Rebirth






Calor.
Era tudo o que sua mente conseguia captar naquele momento. Calor.
O sol parecia aquecer cada vez mais a lataria do carro, mesmo o ar condicionado no máximo de sua potência não parecia aliviar. Ela se abanava com um pequeno folheto de guia da viagem que tinha em mãos, os cabelos foram puxados desajeitadamente para cima, presos por um lápis. Seu longo vestido já estava embolado em volta de suas coxas. Sabia que quando descesse do carro, pareceria que havia sido atropelada por um e não que viajava pacientemente dentro dele.
Suspirou alto e enxugou uma pequena gota de suor que escorreu até sua sobrancelha, como era possível sentir tanto calor? Ela, definitivamente, não estava acostumada.
E ele também não deveria estar.
Ao seu lado, dirigindo pacientemente, o homem não demonstrava qualquer desconforto. Claro, as mangas de sua camisa estavam enroladas até os ombros e ele manobrava os pedais com os pés descalços, mas fora isso, estava mais recomposto que ela.
Até mesmo a menina no banco de trás, ela se virou para poder no seu próprio banco para poder enxergá-la melhor, dormia calmamente em sua cadeira. A cabeça da criança pendia sobre seus ombros, nem ao menos parecia sentir o cinto de segurança que roçava em sua bochecha gorda. desejou poder trocar de vida com a filha naquele momento.
- Eu não aguento mais – queria gritar, toda a sua força de vontade foi para impedir que sua frase saísse mais alto que seu tom normal – Eu vou morrer frita dentro desse carro e a culpa vai ser sua!
riu.
- Claro, ficar dentro de um carro é capaz de causar combustão instantânea.
- Muitas pessoas já morreram dentro de carros, insolação é uma das causas dela, sabia? – ela rebateu, ajeitando, mais uma vez, o visor preso ao teto do carro, mas o sol continuava a ultrapassá-lo. – Eu vou pegar uma insolação, ou vou morrer asfixiada porque o calor é tanto, que nem esse ar condicionado vai aguentar, e aí, ele vai começar a emanar ar quente e vai me sufocar.
Ele acabou não se controlando e sua risada saiu mais alta. prontamente observou se a filha não havia acordado. Tirou a mão do câmbio e segurou a mão da garota ao seu lado.
- Você não vai ter uma insolação e nem ao menos o carro vai explodir, okay? Nós já estamos chegando, de qualquer maneira, o sol está quente, mas aposto que na sombra vai estar mais fresco.
- Claro, mais fresco – ironizou, mas não quis soltar a mão dele. – Esse sol é tão quente que já até torrou as áreas frescas.
- Se é assim, eu vou te colocar dentro da geladeira, o que acha? – tirou por poucos segundos os olhos da estrada para dar um beijo desajeitado no cabelo de .
- Isso se o gelo já não derreteu – ela ainda resmungou, largando a mão do homem e voltando a se abanar, porém com uma sensação de alivio crescendo. não estava mentindo, ela podia enxergar, no final da longa estrada, cercada por palmeiras, por uma vegetação diferente e areia, que o hotel crescia diante do para-brisa.
Foram guiados até um estacionamento interno e sua bagagem foi retirada por um funcionário, extremamente simpático do hotel, chamado Kai. O sotaque dele era carregado e ele tinha dificuldade com algumas palavras em inglês, ou em entender o forte sotaque britânico do casal, mas ele e Emma se deram bem instantaneamente.
- Realmente, você se esforçou para essas férias. – murmurou enquanto acompanhava Kai, tentando manter a mão da filha segura entre suas mãos, pois, conforme a família adentrava o hotel, após saírem da garagem, Emma queria correr para todos os lados.
Tudo era brilhante, com flores e cheiros diferentes. Ele apenas sorriu para a garota e se dirigiu para o check-in, pegando as chaves do quarto, ou pelo menos o que ela pensou que fosse.
Kai os levou por caminhos fora do hotel, feitos de pequenas trilhas de pedras brutas. Aos lados, eram rodeados por vegetação, pequenos lagos de água cristalina e areia fofa da praia em frente ao hotel. Mas o que não esperava é que fossem seguir o caminho da areia, por uma ponte de madeira ligada ao centro do hotel, que se estendia à frente e adentro do mar azulado. Seus olhos se arregalaram ao observar aquela paisagem. Não havia nada em volta do conjunto de bangalôs, todos ligados pela mesma ponte.
