Escrita por: Srta. Xavier | Beta-reader: Tatiane


Manhattan, New York.

- ! ! – eu batia incansavelmente na porta do , meu melhor amigo e sócio – , ABRE ESSA PORTA! – então, eu ouvi a porta sendo destrancada.
- Caralho, ! Quer arrombar a minha porta é?
‘’Acho que alguém ficou com raiva.’’, ri em pensamento.
- Se fosse preciso – ri e ele me olhou com raiva – Anda! Você tem que se arrumar – sai entrando. Não preciso de permissão, somos amigos desde criança.
- Por quê? – fechou a porta atrás de si.
- Por isso – entreguei-lhe o envelope – Feliz aniversário, irmão! – dei um tapa no seu ombro. Ele riu.
- , você está... – olhou para o relógio, que marcava dez e quarenta e quatro da noite. – uma hora e dezesseis minutos adiantado.
- Só abre... – ri. Ele abriu e olhou para mim – E aí?
- Você está me dando uma passagem de avião para Las Vegas? – riu.
- Mas é um burro mesmo... – ri – Estou te dando um final de semana em Las Vegas com tudo pago – então, ele sorriu de orelha a orelha – No melhor hotel, com o melhor cassino e com assentos de primeira classe.
- Cara... – me abraçou – Obrigado, isso é demais! O melhor presente que alguém poderia me dar.
- Eu sei, sou demais – correspondi seu abraço – Mas, agora, vamos você tem que se arrumar e fazer a mala, o nosso voo sai meia noite e quinze – dei uns tapinhas em suas costas. Ele me largou e me olhou confuso.
- Nosso? – arqueou a sobrancelha.
- É, seu filho da mãe egoísta. Ou você achou que só você curtiria essa?
- Sim!
- Mas é muito filho da puta mesmo, não é não? Eu deveria pegar isso de volta... – tentei pegar as passagens de volta, mas ele levantou a mão. Claro que eu fiz isso brincando.
- Nem fudendo. Fala aí, quem mais vai? – abaixou o braço.
- Eu, lógico – rimos – , , Lauren e... a Brittany.
- A Brittany vai? – arregalou os olhos.
- Vai – assenti – Cara, deixa de agir como um virgem de quinze anos e parte logo para cima, pelo amor deus – rolei os olhos. Não aguento mais ele falando o quanto ela é linda, cheirosa, gostosa... Eu sei, porra! Ela é uma Angel da Victoria’s Secret. Feia que ela não pode ser, né?!
- Fácil para você falar, né?! Você é um sem coração – ih... começou – desalmado. A Lauren é louca por você e você nem aí para ela.
- ... Para começar, com aquela garota, eu só quero saber de uma coisa e eu já consegui – ele rolou os olhos – Ela é muito interesseira e você sabe disso.
- Tá, vai... Talvez, eu tenha exagerado. Mas isso não muda o fato de que para você é mais fácil – suspirou.
- Por que para mim é mais fácil?
- Porque você sabe como agir com as mulheres e eu... Não.
- , meu irmão – coloquei a mão em seu ombro – para de agir feito um gay e honre essa coisa que você tem entre as pernas que você chama de pinto – rimos.
- Tá, tá bom! Eu vou falar com ela.
- É assim que se fala. Agora, corre para se arrumar, porque já são – olhei para o relógio – Onze e nove? Corre, vai!
Ele subiu as escadas correndo e eu sentei no sofá e liguei a TV. Peguei meu celular e chamei um táxi. Uns vinte minutos depois o taxista chegou e eu pedi para esperar, mais uns dez depois e desceu.
- Aleluia! – levantei as mãos.
- Anda, vamos logo! Já são onze e trinta e nove. – pegou as chaves e foi em direção à porta.
- Ah! Agora você está com pressa?! – ironizei.
- Anda, ! – trancou a porta e entramos no táxi. Dentro do mesmo, eu o olhei e ele parecia nervoso... Mas estava todo perfumado e arrumado. Com uma calça jeans escura, um vans preto e uma camisa cinza de manga longo, que dobrou e deixou no meio dos antebraços.
- Essa arrumação toda por algum acaso é para uma pessoa chamada Brittany? – arqueei a sobrancelha.
- Cala a boca, – disse e voltou a roer as unhas.
- Hmmmm... – ri e muito.
Passei a viagem provocando-o e rindo da sua tentativa frustrada de demonstrar que não estava nem aí.
Chegamos ao aeroporto quinze minutos depois e fomos correndo fazer o check-in. Ainda bem que a essa hora, quase não tem ninguém no aeroporto. Fomos para o portão três, onde embarcaríamos e encontramos nossos amigos lá.
- Ainda bem, senhor! Achei que vocês não viriam mais... – Lauren disse visivelmente nervosa, para falar a verdade acho que todos estavam.
- Foi mal aí, pessoal! Mas é que alguém tinha que se arrumar – olhei para .
- Ah qual é?! Sou o aniversariante, tenho que ficar gato – abriu os braços e apontou para si mesmo. Rimos.
- Falando nisso... , já são meia noite e três. Parabéns! – Brittany o abraçou e ele retribuiu vermelho feito um pimentão. Mas é um gay mesmo... A garota está completamente na dele e ele fica de viadagem.
- Obrigado! - Parabéns, amor! – fez uma voz afeminada e o abraçou, ou melhor, pulou no .
- Parabéns, gostoso! – entrou na brincadeira e pulou nos dois, os abraçando. Não aguentei e comecei a rir, sendo seguido pelas meninas.
- Obrigado, meus amores – disse entre risos, também fazendo uma voz afeminada.
- Pessoal, estamos em público, deixem isso para quando vocês estiverem entre quatro paredes – disse.
- Não fique com ciúmes, amor. Você sabe que é a minha favorita de todas – me abraçou de lado.
- , querido, assim eles vão descobrir – fiz a mesma voz que eles e rimos.
- Tá, chega. – Lauren disse rindo – Agora, eu também quero parabenizar o aniversariante – abraçou – Feliz aniversário, .
- Obrigado, Lauren! Obrigado, galera por terem vindo e... – virou-se para mim – obrigado, irmão por tudo!
- Que isso, cara! – nos abraçamos.

‘’Última chamada do voo 503 com destino a Las Vegas, embarque imediato pelo portão três.’’

- Então, vamos lá! – Paolo disse. Entramos no avião e o se sentou. Eu deveria me sentar ao lado dele, mas tive uma ideia.
- Britt, você pode trocar de lugar comigo? – me olhou assustado e ela confusa – É que eu ronco demais e isso sempre incomoda o – então, todos a olharam.
- Claro! – respondeu tímida. E se sentou ao lado dele.
- Você estava querendo ajudar o seu amigo ou se sentar ao meu lado? – Lauren sussurrou no meu ouvido. Me virei para ela que me encarava com uma cara maliciosa.
- Na verdade, Lauren, quem vai se sentar ao seu lado é o – apontei para o mesmo, que me encarou assustado. Já falei para vocês que ele tem uma queda por ela? Não? Pois, então agora falei.
- Eu? – apontou para si próprio.
- É... Se esqueceu que Paolo também ronca ou você vai querer sofrer aí do lado dele?
- Ahn... Não! Não...
- Então, é bem mais fácil deixarmos eu e o junto, que assim não incomoda ninguém, né?!
- Mas, você não vai me incomodar, ! – Lauren respondeu.
- Mas, eu vou me sentir mal e vou acabar não conseguindo dormir, porque eu vou ficar com medo de te incomodar. E você não quer que eu fique cansado, quer? – a segurei pelo queixo e fiz uma cara um pouco safada.
- Não! – sorriu – Tudo bem. Pode ir lá com o .
- Obrigado! – sorri e me sentei ao lado do .
- Se safou dessa, hein?! – o mesmo riu.
- Pô, cara, nem fale isso alto... Vai que ela escuta! – rimos.
- Pelo menos, parece que seu plano deu certo – apontou com a cabeça para o lado, onde estavam e Brittany, que riam e conversavam animadamente.
- Vamos ver se agora sai alguma coisa...
- Tomara né?! – rimos.
‘’ Boa noite, senhoras e senhores, passageiros... ’’ A aeromoça (Que é bem gostosa por sinal) começou a falar e o avião a decolar. Alguns minutos depois, peguei no sono, mas acordei com um barulho muito alto vindo do meu lado. Olhei para o mesmo e vi que era o Paolo roncando bem ao pé do meu ouvido.
- Caralho! Esqueci que ele ronca mesmo... – coloquei a mão no rosto.
- Se fudeu! – sussurrou rindo para mim. Brittany dormia em seu ombro. Mandei-lhe o dedo do meio. Depois de algum tempo consegui dormir.

