- Senhorita null – falou o diretor da escola, sentado em sua mesa e null sentada na cadeira em sua frente
- É null... – corrigiu null
- Desculpe, seu sobrenome é um dos mais complicados que já vi, senhorita! – ele deu uma risada e disse sério – como você é aluna nova e veio de outro país, talvez você tenha algumas dificuldades, mas vi suas notas dos dois últimos anos e vejo que você é uma excelente aluna, mas qualquer dificuldade é só vir até minha sala.
- Obrigada, senhor Tunner.
- Aqui esta seu material, seu armário é o numero 87 e a senha é essa – dizia Tunner entregando os livros de null e um papel com a senha.
- Obrigada. – repetiu a menina comportada, ela era loira com fios bem lisos e presos em uma trança, tinha olhos azuis bem profundos e não muito alta, 1,56m de altura.
null foi até seu armário e percebeu dois armários à sua frente, em um deles tinha um menino agachado e espiando funcionários da escola no corredor ao lado, como se fosse aprontar alguma coisa. null guardava seus livros e em seguida foi até o menino, parou na frente dele e viu o que ele esta fazendo. O menino não olhou para a garota, só fez um movimento circular com o dedo indicador e disse “circulando”, sem olhar para ela.
- Ei, olha como você fala comigo, seu garoto metido a bad boy que faz uma péssima mini bomba de fumaça. – o garoto deu uma risada irônica e disse:
- E você menina metida a... – ao mesmo tempo o menino olhou para ela e ficou sem ter o que falar, ele encarou os lindos olhos azuis da menina e simplesmente não conseguiu continua e disfarçou – É novata?
- Sim
- Então novata, vou fazer uma regra, não se meta no meu caminho e nem das minhas armações e ficaremos em paz! – ela só levantou as sobrancelhas.
- Eu prefiro não seguir essa regra e já sei o que você vai fazer, senhora Campbell – null deu alguns passos para frente, mas o menino a puxou e a segurou pelo braço, colocando a mão sobre a boca da menina a fazendo ela se calar. Ela se rebatia tentando se soltar, mas não conseguia, o garoto projetou a bomba e a soltou
- O que você fez? – disse ela alterada
- Acho que é melhor você correr, se não vai ser pega como minha cúmplice e não é bom para uma novata – disse o menino, então a garota correu para a mesma direção que ele.
- Você tem problema? – perguntou a menina incrédula e alterada no lado de fora da escola
- Pena que não deu para ficar lá, seria engraçado ver a cena – dizia o menino, rindo
- Tenho que concordar que seria mesmo – respondeu a menina
- Pera ai, você é bipolar? Você parece aquelas meninas comportadas e boa aluna, alias sou null null - dizia ele, estendendo a mão para a garota
- Sou null null – disse ela pegando na mão estendida do garoto, o cumprimentando
- null.. que? – pergunta ele ainda segurando a mãos da menina
- – repete a garota devagar, tentando fazer o menino entender e soltando da mão dele
- É russo? – pergunta null, sentando-se num banco e null sentando-se ao seu lado
- Não, polonês. Mas sou da Suécia. Mudei pra cá há alguns dias.
- Por quê?
- Coisas de trabalho do meu pai
- Sente falta de lá?
- Sim, dos meus amigos, aqui eu to sozinha.
- Não sou grande coisa, mas pode me considerar seu amigo. – disse ele rindo
- Obrigada – então o sinal toca
- De que ano você é? – pergunta null
- 7ª série e você? – responde menina
- 8ª, que pena. – null responde e em seguida os dois entram na escola, as classes de ambos eram perto.
- Turma, esse ano temos uma aluna nova, ela veio da Suécia, seu nome é null null... como se diz querida? – falou o professor sem graça
- null – repete a garota pela milésima vez no dia.
- Isso! Agora pode se sentar
- Ok – respondeu a garota, ela sentou -se na penúltima cadeira e ficou quieta assistindo à aula.
- Ei, null, quer entrar no meu grupo? Falta só uma pessoa – falou a garota sentada ao lado de null
- Sim, eu quero.
- Sou Rachel
- Eu sou a Louise.
- Prazer em conhecê-las.
15 minutos depois elas terminaram a lição.
- Completamos, professor – dizia Rachel num tom mais elevado, fazendo o professor, no outro lado da sala escutar
- Rachel, pode colocar a folha na minha mesa, por favor – disse o professor
- Vamos sentar com quem no intervalo? – perguntou Louise
- Com a null.
- Quem é null? – perguntou null
- Ela é da oitava, é amiga nossa, ela é legal. – respondeu Rachel rindo
- Eu conheci um menino da oitava, só não sei se são da mesma sala.
- Quem?
- null.
- null? – falou Louise
- Aham.
- Vocês são amigos? Tá afim dele? – perguntou Rachel
- Não, só troquei umas palavras com ele, coisa rápida, esbarramos no corredor e ele perguntou se eu era nova.
- A Louise é afim dele.
- Sério?! – perguntou null
- Só ficamos numa festa gente, parem de encher o meu saco com isso. Só fiquei porque a null insistiu.
- Então null, conte -nos da Suécia. Como é lá? – perguntou Rachel.
No intervalo.
- Qual seu nome?
- null. E você é?
- Sou null, mas todos me chamam de null, inclusive você. – falou sendo simpática e null deu um sorriso. As duas conversaram bastante, algumas meninas se juntaram a elas e mais alguns meninos. null avistou null sentado numa mesa com outros garotos, provavelmente da sala dele, ele avistou ela e acenou, ela só deu um sorriso tímido e olhou para baixo, logo olhou para ele que deu um sorriso, ela o acenou de volta. Alguns garotos deram um leve tapa no ombro dele e riram falando que ele já estava dando em cima da novata.
Logo se passam dois meses. null e null conversavam bastante, null não conseguia tirá-la da cabeça, mas null só o via como um amigo.
- Está popular. – dizia null
- Eu? Magina – respondeu null
- Lógico que tá, anda com as meninas populares, tá super amiguinha da null, faz parte das líderes de torcida, além de todos os meninos te acharem atraente.
- Mesmo assim, não me considero popular, ainda falo com você! – dizia null rindo quando falou dele
- Espero que continue assim – falou não achando graça
- Fica tranquilo, não sou de trocar uma amizade verdadeira só por popularidade – dizia null, abraçando null
- Já recebeu seu boletim? – perguntou null, sentado no mesmo lugar onde conversou com null pela primeira vez
- Recebi, e você? – perguntou null
- Também
- Posso ver?
- Até que minhas notas estão ótimas esse ano! – falou null entregando o boletim – Posso ver o seu?
- Sim, mas está péssimo – disse a garota não muito animada
- Péssimo? A nota mais alta é 9,5!
- Grande coisa é em historia e a matéria era sobre a guerra mundial, sou da Europa, é a matéria que mais sabemos! – disse null
- Você tem 8 em matemática, é ótimo, nem lembro meu último oito em matemática e não tem nenhuma nota abaixo de oito aqui – dizia o garoto impressionado – estou envergonhado com você olhando meu boletim
- Pois é, suas notas estão entre seis e sete, só tem só dois oito aqui – falou a garota
- Você é a prova que nem todas as loiras são burras – disse null
- Ei, olha como você fala das loiras, você acha que elas são burras? – disse null elevada, ela não aguentava esses tipos de comentários
- Não... – null respondeu, mas null retrucou e assim ficaram até que null conseguiu reverter a situação.
6 meses depois.
