Bella não desgrudava de Renesmee. Desde que a pequena havia nascido, dando início à vida vampiresca de Bella, uma não desgrudava da outra. Rosalie já estava ficando aborrecida. Era pra essa idiota ter morrido e me deixado cuidar da Renesmee, a loira pensava. Sua sorte era que Edward havia ido caçar, então não poderia ouvir seus pensamentos psicóticos.
E, para completar, Jacob não havia deixado a casa como a loira previra. Para a infelicidade dela, o nativo acabou não deixando a imortalidade afastá-lo de Bella, e agora ele havia se afeiçoado à pequena Nessie, como o mesmo a chamava, irritando Rosalie. Durante um breve momento, os vampiros haviam pensado que o lobo tinha tido um imprinting com a criança, para logo depois Edward ler em seus pensamentos que não havia nada além de afeição pura, principalmente por Reneesme ter os olhos chocolate de Bella.
Rosalie em certos momentos chegava a olhar o tom de pele de Jacob, seus músculos, seu cabelo e pensava: Se esse cachorro não fosse o que é, e não fedesse tanto, eu acho que até seria bonito. Até perceber que Edward a estava olhando de soslaio e virava a cara, mudando seus pensamentos.
Mal sabia a loira narcisista que o lobo já havia se pegado pensando na mesma coisa. Mas era mais forte que ele, sentia a necessidade de xingá-la, de rebatê-la. Ambos sentiam, e nenhum sabia dizer o porquê. Sentiam um grande prazer ao chamar a atenção um do outro daquela maneira, sentiam prazer em ver a careta de desagrado um do outro após suas réplicas. Mas ambos apenas achavam que estavam enlouquecendo.
Certa vez, enquanto Jacob estava fazendo uma de suas rondas na floresta, o cheiro enjoativo da sanguessuga chegou até suas narinas. Ele não perderia a chance de irritá-la.
Rosalie havia acabado de abater três cervos e ainda se deliciava com o quarto. Em meio ao prazer sentido pelo sangue do animal, não teve tempo de esquivar do enorme lobo castanho avermelhado.
Ela rosnou ainda com os lábios com sangue, os dois travavam uma luta de forças. Ela para sair debaixo dele, e ele rindo para deixá-la no chão.
– Seu pulguento idiota! SAIA DE CIMA DE MIM!
Ele, só para irritá-la, lambeu seu rosto. Se o rosto da vampira pudesse ficar vermelho, com certeza estaria roxo de raiva. Um rosnado grave saiu de seus lábios, enquanto o lobo apenas ria.
A vampira concentrou suas forças, acalmando seus membros, como se estivesse desistido de empurrá-lo. O lobo caiu em sua armadilha ao diminuir a força em suas patas, sendo jogado com força em uma árvore pela loira.
Quando o lobo se endireitou, viu o sorriso debochado da vampira. Ele se pôs em posição de ataque novamente, rosnando.
– Quer brincar, fido? – disse com voz cínica. O lobo rosnou mais, agachando suas patas prontas para o ataque.
Quando ele a atacou, ela também tinha ido atacá-lo e os dois foram parar no chão, soltando um enorme ruído com o baque.
A vampira foi mais rápida e deu-lhe um chute, jogando-o novamente longe. O lobo ficou tonto com a batida de sua cabeça na árvore, mas pulou em cima da sanguessuga novamente, jogando-a no meio das plantas. A loira ficou possessa, pois graças ao ataque do animal, seu cabelo ficou parecendo um ninho de rato.
– Olha o que você fez, seu vira-lata! – rosnou e correu em sua direção.
Novamente o lobo fez o mesmo, mas, ao contrário da última vez, Rosalie conseguiu o acertar, o lançando novamente na árvore, que se quebrou, caindo em cima do lobo.
Jacob acabou se destranformando sem querer. Tirou a árvore de cima de si e se virou para a loira, que sorria vitoriosa.
– O que foi, Totó? Já acabou? Nem deu para eu me divertir... – falou, debochada. Mas o nativo não deixou por isso.
