CAPÍTULOS: [Prólogo] [01] [02] [03] [04] [05] [06] [07] [08] [09] [10] [11] [12] [13] [14] [15] [Bônus] [Epílogo]









Prólogo


“— Que merda é essa? — Niall gritou, jogando a folha sobre a mesa.
— Uma carta, não consegue ver? — disse, enfurecida.
— Calma, amor. — Louis passou a mão pelos cabelos da namorada.
— Eu poderia tentar até, ma-as... — não completou a fala.
— Olá, pessoal. — acenou para geral, fazendo quase cair. — Alguém viu a minha caneta?”


“— , vou à casa do Harry ver como ele está e depois no Niall, ok? Tchau. — virou as costas e pegou na maçaneta.
— Não! — Louis voltou a sua atenção para . — Louis, você tem que deixar esses meninos receberem as consequências.
— Mas, ...
— Louis, sério, não faz sentido eles ficarem se sentindo mal sendo que eles estão vivendo o sonho deles cada dia que passa e elas não, entende? Elas não podem se prender a vocês, já que seria o sonho delas se realizando e mais um capricho deles o ser cumprido. — se apoiou na parte de trás do sofá, cruzando os braços.
— Mas não é capricho, é amor! — gesticulou, incrédulo, se aproximando da menina.
— Amor o caralho, Louis Tomlinson. — devolveu no mesmo tom.
— Para de ser egoísta. — deu um soco no encosto do sofá.
— Você é quem está sendo!
— Você acha então que amor é um capricho?
— Não, o meu amor não é capricho... — negou com a cabeça e com o indicador. —, mas se o seu é igual ao deles, então estou indo embora!”

Capítulo 01
No one in the world could stop me from not moving on.

“— Styles, não adianta você ficar aí, todo remoído, pensando nos seus erros.
, você sabe como eu sou. — bagunçou os cabelos.
— Sei, Harry, então vão tentar algo!
— O quê? — Niall perguntou, curioso.
— Elas levam a profissão a sério, certo? — concordaram. — Então, não vamos para Nova Iorque? — imitaram o gesto anterior. — Pensem...
— Uhul! — Niall se levantou rapidamente do sofá. — Você é a melhor, ! — se empolgou, dando um beijo no rosto da menina.
— Eu sei, eu sei. — se gabou.
se apoiou no joelho do Harry, para pegar apoio para se desajoelhar e levantar do chão.
— Querem água? — ofereceu.
— Quero é saber: o que faremos assim que passarem pela porta do bendito quarto de hotel?
— Harry, aí é folga. Já não gosto de você, vai ser mal agradecido assim? — deu um pedala nele. — A grande maioria tem, mas... Hotéis com sacadas, conhecem? — piscou um olho e foi para a cozinha.
— Como o Tomlinson aguenta essa menina? — perguntou, em meio a uma careta, apontando para trás.
Niall apenas gargalhou, negando com a cabeça.
— Eu ouvi isso, Senhor Styles! — devolveu gritado.”

***

— Vai logo, ! — disse, saindo do táxi que estava parado em frente à agência.
— Você, por um acaso, queria que eu saísse do táxi sem pagar? Sou você não! — ajeitou o vestido e entrou na agência com a amiga.
Depois do “fracasso” que foi o serviço com os meninos da One Direction, e decidiram deixar o emprego e entrar em uma faculdade, então, estavam indo até a central para pegar os seus últimos salários como personal friends e dizer tchau a Florindo.
Chegaram à sala do mesmo e já entraram. Afinal, a relação dos três era de amizade e não apenas de patrão e empregado, principalmente pelas meninas serem as funcionárias mais novas de todas as companhias.
— Meus amores, que bom que vieram! — Florindo disse, se levantando e abrindo os braços.
— Homem florido, Florindo da minha vida, pelo o visto você floriu essa noite, hein?! — enrolou a mente da , que quase sempre não entendia o que a amiga falava.
— Dá para parar de colocar a minha opção sexual sempre em pauta? E o que a minha vida ativa tem a ver? — largou e voltou à sua cadeira, apontando as duas a sua frente para as garotas se sentarem.
— O Florindo deu essa noite? Escuta aqui: você é ativo ou passivo? — perguntou, fazendo os outros dois explodirem em gargalhadas.
, eu já falei para parar de pedir para a perguntar essas coisas. Parece criança mandando o priminho mais criança ainda perguntar para a mãe se o primo criança pode dormir em sua casa. — ambas o encararam com a sobrancelha arqueada, tentando entender a frase. — Desisto! — deu de ombros. — Assunto sério agora. — concordaram. — Vocês vieram para buscar os seus salários, né?!
— Sim. Estou morrendo de vontade de comer churros, mas a não quer comprar para mim e eu também preciso de créditos, porque a não me deixa trocar o meu celular para conta.
— Parece até que não tem dinheiro.
— A não me deixa tirar do banco. — cruzou os braços e fez bico.
— Nossa, , que bruxa você!
— Você viu? — rolou os olhos. — Prossiga, florida.
— Maldita! — deu um tapa na testa da garota. — Então, mas tem um problema... ou não. — deu um pausa, respirou fundo para estar pronto para ouvir berros. — Vocêstêmmaisumserviço.
— O quê? Ah, não acredito! — soltou, esganiçada.
— Vocês... mais... ser... — olhava para os dedos, contando algo indefinido. — Poxa, Floriflori, já deixamos claro isso.
— Eu sei, eu sei, mas é que quem pediu esse serviço disse que foi de uma indicação e...
— Valores. — cortou o discurso de Florindo.
Sabiam que iriam de qualquer maneira, elas amavam a profissão, apesar de tudo. Para elas, aquilo era divertido e pareciam ter sido feitas para isso.
— Nova Iorque, segunda que vem e hotel. Segurança, carro a disposição e livre tanto em vestuário quanto em ações; só não arranjem confusão, pessoas ao redor podem ser mais perigosas do que fãs da Ke$ha. — as meninas o encararam com uma careta.
— Fãs da Ke$ha são perigosos?
— Sei lá, , as perguntas! Pelo o amor, sendo um ser exótico como ela, pode ser. — gesticulou. — Ou preferem perigosas como fãs de Justin Bieber? Carrossel?
— Carrossel! — gritou e as duas gargalharam, fazendo Florindo soltar um riso nasalado.
— Estamos dentro. Nada deve ser pior do que Directioners. — olhou para o seu braço que tinha sido todo arranhado no acontecimento passado.
— Eu não pensaria assim... — Florindo tombou a cabeça, batendo a caneta no vidro de sua mesa. — Enfim! — deu um grito, fazendo as amigas se assustarem e logo em seguida disse o valor.
— Certo! — suspirou.
— ‘Tamu’ ‘dentru’, ‘manu’!
As meninas se levantaram e se despediram de Florindo, que entregou as passagens para as mesmas, alegando que já sabia que a resposta seria positiva.

***

— Hotel com sacada, passagem comprada e entregue, o que falta agora? — Harry andava de um lado para o outro na sala de Louis.
— Falta a e a , é isso o que falta! — Niall apareceu, bufando.
— Querem parar de frescura? — segurava uma revista nas mãos. — Os babacas da história foram vocês, eu acharia muito bem feito se elas não aceitassem esse serviço.
— Nossa, , não é assim também! — Zayn discordou e recebeu apenas uma olhada ameaçadora.
— Não discorda, eu discordei e olha o que aconteceu. — Louis apontou para , que estava sentada, sozinha, em um canto da sala, com o notebook no colo.
— Vocês brigaram por nossa culpa? — Harry fingiu que não sabia do acontecido.
— Eu queria ir ajudar vocês, mas aí nós acabamos brigando porque ela disse que isso tudo não passava de um capricho, então eu disse que não era capricho, era amor. Por fim, a conversa tomou um rumo complicado e brigamos. — sorriu fechado.
— Olha, cara, desculpa, não queríamos vocês brigados por nossa culpa. — Niall sentou-se ao lado dele.
— Bem isso, se quiser, nós falamos com ela! — Harry disse.
— Não, tudo bem, acho que ela entendeu o lado de vocês agora, tanto que os ajudou, mas nós não conversamos desde aquele dia. Eu fico fora o dia todo, quando chego, ela já está dormindo e de manhã nem olha na minha cara direito; pelo menos aceitou continuar em casa, né?!
— E hoje vamos viajar! — Liam exclamou.
— Ela não vai? — Zayn perguntou.
— Vai sim, já tínhamos combinado. Ela disse que seria infantil da parte dela não ir.
— Cara, então tenta falar com ela no avião, já que quase todos dormem. — continuou Zayn.
— Vou fazer isso! — Louis sorriu.

***

— Carro de luxo, viagem na primeira classe com direito a champagne... , acho que tem alguma coisa muito errada nessa história! — falava para a amiga.
— Qual o problema? Vai que vamos ser personal de pessoas importantes e ricas?
— Realmente... — a outra disse, olhando pela janela.
Ficaram em silêncio por uns dez minutos, até abrir uma revista e dar de cara com uma reportagem sobre One Direction.
— Que merda, viu?! — fechou a revista e então a olhou, sorrindo.
— Será que eles ainda se lembram de nós?
— Acho que, se lembram, deve ser com raiva. — deu de ombros.
— Mas não fizemos nada de errado, cumprimos todos os combinados...
— Nem todos, . — refletiu.
— Como assim?
— Faltou o de não se apaixonar. — terminou, sorrindo triste, e recebeu a cabeça da amiga em seu ombro.

Capítulo 02
Did I do something stupid?

Zayn e Liam junto a e foram para seus quartos, já Louis caminhou sozinho para o que ficaria com , que foi com Niall para o do mesmo e Harry.
— E aí, como se sentem? — questionou, enquanto pegava uma garrafinha de água no frigobar.
— Estranho. — responderam em uníssono, rindo nervosos em seguida.
— Ok, sem viadagem, né?! — riu e, logo depois, checou seu celular que havia apitado. — Vamos, viadinho dos cachos. Chegaram.
observou os dois garotos arregalarem os olhos e só faltando se abanar de nervoso. Acabou rindo e puxou Harry pelo braço, deu um beijo no rosto de Niall, que pareceu acordar, e logo bateu a porta do quarto, também dando um beijo no rosto de Harry, que foi deixado na porta. Depois, caminhou até o seu quarto e de Louis, ansiosa para a chegada das meninas.

***

— Senhoritas, só entregar os documentos no hall, o check-in já foi feito, senhor Florindo quem providenciou. — o motorista informou, após colocar a última mala ao chão.
— Muito obrigada! — sorriram para o senhor.
Logo as malas foram postas nos carrinhos e o funcionário as retirou de frente do hotel. e olharam para o alto e suas bocas se escancararam com a altura daquele lugar e com o tamanho minúsculo em que as janelas se encontravam. A fachada era simples e branca, rústica, mas completamente adorável na visão de ambas.
A curiosidade atiçou e então correram até o hall, fazer o que o motorista havia indicado. Mas então se paralisaram com a sala de espera e todas aquelas poltronas lindas e maravilhosas, aquele ar que chique e cheiro de dinheiro.
Resolveram parar de enrolar e logo foram ao balcão, entregaram os documentos e o mesmo rapaz das malas já as esperava no elevador, para deixá-las nos quartos.
Quando pararam nos respectivos números, agradeceram o simpático rapaz, que pediu licença e se retirou. As amigas se encararam e sorriram, desejando sorte. A campainha do quarto foi tocada, os corações com medo aceleraram; sentiam que algo talvez surreal acontecesse.
O barulho de trinco foi ouvido do lado de fora, suas bocas ressecaram. E então o ar faltou:
— Oi, /. — as vozes foram ouvidas em uníssono.



Toda a empolgação sumiu, minha mente ficou vazia, tudo o que eu podia ouvir era um zunido no ouvido. Agora as palavras de Florindo faziam sentido, e isso fez com que a voz mole dele adentrasse a minha mente vazia.

“— Estamos dentro. Nada deve ser pior do que Directioners.
— Eu não pensaria assim...”


Meu olhar foi direcionado a minha amiga, eu estava cansada de encarar a parede atrás de Harry.
estava imóvel, completa e inteiramente imóvel. Eu podia chutar que ela se ofendia mentalmente por não conseguir falar nada. Mas o coração dela estava como o meu, eu sei disso. Eu a entendia.

//



Cara, sabe quando tudo em você trava? Suas cordas vocais te forçam a soltar pelo menos um gemido de frustração, mas nem isso sai? Sabe quando tudo seca, seu corpo parece não ter mais a porcentagem de água que nem me lembro mais qual é? Bem, era assim que me encontrava.
Eu sentia olhares nas minhas costas, eu sentia o olhar do Niall, mas nem isso eu conseguia corresponder; meus olhos tinham dilatado, tudo estava embaçado, eu podia afirmar com clareza que, provavelmente, eu desmaiaria. Porém eu não seria tão dramática assim, huh? São só rapazes.
Mas ainda sim eram os caras que comandam o meu e o batimento cardíaco da . Eram eles os responsáveis pela reviravolta na minha vida e na da minha amiga.
Tomara que não queiram nos matar.
E eu só conseguia raciocinar, raciocinar, mas falar que é bom...

//

— Não, Tomlinson, eu não quero ouvir nada! — era , de dentro de seu quarto e do Louis.
— Claro, você prefere gritar e virar as costas, a ouvir e tentarmos conversar e resolver. — Louis rebateu em seu tom de voz normal, o que foi meio difícil de entender do lado de fora.
Parecia que somente Harry e Niall conseguiam entender. As vozes dos dois, para as meninas, ainda continuavam como um zunido, pelo fato dos pensamentos estarem à tona.
Muitas perguntas, pouquíssimas respostas.
— Você não sabe resolver nada, se eu te ouvir, vamos brigar mais ainda. Entende isso, não quero mais brigas, está bom do jeito que está! — a menina usou o tom de Louis.
— Mas você não me entende, ... Aos gritos, rebateu:
— Louis, dá para parar de ser uma menina? Que saco! — e então se foi ouvido um estrondo. Um super estrondo.
havia batido a porta com toda a força que existia dentro de si.
E aquilo, finalmente, acordou as garotas, que agora olhavam na direção responsável pelo barulho. Viram Louis abrir a porta, provavelmente para seguir a mesma direção de , que era a do elevador. A menina esperava o mesmo chegar, para poder sair de dentro do quarto e respirar com calma.
Quando Louis ia virar para caminhar até a ex-namorada, viu quatro pares de olhos curiosos.
? ? — questionou, surpreso.
— O quê? — voltou correndo até Louis. — Vocês chegaram! — exclamou, empolgada, e abriu os braços, tomando neles, que era a mais próxima dela. Logo se aproximou e também recebeu um abraço caloroso de . Louis fez o mesmo.
— Pois é, chegamos... — disse, rindo.
— Por que não vieram me ver ainda? — perguntou, empurrando Louis para o lado.
— Não tivemos tempo. Quem dizer, chegamos há alguns minutos, mas fizemos meio que um cosplay de estátua humana. — explicou.
— E o que foi isso aí, hein?! — Niall perguntou, apontando para o casal.
— Ai, o Louis é mais menina do que eu, credo! — disse, olhando para Louis, que mostrou a língua.
— Mas bem, depois vocês se falam, né?! Acho que as meninas têm muito que conversar com os meninos agora, .
— Ou não. Vai que eles são menos enjoados e ‘mimizentos’ do que você?! — fez cara de desdém.
— Por mais que eu ame concordar com você quando ofende o Louis, dessa vez vou ter que o apoiar. — Harry riu. — Nós realmente temos o que conversar, mais tarde passaremos no quarto de vocês, ok?
O casal concordou, Niall tomou pelas costas e a levou até o quarto dos dois. Harry só caminhou atrás de , que andava devagar, meio que em um pensamento idiota de que isso adiaria tudo.

Harry e

caminhou até onde Harry indicou: em um espaço, logo ao fim da cama, com duas poltronas, uma mesinha de centro e outra poltrona parecida com uma mesinha. A menina se sentou na poltrona da esquerda, com a cabeça afundada nas mãos. Harry foi até a direita e ficou a observando daquela maneira.
Tudo o que passava na mente dela, eram as conversas com a amiga pela madrugada, sobre tudo o que haviam vivenciado no pouco tempo. Apesar de sempre ter uma resposta na ponta de língua e ser bem grossa às vezes, não sabia lidar com situações como essas e, se Harry não tomasse a iniciativa, ela, malemá, abriria a boca para se despedir no último dia.
— Como você está? — apoiou os cotovelos nos joelhos, se encurvando para poder a olhar melhor.
arrumou a postura e encarou as mãos, Harry continuava observando seus movimentos.
— Estou na medida do possível, né. Mas bem, e você? — levantou, rapidamente, o olhar para ele.
— Se é assim, então estou da mesma forma que você. — respondeu, simplesmente.
A menina respirou fundo e tomou um pouco de coragem para agir como um ser humano normal, sem frescurite aguda e medo. Era apenas um garoto, a sua frente, com algo em mente, assim como o melhor amigo.
— Quer falar o quê? — perguntou.
— Para começar, acho que te devo desculpas... — sorriu fechado, encolhendo os ombros.
— Eu também devo. Eu não devia ter te dado aquele soco na boca.
— Não mesmo, doeu para burro! — exclamou e ela o olhou feio. — Quer dizer, eu mereci, mas vocês não deviam ter ido embora daquele jeito, sem nem ao menos se despedirem. — desabafou e voltou à postura ereta.
— Eu sei, quer dizer, nós sabemos. Mas, Harry, foi muita informação! — suspirou. — Olha, em um dia eu estava na minha casa, de boa, com a , no outro eu estava nas capas de revistas do mundo todo, sendo a namorada de Harry Styles. E você com esse seu jeito arrogante e bipolar, estava me deixando louca. Eu não podia ficar mais ali, sendo o que eu não era. — gesticulava.
— Mas você sempre faz isso, é seu trabalho fingir o que não é!
— Você ir a uma festa ou outra com alguém e fingir ser acompanhante é uma coisa, ouvir desabafos em um quarto de hotel é outra, mas você do nada virar namorada de alguém influente e o mundo todo estar falando o seu nome, te julgando ou amando loucamente, é doideira! Foi muita coisa em pouco tempo para quem nem sequer pesquisou sobre si mesmo na internet. — se jogou no sofá, cobrindo o rosto com as mãos.
— Você... — Harry se levantou, sentando-se em frente a ela, na poltrona do meio. — não gostou de ser minha “namorada”? — fez aspas com os dedos, seguido de uma careta.
— Eu... por um lado sim, mas por outro... ah, Harry, eu não sei.
— Como não? — suspirou.
— É... complicado. — tampou o rosto novamente.
— Podemos mudar isso.
— Como?
— Você aceitaria ser minha namorada de novo? Digo, pode ser como personal friend mesmo, vou te mostrar como nada disso é estranho, complicado e difícil. Ok, difícil pode ser, afinal, sou eu, mas enfim... — se gabou e, logo em seguida, se ajoelhou em frente à menina, olhando-a nos olhos. — Eu gosto de você, , bastante. E eu estou disposto a mudar qualquer coisa, estou disposto a tudo, só para tentarmos.
— Eu poderia te bater de novo? — questionou.
— Posso pensar no seu caso, pelo o amor de Deus? — riram.
— Não. — ficou séria.
— Você ficaria feliz se me batesse? — começou a passar a mão nos braços da menina, em forma de carinho.
— Feliz não, mas sim orgulhosa por ter “batido em Harry Styles, o astro adolescente, da maior boyband da atualidade, que bateu recorde do The Beatles”.
— Opa, essa dos Beatles nem zoa, porque já é zoada o bastante. Mas então... eu deixaria você me bater.
gargalhou, Harry sorriu.
— Você é um idiota, cara! — negou com a cabeça. — Primeiro que quem aceita apanhar? E segundo, eu nem preciso de permissão para isso! — rolou os olhos.
— Ah, não? — arqueou a sobrancelha, como se a desafiasse.
E tudo o que ela fez foi dar-lhe um pedala.
— Ai, ! — exclamou, levando a mão até a cabeça.
— “Ah, não?!” — o imitou, fazendo-o rir, se desajoelhar e a abraçar.

//

Niall e

Os loiros adentraram o quarto e olhou a sua volta, meio apreensiva ainda, mesmo sabendo que seria impossível Niall fazer alguma coisa contra ela.
Caminharam até a cama e Niall, em pé, encarou a menina, que estava sentada, encolhida.
Nunca que, nas conversas com , consideraram eles atrás delas novamente. Nunca. Mesmo sempre pensando com o coração, sendo uma eterna sonhadora, essa ideia não havia habitado em sua mente a ponto de considerar.
— Então, ... — reparou no rosto da menina. — Por favor, tira essa cara? Você está me matando duas vezes. — passou as mãos no rosto.
A menina se arrumou, empurrando os travesseiros e encostando-se na cabeceira com as pernas esticadas no colchão; o olhou.
— Por que vocês nos contrataram de novo? Vocês deveriam estar com raiva de nós, assim como qualquer pessoa normal ficaria depois de termos ido embora.
— Nós ficamos no início, mas depois entendemos que vocês fizeram isso por vocês, era egoísmo da nossa parte querer que ficassem. E por quê? — ele ainda estava em pé, próximo ao pé da loira.
— Niall, a gente tem medo, sabe? Estava tudo saindo dos trilhos, a , apesar de bem irritante e irritada, nunca chegou ao ponto de bater em alguém e machucar, fora que eu me apego muito rápido e foram só algumas semanas... — suspirou, mas foi interrompida antes mesmo de pensar em completar a frase:
— Vocês têm os seus sonhos e, pelo o que entendemos, nós não estávamos inclusos neles. — foi notável o pingo de decepção em sua voz.
— Vocês entenderam o que queríamos que entendessem. — ficou com pernas de índio.
— Naquela carta...
— Sim, conseguimos o que queríamos, realmente conseguimos.
— Então estavam da mesma forma que nós? Digo, em relação ao... — bagunçou os cabelos da nuca. — Ah, ao coração e tudo.
— Eu não sei se vocês se sentiam daquele jeito. — encarou as mãos, apoiadas na batata da perna.
— De que jeito? — puxou as pernas da menina, se sentou na cama, e a apoiou em cima das suas, ficando próximo dela, que se sentiu envergonhada com a intensidade do olhar de Niall em cima de si.
— Niall... — tampou o rosto com as mãos, falando manhosa. — Você sabe... — o menino começou a gargalhar. — Não ri, seu besta! — deu um tapa no braço dele.
— Começou a brutalidade, já? — a encarou, sério.
— Cala a boca!
— Devolve meu dinheiro. — fingiu a esnobar. — Não faz essa cara, estou brincando.
— Não quero mais olhar pra você, sai daqui. — tirou as pernas de cima das dele, que puxou de volta.
...
— Não diga o meu apelido dessa forma. Aliás, nem sequer diga o meu sobrenome. — ordenou, apontando em sua direção.
? — arqueou as sobrancelhas, desafiando-a.
— Otário! — o estapeou, falhamente, porque Niall segurou os seus pulsos.
— Sabe o que eu acho?
— Acha que tem que me soltar e sair daqui, porque estou brava. — chacoalhou os braços.
— ‘Mimizenta’, eu acho que devíamos tirar uma foto. — soltou-a e sacou o celular do bolso, mirando a câmera de trás em direção aos dois.
— Hoje não, porque estou brava com você. — a primeira foi ela com a boca meio aberta, meio fechada; ele sorrindo. — Niall! — cenho franzido; sobrancelha arqueada. — Niall... — gritou. Uma mão espírito; metade do rosto tentando desviar. — Para, Niall! — rosto tampado; gargalhando. — Mas que cu você, moleque! — dedo do meio; boca em “O”. — Estou brava, colabora. — braços cruzados, emburrada; olhar brilhante, completo. — Me ajuda a acreditar que eu estou brava, por favor. — o encarou, ainda com o olhar emburrado, e o viu negar a cabeça. Então deu a língua, que foi em outro clique. Ela, com a língua mostrada para ele, e ele gargalhando novamente.
— Você é uma boba. — largou o celular e a puxou para ele. Niall deu um beijo no rosto de , que acabou sorrindo.
— Você quem usa a câmera de traseira, sendo que tem uma frontal, e eu que sou boba? — e o sorriso de transformou em gritos e gargalhadas, pelas cócegas recém-começadas a serem feitas.

//

Capítulo 03
There’s gotta be some way to getcha to want me like before.

— Gente! Meninas! Ah, dá abraço na ! — abriu a porta, gritando prolongadamente. Abriu os braços e abraçou as duas meninas, que riam, com os garotos logo atrás. — Meu Deus, que saudade! — sorriu abertamente e acabou abraçando Niall e Harry também.
, a gente se vê todos os dias. — Niall ria.
— Estou com saudade das meninas... — se separou dos dois e deu espaço para entrarem.
— Que você não via há o quê? Dois meses? — Louis perguntou, recebendo um dedo nada educado de volta.
— A gente veio aqui só para sabermos o que faremos hoje. As duas coisas aqui não souberam responder. — disse, apontando para trás em direção aos meninos.
— Não, vocês vão ficar aqui um pouco e a gente resolve. Pode chamar o resto? — deram de ombros. — Já volto! — abriu a porta novamente, apertando a campainha dos dois quartos ao lado.
— Eu quero sorvete, disso eu sei. — disse, se apoiando em .
— Sai daqui, não sou sofá para ficar se encostando! — empurrou à amiga e foi até o frigobar pegar água.
— Nossa, sua grossa! — fez bico e se aproximou de Harry, que se encontrava perto da janela, olhando o movimento da rua e os prédios enormes.
— Nem vem! — se virou de costas para a menina.
— Harry... — bateu os pés e conseguiu se aproximar para apoiar o seu cotovelo no ombro do menino, que acabou rindo e deixando.
If I was your boyfriend, I'd never let you go... — Niall foi para a porta, cantando.
... I can take you places you ain't never been before. acompanhou o garoto, baixinho, enquanto ele ainda gritava.
— Pode? — Harry a encarou, sorrindo de lado.
— Ah, mas vai se ferrar, seu ridículo! — deu um tapa em seu ombro, rindo, e Harry a puxou para encostar a sua cabeça no local, abraçando-a pelo ombro, tendo o abraço correspondido pela cintura e suas mãos dadas.
entrou com os dois casais na sala, rindo, e voltou do espaço do frigobar, que também tinha uma mesa, comendo bolo. foi correndo em direção à garota, assim como , formando um abraço triplo.
parou atrás dos dois amigos e ficou os encarando. Pegou o celular do bolso e tirou uma foto.
— Isso! — pulou, vibrando, fazendo os dois se separarem e virarem para encará-la. — Agora me deixa achar a droga do efeito para postar no Instagram.
— Mas...? — entortou a cabeça, sem entender.
— Uma foto. — piscou. — Estou ajudando vocês! — deu as costas, rindo, e se sentou na poltrona.
Os dois se encararam e deram de ombros. Harry pegou seu celular na mesinha e digitou o Instagram da .

{Foto} Eles sabem o que é fofura quando querem... @ @harrystyles

— Ridícula! — caminhou em direção à amiga, batendo em seu braço, rindo.
— Já foi, desiste! — se levantou e foi até a cozinha.
Após o constrangimento, foi cumprimentar os que chegaram por último e ficaram conversando, até começar a tagarelar novamente sobre os comentários que a foto tinha recebido e tentava convencer e Niall a também “salvarem o disfarce”, já que algumas fãs agora estavam curiosas sobre a garota de Niall Horan.
, me deixa. Eu acabei de comer, os meus dentes estão sujos. — tentava protestar.
— Por que você não quer tirar foto comigo? É a o quê? Trigésima tentativa? — Niall perguntou de cara fechada.
— Trigésima tentativa o caralho, porque você tirou sem eu deixar. E ficaram umas coisas, eu tenho certeza, que até o mosquito corre. — fez o sinal da cruz.
— A última ficou linda, até coloquei na tela de bloqueio.
— Awn, que bonitinho, . — apertou as bochechas dos dois. — Me deixa ver? — pediu para Niall, que tirou o celular do bolso e a mostrou, que foi passando de mão em mão até chegar à loira:
— Niall, isso ficou uma bosta! Se você postar, eu juro que... — amassou o ar com as mãos, como se fosse para demonstrar o que faria com a cabeça dele.
— Se um dia eu postar essa foto, é porque eu estou completamente pirado, porque agora ela é só minha.
— Meu Deus, me beijem. — gritou e se jogou em cima dos dois.
— Quem é pra te beijar, ? — Harry perguntou, de braços cruzados.
— Ahn, ah, sabe...
— Ihh, to vendo que...
— Que você vai tirar uma foto com o Niall.
— Mas eu tenho vergonha. — se aproximou do menino, que a puxou e deu um beijo na testa, deixando-a meio escondida entre seu peito e suas mãos.
Hell yeah! — comemorou como antes. — Aqui, ó... — mostrou o celular para “o casal”.
— Como você conseguiu tirar tão rápido?
— Mais astuta do que eu está para nascer, Louis querido. — piscou um olho.

{Foto} ... e eles sempre saberão! @ @niallhoran

— Muita fofura, fala sério! — negava com a cabeça, sorrindo abertamente.
— Eu vou te fritar. — a lançou um olhar de ódio.