- Não aguento mais escola! – dizia null, largando sua bolsa e se sentando ao lado de null
- Benvinda ao meu mundo – respondeu null irônico
- Não aguento, são muitos trabalhos, trabalhos e trabalhos e a pressão fica em cima de mim, já que sou sempre a eleita responsável do grupo, prefiro os individuais
- Faz que nem eu, não faz os trabalhos, poupa tempo e cansaço – dizia null fazendo graça e dando um sorriso de lado
- Claro e as notas no boletim chegam lá em baixo
- Nem tudo é uma maravilha... – dizia null olhando para um experimento ou bomba de fumaça
- O que é isso? – perguntou null
- É um projeto que to tentando fazer, mas eu não entendo o que faço de errado
- O que você pretende ser da vida?
- Nada, só ser integrante de uma banda de rock
- Nossa, boa sorte
- E você?
- Talvez médica, engenheira petrolífera ou uma executiva. To pensando ainda.
- Nossa.
- Calado agora, deixe-me ver o que tem de errado nisso – null com todos os seus múltiplos conhecimentos deu uma explicação bem nerd para aquilo, o que deixou null boquiaberto – Não faz essa cara, isso eu vi na escola lá na Suécia e o professor de física do colegial que me explicou. O cara era muito inteligente, você não tem noção!
Os anos foram passando, null sempre ajudava null em seus planos maquiavélicos, mas em troca pedia para que ele estudasse mais e ele assim o fez, tinha as notas entre sete e oito. Eles continuaram assim, até que no último ano escolar de null ele foi pego, e para livrar a cara de null que era uma ótima aluna e aquilo com certeza iria para o histórico escolar dela e a prejudicaria, ele assumiu toda a culpa e foi expulso, null ficou mal quando soube que ele assumiu a culpa sozinho, null fez isso porque ainda gostava dela, nunca a esqueceu com os anos, mas ela o tinha como seu melhor amigo e ele fez de tudo para ela perceber seu amor, mas nada aconteceu. null para ajudar o amigo pediu para o diretor dar uma segunda chance a null, alegando que era o último ano dele e que ele não iria encontrar uma escola a tempo e poderia perder o ano, as notas de null eram boas, acima da media. Então o diretor deu uma segunda chance a null. null resolveu não ajudá-lo mais em seus planos. Ele insistia, ela também não o deixava fazer. null também era muito amigo de null que estudava na mesma sala que ele e era melhor amiga de null. null sabia do amor que null sentia por null, era uma pena ela não o corresponder, alias null tinha acabado de começar um namoro com null de sua sala, um garoto extremamente popular e titular no time de futebol americano da escola. Os meses foram se passando, ate que acabou o ano letivo.
- null, você não vai tentar entrar para nenhuma faculdade? – dizia null preocupada com o futuro do amigo
- Não – respondeu null, o casal de amigos estava em uma lanchonete, null tomando um Milk Shake e null comendo uma porção de batatas fritas.
- Por quê?
- Nunca tive nenhuma profissão em mente, agora estou numa banda, vou tentar ganhar a vida com ela e depois morar no Havaí com a mulher que amo – com isso null deu uma risada
- Sortuda ela em!
- Nem imagina o quando – dizia null não muito empolgado
- Vai ser o príncipe no baile de formatura esse ano?
- Claro – dizia null empolgado, em uma forma irônica – Não vou ao baile
- Você tá zoando?!
- É sério, eu não vou
- Para com isso, é só uma vez na vida
- Que não vai fazer diferença
- Chama a null pra ir com você
- Eu ia chama-la para ir comigo, mas não to muito empolgado, então não a chamei e agora ela tem par.
- É mesmo, o Chad a chamou, espero que ela seja rainha, é o sonho dela e o meu vai ser ano que vem!
- Ninguém tem dúvidas que ela será a rainha e ano que vem provavelmente será você, a não ser que entre uma garota nova bem mais bonita que você, extremamente difícil, consiga ficar bem mais popular que você, que é difícil e namore um dos titulares do time de futebol americano do colégio, algo fácil
- Senti a ironia no null na última parte “fácil”, null você é meu melhor amigo e ele meu namorado, eu só quero que vocês se entendam e parem com essa briga
- Você sabe que eu nunca gostei dele, mesmo antes de você namora -lo, só não sei como você consegue
- Não escolhemos quem amamos – essa frase de null deixou null abalado, a vontade dele era de dizer que a amava e que nenhum homem iria gostar dela como ele gostava. Mas sabia a resposta iria ser “não escolhemos quem amamos, você é só meu melhor amigo” então null ficou quieto e trocou de assunto
- Mas mesmo assim, não vou ao baile.
- Vê alguma garota do tipo, última, última opção – null se referia àquelas garotas isoladas, não favorecidas de beleza.
- Claro, nada contra elas, mas teríamos que fazer companhia um para o outro a festa inteira e não iríamos ter conversa e seria chato.
- Chama alguma garota de outra sala que você seja amigo, tem tantas
- Verdade, você!
- Eu?
- Sim, aceita ser minha acompanhante do baile?
- Eu não sei, null não vai gostar... – logo null é interrompida por null
- Você acabou de dizer que eu e null temos que parar com essa briga, estou tentando, mas ele não pode proibir minha melhor amiga de ir ao baile comigo
- Tudo bem, eu vou!
Chega o dia do baile, null estava extremamente linda, deixaria null causar um acidente de carro feio só por admirar sua beleza.
- Nossa, seu pai fez uma péssima escolha em emprestar o carro dele! – dizia null
- Ei, eu não dirijo mal
- Vou começar a rezar e ligar pra null, se caso eu morrer, ela pode ficar com meus sapatos e roupas.
- Engraçadinha
Logo eles chegaram, tiraram a foto que todos os casais são obrigados a tirar. E foram abordados por null e Chad. Chad era o cara mais popular da escola, o melhor do time de futebol americano, com a saída dele, null se tornava o mais popular e o melhor do time.
- Pois é null, como eu imaginava você não ia conseguir um belo par hoje, não me entenda mal null, mas você, linda e maravilhosa é um belo par, pena que namora. Não é legal vim com outro no baile.
- Cala boca, Chad – dizia null seca e null alterado
- Calma null, Chad, pena que eu não gosto de você é uma pena você ser tão amigo do meu namorado, e eu só estou acompanhando meu melhor amigo, null.
- Tudo bem – dizia Chad irônico
- Ai amiga, ainda bem que você está aqui, eu não vou ser rainha, não vou – dizia null nervosa
- Claro que você vai sua boba, não tem ninguém que mereça mais que você, agora pare com isso, não fique com medo, vai dar tudo certo e no final da noite você vai ser rainha.
- Ah, obrigada amiga.
As horas foram passando ate que rápido, null e null ficaram sentados em uma mesa conversando, dando boas risadas e comendo, até que a hora de anunciar o rei e a rainha chegou, null largou null e foi correndo procurar sua amiga null, ela estava junto com as meninas da sala dela, null como era amiga das outras garotas se juntou a elas para desejar boa sorte.
- A rainha esse ano é... null Miller – null simplesmente não acreditou, foi até o palco e colocou a coroa.
- E o rei esse ano é... Chad Mitchell – Eles dançaram a valsa exclusiva do rei e rainha, logo todos começaram a dançar a música lenta e null ficou encostada na parede vendo, pensando como seria diferente o próximo ano sem null e null.
- Distraída? – dizia null chamando a atenção de null
- Desculpe te abandonar daquele jeito, eu precisava ver a null naquela hora
- Eu entendo – null fez um cara triste e disse – não fui o rei, búa
- Para, seu bobo
- Até parece, que besteira, é sempre a garota mais popular da turma e o líder de algum esporte
- Ei, eu quero ser rainha ano que vem! – falou dando um tapa no ombro dele
- Quer dançar?
- Não sei, todos vão ficar olhando, a mina do null dançando com outro
- E desde quando você liga para o que os outros dizem? É só uma dança com seu melhor amigo, o que tem de mal?
