NOME
História por Brenda Blake | Revisão por Larys


- O quê?! Mas, mãe, o casamento da Anne vai ser lá na Grécia? – Falei mordendo mais um pedaço do bolo, pulando no sofá logo em seguida. Minha mãe revirou os olhos enquanto varria a casa. Odiava vê-la trabalhando todo dia, arrumando a casa só para deixar aquele traste feliz; odiava vê-lo trair minha mãe visivelmente, trazendo mulheres todos os dias dizendo que era conversa de trabalho e as levava para o quarto. Minha mãe também notava, é claro, mas não falava nada. Os motivos disso? Eu não faço ideia.
George, o nome do homem nojento ao qual eu mantinha um ódio mortal, não era meu pai, óbvio que não. Meu pai morreu na guerra quando eu ainda era muito pequena para sequer lembrar, minha mãe me disse que ele era um homem lindo, com gênio forte, ao qual eu puxei, robusto que a conquistou no primeiro dia em que se conheceram, mas então ele teve que ir para guerra. Os pedidos da minha mãe para que ele não fosse foram em vão, meu pai disse que era uma questão de dever para ele. Então, quando eu tinha oito anos, ela casou com o George, um bêbado que, por sorte, tem um negócio que trás dinheiro aqui pra casa. – Jasmine, cadê minha cerveja? – gritou ele do andar de cima e eu o xinguei baixo para que minha mãe não ouvisse. Então ela abriu a geladeira, pegando a garrafa.
- É, , vai ser divertido. Um final de semana longe daqui, só eu e você na Grécia para ver sua irmã se casar!
Ela falou animada e eu apenas coloquei a última garfada de bolo na boca, ótimo. Anne era minha irmã por parte de mãe, quatro anos antes de conhecer meu pai, ela foi casada com outro cara que a abandonou depois que descobriu que minha mãe estava grávida, e aqui estamos nós. Anne prestes a se casar e eu viajando para Grécia para vê-la dizer o aceito.

- Se alguém aqui tiver alguma objeção, fale agora ou cale-se para sempre - A voz do padre ecoou por toda a igreja e eu bufei, ninguém ia falar nada que contrariasse o casal perfeito, não é mesmo? Esses dois foram feitos um para o outro. Ela formada em medicina, uma menina mesquinha e irritante, mas que sabe fazer seu trabalho muito bem; e ele o riquinho da família que trabalha com banco e ainda por cima grego. Sabe aquela expressão ‘Deus Grego’ para homens extremamente bonitos? Era para ele.
- O noivo pode beijar a noiva. – O casamento passou tão rápido que eu só fui acordar de meus pensamentos quando os vi se agarrando no meio do altar, se agarrando era exagero, até porque estávamos em uma igreja, mas foi um beijo de cinema, daqueles que o cara pega a mulher pela cintura e ela cai para trás para depois ele beijá-la, se curvando. Qual seria a dificuldade para o homem segurá-la e se concentrar no beijo também sem soltá-la? Bem, ainda bem que o mesmo era forte, não é?
Não se enganem, eu amo minha irmã, embora ela tenha me esquecido quando veio cursar medicina aqui na Grécia, não respondia meus e-mails, cartas... Nada. Então realmente perdemos um pouco daquela ligação toda. – , a festa está ótima, vem dançar um pouco – minha mãe praticamente me empurrou para o salão e, como boa desajeitada que sou, quase caí no chão, mas felizmente alguém me segurou.
- Cuidado, moça, esse chão pode ser bem escorregadio quando se anda rápido desse jeito. – Me perdi em seus olhos azuis por um momento, antes de balançar minha cabeça e pigarrear, me recompondo. Ele me olhava com um misto de curiosidade e ao mesmo tempo diversão, quem era ele, afinal?
- Ah, sim, obrigada por... – Fiz gestos para agradecê-lo, mas eu era péssima para tal coisa.
- Por te segurar? Sem problema nenhum... – Ele disse sorrindo e levantando a sobrancelha, essa era a deixa para eu falar meu nome, mas por que não dar um ar de mistério nisso?