***

— Pombos! Pombos! Quantos pombos! — ia andando de mãos dadas com Niall, sendo seguidos por e Harry. O resto caminhava ao lado dos dois casais.
, você tem medo de pombos. E de tudo com penas. Ou asas. Ou bico... — enumerava nos dedos.
— Mentira, eu amo ornitorrinco! — olhou para trás, dizendo óbvia.
rolou os olhos, bufando, voltando a dar a mão para Harry, que negava com a cabeça, rindo.
— Vamos comer cachorro quente? — sugeriu.
— Se vocês quiserem ter pesadelos com a se lambuzando, vamos! — brincou e a amiga deu-lhe a língua.
Os cinco casais estavam aproveitando um dos únicos dias de folga que teriam na temporada que passariam nos EUA. Foram, então, em direção ao carrinho de cachorro quente que se encontrava no gramado do parque.
— Eu, um completo! — disse, empolgada.
— Por favor, três. — Niall falou para o vendedor.
— Niall, somos dois, para que três?
— Porque eu como dois! — sorriu e a menina concordou, dando de ombros.
Logo todos pegaram o pedido e então foram se sentar na grama.
— Velho, cadê o purê? — abriu o pão, olhando os dois lados.
— E o vinagrete? — perguntou, após mastigar e não sentir nada “molhado”.
— Niall, quanto você pagou nisso? Acho que está faltando ingrediente!
— Verdade, que troço seco! Credo! — exclamou.
— Mas o que vocês queriam no cachorro quente? — o menino perguntou, perdido.
— Milho, purê, batata, vinagrete, ervilha, bacon, calabresa, palmito, champignon... — enumerava, olhando para cima.
— Mentira, o cachorro quente do Brasil só tem a salsicha, o milho, ervilha e vinagrete às vezes, e no de São Paulo tem purê, também. Já o resto é viadisse da , que pensa que é obrigação de todos os lugares colocar praticamente uma marmitex dentro. — deu um pedala na amiga, que soltou um “Ai, bruta”, massageando o local.
— Quando estivermos no Brasil, a gente exige isso, ok? Agora foco nos EUA! — Zayn disse, antes de começar a rir da salsicha da , que voou do pão.
A menina começou a xingar e todos riram, exceto ela, claro.

— Todos alimentados! Vamos agora tomar sorvete? — ainda insistia no sorvete.
— Vamos, antes que saia do meio das suas pernas duas bolas! — disse, inocente, porém, não foi assim que soou aos ouvidos dos presentes.
— Gente! — disse, espantada, com a mão na boca.
Como estava à noite, era fácil saírem andando pelo parque, afinal, além de não terem muitas pessoas naquele horário, estava escuro e dificilmente seriam reconhecidos.
— Quero um de maracujá com uva... — falou para Harry, após todos os meninos terem perguntado para suas respectivas namoradas. Ou ex.
— Hm... quero de morango! — foi abraçada por Liam.
— Limão, Tomlinson! — disse.
— É para combinar com o azedo do coração? — ele brincou, mas se calou rapidamente, com medo do olhar matador que recebeu.
— Quero de limão também, por favor... — deu um selinho em Zayn.
— Ok, prova que o gosto não tem a ver com o coração.
— Lógico que tem, Louis, olha o homem feio que eu gosto! Meu coração deve ser muito bom, porque olha... — cutucou Tomlinson com o ombro, fazendo Zayn fechar a cara e o resto rir.
— E você, ? — perguntou Niall, após o riso cessar.
— Menta com chocolate! — sorriu.
Os meninos foram pedir, enquanto e as outras meninas ficaram conversando.
, por que esse tratamento de choque no menino? — perguntou .
— Ele não estava dando valor no que tinha, estava precisando de um chacoalho para ver se acordava para a vida.
— Que ruindade, eu hein?! — se benzeu.
— Ô, discípula do Payne! — brincou.
— Não fala assim do meu bebê! — defendeu, fazendo bico.
— Está defendendo a ou o Payne? — perguntou, confusa.
— Os dois... — respondeu, pensativa.
, me responde uma coisa? — perguntou.
— Fala, fofa!
— De quem que era a caneta que vocês pegaram no festival?
— Eu... — foi interrompida por um baita berro histérico.
— Ai, meu Deus, é a One Direction! — uma menininha loira apontou para os meninos.
As meninas se entreolharam, olharam para os meninos e eles tentavam demonstrar calma, afinal, eram umas cinco em um grupinho de amigas, fora mais três que estavam com os pais e choravam.
Logo elas soltariam em algum lugar e a sorveteria lotaria mais do que lotérica em dia de recebimento do INSS.
Eles pediram calma e perguntaram se poderiam juntar as sete para a foto, já que precisavam ir embora porque tinham compromisso.
— Compromisso uma ova. — a ruiva disse. — Vocês estão é com aquelas vacas aqui!
— Olha, minha querida, você pode xingar nós cinco, mas não vem falar de quem amamos e nos faz feliz. Por favor, hoje é dia de folga e estamos tratando vocês bem, enquanto deveríamos fingir que nem ouvimos todos os berreiros. Respeito, ok? — Liam falou, rapidamente.
A menina se calou e logo tiraram a foto. Os meninos cancelaram os pedidos e chamaram as meninas para irem embora, antes que tudo aumentasse.

***

, eu me esqueci de contar um detalhe... — Niall disse, assim que o casal entrou no quarto, meio apreensivo.
— Que detalhe? — perguntou a menina, colocando a bolsa no chão, próximo ao guarda-roupa.
— É só um quarto para cada menino.
— Como assim só um quarto, Horan? Isso não está certo!
— Mas, , não fui eu quem...
Está maluco que eu vou dormir com você, né, Styles?!
— Vish, acho que o Harry também contou isso para a ... — o loiro disse, coçando a cabeça e sorrindo sem graça.
— Vocês têm merda na cabeça, só pode! Vou ligar para a... Ah, é, o celular ficou no Brasil. Merda! — bateu na própria testa, bufando.
— Não somos tão idiotas assim, alugamos quartos com sacadas! — sorriu abertamente, apontando para cima com o indicador.
— Pelo menos alguma coisa saiu bem feita nisso tudo! — e, bufando, foi direto para a sacada.
— Não fala assim, ... — o menino a seguiu.
— Ô, ! — ela berrou e deu três batidas na porta da sacada ao lado e então, em questão de segundos, uma vermelha e com a aparência de brava apareceu.
— A ameba loira from Irlanda te contou também? — disse, entre dentes.
— O quê? Que só tem cinco quartos? — a menina respondeu, avoada.
— É! Essa ameba descabelada não faz nada direito, me diz o que eu faço com essa vida, amiga? — coçou a cabeça, fazendo uma cara de sofrimento.
— Você eu não sei, amiga, mas eu vou colocar o Niall para dormir no chão. — deu de ombros.
— Nem me diga, me recuso a dormir com o Harry. Lembra de que Louis falou que ele dorme pelado? Argh! — fez cara de nojo.
— Não quero saber de tentativa de macho roncando do meu lado não!
— Viu, dá para parar com o festival de elogios aí? — Harry apareceu atrás de .
— É, ainda estamos aqui. — disse Niall, logo atrás de , também.
— Vocês não estão em condições de falar nem pedir nada, o que fizeram foi jogo sujo. — acusou, apontando para os dois.
— De qualquer forma, não temos o que fazer agora, o jeito é ir dormir. — disse.
— Verdade! Amanhã resolvemos isso, mas o chão é seu, Styles! — a menina disse e entrou, fechando a sacada e deixando e Niall na suas, conversando.

Niall e

— Mas não sabíamos, não foi culpa nossa, eu juro. — Niall se defendeu.
— Por que sempre que você faz essa carinha de fofo, me dá vontade de te morder? — perguntou, suspirando.
— Porque você não resiste ao meu charme, óbvio! — se gabou.
— Não sonha, Horan, eu já disse: não sou uma das suas fãs que molha a calcinha toda vez que você aparece todo sexy em uma revista ou em algum programa! — debochou e passou pelo menino, dando uma apertada em seu queixo.
— Ah, , vai dizer que você não sente nada por mim?! — foi atrás da menina.
— Sinto... — respondeu, abrindo o guarda-roupa e tirando de lá a sua mala e, logo em seguida, o seu pijama.
— Sente? — perguntou, esperançoso.
— Uhum... — se virou para ele. —, sinto pena, já que você vai dormir no chão, fofinho! — piscou para o menino. — Boa noite! — deu-lhe um beijo na bochecha e entrou no banheiro.
Niall, por sua vez, sentiu que seria mais difícil reconquistar a menina do que da primeira vez, então se jogou na cama, bufando.

//

Harry e

— Olha, Harry, acho muito bom você providenciar uma cama, assim não dá, é complicado você ficar dormindo no chão. — falou, cansada.
— Você está preocupada? — perguntou, esperançoso.
— Nada a ver! — revirou os olhos.
— Mas é só você parar de cu doce, que eu durmo na cama com você e todo mundo fica feliz. — sorriu abertamente.
— Feliz? Dormindo com você? — gargalhou sarcasticamente. — Sonha, filho, sonha! — negou com a cabeça, ainda rindo.
— Não tem graça. — fechou a cara.
— Como não? Essa foi uma bela de uma piada, Harry! — riu com menos intensidade. — Tenha uma boa noite. — apoiou uma mão no ombro do menino. — No chão! — e gargalhou de novo, indo para o banheiro e fechando a porta, após lhe dar dois tapinhas no local em que sua mão se apoiava.
Harry ficou olhando para a porta, pensando na menina. Por que ele tinha que ter sido tão idiota da primeira vez? Ele não podia ter feito a coisa certa, quando percebeu seus reais sentimentos por ela?

//

Capítulo 04
‘Cause I know you won’t be mine tonight.

— Niall? Niall? Ô, Niall! — o menino acordou com Zayn o chacoalhando.
— Quê, porra? — abriu os olhos e viu que Liam e Zayn estavam ali, o chamando. — Ai, que dor nas costas! — sentiu uma fisgada.
— Claro, você dormiu no chão! — Liam disse, rindo.
— Não ri não, cara, a situação está foda! — olhou para a cama e não viu . — Ué, cadê ela?
— Foi fazer compras com as meninas... — Zayn disse, indiferente.
— E nós temos que ir dar entrevista para uma rádio daqui à uma hora, então levante e nos encontre lá embaixo em meia! — Liam disse, rápido, e saiu do quarto, acompanhado de Zayn.
Niall olhou ao seu redor, para a cama em que a menina dormiu, olhou para sua (se é podia chamar aquele amontoado de edredons de cama) e suspirou, bagunçando os cabelos.

***

— Vai, Louis, está tudo doendo. Não custa nada uma massagem! — Harry pedia para Louis, enquanto tomavam café.
— Eu já fiz muito em ter vindo te acordar, meu querido, não abusa da minha boa vontade não! — o menino respondeu, ignorante.
— Ih, está bravinho assim por causa da ? — tacou um pedaço de pão no amigo, rindo.
— Cara, ela não está nem olhando para a minha cara direito.
— Pelo menos não dormiu no chão... — Louis o encarou, fechando a cara e logo voltou a falar:
— Já tentei conversar, já fiz de tudo, mas ela não quer me ouvir. E ainda me chama de criança que não sabe o que quer da vida! — deu um soco fraco na mesa.
— E o que você quer da vida? — Harry perguntou.
— Eu a quero falando comigo, né, dã?! — respondeu como se fosse óbvio.
— Eu te entendo, sei como está se sentindo... — concordou freneticamente com a cabeça.
— E você, o que você quer?
— Eu quero a , cara. Só a ... — o mais novo afundou o rosto em suas mãos e o amigo apenas lhe deu dois tapinhas em suas costas, entendendo a sua situação.

***

— Vocês vão deixar os meninos loucos desse jeito, é sério! — comentou, enquanto ouvia e contando como foram suas noites.
— É complicado tudo isso... — disse, com o olhar perdido em seu milk-shake.
— Não é como se nós não gostássemos deles, é que... E se dermos a chance e tudo sair do controle, igual da última vez?! — , como sempre a mais sensata, explicou.
— Eu acho que está sendo completamente diferente da outra vez, sabe? Dá para ver o esforço deles... — opinou.
— Quando eu briguei com o Louis... — começou a falar, tendo as quatro atenções voltadas para ela. Seria a primeira vez em que falaria do assunto com as amigas. -, foi porque ele queria ajudar os amigos e eu não deixei, dizendo que o sentimento dos meninos era algo bobo, capricho, um desafio. E foi aonde deu um bolo, porque ele negou, dizendo ser amor e essas coisas, aí eu comparei o nosso relacionamento e acabei indo para a casa dos Maliks, ficando por nem uma hora, mas ok. — suspirou, brincando com o canudo. — Então eu fui atrás dos dois, para comparar os pontos de vista e ver quem era o certo entre nós dois, mas acho que ambos os lados estão errados. Eles estão gostando de vocês, mas não é algo avassalador. — pausou. — Ainda.
— Uau! — soltou.
— Mas... — começou, porém desistiu, voltando a beber o seu milk-shake.
— Eles são bons meninos. — disse, distraída. — Vocês seriam lindos namorados. Digo, de verdade!
— Na-nam... namorados? — gaguejou.
— Claro, por que não? — bebericou a sua bebida, encarando firmemente as amigas, recebendo a concordância das outras duas.
— Só que não, amiga. Não está tendo! — negava freneticamente com a cabeça, com os olhos arregalados.
— Sei lá, gente, era um palpite! — e deram de ombros. pareceu despertar e se levantou.
— Vamos embora? — pegou as suas sacolas de doces e caminhou com as meninas atrás de si.

***

— Não acredito que metade da entrevista foi falando da e da ! — Zayn falava, incrédulo, indo até o frigobar de Louis.
— Não sei de onde tiraram essa de “olhos brilhando ao falar delas”. — Harry bufou, frustrado, se jogando no sofá. Ato repetido por Niall.
— Se esse povo soubesse metade do que a gente passa com essas meninas... — Niall rolou os olhos.
— Que meninas, posso saber? — adentrou o cômodo, indo até o frigobar, colocar sua sacola. Ao retornar, recebeu a resposta. — Não falem assim. — fez bico. — Favor, não mexam na sacola que coloquei no frigobar, ok? E eu vou tirar uma soneca. Beijos para vocês! — responderam com coisas aleatórias.
— Vamos jogar o quê? — Louis perguntou, mostrando duas capinhas. Niall foi conectar o HDMI, que o hotel providenciou, enquanto eles decidiam o que jogar.
Escolheram e se separaram.

***

Cada menina foi para seu respectivo quarto. e seguiram o exemplo de , dormindo, já que seus namorados não estavam em lá e poderiam aproveitar o silêncio. resolveu ler um livro, mas com o pensamento no que haviam conversado mais cedo, e foi arrumar as coisas em sua mala, que estava começando a ficar bagunçada.

***

Niall e

... ... — Niall cutucava a menina.
— Oi? — disse, sonolenta.
— Vai para a cama, você está toda torta nesse sofá minúsculo. — começou a mexer em seu braço, após se sentar ao seu lado.
— Nops. Deita também... — se afastou, abrindo um olho só.
, vai para a cama que eu estou mandando!
— Niall, você não manda em nada! — disse, mal-humorada, fechando os olhos.
— Certeza? — ela concordou com a cabeça. — Então você vai ter cócegas bem aqui... — começou a ir com a mão em direção à barriga de , que abriu os olhos, negando.
— Não! Depois você faz isso. Me deixa dormir. — o empurrou pela barriga.
— Ok, vai! — bufou.
— Viu quem manda? — sorriu de lado, rindo.
Tentou protestar, mas acabou desistindo.
— Posso deitar ainda?
— Pode! — se ajeitou ao lado da menina, que deitou a cabeça no peito dele. Niall apoiou uma mão em sua cintura e com a outra começou a fazê-la cafuné, também adormecendo um tempo depois.

//

Harry e

— Oi! — Harry se sentou ao lado de , que se encontrava deitada no tapete da “sala”.
— Ah, oi. — o olhou rapidamente.
— Tudo bem? — olhou para o teto.
— Aham.
— O que eu te fiz dessa vez? — suspirou.
— É você quem tem que saber, querido. — se ajeitou ao lado de Harry, também se sentando.
— Desisto. — passou a mão pelo rosto.
— Que pena... — fingiu estar chateada.
pediu para avisar que é para irmos até a casa dela e do Louis, comer os doces. — se levantou. — E aí, antes de irmos direto, a gente passa no Niall, ok?
— Ok. Já vou me arrumar. — sorriu, agradecida.
— Não tem o que arrumar mais em você. — a encarou.
— Esse é o seu máximo? — correspondeu o olhar.
— Não, esse é o começo. — virou as costas e caminhou até onde ficava a cama, deixando-a encarando a parede. negou com a cabeça, lentamente, soltando um riso pelo nariz.
Começo... — repetiu.

//

***

? Niall? Alguém nessa bosta? ouviu berrando, então abriu os olhos e se deu conta de que ainda estava na mesma posição que havia dormido, deitada no peito de Niall, enquanto o mesmo ainda mantinha a mão em sua cintura.
— Niall... — chamou delicadamente, alisando a bochecha do menino que, por sua vez, apenas resmungou algo. sorriu e decidiu levantar.
Quando estava tirando a mão do menino de si, viu que ele abriu os olhos.
— Oi, . — disse, sonolento.
— Oi, Niall! — sorriu.
— Por que você está acordada? Está cedo ainda, volta a dormir. — disse, puxando-a de volta para deitar.
— Cedo? Fofo, são: — olhou no relógio de pulso do menino. — Sete horas! Está na hora da festa do doce!
— Doce? — ele arregalou os olhos e ela riu.
— Isso! Aliás, a está berrando lá na porta, vamos levantar logo antes que... — a porta abriu e então e Harry entraram.
— Mas o que vocês estão fazendo deitados juntos no sofá? E não sabem fechar a porta igual gente não? — questionou, fazendo e Niall corarem, e Harry rir.
— Nós dormimos assim... — Niall começou a explicar.
— Ai, Jesus! Dormiu... dormiu ou... dormiu? — perguntou , de uma forma ressabiada.
— Dormir de dormir e não de dormir; ou você acha que eu sou o quê? — respondeu, não acreditando na pergunta que a amiga tinha feito.
— Ãhn? Dormir de dormir ou dormir? Não é tudo dormir no final das contas? — Harry perguntou, confuso, e Niall apontou para o amigo, concordando com a cabeça, em sinal de que não tinha entendido nada também.
— Dormir é... Ai, esqueçam! , precisamos conversar, vem comigo! — levantou do sofá e puxou à amiga até a cama.
— Essas duas ainda vão nos dar muitos cabelos brancos, ouve que eu estou te dizendo! — Harry sussurrou, bufou e se jogou em cima de Niall.
— Sai, seu afetado! — Niall reclamou, empurrando o mais novo de cima de si. Pegou o controle e ligou a TV, ignorando o moreno, que acabou dispersando, também, a sua atenção ao jornal.

***

— E aí, mano? Solta a franga... — se jogou na cama, de barriga para cima.
— Que merda, fala baixo, porra, eles podem nos ouvir ainda! — negou com a cabeça, se sentando na ponta. — ?
— Oi? — a encarou. suspirou.
— Estou, você sabe... Acho que... bom... estou meio que apaixonada. — escondeu o rosto nas mãos, fazendo gargalhar e logo se recompor, tentando falar baixinho:
— Meio apaixonada? — arqueou a sobrancelha, se ajeitando e sentando.
— É, isso... Meio, mais ou menos e... ? — espiou a amiga pelas frestas dos dedos.
— Qual a graça do meu apelido? — bufou. — Fala!
— Quieta, ok? Quietinha, bem em silêncio. Bico caladinho, por favor. — colocou o dedo indicador em frente à boca.
— Ok! — sorriu.
— Mas então, , eu preciso de roupa. Me ajuda?
— Ô, capirota! — reclamou e abriu a mala da amiga.
Ajudou-a no que vestir, calçar e começou a ajudar no que fazer com o cabelo.
— Quando casar, o Harry é seu. — fez engasgar e começou a gargalhar, enquanto esmurrava as costas da amiga.
— Harry? — tossiu de novo. — Do que você está falando?
— Ah, assume, vai? Assim eu gosto mais de você!
— Assumir o quê? Eu, hein?! Assumir... assumir algo invisível? Meio difícil. — começou a se enrolar, até que, depois de um pequeno silêncio, Harry bateu na batente da não porta, já que não havia uma, recebendo a permissão para adentrar o quarto. Avisou que ia com Niall antes, perguntando se tinha problema, recebendo a negação. Despediu-se, e saiu do lugar.
... Caham... E , claro! — imitava Harry, fazendo se jogar na cama e gargalhar. — Sei... Quem é quando se está no cômodo? Ninguém.
— Para com isso, ! — fez bico.
— Para nada, . E aí...? — arqueou a sobrancelha.
— E aí o quê? — caminhou pelo quarto.
.
— Ok, ok. Um pouco, assim, pequeno. Aquele sentimentozinho de “me abraça, moço?”. Está feliz? Espero que sim! Agora vamos logo, infeliz. — se levantou a cama e saiu xingando a amiga, que só ria atrás.
Despediram-se e voltou para casa, para se trocar e encontrar novamente, para poderem ir para o quarto de Louis e .

Capítulo 05
No one ever looks so good in a dress.

— Ué, caras, cadê a e a ? — Louis perguntou, quando viu Niall e Harry entrando sozinhos.
— Ela demora muito para se arrumar, isso que eu avisei que ia só passar no Niall para virmos juntos, mas não, ela foi comigo, mas não tinha se trocado ainda! — Harry reclamou.
— A é a mesma coisa! Ela demora no banho, demora a escolher a roupa, demora a vestir. Aí diz que a roupa não está boa, se troca de novo; não está boa, então berra a pobre coitada da , que sai correndo para amparar. — contou Niall.
— E ainda tem a parte do: “minha roupa está boa?” — Harry fez uma voz fina, rolando os olhos, e todos riram. — Eu digo que está linda, ela diz que sou péssimo mentiroso e ainda me manda embora do quarto para se trocar de novo! — o mais novo bufou e passou a mão pelos cabelos.
— Parem de reclamar um pouco vocês dois, isso dá rugas, sabiam? — comentou, rindo.
— Reclamar? — Niall perguntou, olhando-a.
— É, reclamar, ser mal humorado. A vida é bonita, gente! — falou e todos a olharam estranho, inclusive Zayn, que a abraçava por atrás. — O que eu estou querendo dizer é que vocês fizeram de tudo para elas voltarem, mas agora vocês só reclamam! Por que as queriam de volta? Para aguentarem vocês dois parecendo duas velhas caducas que só reclamam da vida?
— Não é isso, , é que...
— É que nada, gente, a está certa. A e a são pessoas super legais, caso contrário, já teriam ido embora novamente. Vocês as queriam de volta para ficarem de mau humor e apenas reclamarem da vida? — falou, encarando os meninos. Liam a olhava orgulhoso, como se falasse “essa é a menina que eu amo”. Niall passou a mão pelos cabelos e bufou, enquanto Harry apenas encarava o nada.
— E você, , não vai falar nada? — Zayn perguntou.
— Mais do que eu falei já?! — exclamou, olhando para as unhas.
— Bom... — Louis tentava acabar com o clima tenso que se instalou naquela sala. — Vamos comer o que primeiro?
— Ah, boa pergunta, Louis! Nós compramos doces tão gostosos e lindos hoje, alguns dão até dó de comer, por estragar a decoração! — contou.
— Vocês compraram o quê? — Liam.
— Compramos cupcakes de vários sabores, tortas coloridas, pirulitos, chocolates, alcaçuz, gomas...
Cocô! — ouviram alguém berrando do lado de fora.
Mas, cara, como tem um cocô no seu sapato se você está num raio de hotel? Deve ser por causa da sua mania de não conseguir dar meio passo sem cair, tropeçar ou pisar em algo nojento! — outra pessoa berrou. Niall e Harry se entreolharam, rindo, reconhecendo as vozes.
E agora?
Agora entramos e você lava esse sapato no banheiro do Louis, caso o contrário, acho que o Niall te busca e te arrasta pelos cabelos!
As duas vozes se calaram, ouviram apenas mais alguns resmungos e logo a campainha. saiu saltitando de onde estava e foi abrir à porta.
Niall e Harry estavam no sofá que ficava de costas para a porta, quando se viraram para ver as meninas.
— Mas... gente!
— Pai amado...
— Eu... Cara! Acho que Little Bird é mais do que a minha música favorita. — Harry disse, babando na menina.
— E eu estou começando a curtir Beatles mais ainda... — Niall olhava de cima a baixo.
— Querem um babador? — Louis perguntou, colocando a cabeça entre os dois, que apenas deram um tapa na cara do amigo.
— Entrem, meninas. O que aconteceu com vocês? — levantou e foi até a porta, puxando as amigas para dentro.
— Bom, primeiro: eu descobri que não tenho roupas!
— Quando fui até o quarto dela e do Niall, eu quem tive que ajudá-la a achar. Mas ela nem sequer havia procurado; e depois de nove trocas, ela finalmente achou algo que a agradasse. E quando estávamos chegando aqui, ela conseguiu encontrar uma bosta grudada no sapato dela!
— Por que o cachorro nada amigável tinha que fazer cocô em algum lugar em que pisei?
— Vai ver o banheiro público canino estava ocupado na hora em que ele precisava cagar, ! — deu um tapa na testa da amiga.
— Ai, grossa... — a menina reclamou, massageando o local afetado.
— Pelo o amor de Deus, leva a para o banheiro, esse cheiro de bosta está me enjoando! — Louis falou, abanando o ar à sua frente.
— Deixa de ser moça, Louis! — reclamou. — Vem aqui, , te levo...
— Eu levo! — Niall berrou e todos olharam espantados para o menino, que ignorou os olhares e saiu puxando a menina pela mão.

Niall e

— Agora é só passar água aqui... — estava limpando seu tênis no box, enquanto falava sozinha. — Pronto! Limpinho!
— Nossa, pode casar já! — Niall debochou da menina, que deu a língua.
— Idiota mesmo, hein?! Cresce um pouco, menino! — se abaixou para ajeitar o tênis, quando sentiu um jato de água em si. Levantou e viu Niall apoiado na parede com o chuveirinho em mãos e um sorriso sacana brincando nos lábios.
— Quem é o idiota agora, hein?!
— Continua sendo você, só que agora multiplicado por vinte! — ligou chuveiro e começou a jogar água no menino.
— Para, ! — ele ria e ao mesmo tempo tentava segurar os braços da garota, que, a essa altura, tinha esquecido a raiva que sentiu quando ele a molhou também.
Ficaram se molhando, até que Niall conseguiu desligar o chuveiro e fechar a mangueirinha.
— Meu Deus! — olhou para sua roupa.
— Nós estamos ensopados! — Niall disse, também se olhando.
— A vai me matar. — a menina ria.
Niall riu da situação também, então saíram do banheiro.

//

— O que raios aconteceu com vocês, ? — foi a primeira a se manifestar, como previsto.
— Resolveram praticar a arte de tomar banho, é? — zoou os dois, que deram a língua.
— Ai, como vocês são desagra... — espirrou. — Desagradábeis! Ih... — fez uma cara estranha quando sentiu o nariz coçando e percebeu que estava meio fanha já.
não pode molhar um dedo que já começa com gripe, molhou o corpo todo, já, já está com uma pneumonia! — às vezes parecia mãe da amiga.
— Por que você e o Harry não vão buscar roupas secas para as crianças? — sugeriu.
— Melhor do que a pegar um resfriado! — Liam concordou.
— Tudo bem. Eu acho... — disse, incerta.
— Vamos, então! — Harry segurou a mão da menina, que na hora sentiu um frio correr o seu corpo todo.

Harry e

— Harry, você não precisa ficar segurando a minha mão sempre que for a algum lugar comigo. — a menina disse, quando entraram no quarto de Niall.
foi direto para a mala pegar as roupas e Harry a seguiu, ficando encostado no batente, olhando-a.
— Se você é minha namorada, eu tenho sim, assim como tenho que te dar carinho, cuidar de você e... — parou a frase quando percebeu o que iria falar.
— E...? — olhou para ele e se aproximou.
— E falar que eu... — Harry não conseguia terminar a frase. Tinha medo de falar algo tão simples e mesmo assim ela se assustar.
— Que você o quê, Harry? — sussurrou, chegando mais perto ainda.
— Que eu gosto muito de você, . — falou e a menina sentiu como se tudo dentro de si estivesse dançando em ritmo de carnaval. — Tudo o que eu quero de verdade, , é te abraçar e te chamar de namorada, de verdade, e não essa mentira que estamos vivendo. Quando você foi embora, eu me senti um idiota e tentei esquecer ou enfiar na minha cabeça que era coisa de momento, mas, quando eu te vi de novo, percebi que não foi coisa boba. — falou e colocou uma mecha do cabelo da menina atrás da orelha, logo depois acariciou a sua bochecha. — Toda esse prazer que você tem em me irritar, tudo o que nos acontece faz com que eu goste mais ainda de você!
estava atônita. Sentia até algumas lágrimas discretas acumularem em seus olhos. Por mais que negasse, ela gostava de Harry. Negava até para si mesma, porém, lá dentro, sabia que depois do que ouviu o menino falar, não tinha mais como dizer que não o correspondia.
— Harry... — suspirou. — Eu não sei o que dizer. — ela não conseguia desviar o olhar dos olhos verdes e brilhantes do garoto à sua frente.
— Só diz que aceita caminhar comigo de verdade, que aceita tentar e acabar com essa mentira e com a agonia que eu sinto sempre que te vejo e quero te abraçar, mas não faço por medo de você me dar mais um soco. — deu uma risada nasalada, seguido por , lembrando-se do fatídico dia do soco na cozinha.
— Eu... — ao mesmo tempo em que as palavras teimavam em sair, ela tentava segurar. Medo? Insegurança? Não sabia. — Harry, eu... — o menino via o quão nervosa ela estava, então, acariciou a sua bochecha, a fazendo fechar os olhos, e então aproximou seus lábios dos dela, carinhosamente.
O coração de parecia que ia sair de dentro dela, de tão forte e rápido que batia. Não conseguia negar, o beijo do menino a deixava de pernas bambas.
Quando se deu conta do que estava acontecendo, já estava com uma mão nos cabelos cacheados do menino, enquanto a outra acariciava a nuca do mesmo, que mantinha uma mão segurando seu rosto como se fosse uma boneca preciosa e delicada; e a outra acariciando a sua cintura que estava exposta por culpa do pouco comprimento da camiseta que usava.
Separaram-se do beijo, já sem fôlego. Harry olhou para a menina, que ainda mantinha os olhos fechados com medo de abrir e ver que tudo foi ilusão de sua cabeça. Abriu e o que viu foi Harry a olhando com os grandes olhos verdes e um sorriso nervoso brincando nos lábios.
— É, acho que nossa tentativa agora é de verdade... — falou, sorrindo, e o menino abriu a boca várias vezes, porém não falou nada, apenas a abraçou pela cintura e girou-a no ar.