Acordei com o me balançando.
- Acorda, ! – abri os olhos – Mas, vocês ficam tão bonitinhos assim...
‘’O que ele quis dizer com isso?’’, perguntei a mim mesmo. Olhei para lado e vi que estava com a cabeça no meu ombro e com o braço esquerdo no meu peitoral. ‘’Mas, que porra...?’’
- Sai, – dei um tapa no seu rosto.
- O que? Onde? – acordou assustado – Já chegamos?
- Já – disse rindo, enquanto mexia no celular – E enviar para todos – apertou um botão no celular.
- O que você está fazendo? – arqueei a sobrancelha.
- Nada, só enviei essa foto para todo mundo – me mostrou o celular que tinha uma foto minha e do dormindo abraçados.
- Filho de uma puta! Agora você me paga – então, Paolo e eu começamos a correr atrás dele.
Depois que levou uns bons tapas meu e do , pegamos um táxi e fomos para o hotel.

The Palms Casino Hotel, Las Vegas – Nevada.

No (hotel, fizemos o check-in e fomos cada um para seu quarto dormir, afinal ainda era cinco e pouca da manhã.
Acordei com algum barulho muito chato, olhei para o lado e vi que era meu celular. Na tela ficava piscando ‘’’’.
- O que foi? – perguntei com a voz rouca por causa do sono.
- O que foi? Acorda, desgraçado! Vem almoçar! – praticamente gritou do outro lado.
- Almoçar? – olhei para o relógio e percebi que dormir demais.
- É, cara. Já são duas e quarenta e três da tarde.
- Tá! Tô descendo! – desliguei o celular e o coloquei na cômoda de volta.
Levantei e fui cambaleando até o banheiro. Dentro do mesmo, fiz minha higiene matinal e tomei um banho rápido. Coloquei minha boxer, um jeans claro, um vans preto e uma camisa branca. Passei meu perfume e sai do quarto. Apertei o botão do elevador e esperei um pouco, porque demora o elevador sai do térreo e chegar até o meu andar, que é o décimo.
Entrei no elevador, o qual estava vazio e encostei-me à barra que tinha ali. O elevador parou e eu bufei. Provavelmente, alguém vai entrar. Olhei o visor, que marcava que estava no sétimo, e as portas se abriram. Então, eu vi uma mulher com cabelos negros que batiam na altura dos seios, com uma saída de praia preta até ao pé, que marcava seu corpo por completo (e que corpo!) e ainda deixava um pouco a mostra seu biquíni vermelho, em uma mão segurava uma bolsa branca e azul também de praia e na outra estava com um óculos ray-ban preto. Ela estava de cabeça baixa e ainda por cima com um chapéu enorme preto, então não conseguia ver seu rosto. Ao ver que as portas se abriram, ela levantou o rosto e... Cara, muito linda! Eu não estou exagerando não. Um cara, que estava no corredor atrás dela, ficou a secando de cima a baixo.
Ela me olhou com seus grandes olhos azuis e eu me ajeitei. Quero dizer, eu estava todo largado ali, encostado (lê-se: jogado) na barra e ao ver aquela deusa tive que me ajeitar.
- Boa tarde! – me cumprimentou, com certo sotaque, ao entrar no elevador. E que porra de voz sexy é essa?
- Boa... – pigarrei. Minha voz falhou – Boa tarde! – as portas se fecharam e ela ficou perto dos botões, ou seja, na minha frente, ou seja, ela não estava me vendo, ou seja, me permiti observar aquele corpo maravilhoso (risada maléfica). Mas, meus olhos focaram-se em um ponto só: sua bunda!
‘’ Caralho que bunda!’’, pensei.
- O senhor está ciente que o elevador é todo espelhado, - pronunciou e virou o rosto de leve, ainda sem me olhar – não está?!
‘’Merda!’’
- Desculpe – pedi e abaixei a cabeça. Mas, que merda! Ela viu.
- Tudo bem. É sempre bom sabermos que somos desejados – virou o rosto para mim, me analisou de cima a baixo e sorriu maliciosa – Não é mesmo?
- Com certeza! – devolvi-lhe o sorriso. As portas se abriram, ela colocou os óculos e saiu. E eu fiquei que nem um idiota sorrindo malicioso e vendo-a sair rebolando.
- Ah, meu Deus! – mordi o lábio. As portas do elevador já estavam quase fechando, quando eu saí. Caminhei em direção ao restaurante e estava todo mundo lá.
- Chegou o senhor dorminhoco! – levantou as mãos.
- Boa tarde! – respondi com um sorriso de orelha a orelha.
- Pô, aleluia, Senhor! Garçom! – Chris comemorou e tratou logo de chamar o garçom.
‘’Esfomeado!’’, zoei em pensamento.
- Ué, vocês ainda não pediram? – sentei perto do e do .
- Alguém aqui falou que tínhamos que esperar por você – olhou para o .
- Boa tarde! O que gostariam de pedir? – garçom perguntou. Fizemos os nossos pedidos, comemos, conversamos e rimos.
Depois do almoço, as meninas decidiram fazer compras e nós de irmos para o bar. No bar, pedimos um uísque e ficamos conversando até por volta das 20:00 horas. Então, voltamos para os quartos e fomos nos arrumar. Combinamos de nos encontramos vinte e umh00min horas no cassino.

Cassino do hotel The Palms, Las Vegas – Nevada.