- Ok, ok – eles dançaram coladinhos, null com sua cabeça no ombro de null e ele com as mãos da cintura dela, como ele tinha vontade de beijá-la, mas não podia e muito menos ali, o cheiro dela sempre o deixava louco, ela era tão bonita e delicada, como ele queria ser o cara que a faria feliz, segurá-la em seus braços, adormecer ao lado dela. Mas quem fazia isso simplesmente era um babaca.
- Pronto, satisfeito mocinho? – dizia null, afastando -se de null quando acabou a música
- Sim – ele respondeu
Após um tempo eles vão embora.
7 meses mais tarde
null está fazendo faculdade de direito, mas sempre tem um tempinho para a amiga, já null fazendo pequenos shows com a banda Reset, ele não encontrava muito null, mas sempre ligava pra ela, null continuava namorando null, quer dizer, fazia três dias que eles terminaram, ela o pegou na cama com outra, uma garota da mesma escola deles, só que uma classe antes. null tentou ir atrás de null, mas ela não quis mais nada com ele.
- Amiga você está? – perguntou null, entrando no quarto, o quarto estava uma bagunça, tinha pequenos potes de soverte por todo o lado, papéis de lenços lotando o lixo da garota que chorava em sua cama.
- null, você está assim há três dias, null não merece as lágrimas que você derrama por ele
- Eu sei, mas eu não consigo – dizia null com a voz fraca e olhos vermelhos
- Mas a partir de hoje vai conseguir, ENXUGA ESSE ROSTO E NÃO QUERO VER UMA LÁGRIMA CAIR – com isso null ficou quieta, mas acabou deixando uma lágrima de um olho só cair
- Desculpa – falou baixo, enxugando a lágrima
- Hoje vamos fazer um dia inteiro de salão e compras! – dizia animando a amiga
- To sem grana – dizia null como desculpa
- Não mente, sua mãe que sugeriu esse dia, você pode usar seu cartão de crédito a vontade hoje
- Não to a fim de fazer compras – se null não estava a fim de fazer compras, era muito grave o caso
- Eu vou ligar pro null! – ameaçou null, já que null não sabia do término do namoro e muito menos de como terminou, null sempre avisava que null não prestava, mas null nunca ouvia
- Não... – dizia null com voz de choro
- Então vai tomar banho e se trocar, porque nos vamos sair!
- Prometo melhorar, mas não to a fim de sair – ao mesmo tempo null pegou o telefone
- Eu estou dando o meu sermão há três dias e tentando fazer você melhorar, agora se você não fizer o que eu mandei, eu ligo para null, e você vai ouvir o sermão dele falando que sempre esteve certo sobre null.
- Tudo menos o null – falou null indo ao banheiro tomar banho, enquanto tomava banho o celular de null tocou e era null, null desliga na cara dele, em seguida null liga e ela atende.
- É verdade, eles terminaram – dizia null respondendo a pergunta de null
- E como ela tá? – pergunta null
- Péssima, arrasada, coitada da minha melhor amiga, mas estou tentando anima-la para irmos ao salão de beleza e fazer compras também.
- Foi ele que terminou com ela? - Não exatamente...
- Me conta, null, por favor! - Tá bom, ela o pegou na cama com outra, ela é da escola, do segundo ano. Ele tentou ir atrás dela, mas lógico que ela não o quis.
- Que desgraçado, filho de uma puta! – dizia null extremamente revoltado, se null estivesse na frente dele naquele momento, com certeza matava o infeliz.
- Eu sei o que você sente por ela, mas calma.
- É difícil, saia com ela hoje, mais tarde to passando ai. - Ela já tá saindo do banho, vou desligar, tchau
- Tchau. - Quem era? – perguntou null, enrolada em uma toalha e com outra secando o cabelo
- O null, ele já ficou sabendo que vocês terminaram
- Mas ele ficou sabendo da traição? – perguntou null preocupada
- Não, só que vocês terminaram e então perguntou como você estava
- E o que você disse?
- Que na medida do possível bem e que iríamos ao salão e depois fazer compras
- Ótimo
- E ele disse que vai passar aqui mais tarde pra te ver
- Droga
- Por quê? Ele é seu melhor amigo, vai te fazer bem
- É, mas ele me entende melhor do que eu, ele vai ver perceber que estou escondendo alguma coisa.
- Repito, ele é seu melhor amigo, você deve contar a ele, se sentir segura pra isso.
- Já estou pronta, vamos
- Óculos escuros, nem tá tanto sol assim, ah tá, entendi, desculpe.
Elas foram primeiro às compras, null comprou uma sapatilha e duas blusas, um rímel novo, uma sombra dourada e um batom. Depois foram ao salão de beleza, null resolve fazer as unhas, estavam péssimas com o término do namoro, quebradas, roídas, pequenas, esmalte descascando. Aproveitou e fez o pé. null fez a mão e retocou a franja que já estava incomodando o olho.
null já estava um pouco melhor, às vezes se lembrava e se sentia mal. Chegando em casa ela viu o estado de seu quarto e resolveu o arrumar, null a ajudou, quando terminam null disse que tem que ir embora para estudar.
null fica assistindo TV pra se distrair, com um pote de sorvete de baunilha, logo escuta a campainha, só podia ser null, e era. null estava com um pote de sorvete de baunilha nas mãos.
- O meu já estava acabando – disse null pegando das mãos dele e entrando na casa
- Oi né – disse null irônico, tentando ser engraçado, null sentou do sofá
- Quer conversar? – pergunta null, sentando-se ao lado da garota
- Não, a novela tá interessante
- E desde quando você assiste novela?
- Desde agora – disse null comendo o sorvete e voltando a assistir à novela, e ficaram assim por um tempo até que null deixa duas lágrimas caírem e null percebe
- null, quer desabafar ou não?
- Não
- Você sempre disse que eu sou seu melhor amigo, eu estou aqui para te ajudar. Não é bom guardar tudo pra si mesma. – e então null começou a chorar, null não aguentando aquela cena a abraçou bem forte, ela só retribui o abraço e chorou no ombro dele, aquilo cortava o coração de null, que fazia carinho no cabelo dela.
- Calma, calma, eu fico mal em ver você assim.
- Ah, null, está sendo tão difícil pra mim – disse null, soltando-se de null
- Me conta tudo null, por favor.
- Eu não quero te falar, você vai dizer “eu avisei, eu avisei...”
- De fato, eu avisei, mas já aconteceu, não serve de nada ficar falando isso, agora me conta tudo.
- Ele me traiu... – disse null deixando cair algumas lágrimas
- Que idiota
- Eu peguei ele na cama com outra
- Que filho da puta – null vendo o estado da amada a abraçou - Não chore, ele não te merecia, disso você pode ter certeza – ela se solta dele e vira para frente
- Eu sei o quanto fui tola, mas é difícil
- Não tem como melhorar de uma hora pra outra, mas tem como evitar a dor. – null pegou uma almofada e colocou sobre as pernas de null e apoiou sua cabeça ali. null fazia carinho no cabelo dela
- Como? - perguntou null
- Fazendo outras atividades, ficando perto de quem você ama e de quem nunca faria mal a você
- null, promete nunca me magoar?
- Prometo. Eu te amo.
- Eu também te amo, null – disse null, mas null sabia aquele “eu te amo” dela não tinha o mesmo significado que o dele. null ficou por um tempo deitada no colo de null, ela gostava da sensação que sentia com null, sempre em segurança, protegida. null se levantou e falou:
- Quero fazer alguma coisa!
