- !
Eu me virei de costas ao mesmo tempo em que senti as borboletas em meu estômago se agitar ao ouvir a voz de . Então eu o vi. E senti a Terra parar enquanto ele vinha até mim, com aquele sorriso maravilhoso que só ele tinha. Ele me abraçou, me tirando do chão, e eu só pude pensar em como era bom ser a única a estar nos braços de . Aquele abraço quente e confortável que eu amava. Ele me apertou contra si, me girou no ar e, ao me olhar, finalmente sussurrou:
- Feliz primavera e feliz aniversário de um ano de namoro, minha flor de cerejeira! Está pronta para o nosso dia de comemorações?
Eu ri baixo.
- Sim! Estou, estou pronta! Estou tão feliz de estar aqui contigo, !
- Eu também estou, meu amor.
Ele me deu um selinho e eu senti que a força da gravidade não tinha mais efeito sobre mim. Tudo girou na minha cabeça, inclusive o modo como começamos a namorar, ali no Hyde Park, embaixo daquele enorme carvalho.
Flashback .
Eu nunca imaginei que o cara mais popular do colégio poderia se interessar por mim. Já havia um tempo que eu e ficávamos. Estávamos andando pelo Hyde Park naquela manhã de primavera, a primeira da estação, quando ele, novamente, me surpreendeu. Como sempre.
- ?
- Oi?
-Tá vendo aquela cerejeira ali?
- Sim, ela é tão linda.
- Só não é mais linda que você. Vem cá.
me puxou pela mão e me levou até a árvore a que havia se referido. Então colheu uma flor e colocou no meu cabelo.
- ... Eu... Hm... Não sei bem como dizer...
Claro. Ele iria terminar comigo. Eu já deveria imaginar. Suspirei.
- Pode falar, .
Ele respirou fundo e soltou de uma vez.
-Vocêquernamorarcomigo?
Arregalei os olhos.
- Quê?
- ... Você quer namorar comigo?
Eu sorri largo e pulei em cima dele, que caiu no chão, coberto por algumas folhas, amortecendo sua queda.
- Sim, sim, sim, eu quero!
Ele ria sozinho com a minha empolgação.
- Eu te amo, pequena.
- Também te amo, gigante!
Ele me deu um selinho e eu me senti a pessoa mais plena do mundo.
Flashback off.
Ao ver que eu estava perdida em lembranças, me chamou.
- Algo errado, pequena?
- Não... Estava me lembrando do nosso começo.
roçou o nariz no meu e eu ri.
- Me lembro dele todos os dias.
pegou meu rosto, a fim de me beijar, quando eu ouvi uma voz muito familiar gritar não tão longe.
- Dude, dá pra vir pra cá logo? Tudo bem que é o dia de vocês e tal, mas nós estamos aqui esperando!
bufou e eu ri. Claro, eles estavam lá esperando. O resto do McFly e melhores amigos do meu namorado.
- Acho melhor irmos, antes que eles venham aqui e nos separem à força.
Ele riu e me puxou pela mão, indo em direção aos meninos.
Capítulo 2.
- Vem cá, Mrs. .
Eu soltei a mão de e corri até , ou , meu melhor amigo. Ele me abraçou e me girou no ar. sempre sabia tudo sobre mim, desde o porquê eu estava sorrindo até o motivo de uma lágrima cair dos meus olhos. Estava sempre por perto a todo o momento. Essas eram apenas algumas das qualidades que eu admirava nele e que o fazia ser o meu melhor amigo.
- Bom dia, Fletcher!
- Feliz primavera! E parabéns por aguentar esse mala por um ano. Você deveria receber uma medalha de honra ao mérito, !
Eu mordi o lábio, segurando o riso, e soltou uma risada sarcástica atrás de mim.
- Obrigada, . Você faz parte desse um ano.
fez uma cara de “eca” ao relembrar do que fazia parte. É, de muita coisa. Então, eu cumprimentei o senhor retardado e o senhor bonitão e voltei para o lado do gostoso, o meu .
- , eu e os meninos estávamos pensando em ir almoçar no Starbucks. Por que você não liga pras meninas e as chama pra ir junto?
Almoçar não, Starbucks não era bem “almoçar”, mas nós gostávamos disso. Assenti e me afastei um pouco, pegando o celular para ligar pras meninas enquanto ouvia comentar sobre uma bunda gostosa que havia passado na frente deles. Sempre o . Eu ri e acionei a discagem rápida do celular no número 4. Não demorou muito, uma voz estridente atendeu.