- Então, onde vamos jogar primeiro? – perguntou. Já estávamos todos no cassino, de (smokings e vestidos (as meninas. É lógico).
- Eu não sei vocês, mas eu vou ao roullete primeiro – respondi.
- Ah então, eu vou com você - Lauren me disse.
- Você vai jogar? – arqueei a sobrancelha.
- Não. É que falam que eu trago sorte às pessoas. Quem sabe eu não te trago sorte – sorriu maliciosa.
- Tá, tudo bem! Mas alguém vai? – dei de ombros.
- Não, pode ir lá. Eu vou no vinte e um – respondeu.
- Ah cara... me espera para a gente ir no vinte e um junto... – ‘’para eu te tirar um dinheiro’’, completei mentalmente. Fazer o que se eu sou bom?!
- Nem morto. Com você não jogo mesmo – não falei que sou bom?!
- Tá... Então, eu vou lá depois.
- Pode ter certeza, que não estarei mais lá – rimos.
- Vamos, ? – Lauren puxou meu braço.
- Vamos.
Ganhei uns cinquenta mil dólares no Roullete, mais oitenta mil no Bacarat e mais trinta mil no Stravaganza, ou seja, um total de cento e sessenta mil dólares. Isso tudo com a Lauren no pé. Ô mulher chata, viu?
Finalmente, fui jogar vinte e um. Quando cheguei lá, já tinha uns três homens sentados, um parecia ser da minha idade, senão mais novo (e eu jurava que já tinha o visto em algum lugar, provavelmente aqui no hotel) e dois deles, que aparentavam ter por volta de cinquenta anos, estavam com acompanhantes, ou seja, prostitutas de luxo. Como eu sei? Bom, eles são velhos e gordos, e elas são peitudas e gostosas com roupas curtas... Preciso falar mais? Foi o que eu pensei. Enfim... o jogo precisa de no mínimo duas pessoas para jogar. A mesa é composta por cinco cadeiras, já tinha três, comigo quatro, então só sobrava mais uma.
- Ainda tenho mais uma cadeira vaga. Quem quer jogar vinte e um? – o dealer gritar, atrás de outro jogador.
- Por que você não joga, Lauren? – me virei para Lauren, já que eu estava sentado e ela em pé. Sim, ela ainda estava atrás de mim.
- Porque eu não sei jogar, ! – claro que não sabe!
- Então, por que você não vai lá falar com a sua irmã, com os caras ou jogar algum algo que te interesse? – falei, enquanto desabotoava meu blazer.
- Porque eu tô aqui para te trazer sorte – respondeu como se fosse à coisa mais óbvia do mundo.
- Mas eu não preciso de sorte nesse jogo e sim de concentração.
- Ai, ! Eu só quero te fazer companhia, não posso?
- Tá, tanto faz! – dei de ombros e bebi meu whisky.
- Vamos lá, pessoal! Só preciso de mais uma pessoa para completar a mesa – o cara continuou a gritar.
- Eu jogo. – escutei uma voz com um tom forte de sensualidade vinda atrás de mim. Dei uma breve olhada para o lado, para saber quem era e encarei a dona da voz.
‘’É ela! A mulher do elevador’’. Só que agora ela está com um longo (vestido vermelho, que marcava seu corpo maravilhoso e um lenço, xale, véu... Sei lá que porra é aquela. Enfim, alguma coisa de seda vermelha tampando o seu busto (o que me deixou chateado).
- A partida está em dez mil dólares, senhora – o dealer disse.
- Não vejo problema nisso – retirou dez mil da bolsa preta, sorriu e entregou ao homem.
- Então, vamos jogar vinte e um! – o homem começou a organizar o jogo e ela bebeu sua bebida.
‘’Aquilo ali é uísque?’’, questionei-me. Não... Não é mesmo! Ela tomou e nem fez careta... Será que é? Ela olhou em sua volta e seu olhar parou em mim. Deu um sorriso de lado e acenou de leve com a cabeça, o qual eu retribuí do mesmo jeito.
- Você a conhece, ? – Lauren sussurrou para mim.
- O que? Ah... Não! Estou apenas sendo educado. – eu tinha até me esquecido da Lauren. Olhei em volta e percebi que todos os homens a encaravam com olhares nada inocentes.
O jogo começo e ela ganhou a primeira partida.
- Parabéns, a senhora ganhou! – o homem a parabenizou sorridente. Eu quase engasguei com o uísque, quando ele falou. Enquanto Lauren dava leves tapinhas nas minhas costas, todos me observavam com certa preocupação. Exceto ela que me olhou e sorriu.
- É... Eu percebi – disse ela sorrindo e bebeu sua bebida.
- O senhor está bem? – o homem me perguntou.
- Estou, obrigado!
- Tudo bem, então, próxima rodada! Todos continuarão? – todos assentiram – Ótimo!
Outra rodada. E eu ganhei dessa vez. Mas só porque ela se distraiu quando foi pegar outra bebida com o garçom que estava passando. E só para constatar era uísque. Eu vi quando o garçom lhe serviu um copo de Jack Daniel’s.
Eu não perco no vinte e um para ninguém, muito menos para uma mulher. Tudo bem que ela é a maior gostosa, mas eu não aceito isso.
- Parabéns, o senhor ganhou! – o homem me parabenizou. Ela me olhou e sorriu. Percebi que o cara do meu lado, o mais novo deles, fechou a cara e me olhou de rabo-de-olho.
- Obrigado!
- Todos continuarão na próxima rodada? – perguntou de novo e todos assentiram.
- Vamos senhores, – ela disse e retirou aquele troço vermelho que lhe cobria o busto – Vamos jogar para valer! – sorriu.
‘’Ai meu Deus...’’, ai é covardia! Como eu vou me concentrar com ela mostrando aquele decote.
- Si-sim senhora! – homem gaguejou. O outro homem que estava ao seu lado, olhou para decote dela e depois para a mesma com um sorriso safado. Ela o encarou sério arqueando uma sobrancelha. Ele ficou intimidado e voltou a prestar a atenção no jogo. Ri sozinho.
Mais uma rodada. Ela ganhou... De novo! Só para esclarecer, eu não consigo me concentrar com um decote daquele na minha frente.
‘’Ah, qual é ?! Você é ! Você não perde!’’, disse a mim mesmo.
Outra rodada. Ela ganhou.
‘’Talvez, eu não perca tanto, né?!’’. Ou ela é muito boa com números. Com certeza, ela está contando. Eu também conto e sempre ganho... quero dizer... pelo visto, quase sempre, né?!
- Parabéns, a senhora ganhou de novo! – aposto que o cara já deve estar cansado de dizer isso a ela – Todos continuarão? – todos assentiram, com exceção dela.
- Eu não – todos a encararam – Para mim já está bom! – bebeu o resto de sua bebida.
- Também acho! – o velho do meu lado murmurou. Me segurei para não rir.
- Senhores, – nos encarou – foi um prazer jogar com todos.
‘’Tirar nossos dinheiros é isso que você quis dizer, né?!’’, pensei.
- Senhoritas, ¬– olhou para as meninas – bom trabalho! – pegou suas fichas, o troço de seda dela e se retirou. Dessa vez, eu não aguentei e acabei rindo.
- O que ela quis dizer com aquilo, ? – Lauren sussurrou. E ri mais ainda. Todos me encararam – Desculpem-me, por favor! – me recompus, tomei o resto do meu uísque e continuei – Também vou parar – abotoei meu blazer e me retirei. Iria atrás dela, mas Lauren segurou o meu braço.
- Aonde você vai? – suspirei.
- Lauren, por que você não vai procurar a sua irmã e me deixa, hein?!
- Caramba, ! Eu já falei, quero te fazer companhia.
- Mais? Lauren, olha... – suspirei – eu não quero ser grosso com você, mas será que pode me deixar em paz só um pouco?
- Não quer, mas já está sendo – cruzou os braços, fazendo manha.
- Não, eu não estou. Grosseria seria se eu te dissesse que você é uma mala sem alça que ficou me importunando a noite inteira. Isso seria grosseria... e verdade!
- Se você não quer a minha companhia, , é só falar.
‘’DE NOVO?’’, me segurei para não gritar com ela.
- Eu não quero sua companhia.
- Ah, grosso! – disse e saiu pisando firme.
- Graças a Deus – ergui minhas mãos! Me virei e...
‘’O que eu ia fazer mesmo? Ah é... Procurar à gostosona.’’, olhei em volta e a vi pegando devolvendo um copo vazio ao garçom. O mesmo fez sinal, como se estivesse oferecendo mais, mas ela negou, virou e me viu. Sorriu de lado e caminhou em direção ao balcão, onde a gente troca nossas fichas pelos cheques. Caminhei até ela e fiquei ao seu lado.
- Sim, por favor! – disse ao homem.
- O senhor também gostaria de fazer a troca? – outro homem me perguntou.
- Por favor – entreguei lhe minhas fichas. Ela me olhou de rabo de olho e sorriu.
- Deve ter jogado em muitos outros para ganhar esse dinheiro – sorriu. Safada, me provocando!
- Apenas em mais três – sorri.
- Então é um bom jogador? – me encarou.
- Sou.
- Exceto no vinte e um.
- Na verdade, sou excelente jogador no vinte e um.
- Não, não. – negou com o dedo – Não foi uma pergunta – sorriu de lado e a encarei sério – Ora, vamos... não fique assim, não podemos ganhar todas. Eu, por exemplo, sou péssima em jogos de sorte, já os que têm matemática... – sorriu.
- Então é boa de conta?
- Digamos que sim.
- Adoraria jogar outra partida de vinte e um com você, mas sem distração dessa vez – olhei para seu busto.
- Não preciso de distração para ganhar, senhor...
- . – estendi lhe a mão, em forma de cumprimento. E ela correspondeu.
- Gracie Foxx – sorriu – ? Da e Corporation?
- Sim.
- Interessante! Não sabia que advogados poderiam ser tão bons em matemática.
- Está afirmando que sou um bom jogador? – sorri.
- Estou lhe dizendo que é um dos poucos que já conseguiu me ganhar – sorriu.
- E a senhorita, em que trabalha? Se me permite perguntar.
- Sou uma física teórica.
- Uau... Então, é por isso que é tão boa com números.
- Matemática é uma dádiva que poucos têm a capacidade de desvendá-la.
- Com certeza.
- Aqui está seu cheque, senhorita Foxx – o mesmo homem que a atendeu, voltou.
- Obrigada! – sorriu e me encarou – Foi um prazer conhecê-lo, senhor .
- Espere! A senhorita não gostaria de tomar um drinque comigo?
- Um drinque?
- Sim. E nós também podemos conversar mais, nos conhecermos melhor.
- E por que o senhor gostaria de me conhecer melhor?
‘’Campos, não vá falar besteira!’’
- Senhor , seu cheque! – o homem que me atendeu me chamou.
- Obrigado! – peguei o cheque e me virei para ela.
- E por que eu não gostaria de conhecer a única pessoa que conseguiu me vencer no vinte e um em anos? – sorri.
- Tudo bem! Creio que um drinque não fará mal – sorriu.
- Então, vamos? – ofereci-lhe o braço.
- Vamos – colocou seu braço sobre o meu e caminhamos até o bar, que era no segundo andar, em silêncio.
- Aqui está ótimo! – parou em uma mesa de dois lugares, que tinha uma vista completa do andar de baixo. Soltei o seu braço delicadamente e puxei-lhe a cadeira.
- Senhorita... – apontei para a cadeira.
- Obrigada! – sentou. Dei a volta na mesa e me sentei em sua frente.
- Garçom! – chamei.
- Boa noite! O que gostariam de pedir? – entregou-nos os cardápios.
- Um uísque com gelo para mim, por favor – respondi e devolvi-lhe o cardápio – E a senhorita?
- O mesmo para mim – devolveu o cardápio ao garçom.
- Volto em breve com seus pedidos – sorriu e se retirou.
- Uma física que bebe uísque... Nossa! Agora, eu realmente já vi de tudo – coloquei os braços sobre a mesa.
- Sim, por quê? Físicos não podem beber uísque? – sorriu.
- Não, claro que podem. Só estou surpreso por saber que uma mulher tão linda como a senhorita bebe uísque e ainda por cima é uma física. Quero dizer, nunca imaginei que físicos pudessem ser tão atraentes.
- E como o senhor...
- Você, por favor. Aliás, não sou tão velho assim. Fiz 30 há alguns meses – interrompi-a.
- Tudo bem. Como você imaginava que os físicos eram? – sorriu.
- Para ser sincero e sem querer parecer machista, – levantei as mãos em forma de desculpas – nerds com óculos fundo de garrafa e camisas de super-heróis.
- Bem, a minha camisa do Flash está lavando, por isso não pude usá-la hoje – rimos.
- Com licença, senhor e senhorita. Seus drinques – o garçom colocou os mesmos em cima da mesa e se retirou.
- E como você se tornou uma física? – perguntei após tomar uma gole do minha bebida.
- Bom, desde sempre fui muito estudiosa e quando eu era mais nova, meus amigos e eu nos juntávamos e fazíamos experimentos físicos por horas e horas. – riu – Então, eu decidi que queria trabalhar com física, foi quando eu me inscrevi na Harvard para conseguir bolsa de estudos e... – deu de ombros – Consegui.
- Uau! Harvard? Isso é incrível!
- Obrigada! – sorriu.
- Deve ter sido difícil? Quero dizer, eu tentei para Harvard, mas não fui aceito – ri da minha própria desgraça.
- Foi... – tomou um gole de sua bebida e continuou – mas o mais difícil mesmo foi deixar todos que conhecia no meu país de origem.
- Hum... – engoli a bebida – era exatamente isso que eu queria te perguntar: de onde você é? Eu tinha percebido um sotaque, mas não reconheci.
- Eu sou do Brasil.
- Brasil? Caramba... Deve ter sido difícil mesmo – assentiu rindo – Eu sempre quis conhecer o Brasil, mas com a vida corrida que levo quase não tenho tempo.
- Você deveria ir, aposto que vai gostar.
- E você irá comigo? – sorri.
- Aposto que conseguirá uma boa companhia.
- Estou tentando – sorri.
‘’Será que ela não percebeu que eu quero que seja a minha guia’’, pensei. Risada maléfica!
- Está aqui com quem, senhor ? – mudou de assunto. Como ela faz para deixar meu sobrenome sexy desse jeito?
- Com alguns amigos. É aniversário de um deles, viemos comemorar.
- E aquela senhorita que estava com o senhor? – bebeu seu uísque.
- É uma amiga. Como eu disse, viemos comemorar o aniversário de amigo.
- Ela me é familiar...
- Ela é modelo da Victoria’s Secrect. Ela e a irmã dela.
- E a irmã dela por algum acaso é aquela morena? – olhou para o andar de baixo. Olhei para o mesmo e vi que ela olhava para uma mesa, onde estava o , , , Brittany e Lauren.
- Sim.
- E qual é o seu amigo que está fazendo aniversário? – ainda olhava para baixo.
- , o loiro.
- ? – olhou para mim – O qual trabalha com você?
- Esse mesmo.
- A morena – olhou para baixo – parece gostar dele.
- Ah... Desses dois eu já desisti. Se gostam, mas são dois lerdos. Em vez, de abrirem logo o jogo e ficarem juntos, ficam de moleza... – ri.
- Às vezes, estão fazendo o velho e bom jogo da sedução – sorriu de lado.
- Vai por mim, eles são lerdos mesmo – ri.
- E como você sabe? – arqueou a sobrancelha.
