Escrita por: Roberta
Betada por: Natacha Mendes




Estrondosos os copos se chocando contra o mármore do balcão e alvoroçados os homens por mais pediam. Por mais bebida, por mais cigarros. Incineravam seu dinheiro em porcarias finitas, observados de perto por null. Seus olhos fagulhavam na direção de seus amigos, porcos bêbados ou lobos sedentos que observavam as dançarinas da boate enrolarem-se como cobras em seus mastros. Sentia certa repulsa pelo que via. Compaixão sem qualquer admiração por aquelas que a isso se submetiam e uma vontade, por enquanto sob controle, de acertar um murro em cada canalha que àquilo tanto parecia adorar. Os mais fortes dirigidos aos amigos que não o deram escolha senão os levar até ali.
As taças tilintavam, e o sossego não passava de um borrão, um sonho distante.
null, – Dannenhauer gritava do outro lado do local, sua imagem turva oculta por uma nuvem de fumaça – venha cá!
O jovem, provavelmente o único sóbrio daquele local, olhara o amigo completamente fora de si erguer um copo de whisky aos ares, como se o convidasse para uma rodada. Algo naquela cena – talvez o olhar perdido para outra dimensão de Dannenhauer – transformara a caótica que a caracterizava num relance de pura comédia, olhares sem direção e um sorriso abobado. null apostava que, não somente o sangue afogado em álcool, Daniel Dannenhauer possuía também os pulmões carregados de fumaça de ervas. Obrigou-se a fazer o que fora solicitado.
– Oi, amorzão. – Daniel jogou o braço ao redor do amigo numa tentativa de intimidade transformada em apoio aos trôpegos movimentos que dava. – Por que fica lá sozinho? Não te criei assim, neném. – sem respostas, o moreno arregalou os olhos numa expressão apavorada. – Não criei, criei?!
– Não, cara. Não criou. Eu só não posso beber, e essa merda fede a vômito e baba de incompetentes que não conseguem uma mulher.
– Uh-oh, muito obrigada, coração! As palavras doem, sabia? – fingindo falsa ofensa, Daniel entornava outra dose.
– Cale a boca e beba. Vou dar uma volta.
– Ótimo, azedo. Aproveita e dá uma volta próxima ao palco, quem sabe algo lá não te anima?
O mais jovem fez questão de ignorar a sugestão, passando as mãos ligeiramente sobre o balcão em busca de algo que lhe satisfizesse. Não parecia tão fácil quando tudo que via era álcool, álcool, álcool, mais álcool, água... E o estande de cigarros. Numa troca rápida de dinheiro por prazeres – dos que menos se manifestavam naquele local –, null caminhou devagar de volta ao seu local de origem.
Quando convidado pelos colegas e amigos a sair, imaginava algo completamente diferente. Fora levado até ali na promessa de esquecer alguns de seus problemas mais presentes. Acontecimentos recentes e outros triviais, considerados por si, próximos a um patamar de eternidade. O trabalho o sugava, a saudade e a solidão o arrasavam. E a cena a que era submetido trazia tão mais à tona as futilidades mundanas com as quais era obrigado a conviver. Era como respirar a ignorância e expirar sua frustração filtrada naquele mesmo instante.
Observar as prostitutas rebaixando-se a níveis desumanos mostrava o quão aquilo não era para ele. A sensação de impunidade o atormentava e a vontade de intervir soava mais alto que a música de baixíssimo calão que provinha sabe-se lá de onde – sensação essa que aumentava exponencialmente à medida que via uma jovem de idade beirando os 20 anos aproximar-se vinda por detrás das cortinas. Ao longe, pôde a ver tomando o lugar que sua colega cedia, com expressão acabada. Era justificável. null se manteve preso a ela com a força de um imã de neodímio. Impossível desconectar-se. Impossível largá-la. Inexplicavelmente irresistível a admirar.
Com expressão séria, visivelmente extenuada e enjoada por estar ali, movia-se lentamente como se tentando novamente se acostumar àquele seu amigo, o mastro.