- Assim que se fala, menina! Trouxe alguns jogos de vídeo game e peguei emprestado o jogo Britney Spears Dance Beat do null – isso fez null rir – Eu sei que é sua cantora favorita. – disse null
- Acertou! Coloca logo o da Britney – null ajeitou tudo para o jogo, os dois ficaram dançando, null tinha um bom gingado, sabia rebolar muito bem, null tentava manter a concentração no jogo, mas sempre perdia para null, ele era péssimo dançando. Os dois ficaram ali dando muita risada, ele conseguiu animá-la mais do que null nesses três dias, null sempre se sentiu bem ao lado de null, com ele null nunca ficava triste. Tudo que null queria era ver um sorriso no rosto de null e sempre conseguia.
Logo passaram três meses e o grande dia da formatura estava chegando, mas null não estava muito animada, ela já tinha esquecido null e não era por causa dele que ela se sentia assim. null foi ao trabalho de null e em seguida foram a uma lanchonete.
- Por minha conta esse Milk Shake, à futura rainha do baile da High School Stalteri! – dizia null entregando e sentando -se à mesa com null
- Você é um amor! – disse null não muito empolgada
- O que foi? Não era pra você estar assim, deve estar preocupada com o título, fica tranquila, você vai ganhar
- Não é isso, só não to muito animada pro baile, nem quero ir
- QUE? Acho que entendi errado, seu sonho é ser rainha daquele baile
- Acho que não é mais
- Se você não for, vai se arrepender mais tarde, quem é seu par?
- Não tenho
- Como assim? Você é null null, todos os homens daquela escola fariam uma guerra entre si e quem fosse o sobrevivente seria seu par
- Exagerado.
- Estudei naquela escola até ano passado e sou homem, eu sei disso.
- Você acredita que null chegou em mim e pediu pra ser meu par, perguntei por que eu aceitaria, ele disse porque nós dois seríamos rei e rainha e tínhamos que ir juntos, lógico que recusei. Eu já ia recusar de qualquer maneira.
- Que idiota
- Eu falei pra ele, essa popularidade vai ajudá-lo em nada fora do colégio, acabou o ano praticamente, ano que vem é faculdade, ele não vai ter essa moral toda lá
- Você é a única dos populares que não é fútil, metida.
- Acredita que eu tinha um admirador secreto, acho que foi por isso que falei não para todos que me chamaram para ir ao baile, eu queria saber quem era meu admirador, até se ele não fizesse nada do meu tipo e fosse um daqueles nerds, eu aceitaria ir ao baile com ele, já que ele pedia nas cartas que deixava em meu armário
- Ah é – dizia null tentando esconder o ciúmes
- Eu respondia as cartas, na verdade, eu achava graça, além de serem super fofas as palavras dele, eu ficava curiosa pra saber quem era, ele dizia que fez de tudo para notá-lo esse ano, mas não conseguiu e dizia também que meus olhos eram lindos e eu era a garota mais bonita de lá – null ficava com mais ciúmes e viu o sorriso no rosto de null que contava tudo a ele – Eu correspondia as cartas dele, falando que ele era um fofo e para ele aparecer, ele marcou um encontro depois da aula atrás da escola, então eu fui, você nem vai imaginar quem era
- Conheço? – perguntou null querendo “matar” o infeliz
- Sim, mas nem deve lembrar
- Quem era?
- Um garoto do 1º ano.
- E você vai dar uma chance a ele?
- Claro que não, não sou pedofilia! – null ficou mais aliviado
- Ele tava com um amigo e me deu um buquê de flores, um fofo, mas falei que não teria a chance de rolar nada entre nos dois, ele ficou triste, mas dei um abraço e tirei uma foto com ele e tudo ficou bem.
- Nossa, mas voltando à historia do baile, você vai?
- Não, null...
- Além de ser rainha do baile, você tem outro grande motivo pra ir
- Ah é, qual?
- Eu não sei como você não sabe, mas minha banda vai tocar lá
- Sério?! – disse null com um sorriso no rosto
- Aham, vamos tocar só três musicas, mas você vai. Vai ser um pouco antes de nomearem a rainha do baile e eu quero ver isso!
- Ok null, ano passado eu fui seu par, esse ano você é o meu.
- Ok, aceito!
- Agora vou ligar para a null, para ela me ajudar a escolher um vestido para ser a rainha! – disse null, levantando-se e pegando suas coisas
- Assim que se fala! – disse null, null agacha, dá um beijo na bochecha de null e vai embora, ele só coloca a mão em cima do local e vê null indo embora.
Logo chegou o dia do baile, null passou o dia inteiro no salão de beleza, fez o cabelo, mão, pé, maquiagem, serviço completo. Depois foi para sua casa terminar de se arrumar.
- Pronta? – dizia null antes de entrar ao grande salão de festas
- Pronta! – eles entram, tiram fotos, null era sempre abordada por alguém de sua sala para tirar foto ou dizerem que ficarão com saudades dela, null olhava assustada, mas era gentil. Começou a tocar uma musica lenta no salão, null a chamou para dançar e então null interferiu.
- Eu sou o acompanhante dela! – null e null vão para a pista e dançar
- Obrigada.
- Não foi mais do que minha obrigação. – null dança, olhando nos olhos de null, que faz o mesmo, eles ficam assim, até que vão aproximando seus rostos para um beijo, quando encostam os lábios para iniciar um beijo calmo, são empurrados por algum casal desengonçado, eles não conseguiram ver quem foi. null vê o que quase aconteceu e vai correndo para o banheiro. Lá ela escuta uma descarga e vê null saindo do banheiro.
- O que foi? Medo de não ser rainha, mesma coisa ano passado, também vinha para frente do espelho me encarar.
- Não é isso, null.
- O que é?
- Eu beijei o null
- QUE ÓTIMO! – dizia null empolgada e batendo palmas
- Ótimo nada ele é meu melhor amigo.
- De todos os seus rolos e null, nenhum te mereceram, mas null te ama, só você nunca conseguiu enxergar isso
- Você tá falando nada com nada.
- Eu estudei com null desde a primeira série, sempre fomos amigos, há anos ele tenta fazer você perceber o quanto ele te ama, mas você não consegue enxergar isso.
- Mas ele é meu melhor amigo...
- Melhor amigo e não irmãos, quer dizer que pode dar uns pegar e depois namorar.
- Eu nunca me imaginei namorando null.
- O que você sentiu quando o beijou?
- Não deu tempo, estávamos dançando, mal começamos o beijo, quer dizer nem começamos, um casal esbarrou na gente e eu vi o que tinha feito e vim correndo para o banheiro.
- Agora você vai sair do banheiro e encarar o null!
- Não consigo.
- Você consegue, amiga. - Chamamos ao palco a banda independente Reset. - Não dá mais tempo, vamos correndo assistir a apresentação! – dizia null puxando null pelo braço, elas ficaram no fundo, mas não tinha muita gente, dava pra ter uma ótima visão do show.
- Vamos abrir esse show com uma canção que fiz para uma pessoa muito especial e ela está aqui – dizia null no palco, procurando null, quando a achou terminou de falar, olhando só para ela.
- Que fofo, se você não percebeu é pra você essa canção – disse null
A banda canta I’d do Anything
null cantava apontando, piscando, sorrindo para null, ela ficava tímida e olhava para baixo, mas logo voltava a olhar só para ele. Reset tocou mais duas músicas, null sorria e piscava para null, ela o respondia com um sorriso tímido. A banda acabou de tocar e o diretor diz que enquanto ocorria o show eles contaram todos os votos de rei e raiva do baile. Nesse momento null gelou.
- Amiga, amiga, eu acho que vou ter um infarto é sério me leva pro hospital, meu coração tá muito acelerado, foram muitas emoções por hoje, eu to com medo, eu quero a minha mãe. – dizia null como uma metralhadora para null, o restante das garotas da sala de null foram se juntando a ela.