- Eu simplesmente sei quando uma pessoa está tentando seduzir outra – coloquei os braços sobre a mesa e sorri – E quando está conseguindo – mandei uma indireta. Ela sorriu e bebeu o resto da sua bebida e encostou-se à cadeira.
- Como você e seu amigo conseguiram abrir uma das empresas de advocacia mais famosa do país – perguntou e me encostei cadeira de novo.
- Somos amigos desde crianças, crescemos juntos, estudamos juntos... Quando estávamos na faculdade, decidimos que queríamos abrir uma empresa nossa e abrimos.
- E foi assim? Decidiram e abriram?
- Não, claro que tivemos que batalhar bastante...
- Ah certo! – olhou para seu copo vazio em cima da mesa – Bom, acho que já está na minha hora – pegou o celular e olhou – Amanhã, tenho que pegar o avião cedo.
- Mas já? Fique mais um pouco, pelo menos para mais um drinque... – ‘’por favor!’’, completei mentalmente.
- Acho que já tomei drinque o suficiente por hoje – pegou a bolsa e se levantou.
- Então, vamos jogar de novo – me desesperei. Ah qual é? Não é todo dia que aparece uma gostosona dessa... Tenho que aproveitar.
- Jogar? – riu – Não acha que já tirei dinheiro o suficiente de você, não?!
- Você pode ser melhor que eu com números, mas e no blefe? – levantei encarando-a.
- Pôquer?
- Isso mesmo. Só você e eu.
- Tudo bem – sorrimos. Chamei o garçom e paguei as bebidas. Dirigimo-nos até uma mesa de pôquer e estava lotada.
- Creio que não seremos apenas você e eu – riu apontando para a mesa.
- Acho que tenho um baralho de pôquer no meu quarto – respondi e ela arqueou a sobrancelha – Calma! Nós vamos apenas jogar ou você acha que sou assim tão fácil? – empinei o rosto e ela deu uma gargalhada gostosa. Fomos rindo em direção ao elevador. Mas fui impedido de chegar até ao meu destino por uma mão que me segurou pelo braço. Mas quem é o filho da puta?
- Campos, estava te procurando – disse visivelmente nervoso. Eu não disse que era um filho da puta – Onde você estava? – cruzou os braços.
- Ele estava comigo – Gracie disse saindo de trás de mim e ficando a vista de .
- Ahn... – a olhou de cima a baixo com a boca aberta e descruzou os braços – Ahn...
- Gracie Foxx – ela estendeu a mão e ele continuou encarando-a de cima a baixo.
- cof... cof... aperta a mão dela – fingi que estava tossindo e sussurrei para ele.
- Hã? Ah.... , muito prazer – apertaram as mãos.
- Também é um prazer conhece-lo, senhor .
- Então, , você já vai subir? – apontou para o elevador.
- Gracie e eu vamos jogar pôquer.
- Cuidado, hein senhorita Foxx?! Ele é um excelente jogador no pôquer – riu.
- Foi o que ele me disse do vinte e um – sorriu.
- Espera aí... Você ganhou dele no vinte e um? – Ewan arregalou os olhos.
- Sim – riu – E ganharei dele no pôquer também – me olhou.
- Isso é o que vamos ver – sorri para ela.
- Então, eu vou deixa-los jogar e vou lá contar – apontou para trás de si – para os caras que você perdeu no vinte e um para uma mulher – os dois riram. Não achei graça!
- Hahah’... Muito engraçado, .
- Senhorita Foxx, foi um prazer conhece-la novamente – estendeu-lhe a mão.
- Igualmente – apertaram as mãos de novo – E, aliás, feliz aniversário! – então, ela deu um passo à frente e beijou a bochecha de , que fechou os olhos. Mas é um gay mesmo...
- Obriga-gado – gaguejou.
- Vamos? – Gracie me perguntou.
- Vamos – assenti e me virei para o , que estava com a boca aberta – Até, ! E... – cheguei perto dele – fecha a boca, senão entra mosquito – sussurrei.
Entramos no elevador. E apertei o botão do 10º andar.
- Seu amigo parece ser muito simpático. Quantos anos ele está fazendo? – Gracie perguntou.
- 30 anos.
- Vocês são muito novos para terem uma empresa de advocacia.
- E quando anos você tem? – ri.
- 26.
- 26? Você não acha que é muito nova para trabalhar com física? – retruquei sua pergunta.
- Não tenho culpa se entrei na faculdade aos 16 anos.
- E eu não tenho culpa de ser tão bom no que faço – rimos.
O elevador parou e saímos do mesmo. Caminhamos em direção ao meu quarto, abri e dei passagem para ela e acendi a luz.
- Então, cadê o baralho? – colocou a bolsa e o troço de seda, que eu ainda não sei o nome, na cômoda.
- Na mala, vou pegar. – abri a mala e procurei – Aqui! – mostrei o baralho a ela.
- Então, vamos jogar! – se sentou na cadeira da mesa.
- Vamos – me sentei em sua frente.
- Pronto para perder mais algum dinheiro, senhor ?
- Por que a gente não aposta outra coisa em vez de dinheiro? – sugeri.
- Tipo o que? – arqueou a sobrancelha.
- Tipo... – comecei a embaralhar as cartas – o perdedor deverá fazer tudo àquilo que o ganhador dizer.
- Tudo o que ganhador dizer? – arqueou a sobrancelha, estranhando a sugestão – Não acha que é um pouco demais?
- Está com medo do eu vá exigir, Gracie? – sorri de lado.
- E quem disse que você vai ganhar?
- Então, não há o que temer.
- Não estou com medo. Apenas acho um pouco exagerado. Que tal... – inclinou-se, colocando os braços sobre a mesa – um desejo?
- Um desejo? Como assim? – arqueei a sobrancelha. Agora foi a minha vez de estranhar a sugestão.
- O perdedor deverá realizar um desejo do ganhador. – numerou com o dedo indicador – Apenas um!
- Gostei! – sorri – Fica mais excitante.
- Uma partida e um desejo.
- Combinado! – estendi a mão e ela o correspondeu. Apertamos as mãos como selamento da aposta – Apostado. Que vença o melhor! – sorri.
- Que vença a melhor! – sorriu e distribuiu as cartas – Vamos jogar pôquer!
Começamos a jogar e tenho que admitir ela é muito boa (Sintam a duplicidade). Em certas ocasiões, Gracie conseguia me enganar perfeitamente, mas ninguém é melhor no pôquer do que eu.
Olhei para minhas cartas e sorri. Ela também parecia bem feliz com suas cartas, mas é simplesmente impossível que o jogo dela esteja melhor que o meu.
- Desiste, Gracie? – olhei para ela e a mesma balançou a cabeça negando.
- Não mesmo! – sorriu.
- Mostre-me, então seu melhor!
- Falou tudo, ! Meu melhor – sorriu e abaixou as cartas, depositando-as na mesa – Um Straight Flush! – sorriu largamente. Filha da mãe! Não falei que ela é boa?! Mas, como eu disse ninguém é melhor do que eu.
- Belíssimo jogo. Parabéns! – fingi ser derrotado e ela sorri mais ainda (cara, ela tem um sorriso muito lindo!) – Mas espere... O que é isso na minha mão? – olhei para a mesma – Um perfeito... – abaixei as cartas – Royal Flush – sorri de orelha a orelha ao ver a cara de surpresa dela.
- Como...? – sussurrou.
- Como eu disse, Gracie: você pode ser boa no vinte e um, mas eu sou o melhor no pôquer.
- É o que parece... – encostou-se a cadeira – Então, vamos ao prêmio! – cruzou as pernas, mas eu não consegui ver nada por causa do vestido. Já estou ficando com raiva dele – Mas lembre-se, você tem somente um desejo. Pense bem no que vai pedir.
- Ok! – coloquei a mão no queixo e fiz pose de pensante. Ela sorriu e mordeu o lábio inferior. Fiquei um tempo encarando aqueles lábios carnudos e bem desenhados, até que decidi qual seria o meu desejo.
- Eu quero poder beijá-la – pedi encarando seus olhos. Ela pareceu surpresa por eu pedir e não exigir, como ‘’eu quero um beijo’’. Mas não é isso que eu quero. Eu não quero que ela me beije simplesmente por causa da aposta. Se eu pedisse isso, eu levantaria e a beijaria, como se tivesse pegando o meu ‘’prêmio’’. E isso, com certeza, eu não quero. Eu quero que Gracie me permita beijá-la, pois se ela me permitir, quer dizer que ela também quer e retribuirá.
Gracie pareceu entender o meu pensamento e sorriu, assentido vagamente com a cabeça. Levantei-me e fui em sua direção, ofereci-lhe a mão em um pedi mudo para ela se levantar, o qual foi respondido pela mesma que segurou minha mão e se levantou.
Ficamos cara a cara, olho a olho. Minha mão foi subindo pelo seu braço lenta e delicadamente, contornando seu ombro até chegar à nuca, onde ela parou e a segurou firme junto com alguns cabelos, que por ali estavam. A outra mão ficou em sua cintura, segurando-a e fazendo um carinho delicado com o polegar. Nossos olhares não se desviavam por nada e eu podia ver perfeitamente o desejo através dos seus. Tenho certeza que os meus a passavam o mesmo. Suas mãos foram até aos meus ombros, juntando nossos corpos... E pela primeira vez, desviei meus olhos dos seus para encarar seus lábios entreabertos em um pedido mudo para ser tocados, e voltei a encará-la. Ela estava olhando os meus lábios antes de subir seu olhar de encontro ao meu. Passei a língua por meus lábios sedentos de desejos, rocei de leve nos seus e a beijei. No começo, foi um beijo sem língua, apenas nossos lábios se tocando, sentindo um ao outro, sentindo a maciez um do outro... Encerramos o beijo lentamente e nos encaramos. Podia ser visto claramente em nossos olhos o desejo de aprofundarmos o beijo. Então, voltamos a nos beijar, porém dessa vez de uma maneira mais feroz, mas ainda com toda a sensualidade do primeiro beijo.
Suas mãos, antes nos meus ombros, agora estavam entre meus cabelos, segurando-os e puxando-os firmemente. Fui empurrando-a delicadamente em direção à mesa, coloquei minhas mãos em sua cintura e a pus sentada sobre o objeto. Fiquei entre suas pernas e as acariciei sobre o vestido. Gracie logo tratou de tirar meu blazer e jogá-lo longe. Suas mãos, agíeis, puxaram minha camisa, que estava dentro da calça, para cima, tirando-a da mesma e acariciaram minha barriga por baixo da camisa. Gracie passou suas mãos pelas minhas costas, barriga e peitoral arranhando e fazendo um carinho gostoso por todo o caminho e seguiram para a parte de fora da camisa desabotoando-as. E logo, em seguida, minha camisa foi fazer companhia a meu blazer, ou seja, em algum lugar do chão. Ela começou a deslizar suas unhas de leve em minha barriga, fazendo-me contraí-la... Empurrou-me de leve para trás e saiu de cima da mesa num pulo. Encerrei o beijo e a olhei sem entender, ela sorriu maliciosa e me guiou até a cama, onde me jogou. Apoiei-me sobre os cotovelos de frente para ela e continuei a encará-la. Ela levou suas mãos às costas e eu entendi foi nada, até que o vestido deslizou delicadamente sobre seu corpo, chegando ao chão. Fiquei encarando-a agora com a boca aberta, completamente vislumbrado com ela. Gracie estava vestindo nada mais que umas meias 7/8 pretas com uma cinta-liga e calcinha também preta. Os seios nem tão grandes, mas também nem tão pequenos, na medida certa, estavam à mostra apenas me deixando ainda mais louco. Engoli a baba que já estava se formando em minha boca e sorri maravilhado. Chamei-a com a mão, ela engatinhou pela cama até ficar sobre mim ainda com o mesmo sorriso malicioso (Isso sem quebrar o contato visual) e me beijou ferozmente. Gracie me empurrou, encerrando o beijo e deitando-me sobre a cama, e arranhou desde meu pescoço até minha barriga com uma mão (só para deixar bem claro, eu fiquei extremamente arrepiado com isso), parando na minha calça social, onde tirou o cinto. Sentou em meu colo, com uma perna de cada lado, puxou meu rosto de encontro ao seu, fazendo com que eu ficasse sentado, e me beijou novamente. Minhas mãos foram diretamente para sua bunda (Minha parte favorita em uma mulher) e a apertou sem o menor pudor, enquanto as suas estavam em minhas costas arranhando-me sem piedade (com certeza, ficariam marcas. Mas quem disse que eu ligo? Eu não! Arranha, gatinha...).
Não é por nada não, eu estou amando (e muito!) estar sobre o controle dela, mas está na hora de virar o jogo. Então, tirei minhas mãos de sua bunda e as pus sobre sua cintura, onde a segurei firmemente e inverti o jogo. Agora, ela estava deitada e eu fiquei por cima. Encerrei o beijo e ataquei seu pescoço tão macio e que emanava um perfume maravilhoso (Chanel, Nº5; eu arriscaria. Combina com ela: elegante e sensual). Do seu pescoço, fui descendo os beijos para seus seios. Comecei a sugar e mordiscar um, enquanto apertava outro, que parecia se encaixar perfeitamente em minha mão, e em seguida fazendo o mesmo com o outro. Ela gemia baixo e apertava minha nuca... Continuei a descer os beijos pela sua barriga e em seguida pela a coxa direita, onde tirei a cinta-liga, liberando assim a meia 7/8. Segurei a borda da mesma com dentes e fui tirando-a lentamente, encarando Gracie que me observava com olhos transbordando de luxuria. Após tirar a meia, distribui beijos pela sua grossa perna, agora descoberta até próximo sua virilha, onde dei apenas um beijo, percebi que ela se estremeceu com o beijo, e parti para a perna esquerda, fazendo o mesmo ritual que fiz com a direita. Subi os beijos novamente, porém dessa vez até sua barriga, onde distribui beijos até sua calcinha, a qual também tirei com a boca. Encarei sua intimidade e fiquei extremamente excitado ao perceber o quão excitada ela estava apenas com meus beijos.
- Oh, querida! Assim você acaba comigo... – sussurrei, encarando-a. Ela corou de primeira e deu um sorriso tímido (que eu achei muito fofo), depois deitou novamente, provavelmente já sabendo o que viria.
Encarei sua intimidade de novo e beijei, percebi que ela se arrepiou e beijei de novo. Conforme eu a beijava, percebia que ela se arrepiava cada vez mais e soltava uns gemidos de reprovação, querendo que eu agisse logo. Então, a ataquei, lambi, suguei seu clitóris, enquanto ela arqueava as costas e gemia de prazer. Penetrei-a com um dedo, instigando-a ainda mais e ela gemeu baixo segurando nos lençóis. Não satisfeito, penetrei-a com mais um dedo, aumentando a velocidade e Gracie gemeu alto. Sorri com isso e voltei a sugar seu clitóris. Eu me deliciava com sua intimidade, quando Gracie chegou ao clímax, soltando o líquido, o qual eu fiz questão de sugar me saboreando do mesmo. Ela relaxou sobre a cama e eu subi os beijos pelo seu corpo, demorando um pouco nos seios (porque eu não ou bobo, nem nada) e a beijei dividindo seu gosto com ela mesma.