Olhava abaixo e, sedentos, uma dúzia de homens debruçava-se sobre o palco. Ela possuía a ojeriza no olhar e a relutância era palpável.
“Não vai dançar, vadia?! Pago pra isso”. Sem dono aparente, a frase jogada ao ar fora dificilmente digerida por null e sequer ele poderia imaginar para a garota. Estava estática, com expressão aparentemente incrédula. A situação daqueles homens era deplorável e ainda assim não fazia a dela nenhum pouco melhor. E fora rápido. Tão rápido que mal teve o jovem ao longe tempo de entender a cena, mas não era tão difícil compreender o horror. O homem que nem sequer merecia a designação de humano cuspira aos pés da jovem.
– Obrigada, senhor. – observada de perto por vários, a garota desceu do palco ficando frente a frente com aquele. Pouco era ele mais alto que a jovem, mesmo que ela houvesse arrancado os saltos dos pés há segundos. Num movimento rápido e muito provavelmente impensado no momento, seu joelho tomara um destino cruel para com o outro. null se deixou contorcer de dor em compaixão ao que agora doía-se com o olhar em chamas e costas curvadas.
– Sua... Vagabunda inútil! – cuspia as palavras no rosto da jovem que, com um sorriso realizado no rosto, deliciava-se com as risadas e com o coro de bêbados que ovacionavam a cena ao redor.
– Fico grata pela gentileza. E ao meu serviço, – abaixou o nariz observando a área afetada com desdém. – você pode pagar na saída. Passar bem.
null estava estático. A diversão tomava-lhe os pulmões e a empolgação era das maiores. Jamais havia visto algo que o orgulhara tanto e em que nada tinha relação. A simpatia instantânea que sentira em relação a ela agora urrava cintilando em sua mente algo mais, como uma profunda adoração.
Enquanto perdia-se no momento, observou-a correr às pressas por entre curiosos e alheios. Era opaca em meio à confusão do momento típica daqueles lugares, mas seu andar era certo como o mundo aos seus pés. Levara a mão à cabeça, desmanchando rápida e brutalmente o rabo-de-cavalo que prendia seus cabelos. Num movimento seco, friccionou fortemente o braço contra a boca para livrar-se do vermelho vibrante que cobria seus lábios. Fora imensamente infeliz com isso.
Pouco importava a imagem acabada, a expressão enjoada e o olhar frio, era magnífica. Emitia luz própria, calor. Era quente como o verão tropical e isso em nada combinava com a pele quase translúcida. Emitia toda sua radiação por uma pele visivelmente gélida e isso era o que mais o atormentava. Tão sem sentido, tão desconexo. Forte como o aroma de nicotina e colônias que resumiam toda imundice do lugar era a insanidade a que ela o conduzia.
Ao dar-se por conta, null a perdera de vista para a área exterior do local. Não era suficiente. A distância era desconfortável, sua maior inimiga naquele momento. Precisava dela, de sua presença, tanto quanto precisava de oxigênio em seus pulmões. E foi numa luta corporal exaustiva e sem fim visível que ele alcançou a porta do local.
O vento cortante causou-lhe imenso desconforto ao adentrar suas narinas. A premissa do inverno era óbvia e isso pouco o agradava. À medida que caminhava, ouvia as batidas da boate diminuírem consideravelmente. Tomaram lugar, então, as risadas altas e sujas de grupos de homens bêbados espalhados por todo perímetro do local.
Desesperançoso e acreditando piamente na fuga definitiva da jovem, null pôde observá-la à leste. Sentada num degrau de acabamento mal feito, que provavelmente dava entrada à uma ala de funcionários do estabelecimento, a garota observava o nada. Parecia afogada em si mesma. Talvez questionava atos passados que a levaram até ali – um local digno de nada senão repudia. Talvez, também, ações impensadas ou um destino verdadeiramente cruel. Tudo aquilo simplesmente não importava mais, haja vista a situação na qual se encontrava. Sozinha, no vento outonal que lhe rasgava por inteira, estando somente com um diminuto vestido de braços desnudos. Para piorar a situação, um rapaz aproximava-se a passos lentos acreditando veemente que ela ainda não o notara. Tolo.