— Acho que vou enfartar a hoje, mas antes tem que ver se ela foi anta o suficiente... — dizia, enquanto se separava de Harry, que a abraçava.
— Você me dá medo às vezes... — fez uma careta.
começou a olhar as camisetas da amiga, até dar um gritinho de vitória, mostrando para Harry a estampa, que riu.
— Será que agora vai? — o menino questionou.
— Assim espero! — fechou a mala, após pegar os shorts. Harry pegou as primeiras peças que viu na de Niall e saíram do quarto, conversando.

//

— Nossa, a e o Harry foram fazer a minha roupa? — reclamou, sentada no chão.
— Acho que eles estão fazendo tudo, menos a roupa, se é que me entende... — Zayn piscou um olho e fez careta.
— Na minha cama não! — Niall fez bico, batendo o pé.
— Sua? — Louis riu. — Acho que não, hein?! — todos começaram a sacanear com o menino, que ficou emburrado.
— Eu quero doce! — emburrou.
— Estou falando que logo os dois chegam, não mata esperar! — repetiu a mesma coisa pela milésima vez. — Não falei? — apontou para a porta, assim que ouviu o barulho do cartão magnético.
Pode ser ouvido um coro de “finalmente” e “até que enfim”, o que fez Harry e rirem. Adentraram a sala de mãos dadas e se levantou.
— Dá isso logo, graças que vocês chegaram. — puxou as peças da mão livre da amiga e Niall pegou calmamente as suas com Harry, rindo da menina desesperada ao seu lado. Os dois se entreolharam e perguntou por que riam, recebendo “nada” como resposta. Deu de ombros e saiu correndo para se trocar, voltando logo com Niall, que estava vermelho de tanto rir.
, desgraçada! Por que você é assim? Um dia eu te mato! — estava vermelha, de ódio, pisando duro. — Tanta coisa na minha mala. — negou com a cabeça.
— Calma, amiga, quem sabe assim o Niall não se toca? — disse, calmamente, fazendo o loiro engasgar com a saliva e precisar de murros do Zayn nas costas.
— Mereço... — bateu na própria testa. — Vamos comer, vai.
Todos caminharam até a sala de estar, rindo, onde a mesa estava lotada de doces em taças grandes.
— Alguém me explica? — pediu, fazendo a mesa toda parar para encará-la.
— O quê, amor? — Liam passou a mão pelos cabelos da namorada.
— A camiseta da , não entendi...
— Nossa, agora me conta uma novidade, ! — deu um pedala na amiga, que mostrou o dedo do meio.
— Nada melhor do que o irlandês. Vai que é sua, Horan! — Harry apontou o loiro, que ficou vermelho.
— Justo para ? Vou ficar até semana que vem aqui...
Liam o repreendeu.
— Não fala assim dela, não faço isso com a .
— Mas eu e o Niall não temos nada e a é realmente lerda, desculpa. — enfiou um marshmallow inteiro na boca.
— Certo! — respirou fundo. — Alguns dizem que não tem significado nenhum e outros dizem que quando você beija um irlandês, você fica com sorte, já que eles são conhecidos por ser um povo sortudo. Mas enfim! Existe uma pedra, que fica em um castelo de Blarney Tower, e foi enfeitiçada por uma bruxa como presente ao rei por ele ter a salvo de um afogamento. Dizem que quem beijasse a pedra seria convincente e tal. O rei, logo que beijou a pedra, conseguiu tudo o que queria, ou seja, ficou com muita sorte. Ela fica num lugar de difícil de encontrar, além de que é porco beijar uma pedra que milhares de pessoas já beijaram... — fez careta. — Mas então os irlandeses criaram a expressão e, se você não pode beijar a pedra, o que tem mais sorte que um irlandês?! — terminou sorrindo, fazendo joia.
— Povo espertinho esse, hein?! — disse, distraída, fazendo todos a olharem. — Ops... — escorregou na cadeira, ficando vermelha.
— Ah, entendi. Valeu aí, Niall! — sorriu.
— Caramba, acho melhor todo mundo se abaixar, porque o tsunami está chegando. — Louis brincou, com as mãos na cabeça.

***

Niall e

— Niall, eu não estou com sono. — disse, da cama, para o menino, no chão.
— Conta carnei... — bocejou. —... ros.
— Contei já. — acendeu o abajur e se virou, para encará-lo.
, apaga isso, os meus olhos de príncipe são sensíveis. — cobriu o rosto.
— Não dorme, conversa comigo... — fez bico.
— Só se eu puder deitar na cama! — chantageou, se assustando quando a menina aceitou a proposta.
— Quero ouvir música, vai. Dá o seu iPhone aí. — o menino pegou na cômoda e os fones no mala, os entregando para a menina e se deitando em seguida ao seu lado. entregou um para ele e o outro colocou em seu ouvido, ligando em uma rádio aleatória que tocava Adele.

Just thinking of your face
Só pensando em seu rosto
God only knows why it's taken me so long to let my doubts go
Só Deus sabe por que levou tanto tempo para deixar minhas dúvidas partirem
You're the only one that I want
Você é o único que eu quero

Niall se deitou de lado, olhando para o perfil de , que estava de olhos fechados, prestando a atenção à música.

I don't know why I'm scared
Eu não sei por que eu estou com medo
I've been here before
Eu já estive aqui antes
Every feeling, every word
Cada sentimento, cada palavra
I’ve imagined it all
Já imaginei isso tudo
You'll never know if you never try
Você nunca saberá se nunca tentar
To forgive your past and simply be mine
Esqueça o seu passado e simplesmente seja meu
(...)

Niall pensava em como se apegou rápido na garota, em como se sentia ao lado dela, como no momento, e se queria abrir mão daquilo por causa do medo. Talvez só tentando para saber, só dizendo o que tinha em mente a todo o momento e todos os dias antes de dormir ou ao acordar.
— O que foi? — passou o polegar pela testa de Niall, desmanchando as “ruguinhas” que ali estavam.
... — pigarreou, ao ouvir a sua voz falha. Sentou-se na cama, com pernas de índio, e tirou o fone do ouvido.
— Oi? — ela se ajeitou da mesma forma, mas desligando a rádio antes.
— Estou com medinho da , assumo... — pausou.
— Por quê? — a menina arqueou a sobrancelha, divertida.
— Porque, provavelmente, ela vai matar ou eu ou você. — coçou a cabeça. — Eu pensei muito nisso, meus miolos queimaram e... Você sabia que, para as Directioners, você é a princesa? — desviou a linha de raciocínio.
— Sempre fui, desde sempre me digo princesa, nada mais justo, né?! — se gabou, rindo em seguida. — Mas por que isso? Acharam o meu Twitter que foi desativado há séculos?
— Não... ou sim. Não sei! — passou a mão pela bochecha. — Mas é que uma vez, bastantinho tempo atrás, eu disse que era o príncipe atrás da princesa, mas sem ir para a balada e essas coisas. E elas nunca se esqueceram disso, sabe?!
— Ãhn... — se deitou de novo, encarando-o.
— E, bem, eu não fui à balada atrás nem de você e nem da , mas eu te encontrei. — pegou a mão da menina, brincando com os dedos. — E elas podem não saber de metade das coisas, mas disso elas têm certeza.
— Então eu sou a princesa para elas? — ele concordou com a cabeça. — E para você? — Niall arrumou a sua postura e apertou a mão da , que sorriu, sendo correspondida.
— Você é a minha princesa agora? — Niall se apoiou no braço, quase em cima de .
— Se as gomas coloridas e fofas na geladeira da sua e da minha casa real se tornarem reais, ok. — brincou, dando de ombros.
— Ok! Teremos gomas reais, então... — desceu um pouco mais o corpo, dando um beijo na testa da menina, que sorriu e passou a mão pelos cabelos de Niall. — ... — Niall deu um beijo em sua bochecha. —, podemos tentar? — e um selinho, que se tornou logo mais em um beijo carinhoso.
Niall se apoiou no cotovelo e enlaçou o seu pescoço com os braços, o trazendo para mais perto cada vez mais. Com a outra mão, Niall passava pela cintura da menina, deixando-a arrepiada e extasiada. Ambos estavam sentindo uma felicidade indescritível dentro de si, como se pudessem voar com a leveza que sentiam por, finalmente, estarem fazendo aquilo que sempre quiseram, mas sempre ficaram apreensivos.
Niall começou a diminuir o ritmo do beijo, dando selinhos em , que suspirou e sorriu, assim que ele a encarou profundamente nos olhos.
— Você é a minha tentativa real. — passou o seu nariz no da menina, que fechou os olhos.
— Para sempre real! — concordou, dando-lhe mais um selinho.

//

Capítulo 06
No one ever makes me feel like you do.

Uma semana depois

Harry acordou ouvindo um passarinho cantando na sacada. Sentiu uma respiração em seu peito, olhou, e viu dormindo profundamente. Sorriu, assim como nesses últimos dias, lembrando-se das palavras que foram ditas na semana anterior.
Acariciou os cabelos da menina, o que a fez se mover.
— Bom dia. — disse, sonolenta, passando a mão nos olhos.
— Bom dia, amor! — disse, carinhoso, fazendo a menina dar um sorriso discreto e acariciar o peito do menino.
— Faz tempo que está acordado? — perguntou.
— Não, acordei agora. — suspirou. — ?
— Oi?
— Você já contou para a que estamos juntos de verdade? — deu ênfase na última palavra.
— Eu falei por cima, até porque, apesar de tudo, ainda não tinha tanta certeza e tempo para confirmar algo, assim como ela e o Niall. E nós dois... — a menina olhou para baixo do lençol que os cobria. — Nossa Senhora, ela vai me matar! — levantou rapidamente, vestindo a primeira camisa que viu na frente, que no caso era a de Harry.
— O que aconteceu? — o menino perguntou, com a voz lenta e de sono, ainda.
— Eu e a , nós nunca, erm... ‘coisamos’ pela primeira vez, segunda e nem terc... Enfim! Com algum garoto, sem antes contarmos uma para a outra.
— Vocês são loucas? Se estiverem em lugares diferentes, vocês fazem o quê? Falam para o cara “Espera aí, vou ligar para a minha amiga, mas já volto, tá?”? — perguntou, incrédulo.
— É mais ou menos isso mesmo. — deu um selinho no menino e foi para a sacada. Deu três batidinhas na sacada da amiga e logo uma com um olho aberto e o outro mais ou menos apareceu.
— O que você quer, criatura? — perguntou com a voz lenta.
— Eu preciso te contar uma coisa! — disse, animada.
, por que você levan... ? — Niall apareceu atrás de , usando apenas uma calça de moletom. — Por que você está usando a camisa do Harry?
— Então, eu quero contar que...
— Amor, já contou? — Harry apareceu, abraçando a menina por trás, então ela suspirou, derrotada.
— Eu ia contar agora, Styles! — sorriu falsamente. — Eu ia contar que eu e o Harry estamos namorando... De verdade.
— Awn, que lindo! Olha, amor, eles também estão. — então percebeu que não tinha contado a novidade por completo, também.
— Amor? Desde quando você chama o Niall de amor, ? — Harry perguntou, erguendo uma sobrancelha.
— Desde quando somos namorados de verdade! — Niall respondeu pela menina, abraçando-a por trás e dando um beijo em sua bochecha. — Mas, , você só acordou cedo assim para contar isso para a ? Não podia deixar para contar depois e pelo telefone?
— Então, não era só isso que eu ia contar, até porque ela já sabia mais ou menos.
— Espera, você e o Harry... Não! — exclamou, surpresa.
— Sim! E pelo jeito você e o Niall também, certo? — perguntou, fazendo uma cara sacana.
— Não mereço! — Niall bateu na própria testa e Harry riu, concordando. deu-lhe um pedala e voltou à atenção para a amiga.
— Pois é... — ficou vermelha.
— Então estamos quites! — fez um high-five com , que apenas gargalhou.
Niall e Harry decidiram entrar e voltarem a dormir, enquanto as duas ficaram conversando por um tempo na sacada, até Niall berrar “Vocês estão usando apenas uma camiseta e uma calcinha, ainda se lembram disso?”.
As duas se entreolharam, assustadas, lembrando-se que estavam de frente para a rua. Entraram correndo e decidiram voltar para a cama, já que os meninos só tinham compromisso pela tarde.

***

Califórnia
— Não acredito que estamos aqui, na plateia da Ellen! — disse, dando pulinhos.
— Você acha que eu acredito? Quantas vezes não assistimos ao programa lá na sala de casa, imaginando o dia em que estaríamos aqui? — perguntou, tombando a cabeça no ombro da amiga.
— Já fui a vários programas com os meninos, mas acreditem, eu estou nervosa por estar na Ellen! — esfregou as mãos em sinal de nervosismo.
— Eu tenho é medo de estar nesses lugares, o Louis não tem noção do que fala. Já me fez pagar cada mico... — falou , rindo, porém com um tom de nervosismo.
— Relaxem, meninas, os meninos sabem o que fazem. — , a mais calma como sempre, disse. — Agora calem as bocas, ela vai anunciar os meninos! — ou não tão calma assim...
— Milhões de álbuns vendidos, um filme logo mais em andamento, fãs pelo o mundo todo... Preparem-se, meninas, porque agora, com vocês: One Direction! — Ellen anunciou e os meninos entraram, enfileirados como sempre. Harry, Louis, Liam, Zayn e Niall.
Acenaram para a plateia, cumprimentaram à apresentadora e logo se sentaram no sofá vermelho.
— Como estão? Os americanos estão sendo legais com vocês? — Ellen perguntou, tomando um gole do seu café.
— Bom, fomos atacados no parque esses dias. — Louis falou e a plateia riu. — Tirando isso, tudo está sendo ótimo!
— Ouvi dizer que vão ficar um mês em solo americano, é verdade?
— Sim! Como estamos divulgando o nosso álbum, teremos várias participações em programas de TV e de rádio... — Zayn respondeu.
— E estão ficando onde? Hotéis?
— Sim! — respondeu Liam.
— Separados, claro, porque conviver com tanta testosterona durante o dia todo e ainda dormirmos juntos, ninguém merece! — Louis disse.
— Não acho que as fãs reclamariam de conviver com vocês o dia inteiro e ainda dormir! — Ellen disse e as meninas da plateia gritaram.
— Nós somos chatos, fedidos e irritantes, acreditem! — Zayn brincou.
— Verdade, o Louis tem chulé! — Harry acusou, apontando para o menino.
— Ei! Eu não tenho chulé! Mas o Harry e o Niall têm o intestino muito... fraco, se é que me entendem! — Louis entregou, o que fez e gargalharem alto da plateia, se lembrando do episódio da feijoada. Ellen riu junto, enquanto Harry e Niall esconderam os rostos nas mãos.
— Entenderam o recado, certo, meninas?! — perguntou, rindo, e olhando para a plateia. — Falando em meninas: fiquei sabendo que todos estão namorando, inclusive os últimos solteiros, Niall e Harry. É isso mesmo?
— Bom... — Harry falou, passando as mãos pelos cabelos.
— Eu conto, eu conto! O Niall e o Harry estão namorando. — Louis disse, apontando para os dois e pulando, parecendo uma criança.
— Ouvi uma conversa lá nos bastidores que as namoradas estão na plateia... — Ellen se levantou, olhando para todas as pessoas ali presentes.
— Pois é... — Liam respondeu, olhando para , que escorregava, tentando se esconder.
Ellen localizou as meninas, assim como a câmera. Mexeu um pouco com elas, deixando-as rosadas de vergonha e procurando um buraco.
— Lindas meninas... — se sentou novamente, piscando para Louis. — Tá, sem enrolação: qual a coisa mais romântica que já fizeram para suas namoradas? — um menino encarou o outro e Liam começou a falar:
— Acho que a coisa mais romântica foi com a , as outras não duraram o suficiente para eu extrapolar como com ela. Enfim, quando fizemos um ano de namoro, mandei trezentos e sessenta e cinco rosas. Trezentos e sessenta e quatro vermelhas e a trezentos e sessenta e cinco, branca. — sorriu e pode-se ser ouvido o coro de ‘awn’ da plateia.
— Por que branca? — questionou a apresentadora.
— Como não existe uma transparente, peguei a mais próxima, para demonstrar a confiança que temos um no outro e a transparência de nosso relacionamento.
— Pensei que fosse algo relacionado à macumba com pomba gira, já que você não pode dar uma pomba para a garota. Principalmente se tem alguma fobia ou algo assim...
— Não, a da fobia é a . — Louis brincou, apontando para a menina.
— Fobia a pássaros?
— Qualquer coisa com pena, bico ou asas. — Niall respondeu de prontidão. — Exceto ornitorrincos. Eu sei, , não precisa quase escalar a para eu falar. — falou, após observar a namorada gesticulando. Ela escondeu o rosto nas mãos, quando a atenção se voltou para ela.
— Nossa, que namorado dedicado. Você será o próximo! — Ellen o apontou e todo mundo riu da cara do garoto.
— Sabe, eu sou um menino muito quietinho e dedicado às minhas meninas, então eu nunca fiz algo assim para uma namorada. Se bem que eu e o Harry aqui... — bateu nas costas do amigo. — nos matamos para termos essas garotas lindas que estão com a gente agora. Acho que isso conta, né?!
— Agradeçam à , ordinários.
— Namorado exigente aqui, gente. — ela apontou para Louis, que soltou um riso fraco.
— É isso aí. Valeu, ! — Harry fez joia na direção da menina, que correspondeu.
— Valeu, ! — Ellen o imitou. — E você, Zayn?
— Eu a beijo. — deu de ombros.
— Nossa, exemplo de macho. Machucado. — piscou.
— Sou Zayn Malik, por favor, Ellen.
— Zayn Malik, o bad boy. — Louis fez careta.
— “Sou Zayn Malik”... — a apresentadora imitou a sua voz. — Sou o fodão, por favor, meus pés precisam de beijos. Não, espera, os meus pés são fodas como eu, são de Bradford, bad boy e não te merecem.
A entrevista continuou com várias piadas e risos, até que chegou ao fim. Ellen se despediu dos meninos e apresentou o próximo artista que viria a seguir.
As meninas, da plateia, se divertiam e se sentiam envergonhadas a cada piadinha soltada para elas, mas levavam na brincadeira. estava aliviada por não ter passado nenhum mico como sempre, por Louis, mas se sentia chateada pelo fato de ele não ter se lembrado da data que comemorariam se não estivessem brigados.

***

— Estou com medo... — Louis pulava pelo camarim, fazendo a sua voz tremer.
— Senta o peru aí que vai dar tudo certo. Se algo estragar, você finge que foi de propósito. — Zayn deu dois tapinhas no ombro do moreno, que parou para pensar por um tempo.
— O que você vai fazer mesmo? — Harry perguntou pela quarta vez no dia e começaram a explicar novamente.

***

— Como sabem, meu programa não aceita pessoas mãos de vaca, então teremos de volta Louis, o abandonado, e suas bolas. As bolas de cima, bolinhas de malabarismo, mentes podres. — fechou a cara e Louis entrou com roupa de palhaço. e se encolheram uma na outra, por causa do trauma desde crianças com palhaços.
O moreno parou em meio ao salão e começou a jogar as bolinhas para o alto, as pegando no tempo certo. Parou por um momento, olhou a sua volta e se aproximou de duas adolescentes, entregando à vermelha.
— Gire-a. — pediu.
A menina ruiva, tremendo, assim o fez, lendo o papelzinho colado por dentro. Uma assistente mirou o microfone em sua direção e pode ser ouvida a voz trêmula da garota.
Parabéns pelo ingresso pista VIP. — soltou um grito eufórico e abraçou Louis, que ria e dizia que logo mais a emissora falaria com ela.
Sobrando duas, Louis jogou-as para o alto novamente, parando próximo de outra menina. Com os mesmos atos de anteriormente, pode ler:
Parabéns pelo backstage com acompanhante. — Louis abraçou a menina, que estava paralisada. Logo em seguida, abraçou a amiga da morena, que tentava a acudir e respirar ao mesmo tempo. Repetiu o mesmo de antes e segurou a última bolinha firmemente. Aquela tinha dona.
Louis caminhou até a fileira das garotas de seus amigos e parou em frente à , que se assustou e arregalou os olhos.
— Abra.
pegou a bolinha verde e abriu, receosa.
— Agora leia.
Me perdoa?

Capítulo 07
And together we’re so good.

ficou encarando os olhos azuis de Louis e suspirou, gesto repetido por ele. A plateia se calou e a maioria prendia a respiração.
— Eu fui bem besta em não te seguir no dia em que você me disse aquelas palavras, talvez por orgulho. No momento, eu não entendi o que queria dizer, mas ficar sem conversar com você por uma semana foi uma porcaria e eu refleti bastante sobre o seu ponto de vista. Eu não concordo ainda com a parte de não ajudar os meus amigos e você percebeu que errou também, então ok, mas eu me toquei na hora da discussão sobre o que é amor e capricho, você estava me mostrando e dando o seu amor, não só para mim, mas para os outros dois meninos. Você se preocupa com todos nós e é isso que te torna especial, apesar de ser pé no saco sempre e bem mandona. Só não supera o Liam, mas isso releva, tá? — riram. — Eu te amo muito para deixar passar a oportunidade de te constranger e te deixar ir. — segurou o queixo da . — Não espere que eu pare por aqui, caso não aceite o meu perdão. — fez uma cara convencida e se aproximou da menina, dando-a um selinho.
— Eu te amo. — sussurrou, o abraçando. Louis a ergueu no ar, sorrindo abertamente. A plateia soltou os famosos ‘awns’ e aplaudiu, enquanto apoiava a cabeça no ombro de e chorava descontroladamente. sorria e ria com .
Os quatro meninos invadiram a plateia e começaram a pular no corredor, pelo o espaço entre os bancos serem limitados.

***

— Mi, mi, mi. Me perdoa? Mi, mi, mi. Eu te amo. Mi, mi, mi... — brincava com Louis e .
— Mi, mi, mi. Ai, estou nervoso... — Harry entrou no embalo da namorada. — Mi, mi, mi. Será que vai dar certo? E se eu errar? Mi, mi, mi.
— Fica quietinho aí, descabelado, que você estava mil vezes pior no começo do mês, ok? — Louis o apontou.
— Mi, mi, mi... — respondeu.
— Como ele ficava, amor? — perguntou para .
— Ai, , acho que a nem vai querer olhar na minha cara. E se eu levar outro soco? Meu Deus, e se ela chutar os meus países baixos? Oh, eu não sei o que vou fazer. — engrossou a voz.
— Mentira, , não era assim... Era: basicamente... hm... Ela vai sair correndo... oh, não... Acho que... sei lá, talvez assim... Melhor deixar para lá, né?! Será que ela está com outro... hm... cara? Deixa eu parar de pensar nisso. — Niall imitou o amigo.
— Niall, cara, só não te imito porque sou muito seu amigo, coisa que vocês não estão demonstrando ser meu, aqui. — cruzou os braços e todos riram da cara de bunda do menino.
Estavam sentados no fundo da pizzaria, que resolveram ir almoçar ao saírem do programa da Ellen Degeneres. No dia seguinte, pela manhã, iriam voltar para Nova Iorque, já que o estúdio do programa é localizado na Califórnia, ou seja, do outro lado, praticamente, dos EUA.

Home, sweet (not forever) home. — Louis se jogou no sofá.
— Meninas, vamos para algum lugar, só nós cinco? — sugeriu e se levantou em um pulo.
— Vou me arrumar.
— Orra! — arregalou os olhos. — A Payne é assim, então? — apontou para a menina, que já estava na porta da casa com a mão no trinco.
— Você não viu nada, minha filha. É festa e a já está lá, sorrindo e acenando. — disse e encarou Harry, se lembrando do que havia falado para ele no fatídico dia da premiação. Caminhou até o menino e o abraçou, sendo correspondida. — Todas topam? — encarou Zayn, que encarou Niall, que encarou , que encarou , que nem para ela olhava. Todos os meninos trocaram olhares e deram de ombros. abriu a porta, cantando Friday da Rebecca Black com os braços para cima, deixando todos assustados.
— É a . — disse, provocando risos e saindo também, sendo acompanhada pelas outras três meninas.

***

— Enquanto uma toma banho, uma pode ir fazendo a unha, outra escolhendo roupa e assim caminha a humanidade... — ia falando, enquanto as meninas entravam no quarto em que ela estava com Liam.
Decidiram todas irem se arrumar juntas, claro, já que seria muito mais divertido.
— Trouxeram tudo? — perguntou , colocando as suas coisas em cima da cama.
— Tudinho, chefa! — brincou , jogando as suas coisas de maneira delicada, como sempre.
— Eu vou indo tomar banho, porque até fazer escova nessa juba, demora! — disse, indo para o banheiro, e as meninas riram.
O celular da começou a apitar, fazendo-a pegar rapidamente, sobre olhares curiosos.
— Opa!
— O que foi? — as meninas perguntaram, juntas.
— O que foi? É o que eu queria descobrir! — virou o celular para verem e na tela tinha um tweet do Louis, pelo Twitter do Zayn:

Noite dos homens hoje... Sem namoradas, sem dores de cabeça, apenas nós! YAY! :) x

— Zayn nunca tweeta algo, e quando faz, diz isso? Só pode estar de brincadeira! O que ele quis dizer sem dores de cabeça? Eu sou uma dor de cabeça para ele? Mas espera só que eu vou... — ia se levantar da cama, quando as meninas a seguraram.
— O que é isso, ? Contenha-se! Da mesma forma que nós vamos nos divertir sem eles, eles têm o direito de se divertirem sem nós...
— Mas, ...
— Ó! — colocou o indicador na boca, em sinal para a menina ficar calada. — A noite é nossa hoje, nada de aborrecimentos com namorados malas, hein?!
— Epa, o meu namorado não é mala! — defendeu Liam.
— E quem citou o Payne na conversa, criatura do universo paralelo? — disse com cara de tédio.
— Eu só quis defender o meu bebê antes que você falasse algo dele. — a menina fez um bico.
— Novidade a defendendo o Liam. — falou, irônica, suspirando.

***

— Então é isso, a noite é nossa! — Louis pulou em Harry.
— Sai daqui, seu veadinho! Não é porque a noite é dos homens que você tem que soltar sua franga! — o mais novo empurrava-o.
— Agora é só a que pode abraçá-lo. — brincou Liam.
— Vão começar... — Harry disse, passando as mãos nos cabelos encaracolados.
— Não é isso, Curly, é que não podemos perder nenhuma oportunidade de zoar você e o Niall, já que deram o maior duro para terem as meninas de volta e conseguiram! — explicou Louis.
— Ainda bem que conseguiram, porque estavam irritantes demais já! Pelo o amor, viu?! — Liam disse, gesticulando com as mãos.
— E o melhor de tudo: — Zayn começou, então todos o olharam. — Eles desencalharam! — gritou e então começou a bagunça.
Liam, Louis e Zayn se levantaram pulando e foram até Harry e Niall, que estavam tentando se proteger da agressividade dos amigos.
— Ficam aí, se esfregando em mim, e depois eu que sou o veadinho da banda, né?! — Niall tentava empurrar os amigos, que ainda gargalhavam.
Os dois que estavam por baixo finalmente conseguiram empurrar os três de cima, então todos se ajeitaram e voltaram a fingir que eram pessoas normais.
— Agora sem brincadeiras, sério mesmo... — Liam disse, cruzando as pernas e fazendo pose. — Eu estou orgulhoso de vocês dois! — os meninos o encararam. — Vocês perceberam o que elas fizeram com vocês? Fizeram vocês terem certeza do que queriam, fizeram vocês sentirem algo tão forte, que eu achei que iriam surtar a qualquer momento e nadariam até o Brasil.
— O Liam está certo! — Louis concordou. — Podemos não nos conhecer desde quando nascemos, porém passamos tanto tempo juntos, que conheço cada um como a palma da minha mão, e deu para perceber que o que vocês estão sentindo por elas é verdadeiro... — terminou e todos olharam para Zayn.
— O quê? Realmente preciso falar algo? Vocês sabem que conversas sobre sentimentos não são comigo! — falou e os outros deram de ombros.