Gracie enlaçou minha cintura com suas pernas e num piscar de olhos inverteu as posições, ficando por cima. Ela fez o mesmo que eu e foi descendo os beijos pelo meu corpo até chegar à calça, onde tirou junto com a boxer. Voltou a me encarar e me beijou, segurou meu membro mais do que duro e começou a me masturbar lentamente. Gemi entre o beijo e ela aumentou a velocidade, descendo os beijos para o meu pescoço, onde o beijou e sugou deliciosamente. Depois foi descendo os beijos até chegar ao meu membro. Ela parou, me olhou e sorriu maliciosamente, o qual eu retribui com o mesmo sorriso. Então, ela encarou meu membro, ainda sorrindo e o lambeu de baixo a cima, me fazendo arrepiar e fechar os olhos, mas ainda pude sentir o beijo que ela dera bem na glande. Ainda com os olhos fechados, senti-a abocanhar por completo meu membro (eu fiquei completamente arrepiado com isso) e fazer movimentos de vai e vem, oras devagar, oras rápido. Quando senti que estava para gozar, a puxei para cima e troquei a posição, ficando por cima. Encachei meu membro em sua entrada, mas me lembrei de uma coisa importante.
- Merda! A camisinha. – sussurrei irritado. Quando ia procura-la, Gracie segurou meu braço.
- Não se preocupe com isso, querido. Eu sei me cuidar – e piscou. Sorri agradecido e extremamente excitado (até porque eu prefiro transar sem camisinha, mas eu a uso mesmo assim, sou um cara prevenido). Dessa vez, sinto que posso confiar nela, então... Vai ser sem camisinha.
Sem precisar falar mais nada, a penetrei lentamente vendo-a revirar os olhos, fechá-los e abrir a boca soltando um gemido baixo, que me arrepiou até meu último pelo do corpo, e voltar abri-los, mordendo o lábio inferior com força (cara, isso foi excepcionalmente excitante). Retirei o membro e a penetrei de novo, contudo dessa vez mais forte, ela soltou um gemido mais alto. Fiz isso mais umas três vezes, até começar estocar mais forte, nós dois gemíamos alto e estava quase gozando, mas queria prolongar o máximo possível, então... Tive uma ideia.
Tirei meu rosto do seu pescoço e o direcionei para seu ouvido.
- Quero você de quatro para mim – mordi seu lóbulo. Ela pareceu meio surpresa de inicio, mas logo sorriu. Sai de cima dela e a mesma logo ficou de quatro com as mãos na cabeceira da cama e o bumbum na minha direção. Penetrei-a lentamente novamente e fui estocando devagar até ganhar força e velocidade. Não me segurei e tive que dar um tapa naquela bunda, mas ela para minha surpresa reagiu bem, eu diria até que gostou, então dei outro e mais outro, e continuei a estocar até que me inclinei e comecei a beijar suas costas, com minhas mãos em sua cintura. Trouxe suas costas de encontro a meio peitoral e distribui beijos por seu pescoço. Ficamos nessa posição até que eu me encostei à cabeceira e ela se sentou em cima de mim. Continuei a estocar, distribuindo beijos por todo seu pescoço, enquanto ela segurava firmemente meus cabelos e a nuca com as duas mãos e gemia baixinho no meu ouvido, chamando por meu nome.