– Hum, eu não vou falar meu nome. Vai que é um sequestrador? – Cruzei os braços sorrindo de lado, o olhando provocativa e o mesmo riu. - E pode deixar, sei me cuidar sozinha. – O mesmo usava um smoking, com gravata borboleta; seus cabelos castanhos, levemente bagunçados, e da onde estava podia sentir o cheiro de um perfume importado, que tinha a leve impressão de que conhecia.
- Tenho certeza que sim, senhorita. E fique tranquila, não sou um sequestrador. – Ele disse, me lançando um sorriso sedutor e eu apenas franzi as sobrancelhas dando uma pequena risada. Depois o garoto me olhou como se perguntasse do que estava rindo, então suspirei, parando com a risada.
- Isso é exatamente o que um seqüestrador diria. – Ele entreabriu os lábios, estava prestes a falar alguma coisa, mas um homem de barba e cadeira de rodas o chamou ao lado de um cara de muletas. - Percy! Temos que ir. – Ele falou e o garoto, cujo nome era Percy, pegou minha mão, depositando um beijo na mesma.
- Foi um prazer conhecê-la, mas tenho que ir. Outro dia te convenço de que não sou um sequestrador – Percy piscou e, antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, ele correu para onde estava o homem, dei de ombros e fui pegar alguma coisa para beber.

Acordei na manhã seguinte com uma dor de cabeça infernal e decidi sair daquele hotel onde estávamos hospedadas um pouco, caminhar, sentir o vento bater em meus cabelos, aquilo me faria sentir melhor. Estava distraída olhando tudo aquilo, as pessoas sempre sorrindo e alegres com a vida como se nada desse errado nunca. Eu gostava da Grécia, embora tenha implicado um pouco com minha mãe para vir, era por causa da Anne e não da Grécia, afinal, era muito melhor vir para cá e tirar umas férias daquele fim de mundo.
Senti bater em alguém, como sempre, mas dessa vez era uma idosa. – Oh, me desculpe! E-eu não te vi. – Ela gesticulava e falava coisas em outra língua, eu era péssima para falar alguma coisa que não fosse a minha língua, então eu saí rápido dali, já que ela parecia brava comigo, apontando a bengala para mim. Acenei pedindo desculpas, eu hein.
Como ainda estava bem cedo, não me preocupei com relação a minha mãe, já que ontem ela deve ter bebido umas duas garrafas inteiras sozinha. É, deve ter que afundar as mágoas em algum lugar, não é? Então por que não em um bom vinho grego? Então a mesma acordaria só depois da hora do almoço.
- Venham conhecer um pouco da nossa história! Da nossa cultura, do nosso passado! – Uma moça gritava na porta do que parecia ser um museu, era alta e com cachos castanhos caindo sobre seus ombros. Me aproximei um pouco para ver do que se tratava, ela pousou seus olhos sobre mim enquanto eu via os quadros pendurados na porta do museu, até que uma pintura me chamou atenção. Parecia um bosque e, pelo pouco que eu sabia de arte porque minha mãe foi uma artista renomada, as cores pareciam se expressar ali, o modo que as folhas caíam das árvores quase secas ali, era quase comovente.
- Bosque de Creta, boa pintura para se observar. – A morena que, momentos antes, estava anunciando as obras falou e eu a olhei pelo canto dos olhos, mas voltei minha atenção a pintura. Parecia que havia um homem ao fundo da imagem, mas era quase impossível de percebê-lo, parecia se mover de acordo com as folhas caindo aos poucos no gramado de um verde vivo enquanto as árvores pareciam sem vida, quase sem inspiração.
