazendo e eu pularmos de susto.
—Não sabemos o que vestir! - disse choramingando.
—Ok, ok, crianças, dêem espaço para a titia ajudar vocês. - disse, empurrando-nos de frente da mala com uma bundada. gargalhou tanto que caiu no chão por causa dos saltos. —! - estendeu para ela um vestido prata curto com muito brilho e um salto parecido. —! Olhei a minha roupa e fiquei maravilhada. Era totalmente a minha cara! Espera, aquilo não podia estar dentro da minha mala esse tempo todo! Uma blusa de ombros caídos do Kurt Cobain cinza, um short de cintura alta, salto alto (leia-se: salto muito alto) preto e uma coroa de flores pequenininhas vermelhas.
—Te amamos! - pulamos em cima de em agradecimento.
—Vou começar a cobrar! É a segunda vez que arrumo você nessa viagem, !
Desabamos a rir e fomos trocar de roupa.
—Como estamos? - giramos mostrando para as meninas, que abriram a boca para gritar.
—Maraaavilhosas! - falaram, puxando-nos para fora do apartamento.
Chegamos e havia uma limousine branca gigantesca na frente do prédio.
—Nossa! Que sorte de quem vai nisso. - falei, quase babando em cima do carro.
—Pois é gata, somos nós! - gritou.
—Como assim?! - as três que não sabiam de nada gritavam.
—Conto dentro do carro, entrem.
Nos acomodamos dentro do carro que tinha luzes coloridas, champagne e “S&M- Rihanna” tocando.
—Nós vamos tocar nesse bar e eles mandam isso de cortesia!
—Oh my Jeová! - disse.
—Vamos nos divertir! - gritou, servindo champagne.
Cause I may be bad, but I’m perfectly good at it! - cantei.
Sex in the air, I don’t care, I love the smell of it! - continuou.
Sticks and stones may break my bones! - já virava sua quarta taça de bebida.
But chains and whips excite me! - colocou a cabeça para fora do carro e começou a dançar.
Na na na na! Come on, come on, come on! I like it-like it! - cantávamos loucamente como se fôssemos mesmo famosas. Uma garota até pediu um autógrafo!
Chegamos ao bar bêbadas e muito felizes, rindo que nem… Bem, loucas. Na balada tocava “R U Mine? - Artic Monkeys” e eu e as meninas começamos a imitar os acordes e cantar, aquela música era uma das nossas preferidas.
I go crazy cause here isn’t where I wanna be! - cantei em um microfone imaginário. Todos nos olhavam batendo palma no ritmo. Vi os olhos que eu queria e não queria encontrar, então continuei cantando, mas apontando para ele — And satisfation feels like a distant memory and I can’t help my self, all I wanna hear her say is “Are You Mine?” Well, are you mine?
(E a satisfação me parece uma lembrança distante. Não consigo me conter, só quero ouvir ela dizendo “Você é meu?” Bem, você é minha?)

Desviei o olhar e continuei cantando, ignorando minha recaída. No final dela todos aplaudiram e nós rimos indo até o bar. Um cara todo tatuado de olhos verdes e cabelo preto chegou perto de nós com um sorriso de lado.
—Vocês são Daisy Days, não é? - falou, com uma voz maravilhosa.
—Ahn… Sim! - respondi já que as meninas estavam babando.
—O show começa daqui a cinco minutos, podem ir para o camarim. - piscou e saiu.
! E os instrumentos? Como fazemos?! - perguntei, chacoalhando minha amiga.
—Eles têm tudo aí, fica calma.
—Vamos lá, garotas! Arrasar! - levantou as mãos para cima e depois desceu, tomando mais um gole de seu Sex in the Beach.
—Que música vamos tocar? - estávamos indo em direção ao palco e ainda não sabíamos a música.
—Hm. Pode ser uma do The Pretty Reckless, sua voz é super parecida com a da Taylor, ! - nisso eu tinha que concordar. Taylor Momsen e eu poderíamos ser irmãs gêmas de voz e eu fico hiper feliz com isso. Pensei um pouco e resolvi que queria que a música que escolhi fosse a última.