Os quatro amigos estavam entretidos em um programa qualquer de televisão, um pouco antes do horário para saírem, quando as cinco amigas adentraram o quarto. Niall, que estava praticamente de ponta cabeça na cama, ao tentar ajeitar rapidamente a postura assim que viu a namorada, se atrapalhou e caiu ao chão. Liam, que voltava do frigobar com uma garrafinha de água para Harry, distraído encarando a namorada, tropeçou no garoto, derrubando o líquido em Niall, que gritou um palavrão e logo em seguida se levantou, correndo até a bolsa de Louis procurar algo que desse para usar.
Todos os amigos riram do menino, que estava vermelho.
— Onde vocês pensam que vão? — Louis perguntou, encarando todas as meninas que estavam paradas em frente à TV.
— Ainda não sabemos, a está procurando na internet. — apontou para a amiga, que mexia freneticamente no celular.
— Tomem cuidado, por favor. E olha, vocês estão todas lindas. — Liam disse, sorrindo em seguida e recebendo agradecimentos.
— Eu não acho. Roupa certa para ações erradas! — encarou o namorado, respirando fundo e quando ameaçou dar um passo a frente, a cutucou, fazendo-a desistir no momento. Mandou um olhar de “me aguarde” e ele somente se levantou. — Vou para o quarto me arrumar. Sabe, né?! Noite dos garotos... — esfregou uma mão na outra. — Até mais, meninas! — acenou e saiu do quarto, deixando mais furiosa ainda, se possível.
— Eu matava. — comentou. — Ai, se Harry Styles ameaçar fazer isso comigo, ai! Ai! — apontou para o menino, que a olhava divertido.
decidiu ir até o cantinho do frigobar beber água para ver se conseguia se acalmar um pouco. Niall agora estava com uma camiseta branca, lisa, de Louis, e cada menina se separou e foi falar rapidamente com os namorados. Eles explicaram que iam a um barzinho que sempre frequentavam e que, sem problemas, as buscariam assim que desse um horário considerável, afinal, tinham um voo logo pela manhã e não seria nada legal sono e ressaca nele. disse aonde iriam e resolveram chamar o táxi, que chegou assim que Zayn adentrou o quarto.
As quatro meninas se despediram dos namorados de seus jeitos e apenas acenou para Zayn de mau gosto, o deixando “confuso”.
— Eu não devia, mas eu estou com medo. — Harry se jogou na cama.
— Eu até poderia falar que é porque é começo de relacionamento e tal, mas hoje faz dois anos que estou com a e eu estou da mesma forma que você! — Louis coçou a cabeça.
— Acho que é porque é a primeira vez que presenciamos uma saída só delas, sempre é tão “vou ficar com ele, quando estiverem em turnê, a gente sai”. — Liam tentou melhorar a situação.
— Pode ser, não temos motivos, né?! — Niall cutucou um espinha na testa, encostado na parede. — Ai, caralho, estourou. — falou, assim que olhou para o dedo e estava sujo de sangue. Saiu correndo até o banheiro, deixando os quatro meninos para trás, rindo.

***

, devagar com as bebidas, hein?! Não quero saber do Payne na minha orelha, dizendo que eu não cuidei de você! — alertou assim que chegaram à frente da boate.
— Calma, , eu sei me cuidar! — se defendeu.
— Claro que sabe! Da última vez que disse isso, você vomitou no carro do Louis e ele quase teve um ataque de pelanca quando descobriu. — entregou, fazendo e rirem.
— Então vocês sempre saem assim, sem os meninos? — perguntou .
— É o jeito, já que eles estão sempre longe de nós. Nesse dia que a vomitou, nós tínhamos ido a uma festa com o carro do Louis, já que a tinha batido o dela. — explicou, então se aproximou mais das meninas e sussurrou: — A é maior barbeira, caso saia de carro com ela, é bom você ter seguro de vida!
— Eu ouvi isso, futura senhora Malik! — , que estava um pouco na frente com , falou um pouco mais alto, fazendo fazer uma careta e as outras três rirem.
Quando adentraram a boate, tocava C’mon C’mon da Ke$ha, o que fez e se entreolharem e rirem, lembrando-se do dia que Florindo as disse que teriam um novo trabalho antes de se demitirem.
As cinco meninas continuaram andando no local e foram direto para o bar.
— Cinco tequilas, por favor. — pediu.
Logo o barman colocou os cinco copinhos no balcão com uma fatia de limão e um pouco de sal ao lado de cada copinho.
— Vamos lá, pela nossa primeira noite com a e com a . A primeira de muitas! — levantou seu copo, assim como as outras cinco, que colocaram o sal na boca, beberam e depois o limão.
— Agora quero dançar! — foi puxando as meninas pelas mãos até a pista de dança.

***

— Vocês viram o jogo do United ontem? A quase quebrava o vidro da TV a cada vez que o Rooney passava. — Harry tomou um gole da cerveja.
— Eu tentei, mas a só sabia falar das pernas dos jogadores, aí eu me irritei e deixei-a vendo Amanhecer sozinha. — deu de ombros.
— A não deixou, porque “são só idiotas atrás de bolas”. Menos o Beckham, porque essa é esperta. — Louis imitou o gesto de Harry.
— Ok, chega dessas meninas. Lembram-se do tweet do Louis: “Sem namoradas, sem problemas” e etc?
— Certo, Zayn... — Harry respondeu, entediado. — Sobre o que falaremos?
— Turnê?
— Não, Payne. Deus pai, agora não! — Louis se benzeu e reparou que Harry sorria e acenava para algum lugar logo a suas costas. — Está acenando para quem, puta manca?
— Para uma menina ali, olha para ela, cara.
— Harry... — Liam o repreendeu.
— O quê? Eu, hein? Sorrir e acenar são meu trabalho ainda. — deu de ombros, voltando a dar goladas em sua bebida.
— Ok, então, pinguim de Madagascar. — Louis deu-lhe um pedala.
quem ensinou. — piscou freneticamente, sorrindo aberto, fazendo Zayn rolar os olhos, bufando, e o resto rir.

***

— Cara, na moral, sai fora! — tentava empurrar um bêbado que tinha encanado com ela.
— Que isso, gatinha, fica comigo hoje?! — ele tentava puxá-la.
— Primeiro que eu tenho namorado, segundo: mesmo que eu não tivesse, eu nunca ficaria com você, que saco!
— Meu amigo fica com a sua amiga e eu fico com você. Vai, gata, vamos lá para casa, nós quatro... — disse com a voz mole de tão bêbado que estava.
e tinham ficado sozinhas na pista, enquanto as outras três foram ao banheiro.
— Mano, eu juro que se você não me soltar, eu arranco com os dedos isso que você tem no meio das pernas! — tirava os braços do bêbado que a agarrava, porém, este era bem mais forte que ela. — Eu namoro, caralho!
— Não se faz de difícil não, lindinha... — odiava que a chamassem assim. — Vamos para casa comigo e esquece seu namorado veadinho, vai?!
— Faz assim... — ela ia falar, mas ele estava tão bêbado que quase caiu e a levou junto. — Porra, me solta! Olha, eu vou ao banheiro arrumar a minha maquiagem com a minha amiga e depois nos encontramos com vocês dois e vamos embora juntos, pode ser? — falou de uma maneira sensual.
— Uia, claro que pode! — o que estava agarrando disse e ela bufou.
— Então vamos para o banheiro, amiga! — empurrou o bêbado e saiu puxando a amiga pela mão.
— Mas que caralhos? Por que pessoas pegajosas sempre vêm em cima de nós? — disse com nojo, se lembrando da forma que o brutamonte a estava agarrando.
— Ótima pergunta! Vamos achar as meninas logo e ir embora, antes que aqueles dois idiotas, que estão mais bêbados que uma leitoa, nos encontrem! — procurava as meninas.
— Ô, ... — começou e a olhou, incentivando-a a continuar. — Leitoas são bêbadas? — perguntou inocentemente, fazendo apenas dar um tapa na própria testa e resmungar um “mereço!”.

***

— Parecem cornos, sai daqui. — Zayn reclamou, novamente.
— E você um mal dado, está pior do que a minha avó. — Liam reclamou.
— Não, a sua avó está melhor, pode ter certeza. Acho que o Harry deu conta do recado e tals. — Louis brincou, fazendo Harry fechar a cara e o resto da mesa explodir em gargalhadas.
— Gente, a está me ligando do celular novo dela. — riu, se lembrando de que a menina estava se sentindo demais com o celular. — Esperem aí. — Harry avisou, se levantando e encarando o visor.
— Sei, . Esse menino pensa que me engana... — Niall soltou um ‘tsc’. — Deve ser a sua avó, Payne.
— Pobre vovô, corno tão jovem. — negou com a cabeça.
Passado alguns minutos, Harry voltou à mesa, rindo.
— Deram pane lá, vamos ter que buscar.
— Posso nem me divertir mais... — Zayn reclamou, como estava fazendo desde o momento em que entrou no quarto do Louis.
— Desisto de você, cara, sério! — Liam deu-lhe dois tapinhas no ombro e se levantou, assim como todos.

***

— O que eu disse sobre não beber? Agora vou aguentar o sermão do pastor Payne! — segurava os cabelos de , que estava agarrada na privada, vomitando.
— Viu, onde estão a e a ? — , que estava se olhando no espelho, perguntou.
— Ficaram dançando, falou que nos encontraria no bar... — ainda segurava os cabelos da amiga, que agora já tinha parado de vomitar e tentava se levantar. — Mas acho que a noite já acabou, certo? Nada de bar mais hoje para a senhorita!
— Eu nem estou bêbada ainda, . Olha, consigo fazer o quatro! — tentou fazer o quatro com as pernas, porém, se desequilibrou e caiu de bunda no chão, em cima do vômito que tinha caído para fora da privada. apenas a olhou com fúria nos olhos. — Não briga comigo, , que eu vou... eu vou... — a menina iria chorar.
— A não está brava não, amor, calma. Está tudo bem... — tentava acalmar a bêbada chorona, quando e entraram correndo no banheiro.
— Nossa, estão fugindo de quem? — brincou .
— De dois leitões bêbados! — falou, ofegante, fazendo as três amigas a olharem com dúvida e apenas dar uma risada nasalada.
— Dois bêbados irritantes nos agarraram lá na pista, então saímos correndo! — explicou e depois que reparou que estava sendo levantada por . — O que aconteceu aqui?
bêbada, novidade. E dessa vez ela se superou, caiu em cima do próprio vômito! — contou, tentando não rir.
— Eu quero tirar a calça! Me ajuda, amiga... — se remexia.
— Amiga linda, você está de vestido! — gritou, fazendo as outras rirem e a bêbada parar de se remexer e fazer uma cara pensativa.
— A noite realmente acabou. — riu, então pegou o seu celular. — Vou ligar para o Harry, do meu novo celular, e falar que já está na hora de vir nos buscar. — a menina disse, esfregando o celular novo na cara das amigas.
— Vai logo, antes que eu te faça engolir essa merda! — ameaçou.
aguardou um tempo, rindo de , até que ouviu a voz do namorado.
— Harry? Amor?... Então, deu pane no sistema da já, teria como vocês virem nos buscar? — falava com o namorado, enquanto as meninas tentavam fazer parar de cantar a nova música da Miley Cyrus. — Isso? Ah, é só a cantando Miley Cyrus... Pois é, para você ver a que ponto chegou! — riram e logo desligaram. — Eles estão vindo, estão em um bar aqui perto, então logo chegam. Vamos esperá-los lá fora.

***

se abraçava, olhando tudo a sua volta. segurava , que ria para a lixeira e dizia que seria divertido ser uma casca de banana. ria descontroladamente, também, mas da amiga, que fazia uma feição divertida. batia os pés descontroladamente na calçada, pensando no que falaria para Zayn, quando fossem conversar.
Logo viram os dois carros alugados para Harry e Louis estacionarem um pouco mais a frente delas. Harry desceu do carro um tempo depois e começou a gargalhar da cara da . Liam desceu do banco de trás e saiu correndo, ao ver a namorada quase ficando de quatro ao chão, quando Harry a pediu para fazer o quatro. Niall abraçava e Zayn estava como poste ao lado da , que continuava batendo os pés.
— Dá para parar? — implicou.
— Pé é meu, se está incomodado, se afaste. — deu de ombros, fazendo o menino bufar.
, eu não acredito que você teve a cara de pau de fazer isso.
— Pau. Seria legal ser um pau também, assim como uma casca de banana, não é?!
, eu estou falando sério. — Liam tentou a puxar pelo ombro, em direção ao carro.
— Não sou , sou a casca da banana. Banana! — gargalhou. — Que engraçada essa palavra, né, amor?
— Concordo contigo, . — Louis respondeu do banco do passageiro. — Tenta não rir com “mamilo”. — logo após uma longa gargalhada, , sorrindo abertamente, disse que Louis sim a compreendia, não o quase careca do namorado. Liam repreendeu Louis com o olhar, que continuou falando coisas sem sentido com , que achava o máximo.
Niall e foram para o carro que ficava com Harry, e se sentou ao lado do namorado, no banco da frente. ficou com Niall, , Harry e , e Zayn com Louis, , e Liam.

Capítulo 08
Let’s work through it.

Liam e

— Liam, se eu entrar no guarda-roupa, eu vou para Nárnia? — perguntava com a voz mole, enquanto Liam tentava fazer a menina dormir.
— Vai, amor, vai, mas o Sr. Tumnus não vai querer tomar chá com você, se ele souber que você é desobediente. — o menino sabia de todas as táticas para fazer a namorada bêbada dormir, tinha que conversar com ela como se fosse uma criança.
— Mas eu sou obediente!
— Não, você não é! Pessoas obedientes dormem quando o namorado legal diz que é hora de dormir e...
— Você é o namorado legal? E eu serei obediente e irei para Nárnia tomar chá com o bodinho legal se eu dormir? — riu da forma fofa que a menina falava, apesar de estar muito bravo com o que ela fez. Sabia que Liam odiava que ficasse bêbada.
— Isso, , mas vou ser o namorado muito bravo se você não dormir agora! — falou autoritário, fazendo a menina se encolher e logo pegar no sono.

//

Zayn e

— Teria como você sair logo? Eu quero escovar os meus dentes! — batia na porta do banheiro.
— Teria como você ser um pouco menos irritante, ? — o menino perguntou, assim que abriu a porta, fazendo a namorada se assustar com a grosseria.
— Passou quantas vezes na fila da ignorância? Cinco?
— A mesma quantidade de vezes que você passou na fila da falta de vergonha na cara!
— Zayn Malik, posso saber que tipo de bicho te mordeu para você estar nessa grosseria toda comigo? — desistiu de ir ao banheiro e foi atrás do menino.
— Você quem fez cagada, deveria saber o motivo. — falava sem olhar a menina.
— Se eu soubesse, eu não estaria perguntando, asno! — insistiu.
— Não se faça de sonsa! Me diz: precisava ir com uma roupa daquele tamanho para sair com as meninas? — virou-se para ela. — Queria chamar a atenção de alguém? Não está satisfeita com o que tem dentro de casa não, ?
— Meu Deus, Zayn, ouve o que você está dizendo! Que coisa mais absurda! — passou as mãos pelos cabelos, em sinal de nervosismo.
— Não tem nada absurdo aqui, só tem a verdade: que você queria chamar a atenção, e, no final das contas, saiu de casa parecendo uma vadia! — Zayn gesticulava, nervoso.
— Va-vadia, Zayn? — a menina perguntou, agora com lágrimas nos olhos.
— Isso mesmo! — a raiva que sentia deu lugar a uma dor inexplicável, talvez ódio, mágoa ou apenas tristeza e decepção em ouvir o seu próprio namorado a chamando assim. Zayn percebeu que tinha pegado pesado, não tinha motivo para falar daquela forma com a menina, sabia que ela o amava, porém, quando a viu com aquela roupa... Ela não estava vulgar, ele sabia disso, apenas ficou com ciúme e isso o fez perder a cabeça.
— Sai do quarto, Zayn... — pediu com os olhos fechados e a voz calma.
— Não, , desculpa, eu fiquei com... — ele tentou falar, mas a menina o interrompeu.
— Sai daqui agora, Zayn Malik. E nunca mais apareça na minha frente! — Zayn não a reconheceu. Não reconheceu a própria namorada. Aquela menina da voz serena e dos olhos brilhantes deu lugar a uma menina que tinha raiva na voz e tristeza no olhar.
Achou melhor sair do quarto, pelo menos até a menina se acalmar e então poderia se explicar.

//

Louis e

— Vocês se divertiram? — Louis perguntou, enquanto acariciava os cabelos da namorada, que estava deitada em seu peito.
— Tirando a parte que dois idiotas tentaram agarrar a e a e a conseguiu cair sentada no próprio vomito, nos divertimos sim! — respondeu, rindo.
— Tentaram agarrar a e a ? Como assim? — o menino perguntou, assustado.
— Assim... — ergueu a cabeça, olhando no rosto de Louis e continuou. — A e eu fomos levar a no banheiro e as duas ficaram dançando, aí, quando a estava se limpando, elas apareceram desesperadas e ofegantes, tinham corrido dos dois manés.
— Mas elas não deram moral, certo?
— Claro que não, né, Louis?! — fez cara de tédio. — Por que elas fariam isso?
— Ah, sei lá, né?! Só espero que ninguém tenha visto ou tirado foto, porque caso isso aconteça, vai dar um rolo... — o menino fez uma careta.
— Nem me diga, mas não tinham paparazzi lá, não acho que alguém tenha sido tão a toa ao ponto de tirar uma foto disso. — terminou a frase e bocejou.
— Assim espero, amor. — acompanhou a namorada com um bocejo. — Agora vamos dormir?
— Vamos sim. Boa noite, lindo, amo você! — ela sorriu e deu um beijo no menino.
— Também amo você, linda. E feliz dois anos de namoro, de novo! — falou meigamente, acariciando o rosto da menina e fazendo-a sorrir.

//

Harry e

— Fiquei sabendo que o senhor ficou acenando para meninas alheias lá no bar, confere a informação, senhor Styles? — perguntou, calmamente, enquanto andava pelo quarto a procura de suas meias.
— Nossa Senhora, as informações correm rápidas nessa cidade, hein?! — o menino disse, rindo, e apoiou a cabeça nos braços para ter uma visão melhor da namorada, que estava usando apenas uma boxer e uma camiseta sua.
— Não mude de assunto, mocinho! — olhou dentro da mala. — Mas que porra, onde estão as minhas meias?
— Se você não sabe, como é que eu vou saber, ?
— Está me chamando de desorganizada, Harry Edward Styles? — o olhou com fúria nos olhos e ele riu mais ainda, sabia que odiava que a chamassem de desorganizada.
— Eu não falei nada, mas se a carapuça serviu... — deu de ombros e a menina deu o dedo nada educado para ele. Foi procurar no banheiro e depois de alguns minutos, Harry ouviu:
— Achei! — e então ela apareceu usando as benditas meias laranja que iam até o joelho. — Tentou me distrair, porém, sou mais astuta que você. Me diz: para quem estava acenando? — perguntou, sentando de perna de índio ao lado dele, que estava deitado.
— Astuta demais com essas meias horrorosas, aí. — brincou e então se apoiou novamente em um braço só, ficando de lado e de frente para ela.
— Respeite as minhas meias, porque na falta de um macho na minha vida, são elas que me esquentam nas noites mais frias e escuras... — fez bico.
— Quer dizer que não tem um macho na sua vida, moça? — o menino fez cara de indignação.
— Eu achei que tinha, até descobrir que ele fica acenando para meninas alheias quando eu não estou por perto. — cruzou os braços, fazendo charme.
Harry riu da menina com ciúmes, então pulou em cima dela e a agarrou.
— Ai, meu Deus, onde eu fui amarrar meu jeguinho? — deu um beijo no nariz da garota, depois na testa, nas bochechas e quando chegou à boca, sussurrou antes de beijá-la: — Eu amo você, birrenta!
— Também amo você, coisa descabelada! — então selaram o beijo.

//

Niall e

When she walks in the room my heart goes boom... cantarolava tão distraída no banheiro, enquanto tirava a maquiagem, que não notou quando Niall entrou.
— Bu! — assustou a menina, que só não caiu, porque ele a agarrou por trás.
— Está maluco, menino? Isso é coisa de se fazer comigo? — perguntou, colocando a mão no peito, enquanto o menino gargalhava e ainda a abraçava por trás. — Está rindo de quê, animal? Isso não foi engraçado! Imagina só se eu tenho um treco do coração? Se eu infarto? Você ia ficar com pessoa na consciência, isso sim! Imagina só se...
— Shh, amor, shh, já entendi que você quase morreu do coração, mas para de falar, vai?! — ele falou, rindo, e a menina apenas mostrou a língua pelo reflexo do espelho.
— Está me mandando calar a boca? — por mais que algumas vezes fosse preciso, Niall não era nem louco de falar para a menina calar a boca, a não ser que quisesse levar um murro no meio da cara.
— Jamais, amor, que isso?! — deu um beijo em seu pescoço.
Ficou abraçado na namorada, enquanto a mesma ainda terminava de tirar a maquiagem, sorrindo, pensando em como sua vida tinha mudado. Em um dia, estava sendo chamando de encalhado pelos amigos da banda. No outro, apaixonado pela menina que foi paga para fingir ser sua namorada, e no outro, sozinho em sua casa, pensando em como tinha sido idiota. Porém, agora estava com ela.
— Para de rir assim, está me dando medo! — terminou de tirar a maquiagem e se virou para ele, ficando encostada na pia, enquanto Niall segurou em sua cintura.
— Estou rindo porque é engraçada a nossa história. Um dia você estava querendo me bater, no outro estávamos na premiação e eu achando que estava tudo bem, aí do nada você vai embora, depois volta e quase morre do coração quando me vê e agora... — parou de falar e olhou nos olhos da menina, que estava com os braços enroscados em seu pescoço. — Agora eu estou aqui, abraçado com você e sendo seu namorado... de verdade.
— Eu amo você, Niall, mais do que você pode imaginar... — revelou.
— Também te amo. Eu te amo muito! — disse, antes de puxá-la para um beijo.

//

Capítulo 09
You’re so London in your own style.

Era manhã, hora de voltarem para Nova Iorque. Alguns executivos estavam no avião, enquanto Louis e entravam conversando, se sentando bem ao fundo. Liam puxava , que estava de óculos de sol, ressaca e pijama, assim como , , e . e se encontraram só dentro do avião, gritando ao máximo como duas gralhas.
— Flamingona da minha vida! — abriu os braços e se levantou, assim que a amiga adentrou o avião segurando uma bolsa, com Harry atrás.
— Girafinha homossexual! — largou a bolsa e correu em direção à loira, abraçando-a.
deslizou na poltrona e tampou o olho, meio que se escondendo, fazendo , da fileira ao lado, rir.
— Pleno voo de primeira classe e as duas parecendo do nível farofeiro. — comentou.
— Pois é. Como podem ter esse pique nesse horário da manhã? — perguntou, chamando a atenção da .
— Minha cabeça está me matando, como a delas não?
— Será por que você é uma bêbum? — Liam observou. fez bico e também se deslizou no banco, olhando para a janela.
— Alguém está de cu virado... — cochichou com , que concordou.
— Bem feito! — usou o mesmo tom.
— Bicha má! — riram. — E o Malik? — tentou falar baixo, mas acabou que o menino ouviu.
— O que tem eu? — perguntou, mal-humorado.
— Nossa, que falta de paz e amor no coração, eu hein?! — se ajoelhou na poltrona e se virou para e Harry, que dividiam o fone de ouvido. Olhou para e Niall, que conversavam sobre algo e gargalhavam, ficando vermelhos.

— Deixa de ser idiota, bad boy, a menina não fez nada para você estar com essa cara de ABC aí! — Louis falava enquanto empurrava o carrinho com suas malas e as de .
— Cara de ABC, Louis? — Liam fez uma careta.
— É que a cara dele está tão ruim, que não é só de bunda. É de ânus, bunda e cu, tudo junto! — explicou e até Zayn, que estava emburrado, riu.
— O que eu faria da vida sem vocês, hein?! — o menino perguntou, passando um braço pelos ombros de Louis.
— Talvez seria uma pessoa sem brilho algum, triste e que só ia querer comer e assistir filmes gays... — Liam deu de ombros.
— Mas espera, esse é o Niall, e não eu! — falou Zayn e o loiro, que até então estava apenas ouvindo e rindo, mandou o dedo nada educado para ele.
— E a , Liam? Ela está melhor? — perguntou Harry.
— Melhor? Cara, ela está de pijama no aeroporto, você realmente acha que ela está melhor? — Louis fez uma cara óbvia, seguida por uma careta.
— Mas todas estão de pijama! — Niall observou.
— Por motivos diferentes. — Harry colocou a mão no queixo, fingindo observar as meninas, que estavam andando à sua frente. — Se eu bem conheço a e a , elas estão de pijamas porque acham fofo; porque queria irritar o Zayn; a porque estava com preguiça de se trocar e a pelo fato de estar morrendo de vergonha e com dor de cabeça, então está usando a touca do pijama para afastar todos.
— Mas é um menino observador, então?! — Zayn zoou o menino, bagunçando seu cabelo.
/Califórnia
Niall e

— Lar, doce lar! — o loiro se jogou no sofá, enquanto a namorada fechava a porta e ria da cena.
— Está ligado que isso é um hotel, né?! — se jogou ao seu lado.
— Nossa, como você é estraga prazeres, ! Eu, hein?! — falou, cruzando os braços como uma criança birrenta.
— Mas como é fofo, meu Deus do céu! — a menina pulou nele e começou a distribuir beijos em seu rosto.
— Socorro, a maníaca de pijama está me atacando! — ele gritava, então ela parou, não se aguentava de vontade de rir.
— Exagerado é a mãe, né?! — apertou a bochecha dele. — O que acha de irmos tomar um sorvete no parque?
— Acho uma ótima ideia, desde que a senhorita tire esse pijama!
— Está com vergonha da sua namorada de pijamas, Horan? — falou com as mãos na cintura.
— Não, amor, pelo contrário, estou é com ciúmes. Só eu posso ter o prazer de ver você usando esse pijaminha fofo, não quero nenhum marmanjo babando seu ovo não! — fez cara de bravo, dando um selinho na namorada.
— Ai, meu Deus, além de fofo e birrento, é ciumento! Estou feita nessa vida... — subiu as escadas resmungando, enquanto Niall ligou a TV e ficou assistindo um canal qualquer de fofoca.

//

Zayn e

— Vai me ignorar para sempre? — perguntou, entrando no quarto em que a menina estava.
— Não estou ignorando você, Zayn, eu só estou tentando entender o que aconteceu ontem. — se aproximou da sacada, de costas para ele.
, eu já te pedi desculpas, eu... — o menino se aproximou e segurou-a pelo ombro.
— Você tem noção do que é ser chamada de vadia pelo próprio namorado? — deu um tapa na mão do garoto e virou-se de frente para ele. — Poxa, Zayn, eu aguento fãs me xingando todos os dias, algumas delas querendo me matar e o que recebo em troca? Meu namorado me chamando de vadia? Desculpa, mas não é isso que eu sonhei para a minha vida!
— E o que você sonhou para a sua vida, ? — perguntou, olhando em seus olhos.
— O que eu sonhei? — suspirou. — Bom, não é como se eu tivesse algo concreto, mas o que eu sempre quis foi ser bem sucedida na minha carreira de atriz, ter alguém do meu lado, alguém que me amasse muito e que estivesse sempre do meu lado, e, convenhamos, não é isso que você faz ultimamente.
— Você está super bem na carreira, tem cinco propostas de filmes! — Zayn exclamou, sem entender aonde a menina queria chegar com isso.
— E por que isso, Zayn? Porque eu comecei a namorar você! Eu não estou sendo mal agradecida, afinal, é a verdade, eu consegui sucesso de verdade depois que comecei a namorar você. Mas eu não quero ser a “namorada do Zayn”... — fez aspas com os dedos. — Eu quero ser a , a atriz reconhecida por ter algum talento. — suspirou. — Ontem, quando eu saí com as meninas, eu só queria ser eu mesma, queria me divertir, mas você estragou tudo, Zayn, tudo! — finalizou com os olhos brilhantes por culpa das lágrimas que ali se acumulavam.
— Tem noção do que é imaginar outros caras te olhando? , você é linda! Tem um corpo e sorriso lindo, é legal, inteligente... É o sonho de qualquer cara! Quando eu vi você daquele jeito, eu quase morri de ciúmes. Eu falei aquilo porque queria te afetar para você se sentir mal, eu queria que sentisse um pouco da raiva que eu estava sentindo, mas eu nunca te acharia uma vadia de verdade. Eu te amo muito para isso. — se aproximou dela, segurando as suas duas mãos, beijando-as e, logo em seguida, puxando a menina para um abraço.
ficou sem palavras, porém sabia que ele estava sendo sincero. Conhecia bem demais o namorado para saber quando ele estava mentindo ou não.
— Por que eu simplesmente não fico brigada com você por mais de um dia, hein?! — perguntou com a cabeça no peito do menino, enquanto o mesmo ainda a abraçava.
— Porque você me ama, e me ama muito! — disse, convencido, fazendo a menina se soltar dele e negar com a cabeça.
— Uma vez Zayn, para sempre Zayn! — brincou e logo estavam gargalhando e brincando um com o outro.