- Diz a lenda que o bosque ganha vida a cada semideus existente na Terra... Bom, acho que há um bom tempo não surge um então. – Ela continuou falando e eu simplesmente revirei os olhos, ela não se cansava de falar ou mesmo de ficar animada o tempo todo? E semideuses? Qual é, lendas são apenas lendas. Virei- me para a mesma, a olhando de cima a baixo, dando um sorriso cínico. Seu rosto parecia cansado, mas mesmo assim animado, seus olhos verdes brilhavam e ela sorria abertamente para mim, mordi meu lábio. Estou na Grécia, por que não tentar ser um pouco mais sociável? Entortei um pouco a cabeça, me virando novamente para o quadro. – Semideuses? – perguntei, cruzando os braços e franzindo as sobrancelhas em evidente sinal de interesse da minha parte, pude senti-la vibrar ao meu lado.
- Sim, eles são filhos de deuses com seres mortais, então, por lógica, eles são meio deuses, meio mortais. Normalmente eles se destacam por características incomuns entre os humanos. – Ela se virou para o quadro, também soltando um grande suspiro, suprimi a vontade de olhá-la outra vez, essa garota era intrigante, pelo menos o modo como agia.
- E quais são essas características? – Perguntei, agora realmente me interessando pelo assunto. Chutei uma pequena pedra que estava a minha frente, a fazendo quicar a alguns passos de nós.
- Ah, cada um tem as suas, impossível dizer com certeza quais são... – Ela disse e eu rolei meus olhos, achando ridículo o meu interesse repentino pelo assunto.
- Tem nome, garota? – Perguntei, indo me sentar em um banco que havia ali por perto, sem me preocupar com as pessoas nos olhando, o que era estranho, mas como eu não era daqui, vai que encarar era bonito para eles e seus pais lhe ensinavam isso quando eram menores? Mas eu não tinha problema nenhum com isso, não era do tipo tímida.
- e você, como se chama, forasteira? – A olhei pasma, era tão óbvio assim que eu não era daqui? Ela soltou uma pequena risada se explicando. – Desculpe, mas é claro que não é daqui pelo fato de nos olhar como se fôssemos um tipo de experiência científica, fora não falar nossa língua. – Tinha realmente me esquecido desse pequeno e minucioso detalhe da língua deles ser diferente da minha, mas ela se comunicava sem problemas comigo, falando o mesmo idioma que o meu, que, por um momento, me fugiu essa questão.
- Hum, bom saber que sou uma típica turista – disse com um toque de desdém na voz, odiava que as pessoas me achassem diferente ou mesmo inferior por não morar nem conhecer esse país.
- Às vezes ser diferente é bom. – Ela disse quase como se lendo minha mente, colocando minha bolsa em meu colo. Levantei uma sobrancelha a olhando, eu não sabia que era tão previsível assim. – Sabe quem vivia no bosque de Creta? – Ela perguntou, se virando para observar mais uma vez o quadro, então me lembrei que na pintura achei ter visto um homem mais ao fundo dela, talvez não estivesse enganada. A olhei como quem estivesse esperando uma resposta e a mesma sorriu prosseguindo. – Zeus.
- Zeus? – Levantei a sobrancelha e a mesma se levantou acenando com a cabeça para que eu a seguisse, e assim eu fiz. Enquanto ela dava passos lentos adentrando a pequena casa onde havia mais quadros, passava a mão por eles como se esses fossem sua vida, talvez fossem...
- Deus dos trovões, deus do Olimpo, filho de Cronos e Réia. – Ela explicava e eu escutava atentamente, mas essa história eu já conhecia, foi uma matéria que minha professora de redação passou para a prova e tivemos que fazer uma dissertação sobre o assunto. Me interessei bastante e acabei tirando uma nota boa, pelo menos naquele semestre. – Eu conheço essa lenda, dizem que Cronos tinha o hábito de devorar seus filhos para que não tomassem seu lugar no trono...
- Até que Zeus nasceu – ela disse me interrompendo e parando em frente à outra pintura, mas dessa vez era de um homem, grande barba branca e uma roupa estranha, cobria apenas um ombro e ia até seus joelhos. A pintura era em tamanho real, os olhos do homem pareciam penetrantes e até vivos, me senti acolhida pela pintura, mas que estranho. Cruzei os braços, percebendo que eu estava perto demais da pintura e dei alguns passos para trás. – E sua mãe, Réia, deu uma pedra embrulhada ao invés do filho, então Zeus foi criado no bosque de Creta. Quando cresceu foi até seu pai para combatê-lo...