– Belo cabelo, novo penteado? – a loira rosnou em resposta, fazendo-o rir. Porém, seu riso acabou quando ouviu a frase seguinte da loira.
– Fido, fido... Se acha tão bom, mas tem um brinquedo tão pequenininho... – um sorriso de deboche apareceu em seu rosto.
– Pequeno? E daquele ogro que você chama de marido? Uma vez me falaram que quanto maior a altura, menor é...
– Ele dá conta do recado... Agora você... Eu duvido que consiga... – respondeu, rindo, o que irritou o moreno, mas ele não ia deixar assim.
Se a loira quer brincar... Esse é um jogo que dois podem jogar, ele pensou. E se aproximou dela.
– Duvida, é? Quer que eu te prove? – um sorriso malicioso e zombeteiro brincou em seus lábios. A loira o olhou, incrédula. Não acreditava que o vira-lata teria coragem de fazer o que falava.
– Você não tem coragem. Emmett lhe parte ao meio.
Jacob continuou se aproximando de Rosalie e pendeu a cabeça para o lado. Ela ainda não tinha dito que não queria.
– Ele só saberá se você contar... – a malícia em sua voz se tornou mais clara.
O nativo não entendia como, mas uma excitação passava pelo seu corpo só em pensar em agarrar a narcisista.
– Você só pode estar de brincadeira, Jacob!
A loira estava tão descrente da situação que nem percebeu que o chamou pelo nome. No entanto, isso não passou despercebido pelo moreno. O corpo dele já se encontrava a centímetros do dela.
Ele aproximou seu rosto do pescoço dela, evitando respirar. Ela não se moveu, ainda desacreditada, e ele falou próximo ao seu ouvido, com a voz rouca e cheia de malícia:
– Eu sei que você também quer, loira. – lambeu a orelha dela e a puxou, grudando seu corpo ao dele.
Rosalie não conseguia entender como aquela situação podia a estar excitando. Seu corpo não respondia a seus comandos e cada vez mais ela queria aqueles lábios grossos nos dela. Ela sabia que estava mentindo falando que o membro dele era pequeno. Com todos aqueles músculos, não poderia deixar a desejar em sua virilidade.
Muito, muito gostoso, ela não pôde deixar de pensar.
Nenhum dos dois entendeu o que aconteceu naquele momento, mas seus cheiros mudaram. Não sentiam mais o fedor característico um do outro. Só sentiam o cheiro da excitação de ambos.
Jacob pôs uma de suas mãos na nuca da loira e a puxou para junto de seus lábios. O beijo não tinha carinho algum, ao contrário, era bruto, violento e cheio de desejo. Suas línguas travavam uma batalha épica, nem no beijo um queria perder do outro. Aos poucos o corpo de Rosalie foi amolecendo. Jacob passou seu braço pela cintura dela, impedindo-a de cair. Nesse movimento, o membro rígido do nativo pressionou o útero da loira. Seu sexo latejava doido para recebê-lo dentro dela.
Num movimento brusco, o moreno rasgou o vestido da loira, fazendo-a gemer em resposta. A mesma agora se encontrava apenas de lingerie vermelha e preta, a qual excitou ainda mais o rapaz.
Puta de uma gostosa, pensou ele.
Ela pulou em seu colo, passando suas pernas na cintura dele. Sua calcinha molhou ao sentir o membro dele tão próximo de seu sexo. Jacob a escorou em uma das árvores e partiu o beijo, dando atenção ao ouvido da loira. Ela, por sua vez, arfava e arranhava com força as costas do moreno, às vezes ferindo sua pele, para em seguida ser curada. Ele desceu as alças do sutiã e abri-o, agradecendo pelo fecho ser na frente, facilitando seu trabalho. Passou a lamber, chupar e mordiscar os seios intumescidos dela, fazendo-a gemer ainda mais. Ela agarrou os cabelos do moreno e puxou com força.
As mãos do nativo passeavam pelas curvas da narcisista, explorando aquele corpo gostoso e apertando onde podia. Ela, por sua vez, quando ele deu uma mordida um pouco mais forte em um dos seus seios, apertou com força a bunda do moreno, fazendo-o gemer rouco.