//

Liam e

Liam entrou devagar no quarto e estava deitada, não queria acordar a menina.
— Liam? — ouviu a voz dela e se assustou.
— Achei que estava dormindo... — falou, sentando-se ao seu lado e acariciando a sua bochecha.
— Por que você é assim? — ela perguntou e o menino fez cara de dúvida. — Assim, perfeito? Eu fiquei bêbada ontem, você odeia que eu faça isso, e, em vez de me dar o maior sermão ou brigar comigo, você cuidou de mim ontem, simplesmente me deixou dormir hoje e não reclamou de nada!
— Você se lembra do dia em que eu te conheci? Em uma festa, e como você estava?
— Ai, Liam... — escondeu o rosto na coberta e respondeu com a voz abafada. — Eu estava meio bêbada aquele dia...
— Meio bêbada? Não vamos economizar na vodca, vai. — brincou. — Quando eu comentei que tinha uma banda, você perguntou se eu era do N’Sync e quando a sua amiga disse que essa banda tinha acabado, falou que eu era do Backstreet Boys! — o menino lembrou.
— Nossa Senhora, Liam, como você se lembra dessas coisas? — bateu na própria testa e soltou um “Ai”, fazendo o garoto rir.
— Lembro porque foi a primeira vez que falei com você e foi muito especial. Apesar de você estar tão bêbada que não lembrava seu próprio nome, você era tão espontânea, tinha um sorriso tão lindo... Estava sorrindo a toa até, né?! — terminou a frase, pensativo, e a menina gargalhou.
— Ai, meu Deus, por que você não pode apagar esse momento da sua mente e ir direto para o dia que eu te encontrei na gravadora? — falou com a voz ainda abafada.
— Aquele dia foi hilário: você cheia de papéis e, quando me viu, tacou tudo para trás. — ele gargalhou.
— Ok, esquece! Nenhuma das primeiras vezes que eu te vi foi sucesso, eu sou um desastre mesmo. — pegou o travesseiro que estava ao seu lado e tapou o rosto.
— E foi por esse desastre que eu me apaixonei! — o menino disse, tirando o travesseiro do rosto da garota e olhando-a profundamente. — Então não é como se eu quisesse te modificar ou te moldar para mim, eu te amo do jeitinho que você é. Mesmo você se embebedando às vezes e querendo ir para Nárnia.
— Nárnia? Ah, não, eu queria ir para Nárnia mais uma vez? — soltou uma risada nasalada.
— Sim! Se cada vez que você bebesse você realmente fosse para lá, acho que nem o Aslan ia te aguentar mais... — então os dois começaram a rir e se lembrar de cada momento que passaram juntos.

//

Harry e

— Harry, me dá mais um papagaio? — o casal estava deitado na cama. Do jeito que chegaram de viagem, foram direto se deitar, estavam cansados.
— Você já tem a , que fala pelos cotovelos, por que você quer mais um Oswaldo na sua vida? — perguntou, apoiando-se nas mãos para olhar a namorada.
— Não sei, sempre quis vários animais de estimação. Além da , claro! — brincou.
— A amizade de vocês é algo invejável e única. — ele riu.
— Ainda bem que é única, imagina só se existissem outra dupla dinâmica e e você e o Niall se apaixonassem por elas? Ia ser muito trabalho ter que matá-las e... — conforme falava, percebia que o menino a olhava assustado.
— Você está me assustando, menina! — puxou o lençol da cama e se “escondeu”, deixando apenas os olhos de fora.
— Calma, amor, eu nunca mataria ninguém nem nada do tipo.
— Às vezes eu acho que você é algum tipo de psicopata que fugiu do manicômio, é sério!
— Quem sabe, né?! Você não sabe como era minha vida lá no Brasil, só sabe sobre o meu trabalho. E o resto? — o olhou com os olhos arregalados e um sorriso assustador.
... — o menino se encolheu mais no lençol e se afastou dela, que ia se aproximando dele, enquanto o mesmo continuava indo para trás...
— Harry, cui... — não deu tempo.
— Ai! — ele caiu da cama.
— Mas é uma anta mesmo. Machucou? — perguntou, colocando a cabeça para fora da cama para ver como o namorado estava.
— Não, mas estou com medo de você me machucar, sua malvadona aliciadora de menininhos indefesos! — falou rapidamente, enquanto ria.
— Eu vou te machucar se você não se levantar desse chão agora e ir comigo comprar meus chicletes de uva! — se fingiu de brava.
— Promete me deixar vivo? Não acho que minhas fãs iriam ficar felizes se você me matasse.
— Ninguém ia sentir sua falta, bonitinho, é só usar um holograma seu nos shows e pronto! — a menina disse como se fosse a coisa mais natural do universo.
... — ele fez uma cara de tédio e depois começou a gargalhar, assim como ela.
— Ai, idiota, eu vou me arrumar, ok? Fica aí vendo esse canal de fofoca sem fundamento enquanto isso! — deu um selinho nele e pulou da cama, indo para o banheiro.

//

Louis e

Será que os cornos da vez são os queridinhos do momento?

— Louis Tomlinson, corre aqui! — berrou, quando viu o que estava passando na televisão.
— O quê... — ele apareceu, segurando uma vassoura. — Nossa Senhora! — nem o menino queria acreditar no que via.
Na TV, estava passando um programa de fofocas, em que o assunto do momento era a suposta traição de e .
— Não acredito que tinham paparazzi naquele lugar, que merda! — a menina bateu na própria testa. — Espero que eles não vejam isso, muito menos essas fotos!
— Se eu bem conheço aqueles dois, se eles virem, vão ficar nervosos e nem vão dar chance das meninas se explicarem. Eles têm a péssima mania de tirarem conclusões próprias.
— Não acredito que logo agora que está tudo bem, isso está acontecendo... — negava com a cabeça, enquanto falava.
— Calma, se tudo realmente aconteceu como você me explicou, vamos rezar para eles não terem visto isso e conversar com eles antes que vejam em algum lugar e dê merda. — Louis sugeriu, apoiando-se na vassoura.
— Louis, que mal lhe pergunte: por que você está com uma vassoura? Ou melhor, de onde essa coisa surgiu? — perguntou, meio desorientada sobre o que o namorado estava fazendo.
— Ah, eu derrubei um negócio no chão e fez a maior patchotcha... — fez cara de triste. — Mas como sou um menino muito bem educado pela senhora Johannah, mãe de quatro belas damas e de um lindíssimo cavalheiro, e...
— Caralho, menino, para de enrolar e fala logo por que estava com essa vassoura! — , a rainha da paciência.
— Nossa, educação mandou um beijo! — reclamou e a menina mandou o dedo do meio para ele, que fez cara de indignação. — Grossa! — empinou o nariz. — Eu estava varrendo o chão por culpa do negócio espatifado lá na salinha com a mesa, não quis deixar a coitada da faxineira limpar, eu que fui uma anta, não ela. Aí eu tomei a vassoura da mão dela e bati a porta, simples assim! — a menina riu, antes de cruzar as pernas, arrumar a postura e começar a bater palmas estilo foca.
— Isso mesmo, que bom que sabe que ela não é sua empregada. — o garoto deu uma gargalhada alta antes de voltar para a cozinha, agarrado à vassoura.

//

Capítulo 10
Now you’re tearing up my heart.

Parece que ontem, quando os meninos da One Direction resolveram dar uma folga para as namoradas, elas resolveram aproveitar muito bem acompanhadas. e , especificadamente, curtiram a noite toda ao lado de dois gatinhos, modelos, que as abordaram na boate mesmo, segundo fontes. Os casais dançaram e se beijaram pela noite toda, o que nos deixa suspeitas: acabou o namoro pacato com somente uma direção, decidiram um namoro aberto direcionado para outros lados ou era só curtição com a cara dos nossos minos?

Confiram as fotos logo mais e para mais informações, acessem o nosso site, deixando suas opiniões nos comentários.


Niall e

Respondi a última SMS de Harry e guardei o meu celular no bolso, esperando a na ponta da escada.
Estávamos envolvidos e isso ia nos dar um baita de um trabalho, afinal, os apaixonados não eram elas e sim os dois idiotas que caem em qualquer lábia.
— Vamos? — sorriu.
— Como quiser, princesa. — peguei a sua mão e senti todas aquelas coisas que, com certeza, ela não sentia.
— Está tudo bem? — se esticou, olhando para o meu rosto, enquanto caminhávamos até a porta.
— Claro. — sorri fechado.
— Vamos cantar? — perguntou, assim que entramos no carro do Louis.
— O quê?
— Pode ser cantigas de ninar, sua voz é fofa para isso.
Dei partida no carro e suspirei, seria difícil.

//

Harry e

— Nossa, que rapaz concentrado você. — parou atrás de mim no sofá e eu me assustei, fazendo-a rir.
— Pois é... — sorri fraco.
— Vamos logo, quero meu chicletinho. — esfregou as mãos.
Chiclete de uva para a é sinônimo de nervosismo demais, assim como mãos sendo esfregadas. Por que será isso, né? Depois me perguntam por que sou assim, do tipo que pega e não se apega. Ok, mentira, isso foi gay e eu não sou o cara que faz tanto isso. Só às vezes. Quase nunca.
— Queria beber alguma coisa.
— Nossa, ontem não foi o suficiente? — joguei um migué.
— A começou a vomitar igual um elefante, queria o quê?
, as suas comparações são tão boas quanto os efeitos sonoros da quando ela conta alguma história.
— Para, eu não sou tão ruim assim. — fez bico e me senti o cara mais trouxa do mundo, porque primeiro: ela não contaria, segundo: eu estava fodidamente apaixonado e terceiro: eu e Niall não nos livraríamos disso tão cedo.

//

Niall e

— Os mesmos de sempre? — perguntei e ela concordou.
Isso que ferrava, até os sabores favoritos dela de sorvete eu sabia de cor, os tipos de sorrisos e quando estava desconfiada, como agora. Eu tinha que a tratar com indiferença e não com carinhos e mimos, caramba! Logo mais ela iria embora e o que aconteceria? Acha que ela deixaria a vida no Brasil para ficar com um estúpido irlandês? Imagina! Nem eu quero ficar comigo, quem dirá ela.
— Niall? — estalou os dedos na minha frente e eu saí do transe, caminhando até o balcão e fazendo os pedidos.

//

Harry e

— Quer? — me ofereceu o terceiro consecutivo, enquanto voltávamos de um lugarzinho de doces que não faço ideia de como ela conhecia, de tão no meio do nada.
— Como você ainda tem dentes, ? — arqueei a sobrancelha, sem entender de fato.
— Tendo, oxê. — deu de ombros e enfiou o doce que tinha me oferecido na boca.
— Me dá um, vai, o cheiro é bom...
— Merda, era só por educação, seu chato. — desembrulhou e me fez parar no caminho com a boca aberta, colocando dentro dela em seguida. — De nada.
— Obrigado, . — sorriu falsamente para mim, me fazendo rir de seus dentes roxos e levar um tabefe.

//

Niall e

— Aqui. — deixei o pote em sua frente e tentei me concentrar só no meu.
— Niall, o que foi?
— Nada, . — sorri e a notei dar de ombros, voltando à atenção a colher.
Estávamos em silêncio, em nossos pensamentos, quando uma garota nos atrapalhou. Tanto momento e me surgem agora...
— Niall, podemos tirar uma foto com você? — apontou para uma mesa com mais umas três garotas. Sorri fechado e concordei, vendo as amigas se levantarem depois do sinal da que pediu.
Pedi para a bater as fotos, que o fez toda saltitante. As quatro garotas pararam na minha frente, depois da foto, e eu também fiquei parado, esperando para poder voltar a tomar o meu sorvete dentro da minha mente.
— Já acabou?! — senti um olhar me fuzilar e elas concordaram cabisbaixas, do nada, saindo de perto depois disso. pegou o pote com sorvete.
— Vamos embora. — e virou as costas, me fazendo ficar sem entender.
? — acelerou os passos e só parou quando chegou ao carro, segurando a maçaneta com força.

//

Harry e

— Você está distante... — comentou.
— Eu? Imagina, deve ser cansaço.
— Quando chegarmos no hotel, durma. Fico em silêncio, prometo!
— Ok.
Continuamos andando sem saber aonde, até que duas meninas vieram na minha direção e cochicharam, encarando a , que se encolheu, mas mesmo assim sorria simpática. Fiquei torcendo mentalmente para que não falassem nada ou não me parassem, e como tudo estava conspirando conta mim, Horan e Malik, elas tentaram me parar. Fiz um sinal, negando, então os cochichos e olhares sobre a parece que triplicaram, me deixando mais nervoso mesmo contra a minha vontade. Eu devia estar feliz pelo constrangimento que a fez se afastar mais ainda de mim e sair quase correndo até a esquina, mas eu não consegui e a segui.
. — a peguei pelo cotovelo.
— Quem você pensa que é para negar uma foto com duas fãs? — me fuzilou, quando se virou.
— Quem você pensa que é para se achar no direito de se intrometer no meu trabalho e minhas ações? São meus, cuido eu. — então senti o ardor no meu rosto.

//

Niall e

Quando tirei o cartão magnético da porta, entrou como um furacão e tacou a bolsa no sofá, parando no meio da salinha e me olhando furiosa.
— O quê? — me joguei no sofá.
— O quê? Você ainda pergunta? — falou, incrédula.
— Claro, até porque eu não sei o que eu fiz. — dei de ombros.
— Não se faça de sonso, Niall. — ela colocou as mãos na cintura.
— Agora eu que sou o sonso, né, ?! — levantei e fiquei de frente para ela.
— Muito, ainda! Por que você não deixa de ser idiota? — ela falou, bufando, e começou a caminhar até o quarto. Fui atrás, mas tanta falsidade.
— E por que você me traiu? — ela parou de andar.
— O quê? — me olhou como se não soubesse do que eu estava falando. Até onde ia a falsidade dessa menina?
— Agora é você que está se fazendo de sonsa, bonitinha! Você pensa que eu sou o quê, ?
— Niall, do que você está falando? — ela voltou o que tinha caminhado e ficou a alguns centímetros de mim.
— Do que eu estou falando? — soltei uma risada sarcástica. — Eu estou falando do chifre que você me botou e não fez questão nenhuma de ser discreta!
— Eu não te botei chifre nenhum! — ela passou as mãos pelo cabelo e me olhou com um sorriso idiota na cara. — Está com síndrome de corno, fofo?
— Estou falando sério, ! — aumentei meu tom de voz e acho que ela se assustou, porque deu dois passos para trás. — Eu e a metade do mundo já vimos as fotos de você e da se pegando com aqueles dois caras na boate, ontem.
— Ah, os bêbados? — ela riu.
— Está rindo do quê, garota? — que tipo de problemas mentais ela tinha? — Já não basta ter me ridicularizado para o mundo todo ver, ainda vai rir na minha cara?
— Niall, você... — ela pariu de rir e respirou fundo. — Não está realmente achando que eu te traí, está?
— De pessoas como você, pode se esperar tudo, querida! — ficou séria.
— Pessoas como eu? — apontou para o próprio peito.
— Uma pessoa que só pensa em si mesma, que é egoísta ao ponto de aceitar namorar com alguém e do nada aparecer beijando outra pessoa. O que mais eu posso esperar de você, ?
— Primeiro de tudo: eu não beijei ninguém e nunca te traí. Segundo: você não me chame de egoísta, porque se eu realmente fosse isso, eu nunca teria ficado aqui quando descobri que você era a pessoa com quem eu teria que trabalhar e muito menos aceitado ser sua namorada. Eu não faria isso se eu não te amasse, seu imbecil!
— Bela demonstração de amor, me traindo.
— Eu não te traí, Niall! — disse, ficando vermelha.
— Vi as fotos, , chega de mentiras! — gritei.
— Não estou mentindo, Niall, me ouve! — vi seus olhos acumularem lágrimas. Até onde vai a falsidade do ser humano? — Eu nunca trairia você e nem faria nada para te magoar assim, acredite!
— E as fotos? — ela fez silêncio.— O que eu imaginei. — neguei com a cabeça e me apoiei no sofá, de costas para ela.
— Não, Niall, eu...
— O que você queria com isso? Por que fez isso, ? Por que aceitou namorar comigo? Queria fama? Dinheiro? — me virei, gesticulando.
— Não é nada disso, você acha que... — suspirou. — Eu e você... Quer saber, Niall? Enfia todo esse dinheiro no seu rabo e sai andando. Eu quero ver quando você perceber as coisas sem fundamentos que você disse, não pense que eu vou estar aqui esperando as suas desculpas, porque eu não vou!
— Eu nunca vou te pedir desculpas! Eu tenho nojo de você, tenho raiva, ódio... Depois que isso tudo terminar, não quero te ver nunca mais na minha frente! — ela me olhou com raiva e suas lágrimas escorriam como cachoeiras. Senti o incômodo da perda, talvez, mas esse não era o momento para se sentir, e sim o momento de resolver as coisas mal resolvidas e seguir em frente.
— Eu te amo de verdade, mas não vou ficar aqui procurando argumentos. — secou o rosto com as costas das mãos. — Você está fazendo a mesma coisa que fez da última vez e eu fui idiota o bastante a ponto de acreditar que você tinha mesmo se apaixonado, mas não espere que isso vá acontecer mais uma vez. E sobre seu desejo de nunca mais me ver: tome cuidado, Niall, porque desejos se tornam realidade. — correu até o quarto e tinha certeza de que, se tivesse uma porta, ouviria um estrondo.

//

Harry e

— Quando você vai parar de pensar só em você e pensar nos sentimentos dos outros? Novidade para você, Styles: o mundo não gira em volta do seu umbigo! — ela falava e apontava na minha cara. Minha vontade era quebrar aquele dedo torto dela.
— Eu que só penso em mim, ? Por favor, o trabalho é meu e eu sei o que faço! — aumentei o meu tom de voz, essa menina estava me tirando do sério.
— Ah, sabe mesmo? E se recusar a tirar uma foto com suas fãs realmente é saber o que fazer? Elas fizeram e fazem você ser quem é hoje em dia, seu idiota!
— Você se importa com elas, né?! Já que é por causa delas que eu sou o Harry Styles da One Direction, sem elas não teria fama e nem teria nada que interessasse a você! — agora eu que apontei o meu dedo para ela.
— Do que você está falando? — ela abaixou o tom de voz, olhando em volta. Então foi aonde caiu a ficha dos dois e havíamos notamos que estávamos na rua. Puxei-a a contragosto até o carro, que não estava tão perto assim, e continuamos discutindo dentro dele.
O pior é que não sei o que estava me irritando mais: lembrar daquela matéria de merda com as fotos dela com o outro cara ou ela se fazendo de desentendida.
— Se não fossem elas, eu não seria o famoso que você tentaria crescer em cima... — dei um sorriso cínico.
— Crescer em cima? — ou ela se finge muito bem ou sofre de amnésia. — Menino, acho que sou bem resolvida comigo mesma para querer crescer as suas custas.
— Certeza? Então me responde: por que você está namorando comigo?
— Porque eu amo você, Harry. Isso não é o suficiente?
— Pois é, , eu achei também que te amar era o suficiente, até eu ver as suas malditas fotos naquela boate ontem e perceber que foi em vão! Além de namorar você e gritar aos quatro ventos, você fez questão de me humilhar me traindo descaradamente, né?! — falei tudo de uma vez só. Acabei encontrando uma garrafinha de água do lado do banco e bebi rapidamente.
— Agora você vai me ouvir, garoto! — sua voz ecoou no carro.
— Não quero ouvir você agora, nem amanhã e nem nunca mais, ! — soquei o volante.
— Harry, nós namoramos, precisamos...
— Não existe mais “nós”... — fiz aspas com as mãos. — Agora o que existe, , é: você, a personal friend, e eu, Harry Styles da One Direction. Nada mais do que isso. — então tudo o que eu ouvi foi o seu soluço e, logo em seguida, a partida do carro.

//

Capítulo 11
You’re tearing me apart!

Alguns dias depois

— A cada dia que passa, está tudo mais desconfortável ainda, sabe, ? — desabafava para a amiga, pelo telefone.
— Sei, amiga, afinal, estou vivendo esse inferno também. — suspirou. — Vou desligar, ídolo teen a vista. — ouviu um resmungo e um “vai se ferrar” da . — Está sozinha?
— Estou com os meus pensamentos e sentimentos.
— Então está protegida. — riu fraco. — Amo você.
— Também te amo.

Harry e

— Vai ficar falando de mim para todo mundo agora? — perguntou, tampando a minha passagem para o banheiro.
— Harry, já falei para ir se ferrar. — tentei o empurrar pelo ombro.
— Argumentos zero, né?! — negou com a cabeça.
O encarei e notei o seu sorriso prepotente. Ele esperava que eu me rebaixasse, mas pena que não conseguiu. Virei as costas para ele.
— Vai aonde?
— Amor, sinto lhe informar, mas se antes eu já não avisava, agora que não irei. — senti a sua mão segurar a minha, minha barriga se afundar e os meus olhos se arregalarem. Suspirei e esperei a bomba:
... — amaciou a voz. Tudo o que eu sentia antes? Tinha mais do que piorado. — Não precisamos acabar totalmente com isso... — brincava com os meus dedos. — Tenho certeza de que você não se importaria em continuar. — tire. Os. Olhos. E. Pare. De. Acompanhar. Os. Movimentos. Dos. Lábios. Dele. — Isso vai ter ajudar na sua faminha, afinal, quem não quer dormir com Harry Styles pelo tempo em que desejar, sem compromisso? — aí eu acordei. Era isso mesmo?
— Que merda você está dizendo, Harry? Qual é o seu problema, seu doente? — empurrei seu peito para afastá-lo de mim.
— Total e inteiramente você. — concordei lentamente com a cabeça até a minha ficha cair; não tinha mais jeito. Dei-lhe as costas como antes e saí daquela porta disposta a bater até no Niall, se necessário.

//



Sozinha. Era assim que eu me sentia todos os dias, apesar do idiota loiro ainda estar no mesmo lugar que eu. Ele me ignorava e não queria me ouvir de forma alguma. Mas é como eu o disse: eu não ia ficar aqui sofrendo que nem uma idiota, sabendo que não fiz nada, porque eu realmente não fiz; aquele leitão bêbado tentou me agarrar, mas eu não dei trela nem nada, mas não, Niall prefere tirar suas próprias conclusões a me ouvir.
Eu tentei desde o início me afastar, fingir que nada estava acontecendo, mas ele não colaborou com isso, e para o quê? Ficar me ignorando agora?
Eu amava aquele idiota, mas ao mesmo tempo queria era sentar um chinelo no pé da orelha dele, era a minha maior vontade.
Estava disposta a me mudar para a Inglaterra, apenas por ele. Agora as coisas mudaram de figura e estava na hora de voltar com a vida que eu tinha antes dele, antes de fãs berrando até o meu nome e... antes de dormir todas as noites ouvindo-o dizer “Boa noite, minha princesa.”
Droga, , não chora! Que mer... Epa, o telefone!
— Alô?
? Vamos sair? — não era mais fácil ela me chamar na sacada?
— Vamos, . Onde você está?
Na sarjeta... — qual o probleminha dela?
What?
Longa história, amiga, vem logo? — educação todo mundo tem, mas usar com a é luxo, né?!
— Ok, já estou indo! — desliguei e ri.
A era a coisa mais estranha que existe na face da Terra e a coisa que eu mais amava na minha vida. Afinal, apesar dos apesares, eu sei que a teria para sempre do meu lado e ela sabia que eu sempre estaria com ela.

//

Louis e

— E aí, Louis, o que deu? Você conversou com os meninos?
— Que nada, , ultimamente não tenho tempo nem para cagar. — brincou.
— Para cagar você tem, não tem para limpar. — retrucou, rindo.
— Nossa, que delicada você, amor! — mostrou a língua. — Não consegui falar sobre isso com os meninos ainda, mas vou falar assim que der!
— Melhor mesmo, antes que dê merda... — deixou a frase morrer.

//

— Nossa, , estava fazendo o que quando eu te liguei? — perguntou, levantando-se da sarjeta que estava sentada.
— Nada, idiota, estava com os meus conflitos internos, aí fui trocar de roupa e aqui estou eu, todinha para você! — a amiga sorriu.
— Pelo menos alguém ainda está aqui para a minha pessoa, né? — suspirou.
— Vamos divar no shopping ou você quer fazer outra coisa?
— O que acha de ir ver a Estátua da Liberdade? — sugeriu.
— Amei! — bati palmas. — Já chamou o táxi?
— Já e... — o carro amarelo virou a esquina, parando na frente das garotas. — Vamos? — disse, sorrindo.

***

Harry estava jogado no sofá desde a hora que saiu batendo a porta. Estava anoitecendo, e, por mais que tentasse, não conseguia controlar sua preocupação sobre a menina.
Ouviu o celular tocando e correu para atender. Era Niall.
— Fala, Niall!
Cara, vamos a uma festa hoje? — ouviu com dificuldade, já que estava certo barulho de pessoas cantando atrás.
— Festa? Que festa? Você está bem?
Estou ótimo, você nem imagina como! — Harry riu quando percebeu que o amigo estava bêbado.
— Onde você está?
Estou na festa.
— Que festa, animal?
Ah, a festa da Mellanie.
— Quem é Mellanie, meu filho?
Minha amiga.
— Desde quando você conhece uma Mellanie em Nova Iorque? Ou melhor, desde quando você conhece alguém em Nova Iorque?
Ai, Harry, não me complica, fala logo se você quer vir ou não.
— Acho que vou dispensar hoje, cara... Mas qualquer coisa eu te ligo, juízo aí, hein?!
Falou então, te amo! — e desligou.
Quando o garoto voltou a olhar pela janela, viu um carro preto parando em frente ao hotel e, de lá, saindo e . Um ódio desenfreado percorreu seu corpo quando viu sua garota, que não era mais sua, saindo do carro do desconhecido.
— Que se foda! — pegou o celular e discou alguns números. — Alô? Niall? Passa o endereço da festa da Mellanie!

e entraram no quarto, rindo, e já deram de cara com um Harry bem arrumado, usando uma calça preta apertada, All Star e camiseta simples, ambos brancos.
— Que mal lhe pergunte, mas aonde você vai?
— Não que seja da sua conta, mas eu estou indo para uma festa com o Niall.
— Quê? — gritou.
— Ah... Festa, é?
— É, , festa. E eu não tenho horário para voltar. — foi em direção à porta. — E eu acho que o Niall também não, viu, ?! — deu um sorrisinho de lado, irônico, e bateu a porta.
— Quem ele pensa que é para falar uma coisa dessas para mim?
— Quem que aquela bicha da Irlanda pensa que é para ir a uma festa e não ter hora para voltar? É bom mesmo ele nem voltar, porque senão eu o arremesso da sacada!
— E eu arremesso o Harry na minha cama, sofá e... — falou, distraída. — Não, espera! — pareceu despertar, arregalando os olhos.
— Amiga, respira. — gargalhou.
— Acho que... É... Vou tomar um banho, ok? — concordou, ainda rindo, e se jogou no sofá, ligando a TV.

***

Louis e

— Louis, acorda! — eram três da manhã e cutucava o namorado, que babava e roncava deitado na cama, ao seu lado.
— Hm... — resmungou.
— Acorda logo, caramba! — deu uma almofadada na cara do menino.
— Pai amado, que isso? Está louca, menina? Quer me matar do coração? Olha, nunca mais...
— Fodeu tudo!
— Fodeu o quê?
— Olha! — esfregou o celular na cara do namorado.
— Mas... o quê? — estava aberto na tela do Instagram de Harry, e era uma foto em que ele e Niall estavam sem camisa com cinco meninas em volta.
— Onde eles estão?
— Olha, eu realmente espero que essa foto seja antiga e que ele tenha postado sem querer...
— E se não for? E se foi uma foto do que está acontecendo agora? E se eles entenderam tudo errado e estão brigados com as meninas? Louis, e se...
do céu, cala essa boca, calma, respira, conta até cinco!
— Eu respiro, Louis Tomlinson, mas quem vai parar de respirar já, já é você, se não ligar para o idiota do Styles!
— Ai, amor, calma, não precisa gritar. Estou ligando. — deu dois toques e logo alguém atendeu. — Alô? Harry? Como assim não sabe quem é Harry? Eu estou ligando para o celular dele, eu quero falar com ele! Alô? Alô?
— O que aconteceu?
— Alguém atendeu o celular, era uma menina, mas ela não sabia quem era o Harry. Ou seja, os dois estão em uma festa e eu acho que a coisa está pior do que imaginamos.
se levantou rapidamente da cama e foi pegar uma roupa.
— Vai aonde, menina?
— Vou encontrar o Styles e o Horan e os trago para casa nem que eu tenha que os amarrar no engate do carro, mas vão vir comigo!
— Está maluca? Vai sozinha?
— Não, né?! Vou chamar a agente 4 e a 5. — o garoto fez uma cara confusa. — A e a , né, idiota?!
— E eu? — ele perguntou, olhando a namorada, que ia de um lado para o outro do quarto.
— Você vai procurar as meninas, eu só não faço isso porque prefiro descer a porrada nos dois idiotas. — deu um selinho no namorado e saiu.

//

“Mas eu odeio, principalmente, não conseguir te odiar...” repetia com o filme.
“Nem um pouco, nem mesmo por um segundo...” — continuou , com a voz embargada pela vontade de chorar.
“Nem mesmo só por te odiar.” — falaram juntas e se entreolharam, deixando cair às lágrimas que estavam prendendo.
Estavam as duas de pijama, sentadas em frente à TV do quarto que dividia com Harry, comendo sorvete e assistindo 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você.
Ouviram a campainha tocando, limparam os olhos e se levantou para abrir a porta, enquanto abria seu pacote de jujubas.
— Mano, são os meninos! — viu pelo olho mágico.
— Que meninos?
— Do Big Time Rush, !
— Sério? — a menina se levantou do chão e foi até onde a amiga estava, ainda agarrada às suas jujubas.
— Não, né, idiota?! O Liam, Louis e o Zayn! Por que o Big Time Rush iria tocar a minha campainha às quase quatro da manhã?
— Idiota, abre essa merda logo!
abriu a porta e os meninos ficaram sem reação quando viram o estado das garotas: com os olhos vermelhos e as bochechas inchadas, de pijama, e a salinha em um estado deplorável, cheia de embalagens de doces e porcarias.