O homem na pintura carregava uma espécie de raio em sua mão direita, apontando-a para os céus que estavam escuros e tempestuosos. Já tinha entendido que aquele seria Zeus pronto para uma guerra. – Zeus libertou ciclops, os mesmos que deram a ele o raio que o ajudou a derrotar seu pai, a guerra durou dez anos e, com vitória de Zeus, o mesmo subiu ao Olimpo com seus irmãos Poseidon, deus supremo do mar, e Hades, deus do mundo inferior.
Me aproximei novamente, passando delicadamente o dedo pela imagem, pelo raio e subindo mais um pouco percebi uma frase escondida acima da cabeça de Zeus. Ficando na ponta dos pés, pude ver melhor, estava em grego, mas por uma estranha razão eu sabia que podia ler.

“Zeus, deus que dá aos homens o caminho da razão”


Senti um pequeno choque percorrer meu corpo após ler a frase e me afastei rapidamente, soltando uma pequena risada e balançando a cabeça, aquilo devia ser alguma brincadeira. Me virei para . – Eu, anh, tenho que ir agora, no final da tarde vou visitar o Coliseu antes de voltar para casa e eu preciso arrumar tudo, sabe como é não é?
Pude ver seus olhos verdes brilharem. – Posso ir com você? Sabe, eu sou uma ótima guia turística nas horas vagas! – Entusiasmo transbordava de suas palavras e a vendo daquela forma parecia quase impossível dispensar, e outra, qual era o problema? Minha mãe, eu e fazendo uma visita ao coliseu, maravilha.
- Mãe, é impossível você ter uma intoxicação alimentar aqui! – Gritei com a mulher deitada na cama com uma aparência nada boa, seu rosto estava em um perigoso tom esverdeado e a cada dez minutos a mesma corria para o banheiro, e agora ela alegava indisposição para ir comigo ao Coliseu.
- , você pode ir sem mim e com essa garota, , não tem problema nenhum, mas aquele prato exótico deles realmente não me fez bem. – Minha mãe colocou a mão sobre a boca, arregalando os olhos e logo correndo para o banheiro, deixando as cobertas caírem todas pelo caminho. Bufei me apoiando na cerca da sacada do nosso quarto no hotel, porque, claro, Anne não ia deixar ficarmos em sua casa na lua de mel, né? Egoísta!
Senti algo bater em minhas costas e me virei vendo acenar animada apoiada em sua bicicleta. Sorri acenando de volta e fui em direção ao banheiro, dando duas batidas em sua porta. – Estou indo então, mãe, você vai ficar bem sozinha? – Perguntei preocupada, colocando meu ouvido próximo a porta para poder ouvi-la melhor.
- Vou sim, filha, bom passeio. – Depois disso não ouvi mais nada, balancei a cabeça, arrancando um papel do caderno que estava em cima de minha cama, e escrevi meu número para o caso da mesma esquecer e deixei sobre a cômoda ao lado da cama. Então saí do quarto correndo as escadas abaixo, abrindo a portaria e dando de cara com , sempre com um sorriso enorme no rosto. Retribui o mesmo com um sorriso de lado, ainda não estava acostumada com uma pessoa sendo constantemente sorridente, alegre e simpática comigo.
- Vamos? – A mesma perguntou e eu apenas franzi as sobrancelhas, procurando outra bicicleta por perto, em vão, pois não tinha nenhuma.
- Onde eu vou, por acaso? – minha voz saiu cínica, mas a garota pareceu não ligar para tal fato e apontou para a ‘garupa’ da bicicleta e eu ri. – Você tá sonhando que eu vou aí – apontei para o mesmo lugar, rindo mais ainda.