- Quem é a son of bitch que tá me tirando da cama há essa hora?
Revirei os olhos. A odiava ser acordada e eu já esperava ser recepcionada dessa forma.
- Lizz... É a . Você tá com as meninas?
As meninas eram minhas melhores amigas. (a anfitriã da ligação), e . Cada uma delas tinha um rolo com um dos meninos. Nada sério, apenas rolos.
- Sim, estão. Por quê?
- Estou no Hyde Park com os meninos. Vamos almoçar no Starbucks. Vem...
Não precisei terminar. desligou o telefone e eu sabia que em quinze minutos ela estaria ali.
Capítulo 3.
- , querido, você poderia muito bem tomar a sua cerveja ao invés de derrubá-la em cima da minha blusa nova!
Nós rimos com o tom de sarcasmo na voz da , enquanto Harry fazia sua melhor cara de “desculpa, amor.” Harry e era um casal, e outro e e , o último. E era, definitivamente, a pessoa mais sangrenta que eu conhecia. Eu tinha dó do Harry. , que estava com o braço em volta do meu ombro, pegou a chave do carro, jogou para e sinalizou com a cabeça para o lado de fora da Starbucks.
- Hey, . Vai ao carro, tem uma blusa da lá. Pega, veste e volta aqui depois.
Enquanto isso, o coitado do se recompõe. Olha como ele ficou com medo do seu tom de voz!
Harry estava branco. riu e deu um selinho nele.
- Ok. Mas vem cá, ... O que a blusa da tá fazendo no teu carro? Vocês andaram se pegando em noites proibidas?
Eu mandei meu lindo dedo do meio pra ela junto com um audível palavrão.
- Vai se foder, vadia.
Todos riram enquanto a saía do lugar para buscar a blusa. Logo, ela voltou e nós terminamos de comer em meio a muitas risadas. Depois, resolvemos ir até a casa do , jogar Guitar Hero. Nós, meninas, perdemos quando os meninos resolveram tocar algumas músicas do McFly, eles mesmos. Ridículos. Então, enfim, já era noite quando me chamou num canto e disse que iríamos sair.
- Pra onde?
- Apenas vamos, princesa.
Eu peguei minha bolsa e o segui. Entrei no carro e ele deixava uma mão na direção e outra no meu coração, apenas para sentir as batidas dele. Quando estávamos passando na frente do Hyde novamente, levou a mão que estava em meu peito para os meus olhos.
- , o que você tá fazendo?
- Apenas mantenha os olhos fechados até que cheguemos.
Eu bufei, mas assenti. Logo, um cheiro conhecido começou a invadir minhas narinas. Cheiro de pipoca doce e de churros, e o som que chegava aos meus ouvidos era um som calmo, como se fosse um rio calmo passando sem pressa de chegar ao seu destino.
- , onde estamos?
- Calma... Você verá.
Senti o carro parar e continuei com os olhos fechados, a pedido do meu namorado. Então, ele me guiou pra fora do carro e os sons e aromas que eu havia escutado e sentido anteriormente agora estavam mais próximos. Enfim paramos.
- Está pronta pra ver?
- Sim, eu estou.
- Lá vai... Um, dois...
Ele descobriu meus olhos e tudo fez sentido. Claro! Estávamos na frente da London Eye, e ao lado do Tâmisa. Eu ia direito ali quando era criança, antes dos meus pais se mudarem para o Brasil. Olhei para , que sorria radiantemente, e joguei meus braços em volta do seu pescoço, enquanto ele pousava as mãos em minha cintura.
- Feliz aniversário de namoro, pequena.
- Feliz aniversário de namoro, gigante.
Nós rimos e ele me deu um selinho. Logo depois pegou minha mão, me puxando em direção a uma das cabines do enorme olho londrino.
- Vem! Tenho mais uma surpresa pra você.
Eu estava extasiada. Entramos na cabine e eu avistei uma pequena e delicada mesinha com a garrafa do vinho que mais gostávamos, pequenos chocolates e várias rosas espalhadas pelo chão.
- ... Isso é...
- Só o começo da noite.
Eu me sentei no banquinho e ele se sentou à minha frente. Então, a London Eye começou a se mover. Nenhum de nós falou, apenas observávamos o que estava acontecendo. Quando ela chegou ao seu ponto máximo e parou, pegou minhas mãos, quebrando o silêncio.
- ... Tenho algumas coisas pra te falar.
- Sou toda ouvidos, meu amor.