***

, tem como você dirigir mais rápido? Minha mão está coçando para dar um tapa na carinha bonitinha do Styles! — falava com raiva na voz.
tinha acordado os outros dois casais, mandando os meninos irem cuidar de e , enquanto ela, e iam buscar Niall e Harry na tal festa.
No início, nenhuma das duas queria acordar, porém, quando a menina explicou (leia-se: berrou) o que estava acontecendo, uma raiva súbita tomou conta das amigas e então se levantaram rapidamente.
— Eu não acredito que eles foram idiotas o bastante para acreditar nessa história! Sério, por mais que estejam há pouco tempo na mídia, achei que já estavam vacinados contra esse tipo de baixaria! — resmungava do banco de trás.
— Foi o que eu pensei, querida, mas quando se trata daqueles dois, nada sai como prevemos. — a menina que dirigia falou.
— Gente, para onde estamos indo? Porque, pelo que eu sei, nós não temos o endereço da tal festa que eles estão. — lembrou, assustando-se.
— Pelo o que você sabe, amiga, o que prova que você não sabe e duvida das minhas capacidades! — colocou a cabeça entre as duas que estavam na frente. — Nós estamos indo para... — olhou em seu celular. — A boate Blue Moon. Harry é burro o bastante ao ponto de ativar a localização das suas fotos no Instagram. — deu uma piscadinha, então pisou no acelerador e seguiram seu destino.
— Nossa, se a localizou isso, é porque o Harry realmente é burro.
— Doença do Styles tem que ser diagnosticada, ganhou da . — fez uma observação e tudo o que pode ser ouvido foi a gargalhada da .

***

Raiva era a palavra que poderia resumir o que Liam, Louis e Zayn estavam sentindo enquanto ouviam e contando como tinham sido os últimos dias na companhia dos amigos. Raiva da ignorância de ambos, da forma que trataram as duas, mas raiva, principalmente, por não terem nem ao menos tentado entender o que realmente aconteceu.
— E quando chegamos em casa, o Harry estava saindo e dizendo que iria a uma festa com o Niall. — explicou e, quando disse o último nome, sentiu a amiga estremecer ao seu lado.
— Eu não acredito que eles fizeram isso! O Niall que sempre foi o mais delicado quando assunto são meninas, ele deve te amar muito, , ou não teria ficado assim. — Liam começou. — E o Harry, nós sempre soubemos que ele não sabe lidar com os próprios sentimentos, mas isso é fora do controle já.
— Amar muito? Sério mesmo, Liam? — a menina o olhou. — Se ele amasse, teria me ouvido e tentado entender.
— Vocês têm que ver que isso tudo é novidade para os dois. Essa parte de amor, para o Niall pode até não ser tão novo, mas para o Harry é... — explicou Louis. — Ele não faz muito o tipo que encontra o amor da vida dele andando pela rua, agora que ele encontrou alguém que realmente ama e aprendeu a lidar com isso. Ele precisa aprender a lidar com a parte das brigas e desentendimentos...
— E, como o Louis disse, o Harry é complicado. — finalizou Zayn.
— Complicados ou não, maduros ou não, eu não quero mais isso. Eles já deram mancada conosco duas vezes, eu, pelo menos, não vou mais ir atrás de nada! — disse, enquanto pegava o pacote de jujubas de .
— Eu também cansei, não vou negar e dizer que não amo o Niall, eu amo sim. Amo de verdade... — deixou o olhar se perder.
— Essa coisa de amor é novidade para nós também. — contou . — Geralmente, o que fazemos é apenas fingir que estamos com alguém, dar um conselho aqui e ali, e pronto. Nossos serviços nunca passam de um ou dois encontros no máximo e, no outro dia, já estamos acompanhando outras pessoas.
— E não pensem que fazemos “serviços”... — fez aspas com as mãos. — a mais, nada disso. A agência deixa bem claro aos clientes o que nós fazemos, deixa claro que não somos prostitutas, e sim acompanhantes, como o nome diz: personal friends.
— E, em um dos nossos serviços, acabamos cometendo o pior erro que poderíamos cometer: — suspirou. — Nos apaixonamos. Essa era uma regra nossa, não da empresa, mas, para mantermos sempre o profissionalismo, criamos a regra de nunca nos envolvermos sentimentalmente com nenhum dos clientes.
— E então vocês não resistiram aos olhinhos claros e aos sorrisos doces de dois integrantes da banda do momento e deu merda, é isso?! — Louis completou, rindo.
— Gostaria que o final da história fosse diferente, mas, infelizmente, é isso mesmo. — deu um sorriso triste e tombou a cabeça no ombro de , que estava ao seu lado, procurando uma jujuba roxa dentro do pacote.

Capítulo 12
You’re tearing me apart! - II

— Está de brincadeira, né? — disse, saindo do carro.
— Como vamos entrar? — , que estava sentada no banco do passageiro ainda, se preocupou, quando chegaram e perceberam que o que estava acontecendo naquela boate: era uma festa apenas para VIPs, ou seja, precisavam ter o nome na lista para entrar.
— Não mato os dois hoje porque deve ser crime matar bêbados, mas amanhã pode ter certeza que corro atrás dos deles com minha serra elétrica! — fechou a mão em punho, nervosa com a situação.
— Amiga, você não tem uma serra elétrica. — lembrou .
— Se for para matá-los, eu juro que compro até estilingue!
— Depois eu até ajudo você a pensar em meios dolorosos de matar o Styles e o Horan, mas agora precisamos pensar como vamos entrar nessa merda.
— Já sei! — exclamou do nada, fazendo as outras duas se assustarem. — , você ainda tem no seu celular aquela foto com o Adam Levine?
— Mas é claro, né, ?! Você acha que eu apagaria uma foto dessas do meu celular? Só não é o plano de fundo, porque o Louis é ciumento e... Espera, por quê?
— Apenas mude o meu nome no seu celular para Adam e coloque sua foto com ele na imagem de contato. — disse, sorrindo de lado. — Vai ser assim...
Juntaram-se em volta da menina, ouvindo atentamente o plano da amiga. Isso ia ser divertido, e como ia.

***

Para passar o tempo, os cinco resolveram assistir ao primeiro filme do primeiro canal que encontrassem; isso entraria qualquer gênero, ou seja, de romance até comédia, desenho e etc, o que não trouxe muita sorte aos meninos, que tiveram que assistir Sex and the City da metade.
O fim já estava chegando, estavam na parte em que Carrie tentava descobrir a senha da pasta do seu e-mail, em que poderia encontrar todos os escritos por Big, seu ex-marido, que pediu para a sua assistente esconder. As meninas já se abraçavam e os meninos já esperavam o bendito choro ser ouvido, pela cara das duas. E foi o que aconteceu quando Carrie descobriu ser “Love” ao derrubar o chaveiro e começava a ler cada palavra, até chegar ao último:

“I know I screwed up — but I will love you forever.”
Eu sei que estraguei tudo — mas eu vou te amar para sempre.

— Meninas, por favor, não... — Liam começou a pedir, até sentir um soluço escapar de sua garganta. — Tio Liam chora junto... — o abraçou, sem saber se ria ou continuava chorando.
— Parem de chorar, que eu penso que vocês ficam se martirizando por aqueles ‘viados’ e pensando que eles poderiam fazer isso, aí eu fico com raiva e quero chorar por vocês e por vontade de socar a fuça de cada um. — Zayn disse, assustando mais ainda as garotas. — Qual é? Posso não?
— Velho, me abracem! — Louis fungou, abrindo os braços e dando a deixa para um abraço amassante.
— Amamos vocês, caras, sério. Não importa o que aconteça. — disse, tossindo e secando as lágrimas, então se abraçaram mais forte e todos choravam.
— Acho que estou na TPM. — Zayn comentou, fazendo todos soltarem risos chorosos e voltarem a se sentar, ainda tentando entender o acontecido.

***

— Olá, querido, sou . — a menina disse, já passando pelos seguranças, porém o grandalhão que parecia um armário se pôs na sua frente, tapando a passagem.
— Ei, mocinha, seu nome não está na lista.
— Como? — fez-se de desentendida. — Como alguém ousa não pôr meu nome na lista de uma festa? Isso é uma ofensa!
Quando o segurança ia abrir a boca para rebater, ouviu-se alguém berrando do final da fila “É a namorada do Louis Tomlinson da One Direction? Meu Deus do céu!”
“Fodeu!” foi o que passou pela cabeça de . Fora descoberta, e agora?
Porém, ao olhar para trás, quase não viu a menina que tinha berrado, o que viu foi o vulto de pulando na menina, tapando a boca da mesma e tacando-a no chão. fez um joinha, incentivando-a a continuar.
— Namorada do Lo... De quem? — o segurança parecia confuso.
— Sei lá, essa menina deve ter usado drogas antes de chegar aqui. — chamou o grandalhão para mais perto com a mão e disse baixinho em seu ouvido: — Eu não a deixaria entrar, tá tendo alucinações aqui fora, imagina lá dentro com música alta, luzes, fumacinha... Ihh... — balançou a cabeça negativamente e fez uma careta.
— Ela pode me dar trabalho mais tarde, né? — ela concordou. — Vou passar pros ou... Ei! Pode parar de tentar me enrolar. — “Estante de sala de vó difícil de enrolar, que cacete!”
— Só rola se te jogar do barranco, com esse tamanho... — falou para si mesma, dando uma risadinha.
Como?
— Nada, moço, nadinha!
— Olha só, minha senhora...
— Senhora tá no céu, senhorita!
— Blá, blá, blá, peço que se retire daqui e...
— Nada disso, cadê a dona dessa joça? Quero falar com quem está dando essa festa! — bateu o pé.
— Senhorita, eu não posso chamá-la, sou pago exatamente para...
— Olha aqui, meu bem... — jogou o cabelo. — Você tem três opções: — apontou três dedos na cara do homem. — Ou me deixa entrar... — abaixou um dedo. — Ou chama quem está dando essa festa chinfrim... — abaixou mais um. — Ou eu ligo para o meu namorado, Adam Levine, olha só: — mostrou a tela do celular, que estava com o contato “Adam” aberto e ao lado uma foto dele com a garota. — E amanhã mesmo essa boate nojenta estará estampada em todos os jornais dos Estados Unidos, com a seguinte chamada: — limpou a garganta. — “Segurança sem educação alguma destrata namorada de Adam Levine.”, aí sabe o que vai acontecer? — foi se aproximando do homem, que agora tinha uma expressão de medo no rosto. — Seu chefe vai ficar muito, mas muito puto com o senhor e vai te demitir. O senhor ficará desempregado, não terá como sustentar sua família, sua mulher vai ficar irritada e vai te abandonar, seus filhos vão começar a ficar doentes por falta de comida até que o conselho tutelar vá tirá-los do senhor.
— Não, moça, escuta...
— Epa! Estou falando, por um acaso terminei de falar? — ele negou, assustado com a cabeça. — Muito bem, é isso que o senhor quer para sua vida? Ficar desempregado, ser abandonado pela esposa e ter os filhos morando em um orfanato qualquer? É isso que quer para sua vida? É isso? — foi se aproximando.
— Não, não, de forma alguma! Mas... eu não tenho esposa e nem filhos. — voltou a pose dura.
“Fodeu!”, xingou mentalmente, pela segunda vez.
— Como um marmanjo da sua idade e tamanho não tem mulher? Está de rosca, hein, meu filho?! Mora com quem?
— Com a mamãe... — disse com a voz meiga.
segurou para não gargalhar alto e tirar com a cara dele. “Como um trem desse tamanho mora com a “mamãe”? É muito para a minha cabeça!”
— O senhor que a sustenta? — ele concordou com a cabeça e então um novo discurso foi se formando na mente da garota. — Então vai ser pior do que eu imaginei, meu Deus! — colocou uma mão na testa, encenando. — Imagine se ela ficar doente? Quem pagará os remédios? E se ela ficar sem remédios, terá que ir para o hospital. Quem pagará hospital? Se ela ficar doente, sem remédios e sem hospital... Ai, meu amigo... — colocou a mão em frente ao rosto e fechou os olhos.
— Minha santa mãezinha não, nada pode acontecer com ela, moça, nada.
— Então o que o senhor vai fazer para que isso não aconteça?
O homem respirou fundo e abriu a porta da boate para , que só não gritou com o sucesso do plano, porque agora a segunda parte teria que ser posta em prática.
Assim que adentrou, se assustou com o ambiente: tocava um tipo de batida estranha que se resumia em ‘tchu’ e ‘tcha’ e a letra falava algo do tipo “Passa nela, passa nela, passa o...”; não conseguiu identificar o resto da música, parecia estar em alguma outra língua. Havia pessoas dançando com pouca roupa, pessoas em cima de mesas... É, a lista dos VIPs foi realmente decidida com cautela.
Foi até a saída de emergência, que se localizava ao lado dos banheiros, mandando as coordenadas para e , via SMS.
Quando foi tentar abrir, percebeu que a porta possuía um cadeado. Com a pouca luz, precisou forçar bastante a visão até perceber que o mesmo estava aberto. Agora sim poderia gritar e pular feito louca, já que isso seria a coisa mais normal a ser feita em vista do que estavam fazendo dentro daquele local.
Esperou por algum tempo até as duas garotas aparecerem com sorrisos maléficos, esfregando as mãos.
, suba, ok? , olhe na cozinha ou esses cantinhos toscos que eu vou olhar esses banheiros e vou no fundo da casa, certo? — concordaram. — E podem descer pescotapa, voadora, kameramera, hadouken, cola brinco, entre outros. — concordaram novamente, rindo.
— Cola brinco? Que porra é essa? — perguntou .
— Quem se importa com o que é, , o que importa é: senta a porrada nos dois! — disse da forma mais revoltada possível.
— Está na mão, é só ação! — fez uma tentativa falha de Mickey Mouse, levanto um pedala da .
As meninas se separaram e abriu a porta do banheiro ao seu lado. Observou o local, onde, ao lado do sanitário, um casal somente com peças íntimas dormia. Fez uma cara feia e encostou a porta de novo, resolvendo caminhar até os fundos da casa e ignorar o outro banheiro, com medo do que encontraria.

seguiu reto até chegar às escadas, começou a tentar abrir porta por porta, vendo todas trancadas. Chegou à terceira, quando viu que essa era a única aberta e sentiu cheiro de nicotina. Entrou no cômodo com cautela e caminhou até a pessoa loira na janela, que obviamente fumava. Uma garota estava ao seu lado, o abraçando pela cintura, enquanto ele apoiava uma mão também na cintura dela.
“Filho de uma... irlandesa boa!” segurou o palavrão. Pobre Maura, não merecia o filho cafajeste que tinha.
— Niall? — soltou em um grito esganiçado.
? — se virou rapidamente. — O que você faz aqui, amiga? — gargalhou e deu outra tragada no cigarro.

andava por todos os lugares, observava todos os cantos atentamente, praticamente rosnando de raiva. Primeiro que odiava ficar sozinha, segundo que suas amigas estavam sofrendo, e terceiro que era a primeira festa que ia para não se divertir, e isso a deixava furiosa.
Um garçom passou ao seu lado com alguma bebida colorida que saía fumaça, o que a chamou a atenção e a fez pegar, afinal, precisava aguentar também o que veria seguido do encontro com os dois meninos. Estava com medo do que poderiam estar fazendo sem razão qualquer e torcia bastante para os quatro, não queria ter essa decepção logo agora.

marchava em direção aos fundos da boate, na área para fumantes. Não entendia por que isso, já que havia pessoas com cigarros por todos os cantos, mas resolveu deixar isso para depois. A sua vontade de quebrar a cara dos dois amigos era muito maior.
Empurrou algumas meninas com saltos maiores do que de prostitutas travestis de esquina e, finalmente, depois de alguns xingos, conseguiu chegar ao lugar. Bufava mais do que antes e pedia para acordar do pesadelo que enxergou logo após alguns passos no lugar. Não era possível, aquela menina não estava dançando bem em frente justo dele. Harry não podia estar tão bêbado a ponto de desejar uma vaca qualquer, não é?!

— Por favor, Niall, me diga que você não fez isso. — massageou as têmporas, suspirando.
— Isso o quê? Devolver a o que ela fez? — gargalhou novamente. — Não, isso eu não fiz.
— Com licença. — a menina que nem tinha parado para reparar disse, se retirando do lugar de cabeça baixa.
— Me explica essa coisa na sua mão, Horan. Você não tinha prometido nunca mais por isso na boca para todos nós? — se aproximou, tirando o cigarro do vão dos dedos do loiro.
— Eu li que fico sexy fumando.
— Ah, me poupe! — pisou até apagar. — Você nem se chama Zayn, Niall. — agarrou a manga da camiseta do menino. — Vamos embora agora! — tentou o puxar.
— Eu não vou embora. — fez manha.
— Você vai.
— Não vou.
— Você vai, Niall James Horan, e a-go-ra! — gritou em plenos pulmões, assustando Niall, que acabou até obedecendo. — Eu não sei o que passa na sua cabeça e do Harry, eu não sei. Vocês são dois idiotas sem no... — começou a dar um sermão no menino, que só revirava os olhos e segurava a risada.

já tinha olhado por todos os lugares que havia falado, literalmente, então mandou uma SMS para as duas amigas, avisando que nem havia sinal. a avisou sobre Harry e pediu para que a esperasse no lugar, que logo mais chegava. , então, decidiu aproveitar um pouco da música, se enfiando no meio dos corpos para dançar quase ao meio da pista. Bebeu mais um drinque e resolveu maneirar no terceiro, bebendo bem devagar, já que não queria Liam bravo com ela de novo e nem pretendia passar desse.

— Vou te arrebentar a fuça, Harry Styles! — continuava andando como antes, mas três vezes mais forte e com os punhos fechados. — Dá licença! — empurrou a menina pelas costas, afastando-a e ao mesmo tempo derrubando de frente, fazendo a amiguinha - idem no nível de vaca - dela a ajudar se levantar, também caindo por não aguentar nem o seu próprio peso. parou para gargalhar das duas, até sentir uma movimentação ao seu lado e perceber ser Styles tentando sair sem ser notado. — Volta aqui! — o agarrou pelo braço, o trazendo para perto. — Vou encontrar a sua orelha nessa cabeleira, seu maldito, para você aprender a crescer até ficar do tamanho dela! — pegou a orelha do Harry e torceu, o arrastando pela mesma.
— Ai, ai, ai... — fez uma cara de dor. — , sua maluca, me solta.
— Não vou soltar até que você não esteja naquele carro a caminho de casa para consertar toda essa bosta que fez na vida de todo mundo.
— Eu não fiz nada! — conseguiu se soltar da menina, parando no meio do caminho.
— Fez sim! Agora vamos logo antes que eu mostre para todo mundo que você é cosplay chato, mais feio e arrogante do Dumbo. — deu um pedala no Harry, que reclamou de dor pela milésima vez no mesmo minuto.

— Entra no carro, Niall! Eu estou mandando! — empurrava o loiro, que relutava.
— Quem vai dirigindo? A ? Não, sou muito jovem para morrer. — parou na frente do carro, de braços cruzados.
A menina respirou fundo e começou a contar até dez. No meio da sua contagem, apareceu bufando mais do que um touro quando vê pano vermelho.
— Está fora do carro por quê, posso saber?
, você está aqui também! O que acha de voltarmos lá para dentro? — colocou a mão no ombro da menina, porém o que não esperava era que ela tinha sido campeã de caratê na época do colegial.
— Se eu for lá para dentro com você... — segurou a sua mão e o puxou para frente, fazendo o garoto cair de costas no chão. — Juro que vai ser para todo mundo ver a surra que vou te dar! — apontava na cara do menino, que estava estirado no chão por culpa do golpe que tinha levado de .
— Desde quando você sabe caratê, ? — a amiga perguntou, abismada com a cena.
— Faixa preta, meu bem. — falou, limpando uma mão na outra. — E você: — apontou na cara do garoto mais uma vez. — Entra naquele carro. Agora!
Levantou rapidamente, e, quando estava sentando-se, ouviu alguns gritos e avistaram puxando Harry pela orelha.
— Eu vou arrancar essa orelha, Harry, anda logo!
— Socorro, será que não tem nenhuma fã minha nesse lugar? Socorro!
— Harry, querido, são quase quatro da manhã, suas fãs não têm idade para estarem acordadas essas horas. — rolou os olhos.
As duas que já estavam no carro riam com a cena, então logo se ajeitou no banco do passageiro e enfiou Harry no banco de trás, ao lado de , que ficou entre ele e Niall, e dirigiu-se para o lugar do motorista.

***

No hotel, ainda estavam todos no quarto que Harry costumava dividir com , jogados pelo chão, bebendo Coca-Cola e olhando o nada. Um grito foi ouvido no corredor, seguido por um resmungo de dor, fazendo se levantar rapidamente e ir para baixo das cobertas.
— E se for que nem nos filmes de terror, algum espírito morto assombrando aqui? Ai, meu Deus do céu! Ave Maria, cheia de... — e a menina começou a rezar com os olhos fechados, fazendo Louis e rirem.
— Claro, , porque até existe espírito vivo, né! — a amiga tacou uma almofada na cara da garota, que resmungou e deu a língua.
— Ou melhor, até existe espírito. — o outro zoou e pegou o celular para checar as horas.
Mais alguns minutos se passaram e outro barulho foi ouvido do corredor, fazendo apertar mais ainda o cobertor contra o corpo e continuar suas orações.
Liam e Zayn, que não tinham se manifestado a respeito disso ainda, se entreolharem, curiosos, e decidiram ir até a porta, olhando pelo olho mágico.
— E aí? — perguntou atrás, curiosa.
— Vocês não vão acreditar... — disse Zayn, em tom de brincadeira.
— Anda logo, peste! — segurava Harry, que tirava as coisas do bolso, pela orelha e tinha uma expressão nada amigável no rosto.
— Não estou encontrando a bosta do cartão!
Quando colocou a mão no trinco para abrir a porta, a mesma foi aberta e quase que Harry caiu nela.
— Oi... . — acenou timidamente, pelo olhar de Harry estar totalmente em seu rosto.
— Cadê a ? — perguntou, após sorrir.
— Aqui. — respondeu com a voz abafada por culpa das cobertas.
— Vem a... Mas o que você está fazendo aí? — questionou, colocando apenas a cabeça para dentro do quarto.
— Estava me escondendo dos espíritos vivos do corredor! — pulou da cama e se dirigiu até onde todos estavam. e riram da situação dela: descabelada e com cara de assustada.
— Ãhn... Vivos? Entendi... — balançou a cabeça, com um pequeno sorriso no rosto, como se quisesse afastar algum pensamento. — Vem cá. — estendeu a mão. — Meninos? — chamou, esperando todos se levantarem e ir para fora, deixando e Harry para dentro.
— Oi, .
— Oi. — respondeu, seca. — Vai tomar um banho.
— Quero um abraço. — embolou um pouco a voz.
— Toma um banho, depois eu te abraço. — disse, saindo da frente da porta, dando passagem para o garoto, que foi diretamente para o banheiro, cantarolando algo que ninguém reconheceu por culpa das palavras emboladas.
não falou nada, apenas deu um soco na parede atrás de si e adentrou no quarto, sentando-se na cama e pegando o celular.

— Ih, que cavala. — Niall, que até agora tinha ficado quieto, abriu a boca, após ouvir o som que provocou.
— Você ainda existe? — perguntou , mau humorada, dando uma risadinha no final e cruzando os braços na altura do peito.
— Ish, tá rancorosa. Isso tudo é ciúme? — ela o ignorou. — Não vai responder? Isso faz mal pro coração, sabia?
“A única coisa que faz mal pro meu coração aqui é você, imbecil!”, pensou.
Continuou o ignorando e, por fim, ele desistiu de chamar a atenção.
— Erm... Gente, acho melhor eles não ficarem juntos essa noite.
— Melhor eu ficar aqui com o Harry. — Liam abriu a porta e enfiou a cabeça no vão, perguntando: — , você se importa em dormir com a essa noite?
— Não, tudo bem. — respondeu. Liam encostou a porta novamente. se levantou da cama, indo até o armário, pegando algumas roupas e o que precisaria durante a noite.
— Louis, fica com o Niall. , você dorme comigo hoje. — apontou respectivamente para cada um, que concordou, menos Niall, que já estava dormindo sentado no chão.
lançou um olhar de reprovação para ele e saiu respirando fundo, mas sem conseguir disfarçar a lágrima que escorreu pelo seu olho esquerdo.
Todos se entreolharam com olhares tristes pelo que estava acontecendo com os amigos e saíram, Zayn abraçando pela cintura e dando um beijo em sua testa, e Louis tentando levantar Niall e tendo com a cabeça deitada em seu ombro.

Capítulo 13
It’s not really worth it.

Pela manhã, todos pareciam zumbis pelos quartos. Liam não tinha dormido nada, já que Harry tinha vomitado praticamente a noite toda. Louis ouviu Niall repetir o nome de durante várias vezes e cada vez que isso era feito, ele se remexia e quase o chutava da cama. Já no caso de e , fingiram que não, mas ouviram boa parte da noite e chorando, se xingando e xingando seus respectivos. Pelo jeito, apenas Zayn e tiveram uma noite agradável sem sons e gestos estranhos.

***

— Você vomitou a noite toda, precisa pôr algo no estômago!
— Liam, eu...
— Liam nada, você fez bosta, vomitou a porra da noite toda, agora ou me obedece, ou eu...
Harry interrompeu o momento gritaria:
— Estou obedecendo, estou levantando, estou em pé. Olha só, estou chegando ao banheiro, olha, olha...

— Niall...
— Sai, mãe...
— Niall, melhor você acordar.
— Me deixa dormir, depois corto a grama, porra!
— Como assim você falava porra pra sua mãe, seu asno? Anda, levanta agora antes que eu taque um balde de água gelada em você, pedaço de bosta!

— Bom dia com alegri... Ih, não é bom dia com alegria hoje. — o sorriso de se desfez ao ver os amigos na mesa do café. Em uma ponta, estavam e , usando óculos escuros. Na ponta oposta, Niall e Harry, quase dormindo em cima do prato.
— Bom dia, . — respondeu educadamente, chegando à mesa com o seu prato cheio de frutas.
— Gente, que fase... — Zayn saiu resmungando, indo em direção à comida.
Durante o café da manhã, somente as vozes de , , e Zayn eram ouvidas, já que o resto estava como mortos vivos à mesa.
Depois de algum tempo, Niall decidiu que era hora de comer, assim como . Por alguma ironia nada agradável, ambos queriam o mesmo queijo que se encontrava no centro da mesa. Os outros, que não estavam dormindo, pareciam entretidos demais em uma conversa empolgante para se darem conta do que os dois queriam, então tiveram que se virar.
— Niall... Passa o queijo? — perguntou, receosa, passando a mão nos cabelos.
— Aqui, . — passou, sem provocação alguma.
Ouvir seu apelido naquela voz, naquela entonação, nunca tinha sido tão bom.

***

Niall e

tentava colocar seu colar, mas, por culpa da falta de unhas, que tinham sido roídas no dia anterior, não conseguia abrir o feixe.
Niall via a cena e travou uma luta interna entre ir ajudá-la ou não.
— Dá isso. — se aproximou.
— Não.
— Dá. — esticou a mão, tentando pegar.
— Não. — puxou a mão para trás.
— Para de ser infantil.
— Você quem é, não eu. — tentou erguer o braço, mas ele alcançou.
— Estou vendo, . — negou com a cabeça.
— Niall, dá esse inferno aqui que não vou mais por. — agora foi a vez de ela esticar a mão.
— Vira as costas, .
— Vai se foder, caralho.
— Vira. As. Costas! — a menina acabou obedecendo, vendo o colar passar em frente ao seu rosto e logo ser liberada. — Pronto, frescurenta.
— Eu não sou frescurenta.
— Não, eu que sou.
— Mas é mesmo! — se emburrou e deu passos duros, pensando que, assim, conseguiria passar uma imagem convincente de pessoa bruta. Porém, Niall a conhecia suficientemente bem para saber que nem se quisesse seria assim.

//

Harry e

andava de um lado para o outro no quarto, arrumando a bagunça que Harry tinha feito na noite anterior. Pensou que seu TOC tinha melhorado com as terapias, mas Harry Styles a fazia sair do cabo!
Enquanto isso, o mesmo se encontrava sentado no meio da cama, com as pernas cruzadas e sorrindo, olhando a menina resmungando. Ela, quando percebeu que estava sendo observada, parou e o questionou:
— Que foi? Fez tratamento dentário? — resmungou. — Se eu quisesse ver dentes, teria feito odontologia, e não seria personal friend.
— Como consegue ser desagradável e amável ao mesmo tempo? — perguntou calmamente, da forma que só ele sabia ser.
— A parte do amável eu não sei, mas acho que a desagradabilidade, se é que essa palavra existe, pega! — deu de ombros e voltou a andar.
— Está dizendo que eu sou desagradável?
— Se a carapuça serviu...
— Eu não parecia nada desagradável quando você se apai...
— Cala a boca! — Harry se abaixou e ouviu o estrondo de algo sendo quebrado na parede atrás de si.
bufava e tinha os olhos semicerrados. Com os olhos arregalados e com medo, Harry tentou se aproximar dela.
, cal...
— Não me manda ter calma que eu te soco, eu simplesmente odeio essa frase, e você a dizendo, parece que ela fica ainda mais insuportável! — disse, colocando uma mão na testa e a outra estendendo a frente de seu corpo, querendo manter a distância. — Vamos ao quarto dos Malik antes que eu cometa um crime aqui e o IBAMA me prenda por homicídio de veado! — dito isso, passou na frente dele e saiu do quarto, batendo a porta.
Não contendo a risada, deu uma gargalhada alta e foi atrás. Sabia que por mais que ela estivesse com ódio e quisesse matá-lo, em algum lugar ali ainda tinha um pouco de amor.