- ... – sim, ela sabe como me deixar louco. Ela consegue fazer isso com uma naturalidade que jamais outra mulher, que já dormi, conseguiu.
Ela rebolava, quicava, gemia... Só me deixando cada vez mais sem noção do que era real. Eu a avisei que estava para gozar, então ela começou a quicar super rápido. Eu cheguei ao ápice primeiro, então para não deixa-la na mão depois disso, eu estoquei mais uma duas vez até que ela também chegou ao clímax (ela mereceu, foi uma boa garota).
Ela desmoronou em cima de cima, então eu a abracei alisando suas costas e ao vê-la se arrepiar com tal ato sorri. Encaramo-nos, sorrimos e nos beijamos. Foi um beijo calmo, contudo sensual. Gracie saiu de cima de mim e caiu do meu lado. Ficamos deitados encarando o teto, tentando recuperar o ar e com sorrisos bobos nos lábios. Quero dizer, eu estava com um sorriso bobo, até porque depois disso tudo... Impossível não sorrir. Ela, eu não sei se estava sorrindo. Mas ao encara-la percebi que não era o único com o sorriso bobo. Sorri mais ainda com isso. Ela me encarou sorrindo e eu a beijei. Ficamos um tempo nos beijando, até que ela encerrou o beijo.

- Que horas são? – me perguntou.
- Não faço ideia – rimos. Ela olhou pelo quarto atrás de um relógio e encontrou um atrás de si mesma, no criado-mudo.
- Caramba! Tenho que ir! – disse e se levantou, catando suas roupas.
- O que? Mas já? – sentei na cama. Eu não quero que ela vá embora, não depois disso tudo.
- É... Eu tenho que pegar o voo amanhã bem cedo – disse colocando calcinha.
- Não... Fica aqui! Amanhã de manhã você vai – pedi.
- Você quer mesmo que eu fique? Porque você sabe... a maioria dos homens querem mais é que as mulheres sumam depois do sexo, ainda mais sexo casual.
- Como você disse a maioria. Mas eu não estou incluso nessa maioria. E além do mais, nós não fizemos sexo casual.
- Ah não? E o que foi então? – arqueou a sobrancelha com os braços cruzados e um sorriso repuxado.
- Sexo selvagem – sorri safado e ela deu uma risada alta, que me fez acompanha-la.
- Tudo bem, então... – sentou-se ao meu lado e me encarou – Ficarei até amanhã de manhã.
- Ótimo! Assim poderei abusar mais de você – sorri e ela me acompanhou. Segurei em sua nuca e a beijei. Ela passou suas mãos pelo meu braço até a minha nuca, onde deu uma leve apertada e embreou os dedos no meu cabelo. Direcionei minha mão livre para suas pernas, onde apertei fortemente fazendo-a soltar breves suspiros. Trouxe a para mais perto e abri suas pernas para me encaixar perfeitamente. Deitei-a na cama e a cobri com meu corpo. Meu membro já dava mais que sinais de vida, então levei uma das minhas mãos até sua vagina, mas esqueci que ela tinha vestido a calcinha e não estava completamente nu, como eu estava. Logo, tratei tira-la e encerrei o beijo, encarando-a.
- Estava vendo o trabalho que você está me dando? – fiz piada ao tirar sua calcinha.
- Oh desculpe-me... o recompensarei. Prometo! – sorriu maliciosa e mordeu o lábio inferior. Devolvi-lhe o sorriso e joguei a calcinha em algum lugar atrás de mim.
Voltei a beija-la, enquanto apertava o seu seio esquerdo e guiei minha mão direita para sua intimidade a fim de masturba-la, para deixa-la excitada, mas vi que não era preciso.
- Hum... Bom saber que não sou o único animado aqui – disse ao roçar meu pênis em sua entrada.
- Oh querido... Nós estamos na mesma sintonia. – sorriu e eu enlouqueci de vez, penetrando-a de uma vez só. Ela gemeu alto e eu estocava forte, completamente enlouquecido de tesão.
Ela ficou as unhas nos meus ombros e gemia no meu ouvia, oras mordendo meu lóbulo fortemente.
Eu já estava quase gozava e como vi que não aguentaria por muito tempo, guiei uma mão até sua área feminina e comecei a estimula-la, apressando seu êxtase. Assim, ela logo gozou e eu, umas duas estocadas depois.
Morto e acabado, desmoronei em cima dela. Podia sentir a minha caixa torácica subindo e descendo acompanhando a respiração dela. Gracie começou a acariciar minhas costas de um jeito gostoso e eu distribuía alguns beijos pelo seu pescoço até chegar a sua boca. Beijei a calmamente, passeando minhas mãos entre sua cintura e suas pernas. Encerrei o beijo, encarei-a com um sorriso no rosto e a encontrei sorrindo também.
- Deixa eu sair de cima de você, que eu devo estar te matando – rimos , beijei seu nariz e eu sai de cima e de dentro dela, indo para o seu lado. Endireitamo-nos na cama, já que estávamos completamente tortos e eu a abracei pela cintura. Ela deitou no peito e ficou fazendo um leve carinho pelo mesmo.
- Isso foi incrível! – sussurrou.
- Nem me diga! – sorri. Ela levantou o rosto e me encarou de um jeito estranho. Quando ia pergunta-la o que houve, ela disse:
- Se importar se eu dormir? Tenho que acordar daqui a pouco...
- Não, claro que não. – balancei a cabeça para espantar os pensamentos e continuei – Eu também estou morto. – ri.
- Tudo bem, então. Boa noite, !
- Boa noite, Gracie!
Fiquei um tempo acariciando a pele macia das suas costas até que apaguei.