Ele apertou seus dedos nos meus e começou.
- ... Eu venho tentando dizer isso há um tempo. Quer dizer, eu já disse várias vezes, mas nunca como se dever. Desde que te vi, eu tinha certeza que era pra ser você a mulher da minha vida, a minha namorada, futuramente esposa, com quem eu quero acordar e dormir. A quem eu quero chamar de “mãe dos meus filhos”, com quem eu quero envelhecer e vir até aqui pra poder dar pão pras pombinhas todo final de tarde, junto com os nossos netos, e contar-lhes a nossa linda história de amor. Você, , me tirou de uma escuridão sem fim e me mostrou o maior clarão do mundo, o seu amor. Obrigada, por me fazer tão feliz em todo esse tempo e por me aguentar. Eu te amo, minha princesa. Eu te amo mais do que a minha vida.
As lágrimas já corriam deliberadamente pelo meu rosto e o soluço presto em minha garganta saiu involuntariamente.
- Eu também te amo, meu amor. Eu te amo mais do que tudo nesse mundo!
Ele sorriu, se aproximou e encostou os lábios nos meus. Eu repousei minha mão no seu cabelo e dei leves puxões, enquanto ele partiu o beijo, cedo demais, para dizer mais alguma coisa. Eu o encarei.
- Tenho uma coisa pra você...
Ele se desvencilhou de mim e pegou no bolso um saquinho, tirando de lá uma correntinha dourada. Uma, colocou em meu pescoço. O pingente era a letra “D”. O outro, colocou no seu e o pingente era a letra “C”.
- Estaremos sempre ligados.
Eu o beijei novamente. Tudo parecia perfeito. E realmente estava. O meu homem era perfeito.
Capítulo 4.
Acordei no dia seguinte com One For The Radio. Pois é, esse era meu despertador. Enrolei cinco minutos na cama quando percebi que o horário de vir me buscar estava próximo. Então, como sempre, me levantei praguejando contra metade do mundo. Corri para o banheiro, tomei um banho e escovei meus dentes. Ainda tinha quinze minutos. Então coloquei um jeans, uma camiseta dos Beatles que havia ganhado de no meu último aniversário, meu all star vermelho e um moletom escrito “Oxford”, o nome da universidade aonde eu cursava Publicidade. Prendi meu cabelo em um coque desalinhado, peguei minha bolsa e o celular, fechei meu apartamento e desci as escadas um pouco desesperada, já que o elevador estava no térreo e até subir pro oitavo andar demoraria uma vida. Ao chegar à portaria, vi o meu porteiro, um senhor amável que sempre se preocupava comigo.
- Bom dia, Mr. Jared!
- Bom dia, Mrs. ! Chegou isso aqui de madrugada pra senhorita.
Ele tirou do armário da portaria um grande buquê de flores, arrumado delicadamente. Eu o olhei e sorri largo, claro que eu sabia de quem era. Da mesma pessoa que buzinava freneticamente pra que eu saísse do prédio e fosse logo ao encontro dele naquele carro.
- Mr. Jared, por favor, guarde pra mim! Quando eu voltar, eu pego com o senhor.
- Como quiser, Mrs. . Tenha um bom dia.
Eu saí do prédio e entrei no carro de , que tirou o cinto e me beijou calorosamente.
- Wow, assim, você me deixa sem fôlego, !
Ele riu.
- Bom dia, Mrs. . Tenho uma proposta pra você.
- Diga, Mr. .
- Rola almoçar comigo mais tarde?
- Que horas?
- Depois que eu sair da gravadora.
- Claro que rola. Você me busca?
- Claro. Eu te ligo na hora em que eu sair. Vou demorar lá hoje.
- Por que demorar?
foi cauteloso ao responder minha pergunta. Enquanto formulava sua resposta, colocou o cinto e acelerou o carro.
- O ... Ele... Quer que terminemos logo o cd pra que possamos sair em turnê. O mais rápido possível.
Eu fechei a cara e cruzei os braços, como se fosse uma criança.
- Ah.
- , para com isso.
- Não quero conversar.
- Pequena, não faz assim comigo...
- Eu já disse, .