Após passarem por alguns, chegaram a uma ponte divisória, ligada à porta da frente da entrada para seus quartos.
- Sejam bem-vindos. – Kai anunciou, deixando a família entrar, onde eram esperados por duas mulheres vestidas a caráter.
Uma delas se aproximou e colocou colares floridos em volta de seus pescoços, Emma prontamente comemorou, por mais que seu colar batesse em seu pequeno quadril. A outra se aproximou com uma bandeja e bebidas servidas dentro de frutas, as maiores para os adultos e uma pequena para Emma.
- Espero que esteja gostando até aqui – comentou após dar um gole em seu drink.
apenas sorriu para o homem ao seu lado e acompanharam Kai pelo local, que lhes mostrara a suíte principal e o quarto onde ficaria Emma, com uma porta de ligação fácil entre os dois. Havia uma pequena sala de estar, com televisão e sofás confortáveis, uma pequena cozinha com um frigobar, além dos banheiros em cada quarto, onde, no do casal, havia um grande ofurô. Sacadas envolviam o bangalô, e na do quarto principal, havia uma pequena escada que levava diretamente ao mar.
- Esse local é incrível, segurou fortemente no braço do homem, os olhos brilhando ao admirarem a paisagem. – Achei que essas seriam apenas... Férias na praia, nada tão grandioso como isso!
- Não são meras férias, , são as primeiras férias de nossa família, eu não poderia fazer algo menor. – ele lhe deu um pequeno selinho.
- Tio deu o mar todo pra gente! – Emma exclamou, se juntando aos pais. pôde reparar que o sorriso do homem diminuíra um pouco ao ouvir a exclamação da filha.
- Só por poucos dias, Emma, mas nós podemos aproveitar bastante aqui – sorriu – Eu já volto.
o acompanhou com o olhar e o viu conversar com o Kai, além de dar uma gorjeta ao homem, que havia colocado as malas em seus devidos lugares.
- Emma... – ela se agachou para ficar da altura da criança. – Já disse que não precisa chamar o de tio... Eu lhe expliquei quem ele é, não expliquei? – ela colocou uma pequena mecha do cabelo da filha atrás de sua orelha.
- Eu sei, mamãe... - Emma parecia encabulada naquele momento e preferia olhar para o colar de flores – Mas eu não conheço o tio direito ainda...
- Que tal tentar conhecê-lo? Nós vamos ter bastante tempo para isso – sorriu, vendo a garotinha afirmar com a cabeça. – Agora vamos, vamos colocar um biquíni e experimentar esse mar, o que acha?
Emma gritou e correu para dentro do bangalô, mesmo com gritando às suas costas para ela não correr.
- Parece que, mesmo com o passar dos anos, o título “tio” nunca me abandona – brincou . se virou para ele, sorrindo timidamente.
- Amor... Preciso te confessar uma coisa – o homem enrugou o cenho. Ela se aproximou calmamente, colocou suas mãos sobre o peito dele e suspirou – Você vai ser tio pelo resto da vida... – lamentou – Quando Emma começar a te apresentar aos amigos dela da escola, você vai ser tio. Nós dois somos “tios” aos olhos dos atuais e futuros amigos dela – sorriu levemente. – Mas nunca mais, nunca mais, a palavra “tio” vai ter o mesmo significado de antes, isso eu prometo.
- Tem certeza? – perguntou, mesmo com o ar brincalhão, via a expressão séria em seus olhos.
- Absoluta – puxou as mãos do homem para a sua cintura, fazendo-o envolvê-la. – Esse título nunca passou de título, nunca foi para mim e nem para o meu coração. – ele lhe deu um pequeno beijo – Mas agora tenho que ajudar Emma a se trocar, eu prometi um mergulho no mar e, francamente, acho que é só isso que vai me resfriar – fez uma careta.
- Aqui tem ar condicionado – riu.
- É por isso que eu te amo – mais um beijo e os dois se afastaram.
logo pôde ouvir os gritos da filha enquanto a mãe tentava vestir-lhe o pequeno maiô.