Nenhum dos dois aguentava mais esperar e, então, Jacob rasgou a calcinha da loira e enterrou nela com tudo, fazendo a árvore ranger.
Ele segurou o corpo dela pela bunda e conforme ia estocando, apertava cada vez mais forte. O moreno enfiou os dedos de uma das mãos nos cabelos da loira e puxava para trás, fazendo-a se inclinar, dando-lhe espaço para chupar e morder seu pescoço por inteiro. As estocadas ficaram cada vez mais rápidas e fortes e os dois gemiam cada vez mais alto, tendo sorte da mansão dos Cullens ficar bem distante de onde estavam.
A árvore rangia cada vez mais e estava a ponto de quebrar. Os dois sentiam que o orgasmo estava chegando, mas sentiam falta de alguma coisa. Algo que lhes daria o prazer que faltava para o orgasmo... Foi então que Jacob percebeu o que faltava: precisava xingá-la.
– Se não fosse vampira, dava uma boa cadela!
– Cale a boca e continue seu trabalho, cachorrinho!
E, incrivelmente, após se xingarem, o prazer que sentiam ao fazê-lo fez o orgasmo atingir a ambos. Com a última estocada de Jacob, a árvore se partiu ao meio, levando os dois ofegantes ao chão. E o improvável aconteceu: os dois começaram a rir.
Cada um rolou para um lado, ainda rindo, e olhando o céu, que aos poucos foi se abrindo. Quando se acalmaram, olharam um para o outro e, nesse momento, um raio de sol atingiu Rosalie, fazendo-a brilhar. Jacob não se segurou.
– Purpurinada! – riu. Rosalie rolou os olhos, se sentou e passou a mão pelos cabelos embaraçados devido ao que ele tinha feito durante a transa.
Passado o momento de luxúria, a realidade havia de voltar. Nessa hora respiraram fundo e perceberam que o fedor característico tinha voltado.
– Argh! Tava bom demais pra ser verdade esse fedor ter sumido. – os dois reclamaram e se olharam.
– É bom o Emmett não saber que isso aconteceu. – a loira falou.
– O que foi? Está com medo dele não te querer mais porque você o traiu?– Jacob debochou.
– Quem devia estar com medo é você. É a sua cabeça que ia rolar... Não a minha. -replicou.
– Sem chances – o moreno riu. – Mas fique tranquila. Por mim, ele não saberá do nosso segredinho... – um sorriso malicioso brotou em seus lábios.
– Acho bom. – ela se levantou e foi buscar o vestido rasgado e sua lingerie. Na hora, nem ligou para suas roupas, a selvageria do rapaz a tinha excitado ainda mais. Porém, agora havia se dado conta de sua situação – Argh! Seu idiota! Como eu vou voltar para casa?
Ele riu sacana.
– Acho que vou ter que assaltar uma loja nesse fim de mundo. Você me paga, pulguento. –olhou para ele com raiva.
– À disposição, oxigenada! – riu novamente. Ela bufou e saiu correndo. Ele se transformou novamente em lobo, se sentindo plenamente satisfeito, e continuou em sua ronda.
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Quando Rosalie voltou para casa devidamente vestida, encontrou Edward com um sorriso debochado.
– Ora, ora, ora. Quem diria, hein?
Cale a boca intrometido!, ela pensou, aborrecida.
– Para quem vivia xingando-o... – ele continuou, sacaneando-a.
Eu falei para calar a boca!, pensou, com raiva.
– O que será que os outros acharão disso? – ele fingiu pensar divertido.
Se você contar, considere-se morto!, ameaçou. Ele riu.
– Você sabe que eu nunca deixarei você se esquecer disso, não é? – perguntou, levantando a sobrancelha, prepotente.
Eu mandei você calar a boca. Vai calar sozinho ou eu terei que forçá-lo?, grunhiu.
Ele levantou as mãos em rendição, ainda rindo, deixando a loira entrar tremendamente furiosa.
Sabia que havia mais coisas por trás de um insulto. Sempre soube, pensou, divertido, antes de entrar na mansão.