- É, ou você é uma daquelas garotas frescas de Los Angeles? – Quando ela terminou de falar, meu riso murchou e eu praticamente marchei até a bicicleta, me ajeitando na mesma com a cara fechada. Odiava quando me chamavam de fresca, porque era a coisa que eu mais odiava nas pessoas, frescuras. Eu era prática, apenas.
riu, começando a andar com a bicicleta. Me arrepiei com o vento que bateu em meu rosto, aquela pequena cidade de noite era outra coisa, temperaturas baixíssimas, mas mesmo assim cheia de vida. Pessoas guardavam suas coisas nas barracas das feiras, outras corriam com os cachorros dando o último passeio do dia. A lua estranhamente brilhava mais aquela noite, parecendo maior, e havia mais estrelas. Fechei meus olhos, apenas deixando aquela sensação tomar conta de mim, então senti um pingo na ponta de meu nariz, passei a mão para checar a pequena gota, então senti outra e mais até estar chuviscando levemente.
- Chegamos, – disse , descendo rapidamente e eu a segui. Corremos para uma parte coberta do coliseu e então vimos uma grande placa escrito “FECHADO PARA MANUTENÇÃO” e eu suspirei cruzando os braços.
- Acho que vamos ter que voltar outro dia. – Disse , mas eu não teria outro dia para visitar, eu iria embora na tarde seguinte e quem sabe quando iria ter outra oportunidade daquela para conhecer o Coliseu? Olhei para os lados a procura de algum portão que estivesse aberto ou apenas com as correntes frouxas. Corri para perto da estrutura de ferro sem correntes, mas com uma fechadura, xinguei mentalmente quando vi que estava trancado, pisando forte no chão, até que senti algo machucar meu pai e retirei meu pé imediatamente, vendo uma chave no chão. – Mas o que... – Me agachei para pegá-la, olhando atenciosamente dela para o cadeado e mordi o lábio – talvez... – A chave encaixou-se perfeitamente, arregalei meus olhos surpresa por ver as correntes caindo no chão.
- Ahn, acho que você deu um jeito, não é? – riu, dando de ombros. – Mas vamos entrar logo antes que alguém nos veja. – A garota de cabelos cacheados castanhos falou me empurrando para dentro e diante de mim seguia um extenso corredor com outro corredor cruzando o mesmo, alguém podia se perder facilmente naquele lugar. Fiquei um tempo observando as pedras que compunham o corredor, os tateando, prestando atenção em cada detalhe, mesmo que fosse insignificativo. – Vem, acho que tem uma coisa que irá gostar. - me puxou, caminhando rapidamente pelos corredores. Tentei processar os lugares pelos quais passava tentando não me perder, mas foi impossível. - Bom, vou te explicar um pouco sobre o coliseu, tudo bem? - Ela perguntou, rolando seu olhar até o meu e prontamente assenti, deixando meus ouvidos atentos às informações.
- Well, para começar, aqui tem capacidade para receber até nove mil pessoas - fez uma careta, rindo em seguida e eu comprimi os lábios, assentindo. - Foi danificado por um terremoto no século V. – Disse, eu olhei ao redor, nossa, as técnicas de construção deles eras bem avançadas, esse Coliseu aguentar um terremoto e ficar com algo em pé.
- Aqui houve batalhas, lutas de animais, batalhas navais, tudo dentro dos limites do Coliseu...
- Batalhas navais? - Não teve tempo nem de ela processar sequer as palavras da menina, se assustou quando o chão começou a tremer levemente, mas perceptivelmente, e ouviu barulho de correnteza, olhou desesperada para a garota, então as duas começaram a correr. - Mas o que está acontecendo aqui?! - Gritou em meio a correria, mas apenas corria ao seu lado sem falar absolutamente nada. Chegaram a uma parte que dava para o estádio, onde a plateia assistia a tudo. - Os ligamentos por onde passava a água passam do corredor para essa área, temos poucos minutos antes disso inundar... Merda. - Ela parecia falar mais consigo mesma do que comigo, então eu estava perdida, sem saber o que fazer. Ela pegou fortemente em meu pulso, em um gesto de pura defesa, tirei meu braço de perto dela. - Como isso pode inundar se metade do estádio está em pedaços? – Gritei, apontando para a parte já visível que estava fragilizada.