Não pôde deixar de rir e ir se arrumar rapidamente. Assim que chegou ao quarto, tirou a bermuda de sua mala, junto com um pequeno pacote, que havia escondido antes que percebesse. Aproveitou uma das gavetas do armário e o escondeu ali, seu coração palpitava alto toda vez que mexia nele, seu estômago embrulhava, a ansiedade aumentava, ele mal via a hora de entregar aquilo à .

O sol queimava, mas o mar era extremamente gelado. Podiam ver a vida debaixo das águas, movendo-se em volta deles. A areia era fofa e quente, completamente diferente de algo que já haviam visto. Após se trocarem e saírem do bangalô, a família foi aproveitar a praia à frente do hotel principal.
Em uma pequena tenda branca, foram servidos com um café da manhã refrescante. sentia como se estivesse em uma lua de mel, mesmo não sendo casada, não oficialmente. Tinha medo de tocar no assunto com , apesar de fazer mais de cinco anos desde o divórcio do homem, não sabia se ele estava preparado para tal assunto, ainda mais, não era legal um casamento entre parentes, pelo menos não em território inglês ou em qualquer lugar conhecido por eles. Achava que tocar no assunto traria a mesma mágoa a ele como quando Emma o chamava de “tio”, a limitação sanguínea ainda estava ali, por mais que eles não vivessem mais se tratando com os pronomes que foram postos a si desde que nasceu.
Desde o reencontro no café do homem, os dois não pararam de se ver. Por mais que tivesse receio, não sabia como ele iria reagir, afinal, não lhe dirigiu a palavra enquanto ela tomava café com a filha e o ex-marido. Não sabia o que fazer, parecia que seu coração iria pular de seu peito a qualquer momento, não conseguiu comer ou prestar atenção no que acontecia à sua volta. Seus olhos corriam o tempo todo a ele e os sentia contra si quando não estava olhando. Aquele pequeno espaço de tempo durou uma eternidade na mente deles.
A surpresa foi, ao pagar a conta, onde ele estava no caixa, a pequena nota fiscal veio com um endereço atrás, o mesmo endereço do café, apenas alguns andares acima. Algumas horas mais tarde, com a nota apertada contra a mão, tocou no apartamento indicado, onde prontamente abriu a porta.
A saudade falou muito mais alto do que qualquer razão naquele momento, seus movimentos foram automáticos e, quando percebeu, estava no colo do homem, segurando fortemente em seus cabelos e puxando seus lábios para um beijo. A felicidade veio quando ele não lhe recusou, a recebeu cheio de saudades. Depois daquela noite, o divórcio saiu em seguida, se recusava a passar qualquer minuto a mais longe de .
A explicação veio à filha em seguida, mas Emma ainda tentava se acostumar com a presença do homem. Não moravam juntos, achava que iria apenas forçar uma aproximação repentina, mas as visitava todos os dias, em todos os momentos que podia, e tentava conquistar a filha aos poucos. Aquela viagem era mais um agrado às duas e podia ver claramente.
Após comerem, se sentou na areia e começou a construir, da melhor maneira que conseguia, um castelo de areia com Emma. Trazia água do mar até a filha para poderem juntar os grãos, pegava qualquer utensílio descartável e o transformava em outra coisa - uma bandeira, uma ponte, um guarda – deixando a pequena encantada. sorria e, discretamente, tirava o maior número de fotografias possíveis daquele momento.
Em seguida, foi a vez de experimentarem o mar, ficaram na parte rasa, onde as ondas encontravam a areia, para Emma não correr perigo, mesmo com a boia que a mãe a fizera por na cintura, mas para a garota não havia problemas.
Os dois sabiam que não iriam ter muitos momentos a sós naquela viagem, não havia ninguém junto para poder olhar Emma enquanto os dois ficavam a sós, então aproveitavam os pequenos momentos. Enquanto a filha se divertia na água, os dois sentaram lado a lado e trocavam afagos. Seguravam as mãos, jogavam água levemente um no outro ou beijavam brevemente, mas aquilo apenas inquietava , ela mal podia esperar a hora que a filha caísse no sono.