- Nervosa? – perguntou null atrás de null
- Nem um pouco – dizia null olhando suas mãos que estavam tremendo e suas pernas também. – eu acho que vou cair, estou toda tremendo!
- Ei, calma, vai ser você. – dizia null pegando na mão de null que estava tremendo.
- E a rainha esse ano é... null null, parabéns! – nesse momento null solta a mão de null, ela olha para null, não acreditando e sobe no palco para colocar sua coroa.
- E o rei esse ano é... null Dasovic, Parabéns! – dizia o diretor, infelizmente e como previsto null ganhou o premio, null e null tiveram que dançar juntos a valsa. Era a dança exclusiva para os dois. null não tirava os olhos do casal na pista de dança. null fazia questão de pisar no pé de null.
- Desde quando você se tornou uma péssima dançarina para pisar no meu pé?
- Desde quando estou tendo que dançar com você.
- Que isso, hoje a noite é nossa, nós dois é quem comandamos isso aqui, nossa coroa diz tudo.
- Essa é a última noite que você manda aqui, isso é o que a coroa significa.
- Então vamos aproveitar nossa última noite de reinado, pode ser juntos e relembramos os velhos tempos.
- Eu passo.
- Por que o namorado não deixa? Eu vi o jeito que ele cantava pra você e o jeito que você ficava.
- Acertou, eu e null estamos namorado
- Por isso que eu nunca gostei dele, dava pra ver que ele sempre foi super na sua.
- Eu demorei, mas encontrei alguém que sempre me amou, esteve no meu lado, nunca me abandonaria pra ficar com uma qualquer, ele é diferente, por isso que o amo. – disse null, terminando a dança e largando null sozinho e indo em direção ao null, ela pegou na mão dele.
- O que quer fazer agora?
- O que você quiser – responde null
- Eu sinceramente quero aproveitar aqui, até meu último segundo, me acompanha?
- Claro! – disse null com um sorriso, null olhava fixamente para null e se aproximou dele, null a beija. O DJ da festa anuncia que agora na festa iria só tocar músicas de balada.
null acompanhou null que estava dançando, tiram fotos para registrar esse momento e também trocaram beijos e caricias.
- Como eu fui idiota em não ver que você sempre esteve ao meu lado? – falou null
- Eu que fui um idiota em nunca ter falado dos meus verdadeiros sentimentos
- O que você acha de aproveitar o tempo perdido?
- Eu acho ótimo! – responde null, que a beija.
Os dias foram se passando, null e null se viam com frequência, mas não mais como melhores amigos.
- null, eu não sei como falar isso, mas estamos tendo uma amizade colorida? – perguntou null sentada com null em uma das mesas da lanchonete e tomando um Milk Shake
- Eu pretendo ter mais do que isso com você.
- Como assim?
- null, quer namorar comigo?
- Mas null... – falou null confusa, pois null era seu melhor amigo – Eu acho que estou confusa, eu nunca me imaginei com você sendo meu namorado, o que você sente em relação a mim?
- Acho que desde o primeiro momento que te vi e encarei seus lindos olhos eu gostei de você, e com os anos isso foi só aumentando, nunca foi uma coisa de melhor amigo, eu namorava outras, mas não conseguia te esquecer completamente e quando você me contava dos seus rolos e null eu ficava mal, mas tentava não transparecer isso, mas você me via como seu melhor amigo. E quando você me perguntou o que eu realmente sinto por você, depois de todos esses anos eu digo que é amor, tudo que eu mais quero é uma chance para te fazer feliz, eu nunca te magoaria como os outros te magoaram, porque você é o que eu sempre quis, então, aceita namorar comigo, null? – ela abre um sorriso e diz:
- Sim, eu aceito – null a beija
Passam quase dois meses. Os pais de null tiveram que viajar, mas null ficou. null alugou alguns filmes para assistir com null na casa dela.
Ela fez pipoca e assistiu ao primeiro filme agarrada a ele. Quando null coloca o segundo filme ela diz que não.
- Você não quer ver?
- Não, quero passar um tempo só com você, sem filme.
- Ok. – fala null estranhando. Ela senta em cima dele e começa a beijá -lo.
- null, eu te amo e confio em você.
- Isso é bom. – ele responde e null sorri
- Hoje eu quero ser sua completamente.
- Isso é sério?
- Sim, null.
- Você tem certeza?
- Sim! – null a beija. Ele tira a blusa dela e ela faz o mesmo com ele. Ela deita na cama e null beija o pescoço dela e vai descendo, ele tira a calça dela e volta beijá-la.
- Você tem mesmo certeza?
- Sim. – null tira a calça dele. null abre a gaveta do criado mudo ao lado da cama e pega uma camisinha e dá a ele.
Após finalizar, null coloca sua roupa íntima e null faz o mesmo. null fica com a cabeça sobre o ombro de null.
- Eu queria ter sido o seu primeiro.
- Eu também queria que você fosse.
- Eu pensei que esse momento nunca iria existir para mim. – null apenas sorri para ele – Eu te amo.
- Eu também te amo. – ela responde
Com o passar dos meses amigos próximos a eles estranharam o namoro, mas viram o quanto eles estavam felizes.
Durante esse tempo, já tinha começado as aulas na faculdade de medicina de null, os pais de null compraram para ela uma casa de três quartos, uma cozinha, dois andares, quintal de fundo. Tudo isso porque eles mudaram para a Suécia e a vida de null já estava feita no Canadá, ela havia sido aprovada na melhor universidade do país em medicina e estava namorando null.
null fazia pequenos shows com sua banda Reset. null sempre que dava acompanhava eles, assistia aos shows e tinha que ficar aguentando mulheres que ficavam dando em cima dos integrantes.
- Você estava ótimo – dizia uma morena a null
- Verdade e você também – dizia uma ruiva ao baterista da banda
- E aquela musica I’d Do Anything, uma letra romântica com uma pegada rock punk, imaginei que você estava cantando pra mim, gato – dizia a morena se aproximando de null e ele sem disfarçar se afastava, no mesmo momento null entrou na sala e viu tudo, ao olhar ela fica brava com null, mas entende a situação e vai até ele.
- Você foi ótimo hoje, como sempre, amor – falava null abraçando null e dando um selinho nele
- Que bom que você gostou, como sempre eu cantei I’d Do Anything pra você, já que campus pra você. – falou null para null
- Quem é você? – perguntou a morena com cara de nojo
- null, namorada de null e você? – pergunta null fingindo simpatia
- Samara. Estava assistindo ao show, gostei e vim parabenizar a banda. – logo depois a garota foi embora, puxando sua amiga.
- Francamente, já tá conquistando Maria palheta por ai? – falou null abraçada com null
- Fica tranquila que nenhuma se compara a você – falou null a beijando
Cinco meses depois.
- To cheia de trabalhos da faculdade
- Você é nerd – respondeu sentado na cama, olhando null se arrumar, eles iam jantar juntos – Não sei por que ta se arrumando toda pra mim, depois vou tirar tudo!
- Ei!
- Sou realista – null vai até ele e fala no ouvido de null:
- Então vai adorar minha nova lingerie – null a abraça, beija o pescoço dela.
- Então não vamos deixar pra mais tarde!
- Não, não. – falou se soltando
3 meses depois.
- Eu to morando agora num quarto que tem no porão da casa do Jeff, ele só tá cobrando 150 o aluguel, acho que já tava na hora de sair da casa da minha irmã, deixá-la com privacidade.
- E por que Jeff?
- Porque o preço tava bom, você não gosta dele?
- Gostar eu gosto, mas você tá tendo um caso com ele?