– O que quer aqui?
null não respondeu. Suspirando, irritada, virou-se pela primeira vez para observá-lo. Parecia verdadeiramente intrigado e, de certa forma, exalava preocupação com o que via. Os olhos verdes fixos nela de uma maneira sem interesse carnal num primeiro momento – coisa que, há muito tempo, ela não via. Seus olhos circundavam por sua pele completamente arrepiada, os cabelos intensamente desalinhados.
– Ei, você. – chamara sua atenção, sem reação obtida. Agora ele estava parado. Ainda a observava. Parecia absorto em pensamentos e delírios sobre o que quer que fosse. Parecia conectado demais às imagens. – Você fala?
Piscou uma, duas vezes. Olhara nos seus olhos mais uma vez. Brilhavam à luz que piscava premeditando sua queima, possuindo uma tonalidade verde intensa.
– Oi. – disse null por fim.
– Oi. – a jovem levantou-se, disposta e ciente do que provavelmente a esperava. null caminhou os passos que restavam para chegar a ela e sentou-se ao seu lado. Confusa, ela fez o mesmo.
– Por que está aqui?
– Eu trabalho aqui.
– Digo, – observou o lugar ao redor, a lâmpada que acendia e apagava em tempos iguais. – aqui fora, no frio. Ah, por sinal, desculpe-me pela falta de consideração.
Levantou-se, tirou o casaco de lã e o depositou sobre os ombros da garota, que a princípio relutou, negando sua necessidade. Por fim, cedeu aos seus apelos.
– Me falta paciência pra trabalhar hoje. – a ênfase carregada de desdém empregada por ela causou um pouco de surpresa por parte dele. – Era o casamento de minha irmã e ela fez questão de não me convidar. Eu preferiria mil vezes estar numa cama desejando a morte e condenação por minha vida a estar aqui, no mais honesto do serviço, dançando para estranhos. – as palavras eram derramadas sem reflexão, sem hesitação e tão duras quanto o chão no qual estavam sentados. Eram, pois, muito mais sinceras do que qualquer outra coisa, exceto pelo seu olhar sem rumo. – Meu nome é null, e o seu?
null. Bonito discurso. Fico feliz por ter vindo até aqui.
– Aposto que, depois dessa, desvalorizei o preço de mercado de meus serviços. A menos, claro, que você fique quieto. – parou por um momento, refletindo sobre o que disse. – Por favor, fique quieto. – rira, então, anasalado, sem qualquer graça.
null apenas sorria.
– Fiquei um pouco preocupado quando te vi sair naquele estado. Aquele gordo maldito merecia, porém nunca se sabe.
– Jamais.
O silêncio que se seguiu poderia causar desconforto em muitos, mas, naquele momento, com a brisa em seus cabelos e o perfume suave de null que adentrava suas narinas, null pôde respirar e existir, pela primeira vez em semanas, com tranquilidade.
Ao tatear involuntariamente pelos bolsos do casaco do rapaz, achou algo que sabia que muito a satisfaria. Sacou a caixa de Dunhill do bolso, tirando de lá um cigarro. null apenas a observava sem esboçar qualquer reação aparente.
– Se você não se importa, eu gostaria de um isqueiro.
Ao deparar-se com o pedido, tudo que null pôde fazer foi rir.
– Eu acendi os meus lá dentro com um isqueiro do bar, mas se você quiser, no bolso do outro lado tem uma caixa de fósforos. – entre risos deliciados, null viu-a observá-lo incrédula e, muito provavelmente, ofendida. – Falo sério! Há tempos eu não fazia isso, só me restaram eles.
Numa risada sem vontade, null colocou o cigarro pendente entre os lábios e retirou de um dos bolsos uma caixa de fósforos. Balançou-a no ar, observando o jovem fixamente nos olhos. Os seus, azuis-cristalino, pela primeira vez com algum traço de vida e humanidade remota, observavam a diversão nos dele. Riram.