Saíram do mar quase no horário para o almoço, por mais que tivessem alugado um carro, havia pouca vontade de sair do hotel, ele incluía todas as necessidades do casal. Não vieram para fazer compras ou conhecer a cidade, queriam aproveitar o sol, o mar e os momentos sozinhos.

- Ela dormiu – queria estar mais empolgada, mas se sentia tão cansada quanto a filha, parecia que a praia havia sugado toda a energia que ela possuía e, ao ver o homem deitado na cama, naquele quarto fresco, sua vontade era de deitar ao seu lado e dormir. – Foi só sair do banho, que a danada nem ao menos queria por uma roupa, queria ir dormir - riu levemente.
- E você também quer. – sorriu, deixando-o mais encantador ainda. Seu nariz e bochechas estavam levemente vermelhos, o que fazia seus olhos brilharem com mais intensidade.
- Eu quero – a mulher se aproximou da cama, os lábios formando um grande bico. – Eu realmente quero, mas nós vamos ter tão poucos momentos juntos, que temos que aproveitar. – finalmente se deitou, mas teve que fazer um enorme esforço para não fechar os olhos quando sua cabeça encontrou o travesseiro fresco e cheiroso do hotel.
– Ai merda, eu vou dormir – ela resmungou.
- Você consegue ficar acordada por alguns minutos? – se aproximou e murmurou no ouvido dela. apenas conseguiu resmungar, seus olhos já haviam se fechado – Não precisa ficar de olhos abertos – ela sentiu um leve beijo em seu pescoço – Só fique acordada.
acabou sorrindo e tentou não se perder em sonhos, mas quando sentiu os dedos do homem percorrendo a barra de seu vestido, o sono desapareceu. Mordeu os lábios e permaneceu de olhos fechados.
A respiração de não saía de seu pescoço, trazendo-lhe um arrepio gostoso que lhe percorria a espinha. Os dedos dele subiam calmamente, explorando a pele recém-queimada de sol. O vestido ia subindo aos poucos, lentamente. parecia parar para aproveitar cada novo pedaço de pele descoberto, percorrendo as pequenas manchas e pintas, desviando dos locais levemente avermelhados e se deliciando com a maciez da mais nova.
- Consegue ficar mais um tempinho acordada? – acabou rindo levemente.
- Depende do que tem em mente, senhor , eu posso ficar entediada e adormecer facilmen... – mas a fala da mulher acabou sendo interrompida por um leve grito de surpresa. Ela acabou abrindo prontamente os olhos e viu os dentes de levemente cravados em seu mamilo por cima de seu vestido. O homem levantou o olhar e sorriu sapeca para ela, mordiscando novamente, deixando o ponto intumescido evidente.
moveu os lábios para o lado e puxou a ponta do laço que juntava as duas metades da parte superior. Ainda usando os lábios, puxou a ponta de um dos lados do tecido, tentando expor o seio dela.
- Acho que vai precisar das mãos para isso – comentou, mordendo os lábios.
- Mulher... Cale-se ou eu te deixo dormir em paz – resmungou , desistindo e puxando com as mãos ambas as partes, deixando cair as alças do vestido pelos ombros dela, expondo totalmente seu colo.
bufou e fechou os olhos, mas acabou segurando com força no cabelo do homem, puxando-o em direção a si, oferecendo os seios aos lábios dele. prontamente aceitou, beijando a carne lentamente, saboreando-a. Brincou vagarosamente com os pontos rosados, rodeando-os em sua língua, sugando-os e os mordiscando, arrancando suspiros e puxadas de cabelo cada vez mais fortes de .
Desceu novamente as mãos e voltou ao trabalho de puxar o vestido dela para cima, deixando a barra acumulada no quadril da mulher.
- Nem ao menos sei por que depois do banho você se deu o trabalho de vestir uma calcinha – resmungou entre lambidas.
- Bem... Estamos em um hotel – sorriu travessa – Qualquer vento que soprasse, meu vestido levantaria e alguns turistas teriam uma visão privilegiada.
Ele rosnou levemente.
- Não quero que olhem, mas quero ter livre acesso – os dedos de se enrolaram levemente na barra rendada, puxando-a calmamente para baixo, deixando-a parada no meio das coxas da mulher.