(Coloquem You-The Pretty Reckless e Wonderwall- Oasis para carregar. Soltem quando aparecer a letra)

—Já pensei em uma, mas quero que ela seja a última.
—Com o que começamos então? - estava se descabelando.
—“Supermassive Black Hole” do Muse? - se pronunciou.
—Perfeita! - falamos juntas.
Nos posicionamos e começamos. e eu no vocal, com a guitarra e violão, respectivamente, na bateria e no baixo.
Ooh, baby, don't you know I suffer? Ooh, baby, can't you hear me moan? You caught me under false pretenses. - comecei a cantar com me acompanhando, depois era só eu e meu violão, parecia que a música realmente agradava o público.
O show passou muito rápido, logo chegou a hora de tocar a música. Sussurrei para as meninas o nome da música, que me olharam com uma mistura de dó e… Sei lá que cara é aquela.
—Bem, o show está acabando - um “Aah!” da platéia veio e me deixou feliz - mas eu queria dedicar a última música ao Luke. Eu sei que você está aí, e agora você vai me ouvir.

You don't want me, no (você não me quer, não)
You don't need me (você não precisa de mim)
Like I want you, oh (como eu quero você, oh)
Like I need you (como eu preciso de você, oh)

And I want you in my life (e eu quero você na minha vida)
And I need you in my life (e eu preciso de você na minha vida)

You can't see me, no (você não pode me ver, não)
Like I see you (como eu vejo você)
I can't have you, no (eu não posso ter você, não)
Like you have me (como você me tem)

And I want you in my life (e eu quero você na minha vida)
And I need you in my life (e eu quero você na minha vida)


Uma lágrima escorria pela minha bochecha, eu a deixei ali.

Love, love, love (amor, amor, amor)
Love, love, love (amor, amor, amor)
Love, love, love (amor, amor, amor)


Soltei um “Eu te amo” em meio a isso. Não aguentava mais guardar tudo aquilo para mim. Eu o amo mais do que posso aguentar.

You can't feel me, no (você não pode me sentir, não)
Like I feel you (como eu sinto você)
I can't steal you, no (não posso roubar você, não)
Like you stole me (como você me roubou)


Mais lágrimas, elas molhavam e esquentavam meu rosto. Eu sei que ele gosta de mim, mas não como eu gosto dele, não como eu preciso dele. Dois dias sem o Luke foram… Desastrosos. É como se tivessem tirado uma parte de mim e mandado para longe. É como se tudo tivesse ido por água abaixo. Não tenho mais vontade de sorrir ou de gritar, rir. Só de chorar. Luke levou toda a minha felicidade consigo, ele era quem a regava para continuar viva. Agora só existe um vazio de onde ele tirou tudo.

And I want you in my life (e eu quero você na minha vida)
And I need you in my life (e eu preciso de você na minha vida)