- Não! – falou incrédulo
- Então por que não veio morar comigo e vez de com ele?
- Sério?
- Muito sério!
- Quando trago minhas coisas?
- Desde já!
Dia do primeiro ano de namoro. Julho de 2000
Após passarem um dia juntos, trocarem presentes, passearam e jantarem para comemorar a data de um ano juntos. E em seguida foram para casa.
- Meu deus, que lindo null, quando você fez isso? Está muito lindo, eu te amo. – falava null ao abrir a porta de casa e se deparar com o local cheio de pétalas.
- Mandei os meninos arrumarem pra gente
- Está tudo muito lindo – falava com os olhos marejados, abraçando null
- Você não acha que tudo ia acabar por aqui, lógico que tinha que fazer algo especial
- Tudo já foi especial, mas isso tá perfeito! – falava e então null a beija, os beijos vão ficando extensos e vão para a direção ao quarto.
3 meses depois.
- Você tá muito pensativo, o que tá acontecendo? – falou null que estava sentada na mesa da sala fazendo seus trabalhos da faculdade e null, no sofá, comia uma pizza do dia anterior.
- Você se lembra do null Comeau?
- Sim.
- Então, ele tá com uma banda, eu acho a banda muito boa e eles estão querendo que eu seja o baixista.
- Participa das duas bandas.
- Tipo, eu não sei por que, mas eles realmente me querem, estão me enchendo muito o saco, falando para eu entrar pra banda.
- Nossa, mas vale a pena você sair do Reset e entrar nessa banda que eu não sei o nome?
- Eu não sei, e é Simple Plan o nome. O Reset tem vários eventos e shows marcados, e Simple Plan tem nada, mas ao mesmo tempo várias gravadoras recusaram o Reset e o Simple Plan realmente é uma banda muito boa.
- Sai do Reset e entra no Simple Plan, o Reset pode ter vários eventos, mas tá dando em nada, aposta no Simple Plan que é uma banda boa e que querem muito você, o Reset tá dando muita briga, você sabe disso.
- É, eu acho que vou entrar para o Simple Plan.
Final de 2001.
null estava em casa apreensiva, queria saber se o Simple Plan tinha assinado contrato com a gravadora. null chegou em casa, ela estava morando com null e null.
- Ah, é você. – falou null achando que era null
- Você tem noticias da banda?
- Não, null não responde minhas mensagens.
- Ai meu deus, espero que eles consigam.
- Isso é tudo que eles sonharam.
- Vou tomar banho.
- E eu preciso estudar o sistema digestório e não consigo me concentrar, cadê o maldito do null!
- Vai ter prova?
- Vou.
- Quando?
- Depois de amanha. Eu sei a matéria, mas tenho algumas duvidas.
- Tenta estudar pra não acumular dúvida, alguma coisa você vai conseguir entender.
- E eu também não consigo me concentrar sabendo que null esta com null agora.
- Com null e com o resto da banda.
- Eu sei, mas é claro que ela ta afim dele, e mesmo ele sendo comprometido comigo para ela não importa. Ela fica o dia inteiro mandando mensagem pra ele!
- Calma. null te ama, ele é louco por você. E você é linda, loira, gatona, tendo você como namorada, pra que olhar pra outras mulheres?!
- Melhor eu estudar e me distrair.
- null, o que você decidiu sobre a universidade da Suécia?
- Aquela universidade é o sonho de qualquer sueco, dois médicos de lá já ganharam o Nobel, além de outras pessoas de outros curso, mas eu amo null, estudo na melhor universidade do Canadá, tá boa minha vida aqui, não podia ser melhor. Não vou aceitar.
- Ok. Bom, vou tomar banho e você estuda ai porque assim no futuro não vou precisar pagar plano de saúde.
- Ah, besta! – null ataca uma almofada nela
Meia hora depois null chega.
- null me conta!
- Assinamos o contrato com a gravadora!
- Ah, que ótimo! – null corre até ele e o abraça
- Bom, vai se arrumar, vamos comer numa pizzaria pra comemorar.
- Preciso estudar...
- Você não vai?
- Vou, lógico! Que horas vamos?
- Daqui à uma hora.
- Tá, vou trocar de roupa, fazer uma maquiagem e estudar!
- Vai estudar o que?
- O funcionamento do sistema digestório.
- Boa sorte.
Na pizzaria. Por ultimo chega null. null olha para null com um olhar dizendo “o que ela está fazendo aqui” e lança o mesmo olhar para null. E ele responde:
- Ela ajudou a banda. – e null o responde num olhar dizendo “foda -se”, enquanto comiam.
- Bom, temos que agradecer null, que nos viu tocar, acreditou no nosso talento e nos apresentou ao seu contato na Atlanta. – fala null
Minutos depois.
- null vem ao toalete comigo? – fala baixo à amiga que estava sentado do seu lado
Enquanto retocavam a maquiagem.
- Não estou aguentando mais. – fala null
- Você está muito insegura.
- Eu sou insegura!
- Não tem motivos pra ser, null gosta de você desde a 8ª série, então para de besteira.
null entra no toalete
- Licença meninas.
- Toda – fala null, null termina de retocar a maquiagem e espera null acabar a dela
- Estou muito feliz pelos meninos, é legal ver eles animados e saber que fui eu que ajudei isso a acontecer. – fala null
- E você já ajudou outras bandas independentes? – perguntou null
- Sim, mas não fizeram sucesso, só uma, The Calling, conhecem?
- Sim. – elas respondem
- Um segredinho... eu namorei o vocalista! – falou baixo
- Sério! – falou null, pois ela já gostou dessa banda e teve uma paixão platônica por Alex Band – Por que terminaram?
- Se Simple Plan fizer sucesso, fazer turnês por Canadá e quem sabe no mundo, vocês vão ver como é difícil, fãs dando em cima deles, fãs te odiando, além da distância, vocês podem ficar dois meses sem se verem, é horrível. Isso prejudica e muito o namoro. Espero que não aconteça com você e null.
- Não vai acontecer. Bom, eu vou voltar pra mesa.
- Vou retocar a maquiagem. – fala null
null e null saem do banheiro.
- Você ouviu o que ela falou? – falou null
- Sim, e o que tem?
- O que tem? Você acha que eu e null vamos dar certo se Simple Plan fizer sucesso?
- Sim, por quê?
- Porque não iremos!
- Você não vai deixar que o que null falou te afetar.
- Querendo ou não ela só falou a realidade. Eu estudo em tempo integral, e ainda estudo quando chego em casa, eu e null damos certo porque ele mora comigo, mas e quando começarem as turnês? Vamos ficar muito tempo longe um do outro. E quando começarem os plantões? Eu não vou ficar em tempo integral na escola e sim por 24 horas. Mais 5 anos de residência. E depois vou me tornar cirurgiã, vai demorar alguns anos para eu estabelecer um horário bom para o trabalho. É por isso que médicos se casam com médicos ou enfermeiros ou outra pessoa ligada à saúde. Um músico e uma médica não dariam certo.
- null... Vamos dizer que null está com o Simple Plan fazendo turnê mundial, vocês vão ficar dois meses sem se ver e quando ele vier pra Montreal, você vai passar o dia em um plantão, ele vai sentir sua falta sim, mas ele vai entender do mesmo modo que você entendeu ele passar dois meses fora. Ele sempre te amou, ele não vai deixar isso abalar vocês.
- Eu não quero que isso abale, eu gosto muito do null.
- E ele de você, agora é melhor voltarmos pra mesa, vão ficar preocupados com a gente.
Minutos depois vão embora. Em casa.
- Você e null sumiram quando null também, fiquei preocupado.
- null mesmo que quisesse não iria deixar eu voar pra cima dela.
