andava por uma rua de Los Angeles. Por não ser movimentada e fazer um frio de uma noite de outono-quase-inverno, estava praticamente deserta. O menino colocou as mãos nos bolsos de sua jaqueta. Seus dedos estavam congelando.
se perdia em pensamentos quando sentiu que alguém havia pulado ao seu lado. Era uma garota. Uma garota desconhecida. Uma garota desconhecida que quase o fez ter um ataque do coração. Ela sorriu.
– Olá – disse ela. Tinha lindos cabelos lisos e olhos brilhantes, ambos castanhos. Vestia um casaco branco, blusão vermelho, calça jeans e botas beges. E continuava sorrido largamente.
– De onde você saiu? – perguntou , assustado. Afinal, não havia a visto ali até alguns segundos atrás.
Ela riu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Colocou uma mecha do seu cabelo atrás da orelha e respondeu:
– Do céu, ué! Você pensou que era de onde? – soltou uma risada nasalada.
– Tipo, como um anjo? – estava surpreso. Era ela uma lunática? Talvez ele estivesse correto, dependendo do como de como se encara a situação.
– Não. Tipo como uma pessoa que procurava o caminho para Marte e simplesmente... Caiu.
– Ah, entendo – disse o menino confuso.
Os dois continuaram andando um ao lado do outro. Ele, em direção à sua casa. Ela, apenas seguindo, sem saber o motivo.
– Então, faz frio nessa época do ano. Não é? – ele disse para quebrar o silêncio que havia se instalado entre os dois. Só alguns segundos depois de fazê-lo o garoto percebeu como havia soado idiota. Ela não pareceu se importar, quando respondeu casualmente:
– Agora percebe por que eu queria ir para Marte? – ela deu de ombros. pensou em dizer que em Marte era tão frio quanto no Extremo Ártico. Antes que pudesse falar alguma coisa, a menina parou subitamente, colocando a mão na cabeça como se estivesse se lembrando de algo muito importante.
– Não acredito! Meu cachorro! Esqueci meu cachorro!
E ela saiu correndo de um modo estranho em direção às sombras. riu e continuou seu caminho.
Só para constar, o nome dela era . Aquela foi a primeira vez em que se encontraram. Não pretendo lhes contar sobre todas as outras, pois foram inúmeras. Acredito que todos nos cansaríamos de mais oitenta e sete longos anos de palavras trocadas. E, como não sei o que aconteceu a eles depois desse tempo, gosto de pensar que foram para Marte. Você sabe... acha que lá nunca faz frio. E não se importaria em acompanhá-la.
Fim
Nota da autora: Escrevi essa fanfic faz muuuito tempo. Achei-a recentemente em um papelzinho perdido, enquanto eu estava me mudando, e decidi postar. Espero que tenham gostado, porque ela significa muito para mim. Qualquer dúvida, crítica, ou o que for, deixem um comentário ou me mandem um e-mail. Um beijo enorme e obrigada por ter lido a minha fanfic non-sense. :D