Num rápido movimento, deslizando a cabeça avermelhada do palito sobre a superfície áspera, buscando calor para acender-lhe, o viu pegar fogo. E tão rápido quanto o mesmo tornou-se chamas, antes mesmo de um sorriso e alívio tomarem conta de si, pôde o ver se apagar.
– Mas que…
null rira mesmo que tentando conter-se. – Notou a brisa?
– Na verdade, não. Seu casaco cumpre muito bem o trabalho. – mantinha os olhos na caixa, com indignação crescente. – Bom, eu realmente não esperava por isso.
E pôs-se a tentar novamente. Falhou. Virou-se contra a brisa e mais uma vez, sem qualquer sucesso. Virou-se a favor, escondeu-o, sufocou-o e apertou-o. Tentou por inúmeras vezes sem sucesso e algumas mais. null a observava e ria, sem qualquer resquício de fôlego, deleitando-se com a cena. A garota, com o cenho franzido e, no literal, rosnando para o cigarro e o fósforo, estava à beira de um surto. Ele não se via fisicamente capaz de fazer algo senão rir.
– Quer parar de rir e me ajudar?
– Desculpa, eu… – então pôde observar novamente a garota, séria e absorta no seu próprio mistério. Apesar de toda resistência e implicância, visto a diversão que na cena ele encontrava, tudo que ela viu-se capaz então, fora rir. Riam como duas crianças, sem qualquer compromisso. Riam da tolice, da dificuldade do mais simples e do quão patético era tudo aquilo, desde o ato e insucesso até tudo que se relacionava com aquele momento.
null levantou-se e rapidamente pôs-se ajoelhado em frente a ela. Puxou a barra de seu casaco, protegendo uma restrita área de todo vento que neles se enroscava.
– Cigarro, por favor.
– E fósforo demonizado?
– Sim, o satã também.
Rindo, null entregou-lhe tudo que fora solicitado. Não demorou muito para que seu cigarro estivesse aceso, mas enquanto aquilo não ocorria, concentrou-se exclusivamente no momento. null possuía o casaco aberto e o rosto completamente oculto naquele local. Sua face, perdida por entre os seios fartos de null, numa troca intensa de calor corporal. A eletricidade que corria por entre eles parecia tão eterna, era tão intensa, tão insana… muito próxima do irreal. O jovem tentava focar no que pretendia. Juntava todas as forças que garantia ter em si para se concentrar-se no cigarro em suas mãos e no fósforo a ser queimado. Mas aquela pele era macia. Seu aroma, doce. E a serenidade ali encontrada contrastava perfeitamente com a voracidade e perigo que continha. O mar aveludado que recobria as chamas do perigo. Despertado pela luminescência à sua frente, a ligou à ponta do filtro e obrigou-se a abandonar o calor que o envolvia.
– Aqui. – entregou o envoltório de tabaco em suas mãos, rodopiando de volta aonde antes estava sentado.
Ainda alimentados pelo contato tão falsamente realizado, trocavam palavras silenciosas e tranquilizadoras. null tragava calmamente, expirando a fumaça como se nada no mundo mais se valia de atenção. null tinha seus olhos sobre a jovem. O filtro, agora colorido de vermelho vivo pelos restos batom que ela usava, era tocado e abandonado repetidas vezes, cada qual separada por uma profunda troca de ares. Era tão cômico o quão aquilo parecia limpar cada centímetro interno de si. O cabelo balançava acompanhando as rajadas da aragem que se propagava.
– Mas, então, – a jovem, por fim, manifestou-se. Sua tensão parecia ter se dissipado quase em totalidade. – não preciso te lembrar que me deve um cigarro aceso com dignidade, preciso?
null rira com os olhos, ainda grogue pela divagação em que estava imerso. Ela o observava atenta com o cigarro entre os dedos.