Passou levemente o dedo pela pele alva, admirando a intimidade nua, completamente lisa e levemente rosada. Ele pôde ouvir um suspiro alto e sorriu. estava ficando impaciente.
Sua vontade era de cair de boca naquela carne, mas estava quase tão cansado quanto ela, porém, agora que já havia começado não havia como parar.
Separou os lábios maiores e deixou à mostra o clitóris levemente enrijecido e correu com o dedo sobre ele, sentindo o começo da umidade e, levando o indicador até o centro dela, rodeou-o levemente, antes de mergulhá-lo na fenda.
mordeu os lábios, emitindo um pequeno gemido. riu contra sua pele, subindo os beijos por seu pescoço, girando levemente o dedo dentro do canal, acariciando toda a sua volta, e acrescentando um segundo dedo quando sentiu mais uma leva de lubrificante atingir sua mão.
- Para... – ela gemeu novamente – Para de me provocar...
- Eu? Nunca. – o homem se aconchegou melhor ao lado dela, não conseguindo evitar roçar sua pulsante ereção contra a coxa de . Ela desceu, um tanto quanto desajeitada, a mão para a protuberância pressionada contra o tecido da bermuda, mas remexeu o quadril e se afastou.
- Não, amor, hoje eu vou cuidar de você. – acrescentou mais um dedo, encaixando o total de três e começou a movimentá-los lentamente para fora, quase saindo e voltando.
- Mas... – tentou argumentar, mas seu braço caiu sobre a cama, incapaz de fazer algum movimento. Seus músculos se tensionaram levemente enquanto os movimentos de penetração apenas aceleravam.
O dedão de encontrou novamente o clitóris e o girou levemente, acompanhando os movimentos do resto da mão, subia e descia pelo pequeno botão. mordia os lábios, segurava fracamente com as unhas no lençol da cama.
O quadril do homem se movimentava sem controle de seu dono. Acabou encaixando-o novamente contra a coxa dela, imitando os movimentos que seus dedos faziam. Cada vez mais rápidos, mais intensos e fortes.
mordia os lábios, não queria soltar os sons altos produzidos em sua garganta, pois temia acordar a filha. Poderiam estar em um bangalô, Emma poderia estar em um sono profundo, mas as paredes eram finas e ter a garotinha correndo para a cama deles naquele momento não era a melhor das opções.
- Mais rápido – ela pediu entre os dentes.
O homem voltou a abocanhar um dos mamilos dela, chupando-o com vontade, parando os movimentos e continuando apenas com o remexer de seu dedão. As paredes internas dela pulsavam contra sua mão e sabia que faltava pouco para a mulher, muito pouco. A respiração de já estava ofegante, os membros superiores tensos, os mamilos inchados. Para , não havia nada mais belo do que sua mulher atingindo um orgasmo.
O corpo de arqueou na cama, seus lábios se separaram em um gemido mudo e a umidade inundou os dedos do homem. Por mais dolorosa que sua ereção se encontrava naquele momento, nada mais importava.
A mulher relaxou, abriu levemente os olhos e sorriu para ele.
segurou a mão que ainda se encontrava entre suas pernas e a trouxe a si, limpando os dedos de , tentando ser o mais sensual possível, por mais que seu corpo começasse a se desligar levemente. O cansaço da praia e o delicioso orgasmo a haviam derrotado. Ele apenas sorriu e puxou a roupa íntima dela de volta ao lugar de origem, assim como fechou o que havia aberto no vestido.
sorriu levemente para ela, dando-lhe um breve selinho, deixando a mulher cair no sono em seguida.
Era o momento de tirar o que havia guardado no armário.

Parecia que havia sido um dos melhores sonos da sua vida. Nunca havia acordado de tão bom humor, descansada e relaxada. Desde que Emma nascera, só tivera noites mal dormidas, constantemente, ou era a filha chorando, ou fraldas para trocar. Quando ela cresceu, foi a vez dos pesadelos, além da preocupação com a menina, com os horários dela, ia dormir preocupada e acordava da mesma maneira. Sua vida se voltara totalmente para a criança. Ela mal podia ver a hora de poder dividir um pouco daquele fardo de preocupação com , mal podia ver como o homem teria que acalmar pesadelos, dar banhos, ajudar a vestir, ensaiar para o ballet... Um sorriso brotava nos lábios dela toda vez que pensava nessas imagens.