Ele bufou e levou uma mão até a nuca, puxando os cabelos que ali havia. Não demorou muito, chegamos ao campus aonde eu cursava publicidade. Ele saiu do carro, abriu a porta pra mim e me abraçou, porém eu me soltei do abraço e entrei rápido, sem nem me despedir dele. Eu o sentir suspirar e entrar no carro. Entrei na faculdade e me tranquei no banheiro. Passei o primeiro período lá, chorando. Não queria que fosse embora, eu tinha muito medo. Claro que eu torcia pelo sucesso da McFly, mas me apavorava a ideia de ter meu namorado longe por tanto tempo. Então, no segundo período, eu saí pra ter aula. Entrei na aula de marketing atrasada. As duas últimas aulas passaram rapidamente. Ao fim do período, fui até o ponto de ônibus mais próximo e peguei o ônibus que me levava até meu prédio. Peguei as flores com o meu porteiro e subi. Pedi para que o Jared não deixasse ninguém subir sem minha autorização. Tomei um banho, coloquei uma roupa larga, fiz brigadeiro e me joguei no sofá para uma tarde incansável de The Big Bang Theory. Incansável também era , que não parava de ligar no meu celular. Acho que ele já havia ligado umas 35 vezes, sem exagero. Eu não atendi nenhuma delas. No fim da tarde, meu interfone tocou. Eu já estava pronta para soltar um “não” bem grande para qualquer um que fosse, mas Jared anunciou alguém que eu não esperava.
- Pode mandar subir, Jared. Obrigada.
Abri a porta do apartamento, esperando o elevador abrir. O garoto loiro com cabelos desgrenhados que saiu de lá me abraçou fortemente sem falar nada. Eu derramei algumas lágrimas e nós entramos no apartamento e sentamos no meu sofá. Eu me deitei no colo dele, enquanto ele acariciava meu cabelo devagar. sabia exatamente do que eu precisava, eu não tinha que usar palavras com ele. Ele proferiu uma única frase desde que chegou:
- Se quiser falar sobre, eu estou aqui. Até você me mandar embora.
Eu suspirei e peguei sua mão. Fiquei brincando com seus dedos até resolver sentar no sofá. Então, suspirei novamente.
- ... Estou com medo.
- Ele também.
- Mas eu vou sentir falta dele e de você.
- Nós também. Mas, ... Pensa em uma coisa, pequena... Isso é a nossa vida. É a nossa paixão. É como nós sobrevivemos. Nós precisamos tocar pra ganhar. Fizemos uma escolha montando a McFly e batalhando por ela. Agora precisamos honrar essa escolha. Imagina os milhares de fãs esperando essa turnê. Imagina como cada uma ficaria desapontada. E se coloca no lugar do . Imagina a barra que ele tá passando por não poder te levar. Mas ele te ama, pequena. E pode deixar, eu vou cuidar dele. Não vou deixar nenhuma bitch dar em cima do homem da minha melhor amiga.
Eu ri.
- Você parece um gay falando assim, Fletcher.
- Você não sabe do meu relacionamento com o , então?
Nós rimos juntos e eu o abracei.
- Obrigada, . Eu te amo. Pra sempre.
Ele riu baixo e me apertou contra si.
Capítulo 5.
’s POV.
Eu estava no aeroporto com os caras e as meninas. Ainda faltava tempo para o nosso voo. A não falava comigo havia dias e eu estava dando espaço pra ela. Só lamentava por ter que ir embora sem poder me despedir da minha namorada, da minha pequena. Eu olhei pras portas do vidro do local e suspirei mais uma vez, a décima em menos de um minuto. ao meu lado e com um sorriso no rosto, tentava me acalmar.
- Vai ficar tudo bem, dude. Ela virá. Você vai ver.
Eu ri, cansado.
- Conheço aquela baixinha, . Ela tá com raiva de mim. E eu não posso fazer nada.
Antes que pudesse me responder, ouvi um grito distante. Uma voz familiar. E o meu nome.
- !
Olhei pra trás e a vi correndo, desajeitada, quase tropeçando entre as pessoas e malas que insistiam em entrar no seu caminho, alongando o percurso até mim. riu baixo.
- Acho que você não a conhece tão bem assim, afinal.
Eu sorri largo. Sabia que ele tinha feito algo. Abracei meu melhor amigo.
- Obrigada, cara. Eu te devo uma.
- Pague depois com cervejas. E agora, vá ao encontro dela.
Eu sorri, larguei minha mochila no chão e saí correndo. Em meio minuto, ela estava nos meus braços, derramando algumas lágrimas. Eu a apertei contra mim.
- Achei que você não viesse. - Sussurrei pra que só ela ouvisse.
- Não poderia deixar de vir. tem participação, como sempre.
Rimos juntos. Eu a olhei. Estava com os olhos vermelhos e era claro que ela havia chorado. Eu passei meu polegar pela bochecha dela e ela fechou os olhos ao meu toque.