Acordei com os aplausos e gritos da plateia. Estava feliz, mas vazia. Sem Luke seria assim para o resto da minha vida? Sem amor, felicidade, paz? Será que nem mesmo a música me traria isso? Descemos do palco e encontramos um cara magro, de terno e aparência de uns vinte anos. Acho que já o vi em algum lugar.
—Olá Daisy Days! Sou o dono da gravadora Island Records e adorei vocês, queria saber se vocês tem um tempo na quinta-feira que vem para conversamos sobre um possível contrato. - as garotas ficaram estáticas e novamente, eu tive que responder.
—Claro! Onde? Nós moramos em Londres.
—Em Londres, claro! Onde fica a sede principal da gravadora. Às nove da manhã está bom?
—Está perfeito! Obrigada Sr…
—Pode me chamar só de Will.
—Obrigada, Will!
—De nada, mas agora tenho que ir. Até a reunião.
Foi ele sair para começarmos a gritar e pular que nem doidas.
—Não acredito! É nosso sonho desde…
—Sempre! - gritamos para .
—É!
Continuamos gritando até o dono do bar chegar sorrindo.
—Fiquei sabendo da novidade garotas, eu serei o produtor de vocês! - corremos e abraçamos o dono do bar/nosso produtor.
—Como…?
—Will é meu irmão!
—Ah sim.
—Garotas, preciso que vocês dêem licença para uma banda que quer se apresentar de última hora, só uma música, segundo eles.
—Ahn, ok.
Saímos dando gritinhos de felicidade e paramos na frente do palco, para ver a banda que iria tocar agora. escancarou a boca, olhando para frente/palco e todas fizemos o mesmo quando vimos Calum, Mike, Ash e… Luke.
—Olá gente, somos o 5 Seconds of Summer e estávamos aqui quando as garotas tocaram. A vocalista maravilhosa dedicou uma música a mim e agora eu vou dedicar uma para ela.
A melodia de Wonderwall começou a invadir meus ouvidos.

Today is gonna be the day (hoje vai ser o dia)
That they're gonna throw it back to you (que eles vão devolver isso para você)
By now you should've somehow (e nesse momento você devia, de algum modo)
Realized what you gotta do (ter percebido o que tem que fazer)
I don't believe that anybody (eu não acredito que ninguém)
Feels the way I do (se sinta)
About you now (sobre você agora)

Backbeat the word is on the street (a conversa que corre na rua é)
That the fire in your heart is out (que o fogo no seu coração se apagou)
I'm sure you've heard it all before (tenho certeza que você ouviu tudo isso antes)
But you never really had a doubt (mas você nunca realmente teve dúvida.)
I don't believe that anybody (eu não creio que alguém sinta-se)
Feels the way I do (do modo que eu me sinto)
about you now (sobre você agora)


Vi algumas lágrimas nos olhos de Luke, era tudo tão lindo. A letra da música, sua voz, seus olhos marejados…

And all the roads we have to walk are winding (e todas as estradas pelas quais temos que caminhar são sinuosas)
And all the lights that lead us there are blinding (e todas as luzes que nos conduzem até lá estão nos cegando)
There are many things that I’d (existem muitas coisas que eu)
Like to say to you (gostaria de dizer para você)
But I don't know how (mas eu não sei como)

Because maybe (porque talvez)
You're gonna be the one that saves me (você vai ser aquela que me salva)
And after all (e depois de tudo)
You're my wonder wall (você é minha protetora)

Today was gonna be the day (hoje iria ser o dia)
But they'll never throw it back to you (mas eles nunca devolverão isso para você)
By now you should've somehow (e nesse momento você devia, de algum modo)
Realized what you're not to do (ter percebido o que tem que fazer)
I don't believe that anybody (eu não acredito que ninguém)
Feels the way I do (se sinta do modo como me sinto)
About you now (sobre você agora)

And all the roads that lead you there were winding (e todas as estradas que conduzem até você eram sinuosas)
And all the lights that light the way are blinding (e todas as luzes que iluminam o caminho estão cegando)
There are many things that I'd like to say to you (tem muitas coisas que eu gostaria de dizer a você)
But I don't know how (mas eu não sei como)

I said maybe (eu disse talvez)
You're gonna be the one that saves me (você seja aquela que me salvará)
And after all (depois de tudo)
You're my wonder wall (você é minha protetora)

I said maybe (eu disse talvez)
You're gonna be the one that saves me (você seja aquela que me salvará)
And after all (e depois de tudo)
You're my wonderwall (você é minha protetora)

I said maybe (eu disse talvez)

You're gonna be the one that saves me (você seja aquela que me salva)