Espreguiçou-se levemente e pôde observar, pelas cortinas abertas, que o sol estava começando a se pôr, querendo tingir o mar todo de laranja. Mas sua felicidade começou a se esvaecer, assim que percebeu que não havia nenhum som no bangalô. Olhou para o lado, procurando , mas encontrou apenas um bilhete.

“Tem algo para você dentro do armário. É para vestir, sem discussão.
Estou te esperando na praia, perto do mar... E amor, não demora, tá?
P.S.: Não se preocupe, a Emma está comigo”


O que tinha no armário? Porque ela tinha que ir encontrá-lo na praia?
prontamente pulou da cama e foi até o armário, encontrando pendurado em um cabide, um longo vestido branco, leve e simples com alças finas. O que significava aquilo?
não tinha tempo de pensar, ele havia pedido para que não demorasse, além do mais, Emma estava com ele e, com a noite se aproximando, logo a pequena começaria a reclamar de fome e começaria uma grande sessão de manha da pequena.
Puxou pela cabeça o vestido que usava e colocou o outro, sentindo o tecido gelado contra sua pele, a sensação de roupa nova era sempre boa, além do bom cheiro que emanava. Ele caiu como uma luva em seu corpo, levemente justo nos seios, solto e fresco. Tentou procurar algum sapato ou sandália que combinasse com ele, mas não havia nada, apenas chinelos, e não pareciam apropriados.
correu até o banheiro e penteou os cabelos levemente, ela até mesmo considerou passar alguma maquiagem, mas com a pele bronzeada e corada do sol, parecia que suas olheiras não eram tão visíveis, seus olhos brilhavam, assim como os lábios. Ela se sentia nova naquele momento e uma agitação crescia em seu estômago. O que era tudo aquilo?
Voltou ao quarto e procurou brevemente mais alguma pista de , mas não havia nada. Acabou indo até o outro quarto, para ter certeza que ele não estava querendo brincar com ela, e constatou que a filha não se encontrava ali.
Trancou a porta do bangalô e correu pela passagem que levava até a praia. Não conseguia andar calmamente, a ansiedade falava mais alto, por isso, os pés passavam com pressa sobre as tábuas quentes de madeira.
Assim que chegou aos pequenos degraus que levavam à praia, ela pôde vê-lo ao longe, bem em frente ao mar, com o pôr do sol de paisagem e nada mais. Ali, naquele pequeno pedaço de paraíso, em uma praia vazia e o céu limpo de nuvens, encontrava-se vestindo uma camisa branca, as mangas dobradas até os cotovelos. A calça era da mesma cor e seus pés descalços brincavam com a areia entre os dedos. O cabelo puxado para trás, o sorriso brilhando nos lábios.
Em volta de suas pernas, Emma o rodeava também de branco e descalça, com uma pequena coroa de flores nativas em volta de seus cabelos. mal reparou que Kai, o funcionário do hotel, estava próximo.
Seus pés não conseguiam mais correr e agradeceu que a faixa da praia não se estendia por quilômetros. Seu coração batia a mil, parte de si entendia o que significava tudo aquilo, mas a outra parte queria desmentir, era bom demais para ser real. Quis se beliscar para ver se ainda estava dormindo e aquilo não passava de um sonho, mas riu, percebendo a confusão em seus olhos e fez Emma correr até ela.
A garotinha prontamente segurou a mão da mãe, fazendo-a se aproximar com mais velocidade.
- O... O que... – parecia que as palavras sambavam em sua boca sem terem qualquer sentido ou significado.
Assim que parou em frente ao homem, Emma estendeu a pequena mão, entregando ao pai uma pequena caixa que segurava, a qual não havia percebido antes. A parte que queria discutir em seu cérebro que aquilo não era o que ela estava pensando acabara de ser chutada para fora do seu consciente.