- Ui. Melhor eu tomar cuidado.
- Só se não aprontar.
- E não irei.
- Bom mesmo.
Eles deitam juntos pra dormir.
- null me promete que por mais mudadas que nossas vidas estejam, não vamos deixar isso abalar o que temos.
- Sim, eu prometo.
- null, eu te amo muito.
- E eu te amo muito mais null. – null beija a testa dela. Eles dormem.
Dois dias depois.
- Sábado vai ter uma festa de gala da gravadora, vão querer apresentar a banda. Vamos tocar também.
- Que legal. E eu como namorada do baixista tenho que ir bem bonita
- Tarefa que não é muito difícil pra você.
- Ok, vou avisar a null para ir comprar um vestido.
Sábado.
- Obrigada Britany por ter feito o nosso cabelo. – falou null para a prima dela que trabalha num salão de beleza
- Magina, meninas.
- Quando eu por o meu vestido eu vou estar muito gata! – falou null
- Vai mesmo.
- Mas será que ele não é muito exagerado?
- Ele é lindo, você e null vão estar combinando muito. – null bateu na porta do quarto
- Pode entrar – falou null
- Cadê a null?
- No banheiro colocando o vestido. Eu já estou pronta, vou descer e fazer companhia pro coisinha do null. – null não ia com a cara de null e nem ele com a dela
null sai do banheiro.
- Você está linda... – fala bobo
- Bom, falta a sandália, eu devia ter comprado uma de salto maior, é muito baixo e eu sou baixinha.
- Tá ótimo, se você não percebeu, também não sou muito alto. – null riu
- Estamos combinando. Vem, vamos tirar uma foto. – ele tira uma foto pelo seu celular de frente ao espelho com null
Na festa.
null e null estão juntos até quando null conhece pessoas importantes. null decide sentar numa mesa. La estava null. Até que um homem bonito paquera ela e ela sai da mesa. null fica sentada na mesa com a namorada de Jeff.
Minutos depois Jeff chega em null e fala que é para ela ir para o lado de fora da festa porque null esta esperando ela lá.
null vai para lá e pouco distante dali null vê null e null conversando. Ela começa a prestar atenção na cena. Ela vê que null se aproxima de null e ele coloca a mão no braço dela, null não entende o gesto, mas continuava intrigada, pois null continuava perto. Dá pra ver que eles ficam conversando, até que null coloca as duas mãos na cara de null e o beija. null não fez nada para parar.
null fica de costas a cena, lagrimas começam a descer em seus olhos e ela enxuga. Ela olha para o casal e vê que null esta falando com null. Isso foi o fim para null, ela decide ir embora.
null pega um táxi, ela deixa algumas lagrimas caírem, pega o seu celular na bolsa e aparece a foto que ela tirou no dia com null. Ela se segura para não chorar mais. Ela decide mandar uma mensagem para null.
“Está tudo acabado, eu desejo sucesso para o Simple Plan, mas é só isso que desejo a você. Adeus. null.”
- null, eu gosto de você.
- E eu tenho namorada.
- null, vocês nem combinam.
- Mas eu a amo. Isso que importa. – null se aproxima dele, e null a segura pelo braço
- Isso não vai durar, você vai fazer sucesso com o Simple Plan, eu sinto isso, e ela é médica. Isso não vai dar certo.
- Está dando.
- Quer saber, null... – null o beija
- null, eu tenho namorada, para com isso, eu não quero nada com você, nada! Me deixa. null é quem eu amo. – null sai.
- Ei null, aconteceu alguma coisa? – pergunta null que estava com um cara
- Cadê null?
- Tá na mesa com France
- Não tá, acabei de ver de la.
- Deve estar no banheiro. Aconteceu alguma coisa?
- Não, nada.
- Ok. – fala percebendo de algo errado.
- null? Aconteceu alguma coisa? Tava usando o celular lá fora e vi null pegando um taxi. – fala Sebastien
- null pegando um taxi?! Era ela, mesmo?
- O vestido que ela está usando é fácil de reparar, preto e maior atrás.
- É ela mesmo. Porque ela pegou um taxi. – fala null pensando na cena de null achando que null viu.
- Achou null? – pergunta null
- Sebastien a viu pegando um taxi.
- Eu até tentei alcançá-la, mas ela entrou no taxi a tempo.
- Que estanho, por quê? – pergunta null
- Não sei. – fala null com medo, celular de null fez barulho, ele pega e vê a mensagem de null. Jeff e null reparam na cara de null ao ler.
- O que está escrito?! – pergunta null
- “Está tudo acabado, eu desejo sucesso para o Simple Plan, mas é só isso que desejo a você. Adeus, null.”
- Não sabia que estão oferecendo drogas na festa – falou Sebastien descontraindo
- Por que null escreveu isso?
- Também queria saber... – fala null confirmando que null sabia de null
- Ei, é pra tocar agora, vamos! – chama Jeff
- Procura null – fala null a null
null liga pra null, mas ela desligava.
“null, você está bem? Aonde você está? Fiquei sabendo da mensagem que você mandou pro null. O que aconteceu pra você mandar aquilo?”
null lê a mensagem da amiga e não responde.
No táxi null liga para sua amiga de faculdade, Lauren, perguntando se ela podia dormir no apartamento dela. O táxi deixa null em casa, lá ela tira a roupa e coloca uma mais confortável, pega uma muda de roupa e vai com seu carro pra casa da amiga.
Após null tocar com o Simple Plan ele vai falar com null.
- Encontrou null?
- Ela não atende minhas ligações, mandei uma mensagem e ela não me respondeu.
- Ela só pode ter ido pra casa, vou pra lá. Não preciso mais ficar aqui.
- Eu vou com você.
Chegando em frente de casa estava tudo escuro.
- Ela não tá aqui. – fala null
- Eu to muito preocupado.
Eles entram na casa e chamam por null. null vai até o quarto dele e de null.
- null vem aqui no quarto. – ela vai correndo
- O que foi?
- O vestido de null, ela veio pra cá, mas cadê ela?
- null, aconteceu alguma coisa que você saiba? Antes dela sumir você me perguntou totalmente alterado aonde ela estava.
- Não aconteceu nada. Que droga! – falou null, ele pega o telefone e liga pra null. Só toca. Ele manda uma mensagem.
“Amor, eu to muito preocupado com você. Eu preciso conversar com você. É sério. Eu e null estamos muito preocupados, aonde você está? Você não quer falar comigo, mas só me responde isso para não deixar eu e null preocupados. Te amo.”
null lê triste, mas não responde.
- Não é melhor você responder, eles estão preocupados. – fala Lauren já sabendo da historia
- Ele não se importa. A única pessoa que eu queria responder é a null, mas ela iria falar com null. Eu não quero isso.
- Pode ser tudo um mal entendido.
- Você acha mesmo!
Dia seguinte null sabia que null iria passar o dia fora vendo algumas coisas da gravação do CD. null liga pra null.
- null, você esta bem? Onde você passou a noite? O que aconteceu?
- Eu te respondo, mas antes. null esta em casa?
- Não.
- Ótimo. Vou praí. Mas não avisa pra ele, eu não quero vê -lo, em casa eu te conto tudo. Ok?
- Tá.
null chega em casa.
- Aonde você tava, o que aconteceu?
- null me traiu.
- O que?
- É isso mesmo.
- null não seria capaz, não com você.
- Sim, ele fez isso comigo. Eu vi.
- O que você viu exatamente?
- Eu estava sentada com a France, e então o Jeff chegou em mim falando que era para eu encontrar você fora da festa.