//

***

Quando chegaram ao quarto, disse que estava sentindo fortes dores de cabeça e tontura. No primeiro momento, Liam deu um surto dizendo que ela estava grávida, o que fez Niall quase desmaiar, mas logo deu um tapa em sua testa e mandou-o se acalmar, dizendo que era só a enxaqueca da garota se manifestando. Foram as duas, então, para um dos quartos, já que a menina não aguentava ficar nem com os olhos abertos praticamente.
— E então? — Harry perguntou, se jogando na cama, já demonstrando o seu tédio.
— Vocês estão fritos! — Louis se jogou em cima do menino, tentando o amassar.
— Ai, ai, Louis. — reclamou, quando levou um tapa na orelha.
— “Ai, ai” nada! — se levantou e foi atrás de Niall, que pegava um biscoito do pequeno pote da mesa de canto e levava para a boca, e saiu correndo em volta do sofá.
— Louis, o menino vai engasgar. Parem com isso... — Liam o repreendeu. — Vamos falar sério agora. — suspirou e todos se sentaram, deixando-o em pé. — Vocês pisaram na bola.
— Lógico que não, olha só o que elas fizeram.
— Ainda bem que nem precisei falar que era sobre elas, ou seja, vocês estão com a consciência pesada.
— Eu estou limpíssimo. — Niall ergueu as mãos em rendimento.
— Você é o menos limpo aqui. — Zayn brincou. — Fedidinho. — riram.
— Enfim. — se levantou, batendo palma. — O negócio é o seguinte: eu estava lá e eu vou contar o que aconteceu.
— Não queremos saber. — Harry cruzou os braços, olhando para o teto.
— Foda-se.
— Fala, . — Louis o fuzilou.
— Elas não fizeram nada.
— Ãhn... — Harry soltou, entediado, levando um olhar mortal da e uma bufada do Zayn.
— A , como sabem, bebeu demais naquele dia. Ela acabou passando mal e a e a ficaram nos esperando no bar. As duas nem beberam muito com medo de vocês ficarem putos ou acontecer algo que prejudicasse a 1D. Então, quando saímos para ajudar a e elas ficaram, os caras as abordaram e tentaram beijá-las.
— E vocês realmente acreditam nisso? Vai saber se não tentaram dar perdido em vocês com essa do banheiro, para poderem aprontar uma dessas?
— Parece mente de mãe a desse menino, mais fértil do que plantação de chuchu. — apoiou a mão na testa, suspirando.
Niall gargalhou, se entortando na cama, e o resto riu da risada do garoto.
— Harry e Niall, calem a boca e ouçam essa merda. A minha paciência já está acabando. — Zayn os alertou.
— Mi, mi, mi. — fez careta.
— Continuando... — Liam interrompeu Harry. — Então as duas deram um jeito de se livrarem deles, fingindo que só iriam retocar a maquiagem para saírem juntos, mas correram para o banheiro atrás das meninas e da , que tentava tirar o vestido, porque sujou a calça de vômito. — negou com a cabeça.
— Acabaram? — Niall se levantou, segurando o pote de biscoito. — Vou pensar. — e saiu do quarto de Zayn, que ficou sem entender, assim como todos.
— E eu dormir no quarto do Niall. — Harry mentiu, saindo atrás.
— Ok, né?! Eu acho. — deram de ombros e engataram uma conversa animada sobre os últimos dias que ficariam nos EUA.

***

As duas estavam deitadas na cama do quarto que dividia com Harry, enquanto a mesma lia uma revista e cantava baixinho, com um saco de gelo na cabeça.
, olha esse ves...
I don't want to waste another day, keeping it inside, it's killing me...
— Ah, não, ! Essa música já me deixava depressiva antes sem motivo, agora então... — a amiga pediu, sem tirar a revista da frente dos olhos.
‘Cause all I ever want, it comes right down to you, to you... — prolongou a última palavra, gritando.
, é serio! — falou com a voz mais séria.
I wish that I could find the words to say, baby, I would tell you every time you leave...
, está me ouvindo? — a menina tirou a revista, que estava na sua frente, apoiou-se nos cotovelos, e reparou que a amiga estava com fones de ouvido.
I’m inconsolable! — e o berro da amiga foi o ápice para .
— Para, porra! — puxou os fones de ouvido da menina com brutalidade.
— Nossa, , que estresse todo é esse, menina? — perguntou, assustada, passando a mão nas orelhas. — E não berra, porra, ai! — colocou a mão na testa.
— Estou falando com você há uma década e você aí, cantando essas bichinhas dos Backstreet Boys! — jogou a cabeça novamente no travesseiro e bufou.
— Menina, você namorava Harry Styles, que moral tem para chamar alguém de bichinha? — quem se apoiou nos cotovelos agora foi , ficando em uma posição confortável para olhar para a amiga. — E outra, você sempre curtiu os Backs!
— Primeiro de tudo: não precisa ficar me lembrando que eu namorava aquele traste, sua monga! E segundo de tudo: por isso mesmo que posso chamar de bichinha, porque sempre fui fã de Backstreet Boys, se fosse alguém que não é fã, não poderia!
— Ãhn, entendi...
— E além do mais, essa música me deixa muito mal. Ela é coisa do Darth Vader, certeza!
— Ela é, tipo, do Darth Vader featuring Voldemort.
— E o Sid...
— Quem?
— O Sid, o do Toy Story.
, eu não gosto de Toy Story, lembra?
— Mal amada, é aquele menino do capeta.
— Ah, tá, mas o que o menino tem a ver com a nossa listagem de vilões?
— O que tem? O que tem é que no terceiro ele vira lixeiro. Quem é do mal sempre se fode e então, teoricamente, ele é um vilão e vai entrar nesse feat.!
— Ah, entendi! Então podemos pôr o Palhaço It, também? Ele é mais do mal que todos esses juntos! — fingiu ter pensado em algo e concordou com a amiga. Sabia que, se não concordasse, a menina iria ficar listando todos os vilões que tinha medo, e, vindo de , essa lista seria infinita.
Ficaram cinco minutos em silêncio, até começar novamente a tagarelar.
— Mas fala aí, o que você queria falar comigo de tão importante que interrompeu meu momento karaokê featuring enxaqueca?
— Você é o único ser que consegue usar fones de ouvido durante os ataques de dor.
— É que a música me faz bem. Ainda mais nessas situações, minha enxaqueca é nervosa, você sabe disso, é como se a música me fizesse ir para outro lugar, longe dos problemas, longe... — suspirou. — Do Niall. — deixou o olhar se perder por alguns segundos, mas logo se lembrou que a amiga tinha algo a lhe dizer. — Mas, ãhn, continue!
— Eu ia te mostrar esse vestido da Pink, que ela estava usando naquela premiação que fomos, olha só — e mostrou a revista.
— Ah, sim! A premiação... Viu, acredita que até agora eu fico me perguntando de quem era aquela caneta que pegamos para escrever o P.S.?
— Acredito sim, porque eu também fico. Mas, se não me falha a memória, a caneta era do...
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, you’ll find us chasing the sun, oh, oh, oh, oh, oh, oh... — ouviram algumas vozes histéricas cantando no corredor e batidas na porta. Entreolharam-se e levantou correndo, antes que derrubassem.
— Mas esse hotel virou karaokê agora e ninguém me contou? Que bosta é essa? — perguntou, olhando para as três amigas, que adentraram pulando.
— Não é bosta, porque não somos Niall nem Harry, e muito menos o que sai deles quando comem feijoada. — começou, empurrando a menina de volta para o quarto e entrando.
— Somos as meninas mais lindas do universo e viemos para colocar brilho e alegria na vida de vocês! — entrou falando, animada.
— Somos como vagalumes. — continuou e as outras olharam com cara de dúvida. — O que foi?
— Vocês por um acaso têm luz na bunda? — perguntou e todas começaram a gargalhar alto, mas logo abaixaram o tom quando a menina fez cara de dor e colocou um travesseiro na cabeça.
— Mas falem, o que vocês querem aqui? — perguntou , quando as risadas finalizaram.
— Nossa, , como você é fofa! — fez joinha e se jogou na cama.
— A fofa daqui é a , não eu, agora fala logo o que querem. — sentou-se ao lado da menina.
— Eita, cocô! Mas então, viemos aqui para fazer uma proposta... — começou , que estava sentada no sofá, perto da sacada.
— Isso! Queremos que vocês conversem com os meninos. — finalizou .
— Andaram roubando as drogas da Miley Cyrus? Não vou falar nada com eles! — falou com a voz abafada pelo travesseiro.
— Vocês têm que conversar, eles precisam ouvir da boca de vocês tudo que aconteceu. — explicou , enquanto folheava a revista que lia antes da invasão.
— É verdade, gente! Nós já contamos e, por mais que parecesse que entenderam, acho que querem ouvir vindo de vocês. — tentou convencer as meninas.
— Gente, sério, eu... — tirou a cara do travesseiro começou.
— Nós vamos falar com eles! — finalizou , com a voz firme.

***

— Eu estava pensando e falei com o Niall... — Harry começou, quando todos se reuniram no quarto de Niall. — Sobre elas ficarem juntas em um quarto, assim como eu e ele.
— É uma coisa melhor para todos os lados, porque evita de vocês ficarem muito tempo juntos e sozinhos, já que logo vamos embora também.
— Vocês não preferem tentar e levar elas com a gente? — Liam tentou.
— Elas têm vida e merecem alguém disposto a dar o que quiserem vinte e quatro horas ao dia; isso não é possível com nós dois. — Harry deu de ombros, enquanto Niall concordava.
— Meu Deus, o que aconteceu com vocês?
— Usamos a cabeça.
— Ou o coração.
— Niall, para de depressão, cara.
— Ish, me deixa, viadão. — mostrou a língua.
— Acho que agora é o momento em que temos que falar com elas, certo? — Harry perguntou, não muito certo.
— Exatamente isso. As três estão lá no seu quarto, Harry, falando com as outras duas sobre um provável diálogo que poderia acontecer...
— Vocês sabiam que nós iríamos querer falar com elas?
— Vocês dois são mais previsíveis do que imaginam!
Os dois concordaram e o resto saiu, indo chamar e .

***

, larga o meu braço. — reclamou.
— Mas, . — ouviram um sussurro.
Bufou e bateu na porta.
Os meninos que estavam atrás se entreolharam e soltaram um riso fraco.
Assim que Harry abriu, não conteve a expressão surpresa ao encontrá-las ali. Para não ser mal educado, deu um passo para trás, fazendo sinal para que elas entrassem.
Assim que fizeram, Liam mexeu a boca como se falasse “faz a coisa certa, por favor!” e o garoto concordou com um sorriso sereno nos lábios.
— Oi. — soltaram nervosas, já dentro do quarto.
— Oi. — os dois responderam baixo.
As duas se sentaram no pequeno sofá perto da sacada, de frente aos garotos, que ficaram sentados na cama. O clima pesou e os olhares insistiam em se trombar.
Na cabeça de Harry, passavam os momentos em que via sua menina sorrindo, passava os momentos que se divertiram juntos, cada gargalhada. O jeito de criança madura de o encantava. Porém, o sorriso que sempre brincou em seu rosto não estava presente ali. Naquele rosto, agora estava uma expressão triste, não brava como costumava ser quando brigavam, mas, sim, magoada, decepcionada.
Para Niall, a sua menina continuava ali, agarrada na amiga como se ele fosse um animal prestes a devorá-la. Talvez realmente tivessem agido como animais ciumentos, mas não tinha sido por mal e ele ainda tinha dentro do peito o sentimento de segurança. Na mente, o pensamento de que devia cuidar dela bravos um com o outro, batendo um no outro ou o que fosse. Ela era a sua boneca, a sua princesinha de porcelana e nada, nem ninguém, podia a quebrar; nem mesmo ele e sua brutalidade espontânea.
— Primeiro de tudo, gostaríamos de saber se vocês estão de acordo nos separarmos. Digo, eu fico com o Niall nesse quarto e vocês duas no da . — Harry disparou.
As duas deram de ombros, o que os meninos consideraram como um sinal positivo.
— E sobre tudo, vocês poderiam explicar o que aconteceu naquela noite? — começou Niall.
— Por que querem ouvir agora? Já não tiraram suas próprias conclusões? — rebateu , visivelmente nervosa e com vontade de chorar, enquanto segurava na mão da amiga.
— Gostaríamos de ouvir de vocês o que aconteceu... — disse Harry, antes de bagunçar os cachos.
— Tudo bem. Eu conto! — suspirou. — Nós estávamos na festa, a passou mal e aí a e a foram com ela no banheiro, eu e a ficamos dançando, até que dois bêbados chegaram e tentaram nos agarrar.
— Na hora percebemos que daria merda, então empurramos os dois e fomos para o banheiro. — terminou com a voz um pouco mais firme.
— Só isso?
— Não aconteceu mais nada?
— Mas que merda vocês dois! — falou, alto, e se levantou. — Queriam ouvir o quê? Que são dois cornos, que nós duas só estávamos com vocês por diversão, fama e dinheiro? É isso?
, calma. — tentou puxar a amiga para se sentar, mas foi em vão.
— Não, , não quero ficar calma! — olhou para a amiga, que agora deixava escorrer uma lágrima de seu olho esquerdo, o que a fez ficar com mais raiva. — Esses dois têm que aprender que nem todo mundo só se aproxima deles por interesse, têm que aprender a parar de pensar só no próprio umbigo e magoar as pessoas. Eu acho que passamos a impressão errada, porque desde o momento que aceitamos namorar vocês, não mentimos um só minuto, fomos sinceras a cada palavra que saiu da nossa boca, a cada ato, a cada sorriso... Já vocês... Não sei a , mas eu sinto nojo dos dois; e, ao mesmo tempo, raiva. Raiva de cada eu te amo que eu te disse, Harry, e que, para você, não era de verdade. Sinto raiva me lembrando das suas palavras e da forma que você me olhou com desprezo, antes de sair daquele quarto e ir para aquela maldita festa! — gritou e se jogou ao lado da amiga, que a envolveu com um braço e encarou com os olhos vermelhos os meninos.
— Não queriam ouvir tudo? Pois bem, a já contou. O que mais querem saber?
— Acho que não existem palavras que façam vocês nos perdoar, certo? — Niall chutou.
— Não, Niall, não existem. Nada vai apagar da minha mente cada palavra que você me disse, nada vai tirar da minha cabeça a cena de você desejando nunca mais me ver na sua frente... — parou de falar para respirar fundo e continuou. — Mas, como eu já tinha dito, desejos, quando pedidos com muita fé, são atendidos, Niall. E podem ficar tranquilos, depois que isso tudo acabar e que vocês forem embora, nunca mais vão nos ver.
Terminou de falar e saiu com passos apressados. Foi seguida por , que deu uma última olhada para os dois, que estavam com os olhos vermelhos e brilhantes por culpa das lágrimas que estavam segurando.
As amigas caminharam até o grande quarto dos Tomlinson, onde os outros casais também se encontravam, amuadas.
— Amigas. — abriu a porta e viu como elas estavam, as abraçando.
— Ô, bebê! — beijou a testa da , que agora chorava feito uma criança, assim como , que estava sendo abraçada por .
olhou para os meninos e fez um sinal para que fossem atrás de Niall e Harry.
Levaram e para o sofá e esperaram até que as duas se acalmassem um pouco, para tentarem um diálogo.
— O que resolveram? — tomou a iniciativa.
— Que não existem mais namoros. — disse, olhando para o nada.
— E que vamos ficar quartos separados, até tudo isso acabar e vocês irem embora. — finalizou, batendo as palmas das mãos nas coxas e levantando.
Foi até a janela e ficou observando o movimento da rua, enquanto puxava para que a mesma deitasse a cabeça em seu colo.
— E depois, o que acontece? — , que até agora não tinha pronunciado nada, perguntou.
— Não acontece mais nada, . — virou e olhou para as amigas. — Nós voltamos para o Brasil e, novamente, fingimos que nada aconteceu.
— Merda, merda e mil vezes merda! — falou alto e tacou uma almofada longe. As meninas não entenderam nada.
— O que foi, ? — se aproximou.
— Tudo isso é culpa minha, meninas. Desculpa, desculpa, desculpa... — sua voz foi diminuindo, até que perceberam que a menina chorava.
— Nada disso é culpa sua, , você só quis nos ajudar. Se alguém tem culpa nisso tudo, são aqueles dois idiotas. — disse, dando um pequeno sorriso.
— A tem razão, nós só temos que te agradecer, assim como temos que agradecer a e a por terem sido tão companheiras com a gente.
— Ai, meu Deus, eu amo vocês! — disse, segurando as lágrimas, e todas se abraçaram.
Ficaram abraçadas, sentindo as energias positivas que uma tentava mandar para a outra, o consolo e o carinho de amigas, e nem perceberam quando saiu.

***

— Caras? — Zayn entrou, perguntando.
— O-Oi... — Niall respondeu, fungando.
Os dois continuavam sentados na cama. Harry com o rosto afundado nas mãos e Niall com a cabeça na cabeceira, soluçando.
Harry resmungou e encarou os amigos, com o rosto vermelho.
— No que deu a conversa?
— Deu em fim de tudo, Liam. — Styles suspirou. — Só de imaginar nelas chorando agora, de novo, e na merda que eu transformei tudo isso. — voltou à posição de antes. — Eu fiz a cabeça do meu melhor amigo e ainda acabei com o meu relacionamento e o dele.
— Para com isso, Harry! — Niall o repreendeu.
— Todo mundo é culpado. Ou não... Enfim! — Louis deu de ombros. — Logo a gente vai embora também e tentamos seguir em frente.
— É, só mais cinco dias.
— O que mais cinco dias? — apareceu, fazendo Zayn dar um pulo e fazer o nome do pai, resmungando um “de onde veio, assombração?”, e adentrou a sala.
— Para irmos embora. — Niall retornou a falar.
— Como? — não tinha entendido, afinal, iam ficar mais dez dias pelo combinado.
— Isso mesmo! — Harry reforçou.

Capítulo 14
If I blew it (...) tell me how to make it right.

Oh, girls! Girls, just wanna have fun.

Todos se olharam abismados quando ouviram a música da Cindy Lauper vindo de algum celular, até que puxou seu iPhone da bolsa, olhou e fez uma cara estranha.
— É a Emma. Que estranho... Vou atender, volto já. — levantou-se e foi da cadeira que estava e se afastou do grupo.
— Quem é Emma? — perguntou, abaixando seus óculos escuros.
— A empresária dela. — respondeu o namorado.
— Ah, sim! — a garota que perguntou concordou, e então o silêncio reinou.
Depois de tanta confusão, lágrimas e histeria, decidiram tirar o dia para curtir a piscina do hotel. Poderia se dizer que a harmonia reinava, já que , , Niall e Harry não se falavam desde o dia da briga, ou seja, três dias.
Minutos depois, voltou com uma expressão estranha no rosto. Zayn, logo que viu a cara da namorada, levantou-se com a feição preocupada.
Quando estava se aproximando, arriscou:
— Está tudo... — não conseguiu terminar a pergunta, já que começou a pular, gritar e correr em círculos.
Todos viam a cena assustados, menos e Niall, que gargalhavam vendo o que a menina fazia.
— O que é isso, Senhor? — Liam soltou.
— É macumba nova ou...? — perguntou, assustada.
Zayn puxou a menina e a segurou pelos ombros, em sua frente.
— Amor, eu não estou entendendo nada. Para de pular e chorar e explica o que aconteceu, por favor!
— Eu... e-e-e-eu... eu... — respirou fundo. — Eu consegui o papel no filme!
Agora tudo fazia sentido. Antes de irem para a viagem, fez um teste para um novo filme da Disney, afinal, seu sonho como atriz sempre foi participar de uma grande produção do estúdio.
— Parabéns, amor! — Zayn, que antes estava agoniado, sem saber o porquê da euforia da menina, agora abraçava e girava-a no ar.
Logo, o que era um abraço entre o casal de namorados virou um abraço grupal e se transformou em uma farra digna daquele grupo, que fazia festa por qualquer motivo que fosse.
— Parabéns, , eu disse que tudo daria certo! — abraçou a amiga civilizadamente, quando todos se soltaram.
— E as gravações, quando começam? — perguntou .
— Daqui a uma semana. E amanhã tem a festa do filme, que posso levar quantos convidados eu quiser.
— Opa, festa! — Harry bateu palmas feito uma foca.
— Festa para elas, né, idiota?! Nós temos show. — Louis deu um pescotapa no menino, que logo murchou a cara.
— Isso mesmo, Louis! Como vocês vão ter show, eu pensei em ir com as meninas. Tudo ok por vocês? — olhou, fazendo uma careta fofa para todos ali presentes.
— Por que não? — Liam perguntou.
— Claro, confio na tchutchuquinha! — apertou o nariz de , que avançou como se fosse morder o dedo do garoto.
Todos então olharam de para Niall e de para Harry.
— O que foi? Estão olhando o quê? — se fez de desentendida.
— Não tenho um namorado que vai me deixar ou não ir à festa, é claro que eu vou! — disse, fingindo estar animada. Porém, o que não sabiam foi o quanto doeu dizer isso, enquanto Niall estava ali, ao seu lado.
— A falou tudo, faço das palavras dela as minhas. — , com o seu jeito sempre forte e impenetrável, estava em ruínas por dentro. Apesar de como sempre, se mostrar a monstra sem sentimentos.
— Ah, tem um detalhe! — começou. — A festa é à fantasia...
— Uma festa à fantasia? Está loucona, ?
— Pirou? Como eu vou arrumar uma fantasia da noite para o dia?
— Ah, a festa miou! — levou as mãos à cabeça, se jogando na cadeira.
— Dá para vocês calarem as matraquinhas? — a menina gritou, assustando todos, inclusive o namorado e algumas pessoas que estavam aproveitando a piscina, assim como eles. não costumada ser agressiva assim. — Obrigada pela compreensão! Então, a Emma disse que se vocês topassem ir comigo, ela providenciaria as fantasias e nós só teríamos que ir buscá-las!
— Então... Don-don-don-don’t stop the party! — começou a fazer uma dancinha muito estranha e todos se entreolharam, segurando a gargalhada. — Mas espera! Quem vai buscar? — parou do nada.
— Um problema: a gente vai ter a sessão meninas no dia, aí sabe... Os meninos, tipo o meu namorado lindo, poderiam ir buscar antes de ensaiar. — começou a se aproximar de Zayn, que acabou rindo.
— Ok, eu e os meninos vamos. — piscou um olho para os garotos.
— Eu e o Niall temos um compromisso antes. — Harry bagunçou os cabelos, sorrindo maliciosamente.
— Te-Temos? — pigarreou. — Uh, é mesmo.
— Saca só a existência do compromisso. — comentou para si mesma, enquanto folheava uma revista, mas recebeu acenos de cabeça em concordância dos demais.
— Oi?! O que quer dizer com isso? — Harry perguntou, arqueando as sobrancelhas.
— Quero dizer que você nem para ser mentiroso serve?! — abaixou o amontoado de folhas só para poder o encarar, o desafiando.
— Observamos que é real essa coisa toda de “com a convivência se pega algumas ações e costumes”.
— Talvez seja por isso que você não vale o frango que come, né, querido? A convivência com biscates te tornou nisso. — com a mão direita esticada, o mediu de baixo em cima com a mesma e sorriu fechado, após carregar a sua frase de sarcasmo.
— Se inspirou em você de novo, amor? — devolveu da mesma forma.
se levantou, tacando a revista em algum lugar que não fazia questão de saber qual, e caminhou, em passos duros e pesados, até o menino. Como era o esperado, tudo o que Harry sentiu foi uma dor na bochecha. Duas, na verdade, já que também lhe acertou um tapa.
O menino olhava para as duas com a expressão estática e com uma mão na bochecha, a fim de entender o que tinha acabado de acontecer. Tinha apanhado de ?
— Olha, Harry... — apontou um dedo no rosto do menino. — Eu nunca te falei nada dessa sua forma arrogante, mas agora você vai provar de todas as palavras que você disse, porque você ter os seus problemas, picuinhas com a é uma coisa, agora ofendê-la para ver se melhora a dor de sei lá o que, já que corno você não é, é outra, beleza?
— Mas ela quem começou! — apontou para a .
— Seja o suficiente para assumir os seus erros também, menino! — estava vermelha. — Estávamos tentando adiar isso, mas amanhã mesmo nós já mudamos de quarto. Aliás, não sei por que adiamos tanto essa merda! E, por favor, nenhum dos dois olhe mais na nossa cara durante esse tempo, ok? Façam o favor também de terminar com tudo até na mídia. Não deu certo, acabou e fim!
Quando terminou de falar, pegou sua bolsa e sua toalha, que estava estendida na cadeira, e saiu andando em passos pesados.
Assim que isso aconteceu, todos olharam para Niall. O menino demorou alguns segundos, mas entendeu o recado e saiu correndo atrás.
— Você sempre acaba com tudo! — o moreno negava com a cabeça.
— Chega. — passou as mãos no rosto, com força, e saiu correndo.
Agora, todos direcionaram o olhar para Harry, que não demorou como Niall e correu atrás da garota.

Harry e

Conseguiu alcançá-la quando parou para pegar o elevador. Ela fingiu que não o conhecia, então, logo que chegou, entrou. O que ela não esperava era que o garoto entraria junto.
— Por que você sempre me machuca?
Eu? — apontou para o próprio peito.
— Quando eu digo algo que não quero para você, diretamente me quebra em pedaços. — se aproximou. — E eu sei que só piora cada vez mais.
— Os nossos amigos, Harry, estão envolvendo eu e você na vida deles. E tudo isso por causa de atitudes infantis.
— Eu amo você, e isso é sério. — segurou o rosto da garota com as duas mãos, e a olhou nos olhos.
— Mas acho que já não é mais o suficiente. — apoiou a mão na nuca dele e fechou os olhos. — Não é.
— E se... — começou a pensar em alguma forma, mas parou ao meio e suspirou.
— Não.
Harry deu um selinho demorado na menina e logo em seguida se abraçaram.

//

Niall e

Niall deu um suspiro aliviado assim que encontrou sentada em um banco perto da área da sauna. Não tinha um rumo definido até o momento em que a viu ali, com o rosto nas mãos, e suspirando. Sentou-se ao lado dela e sentiu a sua cabeça em seu ombro.
— Como nos metemos nisso? Sabe, era algo tão normal no começo. — Niall passou o braço pelos ombros dela.
— Acho que o fato que ferrou para o nosso lado, Niall, é o de você não ter tido uma opinião própria sobre muitas coisas.
— As minhas namoradas nunca foram como você, , e isso me deixou meio inseguro. Eu sei que Niall James não é assim, mas o Niall Horan acabou me deixando aflito e com medo de muitas coisas por causa do que tem lá fora.
— Os desejos Niall Horan foram muito objetivos.
— Você não faz ideia de qual desejo é concreto e objetivo na minha mente, principalmente na mente. Você realmente não faz, princesa.
— Se for com fé, vai se tornar realidade.
— Então você volta. — beijou a testa da menina e se levantou, estendendo a mão para ela se levantar e eles se abraçarem.

//

***

— Então mesmo depois daquele baita tapa na cara, ele te beijou? — perguntou, depois de ouvir da boca de o que tinha acontecido depois que cada uma correu para um canto.
— Que tipo de bipolaridade vocês duas possuem? Eu não entendo. — apesar de estar concentrada em seu celular, ouvia atentamente o que as amigas falavam.
— Não é bipolaridade, é que essa situação é confusa mesmo! — passava a mão nos cabelos de enquanto falava. — Vamos analisar a situação completa: eu e a nunca fomos de nos apaixonar, só que, com eles, aconteceu, simplesmente! Tentamos fugir, mas estávamos parecendo boomerang, que ia e voltava, ia e voltava... Até que, quando decidimos dar uma chance, o que aconteceu? Eles foram uns idiotas e...
— Mas eles não traíram vocês nem nada do tipo. — exclamou , que estava sentada de pernas de índio, de frente para as amigas.
— Sabemos disso, , mas pense bem: nós nem estávamos namorando e eles nos trataram daquela forma, nos xingando e tirando conclusões próprias sobre o que tinha acontecido, imagine só como seriam as discussões depois que estivéssemos com meses de namoro? Por isso eu e a decidimos acabar com tudo e ir embora, antes que o sentimento ficasse mais intenso.
— O que, pelo jeito, não adiantou muito, certo?
— Certíssimo! Não estávamos trabalhando mais como personal, quando vocês entraram em contato.
— Eu sei, o Florindo me disse e eu falei que ou ele dava um jeito de vocês duas aceitarem a proposta, ou eu ia fazer uma terceira guerra mundial estourar.
— Agora entendo o porquê do desespero dele para que aceitássemos. — comentou, brincalhona.
não brinca em serviço, minha gente! — gargalharam com a pose que a menina fez. — Continue, !
— Ah, então... Quando chegamos e vimos os dois, só não corremos porque ficamos sem reação e com o raciocínio lento. Conversamos e aceitamos trabalhar com eles, pela última vez. Só que, mais uma vez, o cupido decidiu usar umas drogas poderosas e atacou. — suspirou. — Quando percebemos, não tinha mais saída. Tudo já estava acontecemos e a único jeito foi deixar sair pelos poros... — encarou o nada, fazendo uma cara pensativa, também sem entender seu raciocínio. — Enfim! O que estávamos sentindo e, então, acabarmos com a tortura que era não poder tocá-los. Isso meio que nos livrou de ficarmos loucas, mas acho que, de qualquer maneira, estamos assim...
— Porque, mais uma vez, eles foram dois idiotas que tiraram as próprias conclusões em cima da pouca informação que tinham. — terminou o raciocínio da amiga.
— E a parte da bipolaridade, onde entra?
— Entra, , que não é bipolaridade, como eu já disse, é na verdade a confusão que eles fizeram na nossa mente e no nosso coração. — bufou e afundou a cara em uma almofada que estava ao seu lado.
— Ao mesmo tempo em que eu quero esfregar aquela carinha linda do Harry no asfalto, eu quero tê-lo me abraçando e dizendo que me ama. Quero-o fazendo carinho nos meus cabelos, ouvir a voz dele mais lenta que o normal quando acorda. Quero olhar naqueles malditos olhos e acreditar que tudo que ele me diz é verdade, que ele me ama, mas... — não terminou a frase. Sentiu lágrimas queimando em seus olhos e logo as mesmas teimando em descer pelas suas bochechas, que já estavam vermelhas.
puxou para o seu colo e a mesma sentiu-se livre para tirar de si todo o sentimento negativo que sentia. Por meio de lágrimas, tentou se livrar da angústia e da dor que sentia ao pensar que iria continuar vendo Harry, porém, sem poder tocá-lo como antes.
agora estava com a cabeça no colo de , que fazia cafuné nos cabelos da menina, e chorava sem se importar com as amigas vendo. Em momento algum escondeu que estava devastada e quebrada por dentro, mas tentava na maior parte do tempo se mostrar indiferente.
— Olhando essa cena, não consigo mais ver vocês como aquelas duas duronas em relação a sentimentos que conheci há meses... — comentou , que se sentou no meio da cama e passava cada uma de suas mãos nas bochechas das duas meninas que estavam chorando. — Mas, sinceramente, do fundo do meu coração, eu acho que, no final das contas, vocês ainda vão ficar juntos...
— O que te faz pensar nisso, ? — perguntou, secando suas lágrimas com as mãos.
— Vocês são tão semelhantes e diferentes ao mesmo tempo. É questão de tempo para os sentimentos amadurecerem.
— Os sentimentos ou a mente daquelas duas amebas? — foi sarcástica no comentário e as meninas riram.
— Os dois, na verdade. — riu. — Se for para ser, será, e sei que o destino guarda algo muito especial para vocês duas, minhas lindezas!
— Ai, meu Deus do céu, com quem está aprendendo a ser profunda assim, ?
— Liam James Payne, minha querida... — e mostrou a capa da revista que estava no criado-mudo, que tinha os meninos na capa, olhando para cima e piscando freneticamente. — Agora chega de depressão, vamos fazer nossa Girls’ Party!
— Vamos sim... Só que antes, eu e a precisamos fazer uma coisa, certo, ? — olhou para a garota, que concordou, decidida.
Respiraram fundo, levantaram-se e saíram do quarto, deixando as amigas sem entender o que tinha acontecido.