- Nada é impossível quando um deus como Poseidon está atrás da filha de Zeus.
- Como...?! Ai, meu Deus, você bebeu, fumou ou cheirou alguma coisa?! - Mal terminou de falar e sentiu a água passar por seus pés e logo ser carregada pela mesma. Prendeu a respiração porque, em segundos, estava sendo sufocada pelas águas furiosas vindo. Em um ato de desespero, abriu os olhos, arregalando os mesmos, pegando pelo braço, apontando a mão para o chão. Sentiu a palma esquentar e logo as águas se iluminaram, e ela foi lançada para cima com a garota desacordada ao seu lado. Matinha-se na superfície com dificuldade, estava muito longe dos assentos do estádio, a parte que ainda não estava inundada, então sentiu uma correnteza a puxando. Então seu olhar caiu sobre um garoto de olhos azuis, o mesmo que ela havia caído em cima na festa.
- Pronto, está a salvo - falou ele me puxando para cima, segurando em meus braços. O toque fez com que eu me arrepiasse, minha atenção estava nele até eu ver algo ao seu lado, um ser metade humano e em baixo... Metade bode? What the fuck is going on? Soltei um grito, abraçando Percy fortemente. - Hum, acho que devia se assustar assim mais vezes... - Sussurrou ele ao pé do meu ouvido e eu me afastei bruscamente. - Alguém pode me explicar o que está acontecendo?! - Cruzei os braços, então ouvi tossir e um pouco de água sair por entre seus lábios, quis ajudá-la, mas continuei na mesma posição, ela ficaria bem...
- Grover, ajude a . - Mandou Percy e o garoto obedeceu prontamente, carregando ela para fora do estádio. - ... Como eu vou explicar isso tudo? - Ele mordeu o lábio, colocando as mãos no bolso de sua jaqueta. Suspirei, o olhando séria.
- Apenas fale, eu sou bastante flexível considerando o fato de ter acabado de ver um homem bode - dei de ombros, franzindo as sobrancelhas.
- Ok, você pediu... Você é uma semideusa, filha de Zeus, mas isso é proibido, então está tendo uma confusão lá no Olimpo por isso. - Ele apontou para cima, dando uma risada sem humor. - Eu, Grover e viemos aqui junto com nosso mentor para te salvar do meu pai, Poseidon. Que, na verdade te, odeia. - Ele deu de ombros e eu perdi a conta de quantas vezes pisquei e então engoli em seco.
- Anh, ok, acho que não sou tão flexível.
- Bom, você vai ter que ser, porque você vai para o acampamento meio-sangue agora. Pelo menos lá você estará segura.

Fim.


Nota da Autora: Hey, pessoal! Então, esse foi o meu primeiro especial então se puderem comentar ficarei muito agradecida mesmo! (haha) Bom, eu tive a ideia de fazê-lo quando vi que as lindas ADM’s do site postaram o especial relacionado a mitologia, porque sabia que a minha prima (lê- se melhor amiga) é apaixonada por essas coisas e tirei inspiração dela e dessas loucuras que ela fica falando sobre o Percy, que, vamos combinar, é um pedaço de mal caminho! KK então... É isso, daqui a pouco tá todo mundo voltando às aulas e ao trabalho não é mesmo? Então boa sorte! Se quiserem ver mais fics minhas e as novidades sobre elas podem clicar aqui e se quiserem entrar em contato com minha pessoinha aqui este é o meu twitter: @Brends_rock. Queria saber se vocês querem uma continuação para esta fanfiction, porque digamos que eu já tenho algumas ideias! E irei escolher alguns comentários para aparecer no tumblr, então sejam criativas e se quiserem me dêem ideias! Talvez eu as use também xx.



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