Acordei com um barulho que não soube identificar, passei o braço no outro lado da cama e percebi que estava vazio. Cocei os olhos e olhei ao redor do quarto e encontrei Gracie encurvada na direção da cadeira da mesa, onde jogamos pôquer ontem, em frente a minha mala.
‘’Ela está mexendo na minha mala?’’,, questionei-me.
- O que você está fazendo? – perguntei-a ao sentar-me na cama.
- Oh não queria te acordar... – virou-se para mim e vi que na verdade ela estava mexendo na bolsa dela, que estava perto da minha mala. Ri com o meu pensamento estúpido.
- Tudo bem. – ri – Você já vai?
- Sim, ainda tenho que arrumar a minha mala – disse ao fechar a bolsa. Ela já estava com o vestido e se direcionou até onde as meias estavam, pegou as e já ia coloca-las, quando a impedi.
- Não! – ela me olhou espantada – Dá para mim? – pedi.
- O que? As meias? – apontou rindo para as mesmas.
- É... como lembrança, até a gente se ver de novo – sorri.
- Tudo bem. – me entregou as meias.
- Me passa o seu telefone – disse pegando o celular com as meias, ainda, em mãos.
- Você quer mesmo me encontrar de novo? – sorriu.
- Claro que eu quero – dobrei as pernas e apoiei meus braços sobre as mesmas.
- Então, você vai ter que me achar – sorriu.
- Como? – franzi a testa. Ela sorriu, se aproximou, segurou meu rosto e me beijou sensualmente. Eu estava totalmente envolvido no beijo, quando ela o encerrou. Tanto que ainda fiquei uns dois segundos com olhos fechados, após tal ato.
- E levei as meias com você. Serão as únicas peças de roupa que usarei – sussurrou virou-se para o relógio no criado-mudo, que marcava 04:04 da manhã – Droga! Só tenho duas horas e cinquenta e seis minutos – virou-se para mim novamente – Foi um prazer conhece-lo, senhor Campos. Literalmente – sorriu maliciosa.
- O prazer foi todo meu, senhorita Foxx – devolvi-lhe o sorriso. Demos um último beijo, então ela pegou sua bolsa e troço de seda (Não! Eu ainda não sei o nome daquilo) e encaminhou-se para a porta. Abriu-a e se virou para mim.
- Até mais ver, ! – acenou com a mão livre.
- Eu te encontrarei, Gracie. – disse a ela.
- Sei que vai – disse por fim e saiu.
- Até a próxima, Gracie! – sussurrei depois que ela saiu. Olhei para as meias que, ainda estavam em minhas mãos e sorri bobamente. Deitei na cama e pude sentir seu cheiro lá e relembrei da noite maravilhosa que tivemos, encarando o teto.
- Eu vou te encontrar, Gracie! – repeti para mim mesmo. E apaguei com os flashbacks da nossa noite.

No dia seguinte, acordei com o meu celular tocando e adivinha quem era?
Acertou quem disse !
- Fala, cara! – atendi sonolento.
- Como assim ‘’fala, cara!’’? Onde você está, ? Não acredito que ainda está dormindo. – ele começou a falar como se meu ouvido como se fosse pinico.
- Porra, ! O que você quer a essa hora da manhã?
- Pirou, ? São três e vinte e oito, e nosso voo é às cinco horas. Vem logo para a recepção que está todo mundo te esperando aqui para irmos ao aeroporto.
- Caralho... Tô descendo! – desliguei o telefone e pulei da cama.
‘’Puta que pariu...’’, xinguei mentalmente.
Comecei a guardar minha roupa que estava espalhada pelo chão do quarto dentro da mala, separei um jeans, uma blusa vermelha e um all star preto e voei para o banheiro.
Tomei um banho rápido, me arrumei e voltei para o quarto. Separei os documentos necessários para fazer o check out na recepção e do aeroporto e olhei em volta, para conferir se não estava esquecendo, quando meus olhos caíram sobre um par de meias 7/8 pretas. Peguei as sorrindo ao me lembrar da noite de ontem e as guardei na mala.
- Não posso esquecer isso de jeito nenhum. – quando fechei a mala, percebi que tinha um papel saindo no bolso externo da mesma. Peguei e vi que se trava de um bilhete.

Desculpe-me.
A noite foi maravilhosa!
- Gracie Foxx
P.S.: Você foi o melhor!


''Desculpe-me pelo o que?'', dei de ombros com um sorriso de orelha a orelha e guardei o papel de volta.
Fui para a recepção e encontrei o pessoal.
- Aleluia! – exclamou levando as mãos.
- Porra, você dorme hein?! – zoou.
- Foi mal, pessoal! Estava cansado. – cocei a nuca e me dirigi a recepcionista loira, que estava atrás do balcão – Boa tarde!
- Boa tarde, senhor! Aproveitou a estadia? – perguntou simpática.
- Você não faz ideia... – comentei baixo para mim mesmo e a entreguei todos os documentos necessários.
- Que bom! – respondeu e começou a digitar algumas coisas no computador.
- Hum... vocês tem o número de todos os hospedes, certo? – debrucei-me sobre o balcão.
- Sim, senhor.
- E o que eu tenho que fazer para conseguir um número em particular? – dei o meu melhor sorriso.
- Desculpe-me, senhor! Mas não tenho permissão para dar informações de hospedes a outros hospedes.
- Por favor! Eu conheci uma mulher ontem e ela saiu sem deixar o telefone.
- Por que o senhor não pediu a ela mesma?
- Eu pedi, mas ela falou que se eu quisesse voltar a vê-la, teria de procura-la.
- E por que o senhor não a procura?
- Eu estou tentando! – sorri irônico e a recepcionista me encarou com a sobrancelha arqueada – Desculpe...
- Tudo bem... Qual é o nome dela?
- Gracie Foxx.
- Oh, sim... A senhorita Foxx, ela fez o check out hoje de manhã. Uma bela mulher. – sorriu.
- É, sim. Então vai me ajudar? – sorri esperançoso.
- Desculpe, senhor. Mas são ordens. Não posso dá-lo essa informação. – ela sorriu triste e eu suspirei.
- Tudo bem...
- Dinheiro ou cartão? – perguntou e a encarei confuso. Ela apontou para o computador.
- Ah sim... cartão. – peguei o meu novíssimo cartão Mastercard Platinum.
Paguei a minhas despesas e as do , já que é o meu presente de aniversário para ele. Dali fomos direto para o aeroporto, onde fizemos o check in e embarcamos.
Só então, eu notei uma coisa diferente.
- O que eu perdi aqui? – apontei para o e a Britt de mãos dados e cheios de chamegos, ao perguntar para , que estava do meu lado novamente.
- Ontem, quando você sumiu, o zinho ali teve um surto de testosterona e disse que estava mais que na hora de fazer uma coisa que já tinha vontade de fazer há anos. Então, ele agarrou a Brittany na frente de todo mundo e não soltou mais.
- O que? – arregalei os olhos. – Eu venho há anos dando apoio para ele fazer isso, e ele decide fazer isso quando eu não estou por perto para ver? – olhei para os pombinhos do meu lado – Desgraçado! – disse e riu.
- Ah falando nisso... Onde você estava ontem? Você simplesmente sumiu... – voltei meu olhar a ele.
- Ah... – sorri sacana – Não se liga na minha, , não se liga na minha!
- Hmmm... danadão! – bateu na minha perna – Quem foi a da vez? – sorriu e eu gargalhei.
- A mulher dos meus sonhos, cara! – joguei a cabeça para trás e fechei os olhos sorrindo ao me lembrar da noite anterior. Respirei fundo e abri os olhos – Ela é linda, sexy, gostosa, inteligente e muito, mas muito boa de cama, cara.
- Meu Deus... e onde estava essa mulher que eu não vi?
- Ela estava lá no cassino, não sei se você a viu... Ela estava com um vestido longo, vermelho...
- PUTA QUE PARIU! – gritou com os olhos arregalados e segurando os braços da cadeira, atraindo atenção de alguns passageiros.
- Cala boca, cara! – olhei para os lados. – Desculpem-me. Ele tem um problema mental, sabem como é? – disse aos passageiros que nos olharam.
- O que foi isso, seu maluco? – colocou a cabeça entre nossas poltronas.
- pegou a gostosona de vermelho. – respondeu.
- Aquela que estava com o xale? – me encarou com os olhos arregalados.
‘’Xale! Eu sabia que era algo do tipo... ’’. Eu apenas me limitei a sorrir e acenar com a cabeça.
- Ah meu garoto!!! – me deu uma chave de braço e bagunçou meu cabelo.
- Para, . Que porra! – ri. Ele me soltou e eu arrumei meu cabelo.
- Não acredito que você pegou ela, cara... – riu – Você vai ter que me contar como conseguiu essa façanha.
Passei a viagem inteira rindo dos panacas dos meus amigos que me fizeram contar a eles como foi que eu consegui a Gracie, ou como eles a apelidaram ‘’a gostosona de vermelho’’.