- Acho que não há mais duvidas do que é isso, não é? – apesar da voz calma, o interior de se contorcia de nervosismo, suas mãos queriam suar, seu corpo queria transpirar e o coração se manifestava como nunca em seu peito. – Sabe... – continuou – Eu pensei bem sobre isso, pensei por muito tempo... Tentei procurar uma maneira de realizar mais um de seus desejos e a maioria delas se tornou inviáveis por todos os motivos que nossos corações escolheram abandonar. Não há títulos suficientes no mundo para nos rotular agora, mas te peço neste momento para aceitar um título novo. Ele é comum, não é diferente de muitos por ai, mas é o seu desejo e o meu desejo, também.
acabou levando as mãos trêmulas aos lábios, os olhos marejados de lágrimas inevitáveis. sorriu mais ainda, limpando a garganta. A emoção era forte demais para conseguir controlar o que queria subir em seu corpo. Segurou com mais firmeza a caixinha e a abriu, revelando um par de alianças douradas em sua almofada preta.
- Nada melhor do que, estando do outro lado do mundo que eu te peço para, oficialmente, aceitar uma nova vida, uma vida só nossa. E se você aceitar, então eu vou poder te dar o título de esposa.
se aproximou mais ainda de . As lágrimas corriam por suas bochechas. Emma sorria para os pais, empolgada por participar daquilo. Kai se aproximou do casal, não interrompendo o momento e nem ao menos tampando a vista para o mar. Registrava o momento, como havia combinado com quando ele chegou ao hotel.
- Eu não acredito – fungou, limpando com as costas da mão os olhos. – ... Como você tem coragem de perguntar algo assim? – o rosto do homem prontamente beirou a confusão, se não tivesse rido – A resposta é claro, é com certeza, é sim.
Emma deu um pequeno grito de comemoração, pulando na areia. O casal riu, antes dos dedos trêmulos de tirarem as alianças da caixa. Por mais que já tivesse usado uma aliança como aquela na mão esquerda, ele sabia que era aquela que ela usaria por todo tempo possível que os dois possuíssem juntos.
O deslizar do ouro gelado foi a melhor sensação, melhor ainda que a sensação do primeiro beijo, da primeira vez dos dois, da primeira declaração. De qualquer toque e de qualquer amor. Tudo estava resumido àquelas alianças, àquela união, e não havia mais ninguém que pudesse separá-los. Não havia força na terra ou nos céus que os separariam novamente. Eram novos, eram um do outro e a sensação de amarem um ao outro, sem qualquer restrição, espantava para longe qualquer ligação sanguínea.
Os lábios se encontraram naquele momento, não conseguia deixar de rir e sorrir entre o beijo. De agarrar e segurar contra si seu marido. sentia o mesmo, puxava-a pela cintura, tirava os pés dela do chão.
Emma foi incluída no abraço, a pegou no colo em seguida, sentindo os pequenos braços envolverem seu pescoço e beijos desajeitados por sua bochecha. beijou a filha em comemoração. Até mesmo Kai acabou cumprimentando o casal e participando de algumas fotos, queriam espalhar aquela alegria com o mundo inteiro se pudessem.
O coração sempre fala mais alto que a razão. O amor pode superar muitas barreiras e os dois eram a prova viva disso.

(And I) ride the winds of a brand new day
High where mountains stand
Found my hope and pride again
Rebirth of a man
Time to fly


- Você é louco, sabia disso? – riu, enlaçando os braços em volta do pescoço de , tentando ter mais segurança.
- Falaria que sou louco por você, mas esse é um clichê batido de filmes de romance – ele mordiscou levemente o lábio inferior da garota, enquanto suas pernas se debatiam debaixo da água, mantendo os dois na superfície, assim como um de seus braços, já que o outro estava ocupado segurando a cintura da esposa contra seu corpo.
- Clichês não combinam com você, meu amor.
- Nem com você. – mais um beijo e ele os afastou levemente da escadaria de acesso ao mar, que saía da sacada do quarto em que estavam. Já era noite e Emma já estava dormindo, o que deixava o tempo do casal livre.
- Mas hoje eu quero testar um clichê – comentou , fechou uma das mãos em forma de concha e a encheu de água, antes de jogar levemente pelos cabelos de , puxando-os para trás.
- E o que seria?
- Sexo debaixo d’água – acabou rindo com a cara esperançosa no rosto da garota.
- Sorte que já estamos sem roupa.

Fanfic betada por Madu Alves



Fim



Nota da autora: Sem nota.




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