—Eu não quero ser igual o cara que escreveu essa música. Eu quero dizer tudo o que eu sinto. Eu te amo, Lokewood! E prefiro morrer a viver mais um dia sem você. - ele respirou fundo e continuou — Ao seu lado descobri que entre o sonho e a realidade, existe um espaço chamado felicidade, e para que a minha felicidade se torne realidade, preciso estar ao seu lado.
Corri para cima do palco e o beijei.
—Uhuuu! - um grito da plateia em coletivo. Luke mordeu meu lábio nos separando.
—Eu te amo, .
—Se eu tivesse que escolher entre te amar e respirar, eu usaria meu último suspiro pra dizer: Eu te amo. - ele me beijou e eu separei — Só para você saber, te perdoei sobre o incidente da traição.
—Ah é? Por quê?
—Porque eu percebi que não aguento ficar longe de você e que você também não!
—Isso é completamente verdade.
—Jura que nunca mais vai fazer aquilo? - ele pegou minhas mãos.
, eu fiz aquilo por medo de sofrer pelo meu amor por você, mas agora eu percebi que se não sofrer por ele com você, vou sofrer mil vezes mais e sem você. - sorri.

*


Os cinco dias que se passaram foram maravilhosos. e Ash não se desgrudavam mais, e Calum eram o casal mais engraçado da terra, e Mike o mais louco e eu e Luke… Bem, o mais apaixonado que já existiu, mas hoje era o dia da despedida e todos choravam. Ninguém queria ir embora da praia que os juntou.
eu… - Luke chorava e eu também. Estávamos nos despedindo, o táxi para levar eu e as meninas até o aeroporto já havia chegado.
— Eu te amo, Luke. Com todas as letras, palavras e pronúncias. Em todas as línguas e sotaques. Em todos os sentidos e jeitos. Com todas as circunstâncias e motivos. Simplesmente, te amo - sequei uma lágrima dele que caia - e vou amar para sempre.
—Você sempre vai ser uma parte de mim, .
—Não fale assim. Nós vamos nos ver de novo e não vai demorar.
—Promete?
—Prometo. - nos beijamos demoradamente.
—Até logo, Luke, conte os dias.
—Até logo, , contarei os segundos.

’s POV off

’s POV on

—Calum. - falei, olhando para baixo.
. - ele fazia o mesmo.
—Eu odeio despedidas. - falei.
—Eu também.
—Eu odeio estar apaixonada por você e ter que ir embora.
—Eu também odeio que você tenha que ir embora.
—Eu te amo.
—Eu amo mais. Muito mais. - nos beijamos e fui em direção ao táxi.

’s POV off

’s POV on

—Não quero ir, Ash.
—Também não quero que você vá. - ele secou uma lágrima que caía. —Mas precisa, linda.
—Eu te amo. - ele ficou estático, ele já tinha me dito isso, mas eu não.
—Oh meu Deus, eu te amo muito. - Ash levantou-me do chão e começou a girar. —Casa comigo?
—O quê? —Quando nos virmos de novo, casa comigo?
—Sim! - dei um selinho nele e corri para dentro do táxi.

’s POV off

’s POV on

—Mike, posso te colocar na mala?
—Londres? - ele fez careta — Você não quer ver alguns animas na Austrália?
—Quero!
—Você vai.
—Mesmo?
—Mesmo!
—Quando?
—Hum… Quando nosso primeiro filho nascer.
—Jura?
—Juro pela minha vida, meu amor.
—Tchau, Mike. - beijei aqueles lábios que eu tanto amo.
—Até logo, princesa.