2 semanas depois...

Como tudo que é bom acaba, eu voltei a trabalhar no dia seguinte que cheguei de viagem e e eu conseguimos um ciente importantíssimo, logo não tive tempo para nada, muito menos para procurar a Gracie. Até hoje ainda tenho as meias e o bilhete, que ainda não entendi o porquê das desculpas no mesmo.
No horário de almoço, falou que ia pedir a Brittany em namoro.
- Porra, até que enfim! – zoei levando as mãos e a cabeça para cima.
- Cala a boca, palhaço! – me jogou o guardanapo.
- Tô te zoando, cara. Parabéns, irmão! – batemos as mãos.
- Obrigado!
- Só por essa notícia, a conta é minha. – chamei a garçom.
- Ah então, deixa eu pedir mais uma sobremesa.
- Vou deixar você pagar, hein?! – entreguei meu cartão Mastercard Platinum para o garçom, que passou na maquininha.
- Mas é muito pão duro mesmo, não é não? – rimos.
- Ahn... Desculpe-me, senhor. Mas seu cartão foi recusado. – o garçom disse e tirou o cartão da maquininha para me devolver.
- Como assim recusado? Eu só o usei uma vez. Passe de novo, por favor – o encarei. Ele passou e a máquina fez um barulhinho.
- Desculpe, negado! – devolveu-me o cartão.
- Como assim negado? Eu só usei essa porra uma vez na vida.
- Desculpe, senhor. Mas eu não sei o que lhe dizer...
- Daniel, se acalma! – pediu.
- Como me acalmar? – o encarei brevemente e voltei a olhar o garçom. – Quero falar com seu gerente, por favor!
- Sim, senhor – disse e saiu.
- Onde você o usou? – me perguntou.
- Ahn... em Vegas. Paguei a minha estadia e a sua. Só! Não tem como eu ter gastado tudo só nisso.
- Isso é... ainda mais sendo um cartão Platinum – concordou.
- Senhor ? – o garçom de antes voltou – O gerente está no telefone. – disse e me entregou o aparelho.
- Alô! – atendi sério.
- Senhor , eu sou o Gerard Hurtcherson. O senhor gostaria de falar comigo sobre o seu cartão, certo?
- Isso mesmo. Creio que está havendo algum engano. O seu funcionário disse que meu cartão foi recusado.
- Sim, senhor. Na verdade, não há nenhum engano. Seu cartão realmente foi negado, já que o senhor usou todo o limite.
- Como eu gastei meio milhão em única viagem a Las Vegas? – perguntei nervoso.
- Na verdade, senhor , aqui consta não apenas as contas de Las Vegas, como também compras em Elko, North Las Vegas, Henderson e várias outras cidades em Nevada.
- O que? Eu não fiz nenhuma dessas compras! – argumentei assustado e nervoso.
- O senhor tem certeza?
- Absoluta – quase gritei.
- Então, creio que o seu cartão clonado.
- Ah você acha? – perguntei irônico.
- Perdão, senhor . Mas eu estou apenas fazendo o meu trabalho.
- Não, tudo bem... – respirei fundo – Você não tem culpa de nada. Desculpe pela grosseria.
- Tudo bem, senhor.
- Onde usaram meu cartão pela última vez?
- Em Carson City.
- Tudo bem, obrigado.
- De nada, senhor. E sinto muito pela notícia. Qualquer coisa basta ligar para a central de atendimento, que eles lhe informaram melhor sobre o assunto.
- Tudo bem, obrigado. Tchau! – desliguei o telefone e devolvi ao garçom. fez um sinal para que ele se retirasse.
- E aí? – debruçou-se sobre a mesa, curioso.
- Parece que clonaram meu cartão.
- Mas que merda! E gastaram tudo?
- Cada centavo por toda a merda de Nevada. – respondi nervoso, me encostando a cadeira.
- Caralho... – colocou a mão na testa – Você tem alguma ideia de quem possa ser?
- Nenhuma... – respondi, olhando pensativo para o nada.
- Se você só o usou no hotel, talvez tenha sido alguém de lá.
- Não. Eu só o usei quando fui fazer o check in e o check out do hotel. E em ambas às vezes, eu estava por perto vigiando.
- Alguma camareira, talvez?
- Não, o cartão ficou comigo o tempo todo. É um Platinum, não sou idiota de deixa-lo de bobeira.
- Você não se lembra de nenhuma hora que ele não estava com você?
- Não. Quero dizer, só quando... – então as imagens passaram voando pelo minha mente.

#Flashback on 1

- . – estendi lhe a mão, em forma de cumprimento. E ela correspondeu.
- Gracie Foxx – sorriu – ? Da e Corporation?
- Sim.
- Interessante...
#Flashback off 1

#Flashback on 2

- Isso foi incrível! – sussurrou.
- Nem me diga! – sorri. Ela levantou o rosto e me encarou de um jeito estranho. Quando ia perguntá-la o que houve, ela disse:
- Se importa se eu dormir? Tenho que acordar daqui a pouco...
- Não, claro que não. – balancei a cabeça para espantar os pensamentos e continuei – Eu também estou morto. – ri.
#Flashback off 2

#Flashback on 3

Acordei com um barulho que não soube identificar, passei o braço no outro lado da cama e percebi que estava vazio. Cocei os olhos e olhei ao redor do quarto e encontrei Gracie encurvada na direção da cadeira da mesa, onde jogamos pôquer ontem, em frente a minha mala.
‘’Ela está mexendo na minha mala?’’, questionei-me.
- O que você está fazendo? – perguntei-a ao sentar-me na cama.
- Oh não queria te acordar... – virou-se para mim e vi que na verdade ela estava mexendo na bolsa dela, que estava perto da minha mala. Ri com o meu pensamento estúpido.
#Flashback off 3

#Flashback on 4

Desculpe-me.
A noite foi maravilhosa!
- Gracie Fox

P.S.: Você foi o melhor!
#Flashback off 4

- ? Só quando? – me perguntou, incentivando. Eu o encarei e só consegui formular uma frase.
- Filha da puta! – bati o punho sobre a mesa.

Hollywood, California.

Na loja do Jimmy Choo, se olhava no espelho para conferir se levaria ou não o tênis que usava.
- Vou levar! – disse com um sorriso de criança para a vendedora, que se derreteu toda.
- Ótimo! – respondeu e pegou os sapatos.
colocou seus tênis que estava usando antes e se direcionou ao caixa.
- Vai ser em dinheiro ou cartão, senhor ? – a vendedora perguntou com um sorriso malicioso.
- Cartão – piscou galanteador e ela passou o cartão na máquina, tirando um papel em seguida e entregando a ele.
- Assine aqui, por favor senhor ? – apontou para o papel, onde tinha um ‘x’.
- Me chame de , princesa, por favor! Meu pai é o senhor . – pegou o papel e começou a assinar.
- Tudo bem, então... . – sorriu e pegou o papel assinado sem ao menos conferir a assinatura. Em seguida, lhe entregou a sacola com os sapatos.
- Aqui estão e espero que goste. Ah! E não se esqueça da notinha.
- Obrigado! – piscou para vendedora e saiu.
No lado de fora da loja, tratou logo de guardar sua sacola do Jimmy Choo junto com muitas outras sacolas de grifes no porta-malas da sua lamborghini vermelha. Antes de fechar o porta-malas, ele conferiu a notinha, mas encontrou algo a mais nela... o número da vendedora. Riu sozinho e jogou a notinha no porta-malas, fechando-a em seguida.
Entrou no veículo e dirigiu até ao seu apartamento. No mesmo, ele estacionou e deixou o elevador leva-lo até sua cobertura. Lá, ele encontrou uma bela com um longo e simples vestido amarelo, mas que a deixava completamente sexy.
- ? – assustou-se. Ela simplesmente o olhou e sorriu.
- , querido, até que enfim chegou. Ou devo dizer, senhor ? – sorriu, irônica.


FIM?


N/A: Heey folks! \o/
Esta foi minha primeira short fic e eu adorei escrevê-la. Faz um bom tempo que eu já a tenho, mas só decidi publicá-la recentemente. Mas o que vocês acharam? Gostaram, sim ou não? Vamos lá, quero saber! Kkkk...
Caso tenham gostado, DIGAM, pois vem a parte dois que será uma long fic. Mas se ninguém se pronunciar a favor é capaz de eu abandoná-la de lado :( De qualquer jeito, obrigada por lerem!
Beijos da Pri :D

P.S.: Se quiserem ficar sabendo de mais, só acessar meu Tumblr.


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