- Você chorou.
- Você percebeu?
- Sempre percebo tudo quando se trata de você.
E era verdade. Nem eu acreditava o modo como eu ficava detalhista quando eu estava com a . Como se ela fosse a última pessoa do mundo. E, pra mim, ela era.
- Não se esquece de mim?
- Você é minha namorada. Futura esposa. Não tenho como esquecer.
- Você vai me ligar?
- A cada segundo do dia. Prometo. Ligo pra cantar pra você dormir, ligo pra te acordar, ligo pra ouvir você mastigar o almoço.
Ela riu.
- Isso foi nojento.
- Desculpa, meu lado homem.
Ouvi a voz da funcionária chamar o meu voo. Voo 345B, AirLines, de Londres, Inglaterra, para Tóquio, na China. O primeiro destino. Passei meus braços por sua cintura e apertei-os ali.
- Minha hora.
Suspiros dos dois. Tão pesados quando o céu de Londres naquele dia.
- Vamos. Não vai perder o avião.
Ela recostou no meu peito e começamos a andar. Calados. Era quase como se eu estivesse entrando no corredor da morte. Enfim chegamos ao lugar aonde só eu e os guys poderíamos entrar. Eles chamavam de sala de espera; eu poderia apelidar de cemitério.
Não pense que eu não estava feliz por fazer uma turnê mundial com meus melhores amigos. Mas como dizem, a fama e o sucesso sempre cobram seu preço. E, dessa vez, o preço era alto. Era a minha vida sendo deixada pra trás. Era a minha mulher.
Despedi-me das meninas enquanto se despedida de . Eu a ouvi falando algo sobre não se esquecer do que eles combinaram. Ri baixo. Ela e seus segredos com o . Despediu-se dos outros e, finalmente, nossa vez chegou.
- Então, pequena...
- Então, gigante...
Nós rimos mais uma vez. Não sei por que ríamos tanto. Talvez pra tentar aliviar a tensão do momento, coisa que não funcionou. Ela não demorou muito pra demonstrar. Desprendendo um soluço do fundo da garganta, voou em meu pescoço. Eu a abracei com toda a força que podia, tentando não esmagá-la.
-Eu te amo, . Eu te amo muito, mais do que tudo.
-Eu também te amo. Você é tudo pra mim, pequena.
Eu me afastei para olhá-la e sorri triste. Vi que os olhos dela já estavam marejados. Sequei-os devagar. Mais uma vez, eu estava totalmente detalhista. Desci meu dedo indicador de seu olho até seu queixo, segurei-o e uni nossos lábios para um selinho que logo se transformou em um beijo molhado, devido às lágrimas que ambos derramávamos. Harry me chamou de longe e eu percebi que, por mais que quisesse, não poderia mais adiar. Abracei-a novamente, sentindo o perfume doce dela que impregnava meu nariz e minhas roupas pela última vez.
- Boa viagem, Mr. .
- Obrigado, Mrs. .
Ela riu mais uma vez e eu sorri amarelo, entrando na sala de embarque. Vi quando ela se abraçou à e começou a chorar. Seu peito subia e descia rapidamente. Sentei-me ao lado de e ele sussurrou:
- Difícil, né?
Não entendi.
- Despedidas. São difíceis.
- Cara, você não sabe o que eu estou sentindo.
riu. Parecia cansado e eu me perguntei o porquê, já que a viagem ainda nem havia começado.
- Sei. Não foi nada fácil largar a .
Ele virou o rosto para a pista aonde os aviões pousavam. então estava apaixonado. Que engraçado. Vida irônica. Ao levantar para finalmente entrar no avião, não estava mais lá. E, em um segundo, eu também não estava. Por longos doze meses.
Epílogo.
POV .
Difícil acordar e não vê-lo na minha cama. Difícil não poder beijá-lo. Difícil não poder ter meu homem comigo. Ainda estou trabalhando psicologicamente que um ano é pouco. Mas a dúvida que não cala em minha mente é: realmente se lembrará de mim em duas semanas?
Nota da autora: Acabou! Um master obrigada à todo mundo que leu “Primavera”. Tem a continuação dela já pronta, acho que, quem gostou desta, vai gostar das outras! Enfim, é isso, obrigadão! <3
Nota da beta: Ok, estou ansiosa para a continuação. Eu nem amo um romance com muito drama, imagina.
Qualquer erro me avise aqui. Dúvidas? aqui. :)