’s POV

Seis meses depois


—Oi! Estão preparadas para uma notícia, garotas? - nosso produtor era o mesmo fazia seis meses, já estávamos super à vontade com ele. chegou e abriu a porta, dava para ouvir gritos histéricos de nossos fãs.
—Não acredito que em seis meses Daisy Days virou fenômeno mundial! - falei, acenando para as fãs da janela.
—Pois é, eu… - começava a falar, mas o produtor interrompeu.
—Vocês sairão em turnê para abrir os shows de uma banda que sei que vocês conhecem! - ele falou e nós gritamos. Seriam nossos primeiros shows ao vivo tirando festivais. Lembrei-me de Luke e do 5 Seconds of Summer. Não tínhamos noticias deles a não ser do sucesso que estavam fazendo. Apesar de sermos da mesma gravadora, eles trabalhavam na que fica na Austrália. Eu sentia tanto a falta dele.
—Quem é? - gritou, me tirando dos pensamentos.
—Nós! - e foi aí que eu os vi. Lindos como sempre. Luke foi o primeiro a entrar na sala, seguido de Ash, Mike e Calum.
—Oh meu Deus! Amooor! - levantou indo beijar Ash, as outras fizeram o mesmo. Luke veio em minha direção.
—Você demorou mais do que eu esperava. - falou e eu ri.
—Me desculpa. Você não sabe como foi horrível ficar todo esse tempo longe de você.
—Continuo te amando, e você?
—Mais do que cabe em mim. - puxei Luke pela gola da camisa e o beijei. Tão bom sentir aqueles lábios nos meus novamente.

Epílogo


—Janisss! Voltaa aqui! - a mulher corria atrás da garotinha loira e de olhos azuis de dois anos para vesti-la.
—Kurt! Se você não vier aqui agora, ficará sem Sr. Fofinho, seu urso favorito! - o homem corria atrás do garoto de cabelos castanhos e olhos azuis, de também dois anos tentando cumprir a mesma tarefa que a esposa.
Depois de mais meia hora, os filhos gêmeos do casal estavam devidamente vestidos e eles puderam conversar até a limousine chegar.
! Cadê meus sobrinhos lindos? - Anthony e se reconciliaram dois meses depois do acontecimento das férias. Ele estava bravo e bêbado no dia, a irmã o entendeu e perdoou. Hoje eles eram mais grudados do que nunca. Apesar de nunca ter perdoado Anthony, o garoto seguia em frente com sua esposa.
—Estão lá em cima! Vá logo que nós temos que ir à premiação.
—Janis e Kurt precisam de uma babá. Não damos conta de gêmeos. - o homem comentava com a esposa.
—É só uma premiação, Luke. E nós somos jovens, sabe, você que me engravidou aos dezessete.
—Só uma premiação que você vai ganhar, minha linda. - o marido abraçou de lado a garota.
—Vocês também vão! - comentava.
—Sim, sim. Acho que agora podemos ir, amor.
—Claro! Janis, Kurt! Precisamos ir! - as crianças chegaram arrumadas. O casal mais amado de Hollywood só poderia ter os filhos mais fofos e amáveis.
—Sim, mamãe! - Kurt segurava na mão da mãe e ia se balançando, enquanto Janis ia igual a uma dama segurando a mão do pai.
Entraram no carro e cumprimentaram os amigos. e Ash já tinham uma filha de três meses chamada Victoria. Mike e esperavam um garotão. e Calum tinham dois filhos meninos de um e dois anos, respectivamente, e ainda esperavam mais um garoto. Os casais comemorariam três coisas nessa noite: A premiação, o sucesso das bandas e, o mais importante: O reencontro há dois anos, que deu em quatro casamentos no mesmo ano.
—Eu te amo, Luke.
—Eu te amo mais, . - o casal se beijou, sendo separado pelo filho do casal.
—Que nojo!
—Para Kurt! É lindo! - a irmã repreendeu o garoto.

“O tempo pode apagar a lembrança de um corpo ou de um rosto, mas nunca os das pessoas como você que souberam fazer de um pequeno instante, um grande momento.”


FIM



Nota da autora: (01/02/2015): Oii lindas! Primeiramente, queria agradecer a todas vocês que leram a fic! Quero agradecer a minha beta maravilhosa Ana Laura, as minhas amigas Mari e Nyck por lerem e comentarem enquanto eu escrevia a fic para ficar cada vez mais linda! Gente do céu, eu amei escrever essa shortfic, cada pedacinho dela foi um amor <3! Comentem porque eu quero saber o que vocês acharam! Críticas são bem vindas ;)! Espero que tenham gostado, até a próxima xxx.

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