- Pera ai, eu não falei isso pro Jeff
- O que importa é que eu fui lá fora e pouco distante dali vi null e null conversando, ela se aproximou dele e depois ela o beijou e ele nem hesitou. Eu não aguentei e virei de costas, depois virei de novo pra ver eles e eles estavam conversando. null pode falar o que quiser, mas eu vi.
- Eu não entendi o porquê do Jeff falar que eu ia te encontrar lá fora, mas bem que ontem o null estava muito esquisito, ele não quis me falar o que era. Ontem na festa eu tava com o Brandon e ai ele chegou todo esquisito perguntando se eu sabia onde você estava. E isso foi antes de sabermos que você foi embora. E a onde você passou a noite?
- Na casa da minha amiga Lauren que faz faculdade comigo. E eu acho que vou aceitar aquela vaga na faculdade da Suécia.
- Você tá louca? Não é porque você e null vão terminar que você vai se afastar de mim.
- Eu amo null e terminamos da pior maneira possível. Tudo aqui me lembra ele, temos muitos amigos em comum e para piorar daqui a algum tempo null vai fazer sucesso com a banda, ele vai estar em todos os lugares, radio, TV. Eu vou sofrer, mais do que eu sofri quando peguei null na cama com outra. Ir pra Suécia vai ser uma espécie de rehab.
- Eu não quero ficar longe de você.
- Nem eu. Mas você pode ir lá me visitar e eu também vou vir pra cá te visitar.
- Eu vou sentir sua falta.
- Eu também.
- Eu vou fazer minha mala. Eu já tava de olho num apartamento. Vou passar um tempo com meus pais. – fala null
- Se quiser você pode ficar aqui.
- Até terminar de fazer minhas malas eu fico.
- Ok, eu vou fazer minhas malas.
- Eu ainda não to acreditando. Você e null não terminar e você vai pra Suécia. Escuta ele, talvez as coisas não sejam como você acha que é.
- Eu vi e mesmo se fossem diferentes eu não iria conseguir tirar essa imagem da minha cabeça. E, por favor, não conte pro null que eu vou pra Suécia, eu que quero contar pra ele.
- Tá bom, eu vou pra faculdade.
- Tá, tchau.
À noite null vai até a casa de null conversar com ela.
- null o que aconteceu para você me mandar aquela mensagem?
- Aconteceu o óbvio, eu vi você e null se beijando.
- Você viu aquilo...
- Obrigada por confessar e não me fazer de idiota.
- null foi ela que me beijou.
- Tá bom – null ri ironicamente
- É sério, meu amor.
- Ta bom.
- null você tem que acreditar em mim, ela me beijou, mas depois eu disse que te amava.
- null, mesmo se isso fosse verdade, nada o que você disser vai me fazer voltar pra você.
- Por quê?
- Porque nunca vamos dar certo juntos.
- Nós dois damos certos juntos. Eu te amo, eu nunca beijaria null, eu te amo.
- Talvez você até me ame, mas esqueça, vamos terminar.
- Terminar? Mas você é a mulher da minha vida.
- Não sou, se fosse você não a teria beijado.
- Mas ela que me beijou!
- null, você não é o homem da minha vida.
- Como assim, null?
- Foi bom namorar o meu melhor amigo, mas não daria certo, daqui a 10 anos eu não me imagino com você, eu me imagino casada com um médico famoso e poderoso como eu vou ser um dia e esperando o meu primeiro filho e você longe da minha vida.
- null, o que você esta falando? E todos os nossos planos.
- Foram apenas sonhos. null, a realidade é outra, você vai ter uma banda famosa, talvez famosa no mundo inteiro, vai viver em turnês, vai ter mulheres atrás de você.
- Eu não as quero, eu quero você.
- Mesmo assim, null, eu não conseguiria me acostumar a sua nova vida, a vida que você tanto quis. Você vai viver em turnês e eu em plantões. É isso o que você quer pra sua vida e é isso o que eu quero pra minha. Desde quando uma médica e um músico vão dar certo? Não iríamos durar nem 2 ou 3 anos. Adeus null. Foi bom, mas tudo tem um final. E você não é o meu pra sempre.
- null eu não consigo acreditar nas suas palavras. Por favor, me perdoa.
- Eu vou pra Suécia.
- Vai viajar?
- Não, eu vou pra ficar.
- Que? Como assim? Mas e a sua faculdade?
- Lembra aquela universidade sueca que eu comentei com você? Que é o sonho de qualquer sueco estudar lá, que médicos daquela universidade já ganharam o Nobel, eu fui convidada a estudar lá.
- Quando que você foi convidada?
- Já faz algum tempo.
- E por que você não me contou?
- Porque eu ia recusar por sua causa.
- Por minha causa?
- É, mas agora mais nada me prende aqui.
- Eu não acredito que você vai pra lá, fica null, pra que aquela universidade? Você já estuda na melhor do Canadá.
- É o meu sonho aquela universidade, eu sinto falta dos meus pais que estão lá, e eu vou.
- Nada que eu disser vai te fazer ficar e muito menos voltar pra mim, acho que você sabe que foi null que me beijou e esta usando isso como desculpa para ir para essa universidade.
- O que? – falou incrédula – Eu não acredito nisso, eu não estou usando pretexto, eu te amo, null, mas depois do que aconteceu eu não consigo voltar para você.
- E quando você vai?
- Amanhã à noite. Venha amanhã fazer suas malas e sair daqui.
- Você me quer mesmo fora da sua vida?
- Sim.
- Sara sempre?
- Sim. – falou com uma voz mais fraca
- Então adeus null, tenha muito sucesso na sua carreira e espero que seu futuro médico poderoso e famoso realmente goste de você. – falou null indo embora
null começa a chorar descontroladamente e não consegue dormir a noite inteira.
Dia seguinte null e null se despedem antes de null ir para a faculdade, elas se abraçam e choram muito, trocam palavras de carinho e promessas.
null se arruma e vai para o aeroporto.
A noite null chega em casa e vê que null já foi, ela fica triste, e vê null entrando na casa.
- null já foi?
- Sim...
- Eu não consigo acreditar nisso.
- E eu não consigo acreditar que você beijou null.
- Foi ela que me beijou, mas que droga!
- Como assim foi ela que te beijou?
- É, foi isso que você ouviu. null me chamou pra ir lá fora falar com ela, lá ela disse que me amava, mas eu respondi que amo a null, ai ela me beijou, e eu disse para ela me esquecer e que amava minha namorada.
- Sabe, eu acredito em você.
- Finalmente alguém!
- null só foi lá pra fora porque Jeff disse que eu estava esperando null lá fora, mas eu não falei nada disso, null ficou me esperando e viu vocês dois. Liga pro Jeff, pergunta pra ele quem disse para ele chamar null no meu nome.
*null liga e Jeff fala que foi null.
- Isso foi tudo armado! null fez isso pra separar vocês dois e conseguiu, eu não acredito que você e null caíram nisso.
- Precisamos falar pra null.
- O voo dela é daqui a meia hora, vou ligar pra ela.
*Tava sem sinal.
- Não acredito, sem sinal – fala null
- E agora?
- Vamos até o aeroporto!
- Mas não vai dar tempo.
- Temos que tentar – Eles vão ao aeroporto no carro de null
- Última chamada do voo 5406 com destino a Estocolmo, Suécia.
null escuta e fica indecisa, até que sua toma uma decisão.
null e null chegam ao aeroporto.
- Onde que é o voo com destino a Suécia? – pergunta null a atendente
- Qual deles?
- O qual sai agora. – responde null
- O com destino a Estocolmo, Suécia. – fala null
- Fica naquela direção.
- Obrigado – fala null saindo correndo e null o acompanha
Eles chegam ao local de embarque, mas apenas veem o avião decolando.
- Eu não acredito que perdi a null.
- Eu sinto muito.
- É, eu também.