***

Os meninos estavam dentro da van, voltando de uma sessão de fotos para uma revista, enquanto conversavam e tentavam entender o que aconteceria dali para frente.
— Então é assim que fica? Vocês fazem a cagada, sabem que estão errados e ainda vão deixar as duas escaparem? A está certa, vocês merecem apanhar! — Louis não conseguia acreditar no que ouvia.
— Quer que eu faça o quê, Louis? Amarre a no pé da mesa e a proíba de sair da casa? Perdi qualquer direito que eu tinha sobre ela quando decidi não ouvir suas explicações e ainda a chamei daquilo lá que nunca mais vou repetir. — explicou Harry, agora com a voz um pouco alterada.
— A cagada já foi feita, não temos direito de reclamar de nada. — falou Niall.
— Se vocês desistem, quem sou eu para tentar contrariar? — Louis finalizou.
Quando a van parou na frente do hotel, os meninos demoraram cerca de meia hora para conseguirem sair. A rua estava tomada por fãs cantando, gritando, chorando. Assim que conseguiram entrar, soltaram um “ufa” e gargalharam.
Ao entrarem no elevador e verem que Harry iria para o antigo quarto, não entenderam.
— Harry, você não deveria ir para o quarto do Niall? — Zayn questionou.
— Vou terminar de pegar as minhas coisas, cara. — e então o amigo assentiu com a cabeça, vendo a tristeza no rosto de Harry.

Niall e

Quando Niall parou na frente do quarto que agora dividiria com Harry, ouviu barulhos e alguém xingando. Ao abrir a porta, o que encontrou foi com uma mala de rodinhas enroscada no carpete, com as duas mãos puxando. A menina sentiu o movimento e olhou para trás, ainda fazendo força; então a mala desenroscou e só não caiu porque Niall a segurou antes.
— Opa! — deixou escapar.
— Nossa, valeuzão aí. Ia ser o tombo mais constrangedor dos últimos tempos entre a era Mesozoica e a Cenozoica. — fez joia.
— Que exagero. Por que tudo isso?
— Experimenta cair na frente da menina que você gosta, men... Ops! — tampou a boca e arregalou os olhos. — , como sempre, falando merda. Tem que ser, né?! Não, porque se não é a , não é mais ninguém. Puta merda, sua linguaruda! — começou com seu comum monólogo.
Niall a encarava com uma feição divertida e do nada se jogou na cama. , vendo isso, começou a gargalhar loucamente, ficando com dificuldade de respirar.
— Realmente, muito constrangedor. — o loiro falava, vermelho, enquanto se sentava.
— Babaca! — riu novamente.
— Isso! Estou eu aqui, princeso, lindo, belo, loiro e cheiroso. Esbelto, rock star...
— Desculpa aí, Danny Jones! — ergueu as palmas das mãos, recebendo um olhar mal-humorado de Niall.
— Cheio de amor para dar, me declarando fofa e apaixonadamente para você, para me chamar de babaca? Sério isso? — arregalou os olhos e parou na frente de Niall, que a passou os braços por sua cintura e riu.
— Desculpa! — o apertou mais.
— Se você voltar...
— Eu amo você, mas, Niall, não tem mais fundamento. — tirou as mãos dele e foi até a janela, observando as ruas da cidade.
— É sempre isso, é sempre assim. — bufou e foi atrás dela, parando — Vocês acham que só porque somos de uma boyband somos idiotas?
— Não! Não é isso, Niall. Se bem que... — ficou encarando o nada, pensando na pergunta. Reparou na cara do garoto e resolveu parar com isso. — Eu já falei, a já falou, o Harry já pensou sobre isso.
— Ahá, ele é o que menos pensou, pode ter certeza!
— Foda-se. Mas é só que... Ai, não sei, estou confusa. — coçou a cabeça. — Xi, você me deixa mexida, tudo isso me deixa louca.
You’re messing with my head, girl, that's what you do best... — cantarolou.
— Niall... — os dois se aproximaram novamente.
— Oi, meu amor. — a abraçou pela cintura.
— Não me deixa me arrepender, se tudo voltar. Por favor. — fechou os olhos. — Por favor. — segurou o rosto dele pelas bochechas, com as duas mãos.
— Eu não vou. Nunca mais! — juntou as suas testas. — Nunca mais, minha princesa! — e então, finalmente, se beijaram em um “até logo” sem tempo definido.

//

Harry e

Quando esticou o cartão magnético a fim de abrir a porta, viu a mesma sendo puxada para dentro.
?
— Harry? O que você está fazendo aqui?
— Eu vim... pegar as minhas coisas. — bagunçou os cabelos.
— Ah, sim! — ficaram em silêncio.
A garota tentava desviar o olhar do menino, que não se dava ao trabalho de disfarçar o seu sobre .
.
— Harry. — falaram juntos e riram. — Pode falar.
O menino entrou, puxando-a junto, e fechou a porta atrás dela.
, eu queria te pedir desculpas. — se aproximou da garota, que se sentiu vulnerável em relação ao olhar dele. — Desculpa por ter estragado tudo mais uma vez. Eu sou explosivo, você sabe, não penso direito antes de falar e de agir. Nunca fui muito certo também em relação aos meus sentimentos, mas, pela primeira vez, eu sinto que o certo seria eu e você: juntos. — o garoto se aproximava.
— Certo poderia até ser, Harry, mas não seria funcional. Nós tentamos duas vezes e não funcionou. É melhor para você e para mim nós dois separados, vamos evitar muita dor e muitas lágrimas.
— A única coisa que evitaria minhas lágrimas seria você do meu lado. — Harry deu um passo a frente e dois para trás, mas, ao sentir as costas batendo ao lado da porta, se amaldiçoou. Não teria para onde fugir.
— Harry, não faz isso comigo, será que você não entende? Você me machuca, me faz sofrer. Por favor, respeite o meu espaço e deixe de ser egoísta uma vez na sua vida!
— Eu estou sendo egoísta, ? Onde? — ela sentia o hálito quente batendo em seu rosto, de tão perto que Harry se encontrava.
— Na parte que você não aceita que acabou, que eu e você não tem mais jeito. Por favor, não me tortura mais com esse assunto, apenas aceite o fato que eu e você não existimos mais, assim como me disse no carro naquele dia. — fechou os olhos, assim como as duas mãos em punhos.
Harry imitou os gestos da garota e deu um soco na parede, urrando em seguida.
mantinha os olhos como antes, com medo de abri-los e ter que encarar aquele olhar que a deixava com as pernas bambas.
Percebeu que ele tinha desistido, quando saiu da sua frente e abriu a porta, saindo pisando fundo.
Decidiu abrir os olhos e permitiu que suas lágrimas escorressem pelo seu rosto. Quando pensou em se jogar na cama e chorar, ouviu a porta abrindo novamente e Harry vindo em sua direção. Não disse nada, apenas se aproximou dela e deu um beijo demorado em sua testa, saindo, dessa vez, com mais delicadeza. Agora sim, sentia como se tivesse deixado ir uma parte de si, e sabia que essa parte faria muita falta na sua vida.
Escorregou suas costas pela parede até o chão, onde permitiu-se abraçar os joelhos e chorar.

//

Capítulo 15
Wasn’t ready to hear you say “goodbye”.

— Sem bebidas e sem vexame, pelo amor de Deus! — Liam implorava para , fazendo com que todos os outros rissem.
— Se a pisou na rua já é um vexame a caminho, amado. — alfinetou.
— Hoje não, baby. Olha só quem está chegando ali! — apontou para um lugar atrás dos amigos e ninguém conseguiu segurar a risada ao ver quem estava chegando.
— Para de me bater! — Louis implorava.
— Você merecia ir vestido de defunto nessa festa, seu cretino. Fantasia de múmia ia ser pouco para cobrir os hematomas que eu vou deixar no seu corpo hoje! Sorte que você não vai nessa festa. Ajoelhe no milho, desgraçado! — falava, nervosa, enquanto continuava a sessão pancadaria.
— Mas era M&M’s, não vendedora sensual de doces. — ele explicava, também irritado. — Segurem essa louca! — pediu, enquanto se escondia da namorada, que beirava a psicopatia.
— Se alguma foto de hoje sair em alguma revista, você não vai sobreviver para registrar o Louis William Tomlinson Junior. — apontava para o namorado, toda vermelha. — E, pelo amor de Deus, alguém tira esse Styles dos infernos da minha frente, porque se ele não parar de rir...
— Vamos, vamos... — Niall, que também estava mais do que rosa de tanto rir, puxou o amigo pelo braço, levando-o para longe daquele ser explosivo.
— Bem que disse que o vexame não era dela. — Zayn cochichou com .
— Mas, , o que foi que aconteceu com a sua fantasia?
— Esses inúteis foram buscar, mas além de terem se atrasado, esse babaca me apareceu com essa fantasia de merda aqui. — apontou para suas vestes.
— Mas era só você ter arrumado outra coisa. — falou.
— Simples assim quando não é com você. Eu até que não achei tão ruim, mas aí ele ficou rindo e... — desabou a chorar, fazendo Niall e Harry gargalharem mais alto ainda e a garota correr atrás dos dois, a fim de quebrar as jacas que chamavam de cabeça.

***

— Uma caipirinha de limão. — pediu.
— Duas! — falou.
— E uma saqueirinha de morango. — foi a última a pedir.
— Uma batida de maracujá.
— Duas, por favor! — falou.
— Maracujá, então? — brincou .
— Acho que merecemos algo para nos acalmar. — deu de ombros e começou a observar as pessoas.
— Perceberam que sempre que está perto de nos separarmos, vamos a uma festa juntas? — observou.
— Verdade, né?! Falando em festa, pelo amor de Deus, me digam quem de quem era a caneta que vocês pegaram aquele dia? Sério, minha curiosidade não aguenta e parece que sempre que vocês vão responder, alguma coisa acon... — não conseguiu terminar a frase, parecia que algum convidado especial tinha chegado.
— Gente, que aglomeração é aquela ali? — apontou para a entrada da festa.
, você sabe quem é?
— Não, , não sabemos o elenco do filme, os produtores queriam surpresa e iremos descobrir só hoje.
— Mas é sobre o que o filme? — perguntou antes de bebericar sua caipirinha.
— É sobre uma rainha que é obrigada a se casar com um rei, só que ela é apaixonada pelo rei do reino inimigo. — o barman colocou sua bebida no balcão. — Obrigada! — bebeu um pouco e continuou. — E, pelo que me falaram, o papel do rei será interpretado por um ator muito importante.
— Que original... — disse com tédio na voz.
— É Disney, , você esperava o quê? — a olhou com uma cara óbvia. — Mas que suspense a respeito do elenco, hein? Vamos esperar que seja um gatão, né, amiga?!
— Claro, , mereço um rei descente, né?! — riram.
— Minha nossa senhora dos cupcakes, Johnny Depp! — exclamou.
— Boa, bem que poderia ser ele, né? — , que estava de costas para a entrada, concordou.
— Não, , o Johnny Depp acabou de entrar e... Ai, meu Deus, ele esta vindo para cá! — a menina entrou em pane.
Todas olharam então para a direção que olhava e viram a cena do homem se aproximando delas.
— Respirem, contem até dez e tentem ser normais! — falou e então sorriu.
— Senhoritas. — fez uma reverência, o que fez as cinco suspirarem.
— Olá! — responderam juntas.
— A senhorita deve ser a , estou certo? — perguntou diretamente para .
— Sim.
— Eu juro que se a não tirar aquela cara de monga da cara e não falar direito com esse monumento vivo, eu vou dar uma sapatada na cabeça dela! — sussurrou baixo o bastante, apenas para que , e ouvissem.
— Me daria a honra da sua companhia para algumas fotos, rainha? — estendeu o braço para que passasse o seu.
— C-c-claro! — levantou meio tremendo e foi guiada pelo homem.
Quando estavam se afastando, olhou para as amigas e sussurrou algo como “Holy shit!”, fazendo-as começarem a rir.

***

O dia estava tenso, Nova York parecia escura. A parte mais proveitosa era o canto dos passarinhos e as roupas quentes de e , que passeavam pelos arredores das casas. As duas estavam tentando distrair um pouco a mente e sentir o ar puro, nem tão puro, da cidade.
— Eu queria ser um pássaro. — comentou, olhando para o céu. — Ou uma borboleta. A liberdade dos dois é tão linda e os pássaros têm o canto mais relaxante e natural do mundo.
— Desde sempre, né?! — riu, fraco. — E eu um macaco, porque eles são legais e comem bananas, que são amarelas.
— Cala a boca, ‘véi’. — deu um pedala na amiga.
— Bruta! — fez bico.
— Vamos voltar, antes que você se perca, vai.
— Eu? — riu.
As duas voltavam em meio a empurrões e risos, comentários da festa e tapas, quando viraram a esquina da rua do hotel e se depararam com dois táxis à frente. Tiraram o sorriso do rosto e se tocaram que agora era o momento da despedida. O momento da dor e de ficarem uma pela outra.
— Ah, vocês ainda existem! — abria os braços, enquanto gritava.
— Fala baixo, desgraça! — , como sempre, reclamou.
— Fica quieta, Payne. — mostrou o dedo do meio para a menina, que se jogou no banco de trás do táxi, enquanto resmungava sobre a falta de respeito para com os ressacados.
— Erm, e isso é bom? — perguntou.
— Bem, analisando que eu já estava acreditando que Harry Edward Styles plus Niall James Horan tinham enfiado vocês na mala, dormindo, para levá-las embora... Bem, sim, é ótimo! — finalizou com uma joia, deixando as duas sem graça.
— Beleza, pessoal. É hora do até logo para as meninas. — Zayn anunciou, batendo o porta-malas.
As amigas sentiram a comum dor no peito e a infeliz queimação nos olhos. Seria um “até logo” como a despedida de Niall e : sem tempo definido.
— Bem, até, minhas gatas! — a primeira a ter atitude foi , que não sabia se sorria, chorava ou as abraçava... E acabou fazendo tudo ao mesmo tempo, sendo correspondida da mesma forma.
foi a seguinte, junto a , que abraçou as três ao mesmo tempo, gesto repetido por , novamente. As cinco amigas choravam e se apertavam, como se todas fossem para a guerra.
Zayn e Louis resolveram tirá-las de perto de e , com medo das meninas acabarem sufocadas. Cada um abraçou por um tempo cada uma das duas e agradecimentos eram ouvidos a todo o momento.
— Cadê? — deixou escapar, em meio a um soluço.
— Foram antes. — foi só o que Liam respondeu, antes de virar as costas e amparar à namorada.
, Liam, e Louis entraram no primeiro táxi, acenando para e . e Zayn entraram no segundo, fazendo o mesmo. Os táxis deixaram a rua quase no mesmo momento e o que restou foi o silêncio de decepção das garotas e já as saudades. Quando se viravam para entrarem no hotel, sentiram ao mesmo tempo o celular bipar no bolso.

Esqueci a bosta da nécessaire no quarto dos dois bostas, quando fui procurá-las (pois é, até lá). Podem pegar e mandar depois? O idiota do motorista não quer voltar... Vê se pode. Xx, - futura - Tomlinson (não me liga, porque brilho muito e não mereço ouvir a voz de gralha de nenhuma das duas hahahah brincadeira <3)

— Tem que ser! — negaram com a cabeça.
Ouviram o mesmo bip de antes e voltaram a atenção para o celular.

Sério, NÃO me liguem. x

— Eu, hein?! — deram de ombros.
Foram até a recepção e estranharam ao ouvir a atendente dizer que o cartão do quarto não tinha sido devolvido ainda. Subiram até o andar sem nem forçar e ao chegar, perceberam que a porta estava apenas encostada.
Entreolharam-se e adentraram, dando de cara com o ser loiro que estava com duas malas ao seu lado.
— Niall? — perguntaram ao mesmo tempo.
— Mas vocês não foram antes e... — começou.
! — gritaram juntas e logo deram as costas para saírem.
— Ahá! — Harry saiu do banheiro, segurando o cartão entre seus dedos. — De novo isso, né?! — negou com a cabeça. — Mas agora é realmente a nossa vez de falar.
suspirou cansada, enquanto surtou.
— Nananinanão, sai! — correu para o banheiro, mas Niall foi mais rápido e conseguiu entrar antes da menina trancar a porta.
Harry e se olharam e deram risada da atitude desesperada da garota.

Niall e

— Por que isso? — perguntou, sentando-se na pia. Niall nada respondeu. — Vai então, hoje é seu dia de falar, estou ouvindo. — a menina falou, firme.
— Eu só quero que você entenda que eu não queria que tudo terminasse assim, na verdade, eu não queria que terminasse. — mordeu o lábio, segurando as lágrimas e continuou: — Eu te amo de verdade, , e bom, você sabe que eu não sei lidar muito bem com esse tipo de sentimento. Por mais que eu tenha lutado para ter você ao meu lado, eu não soube dar valor quando consegui.
A cada palavra, sentia como se algo estivesse perfurando-a.
— Não pense que tudo que aconteceu foi passageiro para mim, porque não foi. Eu nunca vou esquecer seu sorriso de criança, suas manias, os momentos que passamos juntos... Nunca vou esquecer você, .
— Nada foi passageiro, meu amor, mas tudo tem um fim. Nada nessa vida é para sempre... — ela desceu e aproximou-se do menino, colocando a mão em sua bochecha rosada. — Nunca vou esquecer a sua gargalhada gostosa, nem suas bochechas vermelhas quando está com frio ou com vergonha. Nunca vou esquecer nada que passamos, porque foi bom. Mas já passou, acabou, se isso tudo aconteceu, foi para nos mostrar que não era para ser. Eu e você... — finalizou, deixando uma única lagrima escorrer do seu olho esquerdo.
— Olho esquerdo. Você está triste. — o menino limpou o rosto da menina, que sorriu com o gesto. — ... Me desculpa pelo que eu disse aquele dia?
— Qual dos dias?
— Aquele que... — respirou fundo. — Eu desejei que você fosse embora e que nunca mais aparecesse na minha frente.
— Parece que você queria mesmo isso, né?! — sorriu e fez um carinho na nuca do garoto.
— Não, , eu nunca quis isso de verdade.
— Mas como eu te disse, Niall, cuidado com o que você deseja. — deu um beijo na testa do menino, antes de destrancar a porta do banheiro.
— Eu te amo muito, princesa... — e foi a última coisa que ouviu antes de sair e passar reto pelo outro casal que conversava, saindo e indo para algum lugar em que pudesse deixar suas lágrimas caírem livremente.

//

Harry e

— Fale, coisa descabelada! — disse, descontraída.
— Vou sentir falta de você me chamando assim. — olhou para a menina parada na sua frente. — É... E também vou sentir falta do cheiro do seu cabelo no meu peito quando acordar. — se aproximou e pegou uma mecha do cabelo da menina, que fechou os olhos e respirou fundo. — Vou sentir falta de você brigando comigo, dos seus berros... — deu uma risada nasalada. — Vou sentir falta da sua presença, , assim como de ter alguém para dizer “eu te amo”. — sussurrou a última parte.
Quando ouviu isso, a menina pareceu ter acordado do seu transe, e então se virou de costas.
— Isso você acha rapidinho, Harry, qualquer uma rasteja no asfalto quente para ouvir um eu te amo seu. — e passou a mão na bochecha, limpando a lágrima que havia deixado cair.
— Não quero dizer isso para qualquer uma, , eu vou sentir falta de dizer isso para você! — o garoto a abraçou por trás.
— Harry, não deixa isso mais difícil do que deve ser, por favor.
— Não tem como, , eu estou sentindo como se um pedaço de mim estivesse indo embora, como se tivessem tirado meu coração de dentro do meu peito.
— Você está fazendo tudo de novo, Harry, para, por favor... — a menina disse com a voz embargada pelo choro.
— Fazendo o quê, ?
— Sendo egoísta. — Harry então se afastou da menina, dando dois passos para trás.
— Eu... , eu... — a menina virou-se, agora ficando de frente e então Harry teve a chance de olhar diretamente nos olhos da menina e dizer: — Eu te amo, .
A garota respirou fundo duas vezes e continuou olhando nos olhos que insistiam em tirar-lhe a concentração. Como em um filme, cenas passaram pela sua mente: cena dos dois rindo, dela batendo no garoto, dele fazendo-a rir com coisas idiotas e comentários sem sentido... Como viveria sem isso a partir de agora?
— Eu também te amo, Harry, te amo muito, isso é extremamente fácil de falar. — se aproximou e pegou nas duas mãos do garoto. — Mas quem sabe isso não foi um aviso do destino?
— Aviso? Que tipo de aviso?
— Temos duas opções: ou o destino fez isso, para mostrar que nosso futuro não está entrelaçado e que devemos ficar separados ou... — deu uma risada nasalada. — Ou queria nos mostrar que ainda não estávamos prontos para isso e que devemos viver mais um pouco, para aprendermos como lidar com esse sentimento e descobrirmos a hora certa para cada coisa.
— Então podemos um dia ficar juntos? — o garoto perguntou, acariciando as costas da mão da garota com os seus polegares.
— Quem sabe, Harry? — se aproximou e deu um beijo na bochecha do menino. — Tchau, coisa descabelada! — e então soltou suas mãos das dele e foi se distanciando, indo em direção à porta da cozinha e saindo pela mesma.
— Ainda vou te ter comigo, . — foi o que ouviu, quando fechou a porta atrás de si e respirou fundo, sabendo que a partir de agora tudo mudaria na sua vida e que teria que abrir mão desse sentimento que a fazia tão bem.

//

Os corações estavam explodindo, o sentimento da perda estava aflorado e as duas olhavam para fora da janela, vendo a bendita chuva. Nada melhor do que isso, claro. Nada mais sombrio do que isso. Nada mais idêntico ao estado interno de ambas.
Niall terminava de colocar a última mala no porta-malas. Harry adentrava o carro e logo o loiro fez a mesma coisa, sem olhar para trás. Sem ver as duas na janela, os olhando com lágrimas nos olhos.
E dessa vez, o feitiço se virou contra as feiticeiras... — desviou o seu olhar e virou de costas para a janela.
, nunca uma frase de vó sua fez tanto sentido, como agora. — se abraçaram e resolveram procurar sair para se distraírem. Afinal, ainda estavam em Nova York e havia muito a se fazer.

Capítulo bônus
Nobody compares to you!

Já começamos explicando que cartas não são o nosso forte e que nos inspiramos em vocês, por ideia da . Sim, ela. Culpem-na.
Todo esse tempo com vocês foi bom, a gente tentou...
Isso é gay demais, dá licença.
Mas enfim, a gente tentou. Eu sei que se irritaram, poxa. Claro, isso estava realmente maçante e sabemos que vocês têm uma vida fora da profissão, àquela que fizemos o favor de tirar de vocês, também. O que nos lembra: o coração está bem guardado. ;)
Nossa, pensando assim, fomos bem #@$&¨*¨* (sem palavrões, Paynes à vista).

Tá, chega dessa biolagem dupla, vamos para as individuais. Deixa-nos menos tímidos - falamos chique, né? Esse corretor do Word é demais! (Outra coisa: seria impossível entender a nossa letra, então digitamos. Somos modernos).

Harry

Vou começar mandando o recado para , porque aí não fica clichê, HÁ! Então, , sabe que eu gosto muito de você, né? Por favor, cuida da para mim? Por mais que eu saiba que é sempre ao contrário, que você é uma criança que precisa ser amparada e precisa de amor e carinho, prometa que sempre estará ao lado dela, sendo essa amiga que ela tanto ama?
E ... Um dia eu sei que iremos nos encontrar novamente, ou por intervenção divina, ou por qualquer outro tipo de intervenção (menos da , porque eu acho que ela nunca mais vai querer ajudar nem o Niall e nem eu, quando o assunto for a ou você), mas eu sei que iremos nos ver e eu tenho certeza de que eu ainda vou sentir como se meu coração quisesse saltar do peito e ir em sua direção. Nunca vou te esquecer, pode ter certeza disso. Assim como nunca vou esquecer cada palavra que saiu da sua boca, com o intuito de me transformar em uma pessoa melhor e eu prometo que eu vou mudar. Não só por mim, mas sim por você que me fez perceber o quão egoísta e ingrato sou com algumas pessoas que passam pela minha vida...


Algumas notas

- Espero que você consiga realizar seu sonho de fazer faculdade;
- Você estava linda com aquele vestido de M&M’s;
- Você sabe que eu nunca acreditei em amor à primeira vista, mas acho que você me fez acreditar em amor ao primeiro soco...
- Eu te amo de verdade, , e pode ser que fiquemos juntos num futuro próximo, ou distante, mas eu sempre serei seu Harry e você sempre será minha , porque ninguém se compara a você!


Harry Edward Styles x

Niall

Nunca desejei que as coisas chegassem a esse ponto, , me desculpa. Espero que você seja feliz no seu novo caminho... Torço de todo o coração para que você consiga realizar todos os seus sonhos e... Não, eu não vou começar com aquele blá, blá, blá de “espero que você encontre alguém que você ame e que mereça seu amor e nhé, nhé, nhé”, porque eu sei que um dia vamos ficar juntos! Você não disse que quando um pedido é feito com muita fé, ele se realiza? Pois é, o que eu mais tenho pedido ultimamente é para que você seja minha, e um dia, eu sei que a estaremos juntos, não importa quanto tempo passe, , você vai continuar sendo a única menina que eu amei e que eu sempre vou amar.

Momento das notas

- , não pense que eu me esqueci de você, menina! Obrigada pelos puxões de orelha que você deu no Harry, acho que por sua culpa ele finalmente vai pensar em tudo que ele fala e faz;
- , você estava muito fofa e amarela com aquela roupa de M&M’s;
- Irei pelo menos uma vez no mês alimentar pombos nas praças, , só porque você me ensinou que por mais que eles sejam animais do mal (nem tanto), eles merecem serem alimentados;
- E, por fim, a nota mais importante: você sempre será minha princesa, , porque ninguém se compara a você!


Niall James Horan x

As amigas se entreolharam, olharam novamente para a carta e se abraçaram, sem saber se sorriam ou choravam. Tudo tinha sido programado para elas, simplesmente não era somente para irem refazer o check-in do hotel, era saber, também, que os caras da vida delas iriam lutar por elas, assim como lutavam para segurar a dor sem eles por perto a cada dia.

When you smile baby tell me how to make it right
Quando você sorri, baby, me diga como fazer isso certo
(...)

We’re so Paris when we kiss when we kiss
Nós somos tão Paris quando nos beijamos, quando nos beijamos
I remember the taste of your lipstick
Eu me lembro do gosto do seu batom


Epílogo


“— Eu te amo.
Ela queria falhar nesse momento.
— Para, Niall... Acabou. — o encarou bem fundo nos olhos, tentando transpassar a dor que sentia em cada cagada que fizessem.
Queria que ele prometesse que ia confiar nela na próxima, e que cumprisse, mas sabia que não ia ocorrer, ele não entenderia a necessidade dela de promessas cumpridas.
— Não até que o último desista, e eu não desisti disso. — se levantou e começou a se aproximar, para tentar pegar em sua mão. Mas ela não permitiu, chacoalhando a cabeça para voltar de seu transe.
— Disso o quê?
— Das quatro pessoas: Eu e você, você e eu.”

“— Harry, vamos voltar, eles devem... — tentou se levantar, mas o garoto a puxou de volta.
— Esquece o resto pelo menos uma vez na vida! Eu já perdi você uma vez porque dei ouvidos a outras pessoas e não ouvi você, por favor, quero a verdade saindo da sua boca dessa vez. Você ainda me ama ou não?
— Mais do que tudo na minha vida.”

Fim!


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