– Posso até conseguir algo assim, mas diga a verdade: algum cigarro já lhe rendeu uma história como essa? Ninguém vai te acender um com a classe que o fiz.
null rira, talvez nervosa. Temia que estivesse certo e sabia que aquilo não seria suficiente.
– Você não faz o tipo de um lugar desses. Você é tão, não sei… limpo? – null rira para si, encarando o pequeno cascalho que havia recém chutado ao incerto. – Qual a graça? Os porcos lá dentro não costumam conversar com estranhas a menos que procurem algo em troca, você sabe.
– Realmente, meus amigos são porcos bêbados e eu não tenho tanto poder de voz assim. Bem que queria. Mas como dizem: com doentes, mulheres decididas e bêbados não se pode discutir.
– Essa é nova pra mim.
– Pra mim também. – riram algumas vezes, seguidos pelo silêncio. – De qualquer forma, esperava uma perda de tempo maior do que a que tive.
– Devo levar como ofensa ou elogio?
– Fica a teu critério, null.
Silêncio. Pedra ao ar. null, ao ouvir os pedidos de desculpas de null sobre a possibilidade de acertar algo que não deveria, tomou outra em mãos e a jogou com força para qualquer lugar que fosse. Risos e silêncio mais uma vez.
– Eu também esperava um turno bem pior. Até que esse foi interessante.
– Tirei tua oportunidade de ganhar alguns bons trocados, vê? Loucos seriam os que prefeririam outras. – pela primeira vez, null viu-se verdadeiramente sorrindo com um elogio e, de alguma forma, com timidez presente.
Entre uma tragada e outra, ela o viu sorrindo.
– E acha que não posso cobrar por isso?
null riu alto, como ainda não havia feito naquela mesma noite. null sorria.
– Oh, uau, então esse é seu jogo? Charme, uma boa conversa e ar frio em troca de um cigarro e o sustento? Golpe baixo, minha cara.
null abrira a boca para responder, mas viu-se interrompida por um grito provindo da esquerda de ambos. Ao mesmo tempo, puseram-se a observar. Mauren os observava nervosa.
null, o que está fazendo aí, garota?! – a mulher possuía longos cachos loiros, visivelmente falsos e mal cuidados, aos quais afofava com esmero. Deveria ter seus 30 anos e possuía mesma vestimenta que null: vestido preto, justo e quase sem proteção nas coxas, um salto vermelho de altura recorde, jóias baratas espalhadas pelo colo e pulsos. – Descartes está louco atrás de você! Dê as caras logo ou vá se preparando. – jogando a cabeça para trás, pôs-se de volta ao inferno do qual provinha tão rapidamente quanto surgira.
Expirando pesadamente, a mais jovem pôs-se de pé. Jogou o cigarro ao chão e apagou com um breve deslizar do salto.
– Preciso ir. A noite é uma criança e a minha vem com chifres. – rira sem graça. null não respondera. – Ah! E antes que eu esqueça.
Sacou dos bolsos a carteira de cigarros e a caixa de fósforos com um sorriso divertido no rosto e os entregou em mãos. Tateou mais algumas vezes o casaco em busca de algo. Era observada em silêncio. O rapaz acompanhou ainda calado enquanto a jovem teclava em seu celular com pressa. Não demorou muito para que uma nova melodia ressoasse próxima a eles, acompanhada por um sorriso de null. Rapidamente, sacou de dentro de seu vestido, próximo ao busto, um celular sem grandes adornos. Ao desligar o do rapaz e entregá-lo, a música cessara, dando lugar a um riso deliciado.
– Bem melhor assim. Entro em contato para negociar a devolução de seu casaco e cobrar pela sua dívida.
E, num rodopio sutil, infantil e encantado – características que há muito não descreveriam qualquer coisa que proviesse da jovem –, null partiu por entre paredes mal pintadas. Deixou, ali, seu aroma floral e quente, a terra rasgada por seus saltos e null com fascínio, incontáveis perguntas e um desejo carnal que demoraria, mais do que se pudesse deduzir, a deixá-lo.


FIM



Nota da autora: 13/09/2014 - Sem nota.

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